Petróleo deve chegar aos 80 dólares em 2005
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«Além disso, a TV Cabo tem vindo a colaborar com a Policia Judiciária, no combate à fraude.»
Acredito que seja justo o combate á fraude, mas com a Policia Judiciária, tenho duvidas, então esta, PJ, não chega sequer para os politicos...
R. Martins
Acredito que seja justo o combate á fraude, mas com a Policia Judiciária, tenho duvidas, então esta, PJ, não chega sequer para os politicos...
R. Martins
Quem não conhece o «CALDEIRÃO» não conhece este mundo
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TV Cabo quer acabar com a pirataria até final do ano
Notícia agenciafinanceira.com
(02/04/05)-(Agência Financeira) A TV Cabo quer acabar com a pirataria nos seus equipamentos até final do ano, garantiu à Agência Financeira o administrador da empresa, José Egreja.
«No final do ano a pirataria, quer nos canais básicos e Premium no satélite, quer nos Premium no cabo, será possivelmente eliminada (¿) Ficará absolutamente residual», disse.
Segundo o mesmo, este objectivo deverá ser alcançado tendo em conta o trabalho que a empresa tem vindo a desenvolver a nível de investigação e de intervenção no terreno.
É também nesse sentido que «vamos iniciar, em princípio no mês que vem, a troca de cartões no satélite e, tecnicamente, a pirataria desaparecerá durante o ano», refere.
No cabo, «a pirataria é fundamentalmente canais Premium», esclarece. Para a combater, a empresa vai apostar numa nova oferta comercial, sobre a qual o responsável não quis adiantar detalhes. Para além disso, a empresa vai proceder à troca das caixas. «No final do ano, acreditamos que mesmo no cabo eliminaremos a emissão dos canais Premium em frequências analógicas», acrescenta.
Já desde o primeiro semestre do ano passado que a TV Cabo procedeu à substituição dos cartões das caixas digitais, as conhecidas powerbox, com o objectivo de dar mais um passo na luta contra a pirataria.
Além disso, a TV Cabo tem vindo a colaborar com a Policia Judiciária, no combate à fraude.
Recentemente um estudo da Federação de Editores de Videogramas (Fevip) revelava que os acessos ilegais à rede da TV Cabo se situam entre os 50 mil e os 100 mil, números que segundo o administrador da TV Cabo não deverão andar muito longe da realidade.
A TV Cabo, detida pelo Grupo Portugal Telecom, controla cerca de 90% do mercado de televisão por cabo em Portugal.
Editorial
Notícia agenciafinanceira.com
(02/04/05)-(Agência Financeira) A TV Cabo quer acabar com a pirataria nos seus equipamentos até final do ano, garantiu à Agência Financeira o administrador da empresa, José Egreja.
«No final do ano a pirataria, quer nos canais básicos e Premium no satélite, quer nos Premium no cabo, será possivelmente eliminada (¿) Ficará absolutamente residual», disse.
Segundo o mesmo, este objectivo deverá ser alcançado tendo em conta o trabalho que a empresa tem vindo a desenvolver a nível de investigação e de intervenção no terreno.
É também nesse sentido que «vamos iniciar, em princípio no mês que vem, a troca de cartões no satélite e, tecnicamente, a pirataria desaparecerá durante o ano», refere.
No cabo, «a pirataria é fundamentalmente canais Premium», esclarece. Para a combater, a empresa vai apostar numa nova oferta comercial, sobre a qual o responsável não quis adiantar detalhes. Para além disso, a empresa vai proceder à troca das caixas. «No final do ano, acreditamos que mesmo no cabo eliminaremos a emissão dos canais Premium em frequências analógicas», acrescenta.
Já desde o primeiro semestre do ano passado que a TV Cabo procedeu à substituição dos cartões das caixas digitais, as conhecidas powerbox, com o objectivo de dar mais um passo na luta contra a pirataria.
Além disso, a TV Cabo tem vindo a colaborar com a Policia Judiciária, no combate à fraude.
Recentemente um estudo da Federação de Editores de Videogramas (Fevip) revelava que os acessos ilegais à rede da TV Cabo se situam entre os 50 mil e os 100 mil, números que segundo o administrador da TV Cabo não deverão andar muito longe da realidade.
A TV Cabo, detida pelo Grupo Portugal Telecom, controla cerca de 90% do mercado de televisão por cabo em Portugal.
Editorial
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Escrituras em notários privados são mais caras
Notícia agenciafinanceira.com
(02/04/05)-(Agência Financeira) A nova tabela de emolumentos, que estipula preços mais reduzidos para os actos notariais praticados pelos privados, só é mais vantajosa para quem não possui aquele tipo de aplicação financeira, noticiou o Jornal de Notícias.
Nos cartórios públicos, a realização de uma escritura de compra e venda de imóveis custa 175 euros, mas é dado um desconto de 87,5 euros a quem tenha CPH. Contudo, como o comprador tem que pagar parte dos emolumentos dos notários e oficiais, o desconto é, na realidade, próximo dos 50 euros - ou seja, a escritura custa 125 euros.
Na tabela dos privados, o preço da escritura está indexado ao valor do imóvel, variando entre 117,65 euros se o imóvel custar até 25 mil euros; 132,35 euros para actos de valor entre 25 mil e 125 mil euros; 147,06 euros para valores entre 125 mil e 200 mil euros; e 195,59 euros para mais de 200 mil euros. A estes preços há ainda a acrescentar IVA à taxa de 19% e honorários de 20,25 euros, acrescidos de IVA.
Na prática, o notário privado recebe menos dinheiro pela realização de uma escritura (porque efectivamente o preço é mais baixo), mas para o cidadão o encargo é, na maioria dos casos, ligeiramente superior, já que tem de pagar o IVA, que reverte para o Estado. E a diferença é ainda mais substancial se tiver uma CPH, já que um vazio legal impede os privados de fazer o desconto de 50%.
Salientando que, grosso modo, o valor das transmissões onerosas baixou, o porta-voz da Associação de Notários, Barata Lopes, referiu ao JN que no sistema privado se verifica uma maior qualidade de serviço, patente na rapidez com que agora as escrituras são marcadas.
Além disso, adianta que, nas escrituras realizadas noutro local que não nos cartórios públicos, é obrigatória a cobrança de 50 euros pela deslocação, enquanto nos privados o notário pode prescindir desse valor.
Ontem num encontro com jornalistas, o novo ministro da Justiça, Alberto Costa, referiu que o orçamento do seu ministério é relativamente "magro", agravado pela privatização do notariado. As contas não são fáceis de fazer, mas não há ainda indicações de que a receita do Estado diminua, muda é de ministério, porque, refere Barata Lopes, as Finanças passam a receber não só o Imposto de Selo, como o IVA (que passou a incidir sobre os actos notariais). Os privados têm ainda de entregar ao Estado 10 euros por cada escritura e três euros por cada um dos outros actos que realizem.
Editorial
Notícia agenciafinanceira.com
(02/04/05)-(Agência Financeira) A nova tabela de emolumentos, que estipula preços mais reduzidos para os actos notariais praticados pelos privados, só é mais vantajosa para quem não possui aquele tipo de aplicação financeira, noticiou o Jornal de Notícias.
Nos cartórios públicos, a realização de uma escritura de compra e venda de imóveis custa 175 euros, mas é dado um desconto de 87,5 euros a quem tenha CPH. Contudo, como o comprador tem que pagar parte dos emolumentos dos notários e oficiais, o desconto é, na realidade, próximo dos 50 euros - ou seja, a escritura custa 125 euros.
Na tabela dos privados, o preço da escritura está indexado ao valor do imóvel, variando entre 117,65 euros se o imóvel custar até 25 mil euros; 132,35 euros para actos de valor entre 25 mil e 125 mil euros; 147,06 euros para valores entre 125 mil e 200 mil euros; e 195,59 euros para mais de 200 mil euros. A estes preços há ainda a acrescentar IVA à taxa de 19% e honorários de 20,25 euros, acrescidos de IVA.
Na prática, o notário privado recebe menos dinheiro pela realização de uma escritura (porque efectivamente o preço é mais baixo), mas para o cidadão o encargo é, na maioria dos casos, ligeiramente superior, já que tem de pagar o IVA, que reverte para o Estado. E a diferença é ainda mais substancial se tiver uma CPH, já que um vazio legal impede os privados de fazer o desconto de 50%.
Salientando que, grosso modo, o valor das transmissões onerosas baixou, o porta-voz da Associação de Notários, Barata Lopes, referiu ao JN que no sistema privado se verifica uma maior qualidade de serviço, patente na rapidez com que agora as escrituras são marcadas.
Além disso, adianta que, nas escrituras realizadas noutro local que não nos cartórios públicos, é obrigatória a cobrança de 50 euros pela deslocação, enquanto nos privados o notário pode prescindir desse valor.
Ontem num encontro com jornalistas, o novo ministro da Justiça, Alberto Costa, referiu que o orçamento do seu ministério é relativamente "magro", agravado pela privatização do notariado. As contas não são fáceis de fazer, mas não há ainda indicações de que a receita do Estado diminua, muda é de ministério, porque, refere Barata Lopes, as Finanças passam a receber não só o Imposto de Selo, como o IVA (que passou a incidir sobre os actos notariais). Os privados têm ainda de entregar ao Estado 10 euros por cada escritura e três euros por cada um dos outros actos que realizem.
Editorial
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Bandeirante Energia, Escelsa e Enersul
Brasil: distribuidoras da EDP adquirem 5,7 por cento do total negociado no leilão de energia
03.04.2005 - 19h12 Lusa
As três distribuidoras de energia eléctrica no Brasil controladas pelo grupo português EDP adquiriram, juntas, 5,7 por cento do total de 92.919.600,000 megawatts/hora(MWh) negociados durante o segundo leilão de energia.
A Câmara de Comercialização de Energia Eléctrica anunciou hoje que a Bandeirante Energia, a Escelsa e a Enersul compraram, respectivamente, 2.911.963,578 MWh (3,134 por cento do total negociado), 1.456.723,880 MWh (1,568 por cento) e 960.858,928 MWh (1,034 por cento).
O leilão de energia "velha", proveniente de empreendimentos já existentes, terminou na madrugada de hoje em São Paulo, após mais de 18 horas de duração, e movimentou 7,7 mil milhões de reais (2,2 mil milhões de euros).
O preço médio foi de 83,13 reais por MWh (24,26 euros/MWh), com entrega da energia a partir de 2008 durante oito anos.
A desvalorização do preço médio em relação ao lance de abertura do leilão de 99 reais (29 euros) por MWh, determinado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), chegou a 16 por cento. Ao todo foram vendidos 1325 lotes de energia de 1 MW médio cada, 20 deles pela Enersul.
Trata-se de um leilão em que os vendedores oferecem os seus menores preços para a entrega da energia gerada e ganha quem vender pelo menor preço. O Governo brasileiro quer garantir tarifas mais baixas para os consumidores sem afectar o rendimento das empresas, pois cada uma delas sabe qual o menor preço que pode oferecer.
No total, 49 empresas do sector eléctrico participaram no evento.
A realização de leilões entre empresas de produção e de distribuição de energia é uma das mudanças no modelo do sector eléctrico apresentadas pelo Governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
O primeiro leilão, realizado em Dezembro do ano passado, movimentou 72 mil milhões de reais (21 mil milhões de euros) e teve a participação de 18 empresas produtoras de energia e 35 distribuidoras.
Os contratos assinados foram para fornecimento de energia a partir de 2005, 2006 e 2007, com prazo de duração de oito anos.
Pela regra antiga, as empresas produtoras e distribuidoras de energia eléctrica poderiam negociar livremente o preço para fornecimento de electricidade a partir deste ano.
O Governo de Lula da Silva modificou a regra por temer que as empresas fechassem contratos com preços elevados e prejudicassem os consumidores com tarifas caras.
Agora, as empresas produtoras e distribuidoras são obrigadas a negociar publicamente seus preços.
A EDP - Energias de Portugal está desde 1996 no Brasil, onde possui investimentos de mais de 1,55 mil milhões de euros nos sectores de produção, distribuição e comercialização de energia.
O grupo controla as distribuidoras Bandeirante Energia (estado de São Paulo), Enersul (Mato Grosso do Sul) e Escelsa, além da Enertrade, empresa de comercialização de energia.
No sector de produção, os destaques da EDP no Brasil são as barragens de Peixe Angical (452 megawatts) e Lajeado (902 megawatts), ambas no rio Tocantins, na região norte
Brasil: distribuidoras da EDP adquirem 5,7 por cento do total negociado no leilão de energia
03.04.2005 - 19h12 Lusa
As três distribuidoras de energia eléctrica no Brasil controladas pelo grupo português EDP adquiriram, juntas, 5,7 por cento do total de 92.919.600,000 megawatts/hora(MWh) negociados durante o segundo leilão de energia.
