Mercados encerram mistos
Portugal mantém poder de atracção no IDE
Filipe Charters de Azevedo com Cristina Kripahl e R.M.
O peso do investimento directo estrangeiro em Portugal tem-se mantido estável nas últimas duas décadas.
Nas últimas duas décadas, Portugal conseguiu manter a capacidade de atrair Investimento Directo Estrangeiro (IDE). O país resistiu ao alargamento da União Europeia e ao acordar do Sudeste Asiático. Apesar de o país ter atraído mais investimento do que países da sua dimensão económica, os dados escondem o fraco dinamismo da economia portuguesa.
Ainda assim, nos últimos vinte anos, o país não conseguiu aumentar a quota no mercado mundial de IDE, cerca de 0,6%. Mais: o rácio do stock de Investimento Directo Estrangeiro em percentagem do PIB, calibrado pela média mundial (ver gráficos) tem estado constante. Os resultados mostram que países como a Espanha e os do alargamento conseguiram rever as suas posições, embora não tenham prejudicado a posição nacional.
O curto prazo
Para 2004, os números da Banco de Portugal revelam um crescimento do IDE de cerca de 9%, um valor abaixo dos 18% médios dos últimos anos A análise destes valores deve ser, no entanto, ajustada para o contexto mundial. Desde 2000 que o IDE tem vindo a desacelerar em quase todos os países ocidentais. De acordo com a OCDE, o pior resultado foi sentido no primeiro trimestre de 2004. Ainda de acordo com organização internacional ainda não é possível detectar uma nova tendência mundial. Perante este cenário a instituição liderada por Miguel Cadilhe não quis fazer qualquer comentário.
Os dados internacionais apontam para um investimento em Portugal baseado na dinamização da procura interna. Aliás, entre 2000 e 2002, o IDE, excluindo os investimentos financeiros e imobiliários, caíram 40%. Embora não haja dados precisos, a Hungria e a República Checa têm conseguido atrair investimento na área industrial. Portugal tem conseguido investimento especializado em serviços, ou virado para a procura interna. É de notar ainda, que estes dois países conseguiram recuperar em pouco tempo o atraso que tinham ainda na década de 1980.
Quanto à origem do Investimento, Portugal tem tido “clientes” estáveis nos últimos anos. A Alemanha representou mais de 50% das entradas de capital. A Espanha, nos últimos cinco anos ultrapassou os 15%.
Para Mira Amaral, ex-ministro da indústria de Cavaco Silva, todos estes valores de IDE traduzem o facto de Portugal ser um país da Europa, dentro do euro e onde o risco político é baixo. “Os estrangeiros conseguem ter boa produtividade com os trabalhadores portugueses”, acrescenta. “A banca portuguesa já era competitiva antes da compra do Totta”, explica Mira Amaral. O bom investimento, esclarece o especialista, é aquele que permite ganhar capacidade nos bens e serviços transaccionáveis.
O caso alemão
A fiscalidade tem um papel importante na captação de fundos internacionais. O IDE alemão caiu abruptamente no primeiro semestre de 2004. De acordo com a OCDE a perda de mais de 46 mil milhões de euros deveu-se a alterações fiscais. A maioria do Investimento nesse país é feito, não através de participações minoritárias, mas de controlo efectivo. Até à recente reforma fiscal, era possível a uma empresa estrangeira pedir um crédito até 2,5 vezes o seu capital próprio. No final do ano, os juros desses empréstimos poderiam ser deduzidos aos lucros. Actualmente, após as alterações fiscais os créditos concedidos só poderão chegar a um máximo de 1,5 vezes o capital próprio, por forma a limitar abusos deste incentivo.
Um outro truque popular usado pelos empresários estrangeiros na Alemanha era conseguido através de compras de empresas virtuais. Bastava que uma empresa estrangeira criasse uma holding e adquirisse a sua própria subsidiária acima dos valores de mercado. Os prejuízos passavam a ser deduzidos fiscalmente. A reforma fiscal pelo menos dificultou este processo.
API quer solução para resíduos industriais
A Agência Portuguesa para o Investimento (API) defende que o novo Governo deverá retomar o projecto de construir dois centros integrados de tratamento de resíduos perigosos, os denominados CIRVER, para que as empresas que investem em Portugal estejam em pé de igualdade com as suas concorrentes. A API frisa que, até ao momento, Portugal continua sem solução efectiva para o “grave custo de contexto dos resíduos perigosos” o que leva a que as empresas portuguesas tenham de suportar as sobrecargas financeiras decorrentes da exportação do lixo e do risco do seu transporte.
Magalhães Machado, director-coordenador da API, frisa que, sem uma solução, “torna-se menos competitivo investir em Portugal”.
“A API quer soluções concorrenciais para que tenhamos investimento de qualidade no nosso país e não quer que a inexistência de uma solução seja apontada como um custo de contexto”, realçou ainda Magalhães Machado. O responsável lembrou, em declarações ao Diário Económico, que alguns investidores preferem ampliar os seus negócios na vizinha Espanha, onde têm à disposição destinos adequados para os resíduos que produzem.
No programa eleitoral, o PS compromete-se a rever o concurso para a construção de dois CIRVER e a retomar a co-incineração de resíduos nas cimenteiras.
Filipe Charters de Azevedo com Cristina Kripahl e R.M.
O peso do investimento directo estrangeiro em Portugal tem-se mantido estável nas últimas duas décadas.
Nas últimas duas décadas, Portugal conseguiu manter a capacidade de atrair Investimento Directo Estrangeiro (IDE). O país resistiu ao alargamento da União Europeia e ao acordar do Sudeste Asiático. Apesar de o país ter atraído mais investimento do que países da sua dimensão económica, os dados escondem o fraco dinamismo da economia portuguesa.
Ainda assim, nos últimos vinte anos, o país não conseguiu aumentar a quota no mercado mundial de IDE, cerca de 0,6%. Mais: o rácio do stock de Investimento Directo Estrangeiro em percentagem do PIB, calibrado pela média mundial (ver gráficos) tem estado constante. Os resultados mostram que países como a Espanha e os do alargamento conseguiram rever as suas posições, embora não tenham prejudicado a posição nacional.
O curto prazo
Para 2004, os números da Banco de Portugal revelam um crescimento do IDE de cerca de 9%, um valor abaixo dos 18% médios dos últimos anos A análise destes valores deve ser, no entanto, ajustada para o contexto mundial. Desde 2000 que o IDE tem vindo a desacelerar em quase todos os países ocidentais. De acordo com a OCDE, o pior resultado foi sentido no primeiro trimestre de 2004. Ainda de acordo com organização internacional ainda não é possível detectar uma nova tendência mundial. Perante este cenário a instituição liderada por Miguel Cadilhe não quis fazer qualquer comentário.
