Lucros da banca privada aumentam 16,5% em 2004
16 mensagens
|Página 1 de 1
Índice interrompe série de cinco meses de ganhos
Bolsas de Portugal e Irlanda foram as únicas a desvalorizar em Fevereiro
A Euronext Lisbon, depois de um arranque de ano fulgurante, perdeu gás em Fevereiro, tendo, a par da Irlanda, sido a única praça europeia que perdeu valor em Fevereiro. A Brisa e a PT foram determinantes para a queda de 659 milhões de euros na capitalização bolsista das empresas do índice.
--------------------------------------------------------------------------------
Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt
%
Grécia 9,10
Áustria 8,41
Noruega 7,56
Finlândia 7,34
Dinamarca 7,20
Luxemburgo 4,06
Holanda 3,87
Suécia 3,84
Bélgica 3,63
França 2,90
Suíça 2,77
Reino Unido 2,40
Alemanha 2,25
Espanha 1,81
Itália 1,22
Portugal -1,50
Irlanda -2,37
A Euronext Lisbon, depois de um arranque de ano fulgurante, perdeu gás em Fevereiro, tendo, a par da Irlanda, sido a única praça europeia que perdeu valor em Fevereiro. A Brisa e a PT foram determinantes para a queda de 659 milhões de euros na capitalização bolsista das empresas do índice.
O PSI-20 [PSI-20], o principal índice da bolsa nacional, interrompeu em Fevereiro uma série de cinco meses consecutivos a acumular valor.
No mês que hoje termina, e em contra ciclo com as principais bolsas na Europa, o índice sofreu uma queda de 1,5%, contrariando o entusiasmo de Janeiro em que o PSI-20 valorizou mais de 5%. Nos últimos cinco meses, a bolsa nacional avançou 13%.
No resto da Europa, as principais bolsas que começaram o ano com pouca energia, terminaram Fevereiro com ganhos, em média, de 4%. Entre os 18 índices da Europa Ocidental, o ATX de Atenas foi o que mais valorizou, com um ganho superior a 9%.
A subida nos preços dos combustíveis e a apreciação do euro não travaram a tendência de subida generalizada, num mês em que as principias cotadas começaram a desvendar as contas relativas ao exercício de 2004. Outra excepção foi a Irlanda que hoje chegou a afundar mais de 6%, perante o recuo de 68% da farmacêutica Elan.
http://www.negocios.pt/default.asp?CpContentId=256307
Bolsas de Portugal e Irlanda foram as únicas a desvalorizar em Fevereiro
A Euronext Lisbon, depois de um arranque de ano fulgurante, perdeu gás em Fevereiro, tendo, a par da Irlanda, sido a única praça europeia que perdeu valor em Fevereiro. A Brisa e a PT foram determinantes para a queda de 659 milhões de euros na capitalização bolsista das empresas do índice.
--------------------------------------------------------------------------------
Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt
%
Grécia 9,10
Áustria 8,41
Noruega 7,56
Finlândia 7,34
Dinamarca 7,20
Luxemburgo 4,06
Holanda 3,87
Suécia 3,84
Bélgica 3,63
França 2,90
Suíça 2,77
Reino Unido 2,40
Alemanha 2,25
Espanha 1,81
Itália 1,22
Portugal -1,50
Irlanda -2,37
A Euronext Lisbon, depois de um arranque de ano fulgurante, perdeu gás em Fevereiro, tendo, a par da Irlanda, sido a única praça europeia que perdeu valor em Fevereiro. A Brisa e a PT foram determinantes para a queda de 659 milhões de euros na capitalização bolsista das empresas do índice.
O PSI-20 [PSI-20], o principal índice da bolsa nacional, interrompeu em Fevereiro uma série de cinco meses consecutivos a acumular valor.
No mês que hoje termina, e em contra ciclo com as principais bolsas na Europa, o índice sofreu uma queda de 1,5%, contrariando o entusiasmo de Janeiro em que o PSI-20 valorizou mais de 5%. Nos últimos cinco meses, a bolsa nacional avançou 13%.
No resto da Europa, as principais bolsas que começaram o ano com pouca energia, terminaram Fevereiro com ganhos, em média, de 4%. Entre os 18 índices da Europa Ocidental, o ATX de Atenas foi o que mais valorizou, com um ganho superior a 9%.
A subida nos preços dos combustíveis e a apreciação do euro não travaram a tendência de subida generalizada, num mês em que as principias cotadas começaram a desvendar as contas relativas ao exercício de 2004. Outra excepção foi a Irlanda que hoje chegou a afundar mais de 6%, perante o recuo de 68% da farmacêutica Elan.
http://www.negocios.pt/default.asp?CpContentId=256307
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Wall Street fecha no vermelho
DE
Os mercados norte-americanos terminaram hoje o dia em terreno negativo, penalizados pelo sector automóvel e por alguns papéis da indústria farmacêutica.
Deste modo, o Nasdaq Composite fechou a perder 0,66% para 2.051,72 pontos, depois de ter fechado na sexta-feira a progredir 0,67% para 2.065,39 pontos.
O Dow Jones Industrial Average caiu 0,7% para 10.766,23 pontos, após ter encerrado a valorizar 0,86% para 10.841,6 pontos, na sessão anterior.
Os sectores automóvel e farmacêutico foram os principais responsáveis pela descida de Wall Street.
O Bank of America recomendou hoje a venda das acções da General Motors e da Ford, atirando boa parte do sector automóvel para o vermelho.
No sector farmacêutico, as quedas foram lideradas pela Biogen, que perdeu quase metade do seu valor num só dia, após ter anunciado a suspensão do medicamento Tysabri, depois de um paciente ter morrido de uma doença que lhe afectou o sistema nervoso central.
A subida dos preços do petróleo, para mais de 52 dólares por barril, foi outro factor que penalizou os mercados
DE
Os mercados norte-americanos terminaram hoje o dia em terreno negativo, penalizados pelo sector automóvel e por alguns papéis da indústria farmacêutica.
Deste modo, o Nasdaq Composite fechou a perder 0,66% para 2.051,72 pontos, depois de ter fechado na sexta-feira a progredir 0,67% para 2.065,39 pontos.
O Dow Jones Industrial Average caiu 0,7% para 10.766,23 pontos, após ter encerrado a valorizar 0,86% para 10.841,6 pontos, na sessão anterior.
Os sectores automóvel e farmacêutico foram os principais responsáveis pela descida de Wall Street.
O Bank of America recomendou hoje a venda das acções da General Motors e da Ford, atirando boa parte do sector automóvel para o vermelho.
No sector farmacêutico, as quedas foram lideradas pela Biogen, que perdeu quase metade do seu valor num só dia, após ter anunciado a suspensão do medicamento Tysabri, depois de um paciente ter morrido de uma doença que lhe afectou o sistema nervoso central.
A subida dos preços do petróleo, para mais de 52 dólares por barril, foi outro factor que penalizou os mercados
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Dólar fraco e petróleo caro penalizam eurolândia
A França e a Itália registaram défices comerciais em 2004, os piores resultados desde o início dos anos 90. Alemanha manteve superávit mas vendas ao exterior estão em abrandamento
Pedro Ribeiro
Os doze países da Zona Euro aumentaram o excedente da sua balança comercial em 2004. As importações aumentaram nove por cento face a 2003, um ponto acima das exportações, mas o saldo positivo no comércio da "eurolândia" com o resto do mundo subiu mesmo assim, de 69,7 mil milhões de euros em 2003 para 74,4 mil milhões de euros no ano passado.
Mais preocupante é o comportamento das economias-chave da Zona Euro. A Alemanha, grande responsável pelo excedente, aumentou o saldo positivo da sua balança comercial - mas, no mês de Dezembro, alcançou uma subida de apenas 1,3 por cento nas suas exportações em relação a Novembro, um valor considerado inesperadamente baixo para esta época do ano, e que pode ser um sintoma de abrandamento.
O outro grande "motor" europeu, a França, registou mesmo o primeiro saldo negativo na sua balança comercial desde 2000, e o pior resultado na diferença entre exportações e importações desde 1991. Também a Itália teve em 2004, pela primeira vez em 12 anos, um resultado negativo no seu comércio internacional.
