Caldeirão da Bolsa

Petróleo e obrigações atiram Wall Street para o vermelho

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por marafado » 10/3/2005 1:29

aquisição Schroder detém 5% da Altri



A Schroder Investment Management Limited anunciou ontem que detém, através de um dos seus fundos de investimento, uma participação de mais de 5% do capital da Altri, a empresa que agrupa os activos industriais do grupo Cofina. A participação foi adquirida no dia 1 de Março.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 10/3/2005 1:28

seguros MDS compra empresa da Artai



A MDS, corretora de seguros do grupo Sonae, anunciou ontem a compra da subsidiária portuguesa da corretora espanhola Artai. Com sede em Vigo e escritórios em Madrid, Corunha, Valência, Bilbau e Cádis, a Artai desenvolve a sua actividade no sector marítimo, industrial e administração pública
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 10/3/2005 1:27

electricidade Zapatero trava Hidrocantábrico



O governo espanhol vai limitar a actividade das distribuidoras de electricidade daquele país fora das áreas tradicionais, medida que prejudica a Hidrocantábrico, eléctrica controlada pela EDP. Isto porque a Hidrocantábrico tinha projectos para construir centrais e redes de distribuição fora das Astúrias.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 10/3/2005 1:08

contas de 2004
Melhores resultados de sempre



O Grupo Jerónimo Martins encerrou 2004 com lucros consolidados de 92,5 milhões de euros, um aumento de 60% face ao ano anterior. Alexandre Soares dos Santos afirmou que "estes são os me- lhores resultados de sempre alcançados pelo grupo". O presi- dente do conselho de administração da Jerónimo Martins aproveitou a ocasião para realçar que 2004 é um marco para a Biedronka, já que, pela primeira vez, o grupo alcançou "resultados positivos na Polónia". A facturação totalizou 3,5 mil milhões de euros, mais 3,6% face ao exercício anterior, tendo a área internacional representado 30% das vendas. Durante a apresentação do balanço de 2004, Palha da Silva, presidente-executivo do grupo, realçou a redução da dívida, que decresceu 14,4%, situando-se nos 612 milhões de euros, "reflectindo o elevado rigor da gestão financeira". Atendendo ao bom desempenho do grupo no ano passado, o conselho de administração vai propor em assembleia geral de accionistas, a realizar no final deste mês, o regresso à remuneração dos seus accionistas com a distribuição de um dividendo ilíquido de 0,36 euros por acção. Os resultados de 2004 ficam manchados pelo fraco desempenho da área industrial, através da parceria com a Unilever, cujas vendas desceram 10,1%.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 10/3/2005 1:07

Jerónimo Martins investe 450 milhões

Grupo anuncia em Setembro plano de expansão para novos mercados

leonor matias DN-José Carlos Carvalho

Satisfação. Soares dos Santos considera os resultados de 2004 "os melhores de sempre do grupo"

O Grupo Jerónimo Martins (JM) vai investir 450 milhões de euros até 2007 na abertura de 50 unidades comerciais em Portugal (25 lojas Pingo Doce e 25 Feira Nova), e entre 60 a 80 unidades, por ano, da insígnia Biedronka, na Polónia. No mercado português, os planos do grupo, liderado por Alexandre Soares dos Santos, apontam para investimentos de 90 milhões de euros por ano até 2007, enquanto na Polónia rondam os 60 milhões/ano. Ou seja, nos próximos três anos, o grupo estima realizar investimentos anu- ais, na área da distribuição, de 150 milhões de euros.

O plano de investimentos prevê ainda a abertura de duas novas unidades do cash & carry Recheio, e duas plataformas de food service. Na Polónia, onde a JM é líder no segmento alimentar, serão remodeladas anualmente entre 50 e 60 lojas. Nos próximos três anos, o grupo conta ainda com dois novos centros de distribuição. E, no final de 2007, a Biedronka deverá atingir entre 900 e mil lojas, anunciou ontem, Luís Palha da Silva, presidente executivo na apresentação dos resultados de 2004.

O grupo está a concluir a análise de expansão para novos mercados, prevendo anunciar a sua estratégia de internacionalização em Setembro. Alexandre Soares dos Santos, presidente do conselho de administração, realçou que, em Julho, a administração reúne--se na capital da Polónia e desse encontro sairão as decisões em relação à aposta em novos mercados.