Os dados internacionais apontam para um investimento em Portugal baseado na dinamização da procura interna. Aliás, entre 2000 e 2002, o IDE, excluindo os investimentos financeiros e imobiliários, caíram 40%. Embora não haja dados precisos, a Hungria e a República Checa têm conseguido atrair investimento na área industrial. Portugal tem conseguido investimento especializado em serviços, ou virado para a procura interna. É de notar ainda, que estes dois países conseguiram recuperar em pouco tempo o atraso que tinham ainda na década de 1980.
Quanto à origem do Investimento, Portugal tem tido “clientes” estáveis nos últimos anos. A Alemanha representou mais de 50% das entradas de capital. A Espanha, nos últimos cinco anos ultrapassou os 15%.
Para Mira Amaral, ex-ministro da indústria de Cavaco Silva, todos estes valores de IDE traduzem o facto de Portugal ser um país da Europa, dentro do euro e onde o risco político é baixo. “Os estrangeiros conseguem ter boa produtividade com os trabalhadores portugueses”, acrescenta. “A banca portuguesa já era competitiva antes da compra do Totta”, explica Mira Amaral. O bom investimento, esclarece o especialista, é aquele que permite ganhar capacidade nos bens e serviços transaccionáveis.
O caso alemão
A fiscalidade tem um papel importante na captação de fundos internacionais. O IDE alemão caiu abruptamente no primeiro semestre de 2004. De acordo com a OCDE a perda de mais de 46 mil milhões de euros deveu-se a alterações fiscais. A maioria do Investimento nesse país é feito, não através de participações minoritárias, mas de controlo efectivo. Até à recente reforma fiscal, era possível a uma empresa estrangeira pedir um crédito até 2,5 vezes o seu capital próprio. No final do ano, os juros desses empréstimos poderiam ser deduzidos aos lucros. Actualmente, após as alterações fiscais os créditos concedidos só poderão chegar a um máximo de 1,5 vezes o capital próprio, por forma a limitar abusos deste incentivo.
Um outro truque popular usado pelos empresários estrangeiros na Alemanha era conseguido através de compras de empresas virtuais. Bastava que uma empresa estrangeira criasse uma holding e adquirisse a sua própria subsidiária acima dos valores de mercado. Os prejuízos passavam a ser deduzidos fiscalmente. A reforma fiscal pelo menos dificultou este processo.
API quer solução para resíduos industriais
A Agência Portuguesa para o Investimento (API) defende que o novo Governo deverá retomar o projecto de construir dois centros integrados de tratamento de resíduos perigosos, os denominados CIRVER, para que as empresas que investem em Portugal estejam em pé de igualdade com as suas concorrentes. A API frisa que, até ao momento, Portugal continua sem solução efectiva para o “grave custo de contexto dos resíduos perigosos” o que leva a que as empresas portuguesas tenham de suportar as sobrecargas financeiras decorrentes da exportação do lixo e do risco do seu transporte.
Magalhães Machado, director-coordenador da API, frisa que, sem uma solução, “torna-se menos competitivo investir em Portugal”.
“A API quer soluções concorrenciais para que tenhamos investimento de qualidade no nosso país e não quer que a inexistência de uma solução seja apontada como um custo de contexto”, realçou ainda Magalhães Machado. O responsável lembrou, em declarações ao Diário Económico, que alguns investidores preferem ampliar os seus negócios na vizinha Espanha, onde têm à disposição destinos adequados para os resíduos que produzem.
No programa eleitoral, o PS compromete-se a rever o concurso para a construção de dois CIRVER e a retomar a co-incineração de resíduos nas cimenteiras.
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Fim da burocracia passa por alteração de processos
Raquel Martins
A aplicação das novas tecnologias por si só não resolve os problemas da burocracia numa sociedade.
A mudança tem de passar pela alteração de processos, o que não é tarefa fácil, pois implica ultrapassar um conjunto de obstáculos como os interesses instalados e a própria cultura das organizações. Esta foi a principal conclusão da intervenção dos participantes no segundo painel do seminário organizado pela Presidência da República e que propunha uma reflexão sobre a reforma organizacional e a modernização tecnológica no sector público.
Jane Fountain, professora e investigadora da Universidade de Harvard, foi mais longe, ao afirmar que a introdução de novas tecnologias nos serviços públicos não elimina a burocracia. “Só a criação de redes e de parcerias permitirá a transição para uma sociedade em rede”, alertou.
A investigadora traçou um quadro geral dos projectos de “e-government” nos EUA e alertou para a dificuldade de levar os próprios dirigentes dos serviços a optarem por desenvolver processos horizontais.
Esta tese foi corroborada por Geoff Mulgan, que trabalhou no gabinete do primeiro-ministro britânico. O ex-responsável pelas políticas e estratégias de Tony Blair lembrou que as novas tecnologias nunca acabam com as práticas antigas. E recorreu ao popular humor britânico para ilustrar a sua tese: “No Reino Unido, demorou-se quase 120 anos desde a invenção do telefone até que pusessem uma enfermeira do outro lado da linha a dar conselhos aos cidadãos sobre saúde”.
A Saúde é precisamente uma das áreas em que James Katz, da Universidade de Rutgers, considera que é possível melhorar os serviços ao cidadão através do recurso às novas tecnologias. O professor defendeu o desenvolvimento dos serviços através do telemóvel, que tem um elevado nível de utilização em Portugal.
Também na área do “e-learning”, Betty Collis, professora da Universidade de Twente, defendeu a mudança de paradigma, passando-se da simples transferência de conteúdos entre organizações e pessoas para a “co-construção” desses conteúdos.
Finalmente, Pedro Veiga, presidente da Fundação para a Computação Científica Nacional, traçou o percurso da introdução de novas tecnologias na Administração Pública portuguesa e deixou o alerta para que se perca a tendência de “reinventar a roda” em vez de trabalhar em rede.
Raquel Martins
A aplicação das novas tecnologias por si só não resolve os problemas da burocracia numa sociedade.
A mudança tem de passar pela alteração de processos, o que não é tarefa fácil, pois implica ultrapassar um conjunto de obstáculos como os interesses instalados e a própria cultura das organizações. Esta foi a principal conclusão da intervenção dos participantes no segundo painel do seminário organizado pela Presidência da República e que propunha uma reflexão sobre a reforma organizacional e a modernização tecnológica no sector público.