Segundo números do Eurostat, o "arrefecimento" registou-se no segundo semestre do ano - um dado coerente com as estatísticas do PIB europeu, que também demonstram um crescimento mais moderado na segunda metade de 2004. As razões fundamentais deste abrandamento foram a influência do aumento dos preços do petróleo (com grande impacto nas importações), e a subida do euro face ao dólar (que encarece as exportações europeias).
Há uma discrepância importante quanto aos números para o comércio da Zona Euro e dos 25 países da União Europeia. Quando se considera os valores para toda a União, a balança comercial regista um défice - e esse défice aumentou, de 57,8 mil milhões de euros em 2003 para 60,9 mil milhões de euros em 2004. A razão fundamental da discrepância nos saldos da Europa a 12 ou a 25 é o peso do enorme défice comercial do Reino Unido: nos primeiros onze meses de 2004, os britânicos agravaram o seu défice para 87,9 mil milhões de euros, uma subida de sete por cento face ao ano anterior.
Aliás, a parte do leão do excedente da Zona Euro (58,3 mil milhões de euros) é com o Reino Unido, o maior cliente dos países da moeda única.
Energia negativa
Outros dois grandes parceiros comerciais da "eurolândia" (e da UE 25 também) são os Estados Unidos da América (segundo cliente e segundo fornecedor) e a China (quinto cliente e terceiro fornecedor), nações com quem se registaram em 2004 o reforço das tendências existentes.
Apesar da quebra do dólar, as importações vindas dos EUA diminuíram (entre os dez maiores parceiros comerciais da Zona Euro, este foi o único fluxo em que se verificou uma diminuição); as exportações europeias para a América aumentaram. Isso significa que o excedente da Zona Euro face aos EUA atingiu os 55,6 mil milhões de euros. Pelo contrário, um aumento de 24 por cento nas importações vindas da China significou que o saldo negativo da Zona Euro com esta nação asiática disparou de 35,8 mil milhões para 47,1 mil milhões de euros.
A Rússia passou a ser o quinto fornecedor dos Doze, atrás do Japão, fundamentalmente devido importação de produtos energéticos. É, de resto, a importação de energia que representa o maior défice da Zona Euro com o resto do mundo, e esse défice foi agravado pelo aumento nos custos petrolíferos - a Zona Euro aumentou em 14 por cento as suas compras de produtos energéticos nos primeiros onze meses de 2004, para um total de 149,1 mil milhões de euros.
Em contrapartida, é no capítulo de maquinaria e veículos que os Doze obtêm a principal fatia das suas exportações - e, neste item, a Zona Euro vendeu produtos no valor de 325 mil milhões de euros entre Janeiro e Novembro de 2004, uma subida de 7 por cento face ao período homólogo.
Portugal foi um dos países da União em que se registou um agravamento do défice comercial no ano passado. A subida nas exportações portuguesas não chegou para compensar um aumento acentuado nas importações, o que significa que o défice da balança comercial de Portugal é o terceiro mais elevado na Zona Euro em termos absolutos (a seguir à Espanha e à Grécia).
Apesar de a Zona Euro ter reforçado o seu excedente em 2004, as perspectivas para este ano não parecem muito sorridentes. Segundo a Reuters, o ministério das Finanças alemão alertou para a probabilidade de uma "estabilização" do nível das exportações da maior economia europeia, devido a um arrefecimento da procura mundial. Em Espanha, quase metade dos empresários cujas firmas têm actividades de exportação disse a um inquérito citado pela Associated Press não esperar qualquer crescimento nas suas vendas para o estrangeiro em 2005.
A França e a Itália registaram défices comerciais em 2004, os piores resultados desde o início dos anos 90. Alemanha manteve superávit mas vendas ao exterior estão em abrandamento
Pedro Ribeiro
Os doze países da Zona Euro aumentaram o excedente da sua balança comercial em 2004. As importações aumentaram nove por cento face a 2003, um ponto acima das exportações, mas o saldo positivo no comércio da "eurolândia" com o resto do mundo subiu mesmo assim, de 69,7 mil milhões de euros em 2003 para 74,4 mil milhões de euros no ano passado.
Mais preocupante é o comportamento das economias-chave da Zona Euro. A Alemanha, grande responsável pelo excedente, aumentou o saldo positivo da sua balança comercial - mas, no mês de Dezembro, alcançou uma subida de apenas 1,3 por cento nas suas exportações em relação a Novembro, um valor considerado inesperadamente baixo para esta época do ano, e que pode ser um sintoma de abrandamento.
O outro grande "motor" europeu, a França, registou mesmo o primeiro saldo negativo na sua balança comercial desde 2000, e o pior resultado na diferença entre exportações e importações desde 1991. Também a Itália teve em 2004, pela primeira vez em 12 anos, um resultado negativo no seu comércio internacional.
Segundo números do Eurostat, o "arrefecimento" registou-se no segundo semestre do ano - um dado coerente com as estatísticas do PIB europeu, que também demonstram um crescimento mais moderado na segunda metade de 2004. As razões fundamentais deste abrandamento foram a influência do aumento dos preços do petróleo (com grande impacto nas importações), e a subida do euro face ao dólar (que encarece as exportações europeias).
Há uma discrepância importante quanto aos números para o comércio da Zona Euro e dos 25 países da União Europeia. Quando se considera os valores para toda a União, a balança comercial regista um défice - e esse défice aumentou, de 57,8 mil milhões de euros em 2003 para 60,9 mil milhões de euros em 2004. A razão fundamental da discrepância nos saldos da Europa a 12 ou a 25 é o peso do enorme défice comercial do Reino Unido: nos primeiros onze meses de 2004, os britânicos agravaram o seu défice para 87,9 mil milhões de euros, uma subida de sete por cento face ao ano anterior.
Aliás, a parte do leão do excedente da Zona Euro (58,3 mil milhões de euros) é com o Reino Unido, o maior cliente dos países da moeda única.
Energia negativa
Outros dois grandes parceiros comerciais da "eurolândia" (e da UE 25 também) são os Estados Unidos da América (segundo cliente e segundo fornecedor) e a China (quinto cliente e terceiro fornecedor), nações com quem se registaram em 2004 o reforço das tendências existentes.
Apesar da quebra do dólar, as importações vindas dos EUA diminuíram (entre os dez maiores parceiros comerciais da Zona Euro, este foi o único fluxo em que se verificou uma diminuição); as exportações europeias para a América aumentaram. Isso significa que o excedente da Zona Euro face aos EUA atingiu os 55,6 mil milhões de euros. Pelo contrário, um aumento de 24 por cento nas importações vindas da China significou que o saldo negativo da Zona Euro com esta nação asiática disparou de 35,8 mil milhões para 47,1 mil milhões de euros.
A Rússia passou a ser o quinto fornecedor dos Doze, atrás do Japão, fundamentalmente devido importação de produtos energéticos. É, de resto, a importação de energia que representa o maior défice da Zona Euro com o resto do mundo, e esse défice foi agravado pelo aumento nos custos petrolíferos - a Zona Euro aumentou em 14 por cento as suas compras de produtos energéticos nos primeiros onze meses de 2004, para um total de 149,1 mil milhões de euros.
Em contrapartida, é no capítulo de maquinaria e veículos que os Doze obtêm a principal fatia das suas exportações - e, neste item, a Zona Euro vendeu produtos no valor de 325 mil milhões de euros entre Janeiro e Novembro de 2004, uma subida de 7 por cento face ao período homólogo.
Portugal foi um dos países da União em que se registou um agravamento do défice comercial no ano passado. A subida nas exportações portuguesas não chegou para compensar um aumento acentuado nas importações, o que significa que o défice da balança comercial de Portugal é o terceiro mais elevado na Zona Euro em termos absolutos (a seguir à Espanha e à Grécia).
