Portugueses ganham menos 34% que cipriotas
Acções da empresa ainda podem subir mais
Caixa BI sobe «target» da Sonae para 1,35 euros
«As acções da Sonae SGPS estão a caminho de uma maior valorização, beneficiando e incorporando ‘passo a passo’ uma série de notícias positivas». È desta forma que o Caixa BI inicia uma nota sobre a Sonae SGPS, onde sobe o preço alvo da empresa de Belmiro de Azevedo de 1,30 para 1,35 euros.
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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt
«As acções da Sonae SGPS estão a caminho de uma maior valorização, beneficiando e incorporando ‘passo a passo’ uma série de notícias positivas». É desta forma que o Caixa BI inicia uma nota sobre a Sonae SGPS, onde sobe o preço alvo da empresa de Belmiro de Azevedo de 1,30 para 1,35 euros.
Para o banco de investimento da Caixa Geral de Depósitos a Sonae SGPS atingiu recentemente um máximo do ano devido a uma série de «notícias positivas» que foram anunciadas.
A mesma fonte, no Boletim Semanal de Acções, lembra que escolheu a Sonae SGPS [Cot] como uma das «Top Picks» para 2005 e que, desde o início deste ano, estes já apreciaram 11,2%.
Tendo em conta o valor dos activos o Caixa BI avalia a Sonae SGPS em 1,43 euros por acção, o que implica que os títulos transaccionam com um desconto de 17%. A recomendação é de «comprar». Pelo método da soma das partes a Sonae SGPS tem um preço-alvo de 1,35 euros, já incluindo o desconto de 20% pelo facto de ser uma «holding».
O Caixa BI diz que o potencial de valorização é de 13%, mas «poderá ir até a um ‘upside’ de 18% ou 23%, caso considerássemos um desconto de ‘holding’ de15% ou 10%, respectivamente».
Acções da Sonae em seis meses
«Spin-off» da Sonae Indústria pode «agitar» a Sonae SGPS
Apesar de várias notícias positivas já terem sido divulgadas, «acreditamos que a empresa tem ainda algumas questões estratégicas importante por definir, nomeadamente a Sonae Indústria, que poderão ‘agitar’ a acção».
Entre as várias notícias positivas já anunciadas o Caixa BI destaca a venda da posição na Gescartão, que representa um impacto positivo de dois cêntimos no valor da acção, «mas poderá representar muito mais, se entrarmos em linha de conta com o ‘spin-off’ da Sonae Indústria e a consequente diminuição do desconto de Holding, para um intervalo entre [5%;10%]».
«O ‘timing’ para a operação de ‘spin-off’ da Sonae Indústria está a ficar cada vez mais próximo, pois a empresa está quase preparada para tal. Esta operação da Gescartão representa também um encaixe importante para a Sonae Indústria, e por sua vez, uma diminuição da sua dívida, a qual estimamos que deverá rondar agora os 313 milhões de euros», refere o estudo.
Como notícias positivas, o Caixa BI destaca ainda o investimento da Sonae Imobiliária em mais um centro comercial em Espanha, a compra de uma nova loja da Sonae Distribuição no Brasil.
«Os sinais do mercado Brasileiro têm sido optimistas, com uma valorização do Real de aprox.3.4%, desde o início do ano, e de 10.1%, desde a última divulgação de resultados em Outubro», refere a mesma fonte.
O Caixa BI estima que a Sonae SGPS registe um lucro por acção 0,077 euros, com receitas de 6,545 mil milhões de euros e um EBITDA de 801 milhões de euros.
Caixa BI sobe «target» da Sonae para 1,35 euros
«As acções da Sonae SGPS estão a caminho de uma maior valorização, beneficiando e incorporando ‘passo a passo’ uma série de notícias positivas». È desta forma que o Caixa BI inicia uma nota sobre a Sonae SGPS, onde sobe o preço alvo da empresa de Belmiro de Azevedo de 1,30 para 1,35 euros.
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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt
«As acções da Sonae SGPS estão a caminho de uma maior valorização, beneficiando e incorporando ‘passo a passo’ uma série de notícias positivas». É desta forma que o Caixa BI inicia uma nota sobre a Sonae SGPS, onde sobe o preço alvo da empresa de Belmiro de Azevedo de 1,30 para 1,35 euros.
Para o banco de investimento da Caixa Geral de Depósitos a Sonae SGPS atingiu recentemente um máximo do ano devido a uma série de «notícias positivas» que foram anunciadas.
A mesma fonte, no Boletim Semanal de Acções, lembra que escolheu a Sonae SGPS [Cot] como uma das «Top Picks» para 2005 e que, desde o início deste ano, estes já apreciaram 11,2%.
Tendo em conta o valor dos activos o Caixa BI avalia a Sonae SGPS em 1,43 euros por acção, o que implica que os títulos transaccionam com um desconto de 17%. A recomendação é de «comprar». Pelo método da soma das partes a Sonae SGPS tem um preço-alvo de 1,35 euros, já incluindo o desconto de 20% pelo facto de ser uma «holding».
O Caixa BI diz que o potencial de valorização é de 13%, mas «poderá ir até a um ‘upside’ de 18% ou 23%, caso considerássemos um desconto de ‘holding’ de15% ou 10%, respectivamente».
Acções da Sonae em seis meses
«Spin-off» da Sonae Indústria pode «agitar» a Sonae SGPS
Apesar de várias notícias positivas já terem sido divulgadas, «acreditamos que a empresa tem ainda algumas questões estratégicas importante por definir, nomeadamente a Sonae Indústria, que poderão ‘agitar’ a acção».
Entre as várias notícias positivas já anunciadas o Caixa BI destaca a venda da posição na Gescartão, que representa um impacto positivo de dois cêntimos no valor da acção, «mas poderá representar muito mais, se entrarmos em linha de conta com o ‘spin-off’ da Sonae Indústria e a consequente diminuição do desconto de Holding, para um intervalo entre [5%;10%]».
«O ‘timing’ para a operação de ‘spin-off’ da Sonae Indústria está a ficar cada vez mais próximo, pois a empresa está quase preparada para tal. Esta operação da Gescartão representa também um encaixe importante para a Sonae Indústria, e por sua vez, uma diminuição da sua dívida, a qual estimamos que deverá rondar agora os 313 milhões de euros», refere o estudo.
Como notícias positivas, o Caixa BI destaca ainda o investimento da Sonae Imobiliária em mais um centro comercial em Espanha, a compra de uma nova loja da Sonae Distribuição no Brasil.
«Os sinais do mercado Brasileiro têm sido optimistas, com uma valorização do Real de aprox.3.4%, desde o início do ano, e de 10.1%, desde a última divulgação de resultados em Outubro», refere a mesma fonte.
O Caixa BI estima que a Sonae SGPS registe um lucro por acção 0,077 euros, com receitas de 6,545 mil milhões de euros e um EBITDA de 801 milhões de euros.
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E.U.A.
Agilent Technologies A Agilent Technologies apresentou os seus resultados. A fabricante de equipamento de testes científicos prevê um EPS para o 2º trimestre fiscal entre $0,18 e $0,23, aquém dos $0,26 apontados pelo consenso.
Apple Computer A UBS reviu em alta o preço alvo da Apple Computer de $85 para $99.
Applied Materials A Applied Materials apresentou bons resultados. Os lucros da fabricante de equipamento de semicondutores atingiram $288,8Mn no 1º trimestre fiscal, ou $0,17 por acção, superando os $0,16 apontados pelo consenso. As vendas cresceram 14% para $1,78Bn, ultrapassando também os $1,74Bn esperados. A empresa mostrou-se confiante, afirmando que o outlook está a melhorar e esperando obter neste trimestre um EPS entre $0,16 e $0,17 (acima dos $0,15 de consenso) e vendas iguais, ou a subirem ligeiramente (acima dos $1,68 de consenso). Espera uma queda das encomendas entre 0% e 10% no trimestre. Anunciou a compra de entre $300Mn e $500Mn de acções próprias.
Brocade Communications A Brocade Communications apresentou bons resultados. No 1º trimestre fiscal, o EPS foi de $0,10 acima do consenso de $0,08.
Hewlett-Packard A Hewlett-Packard apresentou bons resultados e guidance optimista. No 1º trimestre fiscal, o EPS (excluindo extraordinários) foi de $0,37 acima dos $0,34 apontados pelo consenso; as receitas cresceram 9,9% para $21,45Bn acima do consenso de $21Bn. Para o próximo trimestre, a HP prevê receitas entre $21,2Bn e $21,6Bn, acima dos $21,1Bn esperados e EPS entre $0,35 e $0,37, em linha com o consenso.
KLA Tencor A KLA Tencor divulgou que irá começar a pagar um dividendo trimestral, anunciando que irá comprar mais 10Mn de acções próprias.
MCI A Qwest Communications admitiu que poderá rever em alta o sua oferta de compra sobre a operadora de telecomunicações MCI. A sua oferta inicial era de $7,3Bn.
Merck & Co A Merck & Co obteve autorização para voltar a comercializar o Vioxx (medicamento que havia sido retirado do mercado em Setembro último por provocar efeitos secundários adversos). A Pfizer recebeu uma decisão idêntica com o medicamento Celebrex.
Network Appliance A Network Appliance anunciou um outlook para o 4º trimestre fiscal abaixo do esperado. A empresa prevê um EPS de $0,16 vs consenso de $0,17. As expectativas de vendas também ficaram aquém do esperado, prevendo $437,5Mn vs consenso de $449,9Mn.
Nvidia A Nvidia anunciou que as vendas do 1º trimestre fiscal vão variar entre 0% e 5% face ao trimestre anterior, ou seja entre $566,5Mn e $594,93Mn, acima do consenso de $536,5Mn.
Qwest A Qwest apresentou um prejuízo por acção no 4º trimestre de $0,06, vs consenso de perdas de $0,13, tendo beneficiado da redução de custos na área de chamadas de longa distância.
Transocean A Transocean conseguiu um novo contrato com a Shell Exploration & Production e a extensão de um outro no valor de $228Mn.
Verizon Communications A Verizon Communications anunciou que irá adquirir a MCI por $6,7Bn, valorizando cada acção da MCI a $20,75. Por cada acção da MCI, os accionistas receberão 0,4062 acções da Verizon e $1,50 em dinheiro. A MCI pagará ainda um dividendo (extraordinário e trimestral) de $4,50 por acção. A Verizon irá ainda assumir a dívida da MCI, que ascende a $4Bn. A MCI recusou, assim, a oferta mais elevada da Qwest Communications de $7,3Bn.
Wal-Mart Segundo o Washington Post, o Procurador Geral do Connecticut pretende aliar-se a outros Estados norte-americanos na apresentação de uma queixa sobre a Wal-Mart devido à violação das leis do trabalho relativamente aos trabalhadores mais jovens. A empresa apresentou esta manhã os resultados, tendo os lucros no 4º trimestre registado uma subida de $2,72Bn (EPS $0,63) para $3,16Bn (EPS $0,75). O consenso apontava para um EPS $0,74 e o intervalo de estimativa da empresa estava entre $0,73 a $0,75. As receitas subiram para $82,22Bn vs consenso de $82,80Bn. A Wal-Mart revelou ainda que espera um crescimento dos resultados este ano. Para o 1º trimestre de 2005 a empresa espera um EPS entre $0,56 a $0,58 vs consenso de $0,58. Para o ano de 2005 a empresa espera um EPS entre $2,70 a $2,74 vs consenso de $2,73.
Sector Semicondutores De acordo com a Semiconductor Equipment Association of Japan e a Semiconductor Equipment & Materials International, as vendas globais de semicondutores cresceram 38% (YoY) para $3,6Bn em Dezembro. Os Estados Unidos foram o principal motor desta recuperação, onde as vendas registaram um crescimento de 74%. Seguiram-se o Japão, com um crescimento de 56% e a Europa 54%.
Agilent Technologies A Agilent Technologies apresentou os seus resultados. A fabricante de equipamento de testes científicos prevê um EPS para o 2º trimestre fiscal entre $0,18 e $0,23, aquém dos $0,26 apontados pelo consenso.
Apple Computer A UBS reviu em alta o preço alvo da Apple Computer de $85 para $99.
Applied Materials A Applied Materials apresentou bons resultados. Os lucros da fabricante de equipamento de semicondutores atingiram $288,8Mn no 1º trimestre fiscal, ou $0,17 por acção, superando os $0,16 apontados pelo consenso. As vendas cresceram 14% para $1,78Bn, ultrapassando também os $1,74Bn esperados. A empresa mostrou-se confiante, afirmando que o outlook está a melhorar e esperando obter neste trimestre um EPS entre $0,16 e $0,17 (acima dos $0,15 de consenso) e vendas iguais, ou a subirem ligeiramente (acima dos $1,68 de consenso). Espera uma queda das encomendas entre 0% e 10% no trimestre. Anunciou a compra de entre $300Mn e $500Mn de acções próprias.
Brocade Communications A Brocade Communications apresentou bons resultados. No 1º trimestre fiscal, o EPS foi de $0,10 acima do consenso de $0,08.
Hewlett-Packard A Hewlett-Packard apresentou bons resultados e guidance optimista. No 1º trimestre fiscal, o EPS (excluindo extraordinários) foi de $0,37 acima dos $0,34 apontados pelo consenso; as receitas cresceram 9,9% para $21,45Bn acima do consenso de $21Bn. Para o próximo trimestre, a HP prevê receitas entre $21,2Bn e $21,6Bn, acima dos $21,1Bn esperados e EPS entre $0,35 e $0,37, em linha com o consenso.
KLA Tencor A KLA Tencor divulgou que irá começar a pagar um dividendo trimestral, anunciando que irá comprar mais 10Mn de acções próprias.
MCI A Qwest Communications admitiu que poderá rever em alta o sua oferta de compra sobre a operadora de telecomunicações MCI. A sua oferta inicial era de $7,3Bn.
Merck & Co A Merck & Co obteve autorização para voltar a comercializar o Vioxx (medicamento que havia sido retirado do mercado em Setembro último por provocar efeitos secundários adversos). A Pfizer recebeu uma decisão idêntica com o medicamento Celebrex.
Network Appliance A Network Appliance anunciou um outlook para o 4º trimestre fiscal abaixo do esperado. A empresa prevê um EPS de $0,16 vs consenso de $0,17. As expectativas de vendas também ficaram aquém do esperado, prevendo $437,5Mn vs consenso de $449,9Mn.
Nvidia A Nvidia anunciou que as vendas do 1º trimestre fiscal vão variar entre 0% e 5% face ao trimestre anterior, ou seja entre $566,5Mn e $594,93Mn, acima do consenso de $536,5Mn.
Qwest A Qwest apresentou um prejuízo por acção no 4º trimestre de $0,06, vs consenso de perdas de $0,13, tendo beneficiado da redução de custos na área de chamadas de longa distância.
Transocean A Transocean conseguiu um novo contrato com a Shell Exploration & Production e a extensão de um outro no valor de $228Mn.
Verizon Communications A Verizon Communications anunciou que irá adquirir a MCI por $6,7Bn, valorizando cada acção da MCI a $20,75. Por cada acção da MCI, os accionistas receberão 0,4062 acções da Verizon e $1,50 em dinheiro. A MCI pagará ainda um dividendo (extraordinário e trimestral) de $4,50 por acção. A Verizon irá ainda assumir a dívida da MCI, que ascende a $4Bn. A MCI recusou, assim, a oferta mais elevada da Qwest Communications de $7,3Bn.
Wal-Mart Segundo o Washington Post, o Procurador Geral do Connecticut pretende aliar-se a outros Estados norte-americanos na apresentação de uma queixa sobre a Wal-Mart devido à violação das leis do trabalho relativamente aos trabalhadores mais jovens. A empresa apresentou esta manhã os resultados, tendo os lucros no 4º trimestre registado uma subida de $2,72Bn (EPS $0,63) para $3,16Bn (EPS $0,75). O consenso apontava para um EPS $0,74 e o intervalo de estimativa da empresa estava entre $0,73 a $0,75. As receitas subiram para $82,22Bn vs consenso de $82,80Bn. A Wal-Mart revelou ainda que espera um crescimento dos resultados este ano. Para o 1º trimestre de 2005 a empresa espera um EPS entre $0,56 a $0,58 vs consenso de $0,58. Para o ano de 2005 a empresa espera um EPS entre $2,70 a $2,74 vs consenso de $2,73.
Sector Semicondutores De acordo com a Semiconductor Equipment Association of Japan e a Semiconductor Equipment & Materials International, as vendas globais de semicondutores cresceram 38% (YoY) para $3,6Bn em Dezembro. Os Estados Unidos foram o principal motor desta recuperação, onde as vendas registaram um crescimento de 74%. Seguiram-se o Japão, com um crescimento de 56% e a Europa 54%.
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EUROPA
Air France-KLM A Goldman Sachs reviu em alta (+85%) o EPS (2005) da Air France-KLM para €0,76.
Alcatel A Goldman Sachs reviu em baixa (-6,3%) o EPS (2005) da Alcatel para €0,60.
Alstom O Ministro das Finanças francês irá entregar à Comissão Europeia o seu plano para o cumprimento das exigências relativas à aprovação do apoio dado em 2004 à Alstom.
Arcelor A Arcelor apresentou um resultado recorde no 4º trimestre de €820Mn, superando os €710Mn apontados pelo consenso. As vendas cresceram 30% para €8,4Bn, beneficiando do aumento da procura e da subida de preços do aço. A empresa prevê voltar a subir os preços em Abril (tal como já havia anunciado) para compensar a subida dos preços das matérias primas.
ASML A Morgan Stanley reiterou a recomendação de overweight sobre a ASML.
BBVA A Morgan Stanley reviu em alta (+19%) o preço alvo sobre o BBVA para €15,5.
BHP Billiton A Morgan Stanley reviu em alta o preço alvo da BHP Billiton em 20% para 780p.
BMW A BMW prevê um crescimento de 10% a 15% no mercado asiático em 2005, depois de ter obtido um crescimento de 2,6% em 2004, atingindo um nível de vendas recorde.
BP O CSFB reviu em baixa a recomendação sobre a BP de outperform para neutral.
Capitalia O Deutsche Bank desceu a recomendação da Capitalia de hold para sell.
Carrefour A UBS reviu em alta o preço alvo da Carrefour em 19% para €44.
Commerzbank O resultado líquido do Commerzbank recuperou de uma perda de €88Mn no 4º trimestre de 2003 para um ganho de €99Mn no 4º trimestre de 2004, beneficiando de uma queda nas provisões de crédito mal-parado e no aumento do crédito ao consumo. O banco irá distribuir um dividendo de €0,25 por acção. No ano passado não distribuiu dividendos. Para 2005, o Commerzbank manteve o objectivo de aumentar o ROE de 4,4% em 2004 para 8,0%.
Credit Suisse O Credit Suisse apresentou um crescimento de 22% nos lucros no 4º trimestre, atingindo CHF 959Mn e ultrapassando os CHF 941Mn esperados, beneficiando da boa performance da banca de investimento.
Deutsche Telekom Segundo a imprensa, a Deutsche Telekom irá oferecer pela primeira vez um preço fixo para as chamadas locais, com um custo de €9,95 por mês, a partir de Março. Segundo a Reuters, a Deutsche Telekom quer abandonar um consórcio que irá apresentar uma proposta para um projecto do exército alemão (projecto de renovação informática e dos sistemas de telecomunicações com o nome de Herkules) no valor de €6,65Bn. A Telekoms T-Systems quer abandonar a parceria com a Siemens e a IBM dado que quer liderar o projecto, mas o ministro da defesa alemão quer dividir as responsabilidades entre as empresas.