Jane Fountain, professora e investigadora da Universidade de Harvard, foi mais longe, ao afirmar que a introdução de novas tecnologias nos serviços públicos não elimina a burocracia. “Só a criação de redes e de parcerias permitirá a transição para uma sociedade em rede”, alertou.
A investigadora traçou um quadro geral dos projectos de “e-government” nos EUA e alertou para a dificuldade de levar os próprios dirigentes dos serviços a optarem por desenvolver processos horizontais.
Esta tese foi corroborada por Geoff Mulgan, que trabalhou no gabinete do primeiro-ministro britânico. O ex-responsável pelas políticas e estratégias de Tony Blair lembrou que as novas tecnologias nunca acabam com as práticas antigas. E recorreu ao popular humor britânico para ilustrar a sua tese: “No Reino Unido, demorou-se quase 120 anos desde a invenção do telefone até que pusessem uma enfermeira do outro lado da linha a dar conselhos aos cidadãos sobre saúde”.
A Saúde é precisamente uma das áreas em que James Katz, da Universidade de Rutgers, considera que é possível melhorar os serviços ao cidadão através do recurso às novas tecnologias. O professor defendeu o desenvolvimento dos serviços através do telemóvel, que tem um elevado nível de utilização em Portugal.
Também na área do “e-learning”, Betty Collis, professora da Universidade de Twente, defendeu a mudança de paradigma, passando-se da simples transferência de conteúdos entre organizações e pessoas para a “co-construção” desses conteúdos.
Finalmente, Pedro Veiga, presidente da Fundação para a Computação Científica Nacional, traçou o percurso da introdução de novas tecnologias na Administração Pública portuguesa e deixou o alerta para que se perca a tendência de “reinventar a roda” em vez de trabalhar em rede.
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Seminário sobre economia do conhecimento
Pacto de Estabilidade prejudica economia do conhecimento
Luís Reis Ribeiro
Portugal sofre de “dualismo” ao nível do sistema de inovação. Esta foi uma das ideias retiradas do seminário organizado por Jorge Sampaio.
As políticas macroeconómicas restritivas no quadro do Pacto de Estabilidade (PEC) “exacerbam” a passividade nas actividades do conhecimento e, por essa via, prejudicam seriamente o crescimento da zona euro, defendeu, no passado sábado, Luc Soete, professor da Universidade de Maastricht e um dos autores da Agenda de Lisboa, durante o primeiro dia do seminário sobre economia do conhecimento promovido pelo Presidente da República, Jorge Sampaio. O encontro prolongou-se até ao final do dia de ontem.
O Chefe de Estado questionou-se, num país “com carências tão sérias em matéria de dotações em formação e capital escolar de base, faz sentido e será eficaz concentrar recursos em aprendizagens e programas de formação especificamente relacionadas com as exigências do informacionalismo?”. O Presidente disse ainda que a “disciplina financeira imposta pelo PEC não permite vislumbrar melhorias significativas no modelo de bem-estar” português.
O belga Luc Soete aproveitou as dúvidas levantadas e constatou que têm havido “poucos incentivos às reformas estruturais” e que o “congelamento e o corte” nas oportunidades de crescimento, resultou num “amplo desaproveitamento” das políticas públicas de investigação pelo resto da economia, sobretudo pelo sector privado. Uma das consequências da desmobilização face às metas de Lisboa é, por exemplo, a emigração de cérebros (cientistas e engenheiros). Em relação aos “países pequenos”, o professor considera que faltam aproveitar os conhecimentos “não usados”, vocacionando-os para “sectores prioritários”. Recomendou, no caso de Portugal, que se dedique uma maior atenção “às qualificações de nível intermédio” (ensino técnico-profissional).
O sociólogo Manuel Castell, também ele autor da Agenda de Lisboa e professor da Universidade Aberta da Catalunha, concluiu que “é a sociedade que condiciona a tecnologia”, e não o contrário. Denunciou ainda o “capitalismo do tipo Microsoft” por este “bloquear a criatividade”.
Visões contrárias à do norte-americano Dale Jorgenson, professor da Universidade de Harvard, que sublinhou que as causas do atraso europeu estão sobretudo ligadas às limitações do mercado interno e à falta de concorrência.
Manuel Mira Godinho, professor do ISEG, concluiu que Portugal sofre de “dualismo” ao nível do sistema nacional de inovação. Entre os aspectos fortes, contam-se a dinâmica de investimento, a difusão da inovação e tecnologia, ao passo que as maiores falhas têm a ver com as condições do mercado e com a qualidade das instituições.
Pacto de Estabilidade prejudica economia do conhecimento
Luís Reis Ribeiro
Portugal sofre de “dualismo” ao nível do sistema de inovação. Esta foi uma das ideias retiradas do seminário organizado por Jorge Sampaio.
As políticas macroeconómicas restritivas no quadro do Pacto de Estabilidade (PEC) “exacerbam” a passividade nas actividades do conhecimento e, por essa via, prejudicam seriamente o crescimento da zona euro, defendeu, no passado sábado, Luc Soete, professor da Universidade de Maastricht e um dos autores da Agenda de Lisboa, durante o primeiro dia do seminário sobre economia do conhecimento promovido pelo Presidente da República, Jorge Sampaio. O encontro prolongou-se até ao final do dia de ontem.
O Chefe de Estado questionou-se, num país “com carências tão sérias em matéria de dotações em formação e capital escolar de base, faz sentido e será eficaz concentrar recursos em aprendizagens e programas de formação especificamente relacionadas com as exigências do informacionalismo?”. O Presidente disse ainda que a “disciplina financeira imposta pelo PEC não permite vislumbrar melhorias significativas no modelo de bem-estar” português.
O belga Luc Soete aproveitou as dúvidas levantadas e constatou que têm havido “poucos incentivos às reformas estruturais” e que o “congelamento e o corte” nas oportunidades de crescimento, resultou num “amplo desaproveitamento” das políticas públicas de investigação pelo resto da economia, sobretudo pelo sector privado. Uma das consequências da desmobilização face às metas de Lisboa é, por exemplo, a emigração de cérebros (cientistas e engenheiros). Em relação aos “países pequenos”, o professor considera que faltam aproveitar os conhecimentos “não usados”, vocacionando-os para “sectores prioritários”. Recomendou, no caso de Portugal, que se dedique uma maior atenção “às qualificações de nível intermédio” (ensino técnico-profissional).
O sociólogo Manuel Castell, também ele autor da Agenda de Lisboa e professor da Universidade Aberta da Catalunha, concluiu que “é a sociedade que condiciona a tecnologia”, e não o contrário. Denunciou ainda o “capitalismo do tipo Microsoft” por este “bloquear a criatividade”.