Apesar de a Zona Euro ter reforçado o seu excedente em 2004, as perspectivas para este ano não parecem muito sorridentes. Segundo a Reuters, o ministério das Finanças alemão alertou para a probabilidade de uma "estabilização" do nível das exportações da maior economia europeia, devido a um arrefecimento da procura mundial. Em Espanha, quase metade dos empresários cujas firmas têm actividades de exportação disse a um inquérito citado pela Associated Press não esperar qualquer crescimento nas suas vendas para o estrangeiro em 2005.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
EUA
Nos Estados Unidos, o "Bureau of Economic Analysis" reviu em alta o crescimento do PIB relativo ao 4º trimestre de 2004, de 3,1 por cento para 3,8 por cento em termos anualizados (4 por cento no trimestre anterior), mantendo-se, no entanto, o crescimento anual inalterado em 4,4 por cento. Na base desta revisão estiveram alterações importantes ao nível das exportações, cujo registo aponta agora para uma subida real de 2,4 por cento, e não para uma quebra de 3,9 por cento sugerida pelos dados iniciais. A segunda alteração mais importante ficou a dever-se ao investimento das empresas em equipamento e software, que passou a apresentar um crescimento de 19 por cento, claramente superior aos 14,9 por cento reportados anteriormente. O crescimento do consumo privado foi revisto ligeiramente em baixa, para 4,2 por cento. No seu conjunto, estes dados descrevem uma economia a crescer acima do potencial, sugerindo ainda a manutenção de um ritmo de actividade forte na primeira metade de 2005.
Na passada sexta-feira foram conhecidos dados que diminuem o optimismo face à evolução da economia francesa. Por um lado, a taxa de desemprego ascendeu, em Janeiro, a 10 por cento da população activa, o valor mais alto dos últimos cinco anos. A esta taxa corresponde um total de 2 milhões 716 mil indivíduos. Esta degradação do emprego ocorre apesar das medidas tomadas pelo governo de Raffarin que visam reduzir a taxa de desemprego abaixo dos 9 por cento no final de 2005. Por outro lado, o índice de confiança dos empresários, já referente a Fevereiro, caiu de 105 para 104 pontos, assumindo o nível mais baixo dos últimos 8 meses, ilustrando uma degradação do sentimento empresarial, na sequência da persistência em alta da cotação do euro e da recente subida progressiva do preço do petróleo nos mercados internacionais. Também na Alemanha o índice de confiança empresarial Ifo se tinha deteriorado em Fevereiro, o mesmo tendo sucedido na Itália e na Bélgica.
República Checa
As moedas das três principais economias da Europa Central, a coroa da República Checa, o forint da Hungria e o zloty da Polónia, têm vindo a registar uma clara tendência de fortalecimento face ao euro, com as divisas checa e polaca revelado a maior apreciação no espaço de dois anos. Um forte sector exportador, não obstante este comportamento das moedas nacionais e o abrandamento da actividade internacional, e a grande capacidade de atracção de investimento directo estrangeiro têm constituído os factores fundamentais deste movimento. O aumento de confiança nestas economias e o sucesso que, em termos globais, têm conseguido obter em termos de inflação, tem permitido às autoridades monetárias e governamentais prosseguir uma política de convergência nominal com a Zona Euro, não obstante uma ligeira interrupção em meados de 2004 na República Checa e Polónia.
China
A inflação na China abrandou, tendo o índice de preços do consumidor desacelerado de 2,4 por cento para 1,9 por cento em termos homólogos, prosseguindo uma trajectória decrescente de um máximo de sete anos (de 5,3 por cento), atingido em Julho e Agosto. Para a desaceleração do crescimento dos preços contribuiu significativamente a moderação do crescimento dos preços dos bens de alimentação. Só este item do cabaz de preços do IPC cresceu 10,4 por cento em 2004, uma aceleração que representou cerca de 75 por cento do crescimento total dos preços. Também a moderação do crescimento da massa monetária (o M2 caiu de 14,6 por cento, em comparação com o mesmo período do ano transacto, em Dezembro, para 14,1 por cento em Janeiro) e do IPP (índice de preços no produtor), que caiu para 5,8 por cento em termos homólogos (7,1 por cento em Dezembro), foram factores importantes nesta evolução que, a manter-se, poderá sinalizar que as autoridades chinesas terão uma menor pressão para reavaliar a moeda, não obstante todas as pressões internacionais para o fazer.
Nos Estados Unidos, o "Bureau of Economic Analysis" reviu em alta o crescimento do PIB relativo ao 4º trimestre de 2004, de 3,1 por cento para 3,8 por cento em termos anualizados (4 por cento no trimestre anterior), mantendo-se, no entanto, o crescimento anual inalterado em 4,4 por cento. Na base desta revisão estiveram alterações importantes ao nível das exportações, cujo registo aponta agora para uma subida real de 2,4 por cento, e não para uma quebra de 3,9 por cento sugerida pelos dados iniciais. A segunda alteração mais importante ficou a dever-se ao investimento das empresas em equipamento e software, que passou a apresentar um crescimento de 19 por cento, claramente superior aos 14,9 por cento reportados anteriormente. O crescimento do consumo privado foi revisto ligeiramente em baixa, para 4,2 por cento. No seu conjunto, estes dados descrevem uma economia a crescer acima do potencial, sugerindo ainda a manutenção de um ritmo de actividade forte na primeira metade de 2005.
Na passada sexta-feira foram conhecidos dados que diminuem o optimismo face à evolução da economia francesa. Por um lado, a taxa de desemprego ascendeu, em Janeiro, a 10 por cento da população activa, o valor mais alto dos últimos cinco anos. A esta taxa corresponde um total de 2 milhões 716 mil indivíduos. Esta degradação do emprego ocorre apesar das medidas tomadas pelo governo de Raffarin que visam reduzir a taxa de desemprego abaixo dos 9 por cento no final de 2005. Por outro lado, o índice de confiança dos empresários, já referente a Fevereiro, caiu de 105 para 104 pontos, assumindo o nível mais baixo dos últimos 8 meses, ilustrando uma degradação do sentimento empresarial, na sequência da persistência em alta da cotação do euro e da recente subida progressiva do preço do petróleo nos mercados internacionais. Também na Alemanha o índice de confiança empresarial Ifo se tinha deteriorado em Fevereiro, o mesmo tendo sucedido na Itália e na Bélgica.
República Checa
As moedas das três principais economias da Europa Central, a coroa da República Checa, o forint da Hungria e o zloty da Polónia, têm vindo a registar uma clara tendência de fortalecimento face ao euro, com as divisas checa e polaca revelado a maior apreciação no espaço de dois anos. Um forte sector exportador, não obstante este comportamento das moedas nacionais e o abrandamento da actividade internacional, e a grande capacidade de atracção de investimento directo estrangeiro têm constituído os factores fundamentais deste movimento. O aumento de confiança nestas economias e o sucesso que, em termos globais, têm conseguido obter em termos de inflação, tem permitido às autoridades monetárias e governamentais prosseguir uma política de convergência nominal com a Zona Euro, não obstante uma ligeira interrupção em meados de 2004 na República Checa e Polónia.
China
A inflação na China abrandou, tendo o índice de preços do consumidor desacelerado de 2,4 por cento para 1,9 por cento em termos homólogos, prosseguindo uma trajectória decrescente de um máximo de sete anos (de 5,3 por cento), atingido em Julho e Agosto. Para a desaceleração do crescimento dos preços contribuiu significativamente a moderação do crescimento dos preços dos bens de alimentação. Só este item do cabaz de preços do IPC cresceu 10,4 por cento em 2004, uma aceleração que representou cerca de 75 por cento do crescimento total dos preços. Também a moderação do crescimento da massa monetária (o M2 caiu de 14,6 por cento, em comparação com o mesmo período do ano transacto, em Dezembro, para 14,1 por cento em Janeiro) e do IPP (índice de preços no produtor), que caiu para 5,8 por cento em termos homólogos (7,1 por cento em Dezembro), foram factores importantes nesta evolução que, a manter-se, poderá sinalizar que as autoridades chinesas terão uma menor pressão para reavaliar a moeda, não obstante todas as pressões internacionais para o fazer.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Avalanche de lucros em França em 2004
Os felizes portadores de acções vão receber, em média, mais 30 por cento em dividendos do que em 2003. "É o prémio grande para os accionistas, e os restos para os empregados", queixa-se a central Force Ouvrière
Ana Navarro Pedro, Paris
Há 15 anos que as grandes empresas francesas cotadas no CAC 40 (índice da Euronext de Paris que engloba as primeiras 40 companhias do país) não registavam lucros tão elevados como os registados em 2004: nove mil milhões de euros para a companhia petrolífera Total, cinco mil milhões no banco BNP-Paribas, 3,6 mil milhões na L"Oreal, 3 mil milhões no banco Société Générale... Os aumentos em relação ao ano transacto são também extraordinários: mais 143 por cento no caso da L"Oreal, 23 por cento no da Total, 24 por cento na BNP, 25,4 por cento na Société Générale.
