Caldeirão da Bolsa

Off Topic - O Codigo Da Vinci

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

3 de Março... Nova Bomba...

por JAOliveira » 28/2/2005 19:45

Dia 3 de Março sai o novo livro polémico, Anjos e Demónios de Dan Brown, e o alvo continua a ser o Vaticano, aliás a história irá desenrolar-se grande parteno Vaticano... :lol: :lol: :lol:
Um abraço,
JAOliveira

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por tiopatinhas » 28/2/2005 19:41

A que horas?
tiopatinhas
 

por artista_ » 28/2/2005 18:17

Talvez o programa de hoje da RTP ajude a compreender melhor este "fenómeno"...

cps
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por marafado » 28/2/2005 16:28

Código Da Vinci
O fenómeno continua

Rita Ibérico Nogueira


Com Da Vinci foi o ‘best-seller’ de 2004. Virou mania, vendeu milhões, influenciou o turismo, chegou a Hollywood. Dan Brown é o pai do maior fenómeno literário dos últimos tempos. E a economia agradece. Será que com o segundo romance a saga se mantém?

Muita tinta fez correr o “Código Da Vinci”. Um livro que não é estrondosamente bem escrito, que literariamente deixa a desejar, que é previsível, que coloca em discussão uma polémica com centenas de anos, com um autor desconhecido. No entanto, teve fôlego para se tornar num fenómeno literário, rapidamente degenerando em fenómeno sociológico, agitar o mercado editorial, mexer com a economia.

Traduzido para mais de vinte idiomas em mais de quarenta países e com cerca de 18 milhões de cópias vendidas (das quais 10 milhões só nos EUA), o “Código Da Vinci” fez a fama e a fortuna escritor.

Hitchcock da actualidade, novo mestre do suspense, Dan Brown foi adoptado como guru por toda a geração que se limitou a beber todas as afirmações - ainda que imprecisas, de fonte duvidosa ou simplesmente ficcionadas - de “O Código”. O certo é que o escritor é, só por si, um fenómeno, uma marca, que continua a vender mesmo sem a ajuda de Leonardo Da Vinci.

Pelo menos assim será já a partir do dia 3 de Março, data em que a Bertrand lança em Portugal o seu segundo romance do escritor que conseguiu superar o fenómeno Harry Potter. “Anjos e Demónios” é o título de capa e a assinatura do autor, desta feita, surge em letras garrafais. Neste livro, que é anterior a “O Código Da Vinci”, a possibilidade da existência de uma linha sucessória de Jesus Cristo, a recuperação do sagrado feminino e da veneração da Deusa, dão lugar a nova aventura. No entanto, os ingredientes são os mesmos: acção desenfreada. A mesma técnica narrativa. O mesmo filão temático - mistério, religião, sociedades secretas, morte, teorias da conspiração. E o mesmo discurso feminista que posiciona Brown como autor eleito das mulheres. Até o herói é o mesmo. O professor de Harvard Robert Langdon está de volta às lides da simbologia, um ano antes da sua fatídica visita ao Louvre. E se o anterior romance conseguiu inquietar a igreja católica, “Anjos e Demónios” não será diferente.

Filão editorial
Se é verdade que “O Código Da Vinci” pôs o mundo a discutir, não é mentira considerar que o romance pôs os portugueses a ler. Foram mais de 370 mil exemplares vendidos, até agora, sendo que o livro de Dan Brown continua no Top dos cinco mais vendidos. Depois da explosão Da Vinci, o mercado editorial nacional tem vivido dias felizes. Pelos escaparates não faltam versões oportunistas da mesma temática. O Código, o contra-código, o pseudo-código, o dito ilustrado, descodificado, esventrado e deificado. Ao lado, tudo o que possa ser identificado com o livro vai vendendo, a reboque do fenómeno. Histórias de seitas, irmandades, sociedades secretas, mistérios insondáveis, relatos alegadamente verdadeiros sobre personagens bíblicas… Muitos chegam a vender com textos de capa como este de “A Regra dos Quatro”, da Presença: “Se gostou de “O Código Da Vinci”… mergulhe neste livro”.