A Câmara de Comercialização de Energia Eléctrica anunciou hoje que a Bandeirante Energia, a Escelsa e a Enersul compraram, respectivamente, 2.911.963,578 MWh (3,134 por cento do total negociado), 1.456.723,880 MWh (1,568 por cento) e 960.858,928 MWh (1,034 por cento).
O leilão de energia "velha", proveniente de empreendimentos já existentes, terminou na madrugada de hoje em São Paulo, após mais de 18 horas de duração, e movimentou 7,7 mil milhões de reais (2,2 mil milhões de euros).
O preço médio foi de 83,13 reais por MWh (24,26 euros/MWh), com entrega da energia a partir de 2008 durante oito anos.
A desvalorização do preço médio em relação ao lance de abertura do leilão de 99 reais (29 euros) por MWh, determinado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), chegou a 16 por cento. Ao todo foram vendidos 1325 lotes de energia de 1 MW médio cada, 20 deles pela Enersul.
Trata-se de um leilão em que os vendedores oferecem os seus menores preços para a entrega da energia gerada e ganha quem vender pelo menor preço. O Governo brasileiro quer garantir tarifas mais baixas para os consumidores sem afectar o rendimento das empresas, pois cada uma delas sabe qual o menor preço que pode oferecer.
No total, 49 empresas do sector eléctrico participaram no evento.
A realização de leilões entre empresas de produção e de distribuição de energia é uma das mudanças no modelo do sector eléctrico apresentadas pelo Governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
O primeiro leilão, realizado em Dezembro do ano passado, movimentou 72 mil milhões de reais (21 mil milhões de euros) e teve a participação de 18 empresas produtoras de energia e 35 distribuidoras.
Os contratos assinados foram para fornecimento de energia a partir de 2005, 2006 e 2007, com prazo de duração de oito anos.
Pela regra antiga, as empresas produtoras e distribuidoras de energia eléctrica poderiam negociar livremente o preço para fornecimento de electricidade a partir deste ano.
O Governo de Lula da Silva modificou a regra por temer que as empresas fechassem contratos com preços elevados e prejudicassem os consumidores com tarifas caras.
Agora, as empresas produtoras e distribuidoras são obrigadas a negociar publicamente seus preços.
A EDP - Energias de Portugal está desde 1996 no Brasil, onde possui investimentos de mais de 1,55 mil milhões de euros nos sectores de produção, distribuição e comercialização de energia.
O grupo controla as distribuidoras Bandeirante Energia (estado de São Paulo), Enersul (Mato Grosso do Sul) e Escelsa, além da Enertrade, empresa de comercialização de energia.
No sector de produção, os destaques da EDP no Brasil são as barragens de Peixe Angical (452 megawatts) e Lajeado (902 megawatts), ambas no rio Tocantins, na região norte
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Câmbios
Ouro continua a olhar para o dólar
O crescimento da massa monetária (M3) de Fevereiro na Zona Euro não surpreendeu pela negativa como muitos analistas adiantavam. Face aos números relatados não é de esperar nenhuma alteração comportamental de curto prazo na atitude dos directores do BCE no que reporta às taxas de juro.
01-04-2005
Futuros
Mercado a “meio-gás”
Esta última semana foi marcada pelo reduzido número de sessões em que o mercado nacional e as principais praças europeias se encontraram em actividade, realçando-se que a EuroNext esteve encerrada na sexta-feira santa e na segunda-feira de Páscoa. As primeiras sessões desta “mini semana” foram positivas nos principais mercados, assim como na Euronext Lisboa.
01-04-2005
Dívida
Taxas da dívida dos EUA sobem
Apesar do FED na última reunião ter voltado a subir as suas taxas de intervenção em 0.25%, o que correspondeu à sétima subida de taxas desde Junho de 2004, colocando a FED Funds nos 2.75%, as taxas de juro associadas à divida pública norte americana continuaram a registar uma tendência de subida, embora mais significativa para as maturidades entre os dois e os cinco anos.
Ouro continua a olhar para o dólar
O crescimento da massa monetária (M3) de Fevereiro na Zona Euro não surpreendeu pela negativa como muitos analistas adiantavam. Face aos números relatados não é de esperar nenhuma alteração comportamental de curto prazo na atitude dos directores do BCE no que reporta às taxas de juro.
01-04-2005
Futuros
Mercado a “meio-gás”
Esta última semana foi marcada pelo reduzido número de sessões em que o mercado nacional e as principais praças europeias se encontraram em actividade, realçando-se que a EuroNext esteve encerrada na sexta-feira santa e na segunda-feira de Páscoa. As primeiras sessões desta “mini semana” foram positivas nos principais mercados, assim como na Euronext Lisboa.
01-04-2005
Dívida
Taxas da dívida dos EUA sobem
Apesar do FED na última reunião ter voltado a subir as suas taxas de intervenção em 0.25%, o que correspondeu à sétima subida de taxas desde Junho de 2004, colocando a FED Funds nos 2.75%, as taxas de juro associadas à divida pública norte americana continuaram a registar uma tendência de subida, embora mais significativa para as maturidades entre os dois e os cinco anos.
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Optimismo no DAX
No início de Março, o Dax falhou a aproximação ao topo do canal ascendente de médio prazo, apesar de ter atingido, no dia 7 de Março, um máximo desde meados de 2002 a 4.435 pontos. O índice accionista germânico registou posteriormente uma correcção, num movimento no qual recuou até ao suporte nos 4.300 pontos.
Acção em destaque
SonaeCom com indicações favoráveis
A SonaeCom encontrou nas últimas sessões um suporte nos 3,80 euros, o que permitiu travar o forte movimento de correcção que mantinha desde o início de Fevereiro, movimento que levou ao corte em baixa da tendência ascendente bastante pronunciada que o título iniciou em Novembro
No início de Março, o Dax falhou a aproximação ao topo do canal ascendente de médio prazo, apesar de ter atingido, no dia 7 de Março, um máximo desde meados de 2002 a 4.435 pontos. O índice accionista germânico registou posteriormente uma correcção, num movimento no qual recuou até ao suporte nos 4.300 pontos.
Acção em destaque
SonaeCom com indicações favoráveis
A SonaeCom encontrou nas últimas sessões um suporte nos 3,80 euros, o que permitiu travar o forte movimento de correcção que mantinha desde o início de Fevereiro, movimento que levou ao corte em baixa da tendência ascendente bastante pronunciada que o título iniciou em Novembro
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Colaboração Schroders
Manter uma sobreponderação em acções
Existem riscos, mas não vemos nenhuma destas possibilidades como uma ameaça suficientemente forte para nesta altura reduzir o risco nas nossas carteiras globais.
01-04-2005, Leonardo Mathias
Mantemos uma ligeira sobreponderação em acções. Os mercados têm estado a consolidar-se desde o início do ano (à excepção do petróleo e das matérias-primas) e, no seu conjunto, os preços das acções estão agora apenas ligeiramente acima dos níveis do final do ano. Por outro lado, as notícias e os principais indicadores económicos têm melhorado. A economia norte-americana parece estar a registar um progresso mais firme, ao ritmo ideal - nem muito rápido nem muito lento. Esperamos que o crescimento dos lucros das empresas norte-americanas abrande este ano, mas não tão fortemente como prevíamos. O investimento das empresas irá substituir o consumo privado como um dos principais motores do crescimento económico.
Existem ameaças potenciais para os mercados, mas pensamos que de momento elas não são suficientemente fortes para limitarem a apetência pelo risco. Se a Reserva Federal aumentar as taxas de juro de uma forma agressiva (por exemplo, se os números relativos ao desemprego forem muito superiores às expectativas), então sim, os mercados serão afectados. Prevemos que a Fed aumente as taxas para 4% até ao final do ano, e que volte a aumentá-las em 2006 e estamos portanto a procurar reduzir o risco. No entanto, ainda acreditamos que o endurecimento da política monetária vai ser moderado e que os mercados vão continuar a registar valorizações, dadas as actuais condições económicas favoráveis. Haverá uma altura em que os aumentos das taxas de juro irão afectar os mercados, mas não vai ser já.
Outros riscos incluem a subida acentuada dos preços do petróleo ($60 por barril poderia enervar os mercados) e o facto do dólar estar novamente vulnerável, uma vez que está a ser menos sustentado pela compra por parte dos bancos centrais asiáticos. As acções poderão ser vulneráveis à deterioração dos mercados de dívida pública ou à volatilidade dos mercados de crédito: os spreads das obrigações de empresas estão a níveis historicamente baixos e, ao mesmo tempo, as empresas estão de novo a recorrer à alavancagem financeira, à medida que aumentam as fusões e aquisições e as despesas de equipamento. Mas de uma forma geral, não vemos nenhuma destas possibilidades como uma ameaça suficientemente forte para nesta altura reduzir o risco nas nossas carteiras globais.
Mercados accionistas
- Continuamos, pois, com uma subponderação relativamente às acções norte-americanas, apesar das perspectivas macroeconómicas terem melhorado.
- Temos uma ligeira sobreponderação em acções do Reino Unido. A economia está a arrefecer gradualmente, mas vemos margem para um crescimento relativamente bom dos lucros em 2005. Ainda pensamos que as taxas de juro têm margem para registar uma queda no quarto trimestre, caso o consumo abrande demasiado rapidamente. Mais perto do final de 2005 existe potencial para uma depreciação da libra esterlina, à medida que a diferença das taxas de juro relativamente ao dólar norte-americano for diminuindo. No entanto, a curto prazo, é mais provável que o mercado do Reino Unido seja mais impulsionado por factores mundiais do que internos e pensamos que uma posição de sobreponderação neste mercado relativamente defensivo equilibra, até certo ponto, o risco das nossas posições globais.
- Na Europa (ex Reino Unido), o cenário macroeconómico permanece decepcionante, com um abrandamento do crescimento em 2005 e ausência de retoma no consumo, mas o crescimento dos lucros está a aumentar e as previsões estão a melhorar. As taxas de juro deverão manter-se inalteradas embora, contra a opinião consensual, pensemos que é mais apropriada uma redução do que uma subida. Os mercados europeus de elevado beta deverão continuar a beneficiar à medida que os investidores globais continuarem a assumir risco, uma vez que as empresas ainda estão com avaliações atractivas relativamente aos EUA. Tendo em conta todos estes factores, permanecemos, no entanto, neutrais.
- Continuamos positivos acerca do mercado japonês, mais do ponto de vista bottom up do que do ponto de vista macroeconómico. A liquidez das empresas está a aumentar - e embora não esteja a ser devolvida aos accionistas tanto como gostaríamos, houve um aumento nas recompras de acções próprias e nos payouts. As perspectivas relativamente ao crescimento dos lucros e portanto dos mercados accionistas continuam favoráveis, uma vez que as empresas reestruturadas e com uma situação financeira sólida continuam a conseguir fazer economias de custos num contexto de aumentos moderados de facturação. Mantemos uma sobreponderação.
- Estamos neutrais relativamente ao Pacífico ex Japão. O forte crescimento interno na maioria das economias da região deverá servir de suporte e as avaliações continuam a níveis razoáveis. Com muitas empresas a aumentarem os dividendos distribuídos e/ou a empreenderem programas mais activos de gestão do capital, estes mercados deverão resistir bem, caso haja uma queda. No entanto, o aumento das taxas de juro norte-americanas deverá ter algum impacto e, se o dólar norte-americano continuar fraco, haverá provavelmente uma pressão crescente no sentido de uma revalorização das moedas. Esta revalorização será provavelmente negativa para os exportadores e para os industriais, mas poderá ser vantajosa para o consumo interno.
- Continuamos positivos acerca dos mercados emergentes, embora a forte subida destes mercados desde o início do ano nos tenha feito ficar um pouco mais atentos. De uma forma geral, no entanto, esperamos que estes mercados continuem a beneficiar à medida que os investidores mundiais assumirem o risco. Pensamos também que os riscos estruturais são menores e neste contexto de menor risco, as avaliações ainda são razoáveis. Historicamente, existe uma boa correlação entre a fraqueza do dólar norte-americano e o desempenho dos mercados emergentes.
Mercados obrigacionistas
- As nossas expectativas de uma subida acentuada nos títulos de dívida pública no primeiro semestre de 2005 não mudaram, e continuamos a ter uma sobreponderação. Isto pelo facto dos outros investidores terem posições extremamente curtas, o que indicia que vai haver uma reavaliação. Embora esperemos que as taxas de juro norte-americanas continuem a subir, a política da Fed permanece transparente. Mantemos uma posição modesta de duração longa. Uma das nossas convicções mais fortes neste momento é o nosso posicionamento para uma diminuição da curva de rendimento nos EUA. Também temos actualmente uma preferência pelos títulos de dívida pública europeus, dada a probabilidade das taxas de juro da zona euro permanecerem inalteradas até ao final do ano.