Dia após dia, as empresas apresentam resultados fabulosos, e uma atrás da outra, anunciam que os lucros vão ser distribuídos aos accionistas. Os felizes portadores de acções vão receber, em média, mais 30 por cento em dividendos. Uma empresa como a Arcelor (siderurgia) que registou um aumento de 90 por cento dos seus lucros, oferece um dividendo acrescido de 62 por cento. Inevitavelmente, a polémica não tardou a rebentar.
Os sindicatos foram os primeiros a protestar: "É o prémio grande para os accionistas, e os restos para os empregados", protestou Jean-Claude Mailly, secretário-geral da central Force Ouvrière (FO). Jean-Christophe Le Duigou, economista da central sindical CGT, observa que "a explosão dos lucros e dos dividendos cria uma situação extremamente malsã e perigosa". Segundo este sindicalista, "os grupos que têm maiores lucros são também os que suprimem mais postos de trabalho". Uma manifestação nacional marcada para 10 de Março, em Paris, reclama assim o aumento dos salários. Os partidos da oposição de esquerda exigem também a organização de Estados Gerais sociais, para estudarem um aumento generalizado dos salários.
Partilha de resultados com trabalhadores é "desejável"
Esta situação provoca, com efeito, um mal-estar social tão importante, que o primeiro-ministro, Jean-Pierre Raffarin, um conservador liberal, interveio publicamente: "É desejável que as empresas partilhem os seus lucros também com os seus empregados". Mas para o prestigiado economista Elie Cohen, "a França não está em estado de se oferecer o luxo de um aumento geral dos salários". Para este investigador do Centro de Estudos da Vida Política Francesa (Cevipof), "no caso das empresas em concorrência com a Ásia, um aumento salarial geral teria por consequência uma degradação da competitividade".
Todavia, para outro economista, Jean Rochefort, "a questão do poder de compra impõe-se hoje em França, e a escolha do accionista em detrimento do empregado assume aspectos especiais neste país". Isto por causa da fraqueza dos pequenos accionistas em França. Quando, no ano passado, a Microsoft distribuiu um dividendo excepcional de 32 mil milhões de dólares, houve milhões de pequenos accionistas americanos que se sentiram mais ricos. Mas em França, quando as empresas distribuem lucros excepcionais, o dinheiro vai parar essencialmente aos fundos de pensões anglo-saxónicos (mais de metade do capital das empresas do CAC 40 está em mãos estrangeiras) ou às grandes instituições francesas, detentoras de uma grande parte do resto do capital.
O outro método de utilização dos lucros sugere também problemas para o futuro, pois trata-se da compra das próprias acções. Em cinco anos, as empresas do CAC 40 consagraram mais de 60 mil milhões de euros a esta operação. Estas compras são primeiro uma defesa contra Ofertas Públicas de Compra hostis. Mas elas destinam-se também a aumentar a cotação das acções. E antes de mais, significam que as direcções das empresas não parecem ser capazes de encontrar oportunidades de investimentos mais rentáveis do que esta mera operação de contabilidade.
Os felizes portadores de acções vão receber, em média, mais 30 por cento em dividendos do que em 2003. "É o prémio grande para os accionistas, e os restos para os empregados", queixa-se a central Force Ouvrière
Ana Navarro Pedro, Paris
Há 15 anos que as grandes empresas francesas cotadas no CAC 40 (índice da Euronext de Paris que engloba as primeiras 40 companhias do país) não registavam lucros tão elevados como os registados em 2004: nove mil milhões de euros para a companhia petrolífera Total, cinco mil milhões no banco BNP-Paribas, 3,6 mil milhões na L"Oreal, 3 mil milhões no banco Société Générale... Os aumentos em relação ao ano transacto são também extraordinários: mais 143 por cento no caso da L"Oreal, 23 por cento no da Total, 24 por cento na BNP, 25,4 por cento na Société Générale.
Dia após dia, as empresas apresentam resultados fabulosos, e uma atrás da outra, anunciam que os lucros vão ser distribuídos aos accionistas. Os felizes portadores de acções vão receber, em média, mais 30 por cento em dividendos. Uma empresa como a Arcelor (siderurgia) que registou um aumento de 90 por cento dos seus lucros, oferece um dividendo acrescido de 62 por cento. Inevitavelmente, a polémica não tardou a rebentar.
Os sindicatos foram os primeiros a protestar: "É o prémio grande para os accionistas, e os restos para os empregados", protestou Jean-Claude Mailly, secretário-geral da central Force Ouvrière (FO). Jean-Christophe Le Duigou, economista da central sindical CGT, observa que "a explosão dos lucros e dos dividendos cria uma situação extremamente malsã e perigosa". Segundo este sindicalista, "os grupos que têm maiores lucros são também os que suprimem mais postos de trabalho". Uma manifestação nacional marcada para 10 de Março, em Paris, reclama assim o aumento dos salários. Os partidos da oposição de esquerda exigem também a organização de Estados Gerais sociais, para estudarem um aumento generalizado dos salários.
Partilha de resultados com trabalhadores é "desejável"
Esta situação provoca, com efeito, um mal-estar social tão importante, que o primeiro-ministro, Jean-Pierre Raffarin, um conservador liberal, interveio publicamente: "É desejável que as empresas partilhem os seus lucros também com os seus empregados". Mas para o prestigiado economista Elie Cohen, "a França não está em estado de se oferecer o luxo de um aumento geral dos salários". Para este investigador do Centro de Estudos da Vida Política Francesa (Cevipof), "no caso das empresas em concorrência com a Ásia, um aumento salarial geral teria por consequência uma degradação da competitividade".
Todavia, para outro economista, Jean Rochefort, "a questão do poder de compra impõe-se hoje em França, e a escolha do accionista em detrimento do empregado assume aspectos especiais neste país". Isto por causa da fraqueza dos pequenos accionistas em França. Quando, no ano passado, a Microsoft distribuiu um dividendo excepcional de 32 mil milhões de dólares, houve milhões de pequenos accionistas americanos que se sentiram mais ricos. Mas em França, quando as empresas distribuem lucros excepcionais, o dinheiro vai parar essencialmente aos fundos de pensões anglo-saxónicos (mais de metade do capital das empresas do CAC 40 está em mãos estrangeiras) ou às grandes instituições francesas, detentoras de uma grande parte do resto do capital.
O outro método de utilização dos lucros sugere também problemas para o futuro, pois trata-se da compra das próprias acções. Em cinco anos, as empresas do CAC 40 consagraram mais de 60 mil milhões de euros a esta operação. Estas compras são primeiro uma defesa contra Ofertas Públicas de Compra hostis. Mas elas destinam-se também a aumentar a cotação das acções. E antes de mais, significam que as direcções das empresas não parecem ser capazes de encontrar oportunidades de investimentos mais rentáveis do que esta mera operação de contabilidade.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Alertas: BCP
O Deutsche Bank subiu em 17,6 por cento o preço-alvo do Banco Comercial Português (BCP), mantendo a recomendação de "manter" sobre os títulos do maior banco privado português. O preço-alvo passou de 1,87 para 2,2 euros, o que está 4,3 por cento acima da cotação actual do banco.
Os analistas do BPI consideram "bons" os resultados anuais da Brisa, com a contribuição positiva do controlo de custos da concessionária de auto-estradas, mas salientam o menor crescimento do tráfego, que ficou aquém das expectativas. O lucro da Brisa cresceu 21 por cento para 183,6 milhões de euros no ano passado, face a 2003, beneficiando de resultados extraordinários e a manutenção do controlo de custos, mas prejudicado pelo fraco tráfego. O lucro ficou abaixo da média das estimativas dos analistas contactados pela agência Lusa, que incluíram o BPI. No entanto, os analistas do banco salientam como positivos "os custos operacionais sob controlo", "a distribuição de um dividendo de 27 cêntimos" e o "contributo positivo da brasileira CCR para os resultados" pela primeira vez.
ESFG
A agência internacional Fitch Ratings atribuiu ao Espírito Santo Financial Group (ESFG) a notação financeira de "A-" no longo prazo e "F2" no curto prazo, devido ao "sólido comportamento" das actividades bancária e seguradora em Portugal. A Fitch Ratings, além de destacar o sólido desempenho do grupo na área bancária e a rentabilidade das operações na actividade seguradora, refere que na avaliação do risco pesou também a existência de uma "estrutura pouco transparente". Segundo a Fitch, os capitais do grupo Espírito Santo mantêm-se a um nível adequado. O Banco Espírito Santo (BES), a principal subsidiária do Espírito Santo Financial Group, o terceiro maior em Portugal, foi classificado pela Fitch com uma notação de "A+" no longo prazo e "F1" no curto prazo, o que se deve aos consistentes e sustentados lucros.