Nunca um livro tinha gerado tantas publicações. Só por si, o “Código Da Vinci” teve mais de dez “filhos” editoriais. Basta visitar uma qualquer mega-livraria do mundo - seja a Casa del Libro na Gran Via, em Madrid, a FNAC de Saint-Lazare em Paris, ou a Barnes & Noble na Quinta Avenida, Nova Iorque - a conclusão é a mesma: Dan Brown veio para ficar. A Bertrand, que comprou os direitos de edição do escritor americano, esfrega as mãos de contente. E volta a apostar em Brown com o seu “Anjos e Demónios”.

Mas, a este livro coube a ingrata tarefa de ser “a sequela”, portanto, com menos impacte. Em Espanha, por exemplo, o acolhimento foi tímido. O romance, aquando do seu lançamento, apenas “ensombrou” o seu antecessor. O que pode ser um sinal de que a febre Dan Brown está a baixar. Ou talvez não.

Por cá, apesar de já não ter o efeito novidade de “O Código”, a Bertrand não espera vender menos de 50% do que o anterior. O que dá cerca de 180 mil exemplares.

Turismo Da Vinci
2004 passado em Paris, Edimburgo e Milão. 2005 no Vaticano, em Roma... e na Suíça? Só Dan Brown o poderá dizer. Porque se “O Código Da Vinci” marcou a actualidade turística do Verão passado, com verdadeiras invasões de gente à igreja de Santa Maria Delle Grazie, em Milão, para verem a “Última Ceia” de Leonardo Da Vinci, ao Museu do Louvre e à Igreja de Saint-Sulpice, em Paris, o que esperar para este Verão depois de “Anjos e Demónios”?
Se a febre se repetir, poderemos contar com novos programas Dan Brown nas agências de viagens ao estilo: “Vaticano sem mistérios”, “O percurso dos anjos e dos demónios” com passagem pelo Conseil Européen pour la Recherche Nucleaire, em Genebra... entre outros. Bem à semelhança do que aconteceu com o Louvre, que por 110 euros adicionais, abriu as portas dos seus armários para que os turistas americanos mais entusiastas de “O Código” conseguissem brincar aos detectives em busca de “esqueletos”.

A igreja de Saint-Sulpice nunca tinha sido tão procurada desde que esta nova bíblia de supermercado se ofereceu para esclarecer a verdade dissimulada por detrás das aparências: mais de 20 mil visitantes apenas durante o Verão de 2004.

Outras agências e particulares com visão, apostaram na organização de um circuito de uma semana pela Europa, pelos pontos por onde passou Robert Langdon: Londres, Paris, Rennes-Le-Château, Versalhes… Como Olivia Decker, americana da Califórnia e proprietária do Chateau de Villette, nos arredores de Paris, com grande destaque em “O Código”, que também lucrou com o romance de Brown ao alugar o castelo, por 50 mil dólares à semana, aos turistas interessados.

A Abadia de Westminster, em Londres, também passou a local de culto e a Capela medieval de Rosslyn, em Edimburgo, passou a constar no mapa turístico. De tal forma que o acesso a ela foi restrito, para a proteger das legiões de fãs. Só nos mês de Julho, foram mais de 9000 os visitantes.

E o impacte chegou também à Eurostar, grupo internacional que gere o comboio de alta-velocidade que liga França a Inglaterra, e que beneficiou com o “efeito Da Vinci”. Em 2004, o número de passageiros aumentou 15% em relação ao ano anterior, para 7,27 milhões de pessoas.

Na meca do cinema
E como Hollywood não perde tempo em adaptar histórias de sucesso ao grande ecrã, em breve “O Código Da Vinci” será também filme. O que significa que, quando Tom Hanks surgir na tela como Robert Langdon, pelas ruas de Paris, acompanhado da francesa Audrey Tatou (Amelie Poulain), que interpreta Sofie Neveu, o fenómeno tomará um novo fôlego. O filme, com a chancela da Columbia Pictures e realização de Ron Howard (“Uma Mente Brilhante”), e lançamento previsto para Maio de 2006, rendeu a Dan Brown a bonita soma de 6 milhões de dólares. E, quem sabe, não se abre assim a porta para que passemos a ter filmes anuais com uma nova saga vivida por Robert Langdon, qual Indiana Jones-Bond dos tempos modernos?
 
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por Visitante » 28/2/2005 15:42

MarcoAntonio Escreveu:

O que o Dan Brown diz, é isto, letra por letra:

«Todas as descrições de obras de arte, edifícios, documentos e rituais secretos que aparecem neste romance são exactas.»

in O Codigo Da Vinci, Dan Brown, Versão Portuguesa.