Visões contrárias à do norte-americano Dale Jorgenson, professor da Universidade de Harvard, que sublinhou que as causas do atraso europeu estão sobretudo ligadas às limitações do mercado interno e à falta de concorrência.
Manuel Mira Godinho, professor do ISEG, concluiu que Portugal sofre de “dualismo” ao nível do sistema nacional de inovação. Entre os aspectos fortes, contam-se a dinâmica de investimento, a difusão da inovação e tecnologia, ao passo que as maiores falhas têm a ver com as condições do mercado e com a qualidade das instituições.
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Branqueamento de capitais
Combate à lavagem de dinheiro apresenta resultados mínimos
Elisabete Miranda com M.G.
Desde que a nova lei entrou em vigor, em Março de 2004, foram comunicados 249 casos. Destes, só 8 vieram de entidades não financeiras.
A “luta” contra o branqueamento de capitais continua a contar com uma participação muito modesta por parte das entidades que estão obrigadas a comunicar operações suspeitas ao DIAP (Direcção de Investigação e Acção Penal). Cerca de um ano depois de ter sido publicado novo normativo, o Ministério Público apenas recebeu 249 “alertas” sobre suspeitas ou indícios da prática de lavagem de dinheiro. Destas, apenas oito foram comunicadas por entidades não financeiras que também estão obrigadas a colaborar, como é o caso das agências imobiliárias, casinos, revisores e técnicos de contas, advogados e solicitadores, leiloeiros, entre outros.
De acordo com as estatísticas fornecidas ao Diário Económico pela Procuradoria-Geral da República, em 2003 chegaram à instituição 266 comunicações a dar conta de operações suspeitas de lavagem de dinheiro. Um ano depois, em 2004, foram remetidos 240 casos ao abrigo da antiga legislação, e 166 situações já nos termos do novo normativo, que entrou em vigor em Março. Em Janeiro e Fevereiro deste ano, foram recebidas 83 comunicações. Dos casos entrados em 2004 e nos dois primeiros meses deste ano apenas oito foram feitos por entidades não financeiras.
Vitalino Canas, o deputado socialista que tem acompanhado esta área, diz que estes números são “muito baixos quando comparados com os exemplos de outros países europeus” onde as denúncias andam “na casa dos milhares”. Para o jurista, “estes números não traduzem, nem de longe nem de perto, qualquer imagem do fenómeno de branqueamento” e nalguns casos, nem sequer resultam de suspeitas ou indícios, decorrendo da obrigação objectiva de comunicação.
António Filipe, deputado do PCP, estranha que “sempre que se fala em branqueamento de capitais se apontem estatísticas elevadíssimas, mas que depois não tenham tradução prática nenhuma”. O deputado e jurista diz que o número de casos comunicados por entidades não financeiras é particularmente “impressionante”: “é evidente que o sistema financeiro tem um papel central em todo este processo, mas a Directiva não ia inventar deveres a entidades que não se cruzam com este tipo de realidades”, refere.
O reduzido número de denúncias provenientes das agências imobiliárias, casinos, ROC, TOC, advogados, solicitadores e leiloeiras também causa estranheza a Vitalino Canas. Se não é surpreendente que estes canais apresentem um número de comunicações inferior ao do sector financeiro, já é “inexplicável” o valor das denúncias.
Todos os anos circulam no sistema financeiro somas colossais de dinheiro proveniente de actividades ilícitas. Tratando-se de um fenómeno incontrolável, as estimativas que vão sendo avançadas são muito díspares e apontam para valores entre os 800 mil milhões de dólares e os cinco biliões de dólares anuais.
Investigações são mal conduzidas
O insucesso no combate à lavagem de dinheiro não reside apenas no reduzido número de casos denunciados e investigados, mas também nas baixas taxas efectivas de condenação.
Num seminário recentemente organizado pela Associação Fiscal Portuguesa, José Mouraz Lopes, Director Nacional da Polícia Judiciária, justificou a situação com a impreparação dos magistrados e a forma pouco cuidada como as investigações são conduzidas. Por um lado, “não há preocupação de dar formação sustentada às magistraturas que os faça compreender a danosidade destes crimes”. Por outro lado, “é preciso fazer investigação criminal a pensar que ela vai terminar em julgamento e terá de ser sufragada”. Segundo Mouraz Lopes, “têm-se cometido muitos erros na recolha de prova, que obedece a um quadro de processo penal que ainda não foi interiorizado”.
Reguladores não aplicaram sanções por incumprimento
O regime de prevenção e repressão do branqueamento de capitais obriga as entidades de regulação de cada sector de actividade – Inspecção Geral das Actividades Económicas, Inspecção Geral dos Jogos, Direcção Geral dos Registos e Notariado, Ordem dos Revisores de Contas, Instituto de Seguros, entre outros – a sancionar quem não cumpra as regras.
A PGR diz que não tem conhecimento da aplicação de qualquer sanção, uma situação confirmada pelas entidades contactadas pelo DE. A Câmara dos TOC justifica a inexistência de penalizações com o facto de não ter tido conhecimento de casos que se enquadram no espírito da Lei. A Ordem dos Advogados alinha no mesmo argumento, dizendo que “não temos noção de que algum advogado devesse participar e não o tenha feito”, uma resposta semelhante à adiantada pela Câmara dos Solicitadores.
António Filipe e Vitalino Canas consideram que, de uma forma geral, os destinatários da legislação não conhecem bem ou não interiorizaram a importância que ela tem e não dispõem de mecanismos apropriados para o efeito. De acordo com o jurista do PS, são raros os bancos com esquemas montados e com formação específica aos funcionários. A aplicação da legislação “implica investimentos em mecanismos de apreciação e em formação do pessoal”, o que implicaria também que o Estado cumprisse o seu papel no apoio a estas entidades.
Vitalino Canas assinala ainda a necessidade de estabilização da legislação sobre o branqueamento, “para que os destinatários possam interiorizar as regras” e adoptar práticas de controle e de fiscalização.
Combate à lavagem de dinheiro apresenta resultados mínimos
Elisabete Miranda com M.G.
Desde que a nova lei entrou em vigor, em Março de 2004, foram comunicados 249 casos. Destes, só 8 vieram de entidades não financeiras.
A “luta” contra o branqueamento de capitais continua a contar com uma participação muito modesta por parte das entidades que estão obrigadas a comunicar operações suspeitas ao DIAP (Direcção de Investigação e Acção Penal). Cerca de um ano depois de ter sido publicado novo normativo, o Ministério Público apenas recebeu 249 “alertas” sobre suspeitas ou indícios da prática de lavagem de dinheiro. Destas, apenas oito foram comunicadas por entidades não financeiras que também estão obrigadas a colaborar, como é o caso das agências imobiliárias, casinos, revisores e técnicos de contas, advogados e solicitadores, leiloeiros, entre outros.