Santander
O Santander Central Hispano, maior banco de Espanha, registou um prejuízo inesperado de 33 milhões de euros no quarto trimestre de 2004, devido ao impacto de custos extraordinários. No período homólogo do ano anterior, o Santander obteve um lucro de 681 milhões de euros. Os resultados do "gigante" espanhol foram afectados por custos extraordinários de 831 milhões de euros, destinados ao pagamento de reformas antecipadas e à aquisição do britânico Abbey National. Sem esse impacto extraordinário, o lucro teria crescido 17 por cento, informou a empresa. Os analistas contactados pela Bloomberg esperavam que o Santander apresentasse um lucro de 11 milhões de euros, pelo que os números saíram piores que o esperado.
O Deutsche Bank subiu em 17,6 por cento o preço-alvo do Banco Comercial Português (BCP), mantendo a recomendação de "manter" sobre os títulos do maior banco privado português. O preço-alvo passou de 1,87 para 2,2 euros, o que está 4,3 por cento acima da cotação actual do banco.
Os analistas do BPI consideram "bons" os resultados anuais da Brisa, com a contribuição positiva do controlo de custos da concessionária de auto-estradas, mas salientam o menor crescimento do tráfego, que ficou aquém das expectativas. O lucro da Brisa cresceu 21 por cento para 183,6 milhões de euros no ano passado, face a 2003, beneficiando de resultados extraordinários e a manutenção do controlo de custos, mas prejudicado pelo fraco tráfego. O lucro ficou abaixo da média das estimativas dos analistas contactados pela agência Lusa, que incluíram o BPI. No entanto, os analistas do banco salientam como positivos "os custos operacionais sob controlo", "a distribuição de um dividendo de 27 cêntimos" e o "contributo positivo da brasileira CCR para os resultados" pela primeira vez.
ESFG
A agência internacional Fitch Ratings atribuiu ao Espírito Santo Financial Group (ESFG) a notação financeira de "A-" no longo prazo e "F2" no curto prazo, devido ao "sólido comportamento" das actividades bancária e seguradora em Portugal. A Fitch Ratings, além de destacar o sólido desempenho do grupo na área bancária e a rentabilidade das operações na actividade seguradora, refere que na avaliação do risco pesou também a existência de uma "estrutura pouco transparente". Segundo a Fitch, os capitais do grupo Espírito Santo mantêm-se a um nível adequado. O Banco Espírito Santo (BES), a principal subsidiária do Espírito Santo Financial Group, o terceiro maior em Portugal, foi classificado pela Fitch com uma notação de "A+" no longo prazo e "F1" no curto prazo, o que se deve aos consistentes e sustentados lucros.
Santander
O Santander Central Hispano, maior banco de Espanha, registou um prejuízo inesperado de 33 milhões de euros no quarto trimestre de 2004, devido ao impacto de custos extraordinários. No período homólogo do ano anterior, o Santander obteve um lucro de 681 milhões de euros. Os resultados do "gigante" espanhol foram afectados por custos extraordinários de 831 milhões de euros, destinados ao pagamento de reformas antecipadas e à aquisição do britânico Abbey National. Sem esse impacto extraordinário, o lucro teria crescido 17 por cento, informou a empresa. Os analistas contactados pela Bloomberg esperavam que o Santander apresentasse um lucro de 11 milhões de euros, pelo que os números saíram piores que o esperado.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Retoma portuguesa em risco
Arquivo DN-Eduardo Tomé
alerta. Vítor Santos diz que somos demasiado dependentes
Para Portugal, os aumentos de preços do petróleo trazem seguramente más notícias. "Estas subidas penalizam economias como a nossa, onde 80% da energia é importada e onde o petróleo tem um grande peso na oferta de energia", afirma ao DN Vítor Santos, professor do ISEG e ex-secretário de Estado da Energia no segundo mandato de Cavaco Silva. Por outro lado, e porque os aumentos do petróleo também afectam outros países, "somos duplamente penalizados por sermos uma economia aberta e muito dependente da dinâmica dos nossos parceiros comerciais". Apesar de entender que este aumento "provavelmente é conjuntural e está relacionado com a descida das temperaturas", Vítor Santos diz que os preços "estão demasiado elevados e colocam-nos perto de um choque petrolífero". Nestas circunstâncias, acrescenta, "talvez valha a pena pensar em recorrer a energias renováveis, que precisam de ser subsidiadas mas neste momento quase são comportáveis".
Arquivo DN-Eduardo Tomé
alerta. Vítor Santos diz que somos demasiado dependentes
Para Portugal, os aumentos de preços do petróleo trazem seguramente más notícias. "Estas subidas penalizam economias como a nossa, onde 80% da energia é importada e onde o petróleo tem um grande peso na oferta de energia", afirma ao DN Vítor Santos, professor do ISEG e ex-secretário de Estado da Energia no segundo mandato de Cavaco Silva. Por outro lado, e porque os aumentos do petróleo também afectam outros países, "somos duplamente penalizados por sermos uma economia aberta e muito dependente da dinâmica dos nossos parceiros comerciais". Apesar de entender que este aumento "provavelmente é conjuntural e está relacionado com a descida das temperaturas", Vítor Santos diz que os preços "estão demasiado elevados e colocam-nos perto de um choque petrolífero". Nestas circunstâncias, acrescenta, "talvez valha a pena pensar em recorrer a energias renováveis, que precisam de ser subsidiadas mas neste momento quase são comportáveis".
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
comentário cambial
Euro ao máximo em 6 semanas
O euro subiu ontem para 1,3259 dólares, o valor mais alto das últimas seis semanas, depois de conhecidos alguns dados desapontantes sobre a economia dos Estados Unidos - o rendimento das famílias norte- -americanas caiu 2,3% em Janeiro, o consumo dos privados estagnou e as vendas de novas habitações sofreram uma descida de 9,2%. "Os números são bastante animadores e arrefeceram a pressão para uma nova subida das taxas de juro dos EUA, já no início de Março", consideram os economistas. O agravamento dos preços do petróleo está também a 'minar' as perspectivas económicas dos Estados Unidos, o maior consumidor mundial de crude. A moeda única deverá, assim, manter-se a níveis elevados, entre 1,31 e 1,33 dólares, apesar de as indicações da economia europeia não serem também nada encorajantes. Ainda ontem, a Comissão Europeia revelou que o clima económico da zona euro deteriorou-se em Fevereiro, pelo segundo mês consecutivo. E agravar-se-á mais com o euro a níveis tão elevados.
Euro ao máximo em 6 semanas
O euro subiu ontem para 1,3259 dólares, o valor mais alto das últimas seis semanas, depois de conhecidos alguns dados desapontantes sobre a economia dos Estados Unidos - o rendimento das famílias norte- -americanas caiu 2,3% em Janeiro, o consumo dos privados estagnou e as vendas de novas habitações sofreram uma descida de 9,2%. "Os números são bastante animadores e arrefeceram a pressão para uma nova subida das taxas de juro dos EUA, já no início de Março", consideram os economistas. O agravamento dos preços do petróleo está também a 'minar' as perspectivas económicas dos Estados Unidos, o maior consumidor mundial de crude. A moeda única deverá, assim, manter-se a níveis elevados, entre 1,31 e 1,33 dólares, apesar de as indicações da economia europeia não serem também nada encorajantes. Ainda ontem, a Comissão Europeia revelou que o clima económico da zona euro deteriorou-se em Fevereiro, pelo segundo mês consecutivo. E agravar-se-á mais com o euro a níveis tão elevados.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Preço do petróleo está 58% acima do ano passado
Frio na Europa e nos EUA puxam crude para valores perto dos máximos de 2004
hugo bordeira
A vaga de frio que atravessa os dois lados do Atlântico está a puxar os preços do petróleo para cima, lançando novamente a incerteza nos mercados quanto à sustentabilidade da retoma das economias europeia e norte-americana. Ontem, o barril de petróleo em Nova Iorque estava a ser vendido a 52 dólares, ao passo que em, Londres, o brent (qualidade de referência para o mercado português) transaccionava perto dos 50 dólares - o valor mais elevado desde Outubro e que representa uma subida de 58% face ao mesmo período de 2004.