EADS O Governo britânico negou as notícias da imprensa que adiantavam que o consórcio, que inclui a Airbus (EADS), era o candidato preferido para ganhar um contrato de fornecimento de aviões no valor de $13Bn. Adiantou, no entanto, que as negociações ainda não terminaram. Segundo a imprensa alemã (Der Spiegel) os testes realizados no novo Airbus A380 estão a detectar alguns problemas inesperados (a cauda do avião revela instabilidade e existem problemas com a velocidade na aterragem), o que poderá vir a adiar em algumas semanas o primeiro voo. De acordo com a Airbus (EADS), estes problemas estão em vias de ser solucionados.
Endesa A Goldman Sachs reviu em baixa (-3,2%) o preço alvo sobre a Endesa para €18 e a recomendação de outperform para in-line.
France Telecom A Morgan Stanley reviu em baixa o preço alvo da France Telecom em 13% para €26 e a recomendação de overweight para equalweight.
Getronics A UBS iniciou a cobertura da Getronics com uma recomendação de compra e preço alvo de €2,5.
Hannover Re A Morgan Stanley reviu em alta o preço alvo da Hannover Re de €34 para €36.
Iberia O ING iniciou a cobertura da Iberia com uma recomendação de buy e um preço alvo de €3,20.
Inditex O CSFB reviu em alta (+22%) o preço alvo sobre a Inditex para €22. A recomendação subiu de underperform para neutral.
MAN AG A MAN AG apresentou resultados abaixo do esperado, aumentando o dividendo. Os lucros atingiram €205Mn no 4º trimestre, ficando aquém dos €213Mn apontados pelo consenso. As vendas cresceram 8% para €4,6Bn, com um aumento de 9% nas encomendas. A empresa mostrou-se optimista, esperando um crescimento significativo dos lucros em 2005, com aumento de vendas e de encomendas, propondo um aumento de 40% no dividendo para €1,05. A JP Morgan reviu em alta (+9,1%) o preço alvo sobre a MAN para €36. A Smith Barney reviu em alta a recomendação sobre a empresa de hold para buy.
Merck Kgaa A Merck Kgaa apresentou um crescimento de 19% nos resultados operacionais, atingindo €194,8Mn e superando os €191Mn apontados pelo consenso. As vendas cresceram 4,4% para €1,34Bn um pouco abaixo dos €1,36Bn esperados. A empresa espera a continuação do bom crescimento do negócio em 2005, especialmente na área dos cristais líquidos e no medicamento para o cancro Erbitux. Propõe o pagamento de um dividendo de €0,80 (à semelhança do que fez no ano passado), mas também de um dividendo extraordinário de €0,20, reflectindo ganhos com a venda de activos.
Metro A Merrill Lynch reviu em alta a recomendação sobre a Metro de neutral para buy.
Michelin O Deutsche Bank reviu em alta o preço alvo da Michelin em 18% para €65.
Munich Re Segundo a imprensa alemã, as seguradoras estão a aumentar os prémios sobre o sector farmacêutico após os recentes casos com a retirada de medicamentos do mercado. A Munich Re terá aumentado fortemente os prémios sobre o sector e só irá aceitar fazer seguros em casos pontuais. A JP Morgan reviu em alta a recomendação sobre a empresa de neutral para overweight.
Novartis Segundo a imprensa, a Novartis estará interessada em comprar dois fabricantes de genéricos. A Novartis, a quarta maior farmacêutica europeia, chegou a acordo para a compra da fabricante alemã de genéricos Hexal e grande parte da sua filial norte-americana Eon Labs por cerca de €5,65Bn, criando assim a maior fabricante de genéricos a nível mundial.
Pinault-Printemps O CSFB reviu em alta (+20%) o preço alvo sobre a Pinault-Printemps para €90. A recomendação subiu de neutral para outperform.
Puma O CSFB reviu em alta o preço alvo sobre a Puma de €258 para €280,6.
Renault A Renault chegou a acordo com os sindicatos relativamente a um aumento salarial de 4,65% nas fábricas francesas.
Sanopaolo A UBS reviu em baixa a recomendação da Sanopaolo de buy para neutral.
Santander A Morgan Stanley reviu em alta a recomendação sobre o Santander de equal-weight para overweight e o preço alvo em 16% para €11.
Schneider Electric O Deutsche Bank reviu em alta (+25%) o preço alvo sobre a Schneider Electric para €60.
Siemens A Comissão Europeia abriu um processo antitrust relativo à compra da austríaca VA Technologies pela Siemens, afirmando que a combinação das duas empresas poderá permitir um controlo excessivo da construção de estações hidroeléctricas. De acordo com uma notícia do Sunday Times, a Siemens estaria a oferecer €500Mn a quem ficasse com a sua unidade de fabrico de telefones móveis. Este montante iria amortizar parte dos custos que o possível comprador teria com o encerramento de algumas fábricas. De acordo com a noticia, e citando um analista do Nomura, esta unidade da Siemens deverá apresentar este ano um prejuízo recorde de €480Mn. A Siemens desmentiu esta notícia, citando que não passava de fantasia.
Société Générale A Lehman Brothers reviu em alta (+7%) o preço alvo sobre a Société Générale para €92.
Software AG A Software AG apresentou um lucro de €15,3Mn no 4º trimestre, um pouco aquém dos €15,6Mn apontados pelo consenso. As vendas caíram 2% para €112,8Mn, ultrapassando os €109,4Mn esperados. As vendas de licenças aumentaram 5% para €36,6Mn, superando também o consenso.
Telefonica A Telefonica anunciou uma OPA sobre a totalidade das acções que ainda não detinha da sua subsidiária Terra. A Telefonica propôs a troca de duas das suas acções por cada nove da Terra, avaliando cada acção da Terra a €3,21.
Telefonica Moviles A JP Morgan reviu em alta (+11%) o preço alvo sobre a Telefonica Moviles para €10,3.
Thyssenkrupp A UBS reviu em alta o preço alvo da Thyssenkrupp de €18 para €19,5.
Total A Total apresentou bons resultados, beneficiando da subida do preço do petróleo e do aumento das margens na refinação. O resultado líquido (excluindo extraordinários) cresceu 44% (YoY) no 4º trimestre para €2,52Bn acima do consenso de €2,47Bn. A Total anunciou ainda que pretende aumentar o dividendo anual em 15%. A UBS reviu em alta (+8%) o preço alvo sobre a Total para €200.
Unicredito A UBS reviu em alta a recomendação da Unicredito de neutral para buy.
Volkswagen A UBS subiu o preço alvo da Volkswagen de €25 para €27. A Volkswagen anunciou que o novo Passat irá ser comercializado ao mesmo preço que o modelo anterior. O CFO revelou ainda que vai aumentar o plano de poupança para €3,1Bn este ano.
Sector Automóvel As vendas de automóveis caíram 0,2% na Europa ocidental em Janeiro, de 1,172Mn de unidades (no ano passado) para 1,170Mn. A queda foi de 3,7% na Alemanha e em Itália e de 8,2% no Reino Unido. A Fiat foi a construtora mais afectada, com uma queda de 17% nas vendas, enquanto a Renault apresentou uma subida de 15%. As vendas da Daimler Chrysler caíram 4,9% e as da Volkswagen 1,1%.
Sector Energético A Morgan Stanley reviu em alta o preço alvo sobre algumas petrolíferas: Repsol (+5,8% para €22,75), BP (+4,6% para 570p), Royal Dutch (+4% para €52) e Shell (+5% para 525p).
Air France-KLM A Goldman Sachs reviu em alta (+85%) o EPS (2005) da Air France-KLM para €0,76.
Alcatel A Goldman Sachs reviu em baixa (-6,3%) o EPS (2005) da Alcatel para €0,60.
Alstom O Ministro das Finanças francês irá entregar à Comissão Europeia o seu plano para o cumprimento das exigências relativas à aprovação do apoio dado em 2004 à Alstom.
Arcelor A Arcelor apresentou um resultado recorde no 4º trimestre de €820Mn, superando os €710Mn apontados pelo consenso. As vendas cresceram 30% para €8,4Bn, beneficiando do aumento da procura e da subida de preços do aço. A empresa prevê voltar a subir os preços em Abril (tal como já havia anunciado) para compensar a subida dos preços das matérias primas.
ASML A Morgan Stanley reiterou a recomendação de overweight sobre a ASML.
BBVA A Morgan Stanley reviu em alta (+19%) o preço alvo sobre o BBVA para €15,5.
BHP Billiton A Morgan Stanley reviu em alta o preço alvo da BHP Billiton em 20% para 780p.
BMW A BMW prevê um crescimento de 10% a 15% no mercado asiático em 2005, depois de ter obtido um crescimento de 2,6% em 2004, atingindo um nível de vendas recorde.
BP O CSFB reviu em baixa a recomendação sobre a BP de outperform para neutral.
Capitalia O Deutsche Bank desceu a recomendação da Capitalia de hold para sell.
Carrefour A UBS reviu em alta o preço alvo da Carrefour em 19% para €44.
Commerzbank O resultado líquido do Commerzbank recuperou de uma perda de €88Mn no 4º trimestre de 2003 para um ganho de €99Mn no 4º trimestre de 2004, beneficiando de uma queda nas provisões de crédito mal-parado e no aumento do crédito ao consumo. O banco irá distribuir um dividendo de €0,25 por acção. No ano passado não distribuiu dividendos. Para 2005, o Commerzbank manteve o objectivo de aumentar o ROE de 4,4% em 2004 para 8,0%.
Credit Suisse O Credit Suisse apresentou um crescimento de 22% nos lucros no 4º trimestre, atingindo CHF 959Mn e ultrapassando os CHF 941Mn esperados, beneficiando da boa performance da banca de investimento.
Deutsche Telekom Segundo a imprensa, a Deutsche Telekom irá oferecer pela primeira vez um preço fixo para as chamadas locais, com um custo de €9,95 por mês, a partir de Março. Segundo a Reuters, a Deutsche Telekom quer abandonar um consórcio que irá apresentar uma proposta para um projecto do exército alemão (projecto de renovação informática e dos sistemas de telecomunicações com o nome de Herkules) no valor de €6,65Bn. A Telekoms T-Systems quer abandonar a parceria com a Siemens e a IBM dado que quer liderar o projecto, mas o ministro da defesa alemão quer dividir as responsabilidades entre as empresas.
EADS O Governo britânico negou as notícias da imprensa que adiantavam que o consórcio, que inclui a Airbus (EADS), era o candidato preferido para ganhar um contrato de fornecimento de aviões no valor de $13Bn. Adiantou, no entanto, que as negociações ainda não terminaram. Segundo a imprensa alemã (Der Spiegel) os testes realizados no novo Airbus A380 estão a detectar alguns problemas inesperados (a cauda do avião revela instabilidade e existem problemas com a velocidade na aterragem), o que poderá vir a adiar em algumas semanas o primeiro voo. De acordo com a Airbus (EADS), estes problemas estão em vias de ser solucionados.
Endesa A Goldman Sachs reviu em baixa (-3,2%) o preço alvo sobre a Endesa para €18 e a recomendação de outperform para in-line.
France Telecom A Morgan Stanley reviu em baixa o preço alvo da France Telecom em 13% para €26 e a recomendação de overweight para equalweight.
Getronics A UBS iniciou a cobertura da Getronics com uma recomendação de compra e preço alvo de €2,5.
Hannover Re A Morgan Stanley reviu em alta o preço alvo da Hannover Re de €34 para €36.
Iberia O ING iniciou a cobertura da Iberia com uma recomendação de buy e um preço alvo de €3,20.
Inditex O CSFB reviu em alta (+22%) o preço alvo sobre a Inditex para €22. A recomendação subiu de underperform para neutral.
MAN AG A MAN AG apresentou resultados abaixo do esperado, aumentando o dividendo. Os lucros atingiram €205Mn no 4º trimestre, ficando aquém dos €213Mn apontados pelo consenso. As vendas cresceram 8% para €4,6Bn, com um aumento de 9% nas encomendas. A empresa mostrou-se optimista, esperando um crescimento significativo dos lucros em 2005, com aumento de vendas e de encomendas, propondo um aumento de 40% no dividendo para €1,05. A JP Morgan reviu em alta (+9,1%) o preço alvo sobre a MAN para €36. A Smith Barney reviu em alta a recomendação sobre a empresa de hold para buy.
Merck Kgaa A Merck Kgaa apresentou um crescimento de 19% nos resultados operacionais, atingindo €194,8Mn e superando os €191Mn apontados pelo consenso. As vendas cresceram 4,4% para €1,34Bn um pouco abaixo dos €1,36Bn esperados. A empresa espera a continuação do bom crescimento do negócio em 2005, especialmente na área dos cristais líquidos e no medicamento para o cancro Erbitux. Propõe o pagamento de um dividendo de €0,80 (à semelhança do que fez no ano passado), mas também de um dividendo extraordinário de €0,20, reflectindo ganhos com a venda de activos.
Metro A Merrill Lynch reviu em alta a recomendação sobre a Metro de neutral para buy.
Michelin O Deutsche Bank reviu em alta o preço alvo da Michelin em 18% para €65.
Munich Re Segundo a imprensa alemã, as seguradoras estão a aumentar os prémios sobre o sector farmacêutico após os recentes casos com a retirada de medicamentos do mercado. A Munich Re terá aumentado fortemente os prémios sobre o sector e só irá aceitar fazer seguros em casos pontuais. A JP Morgan reviu em alta a recomendação sobre a empresa de neutral para overweight.
Novartis Segundo a imprensa, a Novartis estará interessada em comprar dois fabricantes de genéricos. A Novartis, a quarta maior farmacêutica europeia, chegou a acordo para a compra da fabricante alemã de genéricos Hexal e grande parte da sua filial norte-americana Eon Labs por cerca de €5,65Bn, criando assim a maior fabricante de genéricos a nível mundial.
Pinault-Printemps O CSFB reviu em alta (+20%) o preço alvo sobre a Pinault-Printemps para €90. A recomendação subiu de neutral para outperform.
Puma O CSFB reviu em alta o preço alvo sobre a Puma de €258 para €280,6.
Renault A Renault chegou a acordo com os sindicatos relativamente a um aumento salarial de 4,65% nas fábricas francesas.
Sanopaolo A UBS reviu em baixa a recomendação da Sanopaolo de buy para neutral.
Santander A Morgan Stanley reviu em alta a recomendação sobre o Santander de equal-weight para overweight e o preço alvo em 16% para €11.
Schneider Electric O Deutsche Bank reviu em alta (+25%) o preço alvo sobre a Schneider Electric para €60.
Siemens A Comissão Europeia abriu um processo antitrust relativo à compra da austríaca VA Technologies pela Siemens, afirmando que a combinação das duas empresas poderá permitir um controlo excessivo da construção de estações hidroeléctricas. De acordo com uma notícia do Sunday Times, a Siemens estaria a oferecer €500Mn a quem ficasse com a sua unidade de fabrico de telefones móveis. Este montante iria amortizar parte dos custos que o possível comprador teria com o encerramento de algumas fábricas. De acordo com a noticia, e citando um analista do Nomura, esta unidade da Siemens deverá apresentar este ano um prejuízo recorde de €480Mn. A Siemens desmentiu esta notícia, citando que não passava de fantasia.
Société Générale A Lehman Brothers reviu em alta (+7%) o preço alvo sobre a Société Générale para €92.
Software AG A Software AG apresentou um lucro de €15,3Mn no 4º trimestre, um pouco aquém dos €15,6Mn apontados pelo consenso. As vendas caíram 2% para €112,8Mn, ultrapassando os €109,4Mn esperados. As vendas de licenças aumentaram 5% para €36,6Mn, superando também o consenso.
Telefonica A Telefonica anunciou uma OPA sobre a totalidade das acções que ainda não detinha da sua subsidiária Terra. A Telefonica propôs a troca de duas das suas acções por cada nove da Terra, avaliando cada acção da Terra a €3,21.
Telefonica Moviles A JP Morgan reviu em alta (+11%) o preço alvo sobre a Telefonica Moviles para €10,3.
Thyssenkrupp A UBS reviu em alta o preço alvo da Thyssenkrupp de €18 para €19,5.
Total A Total apresentou bons resultados, beneficiando da subida do preço do petróleo e do aumento das margens na refinação. O resultado líquido (excluindo extraordinários) cresceu 44% (YoY) no 4º trimestre para €2,52Bn acima do consenso de €2,47Bn. A Total anunciou ainda que pretende aumentar o dividendo anual em 15%. A UBS reviu em alta (+8%) o preço alvo sobre a Total para €200.
Unicredito A UBS reviu em alta a recomendação da Unicredito de neutral para buy.
Volkswagen A UBS subiu o preço alvo da Volkswagen de €25 para €27. A Volkswagen anunciou que o novo Passat irá ser comercializado ao mesmo preço que o modelo anterior. O CFO revelou ainda que vai aumentar o plano de poupança para €3,1Bn este ano.
Sector Automóvel As vendas de automóveis caíram 0,2% na Europa ocidental em Janeiro, de 1,172Mn de unidades (no ano passado) para 1,170Mn. A queda foi de 3,7% na Alemanha e em Itália e de 8,2% no Reino Unido. A Fiat foi a construtora mais afectada, com uma queda de 17% nas vendas, enquanto a Renault apresentou uma subida de 15%. As vendas da Daimler Chrysler caíram 4,9% e as da Volkswagen 1,1%.
Sector Energético A Morgan Stanley reviu em alta o preço alvo sobre algumas petrolíferas: Repsol (+5,8% para €22,75), BP (+4,6% para 570p), Royal Dutch (+4% para €52) e Shell (+5% para 525p).
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Empresas na semana (Resumo das informações fornecidas pelo Millennium bcp investimento, constantes do Diario de Mercado)
PORTUGAL
Brisa A Brisa vai receber €10,8Mn com a atribuição de dividendos da participada brasileira Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), o que equivale a um real por acção, em linha com as expectativas do Millennium bcp investimento. O valor de mercado da posição de 17,9% que a Brisa detém na concessionária brasileira é de €288Mn (7% do market cap da Brisa), pelo que o seu peso tem aumentado bastante. O Dividend Yield é de 3,7%, sendo um valor relativamente alto. O Millennium bcp investimento reviu em alta o preço alvo para Brisa de €7,75 para €7,80. O novo price target implica um potencial de valorização de 11% até ao final de 2005. Por outro lado, as concessionárias europeias de auto-estradas estão a transaccionar a máximos históricos. Assim, o Millennium bcp investimento mantém uma recomendação de Neutral (Baixo Risco) para a Brisa.
Cofina SGPS A Cofina anunciou ontem que a cisão simples da Cofina SGPS terá efeitos contabilísticos e jurídicos no dia 1 de Março. As acções representativas do capital social da Cofina SGPS transaccionadas em bolsa a partir do dia 24 de Fevereiro, inclusive, já não assegurarão ao respectivo titular a atribuição de acções representativas do capital social da Altri. No entanto, as acções representativas do capital social da Cofina SGPS transaccionadas fora do mercado regulamentado até ao dia 28 de Fevereiro (inclusive) continuam a assegurar ao respectivo titular as ditas acções da Altri (numa relação de um para um).
Impresa O Millennium bcp investimento reviu em alta a recomendação da Impresa de Neutral para Compra de forma a reflectir a recente performance da sua cotação.