- Continuamos com uma subponderação para as obrigações de empresas. Dentro do sector, temos maior ponderação nos mercados de menor qualidade e periféricos tais como a Europa de Leste.
- Estamos neutrais relativamente às obrigações de alto risco (obrigações de empresas de alto rendimento e dívida dos mercados emergentes), visto pensarmos que as avaliações estão cada vez menos atractivas. Embora os factores fundamentais sejam de uma forma geral favoráveis, pensamos que existe excessiva especulação nestes mercados.
Manter uma sobreponderação em acções
Existem riscos, mas não vemos nenhuma destas possibilidades como uma ameaça suficientemente forte para nesta altura reduzir o risco nas nossas carteiras globais.
01-04-2005, Leonardo Mathias
Mantemos uma ligeira sobreponderação em acções. Os mercados têm estado a consolidar-se desde o início do ano (à excepção do petróleo e das matérias-primas) e, no seu conjunto, os preços das acções estão agora apenas ligeiramente acima dos níveis do final do ano. Por outro lado, as notícias e os principais indicadores económicos têm melhorado. A economia norte-americana parece estar a registar um progresso mais firme, ao ritmo ideal - nem muito rápido nem muito lento. Esperamos que o crescimento dos lucros das empresas norte-americanas abrande este ano, mas não tão fortemente como prevíamos. O investimento das empresas irá substituir o consumo privado como um dos principais motores do crescimento económico.
Existem ameaças potenciais para os mercados, mas pensamos que de momento elas não são suficientemente fortes para limitarem a apetência pelo risco. Se a Reserva Federal aumentar as taxas de juro de uma forma agressiva (por exemplo, se os números relativos ao desemprego forem muito superiores às expectativas), então sim, os mercados serão afectados. Prevemos que a Fed aumente as taxas para 4% até ao final do ano, e que volte a aumentá-las em 2006 e estamos portanto a procurar reduzir o risco. No entanto, ainda acreditamos que o endurecimento da política monetária vai ser moderado e que os mercados vão continuar a registar valorizações, dadas as actuais condições económicas favoráveis. Haverá uma altura em que os aumentos das taxas de juro irão afectar os mercados, mas não vai ser já.
Outros riscos incluem a subida acentuada dos preços do petróleo ($60 por barril poderia enervar os mercados) e o facto do dólar estar novamente vulnerável, uma vez que está a ser menos sustentado pela compra por parte dos bancos centrais asiáticos. As acções poderão ser vulneráveis à deterioração dos mercados de dívida pública ou à volatilidade dos mercados de crédito: os spreads das obrigações de empresas estão a níveis historicamente baixos e, ao mesmo tempo, as empresas estão de novo a recorrer à alavancagem financeira, à medida que aumentam as fusões e aquisições e as despesas de equipamento. Mas de uma forma geral, não vemos nenhuma destas possibilidades como uma ameaça suficientemente forte para nesta altura reduzir o risco nas nossas carteiras globais.
Mercados accionistas
- Continuamos, pois, com uma subponderação relativamente às acções norte-americanas, apesar das perspectivas macroeconómicas terem melhorado.
- Temos uma ligeira sobreponderação em acções do Reino Unido. A economia está a arrefecer gradualmente, mas vemos margem para um crescimento relativamente bom dos lucros em 2005. Ainda pensamos que as taxas de juro têm margem para registar uma queda no quarto trimestre, caso o consumo abrande demasiado rapidamente. Mais perto do final de 2005 existe potencial para uma depreciação da libra esterlina, à medida que a diferença das taxas de juro relativamente ao dólar norte-americano for diminuindo. No entanto, a curto prazo, é mais provável que o mercado do Reino Unido seja mais impulsionado por factores mundiais do que internos e pensamos que uma posição de sobreponderação neste mercado relativamente defensivo equilibra, até certo ponto, o risco das nossas posições globais.
- Na Europa (ex Reino Unido), o cenário macroeconómico permanece decepcionante, com um abrandamento do crescimento em 2005 e ausência de retoma no consumo, mas o crescimento dos lucros está a aumentar e as previsões estão a melhorar. As taxas de juro deverão manter-se inalteradas embora, contra a opinião consensual, pensemos que é mais apropriada uma redução do que uma subida. Os mercados europeus de elevado beta deverão continuar a beneficiar à medida que os investidores globais continuarem a assumir risco, uma vez que as empresas ainda estão com avaliações atractivas relativamente aos EUA. Tendo em conta todos estes factores, permanecemos, no entanto, neutrais.
- Continuamos positivos acerca do mercado japonês, mais do ponto de vista bottom up do que do ponto de vista macroeconómico. A liquidez das empresas está a aumentar - e embora não esteja a ser devolvida aos accionistas tanto como gostaríamos, houve um aumento nas recompras de acções próprias e nos payouts. As perspectivas relativamente ao crescimento dos lucros e portanto dos mercados accionistas continuam favoráveis, uma vez que as empresas reestruturadas e com uma situação financeira sólida continuam a conseguir fazer economias de custos num contexto de aumentos moderados de facturação. Mantemos uma sobreponderação.
- Estamos neutrais relativamente ao Pacífico ex Japão. O forte crescimento interno na maioria das economias da região deverá servir de suporte e as avaliações continuam a níveis razoáveis. Com muitas empresas a aumentarem os dividendos distribuídos e/ou a empreenderem programas mais activos de gestão do capital, estes mercados deverão resistir bem, caso haja uma queda. No entanto, o aumento das taxas de juro norte-americanas deverá ter algum impacto e, se o dólar norte-americano continuar fraco, haverá provavelmente uma pressão crescente no sentido de uma revalorização das moedas. Esta revalorização será provavelmente negativa para os exportadores e para os industriais, mas poderá ser vantajosa para o consumo interno.
- Continuamos positivos acerca dos mercados emergentes, embora a forte subida destes mercados desde o início do ano nos tenha feito ficar um pouco mais atentos. De uma forma geral, no entanto, esperamos que estes mercados continuem a beneficiar à medida que os investidores mundiais assumirem o risco. Pensamos também que os riscos estruturais são menores e neste contexto de menor risco, as avaliações ainda são razoáveis. Historicamente, existe uma boa correlação entre a fraqueza do dólar norte-americano e o desempenho dos mercados emergentes.
Mercados obrigacionistas
- As nossas expectativas de uma subida acentuada nos títulos de dívida pública no primeiro semestre de 2005 não mudaram, e continuamos a ter uma sobreponderação. Isto pelo facto dos outros investidores terem posições extremamente curtas, o que indicia que vai haver uma reavaliação. Embora esperemos que as taxas de juro norte-americanas continuem a subir, a política da Fed permanece transparente. Mantemos uma posição modesta de duração longa. Uma das nossas convicções mais fortes neste momento é o nosso posicionamento para uma diminuição da curva de rendimento nos EUA. Também temos actualmente uma preferência pelos títulos de dívida pública europeus, dada a probabilidade das taxas de juro da zona euro permanecerem inalteradas até ao final do ano.
- Continuamos com uma subponderação para as obrigações de empresas. Dentro do sector, temos maior ponderação nos mercados de menor qualidade e periféricos tais como a Europa de Leste.
- Estamos neutrais relativamente às obrigações de alto risco (obrigações de empresas de alto rendimento e dívida dos mercados emergentes), visto pensarmos que as avaliações estão cada vez menos atractivas. Embora os factores fundamentais sejam de uma forma geral favoráveis, pensamos que existe excessiva especulação nestes mercados.
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SG diz que PME estão caras
Ordem para regressar à s blue chips
Depois de anos a liderar as eprformances, as perspectivas para as empresas de pequena e média capitalização bolsista são agora menos optimistas. A Société Générale aconselha regressar às grandes cotadas.
01-04-2005
Yahoo e Google com potencial superior a 30%
Os títulos da Internet continuam a estar na centro das atenções dos mercados internacionais. Em Wall Street, é cada vez maior o número de analistas que recomenda a compra deste tipo de acções, apesar dos resultados do primeiro trimestre do ano ainda não serem conhecidos. A última casa a recorrer à “regra de ouro” dos mercados - investir por antecipação - foi a Goldman Sachs, que de uma só vez recomendou a “compra” do Yahoo e do Google.
01-04-2005
Análise de bolsa
Indicadores económicos mistos
As principais bolsas ocidentais registaram ganhos na semana, apesar do comportamento misto do petróleo e de indicadores também mistos sobre a economia americana e europeia. Nos Estados Unidos, o Dow Jones valorizou 0,82% e o Nasdaq somou 1,26%. Na Europa, o Eurostoxx avançou 0,22%.
Ordem para regressar à s blue chips
Depois de anos a liderar as eprformances, as perspectivas para as empresas de pequena e média capitalização bolsista são agora menos optimistas. A Société Générale aconselha regressar às grandes cotadas.
01-04-2005
Yahoo e Google com potencial superior a 30%
Os títulos da Internet continuam a estar na centro das atenções dos mercados internacionais. Em Wall Street, é cada vez maior o número de analistas que recomenda a compra deste tipo de acções, apesar dos resultados do primeiro trimestre do ano ainda não serem conhecidos. A última casa a recorrer à “regra de ouro” dos mercados - investir por antecipação - foi a Goldman Sachs, que de uma só vez recomendou a “compra” do Yahoo e do Google.
01-04-2005
Análise de bolsa
Indicadores económicos mistos
As principais bolsas ocidentais registaram ganhos na semana, apesar do comportamento misto do petróleo e de indicadores também mistos sobre a economia americana e europeia. Nos Estados Unidos, o Dow Jones valorizou 0,82% e o Nasdaq somou 1,26%. Na Europa, o Eurostoxx avançou 0,22%.
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Altri e Mota-Engil entre as empresas mais líquidas da bolsa
A Altri e a Mota-Engil têm o sétimo e o décimo número médio de acções movimentadas nas últimas 30 sessões, apesar de não figurarem no principal índice da Euronext Lisboa. Entre as 20 acções mais líquidas surge ainda a SAG Gest. A empresa do ramo automóvel e a construtora ocupam os dois primeiros lugares para entrar no PSI-20. E parecem ir no bom caminho para lá chegar.
01-04-2005, André Veríssimo
A liquidez, ou o número de acções movimentadas é determinante na hora de investir. Um título pouco líquido tem um risco muito mais elevado que outro que movimente muitas acções por dia. Ao tentar vender os títulos, poderá ter de baixar muito o preço para encontrar comprador. Se as empresas que fazem parte do PSI-20 têm, regra geral, uma elevada liquidez, há empresas fora do índice que vêem movimentando um número interessante de acções. É o caso da Mota-Engil e da Altri.
A construtora tem estado em destaque nos últimos meses. Com uma valorização de 57,23% em seis meses, a Mota-Engil lidera o retorno entre as empresas da Bolsa de Lisboa neste prazo. O volume de acções negociadas também tem sido elevado. A construtora é a décima empresa que mais títulos transaccionou no último mês e meio (30 sessões), com uma média de 336 mil acções. A média das últimas 90 sessões baixa para 244 mil acções. Ainda assim, a Mota-Engil surge à frente de títulos como a Jerónimo Martins, a Impresa ou a PTMultimédia.
O forte crescimento dos lucros em 2004 (43,5%) e o anúncio de que a empresa pretende aumentar as receitas em 10% no próximo ano poderão justificar o interesse acrescido no título. A Espiríto Santo Research veio recentemente rever em alta o preço-alvo para a empresa (3,65 euros) e reiterar a recomendação de “comprar”.
O volume de euros negociado é o principal critério para decidir a inclusão de uma empresa no PSI-20. Este corresponde ao número de acções negociadas, multiplicado pelo valor a que foram transaccionadas. A boa prestação da Mota-Engil deverá permitir-lhe entrar no índice na próxima revisão, em Junho. No início de Março, a Euronext divulgou que a construtora se mantém no primeiro lugar para integrar o PSI-20. Segue-se a SAG Gest e a Efacec.
Outro título que tem surpreendido é a Altri, a empresa que ficou com os activos industriais da Cofina. Nas 20 sessões decorridas desde que entrou em bolsa até à última quarta-feira movimentou, em média, 1,2 milhões de acções. É a sétima acção mais líquida da Bolsa de Lisboa. Se esta elevada média resulta em boa parte do número de acções transaccionado nas primeiras sessões, quando chegou a movimentar mais de três milhões de acções, a liquidez nas últimas semanas mantêm-se atraente. Nos últimos cinco dias movimentou em média 210 mil acções, ficando entre as 11 primeiras da Bolsa de Lisboa.
Ainda é cedo para perceber se a Altri poderá entrar para o PSI-20 na próxima revisão. Mas a sua baixa capitalização bolsista, a trigésima sexta da praça lisboeta, torna difícil essa possibilidade.