Soares dos Santos aproveitou a ocasião para chamar a atenção do novo Governo para apostar na estabilidade e não atrasar os processos em curso, nomeadamente na área do licenciamento comercial. O líder da Jerónimo Martins apontou o caso do investimento estrangeiro, que só cresce se houver estabilidade política, social e fiscal. Regra geral, quando um Governo toma posse tem a tendência de querer "voltar à estaca zero e voltar a estudar e analisar", desta forma - diz - "perde-se tempo e não se cria riqueza, nem emprego". Soares dos Santos teme que o novo Governo volte a congelar a abertura de novas superfícies comerciais.

Sobre as acusações de que o grupo tem sido alvo na Polónia, Soares dos Santos diz que o mercado polaco é extremamente competitivo - nele estão instalados praticamente todos os grandes grupos de distribuição. Com onze mil trabalhadores no mercado, a Jerónimo Martins tem em tribunal "apenas 35 casos, todos relacionados com problemas laborais". Na Polónia, a Biedronka é líder do seu segmento (discount) e considerada a maior empresa do grupo, contando com 725 lojas em 2004.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 10/3/2005 1:06

Revisão do PEC

BCE quer manter sanções



O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, apelou ontem à manutenção dos mecanismos do Pacto de Estabilidade e Crescimento que sancionam os países em caso de défice excessivo. "É importante manter a integridade do braço correctivo do PEC. É importante manter os procedimentos previstos em caso de défice excessivo, trata-se de uma parte integrante da União Monetária Europeia", afirmou num colóquio financeiro em Frankfurt. Entretanto, o primeiro-ministro luxemburguês Jean-Claude Juncker, cujo país assegura a presidência rotativa da União Europeia, ameaçou abandonar os esforços para chegar a um compromisso sobre a reforma do Pacto, na ausência de perspectivas de acordo entre os Estados-membros. "Não excluo ficarmos com o Pacto tal como está", concluiu. Uma tal opção seria do agrado do BCE, que não se cansou de criticar os esforços de-senvolvidos pela Alemanha, pela França e pela Itália com vista à flexibilização das regras do PEC.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 10/3/2005 1:04

O petróleo que faz arder a Europa

Helena Garrido e Pedro Marques Pereira


O petróleo bateu ontem mais um recorde em Londres, atingindo os 53,15 dólares.

Na busca das razões possíveis para esta nova fúria em alta vão-se encontrando vários factos, que tanto podem ser apenas correlações como podem ser parte da causa. Esta subida ocorre no dia em que o presidente George W. Bush teve um discurso agressivo sobre o Médio Oriente. Mas acontece também no dia em que o dólar se volta a fragilizar face ao euro. Para o comportamento da moeda única os analistas foram buscar declarações de um responsável do BCE que sugeriam um aumento das taxas de juro na zona euro. E esta subida do euro pode ter sido a causa da alta do petróleo devido a movimentos de fundos de investimento que saíram das aplicações em divisas e foram para a energia. Outra das razões apontada é o tempo atomosférico, com o frio a justificar um aumento de procura. Por último, ainda que não a última razão, citam-se as declarações de responsáveis da OPEP que tanto podem ser lidas como apontando para um aumento da oferta como para a sua manutenção. A instabilidade que tem marcado o mercado do petróleo desde que os Estados Unidos adoptaram uma política agressiva no Médio Oriente é tudo menos favorável para a actividade económica. Mesmo com o euro mais alto, os europeus vêem no petróleo uma das maiores ameaças a uma retoma muito frágil.

Petróleo subiu 34% este ano
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 10/3/2005 0:49

Euronext na mó de cima

Financial Times


Werner Seifer, presidente da Deutsche Börse e amante de jazz, devia mudar para os blues.

A aliança entre os fundos tradicionais e os ‘hedge-funds’, que abrangem quase metade dos accionistas alemães, alterou os seus planos para a compra da Bolsa de Valores de Londres (LSE). Este domingo, concluiu finalmente que era difícil ignorar esta situação, e desistiu.

Contudo, os investidores bolsistas europeus parecem estar a dançar o “cancan”. O valor combinado da LSE, Deutsche Börse e Euronext cresceu 30% desde 1 de Dezembro, mesmo antes do início das ofertas de compra. Curiosamente, a LSE teve resultados inferiores aos dos seus concorrentes.

Uma das teorias para esta situação indica que as acções da Deutsche Börse e da Euronext começaram a deteriorar-se, muito antes de Dezembro. Uma vez que um 1/3 da Euronext é detido por accionistas rebeldes, a sua vitória sobre a Deutsche Börse vai encorajá-los a frustrar as ambições da Euronext. À medida que este assunto avança, o preço das acções aumenta porque, no final, ambas estão conscientes da alavancagem dos balanços ineficazes e da devolução do dinheiro aos accionistas.