Portugal Telecom A Anacom pretende impor novas descidas de preços do lacete local à PT. De acordo com a imprensa, o preço da mensalidade deverá passar de €11,96 para €11 enquanto os preços das instalações deverão passar de €92,12 (no caso de acesso completo) e €96 (no caso de acesso partilhado) para €49. Esta proposta deverá vir em linha com o que se espera ao nível da regulação, sendo negativa para a Portugal Telecom e positiva para os operadores alternativos. O Millennium bcp investimento destaca que esta oferta melhora a competitividade dos operadores alternativos, como a Sonaecom, baixando os seus custos de aquisição de clientes. No 4º trimestre de 2004, as receitas de serviços da Vivo (detida pela Portugal Telecom e Telefónica Móviles) ascenderam a BRL 2.929Bn, 7% acima das estimativas do Millennium bcp investimento; o EBITDA foi de BRL 840,2Mn, 4% acima; a margem EBITDA foi de 28,7%, 0,7% abaixo da estimativa do Millennium bcp investimento. As receitas oriundas das vendas de equipamentos e as subsidiações de terminais situaram-se acima do esperado. Os números de novos subscritores no trimestre ficou aquém do esperado (1,9Mn vs 2,13Mn esperados). Estes resultados reflectem que o mercado de telefonia móvel Brasileiro parece estar a estabilizar ao nível da concorrência entre os vários operadores, nomeadamente ao nível da aquisição de clientes. De acordo com o Jornal de Negócios, o presidente da Portugal Telecom acredita ser cedo para entrar no negócio de rede fixa no Brasil. Adiantou ainda que o negócio da Lusomundo Media estará concluído no primeiro semestre deste ano.
PTM De acordo com o Diário Económico, a Olivedesportos, empresa de Joaquim Oliveira que detém o jornal desportivo “O Jogo” e 50% do canal Sport TV, apresentou uma proposta de cerca de €300Mn para a compra da Lusomundo Media. De acordo com a notícia em causa, a oferta da Olivedesportos é a que apresenta o valor mais elevado dos cinco candidatos que se encontram na shortlist para a aquisição da Lusomundo Media. O Millennium bcp investimento acredita que o valor em causa se refere a 100% do valor dos activos da Lusomundo Media, os quais comparam com a sua avaliação de €143Mn para os mesmos activos e com montantes na ordem dos €200Mn-€250Mn que têm sido referidos em vários meios de comunicação social. O impacto na avaliação feita pelo Millennium bcp investimento, caso a potencial venda da Lusomundo Media fosse feita tendo por referência um valor de €300Mn para os activos, seria de 4%. Considerando os valores anteriormente referenciados nos media, o impacto no actual preço da PTM seria de cerca de 1%-2%. Na opinião do Millennium bcp investimento, mais relevante do que o impacto na avaliação da PTM será o impacto sobre a sua estrutura de capitais e de financiamento, a qual é conservadora. Assim, num cenário de venda da Lusomundo Media, o Millennium bcp investimento assume como possível que a PTM pudesse equacionar aumentar o actual programa de recompra de acções próprias (até 10% do capital actual ao preço de €21,5 por acção).
Sonae Na sequência da venda da Gescartão à Europac, o Millennium bcp investimento reviu em alta o preço alvo da Sonae de €1,26 para €1,28. A Sonae anunciou a venda da totalidade da participação (50%) e créditos na Imocapital, a qual detém 65% do capital da Gescartão, e mais 3,58% que detinha na Gescartão à Europac. O preço de referência para as acções da Gescartão foi de €13,57 por acção, o que permitiu um encaixe de €97,9Mn. O impacto em termos do resultado líquido consolidado, de acordo com o POC, atribuível à Sonae é de cerca de €34Mn. A avaliação feita pelo Millennium bcp investimento da posição da Sonae na Gescartão é de €70Mn, pelo que temos um impacto positivo de €28Mn, i.e. 1,2% desta avaliação.
Sonaecom O Millennium bcp investimento reviu em alta a recomendação da Sonaecom de Neutral para Compra de forma a reflectir a recente performance da sua cotação.
PORTUGAL
Brisa A Brisa vai receber €10,8Mn com a atribuição de dividendos da participada brasileira Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), o que equivale a um real por acção, em linha com as expectativas do Millennium bcp investimento. O valor de mercado da posição de 17,9% que a Brisa detém na concessionária brasileira é de €288Mn (7% do market cap da Brisa), pelo que o seu peso tem aumentado bastante. O Dividend Yield é de 3,7%, sendo um valor relativamente alto. O Millennium bcp investimento reviu em alta o preço alvo para Brisa de €7,75 para €7,80. O novo price target implica um potencial de valorização de 11% até ao final de 2005. Por outro lado, as concessionárias europeias de auto-estradas estão a transaccionar a máximos históricos. Assim, o Millennium bcp investimento mantém uma recomendação de Neutral (Baixo Risco) para a Brisa.
Cofina SGPS A Cofina anunciou ontem que a cisão simples da Cofina SGPS terá efeitos contabilísticos e jurídicos no dia 1 de Março. As acções representativas do capital social da Cofina SGPS transaccionadas em bolsa a partir do dia 24 de Fevereiro, inclusive, já não assegurarão ao respectivo titular a atribuição de acções representativas do capital social da Altri. No entanto, as acções representativas do capital social da Cofina SGPS transaccionadas fora do mercado regulamentado até ao dia 28 de Fevereiro (inclusive) continuam a assegurar ao respectivo titular as ditas acções da Altri (numa relação de um para um).
Impresa O Millennium bcp investimento reviu em alta a recomendação da Impresa de Neutral para Compra de forma a reflectir a recente performance da sua cotação.
Portugal Telecom A Anacom pretende impor novas descidas de preços do lacete local à PT. De acordo com a imprensa, o preço da mensalidade deverá passar de €11,96 para €11 enquanto os preços das instalações deverão passar de €92,12 (no caso de acesso completo) e €96 (no caso de acesso partilhado) para €49. Esta proposta deverá vir em linha com o que se espera ao nível da regulação, sendo negativa para a Portugal Telecom e positiva para os operadores alternativos. O Millennium bcp investimento destaca que esta oferta melhora a competitividade dos operadores alternativos, como a Sonaecom, baixando os seus custos de aquisição de clientes. No 4º trimestre de 2004, as receitas de serviços da Vivo (detida pela Portugal Telecom e Telefónica Móviles) ascenderam a BRL 2.929Bn, 7% acima das estimativas do Millennium bcp investimento; o EBITDA foi de BRL 840,2Mn, 4% acima; a margem EBITDA foi de 28,7%, 0,7% abaixo da estimativa do Millennium bcp investimento. As receitas oriundas das vendas de equipamentos e as subsidiações de terminais situaram-se acima do esperado. Os números de novos subscritores no trimestre ficou aquém do esperado (1,9Mn vs 2,13Mn esperados). Estes resultados reflectem que o mercado de telefonia móvel Brasileiro parece estar a estabilizar ao nível da concorrência entre os vários operadores, nomeadamente ao nível da aquisição de clientes. De acordo com o Jornal de Negócios, o presidente da Portugal Telecom acredita ser cedo para entrar no negócio de rede fixa no Brasil. Adiantou ainda que o negócio da Lusomundo Media estará concluído no primeiro semestre deste ano.
PTM De acordo com o Diário Económico, a Olivedesportos, empresa de Joaquim Oliveira que detém o jornal desportivo “O Jogo” e 50% do canal Sport TV, apresentou uma proposta de cerca de €300Mn para a compra da Lusomundo Media. De acordo com a notícia em causa, a oferta da Olivedesportos é a que apresenta o valor mais elevado dos cinco candidatos que se encontram na shortlist para a aquisição da Lusomundo Media. O Millennium bcp investimento acredita que o valor em causa se refere a 100% do valor dos activos da Lusomundo Media, os quais comparam com a sua avaliação de €143Mn para os mesmos activos e com montantes na ordem dos €200Mn-€250Mn que têm sido referidos em vários meios de comunicação social. O impacto na avaliação feita pelo Millennium bcp investimento, caso a potencial venda da Lusomundo Media fosse feita tendo por referência um valor de €300Mn para os activos, seria de 4%. Considerando os valores anteriormente referenciados nos media, o impacto no actual preço da PTM seria de cerca de 1%-2%. Na opinião do Millennium bcp investimento, mais relevante do que o impacto na avaliação da PTM será o impacto sobre a sua estrutura de capitais e de financiamento, a qual é conservadora. Assim, num cenário de venda da Lusomundo Media, o Millennium bcp investimento assume como possível que a PTM pudesse equacionar aumentar o actual programa de recompra de acções próprias (até 10% do capital actual ao preço de €21,5 por acção).
Sonae Na sequência da venda da Gescartão à Europac, o Millennium bcp investimento reviu em alta o preço alvo da Sonae de €1,26 para €1,28. A Sonae anunciou a venda da totalidade da participação (50%) e créditos na Imocapital, a qual detém 65% do capital da Gescartão, e mais 3,58% que detinha na Gescartão à Europac. O preço de referência para as acções da Gescartão foi de €13,57 por acção, o que permitiu um encaixe de €97,9Mn. O impacto em termos do resultado líquido consolidado, de acordo com o POC, atribuível à Sonae é de cerca de €34Mn. A avaliação feita pelo Millennium bcp investimento da posição da Sonae na Gescartão é de €70Mn, pelo que temos um impacto positivo de €28Mn, i.e. 1,2% desta avaliação.
Sonaecom O Millennium bcp investimento reviu em alta a recomendação da Sonaecom de Neutral para Compra de forma a reflectir a recente performance da sua cotação.
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» Cotação do título BCP em 21 de Fevereiro de 2005: € 2,12 (fecho)
Fonte Recomendação Preço Alvo Data da
recomendação
Morgan Stanley Equal-Weight 1,96 20 Out 04
UBS Warburg Neutral 1,95 20 Out 04
Deutsche Bank Hold 1,87 20 Out 04
Santander Central Hispano Buy 2,50 21 Out 04
Société Générale Hold 2,00 21 Out 04
ING Neutral 1,86 21 Out 04
Lisbon Brokers Buy 2,20 07 Jan 05
BPI Buy 2,15 25 Jan 05
Caixa Banco Investimento Buy 2,20 26 Jan 05
ESER Buy 2,13 26 Jan 05
Keefe, Bruyette & Woods Outperform 2,50 27 Jan 05
JP Morgan Neutral 2,00 03 Fev 05
Credit Suisse First of Boston Neutral 2,06 10 Fev 05
Fonte Recomendação Preço Alvo Data da
recomendação
Morgan Stanley Equal-Weight 1,96 20 Out 04
UBS Warburg Neutral 1,95 20 Out 04
Deutsche Bank Hold 1,87 20 Out 04
Santander Central Hispano Buy 2,50 21 Out 04
Société Générale Hold 2,00 21 Out 04
ING Neutral 1,86 21 Out 04
Lisbon Brokers Buy 2,20 07 Jan 05
BPI Buy 2,15 25 Jan 05
Caixa Banco Investimento Buy 2,20 26 Jan 05
ESER Buy 2,13 26 Jan 05
Keefe, Bruyette & Woods Outperform 2,50 27 Jan 05
JP Morgan Neutral 2,00 03 Fev 05
Credit Suisse First of Boston Neutral 2,06 10 Fev 05
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Recomendações de Bolsa
Do universo de empresas que o Millennium bcp investimento analisa, apresentamos de seguida os cinco títulos que têm maior potencial de valorização face ao seu preço alvo, sendo esta carteira revista semanalmente:
Empresa Tipo de Risco Preço* Preço Alvo
Final 2005 Potencial de valorização
Cofina Alto 4,43 5,55 25%
P Telecom Médio 9,46 11,55 22%
EDP Médio 2,28 2,70 18%
PT Multimédia Médio 19,68 23,05 17%
SonaeCom Alto 4,24 4,85 14%
* Fecho de 6ª feira dia 18 Fevereiro 2005
Tendo presente as relações de Grupo, o Millennium bcp investimento não efectua análises e recomendações sobre o Banco Comercial Português, pelo que passamos a publicitar as opiniões de entidades externas ao Grupo sobre a acção do BCP:
Do universo de empresas que o Millennium bcp investimento analisa, apresentamos de seguida os cinco títulos que têm maior potencial de valorização face ao seu preço alvo, sendo esta carteira revista semanalmente:
Empresa Tipo de Risco Preço* Preço Alvo
Final 2005 Potencial de valorização
Cofina Alto 4,43 5,55 25%
P Telecom Médio 9,46 11,55 22%
EDP Médio 2,28 2,70 18%
PT Multimédia Médio 19,68 23,05 17%
SonaeCom Alto 4,24 4,85 14%
* Fecho de 6ª feira dia 18 Fevereiro 2005
Tendo presente as relações de Grupo, o Millennium bcp investimento não efectua análises e recomendações sobre o Banco Comercial Português, pelo que passamos a publicitar as opiniões de entidades externas ao Grupo sobre a acção do BCP:
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Resultado das eleições sem impacto
Bolsa sofre maior queda dos últimos seis meses com Brisa a afundar mais de 4% (act)
A bolsa encerrou a sessão a cair mais de 1%, a maior queda em mais de seis meses. A Brisa foi a principal responsável pela queda do índice, ao sofrer uma descida de 4,29% - a maior desde Julho de 2002 – e os títulos do BCP, EDP e PT também fecharam com recuos superiores a 1%. Os investidores «ignoraram» os resultados das eleições e focaram as atenções das recomendações da Lehman Brothers.
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Sara Antunes
saraantunes@mediafin.pt
A bolsa encerrou a sessão a cair mais de 1%, a maior queda em mais de seis meses. A Brisa foi a principal responsável pela queda do índice, ao sofrer uma descida de 4,29% - a maior desde Julho de 2002 – e os títulos do BCP, EDP e PT também fecharam com recuos superiores a 1%. Os investidores «ignoraram» os resultados das eleições e focaram as atenções das recomendações da Lehman Brothers.
O PSI-20 [Cot] fechou a recuar 1,37% para os 7.933,07 pontos, com treze títulos a cair, dois a subir e cinco inalterados. Esta foi a maior queda do principal índice nacional desde 30 de Julho de 2004.
A Lehman Brothers afirmou que as «utilities» estão agora menos atractivas, devido à queda dos preços das obrigações, o que fez cair as eléctricas e as empresas de auto-estradas em toda a Europa. Em Portugal não foi excepção registando-se uma queda superior a 4% na Brisa e a 1% na EDP.
Os resultados das eleições legislativas não reflectiram na bolsa nacional. «Se não houvesse uma maioria absoluta a bolsa poderia reagir negativamente», explicou um operador contactado pelo Jornal de Negócios Online.
A Brisa [Cot] liderou as perdas ao recuar 4,29% para os 6,69 euros, a registar o maior deslize desde Julho de 2002, em linha com as concessionárias da Europa. A Autostrade perdeu mais de 5% e a Autorout du Sud de la France (ASF) depreciou 4,45%.
Os analistas citam a subida das «yields» das obrigações, para máximos de 2005, que tende a penalizar as empresas do sector. Segundo um operador contactado o resultado das eleições não afecta a Brisa, apesar do partido vencedor ter criticado o plano do PSD que visava a transformação das vias sem cobrança ao utilizador (SCUT) em auto-estradas com portagens.
A concessionária de auto-estradas apresenta amanhã os resultados do exercício de 2004. Os lucros anuais deverão ficar no intervalo entre 186 milhões e 208 milhões de euros, de acordo com as estimativas apresentadas por oito casas de investimentos. A média aponta para lucros de 197 milhões de euros, o que representa um crescimento de 29,9% face aos lucros de 2003.
A Energias de Portugal (EDP) [Cot] desvalorizou 1,75% para os 2,24 euros, com base na mesma justificação da Brisa e a acompanhar o sector, que registou uma queda de 2,2% na Endesa, 3% na Iberdrola e de 3,33% na RWE.
Para além disso, o líder do PS, José Sócrates, anunciou publicamente a sua intenção de apresentar um novo plano de reestruturação no sector energético, o que determinará, forçosamente o futuro da EDP. «As decisões têm sempre de ser equilibradas» disse o mesmo operador, sugerindo que a eléctrica não deverá cair sustentada neste factor.
O Banco Comercial Português (BCP) [Cot] encerrou o dia a depreciar 1,4% para os 2,12 euros. O Banco Espírito Santo (BES) [Cot] seguiu a mesma tendência e caiu 0,22% para os 13,4 euros, enquanto o Banco BPI [Cot] ficou inalterado nos 3,1 euros.
A Portugal Telecom (PT) [Cot] deslizou o1,59% para os 9,31 euros. A Lehman Brothers reviu em baixa o preço alvo para a operadora, de 11,5 euros para 10,5 euros, e as estimativas de resultados.
Os únicos títulos que contrariaram a tendência de queda foram a Jerónimo Martins [Cot] que ganhou 0,65% para os 10,81 euros e a Cofina [Cot] que encerrou a negociar nos 4,47 euros a somar 0,9%.
A Sonae SGPS [Cot] situou-se nos 1,19 euros, sem registar alterações. «As acções da Sonae SGPS estão a caminho de uma maior valorização, beneficiando e incorporando ‘passo a passo’ uma série de notícias positivas». Foi desta forma que o Caixa BI inicia uma nota sobre a Sonae SGPS, onde sobe o preço alvo da empresa de Belmiro de Azevedo de 1,30 para 1,35 euros.
Bolsa sofre maior queda dos últimos seis meses com Brisa a afundar mais de 4% (act)
A bolsa encerrou a sessão a cair mais de 1%, a maior queda em mais de seis meses. A Brisa foi a principal responsável pela queda do índice, ao sofrer uma descida de 4,29% - a maior desde Julho de 2002 – e os títulos do BCP, EDP e PT também fecharam com recuos superiores a 1%. Os investidores «ignoraram» os resultados das eleições e focaram as atenções das recomendações da Lehman Brothers.
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Sara Antunes
saraantunes@mediafin.pt
A bolsa encerrou a sessão a cair mais de 1%, a maior queda em mais de seis meses. A Brisa foi a principal responsável pela queda do índice, ao sofrer uma descida de 4,29% - a maior desde Julho de 2002 – e os títulos do BCP, EDP e PT também fecharam com recuos superiores a 1%. Os investidores «ignoraram» os resultados das eleições e focaram as atenções das recomendações da Lehman Brothers.
O PSI-20 [Cot] fechou a recuar 1,37% para os 7.933,07 pontos, com treze títulos a cair, dois a subir e cinco inalterados. Esta foi a maior queda do principal índice nacional desde 30 de Julho de 2004.
A Lehman Brothers afirmou que as «utilities» estão agora menos atractivas, devido à queda dos preços das obrigações, o que fez cair as eléctricas e as empresas de auto-estradas em toda a Europa. Em Portugal não foi excepção registando-se uma queda superior a 4% na Brisa e a 1% na EDP.
Os resultados das eleições legislativas não reflectiram na bolsa nacional. «Se não houvesse uma maioria absoluta a bolsa poderia reagir negativamente», explicou um operador contactado pelo Jornal de Negócios Online.
A Brisa [Cot] liderou as perdas ao recuar 4,29% para os 6,69 euros, a registar o maior deslize desde Julho de 2002, em linha com as concessionárias da Europa. A Autostrade perdeu mais de 5% e a Autorout du Sud de la France (ASF) depreciou 4,45%.
Os analistas citam a subida das «yields» das obrigações, para máximos de 2005, que tende a penalizar as empresas do sector. Segundo um operador contactado o resultado das eleições não afecta a Brisa, apesar do partido vencedor ter criticado o plano do PSD que visava a transformação das vias sem cobrança ao utilizador (SCUT) em auto-estradas com portagens.