Apesar de os preços estarem claramente acima das projecções da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) realizadas no início do ano, e que apontavam para o barril de crude entre os 35 e os 40 dólares, o cartel não dá sinais de poder aumentar a produção para diminuir os preços, na reunião de 16 de Março no Irão.
"Penso seguir as opiniões dos meus colegas do Irão, Qatar, Venezuela e Indonésia, Arábia Saudita, Líbia e Argélia, quase todos favoráveis à manutenção dos actuais tectos de produção", declarou ontem à Reuters o presidente em exercício da OPEP e ministro do petróleo do Kuwait.
O ministro do Qatar com a pasta do petróleo vai mais longe e, em declarações à Bloomberg, admite até um corte na produção "para evitar a acumulação de reservas". Este responsável considera que "o crescimento dos Estados Unidos e no Reino Unido não foi afectado até agora", apesar de reconhecer que a situação "exige cuidado".
Estas posições estão em linha com afirmações anteriores do ministro da energia da Arábia Saudita, que na sexta-feira dizia que "o barril entre os 40 e 50 dólares parece ser um intervalo sustentável". Quem não gostou destas declarações foram os países consumidores, que alertaram para o impacto negativo de novos aumentos dos custos energéticos. "Não tenho nenhum preço-alvo para o crude, mas decididamente acho que acima dos 50 dólares é demasiado elevado", dizia ontem o director-executivo da Agência Internacional de Energia, Claude Mandil.
Frio na Europa e nos EUA puxam crude para valores perto dos máximos de 2004
hugo bordeira
A vaga de frio que atravessa os dois lados do Atlântico está a puxar os preços do petróleo para cima, lançando novamente a incerteza nos mercados quanto à sustentabilidade da retoma das economias europeia e norte-americana. Ontem, o barril de petróleo em Nova Iorque estava a ser vendido a 52 dólares, ao passo que em, Londres, o brent (qualidade de referência para o mercado português) transaccionava perto dos 50 dólares - o valor mais elevado desde Outubro e que representa uma subida de 58% face ao mesmo período de 2004.
Apesar de os preços estarem claramente acima das projecções da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) realizadas no início do ano, e que apontavam para o barril de crude entre os 35 e os 40 dólares, o cartel não dá sinais de poder aumentar a produção para diminuir os preços, na reunião de 16 de Março no Irão.
"Penso seguir as opiniões dos meus colegas do Irão, Qatar, Venezuela e Indonésia, Arábia Saudita, Líbia e Argélia, quase todos favoráveis à manutenção dos actuais tectos de produção", declarou ontem à Reuters o presidente em exercício da OPEP e ministro do petróleo do Kuwait.
O ministro do Qatar com a pasta do petróleo vai mais longe e, em declarações à Bloomberg, admite até um corte na produção "para evitar a acumulação de reservas". Este responsável considera que "o crescimento dos Estados Unidos e no Reino Unido não foi afectado até agora", apesar de reconhecer que a situação "exige cuidado".
Estas posições estão em linha com afirmações anteriores do ministro da energia da Arábia Saudita, que na sexta-feira dizia que "o barril entre os 40 e 50 dólares parece ser um intervalo sustentável". Quem não gostou destas declarações foram os países consumidores, que alertaram para o impacto negativo de novos aumentos dos custos energéticos. "Não tenho nenhum preço-alvo para o crude, mas decididamente acho que acima dos 50 dólares é demasiado elevado", dizia ontem o director-executivo da Agência Internacional de Energia, Claude Mandil.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
telecomunicações Telefónica é maior accionista da PT
A operadora espanhola Telefónica controla 9,58% do capital da PT, superando o BES (controlava 9,22% no final de 2004) como maior accionista privado do grupo devido ao programa de recompra de acções próprias da PT. A Telefónica investiu, em 2004, 475,14 milhões na compra de 52 820 862 títulos.
A operadora espanhola Telefónica controla 9,58% do capital da PT, superando o BES (controlava 9,22% no final de 2004) como maior accionista privado do grupo devido ao programa de recompra de acções próprias da PT. A Telefónica investiu, em 2004, 475,14 milhões na compra de 52 820 862 títulos.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
privatização Cofina escolhida para a Portucel Tejo
O júri da privatização da Portucel Tejo vai propor ao Governo a venda da empresa à Cofina, único concorrente, pelo valor mínimo, de 37,9 milhões de euros, revelou à Lusa o presidente da comissão de avaliação de propostas, Mário Baptista. A proposta tem de seguir para o governo num prazo de 10 dias.
O júri da privatização da Portucel Tejo vai propor ao Governo a venda da empresa à Cofina, único concorrente, pelo valor mínimo, de 37,9 milhões de euros, revelou à Lusa o presidente da comissão de avaliação de propostas, Mário Baptista. A proposta tem de seguir para o governo num prazo de 10 dias.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
sector papeleiro Lucros da Gescartão caem 41% em 2004
A Gescartão anunciou resultados líquidos de 10,6 milhões de euros em 2004, o valor mais baixo dos últimos três anos e que representa uma queda de 41% face a 2003. As vendas situaram-se nos 175,7 milhões de euros, um acréscimo de 3,3 milhões face ao ano anterior e que traduzem uma subida de 2,2%. A papeleira apresentou um EBITDA (ganhos antes de impostos, provisões e amortização) de 38 milhões, menos 18% em relação a 2003 e que a empresa explica com "a queda do preço do papel kraft, que em Março alcançou valores mínimos (381 euros por tonelada)". Adiantou ainda que o investimento líquido de 32,8 milhões de euros foi canalizado para a Portucel Viana (7,7 milhões), Sulpag (8,1 milhões) e Portucel Viana Energia (12,9 milhões).
A Gescartão anunciou resultados líquidos de 10,6 milhões de euros em 2004, o valor mais baixo dos últimos três anos e que representa uma queda de 41% face a 2003. As vendas situaram-se nos 175,7 milhões de euros, um acréscimo de 3,3 milhões face ao ano anterior e que traduzem uma subida de 2,2%. A papeleira apresentou um EBITDA (ganhos antes de impostos, provisões e amortização) de 38 milhões, menos 18% em relação a 2003 e que a empresa explica com "a queda do preço do papel kraft, que em Março alcançou valores mínimos (381 euros por tonelada)". Adiantou ainda que o investimento líquido de 32,8 milhões de euros foi canalizado para a Portucel Viana (7,7 milhões), Sulpag (8,1 milhões) e Portucel Viana Energia (12,9 milhões).
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Sonaecom aumenta investimento e relança Optimus, Clix e Novis
cátia almeida
A Sonaecom vai aumentar os seus investimentos este ano em 10%, sendo especialmente canalizados para a área do UMTS. O marketing será também reforçado, através do relançamento das três marcas de telecomunicações (Optimus, Novis e Clix).
Um ano após obter resultados líquidos positivos, em 2004, a Sonaecom vai reposicionar a Optimus e integrar debaixo da mesma empresa a Novis e o Clix. Contudo, as duas marcas irão manter-se e serão focadas em segmentos diferentes.
Ainda no primeiro semestre do ano, "a Novis será relançada e focada no segmento empresarial, enquanto o Clix será a marca de voz e dados no segmento residencial", afirmou Luís Reis, administrador executivo da Sonaecom, na conferência de apresentação de resultados.
Outro dos projectos da empresa para 2005, mais propriamente para o segundo semestre, é o lançamento do triple play, um serviço que integra voz, dados e televisão.
Em cima da mesa dos planos futuros da empresa, está ainda o interesse em "aprofundar a parceria com a France Telecom", que poderá passar, entre outras iniciativas, pela entrada do operador francês no capital da Sonaecom.
Este ano será igualmente marcado pela reintrodução no mercado, a partir de hoje, do Optimus Home, um produto que se encontrava suspenso de comercialização desde 26 de Novembro, por deliberação da Anacom.
resultados. A Sonaecom registou, pela primeira vez, resultados líquidos positivos, que se fixaram nos 39 milhões de euros. Em 2003, a empresa tinha registado um prejuízo de 20 milhões de euros.
O volume de negócios cresceu 5%, atingindo 880 milhões de euros, enquanto o EBITDA aumentou 38%, somando 201 milhões. A Sonaecom realça que todas as empresas do grupo, à excepção da Novis, apresentaram um EBITDA positivo.