Altri têm a maior liquidez relativa
O caso da Altri é também surpreendente quando analisamos a liquidez relativa. Fazendo o rácio entre o volume médio diário e o número de acções cotadas da empresa, obtemos a percentagem média de acções que são negociadas. Os valores mais habituais situam-se em torno dos 0,30%, como acontece com empresas como o BCP ou a EDP. Ora a Altri têm uma liquidez relativa de 2,34%, a mais alta da Euronext Lisboa.
Para João Mateus, analista da Altri no Millennium bcp investimento, esta elevada liquidez relativa “indicia a existência de alguma especulação em torno do título”. “A Altri está a fazer uma liquidez muito razoável, mas deverá baixar”, considera.
Outras empresas com uma liquidez relativa acima da média são a ParaRede (0,68%) e a Reditus (1,08%), também títulos muito especulativos. O elevado volume da ParaRede deve-se também ao facto de ter uma cotação muito baixa, o que obriga os investidores a transaccionar um elevado número de acções.
Na lista das 20 empresas mais líquidas do último mês e meio figura ainda a SAG Gest. De fora ficam três empresas que estão no índice PSI-20: Semapa, Novabase e Gescartão, na 23ª, 26ª e 26ª posição. Esta última teve uma média de apenas 15 mil acções negociadas nas últimas 90 sessões
A Altri e a Mota-Engil têm o sétimo e o décimo número médio de acções movimentadas nas últimas 30 sessões, apesar de não figurarem no principal índice da Euronext Lisboa. Entre as 20 acções mais líquidas surge ainda a SAG Gest. A empresa do ramo automóvel e a construtora ocupam os dois primeiros lugares para entrar no PSI-20. E parecem ir no bom caminho para lá chegar.
01-04-2005, André Veríssimo
A liquidez, ou o número de acções movimentadas é determinante na hora de investir. Um título pouco líquido tem um risco muito mais elevado que outro que movimente muitas acções por dia. Ao tentar vender os títulos, poderá ter de baixar muito o preço para encontrar comprador. Se as empresas que fazem parte do PSI-20 têm, regra geral, uma elevada liquidez, há empresas fora do índice que vêem movimentando um número interessante de acções. É o caso da Mota-Engil e da Altri.
A construtora tem estado em destaque nos últimos meses. Com uma valorização de 57,23% em seis meses, a Mota-Engil lidera o retorno entre as empresas da Bolsa de Lisboa neste prazo. O volume de acções negociadas também tem sido elevado. A construtora é a décima empresa que mais títulos transaccionou no último mês e meio (30 sessões), com uma média de 336 mil acções. A média das últimas 90 sessões baixa para 244 mil acções. Ainda assim, a Mota-Engil surge à frente de títulos como a Jerónimo Martins, a Impresa ou a PTMultimédia.
O forte crescimento dos lucros em 2004 (43,5%) e o anúncio de que a empresa pretende aumentar as receitas em 10% no próximo ano poderão justificar o interesse acrescido no título. A Espiríto Santo Research veio recentemente rever em alta o preço-alvo para a empresa (3,65 euros) e reiterar a recomendação de “comprar”.
O volume de euros negociado é o principal critério para decidir a inclusão de uma empresa no PSI-20. Este corresponde ao número de acções negociadas, multiplicado pelo valor a que foram transaccionadas. A boa prestação da Mota-Engil deverá permitir-lhe entrar no índice na próxima revisão, em Junho. No início de Março, a Euronext divulgou que a construtora se mantém no primeiro lugar para integrar o PSI-20. Segue-se a SAG Gest e a Efacec.
Outro título que tem surpreendido é a Altri, a empresa que ficou com os activos industriais da Cofina. Nas 20 sessões decorridas desde que entrou em bolsa até à última quarta-feira movimentou, em média, 1,2 milhões de acções. É a sétima acção mais líquida da Bolsa de Lisboa. Se esta elevada média resulta em boa parte do número de acções transaccionado nas primeiras sessões, quando chegou a movimentar mais de três milhões de acções, a liquidez nas últimas semanas mantêm-se atraente. Nos últimos cinco dias movimentou em média 210 mil acções, ficando entre as 11 primeiras da Bolsa de Lisboa.
Ainda é cedo para perceber se a Altri poderá entrar para o PSI-20 na próxima revisão. Mas a sua baixa capitalização bolsista, a trigésima sexta da praça lisboeta, torna difícil essa possibilidade.
Altri têm a maior liquidez relativa
O caso da Altri é também surpreendente quando analisamos a liquidez relativa. Fazendo o rácio entre o volume médio diário e o número de acções cotadas da empresa, obtemos a percentagem média de acções que são negociadas. Os valores mais habituais situam-se em torno dos 0,30%, como acontece com empresas como o BCP ou a EDP. Ora a Altri têm uma liquidez relativa de 2,34%, a mais alta da Euronext Lisboa.
Para João Mateus, analista da Altri no Millennium bcp investimento, esta elevada liquidez relativa “indicia a existência de alguma especulação em torno do título”. “A Altri está a fazer uma liquidez muito razoável, mas deverá baixar”, considera.
Outras empresas com uma liquidez relativa acima da média são a ParaRede (0,68%) e a Reditus (1,08%), também títulos muito especulativos. O elevado volume da ParaRede deve-se também ao facto de ter uma cotação muito baixa, o que obriga os investidores a transaccionar um elevado número de acções.
Na lista das 20 empresas mais líquidas do último mês e meio figura ainda a SAG Gest. De fora ficam três empresas que estão no índice PSI-20: Semapa, Novabase e Gescartão, na 23ª, 26ª e 26ª posição. Esta última teve uma média de apenas 15 mil acções negociadas nas últimas 90 sessões
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Inflação e crescimento
A maior preocupação actual dos mercados financeiros e das economias em geral, é o fantasma da inflação.
01-04-2005, Jorge Ramos
Não nos iludamos: a maior preocupação actual dos mercados financeiros e das economias em geral, é o fantasma da inflação, recentemente propalado no discurso dos Bancos Centrais e já denunciado por alguns indicadores de conjuntura. E é por isso que, à medida que assistimos à subida das taxas dos Fed Fuds, num movimento que deverá continuar ao longo do ano, vemos as yields das obrigações de longo prazo nos máximos recentes (v.e das taxas dos 10 anos nos EUA nos 4.6%). Se há coisa que a conjuntura económica e a psicologia colectiva dos mercados nos habituam, é a esta verdade inelutável de que, não guardam esqueletos no armário durante muito tempo e o tema da inflação estava há demasiado tempo afastado da preocupação dos investidores.
Contudo, a nossa verdadeira preocupação para 2005, deverá ser antes, o receio de um forte abrandamento económico em face dos acontecimentos na frente macro-económica e dos mais recentes dados estatísticos publicados, um pouco por todo o Mundo. Em primeiro lugar a evolução do preço do petróleo que está de novo em máximos históricos, a subir cerca de 25% no 1º trimestre do ano e contrariando os cenários optimistas traçados de que, um epílogo favorável no conflito iraquiano e um abrandamaento na procura mundial, poderiam trazer o petróleo para baixo dos 40 usd. Está hoje, mais a caminho dos 60 usd e cresce a convicção de que o melhor é rever os orçamentos para cima e quiçá, começar a reflectir estes preços no consumidor final.
Acreditamos igualmente, que os negativos efeitos do petóleo a este níveis não foram ainda devidamente descontados pelo mercado, ao contrário do que aconteceu no Verão passado em que a passagem da barreira dos 50 usd provocou pânico nos mercados de acções e de risco, em geral. Actualmente, os investidores estão ainda convictos de que o cenário de crescimento económico moderado para 2005 está assegurado e existe o risco de um rude despertar, tanto mais que a actual conjuntura está longe de ser tão benigna como nos últimos 2/3 anos: estamos num cenário de subida de taxas de juro, de alta de preços das matérias-primas, de menor crescimento de produtividade e dos resultados das empresas e em que os fortes estímulos fiscais estão a chegar ao fim, ou seja, tudo más notícias para o crescimento económico mundial.
E os indicadores de abrandamento são por demais evidentes para poderem ser ignorados: na Zona Euro, a Alemanha regista o mais elevado nível de desemprego do pós-guerra (12%) e a França não lhe fica muito atrás (10%); os níveis de confiança dos consumidores e empresários vêm a cair desde o final do ano passado e a produção industrial e exportações dão claros sinais de apatia. A Ásia, com economias muito dependentes do petróleo, também começa a dar sinais de abrandamento e penas os EUA com a sua quase-economia de guerra parecem ser o último baluarte do crescimento mas com alguns indicadores que merecem igualmente a nossa atenção: por exemplo os OCDE Leading Indicators próximos de zero e os ISM New Orders a aproximar-se perigosamente da barreira psicológica dos 50 pontos. Se a isto juntarmos o fardo do défice público e principalmente o défice da BTC que não pára de aumentar, dificilmente os EUA poderão furtar-se a um esforço de reequilíbrio das suas contas que, no essencial, se traduzirá num menor poder aquisitivo sobre o resto do mundo.
Ou seja, nesta conjuntura de incertezas e face ao actual nível de valorimetria dos mercados, encontramos poucas razões para uma sobrexposição nos mercados de risco, quer em acções, quer em obrigações. Também achamos que os temas que animaram o mercado no 1º trimestre do ano estão, apesar de tudo, á beira do esgotamento: o S&P Energia subiu 15% e o S&P Materials está no máximo histórico. Pelo contrário, a melhor forma de preparar a carteira para o novo trimestre e, quiçá, para o resto do ano é fazer uma rotação sectorial em favor de sectores mais defensivos e evitar sectores de maior ciclicidade, ou seja, por exemplo, preferir Farmacêuticas, Banca e Seguros, Telecoms e alguma Tecnologia (até porque este sector apresentou o pior desempenho no 1º trimestre), por contrapartida a Energia, Matérias Primas, Utilities, Transportes, Real Estate e Capital Goods mais penalizados por um cenário de abrandamento e de inflação.
A maior preocupação actual dos mercados financeiros e das economias em geral, é o fantasma da inflação.
01-04-2005, Jorge Ramos
Não nos iludamos: a maior preocupação actual dos mercados financeiros e das economias em geral, é o fantasma da inflação, recentemente propalado no discurso dos Bancos Centrais e já denunciado por alguns indicadores de conjuntura. E é por isso que, à medida que assistimos à subida das taxas dos Fed Fuds, num movimento que deverá continuar ao longo do ano, vemos as yields das obrigações de longo prazo nos máximos recentes (v.e das taxas dos 10 anos nos EUA nos 4.6%). Se há coisa que a conjuntura económica e a psicologia colectiva dos mercados nos habituam, é a esta verdade inelutável de que, não guardam esqueletos no armário durante muito tempo e o tema da inflação estava há demasiado tempo afastado da preocupação dos investidores.
Contudo, a nossa verdadeira preocupação para 2005, deverá ser antes, o receio de um forte abrandamento económico em face dos acontecimentos na frente macro-económica e dos mais recentes dados estatísticos publicados, um pouco por todo o Mundo. Em primeiro lugar a evolução do preço do petróleo que está de novo em máximos históricos, a subir cerca de 25% no 1º trimestre do ano e contrariando os cenários optimistas traçados de que, um epílogo favorável no conflito iraquiano e um abrandamaento na procura mundial, poderiam trazer o petróleo para baixo dos 40 usd. Está hoje, mais a caminho dos 60 usd e cresce a convicção de que o melhor é rever os orçamentos para cima e quiçá, começar a reflectir estes preços no consumidor final.
Acreditamos igualmente, que os negativos efeitos do petóleo a este níveis não foram ainda devidamente descontados pelo mercado, ao contrário do que aconteceu no Verão passado em que a passagem da barreira dos 50 usd provocou pânico nos mercados de acções e de risco, em geral. Actualmente, os investidores estão ainda convictos de que o cenário de crescimento económico moderado para 2005 está assegurado e existe o risco de um rude despertar, tanto mais que a actual conjuntura está longe de ser tão benigna como nos últimos 2/3 anos: estamos num cenário de subida de taxas de juro, de alta de preços das matérias-primas, de menor crescimento de produtividade e dos resultados das empresas e em que os fortes estímulos fiscais estão a chegar ao fim, ou seja, tudo más notícias para o crescimento económico mundial.
E os indicadores de abrandamento são por demais evidentes para poderem ser ignorados: na Zona Euro, a Alemanha regista o mais elevado nível de desemprego do pós-guerra (12%) e a França não lhe fica muito atrás (10%); os níveis de confiança dos consumidores e empresários vêm a cair desde o final do ano passado e a produção industrial e exportações dão claros sinais de apatia. A Ásia, com economias muito dependentes do petróleo, também começa a dar sinais de abrandamento e penas os EUA com a sua quase-economia de guerra parecem ser o último baluarte do crescimento mas com alguns indicadores que merecem igualmente a nossa atenção: por exemplo os OCDE Leading Indicators próximos de zero e os ISM New Orders a aproximar-se perigosamente da barreira psicológica dos 50 pontos. Se a isto juntarmos o fardo do défice público e principalmente o défice da BTC que não pára de aumentar, dificilmente os EUA poderão furtar-se a um esforço de reequilíbrio das suas contas que, no essencial, se traduzirá num menor poder aquisitivo sobre o resto do mundo.