A concessionária de auto-estradas apresenta amanhã os resultados do exercício de 2004. Os lucros anuais deverão ficar no intervalo entre 186 milhões e 208 milhões de euros, de acordo com as estimativas apresentadas por oito casas de investimentos. A média aponta para lucros de 197 milhões de euros, o que representa um crescimento de 29,9% face aos lucros de 2003.
A Energias de Portugal (EDP) [Cot] desvalorizou 1,75% para os 2,24 euros, com base na mesma justificação da Brisa e a acompanhar o sector, que registou uma queda de 2,2% na Endesa, 3% na Iberdrola e de 3,33% na RWE.
Para além disso, o líder do PS, José Sócrates, anunciou publicamente a sua intenção de apresentar um novo plano de reestruturação no sector energético, o que determinará, forçosamente o futuro da EDP. «As decisões têm sempre de ser equilibradas» disse o mesmo operador, sugerindo que a eléctrica não deverá cair sustentada neste factor.
O Banco Comercial Português (BCP) [Cot] encerrou o dia a depreciar 1,4% para os 2,12 euros. O Banco Espírito Santo (BES) [Cot] seguiu a mesma tendência e caiu 0,22% para os 13,4 euros, enquanto o Banco BPI [Cot] ficou inalterado nos 3,1 euros.
A Portugal Telecom (PT) [Cot] deslizou o1,59% para os 9,31 euros. A Lehman Brothers reviu em baixa o preço alvo para a operadora, de 11,5 euros para 10,5 euros, e as estimativas de resultados.
Os únicos títulos que contrariaram a tendência de queda foram a Jerónimo Martins [Cot] que ganhou 0,65% para os 10,81 euros e a Cofina [Cot] que encerrou a negociar nos 4,47 euros a somar 0,9%.
A Sonae SGPS [Cot] situou-se nos 1,19 euros, sem registar alterações. «As acções da Sonae SGPS estão a caminho de uma maior valorização, beneficiando e incorporando ‘passo a passo’ uma série de notícias positivas». Foi desta forma que o Caixa BI inicia uma nota sobre a Sonae SGPS, onde sobe o preço alvo da empresa de Belmiro de Azevedo de 1,30 para 1,35 euros.
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Alertas: Brisa
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005
O lucro da Brisa deve ter subido 30 por cento no ano passado, face a 2003, para 197 milhões de euros, de acordo com a média das estimativas dos analistas contactados pela agência Lusa. Em 2003, ano em que o lucro da Brisa foi prejudicado pelos efeitos contabilísticos do fim dos benefícios fiscais, a concessionária obteve um resultado líquido de 151,7 milhões de euros. As estimativas dos analistas para o lucro da Brisa oscilam entre os 190 milhões de euros, apontados pelo BPI, e os 208,3 milhões de euros pelo Espírito Santo Research. As casas de investimento esperam uma subida de 5,9 por cento das receitas totais, para uma média de 593 milhões de euros. Em 2003, a concessionária conseguiu receitas de 560,1 milhões de euros. A Brisa apresenta resultados anuais amanhã.
Portugal Telecom
O branco Dresdner mostrou-se agradado com os resultados conseguidos pelas operadoras brasileiras que operam sob a marca Vivo, defendendo que estes suportam a avaliação de Portugal Telecom e Telefonica, que controlam essas empresas. "O grupo de empresas Vivo apresentou resultados trimestrais agregados com receitas significativamente superiores ao que esperávamos e ligeiramente melhores em termos de EBITDA", afirma o Dresdner."Este factor é um elemento de suporte para as nossas recomendações sobre Telefonica, Telefonica Moviles e Portugal Telecom", acrescenta o banco alemão. O Dresdner tem uma recomendação de "acumular" para a Telefonica Moviles e de "comprar" para PT e Telefonica. Para a Portugal Telecom, o banco alemão tem um preço-alvo de 12 euros. O resultado negativo da Telesp Celular Participações (TCP), "holding" que integra os activos da Vivo, diminuiu 19,9 por cento para 146,3 milhões de euros (490,2 milhões de reais), no ano passado, face a 2003.
Corticeira Amorim
A aquisição de 50 por cento da CSG-Equipar SGPS por parte da Corticeira Amorim tem um impacto neutro a positivo no desempenho da corticeira, considera o BPI na sua nota diária de sexta-feira. A Corticeira Amorim comprou 50 por cento do capital da congénere CSG-Equipar SGPS, um investimento de 500 mil euros. "Vemos este negócio como positivo do ponto de vista estratégico", refere banco de investimento. A Corticeira "reforça em seis por cento a capacidade instalada no seu principal negócio e a sua capacidade para beneficiar da esperada evolução positiva no negócio das rolhas, suportado pela recuperação económica nos seus principais mercados e pelo aumento da presença nos novos mercados vinícolas", sublinha o BPI. Além disso, destaca ainda a nota, "a presença física da fábrica da CSG-Equipar é próxima de uma das unidades de fabrico de rolhas da Corticeira, o que pode gerar sinergias significativas ao nível logístico e de pessoal".
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005
O lucro da Brisa deve ter subido 30 por cento no ano passado, face a 2003, para 197 milhões de euros, de acordo com a média das estimativas dos analistas contactados pela agência Lusa. Em 2003, ano em que o lucro da Brisa foi prejudicado pelos efeitos contabilísticos do fim dos benefícios fiscais, a concessionária obteve um resultado líquido de 151,7 milhões de euros. As estimativas dos analistas para o lucro da Brisa oscilam entre os 190 milhões de euros, apontados pelo BPI, e os 208,3 milhões de euros pelo Espírito Santo Research. As casas de investimento esperam uma subida de 5,9 por cento das receitas totais, para uma média de 593 milhões de euros. Em 2003, a concessionária conseguiu receitas de 560,1 milhões de euros. A Brisa apresenta resultados anuais amanhã.
Portugal Telecom
O branco Dresdner mostrou-se agradado com os resultados conseguidos pelas operadoras brasileiras que operam sob a marca Vivo, defendendo que estes suportam a avaliação de Portugal Telecom e Telefonica, que controlam essas empresas. "O grupo de empresas Vivo apresentou resultados trimestrais agregados com receitas significativamente superiores ao que esperávamos e ligeiramente melhores em termos de EBITDA", afirma o Dresdner."Este factor é um elemento de suporte para as nossas recomendações sobre Telefonica, Telefonica Moviles e Portugal Telecom", acrescenta o banco alemão. O Dresdner tem uma recomendação de "acumular" para a Telefonica Moviles e de "comprar" para PT e Telefonica. Para a Portugal Telecom, o banco alemão tem um preço-alvo de 12 euros. O resultado negativo da Telesp Celular Participações (TCP), "holding" que integra os activos da Vivo, diminuiu 19,9 por cento para 146,3 milhões de euros (490,2 milhões de reais), no ano passado, face a 2003.
Corticeira Amorim
A aquisição de 50 por cento da CSG-Equipar SGPS por parte da Corticeira Amorim tem um impacto neutro a positivo no desempenho da corticeira, considera o BPI na sua nota diária de sexta-feira. A Corticeira Amorim comprou 50 por cento do capital da congénere CSG-Equipar SGPS, um investimento de 500 mil euros. "Vemos este negócio como positivo do ponto de vista estratégico", refere banco de investimento. A Corticeira "reforça em seis por cento a capacidade instalada no seu principal negócio e a sua capacidade para beneficiar da esperada evolução positiva no negócio das rolhas, suportado pela recuperação económica nos seus principais mercados e pelo aumento da presença nos novos mercados vinícolas", sublinha o BPI. Além disso, destaca ainda a nota, "a presença física da fábrica da CSG-Equipar é próxima de uma das unidades de fabrico de rolhas da Corticeira, o que pode gerar sinergias significativas ao nível logístico e de pessoal".
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Esperada Subida nos Juros de Longo Prazo
Por CARLOS ALMEIDA ANDRADE
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005
Apesar da relativa abundância de indicadores de actividade, as atenções dos mercados estiveram, na semana passada, centradas nas declarações de Alan Greenspan ao Congresso dos Estados Unidos. Em particular, procuravam-se sinais relativos à futura orientação da política monetária do Fed, depois de, na semana anterior, o Governador Guynn ter declarado que a autoridade monetária norte-americana poderia, em breve, deixar cair, nos comunicados do Federal Open Market Committee, a expressão "measured" ("gradual") relativa ao ritmo de subida dos juros de referência esperado no futuro próximo.
A intervenção de Greenspan acabou por não incluir nenhuma novidade significativa. Em relação à política monetária, o Presidente do Fed afirmou que, embora a elevação das taxas de juro de referência levada a cabo nos últimos meses tenha contribuído para uma subida dos juros reais, estes encontram-se ainda significativamente baixos - uma declaração que confirma a necessidade de o Fed proceder ainda a diversos movimentos de subida dos juros no futuro próximo, no sentido de os levar a um nível mais próximo do neutral. Esta ideia é sustentada também pelas perspectivas optimistas apresentadas pela autoridade monetária quanto à actividade económica: o Fed espera que o PIB cresça entre 3,75 e quatro por cento, em termos homólogos, no quarto trimestre deste ano - uma revisão em alta face às anteriores previsões.
Com um discurso sem surpresas significativas sobre a situação económica nos EUA, o momento mais interessante da intervenção de Greenspan incidiu sobre um "puzzle" que tem intrigado os mercados financeiros: o facto de os juros de longo prazo se manterem claramente abaixo daquilo que seria justificável pelos fundamentos da conjuntura económica. O ritmo de subida da taxa de juro de referência seguido pelo Fed desde Junho de 2004 - altura em que se iniciou o actual ciclo de aperto da política monetária - tem sido próximo do observado nos anteriores ciclos de subida de juros, nos anos 80 e 90. No entanto, enquanto esses ciclos foram acompanhados por subidas nas "yields" dos títulos do Tesouro a 10 anos (de 100 a 150 pontos base, ao fim do mesmo período de tempo), o ciclo actual viu essas "yields" descerem face ao ponto de partida.
Tipicamente, os juros de longo prazo respondem às subidas dos juros de curto prazo subindo também (uma vez que aqueles deveriam reflectir, pelo menos em parte, as expectativas face às futuras taxas de curto prazo). Acresce a isto o facto de a inflação mostrar uma tendência de subida nos EUA, ao mesmo tempo que diversos indicadores sugerem uma redução da capacidade produtiva excedente - um sinal de possíveis pressões inflacionistas futuras (em particular, o mercado de trabalho tem mostrado sinais consistentes de recuperação, com uma tendência de fortalecimento na criação de emprego). Mas nem estes factos - que tipicamente também se reflectem em juros de longo prazo mais elevados - têm evitado a evolução deprimida das "yields" dos "Treasuries" a 10 anos, a qual contribui também para os actuais níveis baixos dos juros de longo prazo na zona euro.
Diversas explicações têm sido apresentadas para este "puzzle": (i) a forte procura de títulos da dívida pública americana por parte dos bancos centrais asiáticos, na sequência da acumulação de reservas em dólares por parte destes países; (ii) a procura de rendibilidades mais elevadas num contexto de juros de curto prazo historicamente baixos e de liquidez excessiva; (iii) a forte procura dos mesmos títulos da dívida por parte de fundos de pensões, dada a necessidade de estes ajustarem os seus activos às crescentes responsabilidades de longo prazo; (iv) expectativas de inflação reduzidas, com a crescente integração da economia mundial a pressionar os preços em baixa; (v) alguma incerteza quanto à sustentabilidade da actual retoma da economia mundial, dada a persistência de alguns desequilíbrios macroeconómicos fundamentais; ou (vi) alguma confiança excessiva por parte dos investidores na ideia de que o mercado de dívida pública se vai manter sustentado. Pelo menos alguns destes factores deverão perder algum peso ao longo dos próximos meses, o que sustenta a ideia de que as "yields" tenderão a subir em 2005, reflectindo de uma forma mais aproximada os fundamentos económicos actuais.
*Economista Chefe do BES
Por CARLOS ALMEIDA ANDRADE
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005
Apesar da relativa abundância de indicadores de actividade, as atenções dos mercados estiveram, na semana passada, centradas nas declarações de Alan Greenspan ao Congresso dos Estados Unidos. Em particular, procuravam-se sinais relativos à futura orientação da política monetária do Fed, depois de, na semana anterior, o Governador Guynn ter declarado que a autoridade monetária norte-americana poderia, em breve, deixar cair, nos comunicados do Federal Open Market Committee, a expressão "measured" ("gradual") relativa ao ritmo de subida dos juros de referência esperado no futuro próximo.
A intervenção de Greenspan acabou por não incluir nenhuma novidade significativa. Em relação à política monetária, o Presidente do Fed afirmou que, embora a elevação das taxas de juro de referência levada a cabo nos últimos meses tenha contribuído para uma subida dos juros reais, estes encontram-se ainda significativamente baixos - uma declaração que confirma a necessidade de o Fed proceder ainda a diversos movimentos de subida dos juros no futuro próximo, no sentido de os levar a um nível mais próximo do neutral. Esta ideia é sustentada também pelas perspectivas optimistas apresentadas pela autoridade monetária quanto à actividade económica: o Fed espera que o PIB cresça entre 3,75 e quatro por cento, em termos homólogos, no quarto trimestre deste ano - uma revisão em alta face às anteriores previsões.
Com um discurso sem surpresas significativas sobre a situação económica nos EUA, o momento mais interessante da intervenção de Greenspan incidiu sobre um "puzzle" que tem intrigado os mercados financeiros: o facto de os juros de longo prazo se manterem claramente abaixo daquilo que seria justificável pelos fundamentos da conjuntura económica. O ritmo de subida da taxa de juro de referência seguido pelo Fed desde Junho de 2004 - altura em que se iniciou o actual ciclo de aperto da política monetária - tem sido próximo do observado nos anteriores ciclos de subida de juros, nos anos 80 e 90. No entanto, enquanto esses ciclos foram acompanhados por subidas nas "yields" dos títulos do Tesouro a 10 anos (de 100 a 150 pontos base, ao fim do mesmo período de tempo), o ciclo actual viu essas "yields" descerem face ao ponto de partida.
Tipicamente, os juros de longo prazo respondem às subidas dos juros de curto prazo subindo também (uma vez que aqueles deveriam reflectir, pelo menos em parte, as expectativas face às futuras taxas de curto prazo). Acresce a isto o facto de a inflação mostrar uma tendência de subida nos EUA, ao mesmo tempo que diversos indicadores sugerem uma redução da capacidade produtiva excedente - um sinal de possíveis pressões inflacionistas futuras (em particular, o mercado de trabalho tem mostrado sinais consistentes de recuperação, com uma tendência de fortalecimento na criação de emprego). Mas nem estes factos - que tipicamente também se reflectem em juros de longo prazo mais elevados - têm evitado a evolução deprimida das "yields" dos "Treasuries" a 10 anos, a qual contribui também para os actuais níveis baixos dos juros de longo prazo na zona euro.
Diversas explicações têm sido apresentadas para este "puzzle": (i) a forte procura de títulos da dívida pública americana por parte dos bancos centrais asiáticos, na sequência da acumulação de reservas em dólares por parte destes países; (ii) a procura de rendibilidades mais elevadas num contexto de juros de curto prazo historicamente baixos e de liquidez excessiva; (iii) a forte procura dos mesmos títulos da dívida por parte de fundos de pensões, dada a necessidade de estes ajustarem os seus activos às crescentes responsabilidades de longo prazo; (iv) expectativas de inflação reduzidas, com a crescente integração da economia mundial a pressionar os preços em baixa; (v) alguma incerteza quanto à sustentabilidade da actual retoma da economia mundial, dada a persistência de alguns desequilíbrios macroeconómicos fundamentais; ou (vi) alguma confiança excessiva por parte dos investidores na ideia de que o mercado de dívida pública se vai manter sustentado. Pelo menos alguns destes factores deverão perder algum peso ao longo dos próximos meses, o que sustenta a ideia de que as "yields" tenderão a subir em 2005, reflectindo de uma forma mais aproximada os fundamentos económicos actuais.
*Economista Chefe do BES
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Pré-abertura
Mercados na Expectativa
Por BERNARDO MESQUITA
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005
Na passada semana os mercados fizeram uma pausa após as recentes valorizações. De facto, os mercados parecem estar a consolidar os recentes ganhos, ao mesmo tempo que incorporam movimentos importantes que têm ocorrido em algumas variáveis macroeconómicas determinantes para a evolução futura dos mercados financeiros. Na últimos dias assistimos a um forte movimento de venda de obrigações, sobretudo as de maior maturidade, tendo as respectivas 'yields' subido significativamente. Este movimento surgiu com as declarações de Alan Greenspan, nas quais afirmou que o actual nível de taxas de juro era "misteriosamente" baixo, dada a actual situação de crescimento económico e as crescentes pressões inflaccionistas. Este será um tema a monitorizar de perto, pois uma subida significativa das 'yields' dos 10 anos nos EUA poderá começar a ter implicações negativas na liquidez que tem inundado os mercados recentemente e em muito contribuído para a sua subida. A subida do preço do petróleo para níveis muito perto dos 50 dólares por barril pode retirar o fôlego aos mercados accionistas, pois esta subida é equivalente a um imposto sobre o consumidor. Por fim, em Portugal os investidores têm estado na expectativa quanto ao resultado das eleições legislativas, nomeadamente para se aferir a estabilidade da solução política que sairá da votação.
Gestão de Patrimónios Espirito Santo Investment
bmesquita@besinv.pt
Mercados na Expectativa
Por BERNARDO MESQUITA
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005
Na passada semana os mercados fizeram uma pausa após as recentes valorizações. De facto, os mercados parecem estar a consolidar os recentes ganhos, ao mesmo tempo que incorporam movimentos importantes que têm ocorrido em algumas variáveis macroeconómicas determinantes para a evolução futura dos mercados financeiros. Na últimos dias assistimos a um forte movimento de venda de obrigações, sobretudo as de maior maturidade, tendo as respectivas 'yields' subido significativamente. Este movimento surgiu com as declarações de Alan Greenspan, nas quais afirmou que o actual nível de taxas de juro era "misteriosamente" baixo, dada a actual situação de crescimento económico e as crescentes pressões inflaccionistas. Este será um tema a monitorizar de perto, pois uma subida significativa das 'yields' dos 10 anos nos EUA poderá começar a ter implicações negativas na liquidez que tem inundado os mercados recentemente e em muito contribuído para a sua subida. A subida do preço do petróleo para níveis muito perto dos 50 dólares por barril pode retirar o fôlego aos mercados accionistas, pois esta subida é equivalente a um imposto sobre o consumidor. Por fim, em Portugal os investidores têm estado na expectativa quanto ao resultado das eleições legislativas, nomeadamente para se aferir a estabilidade da solução política que sairá da votação.
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Diversificar
A Arte Está no Mercado
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005
Os fundos de investimento especializados em arte são cada vez mais comuns. Tornou-se também mais fácil comparar a evolução deste mercado com a de outros activos, como acções ou obrigações
Gonçalo Morna
A arte atrai a atenção de um número cada vez maior de pessoas. A pintura, nos últimos anos, tem vindo a ter um interesse crescente junto de um leque cada vez mais alargado de pessoa de praticamente todas as classes etárias. Esta crescente atracção pela arte, principalmente pela pintura, pode-se explicar em apenas duas palavras: decoração e investimento.
Quem compra um quadro de um determinado pintor para o expor em sua casa preocupa-se, com toda a certeza, com o efeito estético que essa pintura irá ter na decoração. As cores, os desenhos, a abstracção, o significado são factores que os compradores de pintura põem em equação antes de decidir pela compra de um quadro. No entanto, este factor decorativo está cada vez mais associado ao factor investimento. Quantas pessoas não compraram, por exemplo, um quadro por mil euros e passados poucos anos se aperceberam que o seu valor duplicou ou triplicou? Quantas pessoas não tiveram conhecimento de situações, junto do seu círculo de amigos e familiares, de se ter adquirido uma obra de um determinado pintor desconhecido que de repente se tornou uma referência no mercado de arte?
