Caldeirão da Bolsa

Discursos de Sócrates ensombram edp

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Visitante » 6/3/2005 0:04

Caro Jarc

Há muitas nuvens e pouca chuva. Possivelmente é a empresa da nossa bolsa que ainda se encontra em bom preço de compra mas nem tudo é claro. Como dizes a empresa é sólida, os investimentos em Espanha e no Brasil estão a melhorar, a concorrência não a afecta muito porque trabalha num mercado com escaçês . Viu-se agora em Espanha a onda de frio obrigou a racionar a electricidade a algumas empresas nos picos de consumo para garantir o consumo doméstico. Possivelmente no verão vamos ter o calor a afectar novamente os consumos como se verificou no ano passado. Por aí não deve vir mal ao mundo.Pode perder algumas boas empresas mas tem sempre o escoamento garantido. Os quadros de pessoal nos 7500 também estão na média espanhola e paga menores ordenados.

O problema maior,neste momento, v~em da politica e da seca. Da politica porque o Talone vai Á vida e não sabemos qual o "calhau" que lá vão por. Depois a seca ,é um caso complicado que a politica pode fazer explodir.Quero com isto dizer que a EDP ainda não subiu o preço da electricidade porque está a tirar o valor do aumento dos combustiveis ao fundo de hidraulicidade(350 milhões de euros). Ora este valor é elevado e para este ano pode chegar sem aumentos, mas se tivermos uns anos seguidos de seca a coisa complica-se e o poder politico quer a electricidade mais barata a toda a força.

Não esquecer que a EDP tem quase 40% da Óptimus parqueada no Luxemburgo à espera do primeiro sinal

Na minha opinião tinha tudo para subir e só isto a impede
Visitante
 

edp

por jarc » 5/3/2005 18:33

Quando a empresa tem um comportamento como teve após o chumbo de Bruxelas e leio análises assim fico sempre de pé atrás. Na Brisa foi o que se viu, despejaram lá em cima e aconselharam a venda, agora já estão a reentrar. Na Edp o suporte de 2.21 foi fustigado, mas quem pode segurou aí a cotação (foi visível na fase de despejar eléctrcas e auto-estradas, as "utilities"). Não excluo (embora com pouca probabilidade) a possibilidade de alguma instabilidade com a saída de Talone (no final de mandato), mas no fundamental o que temos são bons resultados, empresa sólida e em crescimento. Temos ainda um encaixe de monta com a extinção dos contratos, 15% da Galp para negociar e Assembleia de accionistas para este mês -A compra de acções próprias está em cima da mesa. Portanto cada um pensará pela sua própria cabeça e em função disso decidirá se compra ou se vende.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2320
Registado: 23/7/2003 16:05
Localização: Sul

por valves » 5/3/2005 18:19

... é o chamado impacto neutro ... :wink: ultimamente aqui o pessoal do caldeirão para não se ficar atrás destas autenticas sumidades ou druidas dos mercados financeiros decidiu chamar ao momento que se vive agora nos mercados como tendencia lateral e eu para por a cereja em cima do bolo diria que no presente momento nos mercados se assiste a uma tendencia indefinida ... :wink:


Cumpts

Vasco
Aqui no Caldeirão no Longo Prazo estamos todos ricos ... no longuissimo prazo os nossos filhos estarão ainda mais ricos ...
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2861
Registado: 17/4/2004 15:36

por Touro » 2/3/2005 12:57

A vitória do Partido Socialista com maioria absoluta, segundo a Golden Broker, tem um impacto «quer ao nível geral do mercado, quer ao nível de alguns títulos específicos».


Estes factores, segundo a Golden, «esbatem qualquer impacto positivo ou negativo resultante da recente alteração do Governo».

:roll:
Cumprimentos,
Touro
 
Mensagens: 1347
Registado: 5/11/2002 14:09
Localização: Porto

Discursos de Sócrates ensombram edp

por Visitante » 2/3/2005 12:36

Análise «swot» da Golden Broker
EDP poderá ser o título mais penalizado pela vitória socialista
A Energias de Portugal (EDP) poderá ser o título da bolsa mais penalizado pela recente vitória do Partido Socialista. Numa análise «swot» feita pela Golden Broker, a casa diz que o sector dos «media» representa, neste contexto, uma oportunidade interessante.

--------------------------------------------------------------------------------

Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt


A Energias de Portugal (EDP) poderá ser o título da bolsa mais penalizado pela recente vitória do Partido Socialista. Numa análise «swot» feita pela Golden Broker, a casa diz que o sector dos «media» representa, neste contexto, uma oportunidade interessante.

A vitória do Partido Socialista com maioria absoluta, segundo a Golden Broker, tem um impacto «quer ao nível geral do mercado, quer ao nível de alguns títulos específicos».

O novo Primeiro-Ministro, José Sócrates, «apenas fez referências vagas sobre as reformas do sector energético e a necessidade de mais concorrência, mas esta ideia afecta directamente a estratégia e o mercado da EDP, penalizando a evolução da cotação».

Já o sector dos «media», «representa uma oportunidade interessante, pois aproximam-se grandes alterações no sector, designadamente ao nível da posição da Lusomundo Media», cuja alienação pela PT Multimédia se processou recentemente.

A análise «swot» é um estudo de avaliação do posicionamento de uma empresa face à sua envolvente interna e externa.

A primeira componente é analisada com base nos seus pontos fortes («strengths») e fracos («weaknesses»), e a segunda componente analisada com base nas oportunidades («opportunities») e ameaças («threats») do mercado onde actua.

Factores externos esbatem impacto da alteração de Governo

A nível macroeconómico, a corretora diz que o «mau» desempenho da economia portuguesa durante os últimos anos tem causas endógenas e exógenas.

As exógenas prendem-se «com a pouca dinâmica da procura interna europeia, especialmente da Alemanha (o nosso maior mercado de exportação), a subida do crude e às hesitações relativamente ao pacto de estabilidade e crescimento».

Estes factores, segundo a Golden, «esbatem qualquer impacto positivo ou negativo resultante da recente alteração do Governo».

Consolidação não é compatível com aumento das despesas sociais

A casa de investimento opina que «o esforço de consolidação de contas públicas é dificilmente compatível com o aumento das despesas sociais e com a criação generosa de emprego que, não sendo garantido pela iniciativa privada, só terá acolhimento no Estado».

No entanto, a vitória com maioria absoluta e «sem promessas significativas» dá ao futuro Governo «ampla margem de manobra para desenvolver as políticas necessárias ao nível da consolidação das contas públicas e reforma da administração pública».
Visitante
 


Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: aaugustobb_69 e 944 visitantes