Ao nível da dívida líquida verificou-se uma quebra para 275 milhões de euros, menos 18%.
cátia almeida
A Sonaecom vai aumentar os seus investimentos este ano em 10%, sendo especialmente canalizados para a área do UMTS. O marketing será também reforçado, através do relançamento das três marcas de telecomunicações (Optimus, Novis e Clix).
Um ano após obter resultados líquidos positivos, em 2004, a Sonaecom vai reposicionar a Optimus e integrar debaixo da mesma empresa a Novis e o Clix. Contudo, as duas marcas irão manter-se e serão focadas em segmentos diferentes.
Ainda no primeiro semestre do ano, "a Novis será relançada e focada no segmento empresarial, enquanto o Clix será a marca de voz e dados no segmento residencial", afirmou Luís Reis, administrador executivo da Sonaecom, na conferência de apresentação de resultados.
Outro dos projectos da empresa para 2005, mais propriamente para o segundo semestre, é o lançamento do triple play, um serviço que integra voz, dados e televisão.
Em cima da mesa dos planos futuros da empresa, está ainda o interesse em "aprofundar a parceria com a France Telecom", que poderá passar, entre outras iniciativas, pela entrada do operador francês no capital da Sonaecom.
Este ano será igualmente marcado pela reintrodução no mercado, a partir de hoje, do Optimus Home, um produto que se encontrava suspenso de comercialização desde 26 de Novembro, por deliberação da Anacom.
resultados. A Sonaecom registou, pela primeira vez, resultados líquidos positivos, que se fixaram nos 39 milhões de euros. Em 2003, a empresa tinha registado um prejuízo de 20 milhões de euros.
O volume de negócios cresceu 5%, atingindo 880 milhões de euros, enquanto o EBITDA aumentou 38%, somando 201 milhões. A Sonaecom realça que todas as empresas do grupo, à excepção da Novis, apresentaram um EBITDA positivo.
Ao nível da dívida líquida verificou-se uma quebra para 275 milhões de euros, menos 18%.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Problema financeiro da Segurança Social está a agravar-se
eva cabral Arquivo DN-Paulo Spranger
preocupação. Tribunal de Contas refere que receitas subiram 7,1 %, enquanto as despesas cresceram 9,7 %
O saldo corrente da Segurança Social registou, nos primeiros nove meses de 2004, uma quebra de 45,6%. Uma descida preocupante que levou o Tribunal de Contas a deixar alguns sérios alertas. "A tendência aqui expressa configura a possibilidade de, mais rapidamente do que o previsto, existirem dificuldades orçamentais neste subsector", diz o Tribunal.
Ou seja, se nada for feito, com a crise económica a levar a um agravamento das despesas com subsídios de desemprego e reforma, a Segurança Social vai enfrentar dificuldades financeiras.
O saldo das diferenças entre receitas e despesas da Segurança Social foi de 290,3 milhões de euros, quando nos primeiros nove meses do ano passado era de 533,8 milhões de euros.
Este valor representa "uma contracção significativa de 45,6% que, em termos absolutos, significa uma diminuição de, aproximadamente, 243,5 milhões de euros", refere o tribunal de Contas, naquele que é o segundo relatório de acompanhamento da execução orçamental da Segurança Social.
No primeiro relatório, aprovado a 25 de Novembro de 2004, os auditores referiam que a Segurança Social registou um saldo de 392,5 milhões de euros no primeiro semestre de 2004, o que representa uma quebra de 124,8 milhões de euros face ao mesmo período de 2003.
Sublinham agora que o valor obtido "é resultado do crescimento mais moderado das receitas, de 7,1%, enquanto as despesas apresentam um agravamento de 9,7%".
O montante de receita arrecadado pelo subsector Segurança Social ascendeu a cerca de 14 227,7 milhões de euros, o que traduz um grau de execução de, relativamente ao orçamentado para este ano, de 62,3%.
As contribuições para a Segurança Social, que representam 54,3% do total das receitas cobradas, atingiram cerca de 7729,0 milhões de euros, o que corresponde a uma taxa de execução do orçamento de 70,8%.
Do lado da despesa, verificou-se um grau de execução de 60% significando que, de um total orçamentado na ordem dos 22 725,8 milhões de euros, foram efectivamente gastos 13 637,2 milhões de euros.
Os saldos globais de execução orçamental apresentam ao longo dos últimos três anos, "um sucessivo e acentuado declínio", passando de 689,1 milhões de euros, em Setembro de 2002, para 533,8 milhões de euros, no período homólogo de 2003, fixando-se, no final de Setembro de 2004, em cerca de 290,3 milhões de euros.
Esta queda do saldo da Segurança Social é o reverso da medalha da situação de crise económica vivida nos últimos anos, designadamente desde 2001, que levou ao aumento das despesas com diversos subsídios, designadamente de desemprego (ver caixa) e de reforma.
Durante a campanha eleitoral José Sócrates admitiu a necessidade de se voltar a estudar a situação da Segurança social. Em cima da mesa está a hipótese de se ter de aumentar a idade da reforma.
eva cabral Arquivo DN-Paulo Spranger
preocupação. Tribunal de Contas refere que receitas subiram 7,1 %, enquanto as despesas cresceram 9,7 %
O saldo corrente da Segurança Social registou, nos primeiros nove meses de 2004, uma quebra de 45,6%. Uma descida preocupante que levou o Tribunal de Contas a deixar alguns sérios alertas. "A tendência aqui expressa configura a possibilidade de, mais rapidamente do que o previsto, existirem dificuldades orçamentais neste subsector", diz o Tribunal.
Ou seja, se nada for feito, com a crise económica a levar a um agravamento das despesas com subsídios de desemprego e reforma, a Segurança Social vai enfrentar dificuldades financeiras.
O saldo das diferenças entre receitas e despesas da Segurança Social foi de 290,3 milhões de euros, quando nos primeiros nove meses do ano passado era de 533,8 milhões de euros.
Este valor representa "uma contracção significativa de 45,6% que, em termos absolutos, significa uma diminuição de, aproximadamente, 243,5 milhões de euros", refere o tribunal de Contas, naquele que é o segundo relatório de acompanhamento da execução orçamental da Segurança Social.
No primeiro relatório, aprovado a 25 de Novembro de 2004, os auditores referiam que a Segurança Social registou um saldo de 392,5 milhões de euros no primeiro semestre de 2004, o que representa uma quebra de 124,8 milhões de euros face ao mesmo período de 2003.
Sublinham agora que o valor obtido "é resultado do crescimento mais moderado das receitas, de 7,1%, enquanto as despesas apresentam um agravamento de 9,7%".
O montante de receita arrecadado pelo subsector Segurança Social ascendeu a cerca de 14 227,7 milhões de euros, o que traduz um grau de execução de, relativamente ao orçamentado para este ano, de 62,3%.
As contribuições para a Segurança Social, que representam 54,3% do total das receitas cobradas, atingiram cerca de 7729,0 milhões de euros, o que corresponde a uma taxa de execução do orçamento de 70,8%.
Do lado da despesa, verificou-se um grau de execução de 60% significando que, de um total orçamentado na ordem dos 22 725,8 milhões de euros, foram efectivamente gastos 13 637,2 milhões de euros.
Os saldos globais de execução orçamental apresentam ao longo dos últimos três anos, "um sucessivo e acentuado declínio", passando de 689,1 milhões de euros, em Setembro de 2002, para 533,8 milhões de euros, no período homólogo de 2003, fixando-se, no final de Setembro de 2004, em cerca de 290,3 milhões de euros.
Esta queda do saldo da Segurança Social é o reverso da medalha da situação de crise económica vivida nos últimos anos, designadamente desde 2001, que levou ao aumento das despesas com diversos subsídios, designadamente de desemprego (ver caixa) e de reforma.
Durante a campanha eleitoral José Sócrates admitiu a necessidade de se voltar a estudar a situação da Segurança social. Em cima da mesa está a hipótese de se ter de aumentar a idade da reforma.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Santander Totta duplica resultados em quatro anos
p. c.
O Banco Santander Totta aumentou os lucros para 289 milhões de euros, mais 19,8%. O produto bancário cresceu 5,7%, com a margem de serviços a subir 10,7%, chegando aos 323,6 milhões de euros, enquanto as comissões líquidas atingiram 237,6 milhões de euros, um aumento de 15,4%. A margem financeira cresceu 3,1%, para 622,6 milhões de euros.