Durante muito tempo, o investimento em arte era realizado, quase exclusivamente, por bilionários e coleccionadores, mas, nos dias de hoje, é cada vez mais normal vermos pessoas de classe média/alta, muitos deles jovens, a procurar este tipo de artigos. Este tipo de investimento para além da já referida componente decorativa permite aos investidores diversificarem os seus investimentos numa classe de activos que tem a grande vantagem de ter uma correlação bastante baixa com as classes de activos mais tradicionais, como obrigações e acções.
Novo índice
Do mesmo modo que o desempenho das outras classes de activos é medido por índices de referência que acompanham a evolução dos mercados em questão, também para o investimento em arte têm surgido variados índices que permitem aos investidores acompanhar a evolução deste mercado e comparar com a evolução das outras classes de activos. Recentemente, a NYU Stern School of Business desenvolveu um novo índice denominado 'Mei Moses All Art Index'. Jianping Mei e Michael Moses, professores da New York University, compilaram preços históricos de transacção de mais de oito mil peças de arte, criando assim o referido índice.
Os resultados para os investidores interessados na classe de activos arte não podiam ser mais satisfatórios. No ano 2004 este índice registou uma variação anual de 13 por cento, que compara favoravelmente com uma variação de 10,9 por cento do índice accionista norte-americano S&P 500 e com uma variação de 5,1 por cento da obrigação do tesouro norte-americano com uma maturidade de 10 anos. O bom desempenho do mercado norte-americano de arte no ano passado pode, no entanto, ser explicado em parte pelo facto da desvalorização do dólar ter aguçado o apetite dos grandes investidores de arte europeus. Mas, nos últimos cinco anos, o índice 'Mei Moses All Art' registou uma variação anualizada de 7,3 por cento, que compara favoravelmente com uma variação anualizada negativa de 2,8 por cento do índice S&P 500, enquanto que a obrigação do tesouro norte-americano a 10 anos registou uma variação marginalmente superior de 7,5 por cento. Nos últimos 50 anos passou-se o inverso, tendo o investimento em arte sido batido pelo segmento accionista e obtido um desempenho superior ao segmento obrigacionista.
O investimento em arte - apesar de ser, sem sombra de dúvida, uma excelente alternativa que os investidores devem ter em consideração - tem um grau de complexidade que não é inferior aos investimentos mais tradicionais. Uma pessoa comum enfrenta grandes dificuldades quando confrontada com a possibilidade de comprar uma pintura ou uma antiguidade. Em primeiro lugar, é preciso saber onde comprar. Para esta questão existem várias respostas, uma vez que as peças de arte e as antiguidades tanto podem ser adquiridas directamente a pessoas que as detenham, como em leilões ou em galerias de arte.
O facto de a arte estar a ser cada vez mais encarada como uma alternativa de investimento, tem feito com que as instituições financeiras se preocupem em oferecer aos seus clientes produtos deste segmento. Assim, podemos observar uma oferta cada vez maior nos mercados internacionais de fundos de investimento especializados em arte, que permitem aos investidores apostar no mercado de arte em fundos geridos por verdadeiros profissionais da matéria, com montantes mínimos substancialmente inferiores ao investimento directo em arte. Portugal não tem fugido a esta tendência, tendo-se verificado no ano passado o lançamento de um fundo de investimento por parte do Banif e de uma fundação de arte do Banco Privado Português. Aqueles investidores mais abastados, com acesso aos serviços de 'private banking' existentes no nosso país, podem beneficiar de serviços de aconselhamento que lhes são proporcionados por estas instituições.
Quem investe em arte deve estar bem consciente sobre o facto deste tipo de investimento ter uma perspectiva temporal de longo prazo. Os custos de transacção no mercado de arte são bastante elevados. Por exemplo, as comissões das empresas leiloeiras podem atingir valores na ordem dos 15 ou 20 por cento. Outra situação importante que os investidores devem estar conscientes é o facto de, também nesta classe de activos, os desempenhos históricos não constituírem qualquer garantia de desempenho futuro.
A Arte Está no Mercado
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005
Os fundos de investimento especializados em arte são cada vez mais comuns. Tornou-se também mais fácil comparar a evolução deste mercado com a de outros activos, como acções ou obrigações
Gonçalo Morna
A arte atrai a atenção de um número cada vez maior de pessoas. A pintura, nos últimos anos, tem vindo a ter um interesse crescente junto de um leque cada vez mais alargado de pessoa de praticamente todas as classes etárias. Esta crescente atracção pela arte, principalmente pela pintura, pode-se explicar em apenas duas palavras: decoração e investimento.
Quem compra um quadro de um determinado pintor para o expor em sua casa preocupa-se, com toda a certeza, com o efeito estético que essa pintura irá ter na decoração. As cores, os desenhos, a abstracção, o significado são factores que os compradores de pintura põem em equação antes de decidir pela compra de um quadro. No entanto, este factor decorativo está cada vez mais associado ao factor investimento. Quantas pessoas não compraram, por exemplo, um quadro por mil euros e passados poucos anos se aperceberam que o seu valor duplicou ou triplicou? Quantas pessoas não tiveram conhecimento de situações, junto do seu círculo de amigos e familiares, de se ter adquirido uma obra de um determinado pintor desconhecido que de repente se tornou uma referência no mercado de arte?
Durante muito tempo, o investimento em arte era realizado, quase exclusivamente, por bilionários e coleccionadores, mas, nos dias de hoje, é cada vez mais normal vermos pessoas de classe média/alta, muitos deles jovens, a procurar este tipo de artigos. Este tipo de investimento para além da já referida componente decorativa permite aos investidores diversificarem os seus investimentos numa classe de activos que tem a grande vantagem de ter uma correlação bastante baixa com as classes de activos mais tradicionais, como obrigações e acções.
Novo índice
Do mesmo modo que o desempenho das outras classes de activos é medido por índices de referência que acompanham a evolução dos mercados em questão, também para o investimento em arte têm surgido variados índices que permitem aos investidores acompanhar a evolução deste mercado e comparar com a evolução das outras classes de activos. Recentemente, a NYU Stern School of Business desenvolveu um novo índice denominado 'Mei Moses All Art Index'. Jianping Mei e Michael Moses, professores da New York University, compilaram preços históricos de transacção de mais de oito mil peças de arte, criando assim o referido índice.
Os resultados para os investidores interessados na classe de activos arte não podiam ser mais satisfatórios. No ano 2004 este índice registou uma variação anual de 13 por cento, que compara favoravelmente com uma variação de 10,9 por cento do índice accionista norte-americano S&P 500 e com uma variação de 5,1 por cento da obrigação do tesouro norte-americano com uma maturidade de 10 anos. O bom desempenho do mercado norte-americano de arte no ano passado pode, no entanto, ser explicado em parte pelo facto da desvalorização do dólar ter aguçado o apetite dos grandes investidores de arte europeus. Mas, nos últimos cinco anos, o índice 'Mei Moses All Art' registou uma variação anualizada de 7,3 por cento, que compara favoravelmente com uma variação anualizada negativa de 2,8 por cento do índice S&P 500, enquanto que a obrigação do tesouro norte-americano a 10 anos registou uma variação marginalmente superior de 7,5 por cento. Nos últimos 50 anos passou-se o inverso, tendo o investimento em arte sido batido pelo segmento accionista e obtido um desempenho superior ao segmento obrigacionista.
O investimento em arte - apesar de ser, sem sombra de dúvida, uma excelente alternativa que os investidores devem ter em consideração - tem um grau de complexidade que não é inferior aos investimentos mais tradicionais. Uma pessoa comum enfrenta grandes dificuldades quando confrontada com a possibilidade de comprar uma pintura ou uma antiguidade. Em primeiro lugar, é preciso saber onde comprar. Para esta questão existem várias respostas, uma vez que as peças de arte e as antiguidades tanto podem ser adquiridas directamente a pessoas que as detenham, como em leilões ou em galerias de arte.
O facto de a arte estar a ser cada vez mais encarada como uma alternativa de investimento, tem feito com que as instituições financeiras se preocupem em oferecer aos seus clientes produtos deste segmento. Assim, podemos observar uma oferta cada vez maior nos mercados internacionais de fundos de investimento especializados em arte, que permitem aos investidores apostar no mercado de arte em fundos geridos por verdadeiros profissionais da matéria, com montantes mínimos substancialmente inferiores ao investimento directo em arte. Portugal não tem fugido a esta tendência, tendo-se verificado no ano passado o lançamento de um fundo de investimento por parte do Banif e de uma fundação de arte do Banco Privado Português. Aqueles investidores mais abastados, com acesso aos serviços de 'private banking' existentes no nosso país, podem beneficiar de serviços de aconselhamento que lhes são proporcionados por estas instituições.
Quem investe em arte deve estar bem consciente sobre o facto deste tipo de investimento ter uma perspectiva temporal de longo prazo. Os custos de transacção no mercado de arte são bastante elevados. Por exemplo, as comissões das empresas leiloeiras podem atingir valores na ordem dos 15 ou 20 por cento. Outra situação importante que os investidores devem estar conscientes é o facto de, também nesta classe de activos, os desempenhos históricos não constituírem qualquer garantia de desempenho futuro.
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Eleições Paralisaram a Bolsa
Por ROSA SOARES
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005
A bolsa de Lisboa interrompeu o ciclo que quatro semanas consecutivas de ganhos. O principal índice da bolsa portuguesa perdeu 0,46 por cento na semana passada, tendo subido apenas numa das sessões. As restantes praças internacionais também revelaram uma tendência indefinida, numa semana marcada pela intervenção do presidente da Fed, que deixou em aberto a possibilidade de novas subidas das taxas de juros americanas. Os mercados foram ainda influenciados pela apresentação de resultados de grandes empresas e por uma nova subida dos preços do petróleo.
Na bolsa portuguesa, a semana ficou marcada pela realização das eleições legislativas. Alguns investidores institucionais moderaram as compras e outros reduziram mesmo a sua exposição a títulos portugueses, em especial na EDP e na Brisa, as empresas onde existe maior indefinição em relação à política do novo Governo. No caso da EDP, há algum receio de que o modelo de reestruturação do sector energético possa sofrer alterações, criando uma situação delicada à actual equipa de gestão, liderada por João Talone. Na Brisa, a questão principal está relacionada com uma eventual suspensão da introdução de portagens nas Scut, planeada pelo anterior Executivo.
No sobe e desce da semana, a maior valorização foi conseguida na Gescartão, a subir 5,2 por cento. A valorização aconteceu depois da Sonae ter anunciado a venda da sua participação aos espanhóis da Europac. A aquisição não implica o lançamento de uma oferta pública de aquisição, como o mercado chegou a antecipar. A empresa já disse que não pretende distribuir dividendos, pelo que exite alguma curiosidade sobre o comportamento deste título nos tempos mais próximos. A reflectir o prémio conseguido com a venda da Gescartão esteve a Sonae, a subir 2,59 por cento. Em alta esteve ainda o BCP, a subir 0,94 por cento e a Semapa, a ganhar 3,19 por cento, o que deverá estar associado à possibilidade de desblindagem de estatutos da sua participada Portucel.
Nas quedas, o destaque vai para a Brisa, a perder 1,69 por cento, e a EDP, a deslizar 1,3 por cento, para 2,28 euros. Também a PT apresentou um saldo semanal negativo de 1,66 por cento, depois de nova decisão do regulador contra os seus interesses, neste caso de descida do preço do lacete final aos operadores privados.
Por ROSA SOARES
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005
A bolsa de Lisboa interrompeu o ciclo que quatro semanas consecutivas de ganhos. O principal índice da bolsa portuguesa perdeu 0,46 por cento na semana passada, tendo subido apenas numa das sessões. As restantes praças internacionais também revelaram uma tendência indefinida, numa semana marcada pela intervenção do presidente da Fed, que deixou em aberto a possibilidade de novas subidas das taxas de juros americanas. Os mercados foram ainda influenciados pela apresentação de resultados de grandes empresas e por uma nova subida dos preços do petróleo.
Na bolsa portuguesa, a semana ficou marcada pela realização das eleições legislativas. Alguns investidores institucionais moderaram as compras e outros reduziram mesmo a sua exposição a títulos portugueses, em especial na EDP e na Brisa, as empresas onde existe maior indefinição em relação à política do novo Governo. No caso da EDP, há algum receio de que o modelo de reestruturação do sector energético possa sofrer alterações, criando uma situação delicada à actual equipa de gestão, liderada por João Talone. Na Brisa, a questão principal está relacionada com uma eventual suspensão da introdução de portagens nas Scut, planeada pelo anterior Executivo.
No sobe e desce da semana, a maior valorização foi conseguida na Gescartão, a subir 5,2 por cento. A valorização aconteceu depois da Sonae ter anunciado a venda da sua participação aos espanhóis da Europac. A aquisição não implica o lançamento de uma oferta pública de aquisição, como o mercado chegou a antecipar. A empresa já disse que não pretende distribuir dividendos, pelo que exite alguma curiosidade sobre o comportamento deste título nos tempos mais próximos. A reflectir o prémio conseguido com a venda da Gescartão esteve a Sonae, a subir 2,59 por cento. Em alta esteve ainda o BCP, a subir 0,94 por cento e a Semapa, a ganhar 3,19 por cento, o que deverá estar associado à possibilidade de desblindagem de estatutos da sua participada Portucel.
Nas quedas, o destaque vai para a Brisa, a perder 1,69 por cento, e a EDP, a deslizar 1,3 por cento, para 2,28 euros. Também a PT apresentou um saldo semanal negativo de 1,66 por cento, depois de nova decisão do regulador contra os seus interesses, neste caso de descida do preço do lacete final aos operadores privados.
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Problemas de fiabilidade prejudicam imagem e contas do grupo Daimler-Chrysler
Estrela da Mercedes Perde o Brilho
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005
%Helena Ferro de Gouveia, Frankfurt
O grupo Daimler-Chrysler obteve resultados operacionais claramente inferiores aos estimados no último trimestre de 2004, devido a uma baixa sensível nos lucros da sua divisão Mercedes Car Group (que compreende as marcas Mercedes Benz, Smart e Maybach), que registou uma queda de 97 por cento, passando de 784 milhões de euros em 2003 para 20 milhões de euros.
Face ao esmorecimento da sua estrela, o quinto construtor automóvel mundial viu o seu lucro operacional descer para 785 milhões de euros, contra os 2,4 mil milhões em período homólogo de 2003. Interrogados pela Reuters antes da divulgação dos resultados em Sindelfingen, Alemanha, os analistas haviam previsto um benefício de 1,43 mil milhões de euros. De qualquer modo, a Daimler-Chrysler viu os seus resultados operacionais crescerem para 5,8 mil milhões de euros, contra os 5,1 mil milhões relativos a 2003. "Um dos pontos fortes do nosso grupo é capacidade de compensar diferentes ciclos nas várias divisões e diferentes desenvolvimentos regionais, mas também obter lucros. O ano de 2004 mostra que a nossa estratégia resultou bem", afirmou Juergen Schrempp, presidente da Daimler-Chrysler.
"Nós não estamos satisfeitos com os últimos desenvolvimentos do Mercedes Car Group", explicou aos jornalistas Schrempp, garantindo que "teremos a situação sob controlo nos próximos 12 meses". É sobejamente conhecida em Estugarda a ambição de Schrempp de liderar o mais lucrativo grupo automóvel do mundo e bater as rivais germânicas BMW e Porsche.
Para solucionar os problemas da Mercedes Car Group, os executivos vão aplicar um novo programa, denominado "Core" ("cost down, revenues up, execution"), destinado a melhorar produtividade e rentabilidade. Os contornos deste programa não são ainda conhecidos, mas o chefe da Mercedes, Eckhard Cordes - que tenciona economizar três mil milhões de euros até 2008 - assegurou que o pacto laboral assinado com os representantes dos trabalhadores não será afectado. Este acordo prevê garantia de emprego até 2012 para os assalariados das fábricas na Alemanha. Cordes precisa rapidamente de obter bons resultados, escreve o "Handelsblatt", porque quer manter o seu estatuto de príncipe herdeiro - ameaçado pelo chefe da Chrysler, Dieter Zetsche, que trouxe a marca americana de volta aos lucros - na corrida à substituição do presidente da Daimler-Chrysler, Juergen Schrempp, que em 2008 deixa o cargo.
Ofensiva de qualidade
Duas razões transformaram a Mercedes-Benz na marca prestigiada que ainda é: a excelente qualidade e a aposta na inovação tecnológica. A conjunção de ambas justificava que os clientes estivessem dispostos a pagar preços mais elevados por veículos Mercedes. Mas a "aura" da Mercedes foi afectada por uma série de avarias e problemas técnicos.
Desde meados do ano passado, 680 mil Mercedes foram chamados à oficina porque o sistema electro-hidráulico de travagem SBC não funcionava de forma perfeita. Seguiram-se, em determinados modelos, avarias com o sistema computorizado de comando de bordo ou com o sistema de aquecimento. "O equilíbrio entre inovação e qualidade na Mercedes perturbou-se", comenta o analista Willi Diez, do Instituto de Economia Automóvel de Nuertingen. Numa empresa na qual o engenheiro de desenvolvimento e produto é rei, a apetência dos clientes por novidades tecnológicas foi valorizada em detrimento dos problemas associados à electrónica. Por outras palavras, foram introduzidos inúmeros componentes electrónicos sem que tivesse sido suficientemente testada a sua fiabilidade na condução diária.
"Como os nossos clientes esperam, a qualidade voltará a ocupar a posição dianteira na Mercedes", assegurou Eckhard Cortes. Repor o equilíbrio entre inovação e qualidade deverá custar à Mercedes em 2005, segundo estimativas do Hypo-Vereinsbank, cerca de 150 milhões de euros. Independentemente dos custos, a Mercedes "tem de voltar a readquirir a sua posição dianteira no tocante a fiabilidade e satisfação dos clientes, senão a sua imagem sofrerá danos irreparáveis", escreve o "Handelsblatt".
Num teste efectuado nos Estados Unidos no ano passado, a Mercedes ficou situada em 27º lugar - atrás da Chrysler - no "ranking" de fiabilidade de veículos automóvel, com uma média de 327 problemas por cem automóveis.
Estrela da Mercedes Perde o Brilho
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005
%Helena Ferro de Gouveia, Frankfurt
O grupo Daimler-Chrysler obteve resultados operacionais claramente inferiores aos estimados no último trimestre de 2004, devido a uma baixa sensível nos lucros da sua divisão Mercedes Car Group (que compreende as marcas Mercedes Benz, Smart e Maybach), que registou uma queda de 97 por cento, passando de 784 milhões de euros em 2003 para 20 milhões de euros.
Face ao esmorecimento da sua estrela, o quinto construtor automóvel mundial viu o seu lucro operacional descer para 785 milhões de euros, contra os 2,4 mil milhões em período homólogo de 2003. Interrogados pela Reuters antes da divulgação dos resultados em Sindelfingen, Alemanha, os analistas haviam previsto um benefício de 1,43 mil milhões de euros. De qualquer modo, a Daimler-Chrysler viu os seus resultados operacionais crescerem para 5,8 mil milhões de euros, contra os 5,1 mil milhões relativos a 2003. "Um dos pontos fortes do nosso grupo é capacidade de compensar diferentes ciclos nas várias divisões e diferentes desenvolvimentos regionais, mas também obter lucros. O ano de 2004 mostra que a nossa estratégia resultou bem", afirmou Juergen Schrempp, presidente da Daimler-Chrysler.