Para que não restem dúvidas, não se trata de um erro de tradução pois a versão em inglês reza assim, letra por letra:

«All descriptions of artwork, architecture, documents, and secret rituals in this novel are accurate.»

in The Da Vinci Code, Dan Brown, Versão Inglesa.



Concordo com parte daquilo que tem dito ao longo deste topico, sobre a falta de veracidade dos factos que o autor insinua como sendo reais.
Não concordo com o que diz acima de que ele afirma inequivocamente de que tudo está de acordo com a realidade.
Passo a tentar explicar: nos meus parcos conhecimentos de inglês a palavra accurate (tal como a palavra exacto em português) pode ser influenciada de maneira preponderante quando associada a uma percentagem. O autor não diz que os factos são 100% accurate... diz apenas que são accurate, omitindo o grau de exactidão e podendo sempre valer-se disso para explicar a falta de exactidão em certos pormenores. Convém não esquecer que o livro é publicado como ROMANCE!!
Esta é apenas a minha perspectiva.
De qualquer modo acho que o livro atingiu o seu objectivo ao fazer-nos questionar e fazer alguns, menos crentes, procurar os factos reais.
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Concordo

por GetSmarter » 28/2/2005 15:19

Não falei do Pêndulo de Foucault, q me veio desde logo à memória pq não gostei tatno dele como do Nome da Rosa. mas, a um nível enciclopédico, está lá tudo, para além dos templários todo o mundo do esoterismo
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por luiz22 » 28/2/2005 14:08

«Código Da Vinci» analisado à lupa esta noite na RTP1
 
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por MarcoAntonio » 28/2/2005 13:56

Já que estamos numa onda de Umberto Eco, que é um dos meus escritores preferidos, fica a sugestão do Balduino. Imperdível...
:wink:
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Acho que

por Dwer » 28/2/2005 13:52

seria melhor comparado com 'O Pêndulo de Foucault' também do Eco. O melhor livro sobre teorias da conspiração que já li.

Abraço,
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notas

por GetSmarter » 28/2/2005 13:45

Já na altura tinha saído no Expresso um artigo a expor as falsidades do livro
Mas para além disso acho q o livro é fraco e completamente previsível. O tema sim é interessante mas o resto é americanice para os "pobres de espírito". Nem se compara por exemplo com O nome da Rosa, vê-se logo a diferença de nível.
Mas é assim, tb com a poléimca à volta dele q se vai vendendo. A sério, já viram a cara de vendedor de banha da cobra do Dan Brown?
Sobre o poder do marketing lembro-me sempre da vez q vi a primeira apresentação da menina do playback, a Britney Spears. Já na altura a apresentavam como o grande sucesso quando ainda não era nada. o poder performativo da palavra. E o pessoal vai acreditando...
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PArece-me que tem toda a razão!

por Yah » 28/2/2005 9:59

De facto aquilo está um pouco mal inventado! Pelo menos nalguma parte das histórias!

Todavia não podemos considerar que porque certas descriç~eos não são 100% fidedignas... seja logo tudo uma fraude!

Um romance parte de uma história com facto reais e outros que são ficção, a distinção do sítio onde começam uns e acabam os outros essa é o mais difícil!

Mais trabalhosa é esta separação quando estamos perante um romance histórico (porque tocam em facto hiustóricos, mas a historia, já alguem dizia "é contada pelos vencedores" daí que tenha de se ficcionar parte.


O Codigo da vinci! A verdade é que é tudo menos um código que ali vemos!
E é certo que é uma copia das ideias daqueles dois livros que refere o Marco (...) mas por outro lado não analisar sequer como possível aquela história, é "atar" a mente!

Assim claro que tem de se filtrar o que lemos! Regra geral os romances são ficção! Mas o normal mesmo é terem elementos de ficção e elementos reais. Mais o a hablidade do romancista é criar um trama com estes dois elementos. E nisso sem dúvida que o autor comseguiu ser mestre!


Outra história é: viram aquele filme "Tesouro nacional" ou "National Treasure" que fala dos iluminati e naquela panasanhas todas?

Bem o certo é que na nota de um dolar está de facto uma pirâmide com o olho que vê tudo!