Ou seja, nesta conjuntura de incertezas e face ao actual nível de valorimetria dos mercados, encontramos poucas razões para uma sobrexposição nos mercados de risco, quer em acções, quer em obrigações. Também achamos que os temas que animaram o mercado no 1º trimestre do ano estão, apesar de tudo, á beira do esgotamento: o S&P Energia subiu 15% e o S&P Materials está no máximo histórico. Pelo contrário, a melhor forma de preparar a carteira para o novo trimestre e, quiçá, para o resto do ano é fazer uma rotação sectorial em favor de sectores mais defensivos e evitar sectores de maior ciclicidade, ou seja, por exemplo, preferir Farmacêuticas, Banca e Seguros, Telecoms e alguma Tecnologia (até porque este sector apresentou o pior desempenho no 1º trimestre), por contrapartida a Energia, Matérias Primas, Utilities, Transportes, Real Estate e Capital Goods mais penalizados por um cenário de abrandamento e de inflação.
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"Acredito num aumento da liquidez"
Athayde Marques
administrador-deleg. euronext
O que vai acontecer com esta reforma da estrutura dos mercados?
Basicamente vamos passar a ter um único mercado regulamentado (o Eurolist), em substituição dos actuais Mercado de Cotações Oficiais e Segundo Mercado.
Quais as vantagens do Eurolist?
O Eurolist vai potenciar o aumento de visibilidade das empresas portuguesas, porque estas vão estar num único mercado regulamentado, ordenadas alfabeticamente e caracterizadas enquanto grandes, médias e pequenas capitalizações, pertencentes, respectivamente, aos compartimentos A, B e C.
Esta decisão de rotular as empresas por dimensão obedece a que critério?
Actualmente a dimensão da empresa é um factor a ponderar pelos investidores na composição dos seus portfólios e esta será uma forma clara e simples de facultar essa informação ao mercado.
Quais as consequências para os diferentes intervenientes no mercado?
Quem vai sentir mais a diferença são as empresas, uma vez que um dos objectivos da reforma é, exactamente, o aumento da sua visibilidade. Isto ocorre não só pela alteração estrutural que as colocará na lista única, mas também pelos contratos que estamos a celebrar com os bancos de investimento, e que lhes dão o estatuto de Small & Mid Cap Experts (SME), ou seja, especialistas em pequenas e médias capitalizações.
O que é que estes intervenientes vão fazer?
Os SME vão dar um acompanhamento às empresas inseridas nos compartimentos B e C (médias e pequenas), mediante a produção de relatórios financeiros regulares (semestrais e anuais) e organizando eventos de promoção dessas empresas, tais como roadshows e apresentações. Isto aumentará a visibilidade das mesmas e poderá torná-las mais atraentes e passíveis de serem seguidas pelos investidores. Para o investidor particular, esta simplificação da estrutura existente vai ser útil, na medida em que poderão aceder com maior facilidade ao research produzido, e assim poderão direccionar o seu investimento.
Tem a expectativa de que a criação dos experts traga mais liquidez ao mercado?
Acredito que o aumento da visibilidade das empresas e o research produzido pelos especialistas será apelativo para os investidores. Um maior interesse poderá, sem dúvida, trazer mais liquidez a essas pequenas e médias capitalizações.
Athayde Marques
administrador-deleg. euronext
O que vai acontecer com esta reforma da estrutura dos mercados?
Basicamente vamos passar a ter um único mercado regulamentado (o Eurolist), em substituição dos actuais Mercado de Cotações Oficiais e Segundo Mercado.
Quais as vantagens do Eurolist?
O Eurolist vai potenciar o aumento de visibilidade das empresas portuguesas, porque estas vão estar num único mercado regulamentado, ordenadas alfabeticamente e caracterizadas enquanto grandes, médias e pequenas capitalizações, pertencentes, respectivamente, aos compartimentos A, B e C.
Esta decisão de rotular as empresas por dimensão obedece a que critério?
Actualmente a dimensão da empresa é um factor a ponderar pelos investidores na composição dos seus portfólios e esta será uma forma clara e simples de facultar essa informação ao mercado.
Quais as consequências para os diferentes intervenientes no mercado?
Quem vai sentir mais a diferença são as empresas, uma vez que um dos objectivos da reforma é, exactamente, o aumento da sua visibilidade. Isto ocorre não só pela alteração estrutural que as colocará na lista única, mas também pelos contratos que estamos a celebrar com os bancos de investimento, e que lhes dão o estatuto de Small & Mid Cap Experts (SME), ou seja, especialistas em pequenas e médias capitalizações.
O que é que estes intervenientes vão fazer?
Os SME vão dar um acompanhamento às empresas inseridas nos compartimentos B e C (médias e pequenas), mediante a produção de relatórios financeiros regulares (semestrais e anuais) e organizando eventos de promoção dessas empresas, tais como roadshows e apresentações. Isto aumentará a visibilidade das mesmas e poderá torná-las mais atraentes e passíveis de serem seguidas pelos investidores. Para o investidor particular, esta simplificação da estrutura existente vai ser útil, na medida em que poderão aceder com maior facilidade ao research produzido, e assim poderão direccionar o seu investimento.
Tem a expectativa de que a criação dos experts traga mais liquidez ao mercado?
Acredito que o aumento da visibilidade das empresas e o research produzido pelos especialistas será apelativo para os investidores. Um maior interesse poderá, sem dúvida, trazer mais liquidez a essas pequenas e médias capitalizações.
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Dezasseis PME cotadas já têm banco especializado
Novo mercado (Eurolist) vai ser hoje apresentado e conta com 51 empresas
nmárcio alves candoso DN-Leonardo Negrão
acompanhamento. Bancos vão criar equipas para pequenas empresas
A Euronext Lisboa já recebeu propostas para acompanhamento de 16 empresas que fazem parte dos segmentos B e C do novo mercado principal de bolsa, o Eurolist. Os segmentos B e C do novo mercado regulamentado, que vai substituir o Mercado de Cotações Oficiais e o Segundo Mercado (extintos a partir de hoje), correspondem às capitalizações bolsistas inferiores a 1000 milhões de euros e 150 milhões de euros, respectivamente.
Os segmentos B e C do Eurolist correspondem sensivelmente a cerca de 80% das 51 empresas listadas. Para já, a tabela das que já encontraram Small & Mid Cap Experts (SME) inclui a Sonaecom, a Sonae Imobiliária, Semapa, Portucel, Teixeira Duarte, Impresa, Mota-Engil, Media Capital, SAG-Gest, Cofina, Novabase e Corticeira Amorim (no compartimento B); e Gescartão, Ibersol, Altri e CIN (no compartimento C).
Os cinco SME já admitidos pela Euronext Lisboa - BES-Investimento, BCP-Investimento, BPI, Banco Santander de Negócios Portugal (BSNP) e Caixa-BI - cumpriram todos mais que o mínimo de empresas alocadas exigido pela bolsa, que era de sete. Assim, o BESI ficará responsável, dentro deste grupo, pela Sonaecom, Sonae Indústria, Impresa, Mota-Engil, Media Capital, SAG-Gest, Cofina, Novabase, Gescartão e Ibersol. O BCPI olhará preferencialmente para a Sonaecom, a Semapa, Portucel, Impresa, Media Capital, Cofina, Novabase e Altri. O BPI escolheu a Sonaecom, Teixeira Duarte, Impresa, Mota-Engil, Media Capital, SAG-Gest, Cofina, Novabase, Corticeira Amorim e CIN. Sob a alçada do BSNP estarão a Sonaecom, Sonae Indústria, Semapa, Impresa, Media Capital, Cofina, Gescartão, Ibersol e Altri. Finalmente a Caixa-BI ficou responsável pela Sonaecom, Semapa, Impresa, Mota-Engil, Cofina, Novabase, Corticeira Amorim, Gescar- tão e Altri. O destaque vai para a Cofina, Impresa e Sonaecom, que fazem o pleno dos SME até agora existentes. No campo oposto surgem a Portucel, Teixeira Duarte e CIN, que só convenceram um único expert.
Segundo informação da Euronext Lisboa, a intenção é que cerca de 60% das acções incluídas nos segmentos B e C tenham acompanhamento de SME. No segmento B a percentagem deverá rondar os 90%, enquanto no compartimento mais baixo poderá não passar dos 40%. Seja como for, a Euronext Lisboa tem aberto, até ao próximo dia 16 de Maio, concurso para novas propostas, podendo aparecer mais candidatos a SME.
O novo estatuto de SME foi desenhado para estimular e promover a análise das PME (ver entrevista nesta página). Enquanto SME, estes terão de disponibilizar equipas de research e vendas, especializadas nas empresas que acompanham. Terão ainda de garantir a difusão de relatórios regulares. Estas equipas deverão concretizar, juntamente com a Euronext Lisboa, um plano de promoção especialmente dedicado a este tipo de empresas. Todos os SME assinam um contrato com a bolsa.
Novo mercado (Eurolist) vai ser hoje apresentado e conta com 51 empresas
nmárcio alves candoso DN-Leonardo Negrão
acompanhamento. Bancos vão criar equipas para pequenas empresas
A Euronext Lisboa já recebeu propostas para acompanhamento de 16 empresas que fazem parte dos segmentos B e C do novo mercado principal de bolsa, o Eurolist. Os segmentos B e C do novo mercado regulamentado, que vai substituir o Mercado de Cotações Oficiais e o Segundo Mercado (extintos a partir de hoje), correspondem às capitalizações bolsistas inferiores a 1000 milhões de euros e 150 milhões de euros, respectivamente.
Os segmentos B e C do Eurolist correspondem sensivelmente a cerca de 80% das 51 empresas listadas. Para já, a tabela das que já encontraram Small & Mid Cap Experts (SME) inclui a Sonaecom, a Sonae Imobiliária, Semapa, Portucel, Teixeira Duarte, Impresa, Mota-Engil, Media Capital, SAG-Gest, Cofina, Novabase e Corticeira Amorim (no compartimento B); e Gescartão, Ibersol, Altri e CIN (no compartimento C).
Os cinco SME já admitidos pela Euronext Lisboa - BES-Investimento, BCP-Investimento, BPI, Banco Santander de Negócios Portugal (BSNP) e Caixa-BI - cumpriram todos mais que o mínimo de empresas alocadas exigido pela bolsa, que era de sete. Assim, o BESI ficará responsável, dentro deste grupo, pela Sonaecom, Sonae Indústria, Impresa, Mota-Engil, Media Capital, SAG-Gest, Cofina, Novabase, Gescartão e Ibersol. O BCPI olhará preferencialmente para a Sonaecom, a Semapa, Portucel, Impresa, Media Capital, Cofina, Novabase e Altri. O BPI escolheu a Sonaecom, Teixeira Duarte, Impresa, Mota-Engil, Media Capital, SAG-Gest, Cofina, Novabase, Corticeira Amorim e CIN. Sob a alçada do BSNP estarão a Sonaecom, Sonae Indústria, Semapa, Impresa, Media Capital, Cofina, Gescartão, Ibersol e Altri. Finalmente a Caixa-BI ficou responsável pela Sonaecom, Semapa, Impresa, Mota-Engil, Cofina, Novabase, Corticeira Amorim, Gescar- tão e Altri. O destaque vai para a Cofina, Impresa e Sonaecom, que fazem o pleno dos SME até agora existentes. No campo oposto surgem a Portucel, Teixeira Duarte e CIN, que só convenceram um único expert.
Segundo informação da Euronext Lisboa, a intenção é que cerca de 60% das acções incluídas nos segmentos B e C tenham acompanhamento de SME. No segmento B a percentagem deverá rondar os 90%, enquanto no compartimento mais baixo poderá não passar dos 40%. Seja como for, a Euronext Lisboa tem aberto, até ao próximo dia 16 de Maio, concurso para novas propostas, podendo aparecer mais candidatos a SME.
O novo estatuto de SME foi desenhado para estimular e promover a análise das PME (ver entrevista nesta página). Enquanto SME, estes terão de disponibilizar equipas de research e vendas, especializadas nas empresas que acompanham. Terão ainda de garantir a difusão de relatórios regulares. Estas equipas deverão concretizar, juntamente com a Euronext Lisboa, um plano de promoção especialmente dedicado a este tipo de empresas. Todos os SME assinam um contrato com a bolsa.
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Inflação emergente?
