Valentim estava no outro lado da linha
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Para proteger quem?
ÚLTIMAS DA BOLA (JORNAL DO BENFICA)
Futebol
«Fomos impedidos de continuar na Taça de Portugal» (Luís Campos)
Inconformado com a derrota que ditou o afastamento do Beira-Mar da Taça de Portugal, o treinador Luís Campos não poupou críticas à arbitragem de Lucílio Baptista, no final da partida no Estádio da Luz (1-0).
ASF
«Fomos impedidos de continuar na Taça de Portugal. A minha equipa fez uma boa primeira parte e criou a primeira oportunidade de golo. Na segunda parte funcionámos como grande equipa e conseguimos colocar o Benfica lá atrás, a passar por autêntico sufoco. Infelizmente, não nos deixaram continuar na prova», afirmou Luís Campos no final da partida, não poupando a arbitragem de Lucílio Baptista.
E concretizou: «Toda a gente sabe que sou corajoso. Segundo os meus jogadores, o golo do Benfica foi alcançado em fora-de-jogo; houve um ‘penalty’ claro a favor do Beira-Mar que não foi assinalado; foi poupado o segundo amarelo a Miguel. Houve dualidade de critérios da arbitragem.»
03-03-2005 23:18 in Jornal "A Bola"
Pois é, realmente era a melhor forma de os proteger a eles (os árbitros) e as equipas prejudicadas, com este já são dois jogos em que o Benfica é levado ao colo na Taça de Portugal. O primeiro, ainda foi mais escandaloso, o árbitro assinalou três penaltys, e só não assinalou mais, porque o Simão à terçeira lá marcou!
É isto o tão falado SISTEMA!!!
Futebol
«Fomos impedidos de continuar na Taça de Portugal» (Luís Campos)
Inconformado com a derrota que ditou o afastamento do Beira-Mar da Taça de Portugal, o treinador Luís Campos não poupou críticas à arbitragem de Lucílio Baptista, no final da partida no Estádio da Luz (1-0).
ASF
«Fomos impedidos de continuar na Taça de Portugal. A minha equipa fez uma boa primeira parte e criou a primeira oportunidade de golo. Na segunda parte funcionámos como grande equipa e conseguimos colocar o Benfica lá atrás, a passar por autêntico sufoco. Infelizmente, não nos deixaram continuar na prova», afirmou Luís Campos no final da partida, não poupando a arbitragem de Lucílio Baptista.
E concretizou: «Toda a gente sabe que sou corajoso. Segundo os meus jogadores, o golo do Benfica foi alcançado em fora-de-jogo; houve um ‘penalty’ claro a favor do Beira-Mar que não foi assinalado; foi poupado o segundo amarelo a Miguel. Houve dualidade de critérios da arbitragem.»
03-03-2005 23:18 in Jornal "A Bola"
Pois é, realmente era a melhor forma de os proteger a eles (os árbitros) e as equipas prejudicadas, com este já são dois jogos em que o Benfica é levado ao colo na Taça de Portugal. O primeiro, ainda foi mais escandaloso, o árbitro assinalou três penaltys, e só não assinalou mais, porque o Simão à terçeira lá marcou!
É isto o tão falado SISTEMA!!!
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ADEPTO DO FUTEBOL
Valentim estava no outro lado da linha
Vários telefonemas de Valentim Loureiro - que desempenhava as funções de presidente da Liga de Clubes - a árbitros, observadores e dirigentes de clubes, feitos durante a época de 2003, estão a "embaraçar" vários juízes e a provocar o caos na classe.
Os ditos telefonemas, escutados pela Polícia Judiciária (PJ), têm sido uma importante base de trabalho do processo "Apito Dourado" e já levaram às instalações da PJ quase todos os juízes das várias categorias da arbitragem e alguns deles já foram constituídos arguidos. A Augusto Duarte - o único árbitro da primeira categoria que se encontra suspenso da actividade - juntaram-se no decorrer do último mês Paulo Baptista, Carlos Xistra, Lucílio Baptista e Paulo Paraty. Contactados pelo DN, os dois primeiros limitaram-se a afirmar que não queriam comentar o assunto, enquanto Lucílio disse apenas ter sido ouvido na "qualidade de árbitro", e Paraty só confirmou ter prestado declarações.