Isto parece aplicar-se à Deutsche Börse. Mas, a Euronext ainda tem outra alternativa intrigante – a compra da LSE a juros baixos. Ao fim e ao cabo, muitos acreditam que a consolidação vai gerar lucros, mas não ao preço da Deutsche Börse. A Euronext também provou ser adepta da moderação face as questões políticas mais sensíveis. Neste momento, o seu maior obstáculo é o conselho de administração da LSE. Após ter rejeitado uma oferta de 530 pences p/acção, terá uma certa vergonha em recomendar outra de valor inferior. Assim, neste momento os accionistas da LSE deverão intervir, caso queiram sair desta situação.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 10/3/2005 0:48

Mercado cambial
Euro negoceia nos 1,33 dólares pela primeira vez em dois meses

P.F.E.


O euro ultrapassou ontem a fasquia dos 1,33 dólares e atingiu o seu valor mais alto desde o início de Janeiro. Este movimento ascendente teve por base uma possível subida das taxas de juro pelo Banco Central Europeu (BCE), mas também factores de ordem técnica.

O valor mais alto desde 4 de Janeiro foi alcançado nos 1,3362 dólares. Depois da passagem da resistência técnica dos 1,33 dólares, foram accionadas ordens automáticas de compra que aceleraram a valorização do euro. Os fundos especulativos foram os grandes responsáveis pela subida inicial, reagindo às declarações de um responsável do Banco Central Europeu numa entrevista ao Financial Times Deutschland, segundo as quais existe uma possibilidade real da autoridade monetária europeia subir brevemente as taxas de juro para combater um eventual aumento da inflação.

Para os analistas citados pelas agências internacionais, a ideia de que o próximo movimento das taxas de juro possa ser ascendente deverá colocar o euro nos 1,35 dólares dentro de dois meses.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 10/3/2005 0:46

Brent renova máximo acima dos 53 dólares

Pedro Ferreira Esteves


Conjugação de factores alimentou subida do preço do barril em Londres e Nova Iorque.

Um discurso agressivo do presidente dos EUA, George W. Bush, sobre o Médio Oriente, o enfraquecimento adicional do dólar face às suas rivais, a manutenção das temperaturas baixas nos EUA e a perspectiva da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) não subir a sua produção. Foi neste contexto que o petróleo renovou, ontem, o seu valor mais alto de sempre em Londres, acima dos 53 dólares por barril.

Os contratos de futuros transaccionados em Londres dispararam mais de um dólar para os 53,15 dólares por barril, naquele que é o valor mais alto alcançado pelo petróleo do Mar do Norte (Brent) desde a inauguração há cerca de três décadas. Em Nova Iorque, o barril subiu para os 54,75 dólares, mais perto do recorde alcançado em Outubro do ano passado nos 55,67 dólares.

Segundo os analistas, o factor que desencadeou esta trajectória foi o discurso de Bush, que ameaçou a Síria e o Irão sobre o seu alegado apoio a movimentos terroristas. “Chegou o momento de terminarem com o seu apoio ao terrorismo”, declarou o presidente dos EUA. Qualquer acção que coloque em risco a produção de um país como o Irão poderá conduzir os preços a valores ainda mais elevados (ver caixa).

A queda do dólar face ao euro e iene, que torna o petróleo mais barato, também ajudou à subida do preço, no mesmo dia em que foram conhecidas novas declarações de responsáveis da OPEP sobre o facto do cartel não considerar que existe uma situação de penúria nos mercados. Os analistas interpretaram esta ideia como um sinal de que a produção não será aumentada na próxima reunião do cartel a 16 de Março.

Por outro lado, a persistência das temperatura baixas nos EUA continuam a impedir um reforço dos ‘stocks’ no maior consumidor mundial de crude.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 10/3/2005 0:44

Bolsa
Lucros das maiores cotadas crescem quase 40% em 2004

Diogo Nunes


Resultados de 2005 deverão apoiar-se nos proveitos, depois da subida por racionalização dos custos no ano passado.

Os lucros das maiores empresas cotadas que integram o principal índice da bolsa portuguesa subiram 39,25% ao longo do ano passado, fundamentalmente por via de racionalização dos custos. Para 2005 os analistas esperam que os resultados se realizem através dos proveitos.

Da análise aos resultados do exercício de 2004, apresentados por doze das vinte empresas do PSI 20, conclui-se que todas elas registam uma melhoria no resultado líquido, com excepção da Gescartão.