Conclusões, claro que não tiro, mas é certo que não está relacionado com o tesouro do filme! Todavia que aquele é um simbolo místico dos ilumina ti é, assim a questão é existirá alguma coisa por detrás?

Cprm,
Yah
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por luiz22 » 28/2/2005 9:09

«Código Da Vinci» analisado à lupa esta noite na RTP1

A RTP1 vai transmitir esta segunda-feira um documentário, seguido de um debate, subordinado à controvérsia lançada pelo livro «Código Da Vinci», o romance policial de Dan Brown.



A jornalista Márcia Rodrigues conduz esta edição especial, que começa às 22:45 horas, com a transmissão da reportagem de investigação «Jesus, Maria Madalena e Da Vinci», um trabalho que analisa questões controversas sobre as vidas de Jesus e Maria Madalena, à luz das obras do mestre italiano.
Logo a seguir, às 23:30 horas, Márcia Rodrigues lança o debate, na rubrica «Os Mistérios da Fé». Diversos especialistas sobre temas religiosos vão discutir a legitimidade dos argumentos apresentados e terão a oportunidade de revelar as suas posições em relação ao livro.

28-02-2005 7:33:06
 
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por Viana » 27/2/2005 22:59

Eu deixo aqui um exemplo. Recordo que o autor começa por afirmar que as descrições são exactas. Dedica uma página a tentar convencer os leitores disso...

O livro está pejado de uma ponta à outra de situações do género da que apresento aqui.[/quote]

Marco,

Relativamente a imagem que apresentaste é onde, quanto a mim, nao tens razao.

O autor na primeira (ultima ceia de Da Vinci) diz que o gesto parece estar a cortar a cabeça de Pedro (salvo erro) que esta a direita de Cristo, e a mim, como a muita gente, realmente PODE parecer isso. Nesa mesma imagem o autor afirma que ha uma mao a mais e efectivamente ha. Diz que Joao, a esquerda de Cristo, parece feminino e esta com as cores inversas a Cristo, sem duvida que parece. Fala do V a envocar o calice sagrado (utero divino) tambem aparece. Quanto a outra imagem que apresentas, tambem de Da Vinci, o autor diz que Sao Joao Baptista (salvo erro) esta a segurar a cabeça de um menino que nao existe com alguem a insuar cortar a cabça. Na imagem que apresetnas podemos muito bem imaginar o que ele descreve, ate pela forma como a mao se encontra em concha agarrar o menino.

O autor nao perde credibilidade nestas discricoes mas sim noutras, como por exemplo nas discriçoes sobre os habitos dos membros do Opus Dei.

Quanto a abordagem que faz relativamente as imagens, verdadeiras ou imaginaçao, estao bem conseguidas e crediveis (no entanto longe de se poder afirmar verdadeiras). Alias, para o autor nao foi dificil encontrar estas dissimulacoes ja que a mulher é catedratica em arte.

O proprio autor chama ao livro FICCAO e nada mais, peca um pouco por misturar nomes e factos verdadeiros com pura imaginaçao. Ex: filme da pequena sereia. (se a intencao da Disney foi a que descreve nao sei e poucos saberao mas que esta la a imagem esta.)

Quanto aos promenores da ultima ceia estao la, se a intençao de Leonardo Da Vinci foi essa ou nao, ninguem sabe pu poucos saberao. Mesmo que Da Vinci tenha pintado cenas dissimuladas e apesar de ser um visionario e um homem dotado de uma inteligencia extraordinaria, nao quer dizer que fosse detentor da verdade sobre o assunto.

Enfim...

O livro, que é ficcao, peca apenas por misturar situacaoes concretas com reais e exactas. Mas o problema e de quem o le é querer crer que é verdadeiro, ao contrario do que o proprio autor afirma.

Esta bem escrito. Com as cenas interligadas de uma forma fantastica levando o suspense as ultimas. Quem le nao consegue parar. MAs... Apenas ficcao.
Viana
 

por valves » 27/2/2005 21:48

Sim Marco Antonio o facto de ele estar a escrever uma ficção não lhe dá o direito de insinuar que o pano de fundo sobre o qual se move a dita ficção é verdadeiro quando não o é por outras palavras ele não se pode esconder atrás do tipo de livro que escreveu para insinuar junto do leitores factos falsos como passiveis de veracidade. não li o livro neste momento estou a ler um outro livro - Pau Brasil - CHRISTOPHE ROUEN - quando o acabar o proximo será seguramente esse ...