Mas estes juízes constituem apenas um pequeno grupo de um processo que já conta com perto de uma centena de arguidos e no qual já foram ouvidas cerca de 500 pessoas nas instalações da PJ de norte a sul do Continente e na ilha da Madeira. O DN sabe que a maioria dos interrogatórios aos árbitros têm como ponto de partida telefonemas de Valentim Loureiro - actualmente com a actividade na Liga suspensa desde Abril de 2004 - feitos antes e depois de jogos. O telefone do major tocava também para alguns dirigentes responsáveis pela nomeação de árbitros, interessado em saber quem iria ser o juiz de determinados encontros.
Paulo Baptista, de Portalegre, e Elmano Santos, da Madeira, foram alguns dos visados com a "curiosidade" e também com a "irritação" de Valentim - ao que parece não se coibia de mostrar o seu descontentamento com as exibições dos árbitros. Nestas duas situações houve um factor comum jogos em que o Boavista foi interveniente, defrontando o Guimarães (Paulo Baptista) e Benfica (Elmano).
Nas escutas telefónicas feitas a alguns dos principais arguidos do processo - além de Valentim, foram já indiciados o presidente do Conselho de Arbitragem da Federação, Pinto de Sousa, o presidente do Leiria, João Bartolomeu, do Nacional, Rui Alves, entre outros - são notórias tentativas de aliciamento. Quem ligava aos árbitros dizia-lhes para não se preocuparem porque os observadores ao jogo, igualmente indicados pela Liga, estavam devidamente controlados.
É, pois, num verdadeiro clima de desconfiança e descredibilidade que os árbitros continuam a ser, semanalmente, designados para os jogos da Superliga. Uma situação que não incomoda Luís Guilher, presidente da Comissão de Arbitragem da Liga (CA) e o único elemento deste órgão que ainda não foi ouvido. "O caso não está a condicionar a nomeação de árbitros", diz. Nas palavras de Guilherme, a "CA não anda nem pode andar atrás das notícias de jornais", pelo que só mediante ordem judicial é que qualquer árbitro envolvido no processo deixará de ser nomeado. Como tem acontecido até agora.
Comissão cúmplice
O "Apito Dourado" já teve um mérito. Afinal, é mesmo verdade o sistema existe e é feito de promiscuidades e favores. Por aquilo que se vai sabendo, este processo não deixará pedra sobre pedra no edifício da arbitragem portuguesa. Nada poderá voltar a ser igual. Deixando claro algo que já era uma evidência a necessidade de uma profunda regeneração no futebol português. Uma regeneração que, pelo que se tem visto, nunca se fará por dentro do sistema, e que terá de ser imposta de fora, através de alterações legislativas e, mais importante, de vontade política nesse sentido. Nesta matéria, futebol, o poder político em Portugal tem, desde sempre, optado pela mais cobarde das atitudes, assobiando para o ar, como se nada se passasse, em nome da crença numa auto-regulação que, já se provou à saciedade, nunca funcionará.
Uma das provas, só mais uma, da falência total da auto-regulação é a maneira como a Comissão de Arbitragem da Liga, chefiada pelo inefável Luís Guilherme, tem gerido tudo o que tem a ver com o "Apito Dourado". Não percebendo que existe, desde já, uma questão moral, antes da própria questão legal.
Ao dizer que só deixará de nomear alguns árbitros, que estão a ser alvo de investigações, quando tiver uma ordem judicial nesse sentido, Guilherme não percebe o essencial que a melhor forma de os proteger é eximi-los da responsabilidade de arbitrar jogos até que tudo seja esclarecido, e que se perceba quem é culpado e quem não é. Ao actuar assim, a Comissão de Arbitragem da Liga está a ser cúmplice de uma colossal imoralidade. Pelo menos...