De acordo com as estatísticas fornecidas ao Diário Económico pela Procuradoria-Geral da República, em 2003 chegaram à instituição 266 comunicações a dar conta de operações suspeitas de lavagem de dinheiro. Um ano depois, em 2004, foram remetidos 240 casos ao abrigo da antiga legislação, e 166 situações já nos termos do novo normativo, que entrou em vigor em Março. Em Janeiro e Fevereiro deste ano, foram recebidas 83 comunicações. Dos casos entrados em 2004 e nos dois primeiros meses deste ano apenas oito foram feitos por entidades não financeiras.
Vitalino Canas, o deputado socialista que tem acompanhado esta área, diz que estes números são “muito baixos quando comparados com os exemplos de outros países europeus” onde as denúncias andam “na casa dos milhares”. Para o jurista, “estes números não traduzem, nem de longe nem de perto, qualquer imagem do fenómeno de branqueamento” e nalguns casos, nem sequer resultam de suspeitas ou indícios, decorrendo da obrigação objectiva de comunicação.
António Filipe, deputado do PCP, estranha que “sempre que se fala em branqueamento de capitais se apontem estatísticas elevadíssimas, mas que depois não tenham tradução prática nenhuma”. O deputado e jurista diz que o número de casos comunicados por entidades não financeiras é particularmente “impressionante”: “é evidente que o sistema financeiro tem um papel central em todo este processo, mas a Directiva não ia inventar deveres a entidades que não se cruzam com este tipo de realidades”, refere.
O reduzido número de denúncias provenientes das agências imobiliárias, casinos, ROC, TOC, advogados, solicitadores e leiloeiras também causa estranheza a Vitalino Canas. Se não é surpreendente que estes canais apresentem um número de comunicações inferior ao do sector financeiro, já é “inexplicável” o valor das denúncias.
Todos os anos circulam no sistema financeiro somas colossais de dinheiro proveniente de actividades ilícitas. Tratando-se de um fenómeno incontrolável, as estimativas que vão sendo avançadas são muito díspares e apontam para valores entre os 800 mil milhões de dólares e os cinco biliões de dólares anuais.
Investigações são mal conduzidas
O insucesso no combate à lavagem de dinheiro não reside apenas no reduzido número de casos denunciados e investigados, mas também nas baixas taxas efectivas de condenação.
Num seminário recentemente organizado pela Associação Fiscal Portuguesa, José Mouraz Lopes, Director Nacional da Polícia Judiciária, justificou a situação com a impreparação dos magistrados e a forma pouco cuidada como as investigações são conduzidas. Por um lado, “não há preocupação de dar formação sustentada às magistraturas que os faça compreender a danosidade destes crimes”. Por outro lado, “é preciso fazer investigação criminal a pensar que ela vai terminar em julgamento e terá de ser sufragada”. Segundo Mouraz Lopes, “têm-se cometido muitos erros na recolha de prova, que obedece a um quadro de processo penal que ainda não foi interiorizado”.
Reguladores não aplicaram sanções por incumprimento
O regime de prevenção e repressão do branqueamento de capitais obriga as entidades de regulação de cada sector de actividade – Inspecção Geral das Actividades Económicas, Inspecção Geral dos Jogos, Direcção Geral dos Registos e Notariado, Ordem dos Revisores de Contas, Instituto de Seguros, entre outros – a sancionar quem não cumpra as regras.
A PGR diz que não tem conhecimento da aplicação de qualquer sanção, uma situação confirmada pelas entidades contactadas pelo DE. A Câmara dos TOC justifica a inexistência de penalizações com o facto de não ter tido conhecimento de casos que se enquadram no espírito da Lei. A Ordem dos Advogados alinha no mesmo argumento, dizendo que “não temos noção de que algum advogado devesse participar e não o tenha feito”, uma resposta semelhante à adiantada pela Câmara dos Solicitadores.
António Filipe e Vitalino Canas consideram que, de uma forma geral, os destinatários da legislação não conhecem bem ou não interiorizaram a importância que ela tem e não dispõem de mecanismos apropriados para o efeito. De acordo com o jurista do PS, são raros os bancos com esquemas montados e com formação específica aos funcionários. A aplicação da legislação “implica investimentos em mecanismos de apreciação e em formação do pessoal”, o que implicaria também que o Estado cumprisse o seu papel no apoio a estas entidades.
Vitalino Canas assinala ainda a necessidade de estabilização da legislação sobre o branqueamento, “para que os destinatários possam interiorizar as regras” e adoptar práticas de controle e de fiscalização.
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- Registado: 5/10/2004 16:59
OPEP pode aumentar produção
arquivo cm
Os preços do barril de petróleo seguiam, esta segunda-feira, a corrigir em baixa nos mercados internacionais, influenciados pelo anuncio da Orgnização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) que refere que o cartel poderá aumentar a produção caso seja necessário.
Em comunicado, a OPEP confirmou a possibilidade de vir a aumentar a produção em caso de necessidade, mas slaientou que os mercados internacionais dispõem das reservas adequadas e que se verifica um reestabelecimento dos stocks.
Na sequência deste anúncio, os preços do crude corrigiram em baixa. No mercado de Londres o barril de Brent para entrega em Abril estava a ser vendido a meio da tarde a 51 dólares, enquanto em Nova Iorque valia 53 dólares.
arquivo cm
Os preços do barril de petróleo seguiam, esta segunda-feira, a corrigir em baixa nos mercados internacionais, influenciados pelo anuncio da Orgnização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) que refere que o cartel poderá aumentar a produção caso seja necessário.
Em comunicado, a OPEP confirmou a possibilidade de vir a aumentar a produção em caso de necessidade, mas slaientou que os mercados internacionais dispõem das reservas adequadas e que se verifica um reestabelecimento dos stocks.
Na sequência deste anúncio, os preços do crude corrigiram em baixa. No mercado de Londres o barril de Brent para entrega em Abril estava a ser vendido a meio da tarde a 51 dólares, enquanto em Nova Iorque valia 53 dólares.
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Brisa pula quase 2% e PSI-20 encerra em alta
José Pedro Luís
O índice de referência nacional terminou a sessão de hoje bem acima da linha d'água, impulsionado pelos ganhos dos 'pesos-pesados' e da concessionária de auto-estradas. Destaque-se ainda a subida de mais de um por cento da Impresa a qual vai apresentar o seu lucro 2004 ainda hoje.