"Nós não estamos satisfeitos com os últimos desenvolvimentos do Mercedes Car Group", explicou aos jornalistas Schrempp, garantindo que "teremos a situação sob controlo nos próximos 12 meses". É sobejamente conhecida em Estugarda a ambição de Schrempp de liderar o mais lucrativo grupo automóvel do mundo e bater as rivais germânicas BMW e Porsche.
Para solucionar os problemas da Mercedes Car Group, os executivos vão aplicar um novo programa, denominado "Core" ("cost down, revenues up, execution"), destinado a melhorar produtividade e rentabilidade. Os contornos deste programa não são ainda conhecidos, mas o chefe da Mercedes, Eckhard Cordes - que tenciona economizar três mil milhões de euros até 2008 - assegurou que o pacto laboral assinado com os representantes dos trabalhadores não será afectado. Este acordo prevê garantia de emprego até 2012 para os assalariados das fábricas na Alemanha. Cordes precisa rapidamente de obter bons resultados, escreve o "Handelsblatt", porque quer manter o seu estatuto de príncipe herdeiro - ameaçado pelo chefe da Chrysler, Dieter Zetsche, que trouxe a marca americana de volta aos lucros - na corrida à substituição do presidente da Daimler-Chrysler, Juergen Schrempp, que em 2008 deixa o cargo.
Ofensiva de qualidade
Duas razões transformaram a Mercedes-Benz na marca prestigiada que ainda é: a excelente qualidade e a aposta na inovação tecnológica. A conjunção de ambas justificava que os clientes estivessem dispostos a pagar preços mais elevados por veículos Mercedes. Mas a "aura" da Mercedes foi afectada por uma série de avarias e problemas técnicos.
Desde meados do ano passado, 680 mil Mercedes foram chamados à oficina porque o sistema electro-hidráulico de travagem SBC não funcionava de forma perfeita. Seguiram-se, em determinados modelos, avarias com o sistema computorizado de comando de bordo ou com o sistema de aquecimento. "O equilíbrio entre inovação e qualidade na Mercedes perturbou-se", comenta o analista Willi Diez, do Instituto de Economia Automóvel de Nuertingen. Numa empresa na qual o engenheiro de desenvolvimento e produto é rei, a apetência dos clientes por novidades tecnológicas foi valorizada em detrimento dos problemas associados à electrónica. Por outras palavras, foram introduzidos inúmeros componentes electrónicos sem que tivesse sido suficientemente testada a sua fiabilidade na condução diária.
"Como os nossos clientes esperam, a qualidade voltará a ocupar a posição dianteira na Mercedes", assegurou Eckhard Cortes. Repor o equilíbrio entre inovação e qualidade deverá custar à Mercedes em 2005, segundo estimativas do Hypo-Vereinsbank, cerca de 150 milhões de euros. Independentemente dos custos, a Mercedes "tem de voltar a readquirir a sua posição dianteira no tocante a fiabilidade e satisfação dos clientes, senão a sua imagem sofrerá danos irreparáveis", escreve o "Handelsblatt".
Num teste efectuado nos Estados Unidos no ano passado, a Mercedes ficou situada em 27º lugar - atrás da Chrysler - no "ranking" de fiabilidade de veículos automóvel, com uma média de 327 problemas por cem automóveis.
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Polónia e República Checa
Espírito Santo Quer Reforçar Presença na Banca de Investimento da Europa de Leste
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005
Mais de um terço dos lucros do BESI em 2004 vieram da actividade internacional desenvolvida em países como o Brasil, Espanha, Inglaterra e Hungria
Cristina Ferreira
O Banco Espíto Santo de Investimento (BESI) quer depender cada vez menos de Portugal e por isso tem como objectivo crescer de forma sustentada internacional de crescimento sustentado nos mercados internacionais, designadamente na Europa de Leste. "O BESI tem vindo a internacionalizar a sua actividade, sendo que em 2004, 36 por cento dos 53,5 milhões de euros de resultados líquidos consolidados foram já obtidos no exterior", revelou ao PÚBLICO José Maria Ricciardi, presidente da instituição desde 2002.
O sucessor de Manuel Serzedelo - que se demitiu na sequência de um processo de "insider trading" envolvendo a compra de acções da PTM, processo que entretanto foi arquivado pelo Ministério Público - evidenciou a "boa evolução" das contas do banco que viu os seus lucros registar "um aumento de 99,2 por cento", entre 2003 e 2004. Actualmente, os resultados do BESI já representam vinte por cento do lucro total (275,1 milhões de euros) registado pelo Grupo BES, liderado por Ricardo Salgado. Em 2004, o "cost-to-income" (de base consolidada) situou-se em 37,9 por cento (42,8 por cento em 2003) e a rentabilidade dos capitais próprios (ROE) atingiu o patamar dos 27,1 por cento (21 por cento em 2003).
O BESI está presente no Brasil, em Espanha, em Inglaterra e noutros Estados europeus, como a Hungria. Está também a estudar a possibilidade de avançar para a Polónia e a República Checa, encontrando-se em conversações com parceiros locais. A área internacional já é responsável por cerca de 43 por cento do negócio da banca de investimento do GES, que em 2004 se cifrou em 127 milhões de euros (valor que em 2003 foi de 98 milhões de euros, em base comparável). A margem líquida situou-se em 21,3 milhões de euros e os proveitos em 107,6 milhões de euros.
Para o presidente do BESI, "o sucesso só é possível porque, para além da aposta na internacionalização, nos preocupámos em dar maior coesão, sofisticação e profissionalização às equipas do banco, daí resultando uma maior pró-actividade na abordagem dos clientes e uma maior capacidade de antecipação das suas necessidades".
Aposta no mercado de capitais
Hoje, notou o gestor, o BESI está também "mais virado para as transacções e menos para os estudos e análises". "E é preciso não esquecer que a maioria das operações da banca de investimento não são recorrentes e todos os anos temos praticamente que começar do zero".
José Maria Ricciardi destacou a actividade do BESI no mercado de capitais, dado corresponder já a aproximadamente 60 por cento do produto bancário total (a componente de acções representa 29 por cento e a de renda fixa 30 por cento). O gestor lembrou que a repartição do produto bancário por áreas de negócio distinguiu em 2004 as actividades de "project finance" (23 por cento do total), de "corporate finance" (12 por cento) e de "leverage finance" (seis por cento). Outro segmento importante, de "com grande futuro", e onde o banco tem estado a apostar diz respeito ao de "private equity". "Já comercializamos produtos como os fundos ibéricos de capital risco, fundos de energia (verdes e eólicas) e fundos de infra-estruturas".
Para Ricciardi a corretagem é outra das áreas consideradas estratégicas. No "ranking" da Euronext, disse, "o BESI está à frente do BCP, do Santander e do BPI". E no Brasil, neste segmento de actividade, "passámos [no Bovespa] do quinquagésimo lugar, em 2003, para o vigésimo quarto lugar em 2004", enquanto na Bolsa de Madrid "aparecemos já em décima posição"
"Estes dois últimos anos têm sido de grande orgulho, pois provámos que somos capazes de nos bater ao nível mundial, de igual para igual, com os grandes grupos internacionais", afirma o presidente do BESI, sublinhando que, em 2004, o "banco foi classificado como o melhor banco na área de fusões e aquisições em Portugal". No "ranking" da agência Bloomberg, o banco de investimento do grupo Espírito Santo aparece a liderar nas aquisições e fusões (F&A), por "número de operações executadas". E na Península Ibérica, ainda segundo a Bloomberg, é também líder pois foi responsável por executar o maior número de operações (F&A)de dimensão relevante, 15 (das quais dez em Portugal), ficando à frente do JP Morgan e do Santander.
Espírito Santo Quer Reforçar Presença na Banca de Investimento da Europa de Leste
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005
Mais de um terço dos lucros do BESI em 2004 vieram da actividade internacional desenvolvida em países como o Brasil, Espanha, Inglaterra e Hungria
Cristina Ferreira
O Banco Espíto Santo de Investimento (BESI) quer depender cada vez menos de Portugal e por isso tem como objectivo crescer de forma sustentada internacional de crescimento sustentado nos mercados internacionais, designadamente na Europa de Leste. "O BESI tem vindo a internacionalizar a sua actividade, sendo que em 2004, 36 por cento dos 53,5 milhões de euros de resultados líquidos consolidados foram já obtidos no exterior", revelou ao PÚBLICO José Maria Ricciardi, presidente da instituição desde 2002.
O sucessor de Manuel Serzedelo - que se demitiu na sequência de um processo de "insider trading" envolvendo a compra de acções da PTM, processo que entretanto foi arquivado pelo Ministério Público - evidenciou a "boa evolução" das contas do banco que viu os seus lucros registar "um aumento de 99,2 por cento", entre 2003 e 2004. Actualmente, os resultados do BESI já representam vinte por cento do lucro total (275,1 milhões de euros) registado pelo Grupo BES, liderado por Ricardo Salgado. Em 2004, o "cost-to-income" (de base consolidada) situou-se em 37,9 por cento (42,8 por cento em 2003) e a rentabilidade dos capitais próprios (ROE) atingiu o patamar dos 27,1 por cento (21 por cento em 2003).
O BESI está presente no Brasil, em Espanha, em Inglaterra e noutros Estados europeus, como a Hungria. Está também a estudar a possibilidade de avançar para a Polónia e a República Checa, encontrando-se em conversações com parceiros locais. A área internacional já é responsável por cerca de 43 por cento do negócio da banca de investimento do GES, que em 2004 se cifrou em 127 milhões de euros (valor que em 2003 foi de 98 milhões de euros, em base comparável). A margem líquida situou-se em 21,3 milhões de euros e os proveitos em 107,6 milhões de euros.
Para o presidente do BESI, "o sucesso só é possível porque, para além da aposta na internacionalização, nos preocupámos em dar maior coesão, sofisticação e profissionalização às equipas do banco, daí resultando uma maior pró-actividade na abordagem dos clientes e uma maior capacidade de antecipação das suas necessidades".
Aposta no mercado de capitais
Hoje, notou o gestor, o BESI está também "mais virado para as transacções e menos para os estudos e análises". "E é preciso não esquecer que a maioria das operações da banca de investimento não são recorrentes e todos os anos temos praticamente que começar do zero".
José Maria Ricciardi destacou a actividade do BESI no mercado de capitais, dado corresponder já a aproximadamente 60 por cento do produto bancário total (a componente de acções representa 29 por cento e a de renda fixa 30 por cento). O gestor lembrou que a repartição do produto bancário por áreas de negócio distinguiu em 2004 as actividades de "project finance" (23 por cento do total), de "corporate finance" (12 por cento) e de "leverage finance" (seis por cento). Outro segmento importante, de "com grande futuro", e onde o banco tem estado a apostar diz respeito ao de "private equity". "Já comercializamos produtos como os fundos ibéricos de capital risco, fundos de energia (verdes e eólicas) e fundos de infra-estruturas".
Para Ricciardi a corretagem é outra das áreas consideradas estratégicas. No "ranking" da Euronext, disse, "o BESI está à frente do BCP, do Santander e do BPI". E no Brasil, neste segmento de actividade, "passámos [no Bovespa] do quinquagésimo lugar, em 2003, para o vigésimo quarto lugar em 2004", enquanto na Bolsa de Madrid "aparecemos já em décima posição"
"Estes dois últimos anos têm sido de grande orgulho, pois provámos que somos capazes de nos bater ao nível mundial, de igual para igual, com os grandes grupos internacionais", afirma o presidente do BESI, sublinhando que, em 2004, o "banco foi classificado como o melhor banco na área de fusões e aquisições em Portugal". No "ranking" da agência Bloomberg, o banco de investimento do grupo Espírito Santo aparece a liderar nas aquisições e fusões (F&A), por "número de operações executadas". E na Península Ibérica, ainda segundo a Bloomberg, é também líder pois foi responsável por executar o maior número de operações (F&A)de dimensão relevante, 15 (das quais dez em Portugal), ficando à frente do JP Morgan e do Santander.
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O Que É Um Pólo de Competitividade
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005
De acordo com o CIADT - "Comité Interministériel de l'Aménagement et du Développement du Territoire", um Pólo de Competitividade pode definir-se como a articulação, num determinado território, entre empresas, centros de formação e unidades de investigação empenhados na dinamização de uma parceria capaz de potenciar sinergias em redor de projectos comuns com carácter inovador e dispondo da massa crítica necessária à obtenção de visibilidade internacional.
Podem distinguir-se dois grandes tipos de pólos: os de carácter tecnológico e os de natureza industrial. Os primeiros são caracterizados pela importância das actividades de investigação e pela intensidade da interacção entre centros de investigação e empresas, que cooperam em torno do desenvolvimento de um certo domínio tecnológico. Os segundos são marcados por uma concentração de empresas desenvolvendo actividades de I&D mais aplicadas e com maior proximidade ao mercado.
Uma das bases essenciais dos pólos de competitividade assenta nas sinergias a desenvolver entre os diferentes actores locais, assim como nas parcerias público-privadas que lhe estão subjacentes, nomeadamente entre o Estado e as respectivas colectividades territoriais. De facto, a competitividade industrial francesa baseia-se numa forte mobilização dos actores territoriais.
Em síntese, um pólo de competitividade resulta da combinação, num mesmo território, de três tipos de actores - empresas, centros de formação e unidades de investigação - e de três factores decisivos - parceria, inovação e visibilidade internacional.
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005
De acordo com o CIADT - "Comité Interministériel de l'Aménagement et du Développement du Territoire", um Pólo de Competitividade pode definir-se como a articulação, num determinado território, entre empresas, centros de formação e unidades de investigação empenhados na dinamização de uma parceria capaz de potenciar sinergias em redor de projectos comuns com carácter inovador e dispondo da massa crítica necessária à obtenção de visibilidade internacional.
Podem distinguir-se dois grandes tipos de pólos: os de carácter tecnológico e os de natureza industrial. Os primeiros são caracterizados pela importância das actividades de investigação e pela intensidade da interacção entre centros de investigação e empresas, que cooperam em torno do desenvolvimento de um certo domínio tecnológico. Os segundos são marcados por uma concentração de empresas desenvolvendo actividades de I&D mais aplicadas e com maior proximidade ao mercado.
Uma das bases essenciais dos pólos de competitividade assenta nas sinergias a desenvolver entre os diferentes actores locais, assim como nas parcerias público-privadas que lhe estão subjacentes, nomeadamente entre o Estado e as respectivas colectividades territoriais. De facto, a competitividade industrial francesa baseia-se numa forte mobilização dos actores territoriais.
Em síntese, um pólo de competitividade resulta da combinação, num mesmo território, de três tipos de actores - empresas, centros de formação e unidades de investigação - e de três factores decisivos - parceria, inovação e visibilidade internacional.
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Quinze projectos com apoio garantido
França Aposta nos "Clusters" para Enfrentar Globalização
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005
Com um orçamento de 750 milhões de euros, o programa "Pólos de Competitividade" aposta na interacção entre o território, a inovação e a indústria. Em Portugal, falta liderança e coordenação inter-institucional e ... uma visão integrada para o desenvolvimento económico do território.
Catarina Selada e Miguel Pinto*
Dia 28/02/05 é a data limite para a recepção de propostas pelo Governo francês, através das SGAR - "Secrétariat Général pour les Affaires Régionales", como resposta ao lançamento do concurso para a criação e desenvolvimento de "Pólos de Competitividade". Passado um ano da publicação, pela DATAR, do estudo prospectivo "La France, Puissance Industrielle - Une Nouvelle Politique Industrielle par les Territoires", a operacionalização do programa dos "Pólos de Competitividade" vem consagrar a importância de uma nova política industrial que combina o território, a inovação e a indústria.
Reconhecendo o papel determinante da indústria para o desenvolvimento económico francês, a actuação da política pública pretende responder aos desafios derivados da globalização e da crescente importância da inovação e da investigação na competitividade das empresas e da economia. Além do mais, procura combater a ameaça das deslocalizações de actividades e empresas com que se deparam a maioria das regiões desenvolvidas. No quadro europeu renovado pelo alargamento, visa também ir de encontro às orientações de competitividade, crescimento e emprego derivadas da Estratégia de Lisboa e de Gotemburgo.
Com um orçamento de 750 milhões de euros para o período 2005-08, o programa dos Pólos de Competitividade assenta na promoção da criação de "clusters" de base territorial e com projecção internacional, orientados para o desenvolvimento de actividades industriais e para o fomento do emprego regional, quer em domínios tecnológicos emergentes (nanotecnologias, biotecnologia, microelectrónica) quer em domínios produtivos maduros (automóvel, aeronáutica).
Os apoios a conceder, 370 milhões de euros derivados do Orçamento Geral de Estado e o restante de diversos organismos públicos, podem consistir em isenções fiscais; redução das contribuições sociais dos trabalhadores afectos a actividades de I&D; facilitação de mecanismos de financiamento; apoio à apropriação de tecnologias numéricas pelas PME; desenvolvimento do muito alto débito; dinamização de um sistema de vigilância e inteligência económica para as questões económicas, tecnológicas e comerciais; articulação das acções de desenvolvimento imobiliário, por forma a aumentar a oferta de escritórios e alojamento; articulação e reforço das actividades de transferência de tecnologia; isenções aduaneiras em determinadas situações e caso o produto final se destine aos mercados externos; promoção externa.
Tendo como base o pressuposto de que os "clusters" raramente emergem de forma espontânea, o programa traduz-se numa actuação concertada de política pública que apresenta como enquadramento estratégico um plano mais vasto de desenvolvimento económico do território.
Segundo o Jornal "Le Monde" (8/2/05), estão em fase de ultimação diversos projectos de pólos de competitividade. Provença (na área da agricultura), Grenoble (combinando a microelectrónica e o "software"), Limousin (um apostando nas porcelanas e outro no sector eléctrico-electrónico), Provença-Alpes-Costa Azul e Bretanha (sector do mar) e Île de France ("software" e sistemas complexos) são alguns dos exemplos apontados, sendo que apenas quinze propostas deverão ser apoiadas.
Boas práticas europeias
Que boas práticas retirar desta e de outras experiências similares a nível internacional e europeu?
Em primeiro lugar, poderemos afirmar que o território se traduz num elemento determinante quando se discutem questões relacionadas com a competitividade e o emprego. Conforme afirmou Danuta Hübner, responsável pela política regional da CE, a implementação bem sucedida da agenda de Lisboa e de Gotemburgo é impossível sem o envolvimento das regiões: "regions need Lisbon, but Lisbon needs regions too".
Um segundo ponto diz respeito à importância da especialização territorial em torno de determinadas actividades, de acordo com as competências endógenas e futuras do território, com capacidade de obtenção da massa crítica necessária à afirmação internacional. Este facto é particularmente importante quando falamos da alteração da estrutura produtiva da economia de uma região, onde a escolha deverá recair sobre o apoio a actividades novas (ou subida na cadeia de valor das existentes) através do estímulo ao empreendedorismo.
Como terceiro aspecto, de destacar a importância do partenariado e do modelo de governança público-privado como base essencial da política industrial. De facto, no caso francês, a consistência das parcerias entre empresas, centros de formação e organismos de formação associadas a um território traduz-se num dos elementos essenciais na selecção dos projectos dos pólos de competitividade. Além do mais, o partenariado entre os actores públicos, e particularmente entre o poder central e o nível regional, constitui igualmente um factor crítico de sucesso do programa.