Um abraço

Vasco
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por MarcoAntonio » 27/2/2005 21:43

A título de curiosidade, convém referir que a tal investigação exaustiva limitou-se afinal a copiar dois ou três livros já existentes, principalmente estes dois:

:arrow: The Da Vinci Legacy;

:arrow: Holly Blood, Holly Graal;

Pelo que descobri, o Dan Brown chega a repetir erros que existem apenas nesses livros.

Não foi aos locais e muito provavelmente nem viu com os seus próprios olhos os quadros que descreve. Quanto à historia base é quase uma copia do primeiro livro que citei, quanto às teorias, são retiradas basicamente do segundo.
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por MarcoAntonio » 27/2/2005 21:40

Valves, a razão porque lancei o topico nada tem que ver com o que estás a discutir que são questões religiosas.

Na realidade neste livro existem dois nivéis de polémica:

:arrow: A indignação dos crentes (semelhante à que ocorreu com a «A Ultima Tentação de Cristo» de Scorcese ou «O Evangelho segundo Jesus Cristo» de Saramago;

:arrow: A indignação dos peritos de arte, historiadores e cientistas. Esta deve-se à forma como Dan Brown se apresenta, afirma ter feito uma investigação exaustiva (em entrevistas, documentarios, no seu site e em diversas aparições publicas) e no livro afirma numa pagina para o efeito que as descrições (de edificios, obras de arte, documentos, etc) são exactas.

Ora isto é uma deliberada e magistral mentira para empolar o sucesso do livro e não tem colocado os cabelos em pé a todos os quantos têm um minimo de informação ou vão verificar a autenticidade das ditas descrições exactas.
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por valves » 27/2/2005 21:32

Atenção a uma coisa importante uma é o cristo historico onde tudo o que sabemos ou julgamos saber sobre a sua vida tem as suas fontes no novo testamento outro é o cristo que os cristãos acreditam estar presente na sua vida. Pelo que essa discussão detalhes da vida de cristo não são nucleares para a crença cristã assente muito mais na forma como cristo se entregou á morte e depois ressuscitou para dar vida as comunidades cristãs e é nesse cristo que os cristãos baseam a sua fé ... e que depois celebram todos os domingos de uma forma especial


PS : não vou entrar em polemicas nem em guerras sobre este assunto pelo que apenas se trata de uma ideia que estou a expressar tenho todo o respeito por quem acredita ou não acredita e acho que Autos de fé já passaram de moda ....

Cumpts

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por Incognitus » 27/2/2005 17:41

Um homem a escrever e um milhão a analisar mostram melhor porque é que existem alguns erros e omissões.

Viana, uma coisa engraçada na tua análise sobre se deveria ser "a Opus Dei" ou "o Opus Dei", vem de quando dás o significado de "Opus Dei". A Obra de Deus. E depois passas o tempo todo a defender (certa ou erradamente), que na prática (ou práctica, que ainda era assim faz não muito tempo) se diga O Obra de Deus.
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por Visitante » 27/2/2005 15:20

Antes de mais quero dizer que concordo com a maior parte das vossas opiniões. O livro tem partes muito duvidosas, bla, bla, bla.

Agora é necessário ter em atenção que o livro é uma FICÇÃO e perceber quais são as mensagens nucleares do livro.

A mais importante em minha opinião foi ler uma opinião de como é que a igreja Apostólica Romana surgiu 300 anos depois da morte de Jesus Cristo (acho que foram 300 ou 400). O livro fala da fusão/adaptação de diversos simbolos e rituais de religiões anteriores que me pareceram muito intressantes e válidas.

A segunda, mais polemica, foi a de saber se Jesus Cristo era casado (já não falo de ter deixado descendentes). Ele apresenta lança algumas quetões validas dessa possibilidade.
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o Codigo

por suica » 27/2/2005 15:08

Estava a procura no livro de uma frase que me ficou de imediato na memoria e resume tudo o que envolve o mesmo
;onde o autor diz na personagem do professor qualquer coisa do genero; que o ser humano adora a teoria da conspiraçao, sendo nisso o que este livro se baseia unicamente .
Agora cabe a cada um mistificar ou desmistificar os factos nele contidos .
A verdade e que se trata 1 de 3 historias a serem editadas e onde esta ja vai ter direito ao grande ecran.
 