Fernando Castro Sola
Director do Espírito Santo Investment
Mais do que a subida da taxa de referencia em 25 pontos base, já largamente descontada pelos mercados, a novidade da última reunião do Fed foi mesmo a inclusão da palavra inflação no discurso dos responsáveis. Na verdade, quer a subida quer o próprio discurso são coerentes com os avisos já lançados no final do ano passado quando o Fed se referiu à sobrevalorização das obrigações dos 10 anos. Contido nesses avisos estava já a preocupação da Fed pelo facto de os juros de longo prazo não reflectirem correctamente o novo ambiente de crescimento e inflação. No entanto, e porque à data os mercados não deram atenção, alguns dos necessários ajustes estão a ocorrer agora ao sabor dos dados macroeconómicos que vão saindo. E porque quando a falta de visibilidade se instala, ela própria atrai mais do mesmo, eis que os próprios dados económicos revelam agora realidades bastante assimétricas no que toca ao crescimento económico.
Num contexto como este, com pressões inflacionistas a emergir (alimentadas pela instabilidade do petróleo) e ainda poucas certezas quanto ao dinamismo da economia, é natural que continuemos a assistir a acrescida volatilidade nos juros de longo prazo em paralelo com mercados accionistas sem capacidade para definir uma tendência clara. É pois imperativo que se continuem a assumir estratégias ágeis e oportunistas na abordagem dos investimentos com risco, para assim tentar tirar algum partido de mercados tendencialmente laterais.
Fernando Castro Sola
Director do Espírito Santo Investment
Mais do que a subida da taxa de referencia em 25 pontos base, já largamente descontada pelos mercados, a novidade da última reunião do Fed foi mesmo a inclusão da palavra inflação no discurso dos responsáveis. Na verdade, quer a subida quer o próprio discurso são coerentes com os avisos já lançados no final do ano passado quando o Fed se referiu à sobrevalorização das obrigações dos 10 anos. Contido nesses avisos estava já a preocupação da Fed pelo facto de os juros de longo prazo não reflectirem correctamente o novo ambiente de crescimento e inflação. No entanto, e porque à data os mercados não deram atenção, alguns dos necessários ajustes estão a ocorrer agora ao sabor dos dados macroeconómicos que vão saindo. E porque quando a falta de visibilidade se instala, ela própria atrai mais do mesmo, eis que os próprios dados económicos revelam agora realidades bastante assimétricas no que toca ao crescimento económico.
Num contexto como este, com pressões inflacionistas a emergir (alimentadas pela instabilidade do petróleo) e ainda poucas certezas quanto ao dinamismo da economia, é natural que continuemos a assistir a acrescida volatilidade nos juros de longo prazo em paralelo com mercados accionistas sem capacidade para definir uma tendência clara. É pois imperativo que se continuem a assumir estratégias ágeis e oportunistas na abordagem dos investimentos com risco, para assim tentar tirar algum partido de mercados tendencialmente laterais.
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Cidade lacustre nasce em Vilamoura
nJosé Manuel Oliveira Arquivo DN-Vasco Célio
Alterações. No novo empreendimento de luxo em Vilamoura poderá vir a ser criado um acesso para barcos de recreio junto à lagoa artifical com ligação à marina
Até Junho deste ano, o grupo espanhol Plasa, que adquiriu recentemente a Lusotur, então liderada por André Jordan, deverá apresentar um projecto reformulado com vista à criação de uma cidade lacustre perto da praia da Falésia, em Vilamoura, apurou o DN junto da empresa. Uma reformulação que já está a levantar algumas questões por parte dos ambientalistas.
Para já, o que se sabe junto de várias fontes é que um gabinete de arquitectos do país vizinho está a avaliar o projecto na sua globalidade, no âmbito do Plano Vilamoura XXI, a fim de tomar uma decisão sobre o caminho a seguir.
O projecto inicial da cidade lacustre apontava para a construção de mais de uma centena de moradias de luxo, em torno de um lago artificial de grandes dimensões existente desde a década de 80.
Uma nova componente no empreendimento, considerado o maior de todos os que estão inseridos no Plano Vilamoura XXI, passava pela criação de um acesso junto à lagoa para barcos de recreio com ligação à marina.
"A ideia é que as pessoas venham da marina até à cidade lacustre de barco, a pé ou de carro", disse ao DN um técnico conhecedor do projecto.
Num período de indefinições, não falta quem receie que os espanhóis, que despenderam 400 milhões de euros na compra da Lusotur, excluindo os campos de golfe, ao relançarem agora projecto da cidade lacustre possam vir a afectar a desejada qualidade, a qual tem servido de chavão ao Plano Vilamoura XXI. Até porque procurarão naturalmente rentabilizar o avultado investimento já efectuado.
A futura cidade lacustre vai implicar alterações ao nível das margens do lago.
Como este "foi criado e nunca mais foi mexido, neste momento está cheio de vegetação, além de ter ganho alguma importância em termos de aves que ali nidificam, como sucede com várias espécies protegidas, nomeadamente rouxinóis, patos-reais, galinhas-d´água e galinhas-soltanas, entre outras", referiu ao DN João Ministro, da associação ambientalista Almargem.
A partir da altura em que começarem ali a surgir moradias e barcos, o impacto será significativo, alerta aquele especialista.
No entanto, o mesmo especialista reconhece que a referida lagoa não é a zona mais importante de toda a área ecológica.
Contudo, alerta "Como a área disponível para essas aves vai ser drasticamente reduzida, elas terão de se refugiar noutras áreas menos ocupadas."
Um dos objectivos do parque ambiental anteriormente criado pela Lusotur foi "proporcionar áreas de compensação" às zonas que iriam ser afectadas pelos projectos de Vilamoura XXI.
De acordo com a Almargem, "o projecto arrancou, tendo sido criadas novas lagoas, mas ficou, entretanto, abandonado por falta de manutenção."
Mas " se agora avançarem com obras sem uma área devidamente preparada para acolher as aves que eventualmente vão ser afectadas pela ocupação urbanística, não será nada positivo".
"Receio que os espanhóis não respeitem o que estava definido no anterior projecto", sublinha um responsável daquela associação ambientalista.
nJosé Manuel Oliveira Arquivo DN-Vasco Célio
Alterações. No novo empreendimento de luxo em Vilamoura poderá vir a ser criado um acesso para barcos de recreio junto à lagoa artifical com ligação à marina
Até Junho deste ano, o grupo espanhol Plasa, que adquiriu recentemente a Lusotur, então liderada por André Jordan, deverá apresentar um projecto reformulado com vista à criação de uma cidade lacustre perto da praia da Falésia, em Vilamoura, apurou o DN junto da empresa. Uma reformulação que já está a levantar algumas questões por parte dos ambientalistas.
Para já, o que se sabe junto de várias fontes é que um gabinete de arquitectos do país vizinho está a avaliar o projecto na sua globalidade, no âmbito do Plano Vilamoura XXI, a fim de tomar uma decisão sobre o caminho a seguir.
O projecto inicial da cidade lacustre apontava para a construção de mais de uma centena de moradias de luxo, em torno de um lago artificial de grandes dimensões existente desde a década de 80.
Uma nova componente no empreendimento, considerado o maior de todos os que estão inseridos no Plano Vilamoura XXI, passava pela criação de um acesso junto à lagoa para barcos de recreio com ligação à marina.
"A ideia é que as pessoas venham da marina até à cidade lacustre de barco, a pé ou de carro", disse ao DN um técnico conhecedor do projecto.
Num período de indefinições, não falta quem receie que os espanhóis, que despenderam 400 milhões de euros na compra da Lusotur, excluindo os campos de golfe, ao relançarem agora projecto da cidade lacustre possam vir a afectar a desejada qualidade, a qual tem servido de chavão ao Plano Vilamoura XXI. Até porque procurarão naturalmente rentabilizar o avultado investimento já efectuado.
A futura cidade lacustre vai implicar alterações ao nível das margens do lago.
Como este "foi criado e nunca mais foi mexido, neste momento está cheio de vegetação, além de ter ganho alguma importância em termos de aves que ali nidificam, como sucede com várias espécies protegidas, nomeadamente rouxinóis, patos-reais, galinhas-d´água e galinhas-soltanas, entre outras", referiu ao DN João Ministro, da associação ambientalista Almargem.
A partir da altura em que começarem ali a surgir moradias e barcos, o impacto será significativo, alerta aquele especialista.
No entanto, o mesmo especialista reconhece que a referida lagoa não é a zona mais importante de toda a área ecológica.
Contudo, alerta "Como a área disponível para essas aves vai ser drasticamente reduzida, elas terão de se refugiar noutras áreas menos ocupadas."
Um dos objectivos do parque ambiental anteriormente criado pela Lusotur foi "proporcionar áreas de compensação" às zonas que iriam ser afectadas pelos projectos de Vilamoura XXI.
De acordo com a Almargem, "o projecto arrancou, tendo sido criadas novas lagoas, mas ficou, entretanto, abandonado por falta de manutenção."
Mas " se agora avançarem com obras sem uma área devidamente preparada para acolher as aves que eventualmente vão ser afectadas pela ocupação urbanística, não será nada positivo".
"Receio que os espanhóis não respeitem o que estava definido no anterior projecto", sublinha um responsável daquela associação ambientalista.
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Finalmente a economia
As despesas a cortar deverão ser apenas as supérfluas, não o investimento ou as despesas sociais (...)
Fernando Valdez
A opção do primeiro-ministro de priorizar políticas que promovam o desenvolvimento económico de Portugal é, indubitavelmente, uma boa notícia. Uma outra questão será quais são as políticas que o Governo irá adoptar para promover esse desiderato e se elas serão as mais adequadas e eficazes. Mas a simples declaração de que o objectivo principal das políticas económicas deste Governo é promover o crescimento é, em si, positiva. Positiva é também a divulgação pelo ministro das Finanças de uma meta credível de crescimento para 2005. Como é importante a decisão de não continuar a vender os poucos anéis que restam ao Estado e a inventar receitas extraordinárias para mascarar o défice orçamental que efectivamente o País tem. Independentemente de o número "fetiche" do défice de 3% não ter qualquer suporte técnico, é mais sensato falar-se da contenção do défice no prazo de uma legislatura. As despesas a cortar deverão ser apenas as supérfluas, não o investimento ou as despesas sociais, designadamente na Educação, Saúde e Segurança Social. As receitas do Estado devem aumentar, por um lado, pelo combate à fraude e à evasão fiscal, por outro, como uma consequência natural do crescimento económico. E as subidas de impostos devem estar fora de questão. Sejam elas do IVA, do IRS, do Imposto Automóvel ou da tributação sobre os combustíveis. A bem do crescimento e da competitividade.
As despesas a cortar deverão ser apenas as supérfluas, não o investimento ou as despesas sociais (...)
Fernando Valdez
A opção do primeiro-ministro de priorizar políticas que promovam o desenvolvimento económico de Portugal é, indubitavelmente, uma boa notícia. Uma outra questão será quais são as políticas que o Governo irá adoptar para promover esse desiderato e se elas serão as mais adequadas e eficazes. Mas a simples declaração de que o objectivo principal das políticas económicas deste Governo é promover o crescimento é, em si, positiva. Positiva é também a divulgação pelo ministro das Finanças de uma meta credível de crescimento para 2005. Como é importante a decisão de não continuar a vender os poucos anéis que restam ao Estado e a inventar receitas extraordinárias para mascarar o défice orçamental que efectivamente o País tem. Independentemente de o número "fetiche" do défice de 3% não ter qualquer suporte técnico, é mais sensato falar-se da contenção do défice no prazo de uma legislatura. As despesas a cortar deverão ser apenas as supérfluas, não o investimento ou as despesas sociais, designadamente na Educação, Saúde e Segurança Social. As receitas do Estado devem aumentar, por um lado, pelo combate à fraude e à evasão fiscal, por outro, como uma consequência natural do crescimento económico. E as subidas de impostos devem estar fora de questão. Sejam elas do IVA, do IRS, do Imposto Automóvel ou da tributação sobre os combustíveis. A bem do crescimento e da competitividade.
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Perspectivas económicas são desfavoráveis
Liberalização do comércio internacional de têxteis e vestuário deve afectar vendas internas e externas
nFernando Valdez
investimento. A formação bruta de capital fixo apresenta uma tendência de recuperação ainda moderada
Os dados já disponíveis sobre a economia portuguesa apontam para um nível de actividade económica desfavorável no início do ano, não sendo de excluir que prossiga no primeiro trimestre a situação de recessão técnica em que Portugal voltou a mergulhar no último trimestre de 2004.
Depois de uma queda do produto em cadeia (face ao trimestre anterior), nos dois últimos trimestres de 2004, um crescimento nos primeiros três meses deste ano que não seja superior a 0,35% significará uma queda homóloga do PIB nacional. Aliás, é bem provável que na primeira metade de 2005 se assista a uma queda homóloga do produto.