Em quarto lugar, podemos afirmar que o desenvolvimento de "clusters" e de pólos de competitividade ocupa um lugar central na interacção entre a política industrial, a política tecnológica e a política regional. Por este motivo, a liderança e a coordenação inter-institucional das políticas assume uma importância acrescida - o projecto dos pólos de competitividade é animado por um grupo de trabalho inter-ministerial onde marcam presença os Ministérios da Indústria, Agricultura, Defesa, Investigação e Ordenamento do Território.
Por fim, de destacar o enquadramento estratégico em termos de desenvolvimento económico do território que enforma a intervenção da política pública ao nível dos pólos de competitividade. De facto, o Estado actua não só como indutor da criação e animador dos "clusters", mas também como garante da respectiva coerência com o plano mais vasto de desenvolvimento territorial das regiões e do país.
Em Portugal, têm sido visíveis algumas iniciativas pontuais e dispersas na área da política industrial e de inovação de base territorial. Estudos recentes têm procurado abordar a questão da especialização do território baseada em actividades de futuro, como em "Foco do Futuro" (DPP, 2004). Alguns "Programas Regionais de Acções Inovadoras" têm centrado as suas estratégias de desenvolvimento do território em apostas sectoriais chave, como é o caso do NORTINOV no Norte de Portugal. O POCI 2010 consagrou uma medida orientada para o apoio a projectos regionais de desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação.
O que falta? Liderança e coordenação inter-institucional e ... uma visão integrada para o desenvolvimento económico do território.
*INTELI - Inteligência em Inovação
Colaboração INTELI - Inteligência em Inovação
França Aposta nos "Clusters" para Enfrentar Globalização
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005
Com um orçamento de 750 milhões de euros, o programa "Pólos de Competitividade" aposta na interacção entre o território, a inovação e a indústria. Em Portugal, falta liderança e coordenação inter-institucional e ... uma visão integrada para o desenvolvimento económico do território.
Catarina Selada e Miguel Pinto*
Dia 28/02/05 é a data limite para a recepção de propostas pelo Governo francês, através das SGAR - "Secrétariat Général pour les Affaires Régionales", como resposta ao lançamento do concurso para a criação e desenvolvimento de "Pólos de Competitividade". Passado um ano da publicação, pela DATAR, do estudo prospectivo "La France, Puissance Industrielle - Une Nouvelle Politique Industrielle par les Territoires", a operacionalização do programa dos "Pólos de Competitividade" vem consagrar a importância de uma nova política industrial que combina o território, a inovação e a indústria.
Reconhecendo o papel determinante da indústria para o desenvolvimento económico francês, a actuação da política pública pretende responder aos desafios derivados da globalização e da crescente importância da inovação e da investigação na competitividade das empresas e da economia. Além do mais, procura combater a ameaça das deslocalizações de actividades e empresas com que se deparam a maioria das regiões desenvolvidas. No quadro europeu renovado pelo alargamento, visa também ir de encontro às orientações de competitividade, crescimento e emprego derivadas da Estratégia de Lisboa e de Gotemburgo.
Com um orçamento de 750 milhões de euros para o período 2005-08, o programa dos Pólos de Competitividade assenta na promoção da criação de "clusters" de base territorial e com projecção internacional, orientados para o desenvolvimento de actividades industriais e para o fomento do emprego regional, quer em domínios tecnológicos emergentes (nanotecnologias, biotecnologia, microelectrónica) quer em domínios produtivos maduros (automóvel, aeronáutica).
Os apoios a conceder, 370 milhões de euros derivados do Orçamento Geral de Estado e o restante de diversos organismos públicos, podem consistir em isenções fiscais; redução das contribuições sociais dos trabalhadores afectos a actividades de I&D; facilitação de mecanismos de financiamento; apoio à apropriação de tecnologias numéricas pelas PME; desenvolvimento do muito alto débito; dinamização de um sistema de vigilância e inteligência económica para as questões económicas, tecnológicas e comerciais; articulação das acções de desenvolvimento imobiliário, por forma a aumentar a oferta de escritórios e alojamento; articulação e reforço das actividades de transferência de tecnologia; isenções aduaneiras em determinadas situações e caso o produto final se destine aos mercados externos; promoção externa.
Tendo como base o pressuposto de que os "clusters" raramente emergem de forma espontânea, o programa traduz-se numa actuação concertada de política pública que apresenta como enquadramento estratégico um plano mais vasto de desenvolvimento económico do território.
Segundo o Jornal "Le Monde" (8/2/05), estão em fase de ultimação diversos projectos de pólos de competitividade. Provença (na área da agricultura), Grenoble (combinando a microelectrónica e o "software"), Limousin (um apostando nas porcelanas e outro no sector eléctrico-electrónico), Provença-Alpes-Costa Azul e Bretanha (sector do mar) e Île de France ("software" e sistemas complexos) são alguns dos exemplos apontados, sendo que apenas quinze propostas deverão ser apoiadas.
Boas práticas europeias
Que boas práticas retirar desta e de outras experiências similares a nível internacional e europeu?
Em primeiro lugar, poderemos afirmar que o território se traduz num elemento determinante quando se discutem questões relacionadas com a competitividade e o emprego. Conforme afirmou Danuta Hübner, responsável pela política regional da CE, a implementação bem sucedida da agenda de Lisboa e de Gotemburgo é impossível sem o envolvimento das regiões: "regions need Lisbon, but Lisbon needs regions too".
Um segundo ponto diz respeito à importância da especialização territorial em torno de determinadas actividades, de acordo com as competências endógenas e futuras do território, com capacidade de obtenção da massa crítica necessária à afirmação internacional. Este facto é particularmente importante quando falamos da alteração da estrutura produtiva da economia de uma região, onde a escolha deverá recair sobre o apoio a actividades novas (ou subida na cadeia de valor das existentes) através do estímulo ao empreendedorismo.
Como terceiro aspecto, de destacar a importância do partenariado e do modelo de governança público-privado como base essencial da política industrial. De facto, no caso francês, a consistência das parcerias entre empresas, centros de formação e organismos de formação associadas a um território traduz-se num dos elementos essenciais na selecção dos projectos dos pólos de competitividade. Além do mais, o partenariado entre os actores públicos, e particularmente entre o poder central e o nível regional, constitui igualmente um factor crítico de sucesso do programa.
Em quarto lugar, podemos afirmar que o desenvolvimento de "clusters" e de pólos de competitividade ocupa um lugar central na interacção entre a política industrial, a política tecnológica e a política regional. Por este motivo, a liderança e a coordenação inter-institucional das políticas assume uma importância acrescida - o projecto dos pólos de competitividade é animado por um grupo de trabalho inter-ministerial onde marcam presença os Ministérios da Indústria, Agricultura, Defesa, Investigação e Ordenamento do Território.
Por fim, de destacar o enquadramento estratégico em termos de desenvolvimento económico do território que enforma a intervenção da política pública ao nível dos pólos de competitividade. De facto, o Estado actua não só como indutor da criação e animador dos "clusters", mas também como garante da respectiva coerência com o plano mais vasto de desenvolvimento territorial das regiões e do país.
Em Portugal, têm sido visíveis algumas iniciativas pontuais e dispersas na área da política industrial e de inovação de base territorial. Estudos recentes têm procurado abordar a questão da especialização do território baseada em actividades de futuro, como em "Foco do Futuro" (DPP, 2004). Alguns "Programas Regionais de Acções Inovadoras" têm centrado as suas estratégias de desenvolvimento do território em apostas sectoriais chave, como é o caso do NORTINOV no Norte de Portugal. O POCI 2010 consagrou uma medida orientada para o apoio a projectos regionais de desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação.
O que falta? Liderança e coordenação inter-institucional e ... uma visão integrada para o desenvolvimento económico do território.
*INTELI - Inteligência em Inovação
Colaboração INTELI - Inteligência em Inovação
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Grandes perdas poucos ganhos
Não ao Aumento a Idade da Reforma Legal
Por CRISTINA FERREIRA
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005
O aumento da idade legal de acesso à pensão de velhice é recusado por Ribeiro Mendes que alega que a proposta parte de um pressuposto errado: "Se os activos empregados atrasarem por um, dois ou três anos a passagem à reforma, continuam a descontar para a Segurança Social e reduzem por igual período o número de anos em que recebem pensões, aliviando a pressão sobre as finanças públicas". Embora admita que a mecânica do exercício é inatacável, o economista alerta para os efeitos inesperados da medida em contexto adverso e na actual conjuntura económica, em que muitas empresas pretendem reestruturar-se e os trabalhadores mais idosos são "empurrados" para o desemprego por razões tecnológicas. Nesse sentido, afirma, "deixam de contribuir para a SS e recebem o subsídio social de desemprego que pode prolongar-se por quase todo o período que medeia até atingirem a nova idade de reforma". Para o sistema, a redução de encargos é mínima e a perda de receitas absoluta.
Outra possibilidade, adianta Ribeiro Mendes, é que muitos trabalhadores " dispensáveis" beneficiam de baixas generosas que se prolongam sem razão clínica até ao limite legal e "eventualmente se transmutam depois em pensões de invalidez". Os efeitos financeiros são similares à situação anterior, diz. E quando funciona, as gerações mais novas veriam o seu ingresso no mercado de trabalho ainda mais complicado, exigindo mais protecção no desemprego.
Não ao Aumento a Idade da Reforma Legal
Por CRISTINA FERREIRA
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005
O aumento da idade legal de acesso à pensão de velhice é recusado por Ribeiro Mendes que alega que a proposta parte de um pressuposto errado: "Se os activos empregados atrasarem por um, dois ou três anos a passagem à reforma, continuam a descontar para a Segurança Social e reduzem por igual período o número de anos em que recebem pensões, aliviando a pressão sobre as finanças públicas". Embora admita que a mecânica do exercício é inatacável, o economista alerta para os efeitos inesperados da medida em contexto adverso e na actual conjuntura económica, em que muitas empresas pretendem reestruturar-se e os trabalhadores mais idosos são "empurrados" para o desemprego por razões tecnológicas. Nesse sentido, afirma, "deixam de contribuir para a SS e recebem o subsídio social de desemprego que pode prolongar-se por quase todo o período que medeia até atingirem a nova idade de reforma". Para o sistema, a redução de encargos é mínima e a perda de receitas absoluta.
Outra possibilidade, adianta Ribeiro Mendes, é que muitos trabalhadores " dispensáveis" beneficiam de baixas generosas que se prolongam sem razão clínica até ao limite legal e "eventualmente se transmutam depois em pensões de invalidez". Os efeitos financeiros são similares à situação anterior, diz. E quando funciona, as gerações mais novas veriam o seu ingresso no mercado de trabalho ainda mais complicado, exigindo mais protecção no desemprego.
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Defende Ribeiro Mendes no livro "Conspiração Grisalha"
Reforma da Segurança Social Deve Ser a Prioridade do Próximo Governo
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005
para o ex-secretário de Estado de António Guterres, o futuro primeiro-ministro deve desmontar a "cabala" contra as gerações jovens liderada pelos trabalhadores mais velhos, com idades superiores a 50 anos, que preferem ignorar as alterações demográficas e tecnológicas a perder os seus privilégios
Cristina Ferreira
O aumento imediato, embora gradual, dos anos de carreira para efeitos de cálculo da pensão de reforma é uma das proposta de Ribeiro Mendes, professor do Instituto Superior de Economia e gestão (ISEG) para controlar o crescimento da despesa do Estado com pensões. No livro a "Conspiração Grisalha: Segurança Social, Competitividade e Gerações" que será lançado na próxima quinta-feira, na Livraria Almedina, em Lisboa, o ex-secretário de Estado da Segurança Social do primeiro Governo liderado por António Guterres, considera insuficiente a revisão da lei de bases da segurança social introduzida pelos socialistas que alterou a fórmula de cálculo das pensões de reforma - passando a considerar como referência para o cálculo da pensão a média dos salários de toda a carreira contributiva .
O problema segundo o especialista em segurança social é que a nova fórmula não se aplica aos beneficiários que em 31 de Dezembro de 2001 tinham 15 anos de descontos. Os trabalhadores nestas condições que se reformem até 31 de Dezembro de 2016 ainda verão a sua reforma calculada com base no salário médio dos melhores dez anos dos quinze anos anteriores à reforma. Na prática isto significa que nos próximos 12 anos, um número significativo de portugueses continuará a inflacionar os salários da parte final da carreira para engordar a reforma, denuncia. É o caso, por exemplo, de muitos trabalhadores independentes, gerentes e administradores de empresas, que declaram salários irrisórios nos primeiro 30 anos de carreira - para descontarem o menos possível para a segurança social - e nos últimos dez anos de carreira inflacionam os salários - para beneficiar de uma pensão choruda.
Ribeiro Mendes defende que se deve mudar "imediatamente o cálculo" do salário de referência, de modo a conseguir uma repartição mais equitativa entre gerações. O economista sugere que no cálculo da reforma, em vez dos dez melhores anos de salários dos últimos quinze, se deve passar gradualmente para uma contagem que integre a totalidade da carreira contributiva. E explica: se durante os próximos doze anos aumentarmos um ano ao período considerado para a contabilização da remuneração média, por cada ano de trabalho concluído, quando se chegar a 2017, a reforma será calculada sobre a média dos 21 últimos anos de carreira contributiva. Mas se fossem adicionados dois anos por cada ano civil, chegar-se-ia a 2017 com o salário pensionável médio dos 40 anos de carreira. A solução, diz Ribeiro Mendes, permite baixar gradualmente o valor da prestação, aproximando-a dos ganhos reais de toda a vida activa do reformado e controlar o crescimento da despesa com pensões.
Desempregados, excluídos e indigentes também são prejudicados
No livro com a chancela da Celta Editora e prefácio de Correia de Campos, antigo ministro da Saúde do PS, o docente no ISEG, doutorado em Ciências Económicas pelo Institut d'Etudes Politiques de Paris, considera que os sucessivos adiamentos da reforma do sistema de pensões da Segurança Social, resultam de uma "conspiração" silenciosa contra as gerações mais novas que se preparam para entrar no mercado de trabalho, os desempregados e os "excluídos"/"indigentes". A "cabala" é liderada pelos mais velhos, com idades superiores a 50 anos, com emprego e garantia de reforma, que preferem ignorar as alterações demográficas e tecnológicas a perder os seus privilégios. Tendo por base um "horizonte" de intemporalidade política, o economista dedica uma parte importante da sua análise à explicação da competitividade entre gerações e tece considerações sobre a solidariedade económica que se regista entre portugueses. Faz ainda a radiografia do Estado Previdência.
Ao longo de mais de 300 páginas, Ribeiro Mendes analisa de modo exaustivo as mudanças sociais e demográficas ocorridas na Europa, com atenção especial para a situação doméstica, onde constata que entre 1960 e 2000, a "estrutura de idades da população nacional fica mais envelhecida na base e no topo do que sucede no conjunto da União Europeia". Tendência que classifica como "a vertigem de um envelhecimento em alta rotação", não acompanhada ao mesmo ritmo pela economia e pela sociedade portuguesas. O autor conclui que as consequências são óbvias: diminuição do bem-estar dos cidadãos e deterioração progressiva do Estado social.
A reforma sempre adiada do sistema de pensões da Segurança Social surge assim, para Ribeiro Mendes, como a grande prioridade que qualquer primeiro-ministro, independentemente da sua ideologia, deve prosseguir na sua acção governativa. Na sequência, o economista recupera medidas anteriormente consignadas no Livro Branco da Segurança Social (LBSS), encomendado por António Guterres e apresentado em 1998, mas que ficaram por realizar "por inércia" dos mais velhos. Para promover a "equidade" entre gerações, o autor de "Conspiração Grisalha" aconselha a criação de incentivos à permanência dos portugueses no mercado de trabalho, sem nunca defender no seu livro o aumento da idade legal de reforma, por exemplo, dos actuais 65 para 68 anos (os dinamarqueses reformam-se aos 67 anos). Esta foi uma das propostas "emblemáticas" apresentadas pelo PSD nestas eleições.
Incentivar em vez de impor
Para o economista o aumento da idade efectiva de passagem à reforma poderá ser conseguido sem imposições legais, mas optando por bonificar a permanência e penalizar (mais do que hoje é feito) a saída prematura dos trabalhadores do mercado de trabalho, sem injustificadas imposições legais que actuariam de forma cega.
Em "Conspiração Grisalha", Ribeiro Mendes evidencia que existem soluções eficazes para dar sustentabilidade ao sistema de previdência social, como seja o "plafonamento contributivo", que deve ser iniciado já, embora de modo progressivo, e acompanhando os efeitos da modificação da fórmula de cálculo, que entrará em vigor em 2017. A medida permite aproximar o valor da reforma, do valor real das contribuições realizadas ao longo da vida activa (ler texto em anexo).
No livro, o autor avança ainda com a necessidade de rever as condições de atribuição dos subsídios de desemprego e de doença e ainda da pensão de invalidez, "neutralizando" os artifícios fiscais que lhes estão associados. Ao mesmo tempo, debruça-se sobre a necessidade de "corrigir" os regimes de pré-reforma e de antecipação das reformas, "combatendo os "excessos" actuais que desincentivam a permanência no mercado de trabalho".
Para reduzir ao mínimo o impacte das perdas de receita e a descapitalização do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social, Ribeiro Mendes retoma, na sua obra, medidas já sugeridas pela LBSS, como seja a criação de um modelo de "segunda pensão pública de contribuição definida, praticando uma regra firme de neutralidade actuarial por capitalização virtual", ou seja, explica, "à maneira sueca". Referindo-se ao financiamento das pensões, propõe a redução, em termos médios, da imposição sobre a massa salarial das empresas. O objectivo, é proteger o emprego, em particular o menos qualificado e, em paralelo, incentivar o investimento. Isto, diz o autor de "Conspiração Grisalha", "permite compensar a perda de receita com o reforço do IVA social". O que só é possível, em seu entender, com recurso a mexidas nos impostos indirectos, nomeadamente, nos que incidem sobre produtos que originam problemas de saúde ou ambientais, como são as actividades poluentes, o tabaco e o álcool.
Reforma da Segurança Social Deve Ser a Prioridade do Próximo Governo
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005
para o ex-secretário de Estado de António Guterres, o futuro primeiro-ministro deve desmontar a "cabala" contra as gerações jovens liderada pelos trabalhadores mais velhos, com idades superiores a 50 anos, que preferem ignorar as alterações demográficas e tecnológicas a perder os seus privilégios
Cristina Ferreira
O aumento imediato, embora gradual, dos anos de carreira para efeitos de cálculo da pensão de reforma é uma das proposta de Ribeiro Mendes, professor do Instituto Superior de Economia e gestão (ISEG) para controlar o crescimento da despesa do Estado com pensões. No livro a "Conspiração Grisalha: Segurança Social, Competitividade e Gerações" que será lançado na próxima quinta-feira, na Livraria Almedina, em Lisboa, o ex-secretário de Estado da Segurança Social do primeiro Governo liderado por António Guterres, considera insuficiente a revisão da lei de bases da segurança social introduzida pelos socialistas que alterou a fórmula de cálculo das pensões de reforma - passando a considerar como referência para o cálculo da pensão a média dos salários de toda a carreira contributiva .
O problema segundo o especialista em segurança social é que a nova fórmula não se aplica aos beneficiários que em 31 de Dezembro de 2001 tinham 15 anos de descontos. Os trabalhadores nestas condições que se reformem até 31 de Dezembro de 2016 ainda verão a sua reforma calculada com base no salário médio dos melhores dez anos dos quinze anos anteriores à reforma. Na prática isto significa que nos próximos 12 anos, um número significativo de portugueses continuará a inflacionar os salários da parte final da carreira para engordar a reforma, denuncia. É o caso, por exemplo, de muitos trabalhadores independentes, gerentes e administradores de empresas, que declaram salários irrisórios nos primeiro 30 anos de carreira - para descontarem o menos possível para a segurança social - e nos últimos dez anos de carreira inflacionam os salários - para beneficiar de uma pensão choruda.