Deste modo, o PSI-20 encerrou a subir 0,49% para os 7937,02 pontos, numa Europa maioritariamente em alta.
Os 'pesos-pesados' encerraram em alta, com a PT a crescer 0,66% para os 9,17€, seguida da EDP e do BCP que valorizaram 0,45% para os 2,24€ e 0,47% para os 2,15€, respectivamente.
O Deutsche Bank vê poucas hipóteses de valorização do título da EDP e atribuiu-lhe hoje um preço alvo abaixo da cotação actual de 2,24 euros.
O JPMorgan manteve a sua recomendação de 'underweight' para os títulos da PT, tendo no entanto revisto em baixa o seu preço-alvo para os papéis da operadora nacional de 9,5 para 9,3 euros, por considerarem demasiado optimistas as previsões da empresa para 2005.
Pela positiva destaque-se ainda a subida da Brisa de 1,85% para os 6,62€ e da Impresa, cujos títulos cresceram 1,24% para os 5,70€.
Pela negativa, registe-se a queda da Semapa de 1,27% para os 4,68€.
O papel mais transaccionado foi o da EDP com 7,82 milhões de acções negociadas, seguido pelos do BCP e da PT, com 3,89 e 3,06 milhões de títulos movimentados, respectivamente.
Dos vinte títulos que negociaram no PSI-20, nove subiram de cotação, oito desceram e três ficaram inalterados. O volume de negócios ascendeu a 76,47 milhões de euros.
José Pedro Luís
O índice de referência nacional terminou a sessão de hoje bem acima da linha d'água, impulsionado pelos ganhos dos 'pesos-pesados' e da concessionária de auto-estradas. Destaque-se ainda a subida de mais de um por cento da Impresa a qual vai apresentar o seu lucro 2004 ainda hoje.
Deste modo, o PSI-20 encerrou a subir 0,49% para os 7937,02 pontos, numa Europa maioritariamente em alta.
Os 'pesos-pesados' encerraram em alta, com a PT a crescer 0,66% para os 9,17€, seguida da EDP e do BCP que valorizaram 0,45% para os 2,24€ e 0,47% para os 2,15€, respectivamente.
O Deutsche Bank vê poucas hipóteses de valorização do título da EDP e atribuiu-lhe hoje um preço alvo abaixo da cotação actual de 2,24 euros.
O JPMorgan manteve a sua recomendação de 'underweight' para os títulos da PT, tendo no entanto revisto em baixa o seu preço-alvo para os papéis da operadora nacional de 9,5 para 9,3 euros, por considerarem demasiado optimistas as previsões da empresa para 2005.
Pela positiva destaque-se ainda a subida da Brisa de 1,85% para os 6,62€ e da Impresa, cujos títulos cresceram 1,24% para os 5,70€.
Pela negativa, registe-se a queda da Semapa de 1,27% para os 4,68€.
O papel mais transaccionado foi o da EDP com 7,82 milhões de acções negociadas, seguido pelos do BCP e da PT, com 3,89 e 3,06 milhões de títulos movimentados, respectivamente.
Dos vinte títulos que negociaram no PSI-20, nove subiram de cotação, oito desceram e três ficaram inalterados. O volume de negócios ascendeu a 76,47 milhões de euros.
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BCP disponibiliza Certificados para investimento nos principais índices
DE
O Millennium bcp acaba de disponibilizar seis Certificados que replicam a composição e o comportamento dos índices que lhes estão associados, nomeadamente o PSI-20 (Portugal), o Ibex-35 (Espanha), o FTSE 100 (Reino Unido) e o Dax (Alemanha), EuroStoxx 50 (Zona Euro) e Dow Jones (EUA).
Segundo um comunicado hoje emitido pelo Millennium bcp, estes Certificados destinam-se a Clientes que procurem um investimento simples e eficaz, que lhes permita investir num determinado mercado com a máxima diversificação de risco, um potencial de rendibilidade ilimitado (estando dispostos a suportar o risco de perda de capital) e um grau de liquidez bastante elevado com possibilidade de transacção intra-dia.
Todos os certificados emitidos pelo Millennium bcp podem ser transaccionados em qualquer sucursal ou no portal do Banco na Internet.
Desde que surgiram no mercado português, em Outubro de 2000 e apesar dos momentos adversos dos mercados, os Certificados têm obtido rendibilidades interessantes para os investidores. O reduzido investimento necessário à diversificação da carteira aliado à possibilidade de investir em activos de difícil acesso directo tornam estes produtos financeiros bastante inovadores.
Para além da diversificação geográfica e sectorial, são produtos simples e fáceis de negociar em Bolsa e apresentam baixos custos de transacção.
DE
O Millennium bcp acaba de disponibilizar seis Certificados que replicam a composição e o comportamento dos índices que lhes estão associados, nomeadamente o PSI-20 (Portugal), o Ibex-35 (Espanha), o FTSE 100 (Reino Unido) e o Dax (Alemanha), EuroStoxx 50 (Zona Euro) e Dow Jones (EUA).
Segundo um comunicado hoje emitido pelo Millennium bcp, estes Certificados destinam-se a Clientes que procurem um investimento simples e eficaz, que lhes permita investir num determinado mercado com a máxima diversificação de risco, um potencial de rendibilidade ilimitado (estando dispostos a suportar o risco de perda de capital) e um grau de liquidez bastante elevado com possibilidade de transacção intra-dia.
Todos os certificados emitidos pelo Millennium bcp podem ser transaccionados em qualquer sucursal ou no portal do Banco na Internet.
Desde que surgiram no mercado português, em Outubro de 2000 e apesar dos momentos adversos dos mercados, os Certificados têm obtido rendibilidades interessantes para os investidores. O reduzido investimento necessário à diversificação da carteira aliado à possibilidade de investir em activos de difícil acesso directo tornam estes produtos financeiros bastante inovadores.
Para além da diversificação geográfica e sectorial, são produtos simples e fáceis de negociar em Bolsa e apresentam baixos custos de transacção.
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Bagão Félix considera proposta de revisão do PEC "um bom compromisso"
DE
Bagão Félix considera "um bom compromisso" a proposta de revisão do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) apresentada pela presidência luxemburguesa que será discutida, esta noite de terça-feira, pelos ministros das Finanças europeus.
"Substituir a rigidez excessiva por uma disciplina inteligente é positivo", disse Bagão Félix esta tarde aos jornalistas antes de entrar numa reunião dos ministros das Finanças dos países membros da Zona Euro, em Bruxelas. Uma opinião, qe segundo o ministro das Finanças é partilhada pelo futuro titular da pasta.
"Creio que as posições são relativamente unânimes [entre o actual e o futuro titular], até pelas declarações anteriores do novo ministro", disse Bagão Félix.