Paula Carvalho, economista do Banco BPI, sublinhou ao Diário Económico que no ano passado, “as empresas foram mais contidas no recurso ao crédito”, revelando uma “atitude cautelosa no sentido de rentabilizar ao máximo” a actividade, que implicou uma “contenção na expansão” e uma “aposta na eficiência”. Paula Carvalho prevê “um aumento da confiança” empresarial em 2005, através da “expansão da actividade”, destacando que esta tendência parece confirmar-se com “as intenções de investimento entretanto anunciadas”.

Enfoque para o facto de que as doze empresas em análise (com um peso combinado superior a 86% do total do índice) terem obtido lucros em 2004, ao contrário do que sucedeu nos anos anteriores. Os resultados líquidos da Sonaecom, da Impresa, da Novabase e da Reditus passaram de prejuízos em 2003 para lucros no ano passado.

Em termos sectoriais, as telecoms sobressaem, já que os seus lucros subiram acima da média, tal como as empresas de media.

Rui Cesário, analista da Espírito Santo Research, frisou ao DE o bom desempenho da “PT, da Sonaecom, da Impresa e do Grupo Media Capital”. O grupo liderado por Pais do Amaral divulga resultados no dia 15 de Março, “devendo registar uma melhoria”, com a possibilidade de ter atingido em 2004 o ‘break even’(proveitos a igualar custos). A PT cresceu 108,2% e a Sonaecom passou de um prejuízo de 20 milhões de euros em 2003 para um resultado líquido positivo de 39 milhões de euros no ano passado. Já a PT Multimédia assumiu o primeiro lugar do pódio, com o resultado líquido a crescer 258,63% para os 110,1 milhões de euros, face aos 30,7 milhões de 2003.

O sector da banca, através dos seus três representantes, apresenta uma progressão percentual abaixo das empresas não financeiras. Os lucros do BCP, do BES e do Banco BPI aumentaram em conjunto cerca de 15%.

Rui Cesário antecipa “uma melhoria dos lucros” em 2005, quer pelo “efeito da introdução das IAS”, quer pelo facto de ainda existir “espaço para a subida dos lucros na parte operacional”.

A Melhor: Família PT no pelotão da frente
A Portugal Telecom (PT) e a PT Multimédia lideram a tabela das maiores subidas no lucro obtido em 2004. A medalha de ouro fica com a ‘sub-holding’ do grupo, cujo resultado líquido cresceu 258,63%, passando dos 30,7 milhões de euros em 2003 para os 110,1 milhões em 2004. Já a “casa-mãe” ficou com a segunda posição do ‘ranking’, ao ganhar 108,2% para os 500,1 milhões de euros, contra os 240,2 milhões em 2003. Rui Cesário, analista da Espírito Santo Research, explica a subida do lucro da PT com os extraordinários “que foram negativos em 2003 e menos negativos em 2004”. A redução de pessoal e os custos associados foi menos intensiva no ano passado (saíram 1530 funcionários em 2003, contra mais de 600 em 2004), permitindo uma “diminuição das indeminizações e um reforço do fundo de pensões”. A melhoria operacional da família PT teve por base “os resultados da TMN e da PT Multimédia”, bem como “a actividade no Brasil”.

A Pior: Gescartão regista a única queda
A Gescartão apresenta, em 2004, o pior desempenho entre as doze empresas em análise, tendo sido a única a ver cair o lucro. Assim, o resultado líquido da fabricante de embalagens de cartão foi de 10,6 milhões de euros no ano passado, uma quebra de 41% face aos 17,9 milhões de 2003. A descida do lucro é explicada pelo nível historicamente baixo dos preços do papel de embalagem. No primeiro semestre de 2004, os preços do papel recuaram para os níveis mais baixos da última década. De acordo com a Gescartão – controlada desde meados de Fevereiro pelos espanhóis da Europac que controlam 74% do capital – o mercado europeu de papel ‘kraft’ está sob pressão da concorrência dos fabricantes da zona dólar. Tendo em consideração que a venda de papel representava dois terços da facturação da Gescartão no último trimestre de 2004, os especialistas consideram que os baixos preços justificam a queda do lucro.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 10/3/2005 0:42

Aluguer de automóveis
Portugal está entre os mercados mais rentáveis da Europcar

Vasco Noronha em Paris


A empresa de ‘rent-a-car’ conseguiu uma rentabilidade de 8% no mercado nacional, superada apenas pelas ‘peformances’ em Espanha e Itália.

