’Downgrade’ em acções
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’Downgrade’ em acções
OPINIÃO Publicado 7 Março 2005 13:59
Pedro Santos
’Downgrade’ em acções
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A melhor estratégia - Aconselhamos que se refugiem em empresas mais defensivas, com enfoque na geração de «cash-flow» e elevada remuneração.
Antes de tecer qualquer comentário acerca da minha perspectiva para o mercado de acções no mês de Março, gostaria de fazer referência à actual envolvência económica.
Por um lado, a economia da Zona Euro tem demonstrado ao longo dos últimos trimestres sinais desanimadores, não confirmando a tendência de recuperação há muito esperada (exemplo disso foi o nível «record» de taxa de desemprego verificado na Alemanha, atingindo os 11,7%). Por outro lado, o ciclo económico nos EUA encontra-se numa fase mais positiva, com um ritmo de crescimento significativo (entre 3% a 4%) e com indicadores económicos que começam a levantar alguma preocupação relativamente à inflação. Este receio é particularmente reforçado com a recente subida do preço do petróleo que estabeleceu um novo máximo histórico (53,57 dólares).
Como consequência, as taxas de juro longas têm reagido positivamente, o que adicionado à valorização registada nos mercados accionistas desde Setembro de 2004 (Standard & Poor’s 500 + 9,6%; Eurostoxx +16,4% e o PSI-20 +10,8%), tornam as acções, hoje, um activo menos interessante aos olhos dos investidores. Desta forma, alteramos a nossa recomendação de «overweight» para «neutral» suportados no nosso indicador de «Equity Risk Premium», que engloba todas as variáveis referidas. Adquire, assim, maior importância para um investidor a adopção de uma boa estratégia de «stock picking».
Em Portugal, o vazio em que entrámos após as eleições (o Governo só deverá tomar posse em meados do corrente mês), o «lag» de tempo até que este possa começar a tomar medidas efectivas e o aproximar do 2º trimestre (que sazonalmente é negativo para os mercados accionistas) leva-nos a recomendar alguma cautela. Neste contexto e face aos riscos de curto prazo que identificamos, aconselhamos que se refugiem em empresas mais defensivas, com enfoque na geração de «cash-flow» e elevada remuneração ao accionista (aumento de dividendos e «share buybacks»), das quais gostaria de destacar a PT, a PT Multimédia, a Brisa e a EDP.
Pedro Santos
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A melhor estratégia - Aconselhamos que se refugiem em empresas mais defensivas, com enfoque na geração de «cash-flow» e elevada remuneração.
Antes de tecer qualquer comentário acerca da minha perspectiva para o mercado de acções no mês de Março, gostaria de fazer referência à actual envolvência económica.
Por um lado, a economia da Zona Euro tem demonstrado ao longo dos últimos trimestres sinais desanimadores, não confirmando a tendência de recuperação há muito esperada (exemplo disso foi o nível «record» de taxa de desemprego verificado na Alemanha, atingindo os 11,7%). Por outro lado, o ciclo económico nos EUA encontra-se numa fase mais positiva, com um ritmo de crescimento significativo (entre 3% a 4%) e com indicadores económicos que começam a levantar alguma preocupação relativamente à inflação. Este receio é particularmente reforçado com a recente subida do preço do petróleo que estabeleceu um novo máximo histórico (53,57 dólares).
Como consequência, as taxas de juro longas têm reagido positivamente, o que adicionado à valorização registada nos mercados accionistas desde Setembro de 2004 (Standard & Poor’s 500 + 9,6%; Eurostoxx +16,4% e o PSI-20 +10,8%), tornam as acções, hoje, um activo menos interessante aos olhos dos investidores. Desta forma, alteramos a nossa recomendação de «overweight» para «neutral» suportados no nosso indicador de «Equity Risk Premium», que engloba todas as variáveis referidas. Adquire, assim, maior importância para um investidor a adopção de uma boa estratégia de «stock picking».
Em Portugal, o vazio em que entrámos após as eleições (o Governo só deverá tomar posse em meados do corrente mês), o «lag» de tempo até que este possa começar a tomar medidas efectivas e o aproximar do 2º trimestre (que sazonalmente é negativo para os mercados accionistas) leva-nos a recomendar alguma cautela. Neste contexto e face aos riscos de curto prazo que identificamos, aconselhamos que se refugiem em empresas mais defensivas, com enfoque na geração de «cash-flow» e elevada remuneração ao accionista (aumento de dividendos e «share buybacks»), das quais gostaria de destacar a PT, a PT Multimédia, a Brisa e a EDP.
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