A revisão da meta de crescimento do PIB em 2005 impunha-se e a actual previsão de 1,2%, apresentada pelo actual ministro das Finanças, parece mais sensata.
O indicador coincidente de actividade económica do Banco de Portugal abrandou sete meses consecutivos e entrou em terreno negativo em Fevereiro (menos 0,2%), apresentando a pior evolução homóloga dos últimos 15 meses.
O indicador de actividade económico do INE abrandou em Janeiro e o indicador de clima, que reflecte as perspectivas dos empresários da indústria, comércio, construção e serviços, manteve-se em Fevereiro em menos 0,5%, apontando para um comportamento desfavorável da economia.
O único indicador disponível sobre o andamento das exportações líquidas - o comércio com países terceiros - demonstrou em Janeiro que as importações cresceram 19,4%, a um ritmo 4,5 vezes superior ao aumento das exportações (4,1%). O défice comercial com países exteriores à União Europeia (UE) agravou-se 39,2% em Janeiro. Contudo, estes números têm de ser vistos com reserva, porque as trocas com países terceiros só representam um quinto do comércio externo nacional, trata-se de valores preliminares e não se conhecem ainda os deflatores do comércio com o exterior.
No caso dos têxteis e vestuário, a concorrência de países terceiros, principalmente da China, deverá ter consequências bastante negativas para a indústria nacional, não apenas por uma previsível redução das exportações do sector mas também pela concorrência no próprio mercado nacional.
A dinâmica do consumo privado, se continuar a ser principalmente satisfeita à custa de um aumento da componente importada, faz crescer as importações e não dá o contributo que seria necessário para o crescimento do produto.
Os dados relativos à produção industrial, do INE, revelam a manutenção até Janeiro de uma tendência de queda da produção.
No plano do investimento, há indícios de alguma recuperação, mas moderada.
Os indicadores apontam para uma recuperação das vendas de bens de equipamento em Janeiro mas com um retrocesso em Fevereiro. As vendas de material de transporte cresceram mais moderadamente, e as de cimento, o principal indicador quantitativo da construção, caíram 0,7% no primeiro bimestre de 2005.
Os dados do IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional - revelam que o desemprego continua a crescer e que o total de de-sempregados em Portugal rondará actualmente o meio milhão. A conjuntura económica não permite prever uma inversão da tendência de agravamento do desemprego.
Liberalização do comércio internacional de têxteis e vestuário deve afectar vendas internas e externas
nFernando Valdez
investimento. A formação bruta de capital fixo apresenta uma tendência de recuperação ainda moderada
Os dados já disponíveis sobre a economia portuguesa apontam para um nível de actividade económica desfavorável no início do ano, não sendo de excluir que prossiga no primeiro trimestre a situação de recessão técnica em que Portugal voltou a mergulhar no último trimestre de 2004.
Depois de uma queda do produto em cadeia (face ao trimestre anterior), nos dois últimos trimestres de 2004, um crescimento nos primeiros três meses deste ano que não seja superior a 0,35% significará uma queda homóloga do PIB nacional. Aliás, é bem provável que na primeira metade de 2005 se assista a uma queda homóloga do produto.
A revisão da meta de crescimento do PIB em 2005 impunha-se e a actual previsão de 1,2%, apresentada pelo actual ministro das Finanças, parece mais sensata.
O indicador coincidente de actividade económica do Banco de Portugal abrandou sete meses consecutivos e entrou em terreno negativo em Fevereiro (menos 0,2%), apresentando a pior evolução homóloga dos últimos 15 meses.
O indicador de actividade económico do INE abrandou em Janeiro e o indicador de clima, que reflecte as perspectivas dos empresários da indústria, comércio, construção e serviços, manteve-se em Fevereiro em menos 0,5%, apontando para um comportamento desfavorável da economia.
O único indicador disponível sobre o andamento das exportações líquidas - o comércio com países terceiros - demonstrou em Janeiro que as importações cresceram 19,4%, a um ritmo 4,5 vezes superior ao aumento das exportações (4,1%). O défice comercial com países exteriores à União Europeia (UE) agravou-se 39,2% em Janeiro. Contudo, estes números têm de ser vistos com reserva, porque as trocas com países terceiros só representam um quinto do comércio externo nacional, trata-se de valores preliminares e não se conhecem ainda os deflatores do comércio com o exterior.
No caso dos têxteis e vestuário, a concorrência de países terceiros, principalmente da China, deverá ter consequências bastante negativas para a indústria nacional, não apenas por uma previsível redução das exportações do sector mas também pela concorrência no próprio mercado nacional.
A dinâmica do consumo privado, se continuar a ser principalmente satisfeita à custa de um aumento da componente importada, faz crescer as importações e não dá o contributo que seria necessário para o crescimento do produto.
Os dados relativos à produção industrial, do INE, revelam a manutenção até Janeiro de uma tendência de queda da produção.
No plano do investimento, há indícios de alguma recuperação, mas moderada.
Os indicadores apontam para uma recuperação das vendas de bens de equipamento em Janeiro mas com um retrocesso em Fevereiro. As vendas de material de transporte cresceram mais moderadamente, e as de cimento, o principal indicador quantitativo da construção, caíram 0,7% no primeiro bimestre de 2005.
Os dados do IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional - revelam que o desemprego continua a crescer e que o total de de-sempregados em Portugal rondará actualmente o meio milhão. A conjuntura económica não permite prever uma inversão da tendência de agravamento do desemprego.
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reacções
As perspectivas a curto e médio prazo não são animadoras
Dinamismo Chinês.
Num primeiro momento, "o que determina a alta dos preços é o grande dinamismo da China e Índia", juntamente com os limites existentes na oferta, afirma o economista. Mas, diz, a prazo os preços podem baixar, "devido à evolução tecnológica".
As perspectivas a curto e médio prazo não são animadoras
Dinamismo Chinês.
Num primeiro momento, "o que determina a alta dos preços é o grande dinamismo da China e Índia", juntamente com os limites existentes na oferta, afirma o economista. Mas, diz, a prazo os preços podem baixar, "devido à evolução tecnológica".
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Do Pingo Doce ao Continente
Licenciado em Economia, casado, Nuno Manuel Moniz Trigoso Jordão chegou ao mundo do retalho há 25 anos. De 1980 a 1986 faz carreira na área de operações do Pingo Doce, Lda. É então convidado para director do recém-criado Continente da Amadora. Em 1988, Nuno Jordão é promovido a director-geral da Modelo Continente Hipermercados, SA. Em 1990, passa a administrador do grupo e em 1991 torna-se presidente da Modelo Continentes SGPS. Em 2000, é eleito vice-presidente da Sonae Investimentos, cargo que acumula até agora com a presidência da rede de hiper e supermercados da Sonae.
Do Pingo Doce ao Continente
Licenciado em Economia, casado, Nuno Manuel Moniz Trigoso Jordão chegou ao mundo do retalho há 25 anos. De 1980 a 1986 faz carreira na área de operações do Pingo Doce, Lda. É então convidado para director do recém-criado Continente da Amadora. Em 1988, Nuno Jordão é promovido a director-geral da Modelo Continente Hipermercados, SA. Em 1990, passa a administrador do grupo e em 1991 torna-se presidente da Modelo Continentes SGPS. Em 2000, é eleito vice-presidente da Sonae Investimentos, cargo que acumula até agora com a presidência da rede de hiper e supermercados da Sonae.
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Uma história de 20 anos
Continente revolucionou o mercado
A história do Continente está intimamente ligada à da Modelo Continente, SGPS. Fundada em 1985 através de uma joint- venture entre a Sonae e a Promodes, líder europeia do sector de retalho à data, a empresa abre, nesse ano o primeiro hipermercado em Portugal, em Matosinhos, revolucionando o sector de retalho, até aí dominado por pequenos operadores tradicionais.
Os anos seguintes foram marcados pela afinação do conceito hipermercado e pela expansão da cadeia de lojas. A partir de 1992, o objectivo centrou-se no desenvolvimento do modelo de gestão, suportado pelo contínuo desenvolvimento de Sistemas de Informação e Operação de Logística. A aquisição, em 1995, da Modelo SGPS reforçou a liderança da empresa e abriu novas perspectivas de crescimento no formato de mini/hiper. Nesse ano, inicia a operação nos formatos não alimentares, abrindo a primeira loja têxtil localizada perto da entrada das lojas mini/hiper e enceta a expansão no retalho não alimentar capitalizado no tráfego de clientes da loja alimentar.
Em 1998, a Modelo Continente SGPS principia a operação de expansão no mercado brasileiro, através da aquisição de 80% do MIB, na ocasião o nono maior retalhista alimentar do Brasil.
Actualmente, a empresa conta com uma área total de vendas 136 167 metros quadrados.
Continente revolucionou o mercado
A história do Continente está intimamente ligada à da Modelo Continente, SGPS. Fundada em 1985 através de uma joint- venture entre a Sonae e a Promodes, líder europeia do sector de retalho à data, a empresa abre, nesse ano o primeiro hipermercado em Portugal, em Matosinhos, revolucionando o sector de retalho, até aí dominado por pequenos operadores tradicionais.
Os anos seguintes foram marcados pela afinação do conceito hipermercado e pela expansão da cadeia de lojas. A partir de 1992, o objectivo centrou-se no desenvolvimento do modelo de gestão, suportado pelo contínuo desenvolvimento de Sistemas de Informação e Operação de Logística. A aquisição, em 1995, da Modelo SGPS reforçou a liderança da empresa e abriu novas perspectivas de crescimento no formato de mini/hiper. Nesse ano, inicia a operação nos formatos não alimentares, abrindo a primeira loja têxtil localizada perto da entrada das lojas mini/hiper e enceta a expansão no retalho não alimentar capitalizado no tráfego de clientes da loja alimentar.
Em 1998, a Modelo Continente SGPS principia a operação de expansão no mercado brasileiro, através da aquisição de 80% do MIB, na ocasião o nono maior retalhista alimentar do Brasil.
Actualmente, a empresa conta com uma área total de vendas 136 167 metros quadrados.
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"Durante dois anos o sector parou e perderam-se milhões de euros"
Quando se deu o congelamento da atribuição de novas licenças, o grupo optou pela consolidação...
Porque o País não tem a estabilidade do quadro legal que devia. Quase todos os anos muda. Isso não foi bom, mas nós adaptamo-nos.
Com a criação de novos formatos...
Lançámos a marca Modelo para as cidades de menor dimensão. Fomo-nos ajustando à lei. Continuamos a ser a marca líder, apesar dos bons e fortes concorrentes, muitos com uma dimensão bem maior. E não o fizemos na secretaria.
Quanto se perdeu nestes dois anos?
Seguramente 10% de oferta ao ano, 200 a 300 mil metros quadrados em novas superfícies, muitos milhões de euros de investimentos e postos de trabalho, num dos sectores que têm maior impacto no aumento de produtividade.
Acha que houve a intenção deliberada de prejudicar a Modelo Continente?
Acho que não. O problema é que na pasta do Comércio tivemos na última década uma média de um ministro e de um secretário de Estado por ano e um director-geral de dois em dois anos.
Mas sentiram-se prejudicados face a concorrentes internacionais?
Não defendemos condicionamentos, mas nunca esperámos que eles fossem mais ferozes para com a Sonae e que fôssemos até algo prejudicados na secretaria quando fomos os primeiros a arriscar.
A verdade é que a Sonae se tem queixado dos sucessivos governos.
Não vou abordar esse tema. Hoje é fácil dizer que isto é um grande negócio. Esqueceu-se o risco que corremos quando começamos com equipamentos fora do habitual, em escala e envergadura. Os circuitos comerciais foram modernizados e os produtos chegaram mais baratos ao consumidor. Os títulos dos jornais na altura diziam que o principal aliado do Governo para travar a inflação era o Continente. Este esforço foi esquecido e a recompensa para quem assumiu riscos na devida altura foi dizerem "parem aí um bocado, porque se vos damos duas licenças, temos de dar quatro àquele".
O Estado devia intervir menos?
Os intervencionismos dos últimos dez anos não foram muito felizes. Mas o sector da distribuição é tão estratégico que vai haver sempre alguma regulamentação central. Contudo, não é indiferente haver ou não canais de distribuição detidos por empresas portuguesas.
Porque contribuem mais para estimular a economia?
Numa loja em que 90% do que sevende vem do país x, com uma dúzia de pessoas com salários algo modestos, em termos de valor acrescentado bruto (VAB), o que fica cá não é muito. Se a Modelo Continente e a Jerónimo Martins, por exemplo, não estivessem em mãos portuguesas, teríamos seguramente menos quatro mil pessoas nas estruturas centrais e as decisões eram tomadas em Paris ou em Madrid. Não tivesse Portugal estas empresas e muita coisa mudaria.