Os ditos telefonemas, escutados pela Polícia Judiciária (PJ), têm sido uma importante base de trabalho do processo "Apito Dourado" e já levaram às instalações da PJ quase todos os juízes das várias categorias da arbitragem e alguns deles já foram constituídos arguidos. A Augusto Duarte - o único árbitro da primeira categoria que se encontra suspenso da actividade - juntaram-se no decorrer do último mês Paulo Baptista, Carlos Xistra, Lucílio Baptista e Paulo Paraty. Contactados pelo DN, os dois primeiros limitaram-se a afirmar que não queriam comentar o assunto, enquanto Lucílio disse apenas ter sido ouvido na "qualidade de árbitro", e Paraty só confirmou ter prestado declarações.
Mas estes juízes constituem apenas um pequeno grupo de um processo que já conta com perto de uma centena de arguidos e no qual já foram ouvidas cerca de 500 pessoas nas instalações da PJ de norte a sul do Continente e na ilha da Madeira. O DN sabe que a maioria dos interrogatórios aos árbitros têm como ponto de partida telefonemas de Valentim Loureiro - actualmente com a actividade na Liga suspensa desde Abril de 2004 - feitos antes e depois de jogos. O telefone do major tocava também para alguns dirigentes responsáveis pela nomeação de árbitros, interessado em saber quem iria ser o juiz de determinados encontros.
Paulo Baptista, de Portalegre, e Elmano Santos, da Madeira, foram alguns dos visados com a "curiosidade" e também com a "irritação" de Valentim - ao que parece não se coibia de mostrar o seu descontentamento com as exibições dos árbitros. Nestas duas situações houve um factor comum jogos em que o Boavista foi interveniente, defrontando o Guimarães (Paulo Baptista) e Benfica (Elmano).
Nas escutas telefónicas feitas a alguns dos principais arguidos do processo - além de Valentim, foram já indiciados o presidente do Conselho de Arbitragem da Federação, Pinto de Sousa, o presidente do Leiria, João Bartolomeu, do Nacional, Rui Alves, entre outros - são notórias tentativas de aliciamento. Quem ligava aos árbitros dizia-lhes para não se preocuparem porque os observadores ao jogo, igualmente indicados pela Liga, estavam devidamente controlados.
É, pois, num verdadeiro clima de desconfiança e descredibilidade que os árbitros continuam a ser, semanalmente, designados para os jogos da Superliga. Uma situação que não incomoda Luís Guilher, presidente da Comissão de Arbitragem da Liga (CA) e o único elemento deste órgão que ainda não foi ouvido. "O caso não está a condicionar a nomeação de árbitros", diz. Nas palavras de Guilherme, a "CA não anda nem pode andar atrás das notícias de jornais", pelo que só mediante ordem judicial é que qualquer árbitro envolvido no processo deixará de ser nomeado. Como tem acontecido até agora.
Comissão cúmplice
O "Apito Dourado" já teve um mérito. Afinal, é mesmo verdade o sistema existe e é feito de promiscuidades e favores. Por aquilo que se vai sabendo, este processo não deixará pedra sobre pedra no edifício da arbitragem portuguesa. Nada poderá voltar a ser igual. Deixando claro algo que já era uma evidência a necessidade de uma profunda regeneração no futebol português. Uma regeneração que, pelo que se tem visto, nunca se fará por dentro do sistema, e que terá de ser imposta de fora, através de alterações legislativas e, mais importante, de vontade política nesse sentido. Nesta matéria, futebol, o poder político em Portugal tem, desde sempre, optado pela mais cobarde das atitudes, assobiando para o ar, como se nada se passasse, em nome da crença numa auto-regulação que, já se provou à saciedade, nunca funcionará.
Uma das provas, só mais uma, da falência total da auto-regulação é a maneira como a Comissão de Arbitragem da Liga, chefiada pelo inefável Luís Guilherme, tem gerido tudo o que tem a ver com o "Apito Dourado". Não percebendo que existe, desde já, uma questão moral, antes da própria questão legal.
Ao dizer que só deixará de nomear alguns árbitros, que estão a ser alvo de investigações, quando tiver uma ordem judicial nesse sentido, Guilherme não percebe o essencial que a melhor forma de os proteger é eximi-los da responsabilidade de arbitrar jogos até que tudo seja esclarecido, e que se perceba quem é culpado e quem não é. Ao actuar assim, a Comissão de Arbitragem da Liga está a ser cúmplice de uma colossal imoralidade. Pelo menos...
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