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comentário

por jotabil » 27/2/2005 13:02

mim parece-me grave (não por ser a Igreja Católica ou outra qualquer a instituição visada) mas pela desonestidade intelectual e pela forma como joga com a credibilidade e falta de cultura/informação das massas para atingir o sucesso milionário.


Disseste tudo....essa procura da riqueza a todo o custo, aproveitando o estado angustiado e caótico da urbe...de resto esta técnica de fazer livros ..encadeados.....já a conheço desde a leitura que fiz em 1996 da "profecia celestina"...também ela uma patranhice pegada do qual resultaram consequentes manuais de interpretação e descodificação...e coisas quejandas.....é um americano tb e creio que ganhou uns bons réditos com tal manigância...enfim....não se irforma...vende-se informação ...como diz o eduardo lourenço no seu livro ...o esplendor do caos.


Naturalmente que tens razão e fizeste muito bem levantar esta questão aqui.

O Siracusa já está por tudo...até acha legítimo que se vendam os direitos de primogenitura por um prato de lentilhas....desde que tenha exito no mercado a mentira transfigura-se em verdade.....O que vale é que se soubessemos a verdade eramos deuses e a vida, então não teria sentido.....bem ...mas Camus...se calhar... não cabe já neste tempo...e eu só discorro a minha lassidão.
Mas o código Da Vinci...tem a mesma dimensão deste circo quase planetário onde vivemos...o que importa é enterter os cidadãos..para que não observem o essencial distraindo-se com o acessório.
cumps
Se naufragares no meio do mar,toma desde logo, duas resoluções:- Uma primeira é manteres-te à tona; - Uma segunda é nadar para terra;
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comentário

por jotabil » 27/2/2005 0:44

Caro siracusa

Que verdades?....è mais um discurso de senhor dos aneis.....tudo ficção e da rasca...não existe nada de novo....de elevado ou de interessasnte...são curiosidades velhas.....com barbas......desde sempre ouvi dizer que os desenhos de leonardo são misteriosos....mas são coisas cansadas....e revelhas...é um panegírico da judiaria
....e como sempre foi timbre deles insinuam a dúvida...para fazerem lembrar a estrela de david....

Não sou antisemita...com estas asserções....é o que livro trata....que a estrela de david esteja no fim de tudo......como o santo graal deste nosso tempo.

A mensagem de Cristo é inultrapassavél....nem Nietzsche...conseguiu entender o hebreu.....como ele tão sagradamente reconheceu.....e vêm agora este judeu...sujar a elevação da sua doutrina.....

cumps.
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Re: O Código...

por MarcoAntonio » 27/2/2005 0:16

siracusa Escreveu:Caros Amigos

Todas as incongruências ou desacertos específicos e identificáveis são erros ou omissões ?


Há erros, alguns certamente por lapso mas outros obviamente deliberados.

Mas também existem omissões. Dou um exemplo: os documentos citados logo no início como se encontrando na Biblioteca Nacional de Paris e que são referidos na mesma página onde o autor assegura que as descrições são exactas (incluindo as de documentos) são, é amplamente sabido e esclarecido para quem fizer uma consulta sobre o assunto, forjados. O autor omite essa facto, dando a entender que está a falar de documentos supostamente verdadeiros. Este é um exemplo de omissão (o autor esconde do leitor o facto de estar a falar de documentos que são considerados forjados pela comunidade científica, nem sequer estou a falar da comunidade religiosa).

siracusa Escreveu:Se Dan Brown tivesse todos os dados certos a polémica não seria maior.É certo que se trata de um livro de ficção, ou não ?


Claro que é um livro de ficção. Mas o autor mente ao leitor assegurando que se baseia em descrições factuais e exactas. O que é falso...

E ao que parece, a esmagadora maioría dos leitores acredita que o que é apresentado é verdade (não falo da trama mas o pano de fundo da trama).

siracusa Escreveu: Se fosse histórico e não tivesse erros não seria dramático ?
E algumas verdades não são veiculadas ? Será que uma parte da população não estará mais bem informada e capaz de ler nas entrelinhas do livro ?