A Europcar Portugal foi a terceira filial mais rentável entre os sete países europeus em que a empresa internacional de ‘rent-a-car’ está presente directamente, adiantou o administrador-delegado (CEO), Salvatore Catania. “Estamos muito satisfeitos com a ‘performance’ da filial portuguesa, seja em termos de volume de negócios, como de resultados e do nível da qualidade de serviços”, salientou o responsável da Europcar Internacional, precisando que apenas Espanha (onde a facturaçao tambem cresceu) e a Itália (onde, contudo, os resultados foram penalizados pela baixa dos preços dos automóveis, o que desincentivou o ‘rent-a-cart’) superaram a rentabilidade da filial nacional, “mas por causa da sua dimensão”.

Tal como o DE já tinha noticiado, a Europcar Portugal terminou o ano passado com uma facturação de 51,2 milhões de euros, um acréscimo homólogo de 11%, e um resultado antes de impostos de 3,63 milhões, mais 6% do que em 2003, conseguindo uma rentabilidade de 8% em percentagem de volume de negócios. Para o corrente exercício, embora o responsável máximo da Europcar em Portugal, Miguel Ruggeroni, tenha sido cauteloso e afirmado esperar resultados em linha com os de 2004, a empresa orçamentou um acréscimo de 8%, dos quais 5% ligados ao aumento de preços e 3% ao volume de operações de aluguer de automóveis.

Empresa entra nos Estados Unidos
A grande novidade que a Europcar Internacional trouxe aos jornalistas é a entrada no mercado norte-americano, um projecto que deverá ocorrer ainda este ano, segundo Salvatore Catania. “Já iniciámos contactos muito concretos com empresas locais e esperamos anunciar, até ao final deste ano, que entrámos no mercado dos Estados Unidos”, precisou aos jornalistas portugueses o CEO da empresa à margem da conferência, destacando que a essa presença ocorrerá através de um ‘franchisado’, tal como já acontece no Brasil.

No ano passado, a multinacional facturou 1.172 milhões de euros, uma subida homóloga de 6%, e obteve um resultado antes de impostos de 83,9 milhões, um acréscimo de 16% em relação a 2003. “No ano passado tínhamos já atingido um recorde de 72,2 milhões antes de impostos. Mas, desde logo, assumimos que queríamos continuar a crescer a dois dígitos. Com esta subida de 16% cumprimos a meta”, salientou o administrador financeiro, Gerhard Noack, durante a conferência, que decorreu em Paris.

Presente em 143 países, dos quais sete com presença directa (entre os quais Portugal) e 136 através de ‘franchisados’, a Europcar Internacional já vai, este ano, contabilizar os efeitos do acordo de ‘franchise’ com parceiros locais na Ásia, que abrange 30 países, entre os quais a Coreia do Sul, a Indonésia, e a Austrália. “Mas, o principal objectivo é consolidar a liderança na Europa e chegar a número 1 nos países onde ainda não o somos, como a França”, concluiu Salvatore Catania, acrescentando que em Portugal o objectivo é também o da consolidação.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 10/3/2005 0:40

Novo Governo preocupado com recuo no PEC

L.R. e M.M.R.


O próximo Executivo liderado por José Socrates está preocupado com o retrocesso verificado ontem na discussão do Pacto de Estabilidade, apurou o DE junto do novo elenco governativo.

L.R. e M.M.R.A proposta da presidência luxemburguesa tomava em consideração a variação do investimento em I&D como factor relevante para avaliar um défice excessivo. Esse facto foi mencionado pelo próprio ministro Bagão Félix como “boas notícias” para o novo Governo que anunciou um ‘choque tecnológico’ numa situação em que as finanças públicas estão próximas do limite permitido no Pacto. Fonte oficial do novo Executivo, contactada pelo DE, não teceu qualquer comentário.

Este ponto da revisão do Pacto é um dos menos disputados da lista de factores relevantes para ter em conta no défice mas se a revisão for mesmo enterrada, o choque de Sócrates pode ficar muito limitado pelo espartilho orçamental.

O fracasso negocial de ontem permite, isso sim, ao novo ministro das Finanças, Luís Campos e Cunha, dar a sua contribuição pessoal e assinar, caso o acordo se concretize no próximo dia 20 de Março, o novo Pacto de Estabilidade, numa reunião extraordinária para o efeito.

O ainda ministro das Finanças, Bagão Félix, disse ontem em Bruxelas, à saída do Ecofin, que o défice de 2004 podia ter sido 2,8% do PIB. Não fossem as exigências do Eurostat, disputadas pelo Governo, que levaram ao registo dos aumentos de capital na RTP e Polis como despesa, o défice público em 2004 poderia ter ficado em 2,8% do PIB e não em 2,9%.

