EDP-Lucros insuficientes para inverter tendência bolsista
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EDP-Lucros insuficientes para inverter tendência bolsista
Empresas Quinta, 3 de Março de 2005
Energia
Lucros insuficientes para inverter tendência bolsista num futuro minado por interrogações
P.M.P.
Resultados em alta, preço das acções em baixa. Esta aparente contradição entre a performance operacional da EDP e o comportamento das acções reflecte um conjunto de más notícias num passado relativamente recente e, sobretudo, as indefinições que pairam sobre um futuro mais ou menos imediato, segundo explicam os analistas que acompanham a empresa.
A primeira dúvida é sobre o que sucederá à adminstração presidida por João Talone com a mudança de Executivo. “Mesmo que não se verifique um choque frontal, dificilmente o próximo Governo será tão ‘amigo’ da EDP como o Governo cessante”, afirmou ao DE um analista de um dos principais bancos nacionais.
Para além dos factores operacionais, como a melhoria dos negócios no Brasil, ajudados pela recuperação do real, ou a da Hidrocantábrico, a subida dos lucros resultou de alterações no perímetro de consolidação, pelo que não é directamente comparável com a performance das rivais espanholas. Mas o facto é que os resultados, por si só, não justificariam que a EDP fosse tão “castigada” pelo mercado, registando o pior comportamento entre as 15 eléctricas incluídas no índice europeu do sector.
Embora reconheçam esta penalização excessiva, os mesmos analistas consideram que as acções não deverão “descolar” sem que o futuro esteja definido de forma mais clara.
As más notícias recentes têm a ver com o preço pago para o aumento da posição de controle sobre a Hidrocantábrico, considerado bastante caro, mas também com o aumento dos prejuízos da Oni, o chumbo de Bruxelas à compra do negócio do gás da Galp e as dúvidas sobre qual será a estratégia alternativa do novo Governo para o sector.
O novo patamar dos preços de petróleo são igualmente motivo de preocupação. Estes são pagos pelo Orçamento de Estado, sem reflexo nas tarifas, mas a hemorragia nas contas públicas poderá levar o Governo a procurar estancar essa despesa esmagando as margens de comercialização da EDP.
Por agora, o balanço das recomendações da vintena de analistas que acompanham a EDP salda-se por nove recomendações de compra, nove de manter e duas de vender.
O mercado aguarda definições do Executivo para decidir se a EDP volta ou não a ser um bom papel para aplicarem os seus investimentos.
DE
Energia
Lucros insuficientes para inverter tendência bolsista num futuro minado por interrogações
P.M.P.
Resultados em alta, preço das acções em baixa. Esta aparente contradição entre a performance operacional da EDP e o comportamento das acções reflecte um conjunto de más notícias num passado relativamente recente e, sobretudo, as indefinições que pairam sobre um futuro mais ou menos imediato, segundo explicam os analistas que acompanham a empresa.
A primeira dúvida é sobre o que sucederá à adminstração presidida por João Talone com a mudança de Executivo. “Mesmo que não se verifique um choque frontal, dificilmente o próximo Governo será tão ‘amigo’ da EDP como o Governo cessante”, afirmou ao DE um analista de um dos principais bancos nacionais.
Para além dos factores operacionais, como a melhoria dos negócios no Brasil, ajudados pela recuperação do real, ou a da Hidrocantábrico, a subida dos lucros resultou de alterações no perímetro de consolidação, pelo que não é directamente comparável com a performance das rivais espanholas. Mas o facto é que os resultados, por si só, não justificariam que a EDP fosse tão “castigada” pelo mercado, registando o pior comportamento entre as 15 eléctricas incluídas no índice europeu do sector.
Embora reconheçam esta penalização excessiva, os mesmos analistas consideram que as acções não deverão “descolar” sem que o futuro esteja definido de forma mais clara.
As más notícias recentes têm a ver com o preço pago para o aumento da posição de controle sobre a Hidrocantábrico, considerado bastante caro, mas também com o aumento dos prejuízos da Oni, o chumbo de Bruxelas à compra do negócio do gás da Galp e as dúvidas sobre qual será a estratégia alternativa do novo Governo para o sector.
O novo patamar dos preços de petróleo são igualmente motivo de preocupação. Estes são pagos pelo Orçamento de Estado, sem reflexo nas tarifas, mas a hemorragia nas contas públicas poderá levar o Governo a procurar estancar essa despesa esmagando as margens de comercialização da EDP.
Por agora, o balanço das recomendações da vintena de analistas que acompanham a EDP salda-se por nove recomendações de compra, nove de manter e duas de vender.
O mercado aguarda definições do Executivo para decidir se a EDP volta ou não a ser um bom papel para aplicarem os seus investimentos.
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