Uma decisão final sobre a reforma do Pacto será tomada por unanimidade pelos chefes de Estado e de Governo da UE a 22 e 23 de Março.
Sabe-se, no entanto, que os ministros das Finanças estão de acordo para que as regras base do Pacto se mantenham, ou seja, o limite de 3% do PIB para o défice e de 60% para a dívida pública, mas pretendem "flexibilizar" e "eliminar a rigidez excessiva" imposta no caso da ultrapassagem desses limites.
Bagão Félix salientou o facto de o compromisso que está a ser discutido prever que as despesas de investimento público e em Investigação e Desenvolvimento possam ser consideradas como "factores atenuantes ou relevantes" na tomada de decisões no caso de um país ser considerado em "défice excessivo".
"Importantes até por causa do choque tecnológico previsto no programa do futuro governo", precisou Bagão Félix.
DE
Bagão Félix considera "um bom compromisso" a proposta de revisão do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) apresentada pela presidência luxemburguesa que será discutida, esta noite de terça-feira, pelos ministros das Finanças europeus.
"Substituir a rigidez excessiva por uma disciplina inteligente é positivo", disse Bagão Félix esta tarde aos jornalistas antes de entrar numa reunião dos ministros das Finanças dos países membros da Zona Euro, em Bruxelas. Uma opinião, qe segundo o ministro das Finanças é partilhada pelo futuro titular da pasta.
"Creio que as posições são relativamente unânimes [entre o actual e o futuro titular], até pelas declarações anteriores do novo ministro", disse Bagão Félix.
Uma decisão final sobre a reforma do Pacto será tomada por unanimidade pelos chefes de Estado e de Governo da UE a 22 e 23 de Março.
Sabe-se, no entanto, que os ministros das Finanças estão de acordo para que as regras base do Pacto se mantenham, ou seja, o limite de 3% do PIB para o défice e de 60% para a dívida pública, mas pretendem "flexibilizar" e "eliminar a rigidez excessiva" imposta no caso da ultrapassagem desses limites.
Bagão Félix salientou o facto de o compromisso que está a ser discutido prever que as despesas de investimento público e em Investigação e Desenvolvimento possam ser consideradas como "factores atenuantes ou relevantes" na tomada de decisões no caso de um país ser considerado em "défice excessivo".
"Importantes até por causa do choque tecnológico previsto no programa do futuro governo", precisou Bagão Félix.
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Euro regista queda ligeira face ao dólar
DE
A moeda única perdeu hoje algum terreno perante a sua rival norte-americana, com os investidores a aproveitarem a ausência de indicadores de relevo para realizarem mais-valias a partir da valorização da moeda única nas últimas sessões.
Deste modo, às 17h00 o euro valia 1,3217 dólares, contra 1,3243 dólares no fecho de sexta-feira.
Segundo os analistas, a divisa europeia limitou-se a corrigir dos ganhos significativos registados perante o dólar na última sessão da semana passada, quando foi anunciada a subida da taxa de desemprego nos EUA.
O dólar ganhou terreno também face ao iene, depois do anúncio de que o investimento de capital no Japão cresceu menos que o esperado, no quarto trimestre.
Assim, às 17h00 o euro valia 138,98 ienes e o dólar 105,15 ienes, contra 138,33 e 104,46 ienes no término da última sessão, respectivamente.
DE
A moeda única perdeu hoje algum terreno perante a sua rival norte-americana, com os investidores a aproveitarem a ausência de indicadores de relevo para realizarem mais-valias a partir da valorização da moeda única nas últimas sessões.
Deste modo, às 17h00 o euro valia 1,3217 dólares, contra 1,3243 dólares no fecho de sexta-feira.
Segundo os analistas, a divisa europeia limitou-se a corrigir dos ganhos significativos registados perante o dólar na última sessão da semana passada, quando foi anunciada a subida da taxa de desemprego nos EUA.
O dólar ganhou terreno também face ao iene, depois do anúncio de que o investimento de capital no Japão cresceu menos que o esperado, no quarto trimestre.
Assim, às 17h00 o euro valia 138,98 ienes e o dólar 105,15 ienes, contra 138,33 e 104,46 ienes no término da última sessão, respectivamente.
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Impresa vai reforçar programa de investimento em 2005
DE
Francisco Pinto Balsemão revelou hoje que a sua empresa tenciona expandir este ano o seu investimento para entre 10 a 12 milhões de euros, contra os 4,9 milhões de euros investidos em 2004.
Segundo afirmou hoje o presidente da Impresa durante a conferência de imprensa para a apresentação de resultados da firma, "entre os objectivos para 2004 está o reforço dos investimentos para entre dez a doze milhões de euros. Parte considerável deste investimento (sete a oito milhões de euros) será para a digitalização dos arquivos da SIC".
Pinto Balsemão disse ainda que a Impresa vai "continuar a diversificar através da aposta em marketing alternativo e em produtos multimédia", sendo a SIC Internacional a grande aposta da empresa para o estrangeiro, embora esteja a ser estudada a venda de produtos na Espanha e Brasil, bem como na Europa Central e de Leste.
O 'investor relations' da Impresa, José Freire, adiantou ainda que "o 'cash flow' livre subiu para 39,5 milhões de euros e poderá ser usado para mais investimentos, para amortizar dívida e para, no futuro, distribuir dividendos".
O presidente da Impresa afirmou também que a firma está satisfeita "com os resultados de 2004, sobretudo porque regressámos aos lucros".
A Impresa encerrou a sessão de hoje na Euronext Lisbon a subiur 1,24% para os 5,70€.
DE
Francisco Pinto Balsemão revelou hoje que a sua empresa tenciona expandir este ano o seu investimento para entre 10 a 12 milhões de euros, contra os 4,9 milhões de euros investidos em 2004.
Segundo afirmou hoje o presidente da Impresa durante a conferência de imprensa para a apresentação de resultados da firma, "entre os objectivos para 2004 está o reforço dos investimentos para entre dez a doze milhões de euros. Parte considerável deste investimento (sete a oito milhões de euros) será para a digitalização dos arquivos da SIC".
Pinto Balsemão disse ainda que a Impresa vai "continuar a diversificar através da aposta em marketing alternativo e em produtos multimédia", sendo a SIC Internacional a grande aposta da empresa para o estrangeiro, embora esteja a ser estudada a venda de produtos na Espanha e Brasil, bem como na Europa Central e de Leste.
O 'investor relations' da Impresa, José Freire, adiantou ainda que "o 'cash flow' livre subiu para 39,5 milhões de euros e poderá ser usado para mais investimentos, para amortizar dívida e para, no futuro, distribuir dividendos".