“Houve pontos em que não concordámos muito com a posição do Eurostat mas aceitámos, é o caso do aumento de capital da RTP em 216 milhões de euros”, disse ainda Bagão Félix. Se tal não tivesse sido o caso, visto que impôs um aumento da despesa de 136 milhões (0,18 pontos percentuais do PIB) – parte do aumento de capital da RTP e mais o Pólis –, “o défice seria provavelmente de 2,8%”, esclareceu.

O “aumento da capital [da RTP] divide-se em duas partes”, explicou. Os 117 milhões, que é a conversão em capital do empréstimo realizado em 1998, e o resto é um aumento de capital para reestruturar a empresa. Tentámos explicar que não era um subsídio à exploração mas uma verdadeira reestruturação, e sobretudo que, na parte convertida em capital, a verdadeira despesa foi feita em 1998”, explicou.

Bagão respondeu ainda às críticas de ter cumprido o défice através do denominador, explicando que mesmo com “uma revisão do PIB nominal [feita pelo INE para 2003], que tivesse implicações na variação de 2004 para 3,3% e não para 3,4% [como aconteceu], o Pacto teria sido cumprido”.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 10/3/2005 0:39

Crise negocial pode travar revisão do Pacto

Luís Rego, em Bruxelas


Juncker e Almunia pessimistas quanto a um acordo na reunião extra de 20 de Março.

As objecções levantadas pela Alemanha e Reino Unido contra um Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) mais flexível mas, sobretudo, a veemência das críticas dos novos Estados-membros a qualquer mudança de vírgula às regras actuais provocou um inesperado retrocesso na discussão do Pacto que ameaça agora deixar tudo na mesma. O principal pomo da discórdia foi a lista de 16 factores relevantes para ter em conta quando um défice supera os 3% do PIB e a discussão foi de novo adiada para um encontro extraordinário dia 20 em Bruxelas.

“Ainda pensei que fosse possível um acordo no final do Eurogrupo [12 membros do euro], mas agora [depois do Ecofin 25] não sei como satisfazer os que não fazem parte do euro [como são Reino Unido e os novos Estados]”, disse Jean Claude Juncker, o presidente do Eurogrupo e Ecofin, acrescentando mesmo que “estou a considerar seriamente ter de deixar o Pacto tal como está, apesar de não estar a funcionar bem”.

O desalento era total na presidência luxemburguesa, cuja proposta esteve longe de criar consenso, mas também na Comissão Europeia. “Estou longe de crer que haverá uma solução satisfatória”, disse Joaquin Almunia. Juncker acrescentou que “há governos nacionais que pensam que a Europa é mais uma arena para expor apenas a sua agenda política nacional”. Estas palavras podem fazer parte de uma estratégia negocial para aproximar as partes mas as críticas ao radicalismo negocial dos novos Estados [muitos estão bem longe de entrar no euro] renasce o problema do funcionamento da UE após o alargamento numa discussão que exige unanimidade.

Os ministros do euro fizeram alguns progressos pontuais durante as cerca de dez horas de discussão, contudo a posição de força da Alemanha, apoiada por França e Itália, em relação à lista de “factores relevantes” deitou tudo a perder.

Berlim exige uma menção específica à questão da reunificação alemã, que alega consumir 4% do PIB todos os anos, como uma atenuante do défice. A chave da solução continua na mão de Juncker que, depois de se despedir dos colegas dizendo “gostava que se pusessem” no seu lugar, ontem à noite encontrou-se com o chanceler Schröder para procurar convence-lo a ceder na ambição de reforma do PEC. Se isso ocorrer será mais fácil convencer os Estados fora do euro.

Os Estados ortodoxos, como a Áustria, a Holanda, a Finlândia e depois a Estónia, entre muitos outros novos Estados, opuseram-se à lista criticando a sua extensão. Os países de leste, por seu turno, recusam ter em conta qualquer outra reforma estrutural, além da das pensões, e fazem-no “com uma veemência surpreendente”, disse Juncker. “Muitos dos novos Estados querem evitar qualquer mudança que possa ferir a credibilidade da moeda”.

Ao invés, o Reino Unido quer excepções mais amplas ao Pacto e quer restringir a iniciativa da CE. Numa farpa enviada a Gordon Brown, Juncker disse que “há aqueles que querem esticar a flexibilidade o mais possível”.