A distribuição continua a ser vista como algo "obscuro"?
Continua a ser desvalorizada.
Como se pode mudar essa imagem?
No mercado de trabalho já mudou um pouco. A nível governamental dá a ideia que se tivermos um investimento de um décimo do valor numa fábrica,temos todo o tipo de parangonas e apoios. Façamos a comparação ao nível das autoridades locais. No Brasil, quando anunciamos um investimento no sector terciário, somos recebidos de braços abertos. Aqui, por regra, a postura é "vamos ver se a gente concede a benesse de poderem investir aqui". Neste país ainda sinto isso. Aliás, num passado recente sentimos todos. Durante 24 meses parou-se um sector para se pensar.
E chegou-se a alguma conclusão?
A conclusão foi que não fazia sentido. Pergunto se a legislação foi intencional ou não. Foi pelo menos desajeitada. Na altura, curiosamente, não se falava de outra coisa que não fosse da produtividade. Dois anos para fazer uma lei. É caso para dizer que produtividade...
Quando se deu o congelamento da atribuição de novas licenças, o grupo optou pela consolidação...
Porque o País não tem a estabilidade do quadro legal que devia. Quase todos os anos muda. Isso não foi bom, mas nós adaptamo-nos.
Com a criação de novos formatos...
Lançámos a marca Modelo para as cidades de menor dimensão. Fomo-nos ajustando à lei. Continuamos a ser a marca líder, apesar dos bons e fortes concorrentes, muitos com uma dimensão bem maior. E não o fizemos na secretaria.
Quanto se perdeu nestes dois anos?
Seguramente 10% de oferta ao ano, 200 a 300 mil metros quadrados em novas superfícies, muitos milhões de euros de investimentos e postos de trabalho, num dos sectores que têm maior impacto no aumento de produtividade.
Acha que houve a intenção deliberada de prejudicar a Modelo Continente?
Acho que não. O problema é que na pasta do Comércio tivemos na última década uma média de um ministro e de um secretário de Estado por ano e um director-geral de dois em dois anos.
Mas sentiram-se prejudicados face a concorrentes internacionais?
Não defendemos condicionamentos, mas nunca esperámos que eles fossem mais ferozes para com a Sonae e que fôssemos até algo prejudicados na secretaria quando fomos os primeiros a arriscar.
A verdade é que a Sonae se tem queixado dos sucessivos governos.
Não vou abordar esse tema. Hoje é fácil dizer que isto é um grande negócio. Esqueceu-se o risco que corremos quando começamos com equipamentos fora do habitual, em escala e envergadura. Os circuitos comerciais foram modernizados e os produtos chegaram mais baratos ao consumidor. Os títulos dos jornais na altura diziam que o principal aliado do Governo para travar a inflação era o Continente. Este esforço foi esquecido e a recompensa para quem assumiu riscos na devida altura foi dizerem "parem aí um bocado, porque se vos damos duas licenças, temos de dar quatro àquele".
O Estado devia intervir menos?
Os intervencionismos dos últimos dez anos não foram muito felizes. Mas o sector da distribuição é tão estratégico que vai haver sempre alguma regulamentação central. Contudo, não é indiferente haver ou não canais de distribuição detidos por empresas portuguesas.
Porque contribuem mais para estimular a economia?
Numa loja em que 90% do que sevende vem do país x, com uma dúzia de pessoas com salários algo modestos, em termos de valor acrescentado bruto (VAB), o que fica cá não é muito. Se a Modelo Continente e a Jerónimo Martins, por exemplo, não estivessem em mãos portuguesas, teríamos seguramente menos quatro mil pessoas nas estruturas centrais e as decisões eram tomadas em Paris ou em Madrid. Não tivesse Portugal estas empresas e muita coisa mudaria.
A distribuição continua a ser vista como algo "obscuro"?
Continua a ser desvalorizada.
Como se pode mudar essa imagem?
No mercado de trabalho já mudou um pouco. A nível governamental dá a ideia que se tivermos um investimento de um décimo do valor numa fábrica,temos todo o tipo de parangonas e apoios. Façamos a comparação ao nível das autoridades locais. No Brasil, quando anunciamos um investimento no sector terciário, somos recebidos de braços abertos. Aqui, por regra, a postura é "vamos ver se a gente concede a benesse de poderem investir aqui". Neste país ainda sinto isso. Aliás, num passado recente sentimos todos. Durante 24 meses parou-se um sector para se pensar.
E chegou-se a alguma conclusão?
A conclusão foi que não fazia sentido. Pergunto se a legislação foi intencional ou não. Foi pelo menos desajeitada. Na altura, curiosamente, não se falava de outra coisa que não fosse da produtividade. Dois anos para fazer uma lei. É caso para dizer que produtividade...
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"Em 24 meses parou-se o sector para pensar"
n A Modelo Continente, que faz 20 anos, promete canalizar para Portugal o grosso dos investimentos a médio prazo. Nuno Jordão considera, no entanto, que a paragem que houve durante dois anos para legislar travou milhões de euros em projectos e novos postos de trabalho.
n A Modelo Continente, que faz 20 anos, promete canalizar para Portugal o grosso dos investimentos a médio prazo. Nuno Jordão considera, no entanto, que a paragem que houve durante dois anos para legislar travou milhões de euros em projectos e novos postos de trabalho.
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O barril de petróleo pode chegar aos 60 dólares? Na sexta-feira passada, em Nova Iorque, os preços já atingiram o máximo de 57 dólares.
Pelo que não deverá ser difícil chegar aos 60. Enquanto os analistas da Universidade de Cambridge, Inglaterra, estimam que o preço oscile entre os 60 e 80 dólares, até 2006, a conceituada casa Goldman Sachs antevê para o fim deste ano preços da ordem dos 105 dólares por barril. Mais conservadora na análise, a corretora Golden Broker estima valores no crude "para cima dos 60 dólares no curto e médio prazo".
E quanto a poder chegar à barreira dos 100 dólares ? "Penso que é perfeitamente possível atingir um preço entre os 70/80 dólares, mas não creio num cenário de 100 dólares". Quem responde é o conceituado empresário do mundo dos petróleos, Patrick Monteiro de Barros. "Vamos ter um Verão difícil", antevê o empresário com interesses na indústria petrolífera. Com a oferta do ouro negro nos limites, a procura em todo o planeta não pára de aumentar. "Na China, só o aumento - registado em 2004 - na procura de petróleo foi igual à produção de Angola", exemplifica Monteiro de Barros. A capacidade disponível de oferta, com efeitos imediatos, dos países da OPEP e não OPEP "está no limite."
"Nunca fui um alarmista", diz Nuno Ribeiro da Silva, ex-secretário de Estado da Energia, "mas isto é um assunto sério", reconhece. Para o engenheiro e economista, que evita arriscar previsões, "existe o risco efectivo de uma explosão de preços". A procura do crude "cresceu em 2004 como nunca desde os choques petrolíferos de 70" e a produção - a oferta - "está no limite". Também Vítor Santos, ex-secretário de Estado da Energia dos governos de António Guterres, realça o efeito da procura "promovido pelo forte crescimento económico de países como a Índia e a China" e uma estática oferta de petróleo como as causas destas subidas. "Uma conjugação de factores que levará ao aumento de preços".
A produção mundial está actualmente estimada nos 84 a 85 milhões de barris diários, dos quais 27,5 milhões da responsabilidade da OPEP - Organização dos Países Produtores de Petróleo. "Ora um aumento na produção de 500 mil barris diários", anunciada sexta- -feira à noite pela OPEP - com o objectivo de acalmar a escalada dos custos do barril - ,"não terá repercussões significativas nos actuais níveis dos preços", diz Nuno Ribeiro da Silva.
Perigo. A atenuar a onda de pessimismo à volta do preço do combustível fóssil está Manuel Ferreira de Oliveira, ex-presidente da Petrogal. "Num horizonte realista de três anos, os preços estarão entre os 25 e os 30 dólares", diz, garantindo que em cinco anos "estarão mais próximos dos 25 dólares". É que a entrada em exploração de novos jazigos demorará entre três a cinco anos, explica Ferreira de Oliveira, justificando ainda o seu optimismo pelo facto de o custo da produção do crude nas zonas de maiores reservas "andar entre os 12 ou 13 dólares."
Nuno Ribeiro da Silva contraria este optimismo. A procura está longe de desacelerar, pressionando os preços, justifica. Em 2004, o consumo de petróleo per capita na OCDE situava-se em 4,2 toneladas, sendo de oito nos EUA. Na China, está nas 0,5 toneladas. "Isto dá uma ideia do que ainda está para vir", resume.
Pelo que não deverá ser difícil chegar aos 60. Enquanto os analistas da Universidade de Cambridge, Inglaterra, estimam que o preço oscile entre os 60 e 80 dólares, até 2006, a conceituada casa Goldman Sachs antevê para o fim deste ano preços da ordem dos 105 dólares por barril. Mais conservadora na análise, a corretora Golden Broker estima valores no crude "para cima dos 60 dólares no curto e médio prazo".
E quanto a poder chegar à barreira dos 100 dólares ? "Penso que é perfeitamente possível atingir um preço entre os 70/80 dólares, mas não creio num cenário de 100 dólares". Quem responde é o conceituado empresário do mundo dos petróleos, Patrick Monteiro de Barros. "Vamos ter um Verão difícil", antevê o empresário com interesses na indústria petrolífera. Com a oferta do ouro negro nos limites, a procura em todo o planeta não pára de aumentar. "Na China, só o aumento - registado em 2004 - na procura de petróleo foi igual à produção de Angola", exemplifica Monteiro de Barros. A capacidade disponível de oferta, com efeitos imediatos, dos países da OPEP e não OPEP "está no limite."
"Nunca fui um alarmista", diz Nuno Ribeiro da Silva, ex-secretário de Estado da Energia, "mas isto é um assunto sério", reconhece. Para o engenheiro e economista, que evita arriscar previsões, "existe o risco efectivo de uma explosão de preços". A procura do crude "cresceu em 2004 como nunca desde os choques petrolíferos de 70" e a produção - a oferta - "está no limite". Também Vítor Santos, ex-secretário de Estado da Energia dos governos de António Guterres, realça o efeito da procura "promovido pelo forte crescimento económico de países como a Índia e a China" e uma estática oferta de petróleo como as causas destas subidas. "Uma conjugação de factores que levará ao aumento de preços".
A produção mundial está actualmente estimada nos 84 a 85 milhões de barris diários, dos quais 27,5 milhões da responsabilidade da OPEP - Organização dos Países Produtores de Petróleo. "Ora um aumento na produção de 500 mil barris diários", anunciada sexta- -feira à noite pela OPEP - com o objectivo de acalmar a escalada dos custos do barril - ,"não terá repercussões significativas nos actuais níveis dos preços", diz Nuno Ribeiro da Silva.
Perigo. A atenuar a onda de pessimismo à volta do preço do combustível fóssil está Manuel Ferreira de Oliveira, ex-presidente da Petrogal. "Num horizonte realista de três anos, os preços estarão entre os 25 e os 30 dólares", diz, garantindo que em cinco anos "estarão mais próximos dos 25 dólares". É que a entrada em exploração de novos jazigos demorará entre três a cinco anos, explica Ferreira de Oliveira, justificando ainda o seu optimismo pelo facto de o custo da produção do crude nas zonas de maiores reservas "andar entre os 12 ou 13 dólares."
Nuno Ribeiro da Silva contraria este optimismo. A procura está longe de desacelerar, pressionando os preços, justifica. Em 2004, o consumo de petróleo per capita na OCDE situava-se em 4,2 toneladas, sendo de oito nos EUA. Na China, está nas 0,5 toneladas. "Isto dá uma ideia do que ainda está para vir", resume.
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Petróleo deve chegar aos 80 dólares em 2005
Petróleo deve chegar aos 80 dólares em 2005
A fasquia dos 60 dólares por barril está prestes a ser quebrada. As expectativas dos conhecedores do mercado, como Patrick Monteiro de Barros e análises financeiras internacionais apontam já para um preço entre os 60 e os 100 dólares a curto prazo. "O assunto é sério", alerta Nuno Ribeiro da Silva. O forte crescimento das economias asiáticas, que origina um aumento significativo da procura de crude, e a produção do ouro negro no limite explicam a ascensão dos preços. Página 6
A fasquia dos 60 dólares por barril está prestes a ser quebrada. As expectativas dos conhecedores do mercado, como Patrick Monteiro de Barros e análises financeiras internacionais apontam já para um preço entre os 60 e os 100 dólares a curto prazo. "O assunto é sério", alerta Nuno Ribeiro da Silva. O forte crescimento das economias asiáticas, que origina um aumento significativo da procura de crude, e a produção do ouro negro no limite explicam a ascensão dos preços. Página 6
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