O presidente da Impresa afirmou também que a firma está satisfeita "com os resultados de 2004, sobretudo porque regressámos aos lucros".
A Impresa encerrou a sessão de hoje na Euronext Lisbon a subiur 1,24% para os 5,70€.
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Citigroup perde caso de 400 milhões de euros
DE
O Supremo Tribunal dos EUA decidiu hoje manter o veredicto anterior do caso 'Savings and Loans' dos anos 80s, rejeitando assim os pedidos do Citigroup de uma indeminização no valor de 527 milhões de dólares (399,1 milhões de euros).
Segundo o Supremo Tribunal norte-americano, o anterior veredicto de que o governo deverá pagar 381 milhões de dólares em compensações no seguimento do escândalo 'Savings and Loans' irá manter-se, sendo rejeitado o pedido do Glendale Federal Bank (hoje em dia parte do Citigroup) do pagamento de uma compensação extra de 527,5 milhões de dólares.
Esta disputa tem as suas origens nos esforços efectuados nos anos 80 pelas autoridades reguladoras norte-americanas para encorajar investidores e fundos para aquirirem poupanças e créditos ('Savings and loans', em inglês) que se encontravam em dificuldades ao permitir que estes passassem ao lado dos requerimentos normais de capitais.
Quando o Congresso, contudo, terminou em 1989 este 'goodwill' de supervisão, vários destes activos encontraram-se insolventes, o que deu origem a um grande número de processos contra o Governo Federal.
DE
O Supremo Tribunal dos EUA decidiu hoje manter o veredicto anterior do caso 'Savings and Loans' dos anos 80s, rejeitando assim os pedidos do Citigroup de uma indeminização no valor de 527 milhões de dólares (399,1 milhões de euros).
Segundo o Supremo Tribunal norte-americano, o anterior veredicto de que o governo deverá pagar 381 milhões de dólares em compensações no seguimento do escândalo 'Savings and Loans' irá manter-se, sendo rejeitado o pedido do Glendale Federal Bank (hoje em dia parte do Citigroup) do pagamento de uma compensação extra de 527,5 milhões de dólares.
Esta disputa tem as suas origens nos esforços efectuados nos anos 80 pelas autoridades reguladoras norte-americanas para encorajar investidores e fundos para aquirirem poupanças e créditos ('Savings and loans', em inglês) que se encontravam em dificuldades ao permitir que estes passassem ao lado dos requerimentos normais de capitais.
Quando o Congresso, contudo, terminou em 1989 este 'goodwill' de supervisão, vários destes activos encontraram-se insolventes, o que deu origem a um grande número de processos contra o Governo Federal.
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- Registado: 5/10/2004 16:59
Tecnológicas lideram ganhos em Wall Street
DE
A praça novaiorquina encerrou mista a sessão de hoje e próxima dos valores mais elevados dos últimos três anos e meio, com o índice electrónico Nasdaq a beneficiar do optimismo gerado pelos dados do emprego acima do esperado que foram divulgados na sexta-feira.
Deste modo, o Dow Jones perdeu 0,03% para os 10 934,64 pontos, enquanto o Nasdaq Composite subiu 0,95% para os 2088,57 pontos.
Segundo os analistas, "o sentido de que a economia está a comportar-se melhor" contribuiu para os ganhos de hoje, embora os investidores estejam a demonstrar prudência face aos elevados valores a que transaccionam actualmente as empresas do Dow Jones.
DE
A praça novaiorquina encerrou mista a sessão de hoje e próxima dos valores mais elevados dos últimos três anos e meio, com o índice electrónico Nasdaq a beneficiar do optimismo gerado pelos dados do emprego acima do esperado que foram divulgados na sexta-feira.
Deste modo, o Dow Jones perdeu 0,03% para os 10 934,64 pontos, enquanto o Nasdaq Composite subiu 0,95% para os 2088,57 pontos.
Segundo os analistas, "o sentido de que a economia está a comportar-se melhor" contribuiu para os ganhos de hoje, embora os investidores estejam a demonstrar prudência face aos elevados valores a que transaccionam actualmente as empresas do Dow Jones.
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Mercados encerram mistos
Mercados encerram mistos
DE
Os índices norte-americanos encerraram hoje mistos, com o Nasdaq em terreno positivo, depois da Qualcomm ter revisto em alta as previsões de lucro para o segundo trimestre.
Deste modo, o Nasdaq Composite ganhou 0,95% para 2.090,21 pontos, depois de ter fechado na sexta-feira a subir 0,59% para 2.070,61 pontos.
O Dow Jones Industrial Average perdeu 0,03% para 10.936,86 pontos, após ter encerrado a ganhar 0,99% para 10.940,55 pontos, na sessão anterior.
Sem dados macroeconómicos relevantes e com o preço dos futuros de petróleo a descer ligeiramente, depois do cartel petrolífero ter anunciado a disponibilidade de aumentar a produção caso seja necessário, os investidores concentraram-se hoje nos dados empresariais.
A Qualcomm, segundo maior fabricante mundial de semicondutores, reviu hoje em alta as previsões de lucro para o segundo trimestre, o que aumentou as expectativas face a esta área de negócio.
A notícia de que o director executivo da Boeing, Harry Stonecipher, foi destituído do cargo, na sequência de uma relação amorosa com uma funcionária, levou o Dow Jones a encerrar em baixa ligeira.
DE
Os índices norte-americanos encerraram hoje mistos, com o Nasdaq em terreno positivo, depois da Qualcomm ter revisto em alta as previsões de lucro para o segundo trimestre.
Deste modo, o Nasdaq Composite ganhou 0,95% para 2.090,21 pontos, depois de ter fechado na sexta-feira a subir 0,59% para 2.070,61 pontos.
O Dow Jones Industrial Average perdeu 0,03% para 10.936,86 pontos, após ter encerrado a ganhar 0,99% para 10.940,55 pontos, na sessão anterior.
Sem dados macroeconómicos relevantes e com o preço dos futuros de petróleo a descer ligeiramente, depois do cartel petrolífero ter anunciado a disponibilidade de aumentar a produção caso seja necessário, os investidores concentraram-se hoje nos dados empresariais.
A Qualcomm, segundo maior fabricante mundial de semicondutores, reviu hoje em alta as previsões de lucro para o segundo trimestre, o que aumentou as expectativas face a esta área de negócio.
A notícia de que o director executivo da Boeing, Harry Stonecipher, foi destituído do cargo, na sequência de uma relação amorosa com uma funcionária, levou o Dow Jones a encerrar em baixa ligeira.
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