Os pontos da discórdia

Demasiados factores relevantes para avaliar défice
A presidência propôs 16 factores que devem ser considerados na avaliação do défice excessivo antes e durante o procedimento dos défices excessivos. Maioria dos Estados, incluindo a presidência, quer uma lista menor, mas muitos querem ainda acrescentar alguns pontos. Os grandes Estados querem apenas linhas gerais, os outros querem lista mais detalhada porque a ambiguidade valoriza os Estados mais influentes. Há ainda quem não queira lista para evitar discórdia. Alemanha, com o apoio dos grandes Estados, insiste em ter menção aos custos da reunificação. Os ortodoxos, em particular os países de leste, querem diminuir a lista ao mínimo, ou seja, o que já estava implícito no Pacto. Berlim quer apenas factores que permitam a existência de um défice excessivo e não elementos que o penalizem. Não aceita por isso que o ajustamento de stock flow [diferenças entre dívida e défice] seja um factor relevante. A França satisfez-se com a inclusão de despesas com ajuda ao desenvolvimento, perdões da dívida, despesas com missões militares desde que sejam projectos europeus, mas a opção foi muito criticada pelos ortodoxos.


Demasiado tempo para corrigir défice excessivo
Com a formulação proposta, um país pode estar em défice excessivo durante mais de cinco ou seis anos. Dá-se um terceiro ano em função do nível da dívida e das reformas estruturais mas também se permite a repetição de recomendações (104.7 e 104.9). Os ortodoxos opuseram-se a tal flexibilização. Por outro lado, os Estados em PDE devem também ser obrigados a corrigir o défice estrutural em 0,5 pontos percentuais, o que foi considerado uma penalização excessiva pela maioria dos Estados.


Objectivo de médio prazo para quem tem pouca dívida
Reino Unido e Estados de leste (aqui do mesmo lado) não aceitam que pelo facto de terem dívida baixa e elevado crescimento potencial possam fixar um défice a médio prazo entre 0 e 1%, querem poder ter défices maiores.


Trajectória de ajustamento só cede a pensões
Os novos Estados aceitam que apenas as reformas do sistema de pensões sejam aceites como atenuante para desvios na trajectória para o equilíbrio. Estes não aceitam que outras reformas como a Saúde ou a Administração Pública sejam tidas em conta.


Circunstâncias excepcionais deixam de ser automáticas
Até ao momento, na discussão, um défice excessivo numa situação de recessão era considerado excepcional e temporário automaticamente. Agora, na proposta da presidência, essa é uma decisão que deve ser avaliada e tomada pelo conselho.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 10/3/2005 0:35

Banco de Inglaterra mantém taxas de juro em 4,75%


Notícia agenciafinanceira.com
(09/03/05)-(Agência Financeira) Para o resto do ano, as opiniões dos analistas dividem-se quanto à probabilidade de vir a haver ou não alterações.

A decisão veio de encontro ao que era esperado pela maioria dos economistas, mas as perspectivas a partir de agora são mais dúbias, até porque os sinais têm sido pouco claros: o preço dos imóveis têm estado a subir mas os gastos dos consumidores registaram uma desaceleração.


Editorial
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 10/3/2005 0:33

Exxon Mobil prevê investir 16 mil milhões de dólares em 2005

DE


A gigante petrolífera norte-americana anunciou hoje que espera aumentar o seu investimento em 2005 para o equivalente a 11,96 mil milhões de euros, relativamente aos 15 mil milhões de dólares (11,2 mil milhões de euros) estimados anteriormente.

Já para 2006, a Exxon Mobil previu em alta o investimento anteriormente previsto de 16 mil milhões de dólares para 17 mil milhões (12,7 mil milhões de euros).
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 10/3/2005 0:32

Altri foi o sexto título mais negociado na primeira semana em bolsa

DE


A 'holding' que integra os activos de indústria do grupo Cofina, foi o sexto título mais negociado na bolsa portuguesa na primeira semana em que esteve cotada.

Nas sessões de 1 a 8 de Março foram transaccionadas 17 280 833 acções da Altri - a que correspondeu um volume de negócios de 21,3 milhões de euros - com o valor de fecho da empresa a oscilar entre 1,11 e 1,38 euros.

Durante o mesmo período, apenas cinco títulos do PSI 20 superaram a Altri - que está cotada no PSI Geral - em número de acções negociadas.

De acordo com dados da Euronext Lisboa, a EDP foi quem mais acções transaccionou (59 992 170), seguindo-se o BCP (43 243 515), a Portugal Telecom (26 608 883), a Sonae SGPS (24 971 684) e a Brisa (19 122 518).