Confesso que não entendi a linha de raciocínio, Siracusa.

siracusa Escreveu:Por exemplo, Marco, na capela de Rosslyn não existem colunas, muito menos com nomes.Mas estes nomes têm significado ?


Têm um significado. E as colunas existem, mas não ali (aliás, practicamente tudo o que ele disse sobre esse edificio está mal ou adultarado, vim a descobrir).

O problema é que o autor assegura que o que descreve é exacto. Ele está a assegurar aos leitores que as colunas existem ali naquele edifício.

Está a mentir deliberadamente aos leitores.

siracusa Escreveu:Se tiverem, parte do livro é em linguagem cifrada e outra parte anula pela ficção alguma verdade que contém. A verdadeira obra de arte, para estudiosos, que transmite dois tipos de "verdades", que se auto-anula pelos erros detectados ! Foi obra - é só ver os consultores e entidades envolvidas ... e são só as expressas.
Não é uma receita magistral. O mercado diz que sim!
Abraço
Siracusa


A receita do Blair Witch Project também foi magistral e o mercado também disse que sim.

No entanto, só alguém muito distraído ficou no fim a pensar que aquilo se baseava em algo real porque no final era bastante evidente (nem ninguém escondeu esse facto) que se tratou de uma manobra de marketing.

Aqui usou-se um conceito semelhante mas de uma forma intectualmente desonesta pois o autor não esclarece isso e o livro continua a ser vendido como um veículo de desinformação.

Imaginemos que agora ele resolvia fazer o mesmo com um proximo livro apresentando uma teoria de que o Holocausto foi um embuste realizado pelos Judeus com o fim de obter um país (Israel), o que não é uma teoría propriamente nova.

Mas imaginemos que ele o fazía sob a capa de Romance e na primeira página apresentava novamente a mesma declaração (de que o livro se baseava em descrições exactas de edificios, obras de arte, documentos, etc) estando afinal o livro pejado de mentiras, adulterações, documentos forjados, etc.

E todo o mundo (é uma forma de dizer) acreditava e o livro tinha um sucesso enorme.

A mim parece-me grave (não por ser a Igreja Católica ou outra qualquer a instituição visada) mas pela desonestidade intelectual e pela forma como joga com a credibilidade e falta de cultura/informação das massas para atingir o sucesso milionário.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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comentário

por jotabil » 27/2/2005 0:15

Caro siracusa

Que verdades?....è mais um discurso de senhor dos aneis.....tudo ficção e da rasca...não existe nada de novo....de elevado ou de interessasnte...são curiosidades velhas.....com barbas......desde sempre ouvi dizer que os desenhos de leonardo são misteriosos....mas são coisas cansadas....e revelhas...é um panegírico da judiaria
....e como sempre foi timbre deles insinuam a dúvida...para fazerem lembrar a estrela de david....

Não sou antisemita...com estas asserções....é o que livro trata....que a estrela de david esteja no fim de tudo......como o santo graal deste nosso tempo.

A mensagem de Cristo é inultrapassavél....nem Nietzsche...conseguiu entender o hebreu.....como ele tão sagradamente reconheceu.....e vêm agora este judeu...sujar a elevação da sua doutrina.....

cumps.
Se naufragares no meio do mar,toma desde logo, duas resoluções:- Uma primeira é manteres-te à tona; - Uma segunda é nadar para terra;
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O Código...

por siracusa » 26/2/2005 23:31

Caros Amigos

Todas as incongruências ou desacertos específicos e identificáveis são erros ou omissões ?
Se Dan Brown tivesse todos os dados certos a polémica não seria maior.É certo que se trata de um livro de ficção, ou não ? Se fosse histórico e não tivesse erros não seria dramático ?
E algumas verdades não são veiculadas ? Será que uma parte da população não estará mais bem informada e capaz de ler nas entrelinhas do livro ?
Por exemplo, Marco, na capela de Rosslyn não existem colunas, muito menos com nomes.Mas estes nomes têm significado ?
Se tiverem, parte do livro é em linguagem cifrada e outra parte anula pela ficção alguma verdade que contém. A verdadeira obra de arte, para estudiosos, que transmite dois tipos de "verdades", que se auto-anula pelos erros detectados ! Foi obra - é só ver os consultores e entidades envolvidas ... e são só as expressas.
Não é uma receita magistral. O mercado diz que sim!
Abraço
Siracusa
Não basta olhar fixamente os degraus.
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