O grupo conseguiu uma melhoria de 2 pontos no seu rácio de eficiência, que em 2004 se situou nos 41,9%. Os custos de transformação subiram 1%.
Em conferência de imprensa, António Horta Osório salientou o facto de o Santander Totta ter atingido "o melhor resultado de sempre", duplicando em relação a 2000, ano da sua aquisição pelos espanhóis do Santander. Segundo o presidente do Santander Totta, um dos objectivos consiste em chegar a um rácio de cost-to-income de 40% em 2006.
Quanto a participações financeiras e às suas potenciais menos-valias, Horta Osório adiantou que o banco "não tem praticamente participações financeiras desde 2000". Em relação aos 5,3% detidos no BPI, o presidente do Santander Totta acrescenta tratar-se de um activo meramente financeiro, sem qualquer alteração desde 2003.
O crédito total cresceu 5,8%, chegando aos 23,3 mil milhões de euros, com os empréstimos à habitação a subirem 12,8% face ao ano anterior. Os recursos totais de clientes registaram um incremento de 4,9%, atingindo os 27,3 mil milhões de euros.
A rentabilidade dos capitais próprios passou de 18,9% em 2003, para 19,3% no ano passado.
No que respeita à banca de investimentos do grupo, o Banco Santander Negócios Portugal apresentou em 2004 um resultado bruto de exploração de 47,5 milhões, mais 4% que em 2003.
Depois de ter aberto 30 balcões em 2004, o grupo pretende aumentar em 2% a 3% a sua rede agências no corrente ano.
p. c.
O Banco Santander Totta aumentou os lucros para 289 milhões de euros, mais 19,8%. O produto bancário cresceu 5,7%, com a margem de serviços a subir 10,7%, chegando aos 323,6 milhões de euros, enquanto as comissões líquidas atingiram 237,6 milhões de euros, um aumento de 15,4%. A margem financeira cresceu 3,1%, para 622,6 milhões de euros.
O grupo conseguiu uma melhoria de 2 pontos no seu rácio de eficiência, que em 2004 se situou nos 41,9%. Os custos de transformação subiram 1%.
Em conferência de imprensa, António Horta Osório salientou o facto de o Santander Totta ter atingido "o melhor resultado de sempre", duplicando em relação a 2000, ano da sua aquisição pelos espanhóis do Santander. Segundo o presidente do Santander Totta, um dos objectivos consiste em chegar a um rácio de cost-to-income de 40% em 2006.
Quanto a participações financeiras e às suas potenciais menos-valias, Horta Osório adiantou que o banco "não tem praticamente participações financeiras desde 2000". Em relação aos 5,3% detidos no BPI, o presidente do Santander Totta acrescenta tratar-se de um activo meramente financeiro, sem qualquer alteração desde 2003.
O crédito total cresceu 5,8%, chegando aos 23,3 mil milhões de euros, com os empréstimos à habitação a subirem 12,8% face ao ano anterior. Os recursos totais de clientes registaram um incremento de 4,9%, atingindo os 27,3 mil milhões de euros.
A rentabilidade dos capitais próprios passou de 18,9% em 2003, para 19,3% no ano passado.
No que respeita à banca de investimentos do grupo, o Banco Santander Negócios Portugal apresentou em 2004 um resultado bruto de exploração de 47,5 milhões, mais 4% que em 2003.
Depois de ter aberto 30 balcões em 2004, o grupo pretende aumentar em 2% a 3% a sua rede agências no corrente ano.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Lucros da banca privada aumentam 16,5% em 2004
Lucros da banca privada aumentam 16,5% em 2004
paula cordeiro Arquivo DN
crescimento. O Totta registou a maior subida percentual nos lucros
A crise económica não parece ter chegado à banca. Os quatro maiores bancos privados portugueses viram os seus lucros aumentarem 16,5% no ano passado, de acordo com os seus próprios números. Mas se se atender aos resultados dos cinco maiores (incluindo Caixa Geral de Depósitos), os lucros totais caíram ligeiramente (menos 0,6%), influenciados pelo 'desaire' de 30% nos resultados do banco público. E o caso da CGD não resultou de uma quebra no produto bancário, mas de decisões do accionista com reflexos nas contas.
No total, os lucros dos cinco maiores bancos atingiram os 1,7 mil milhões de euros, com destaque para o crescimento registado pelo Santander Totta, de 19,8%. Todos os bancos privados apresentaram aumentos na casa dos dois dígitos, sendo o 'campeão', em números absolutos, o Millennium bcp, com 513 milhões de lucros.
Os cinco grandes, no entanto, pagaram menos 27% de impostos no que no ano anterior, muito por culpa da CGD que, devido aos resultados transitados negativos, paga apenas 22,4 milhões, contra 148,3 milhões em 2003. O imposto sobre lucros destes bancos foi de 227,3 milhões de euros, contra 311,7 milhões no ano anterior. O BCP paga 60 milhões de euros para o fisco, mais 59,6%.
O ano de 2004 trouxe igualmente um novo líder para a banca portuguesa. O BCP ultrapassou a CGD em vários indicadores, nomeadamente nos activos, a referência para o ranking 71,6 mil milhões de euros para o Millennium bcp, contra 70,2 mil milhões na Caixa (que sofreu uma queda de 5,2%).
No crédito concedido, os empréstimos atribuídos pelos cinco cresceram 5,4%, espelhando o comportamento de quase todas as instituições. O destaque vai para o Banco Espírito Santo (BES), com um aumento de 10,2% no seu crédito, o terceiro neste indicador.
Para um saldo total de 170 mil milhões de euros de empréstimos atribuídos, estes bancos possuem em carteira recursos de clientes que ascendem a 200 mil milhões de euros, uma subida de 5,7% face a 2003. Na captação de recursos, salienta-se a actuação do Banco Português de Investimento (BPI), com um crescimento de 8,1%.
paula cordeiro Arquivo DN
crescimento. O Totta registou a maior subida percentual nos lucros
A crise económica não parece ter chegado à banca. Os quatro maiores bancos privados portugueses viram os seus lucros aumentarem 16,5% no ano passado, de acordo com os seus próprios números. Mas se se atender aos resultados dos cinco maiores (incluindo Caixa Geral de Depósitos), os lucros totais caíram ligeiramente (menos 0,6%), influenciados pelo 'desaire' de 30% nos resultados do banco público. E o caso da CGD não resultou de uma quebra no produto bancário, mas de decisões do accionista com reflexos nas contas.
No total, os lucros dos cinco maiores bancos atingiram os 1,7 mil milhões de euros, com destaque para o crescimento registado pelo Santander Totta, de 19,8%. Todos os bancos privados apresentaram aumentos na casa dos dois dígitos, sendo o 'campeão', em números absolutos, o Millennium bcp, com 513 milhões de lucros.
Os cinco grandes, no entanto, pagaram menos 27% de impostos no que no ano anterior, muito por culpa da CGD que, devido aos resultados transitados negativos, paga apenas 22,4 milhões, contra 148,3 milhões em 2003. O imposto sobre lucros destes bancos foi de 227,3 milhões de euros, contra 311,7 milhões no ano anterior. O BCP paga 60 milhões de euros para o fisco, mais 59,6%.
O ano de 2004 trouxe igualmente um novo líder para a banca portuguesa. O BCP ultrapassou a CGD em vários indicadores, nomeadamente nos activos, a referência para o ranking 71,6 mil milhões de euros para o Millennium bcp, contra 70,2 mil milhões na Caixa (que sofreu uma queda de 5,2%).
No crédito concedido, os empréstimos atribuídos pelos cinco cresceram 5,4%, espelhando o comportamento de quase todas as instituições. O destaque vai para o Banco Espírito Santo (BES), com um aumento de 10,2% no seu crédito, o terceiro neste indicador.
Para um saldo total de 170 mil milhões de euros de empréstimos atribuídos, estes bancos possuem em carteira recursos de clientes que ascendem a 200 mil milhões de euros, uma subida de 5,7% face a 2003. Na captação de recursos, salienta-se a actuação do Banco Português de Investimento (BPI), com um crescimento de 8,1%.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
16 mensagens
|Página 1 de 1
Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: Bing [Bot] e 910 visitantes