A manter-se esta quantidade de acções transaccionadas, a Altri poderá ser uma das candidatas mais fortes a integrar o PSI-20 na próxima revisão ordinária do índice, que terá lugar em Junho e para a qual contam, entre outros critérios, a liquidez do título.

A Altri agrupa os activos industriais do grupo Cofina e foi criada no âmbito do processo de cisão das áreas de media e indústria, que estavam todas integradas na empresa-mãe.

A Altri terminou a sessão de hoje na Euronext Lisboa a subir 5,04%, para 1,25 euros, com quase dois milhões de acções transaccionadas.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 10/3/2005 0:30

Consumo de cimento volta a cair em Janeiro

DE


A Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas (AECOPS) revelou hoje que o consumo de cimento nacional diminui novamente no primeiro mês do ano, ao descer 3% para as 607 000 toneladas.

Segundo um comunicado hoje emitido pela AECOPS, "os dados já disponíveis e referentes ao mês de Janeiro de 2005 indiciam a manutenção da quebra no consumo deste manterial, com as 607 mil toneladas estimadas para esse mês a traduzirem um decréscimo em redor de 3% relativamente ao mês inicial de 2004".
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 10/3/2005 0:29

Vivo lança campanha promocional em conjunto com a Telefónica

DE


A Vivo, 'joint-venture' móvel detida em partes iguais pela Portugal Telecom e a Telefónica para o Brasil, anunciou hoje uma campanha promocional em conjunto com a empresa espanhola.

Os clientes da Vivo que usarem a Telefónica para chamadas de longa distância para qualquer localidade do Brasil vão pagar 0,15 reais (0,04 euros) por minuto, nos próximos três meses.

A legislação brasileira determina que para marcar uma chamada de longa distância é preciso utilizar o código de uma das operadoras fixas, Telefónica, Telemar, Brasil Telecom e CTBC, entre outras.

A campanha de marketing será realizada pela Vivo e pela Telefónica, e terá como slogan "nunca ninguém fez tanto pelo seu bolso".
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 10/3/2005 0:28

Durão Barroso confiante num acordo sobre o Pacto de Estabilidade

DE


O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, manifestou-se hoje confiante quanto à capacidade dos dirigentes da União Europeia em conseguirem um acordo sobre a revisão do Pacto de Estabilidade na cimeira de 22 e 23 de Março.

"Continuo confiante (à) que a cimeira da Primavera permita conseguir um pacto renovado e mais credível, baseado numa solução completa, coerente e equilibrada", declarou José Manuel Durão Barroso, em Estrasburgo.

Os ministros europeus das Finanças chegaram segunda e terça-feira a um entendimento sobre o projecto de revisão do pacto e deverão voltar a encontrar-se para tentar estabelecer um compromisso antes de uma última reunião a 20 de Março, dois dias antes do encontro de chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE), em Bruxelas.

"A Comissão, pela sua parte, continuará a desenvolver todos os esforços com a presidência e os Estados-membros para chegar a um acordo, mas não a qualquer preço", assegurou Durão Barroso.

O antigo primeiro-ministro português salientou que a Comissão continuará a bater-se pelos princípios que apresentou, nomeadamente os valores de referência para o défice.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

Petróleo e obrigações atiram Wall Street para o vermelho

por marafado » 10/3/2005 0:27

Petróleo e obrigações atiram Wall Street para o vermelho

DE


Os mercados accionistas norte-americanos encerraram hoje em baixa, pressionados por nova subida dos preços do petróleo e pela valorização das obrigações.

Assim, o Nasdaq Composite perdeu 0,59% para 2.061,29 pontos, depois de ter fechado na terça-feira a cair 0,8% para 2.073,55 pontos.

O Dow Jones Industrial Average caiu 0,98% para 10.805,62 pontos, após ter encerrado a recuar 0,22% para 10.912,62 pontos, na sessão anterior.

O preço do petróleo atingiu hoje novos recordes nos mercados de Nova Iorque e de Londres, ultrapassando os 55 e os 54 dólares por barril, respectivamente.

A rentabilidade das obrigações continua a subir, para o máximo desde Julho, o que aumenta o custo de financiamento das empresas, através da dívida colocada no mercado.

Se este factor pressiona as empresas mais endividadas, a subida dos preços do petróleo provoca inflação, que poderá levar a novas subidas das taxas de juro, vistas como desfavoráveis às empresas.

Entre os sectores mais penalizados encontraram-se os financeiro e de serviços básicos.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59


Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: Bing [Bot] e 1028 visitantes