Ribeiro Mendes defende que se deve mudar "imediatamente o cálculo" do salário de referência, de modo a conseguir uma repartição mais equitativa entre gerações. O economista sugere que no cálculo da reforma, em vez dos dez melhores anos de salários dos últimos quinze, se deve passar gradualmente para uma contagem que integre a totalidade da carreira contributiva. E explica: se durante os próximos doze anos aumentarmos um ano ao período considerado para a contabilização da remuneração média, por cada ano de trabalho concluído, quando se chegar a 2017, a reforma será calculada sobre a média dos 21 últimos anos de carreira contributiva. Mas se fossem adicionados dois anos por cada ano civil, chegar-se-ia a 2017 com o salário pensionável médio dos 40 anos de carreira. A solução, diz Ribeiro Mendes, permite baixar gradualmente o valor da prestação, aproximando-a dos ganhos reais de toda a vida activa do reformado e controlar o crescimento da despesa com pensões.
Desempregados, excluídos e indigentes também são prejudicados
No livro com a chancela da Celta Editora e prefácio de Correia de Campos, antigo ministro da Saúde do PS, o docente no ISEG, doutorado em Ciências Económicas pelo Institut d'Etudes Politiques de Paris, considera que os sucessivos adiamentos da reforma do sistema de pensões da Segurança Social, resultam de uma "conspiração" silenciosa contra as gerações mais novas que se preparam para entrar no mercado de trabalho, os desempregados e os "excluídos"/"indigentes". A "cabala" é liderada pelos mais velhos, com idades superiores a 50 anos, com emprego e garantia de reforma, que preferem ignorar as alterações demográficas e tecnológicas a perder os seus privilégios. Tendo por base um "horizonte" de intemporalidade política, o economista dedica uma parte importante da sua análise à explicação da competitividade entre gerações e tece considerações sobre a solidariedade económica que se regista entre portugueses. Faz ainda a radiografia do Estado Previdência.
Ao longo de mais de 300 páginas, Ribeiro Mendes analisa de modo exaustivo as mudanças sociais e demográficas ocorridas na Europa, com atenção especial para a situação doméstica, onde constata que entre 1960 e 2000, a "estrutura de idades da população nacional fica mais envelhecida na base e no topo do que sucede no conjunto da União Europeia". Tendência que classifica como "a vertigem de um envelhecimento em alta rotação", não acompanhada ao mesmo ritmo pela economia e pela sociedade portuguesas. O autor conclui que as consequências são óbvias: diminuição do bem-estar dos cidadãos e deterioração progressiva do Estado social.
A reforma sempre adiada do sistema de pensões da Segurança Social surge assim, para Ribeiro Mendes, como a grande prioridade que qualquer primeiro-ministro, independentemente da sua ideologia, deve prosseguir na sua acção governativa. Na sequência, o economista recupera medidas anteriormente consignadas no Livro Branco da Segurança Social (LBSS), encomendado por António Guterres e apresentado em 1998, mas que ficaram por realizar "por inércia" dos mais velhos. Para promover a "equidade" entre gerações, o autor de "Conspiração Grisalha" aconselha a criação de incentivos à permanência dos portugueses no mercado de trabalho, sem nunca defender no seu livro o aumento da idade legal de reforma, por exemplo, dos actuais 65 para 68 anos (os dinamarqueses reformam-se aos 67 anos). Esta foi uma das propostas "emblemáticas" apresentadas pelo PSD nestas eleições.
Incentivar em vez de impor
Para o economista o aumento da idade efectiva de passagem à reforma poderá ser conseguido sem imposições legais, mas optando por bonificar a permanência e penalizar (mais do que hoje é feito) a saída prematura dos trabalhadores do mercado de trabalho, sem injustificadas imposições legais que actuariam de forma cega.
Em "Conspiração Grisalha", Ribeiro Mendes evidencia que existem soluções eficazes para dar sustentabilidade ao sistema de previdência social, como seja o "plafonamento contributivo", que deve ser iniciado já, embora de modo progressivo, e acompanhando os efeitos da modificação da fórmula de cálculo, que entrará em vigor em 2017. A medida permite aproximar o valor da reforma, do valor real das contribuições realizadas ao longo da vida activa (ler texto em anexo).
No livro, o autor avança ainda com a necessidade de rever as condições de atribuição dos subsídios de desemprego e de doença e ainda da pensão de invalidez, "neutralizando" os artifícios fiscais que lhes estão associados. Ao mesmo tempo, debruça-se sobre a necessidade de "corrigir" os regimes de pré-reforma e de antecipação das reformas, "combatendo os "excessos" actuais que desincentivam a permanência no mercado de trabalho".
Para reduzir ao mínimo o impacte das perdas de receita e a descapitalização do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social, Ribeiro Mendes retoma, na sua obra, medidas já sugeridas pela LBSS, como seja a criação de um modelo de "segunda pensão pública de contribuição definida, praticando uma regra firme de neutralidade actuarial por capitalização virtual", ou seja, explica, "à maneira sueca". Referindo-se ao financiamento das pensões, propõe a redução, em termos médios, da imposição sobre a massa salarial das empresas. O objectivo, é proteger o emprego, em particular o menos qualificado e, em paralelo, incentivar o investimento. Isto, diz o autor de "Conspiração Grisalha", "permite compensar a perda de receita com o reforço do IVA social". O que só é possível, em seu entender, com recurso a mexidas nos impostos indirectos, nomeadamente, nos que incidem sobre produtos que originam problemas de saúde ou ambientais, como são as actividades poluentes, o tabaco e o álcool.
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Os riscos globais segundo Davos
O Mundo Está Cada Vez Mais Perigoso EM DESTAQUE
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005
Da instabilidade no Iraque às mudanças climáticas, o Fórum Económico Mundial elaborou em conjunto com a Merrill Lynch um "guia de ameaças" para os líderes mundiais. Transformar as ameaças em oportunidades é o desafio
Pedro Ribeiro
O mundo está cada vez mais turbulento e complexo, e as instituições políticas e financeiras não estão preparadas para responder aos riscos globais mais prementes. Foi este o ponto de partida do Programa de Riscos Globais do Fórum Económico Mundial (FEM), que em conjunção com o banco de investimentos americanos Merrill Lynch apresentou um "guia dos riscos globais" mais urgentes.
O FEM usou este projecto como base para a criação da agenda do seu encontro anual em Davos. O primeiro problema mencionado é a "falha de governação" - as grandes instituições internacionais não estão preparadas adequadamente para lidar com os riscos do século XXI. Da mesma forma, os líderes políticos e empresariais têm "calendários demasiado reduzidos" para poder pensar a longo prazo - por exemplo, os presidentes das empresas americanas ficam no seu cargo uma média de um ano e meio; a maior parte dos líderes políticos tem mandatos de quatro ou cinco anos.
Por isso, opinam os autores do Programa de Riscos Globais, "há uma discrepância entre os horizontes temporais da maior parte dos líderes políticos e empresariais e a natureza a longo prazo da maioria dos riscos globais".
E o que são esses riscos globais? Alguns são riscos financeiros - a baixíssima taxa de poupança das famílias americanas, que encoraja o crescente endividamento dos EUA, cujos "défices gémeos" (orçamental e comercial) têm crescido aceleradamente nos últimos quatro anos.
Outros são riscos geostratégicos - centrados sobretudo no Médio Oriente: o conflito israelo-palestiniano ou a guerra no Iraque. Outros ainda são ambientais - nomeadamente as mudanças climáticas. Há riscos circunscritos a determinadas regiões do planeta - as tensões entre as Coreias, por exemplo - e riscos que afectam todo o mundo (as pandemias como a Sida).
Alguns destes riscos têm impactos imediatos - como a instabilidade no Iraque. Outros começam a fazer-se sentir, mas só dentro de algumas décadas é que poderão "explodir", como é o caso das pressões demográficas sobre os sistemas de segurança social no Ocidente.
O Programa de Riscos Globais pretende ajudar líderes financeiros a tomar decisões, permitindo-lhes antever mudanças na conjuntura mundial. Mas o documento do Fórum de Davos e da Merrill Lynch nota também que alguns riscos podem ser encarados como oportunidades.
Algumas grandes empresas estão a preparar-se para o desafio das alterações climáticas reformulando a sua gama de produtos, como os construtores de automóveis que lançaram linhas de veículos híbridos, ou as firmas de energia que apostam em combustíveis "verdes". Da mesma forma, o receio de novos ataques terroristas com armas biológicas abriu um mercado para a criação de vacinas capazes de contrariar o bioterrorismo.
O Mundo Está Cada Vez Mais Perigoso EM DESTAQUE
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005
Da instabilidade no Iraque às mudanças climáticas, o Fórum Económico Mundial elaborou em conjunto com a Merrill Lynch um "guia de ameaças" para os líderes mundiais. Transformar as ameaças em oportunidades é o desafio
Pedro Ribeiro
O mundo está cada vez mais turbulento e complexo, e as instituições políticas e financeiras não estão preparadas para responder aos riscos globais mais prementes. Foi este o ponto de partida do Programa de Riscos Globais do Fórum Económico Mundial (FEM), que em conjunção com o banco de investimentos americanos Merrill Lynch apresentou um "guia dos riscos globais" mais urgentes.
O FEM usou este projecto como base para a criação da agenda do seu encontro anual em Davos. O primeiro problema mencionado é a "falha de governação" - as grandes instituições internacionais não estão preparadas adequadamente para lidar com os riscos do século XXI. Da mesma forma, os líderes políticos e empresariais têm "calendários demasiado reduzidos" para poder pensar a longo prazo - por exemplo, os presidentes das empresas americanas ficam no seu cargo uma média de um ano e meio; a maior parte dos líderes políticos tem mandatos de quatro ou cinco anos.
Por isso, opinam os autores do Programa de Riscos Globais, "há uma discrepância entre os horizontes temporais da maior parte dos líderes políticos e empresariais e a natureza a longo prazo da maioria dos riscos globais".
E o que são esses riscos globais? Alguns são riscos financeiros - a baixíssima taxa de poupança das famílias americanas, que encoraja o crescente endividamento dos EUA, cujos "défices gémeos" (orçamental e comercial) têm crescido aceleradamente nos últimos quatro anos.
Outros são riscos geostratégicos - centrados sobretudo no Médio Oriente: o conflito israelo-palestiniano ou a guerra no Iraque. Outros ainda são ambientais - nomeadamente as mudanças climáticas. Há riscos circunscritos a determinadas regiões do planeta - as tensões entre as Coreias, por exemplo - e riscos que afectam todo o mundo (as pandemias como a Sida).
Alguns destes riscos têm impactos imediatos - como a instabilidade no Iraque. Outros começam a fazer-se sentir, mas só dentro de algumas décadas é que poderão "explodir", como é o caso das pressões demográficas sobre os sistemas de segurança social no Ocidente.
O Programa de Riscos Globais pretende ajudar líderes financeiros a tomar decisões, permitindo-lhes antever mudanças na conjuntura mundial. Mas o documento do Fórum de Davos e da Merrill Lynch nota também que alguns riscos podem ser encarados como oportunidades.
Algumas grandes empresas estão a preparar-se para o desafio das alterações climáticas reformulando a sua gama de produtos, como os construtores de automóveis que lançaram linhas de veículos híbridos, ou as firmas de energia que apostam em combustíveis "verdes". Da mesma forma, o receio de novos ataques terroristas com armas biológicas abriu um mercado para a criação de vacinas capazes de contrariar o bioterrorismo.
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Perigos à Espreita
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005
Europa - O "fracasso total" da Agenda de Lisboa, o crescimento reduzido nos últimos anos e as pressões demográficas obrigam a União Europeia a reformas estruturais; algumas vozes apontam contudo que a produtividade europeia tem crescido aos mesmo níveis que nos EUA;
China - Espera-se uma "aterragem suave" para a economia chinesa, depois de vários anos de crescimento acelerado; a continuação de "superavits" colossais com os Estados Unidos pode conduzir a tensões políticas; depara-se à China o desafio de criar 20 milhões de novos postos de trabalho por ano para evitar subidas no desemprego;
Desiquilíbrios financeiros - O Fórum de Davos espera um crescimento mundial na ordem dos 3,25 por cento para 2005, mas há vários factores financeiros que põem em causa esse valor - a possibilidade de uma crise cambial provocada por uma quebra abrupta do dólar, os "défices gémeos" dos EUA, a continuação da recessão japonesa e o perigo de novas subidas nos preços do petróleo;
Instabilidade internacional - A situação no Iraque continua incerta, e há um novo risco no Médio Oriente com as pretensões nucleares do Irão; o Fórum de Davos encontra uma "janela de oportunidade" para o conflito israelo-palestiniano, mas alerta para os perigos do crescimento do extremismo islamista e da proliferação de armas de destruição maciça (especialmente biológicas);
Governação fraca - Organizações tradicionais como a ONU ou o G8 não mostram flexibilidade para lidar com os problemas contemporâneos; a Organização Mundial do Comércio está ameaçada pelo impasse nas negociações do "round de Doha".
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005
Europa - O "fracasso total" da Agenda de Lisboa, o crescimento reduzido nos últimos anos e as pressões demográficas obrigam a União Europeia a reformas estruturais; algumas vozes apontam contudo que a produtividade europeia tem crescido aos mesmo níveis que nos EUA;
China - Espera-se uma "aterragem suave" para a economia chinesa, depois de vários anos de crescimento acelerado; a continuação de "superavits" colossais com os Estados Unidos pode conduzir a tensões políticas; depara-se à China o desafio de criar 20 milhões de novos postos de trabalho por ano para evitar subidas no desemprego;
Desiquilíbrios financeiros - O Fórum de Davos espera um crescimento mundial na ordem dos 3,25 por cento para 2005, mas há vários factores financeiros que põem em causa esse valor - a possibilidade de uma crise cambial provocada por uma quebra abrupta do dólar, os "défices gémeos" dos EUA, a continuação da recessão japonesa e o perigo de novas subidas nos preços do petróleo;
Instabilidade internacional - A situação no Iraque continua incerta, e há um novo risco no Médio Oriente com as pretensões nucleares do Irão; o Fórum de Davos encontra uma "janela de oportunidade" para o conflito israelo-palestiniano, mas alerta para os perigos do crescimento do extremismo islamista e da proliferação de armas de destruição maciça (especialmente biológicas);
Governação fraca - Organizações tradicionais como a ONU ou o G8 não mostram flexibilidade para lidar com os problemas contemporâneos; a Organização Mundial do Comércio está ameaçada pelo impasse nas negociações do "round de Doha".
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Rumores de compra da Nokia pela Cisco
DE
Rumores de mercado surgidos durante o congresso mundial de telefonia 3GSM, na França, indicam que a Cisco pode comprar a finlandesa Nokia.
As informações, no entanto, não sinalizam se a fabricante de equipamentos para redes se interessa somente pela divisão de soluções para empresas ou por todas as unidades da Nokia, avança a "Comunicaciones World" espanhola.
A primeira possibilidade alimentaria fundamentalmente a estratégia de segurança da Cisco, uma área chave para o seu director executivo, John Chambers.
Na opinião do mesmo, esta é uma das áreas fundamentais para a Cisco aumentar a sua presença. A segunda possibilidade, porém, não parece casar com os planos de compras da empresa neste momento e seria uma decisão totalmente inesperada pelos analistas de mercado.
DE
Rumores de mercado surgidos durante o congresso mundial de telefonia 3GSM, na França, indicam que a Cisco pode comprar a finlandesa Nokia.
As informações, no entanto, não sinalizam se a fabricante de equipamentos para redes se interessa somente pela divisão de soluções para empresas ou por todas as unidades da Nokia, avança a "Comunicaciones World" espanhola.
A primeira possibilidade alimentaria fundamentalmente a estratégia de segurança da Cisco, uma área chave para o seu director executivo, John Chambers.
Na opinião do mesmo, esta é uma das áreas fundamentais para a Cisco aumentar a sua presença. A segunda possibilidade, porém, não parece casar com os planos de compras da empresa neste momento e seria uma decisão totalmente inesperada pelos analistas de mercado.
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Merrill Lynch calcula que Polónia poderá aderir ao euro dentro de quatro anos
DE
A Polónia estará em condições de entrar para a União Económica e Monetária em 2009, substituindo os 'zlotys' por euros, de acordo com um estudo do banco de investimento norte-americano Merrill Lynch hoje divulgado.
O banco de investimento considera que a Polónia, que é a maior economia do conjunto de dez países que em 2004 aderiu à União Europeia, deve conseguir reduzir o seu défice orçamental para 3% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2007 e mantê-lo nesses níveis até 2009.
O Merrill Lynch espera que os polacos consigam também manter a sua moeda estável num intervalo de variação cambial fixada pela União Europeia e cumprir os critérios de Maastricht de adesão ao euro em termos de taxa de juro e inflação.
Por tudo isto, o banco de investimento norte-americano acredita que a Polónia vai poder juntar-se aos actuais doze países que formam a União Económica e Monetária dentro de quatro anos.
As previsões económicas da Merrill Lynch para o défice orçamental polaco deixam de fora o custo da segurança social associado às pensões de reforma, mas tal hipótese é coerente com a decisão do Eurostat.
O instituto de estatística da União Europeia abriu uma excepção e permitiu que esse custo não fosse contabilizado nas contas públicas polacas por um período de tempo.
A Polónia deve crescer este ano 3,7%, 4,1% em 2006 e 4,6% em 2007, segundo as previsões da Merrill Lynch.
As taxas de juro devem ser reduzidas em 2% para 3,5%, ao longo de 2005 e 2006, numa altura em que os analistas do banco de investimento norte-americano acham que as autoridades polacas devem estar mais preocupadas com a possibilidade de deflação no país do que com a de inflação.
DE
A Polónia estará em condições de entrar para a União Económica e Monetária em 2009, substituindo os 'zlotys' por euros, de acordo com um estudo do banco de investimento norte-americano Merrill Lynch hoje divulgado.
O banco de investimento considera que a Polónia, que é a maior economia do conjunto de dez países que em 2004 aderiu à União Europeia, deve conseguir reduzir o seu défice orçamental para 3% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2007 e mantê-lo nesses níveis até 2009.
O Merrill Lynch espera que os polacos consigam também manter a sua moeda estável num intervalo de variação cambial fixada pela União Europeia e cumprir os critérios de Maastricht de adesão ao euro em termos de taxa de juro e inflação.
Por tudo isto, o banco de investimento norte-americano acredita que a Polónia vai poder juntar-se aos actuais doze países que formam a União Económica e Monetária dentro de quatro anos.
As previsões económicas da Merrill Lynch para o défice orçamental polaco deixam de fora o custo da segurança social associado às pensões de reforma, mas tal hipótese é coerente com a decisão do Eurostat.
O instituto de estatística da União Europeia abriu uma excepção e permitiu que esse custo não fosse contabilizado nas contas públicas polacas por um período de tempo.
A Polónia deve crescer este ano 3,7%, 4,1% em 2006 e 4,6% em 2007, segundo as previsões da Merrill Lynch.
As taxas de juro devem ser reduzidas em 2% para 3,5%, ao longo de 2005 e 2006, numa altura em que os analistas do banco de investimento norte-americano acham que as autoridades polacas devem estar mais preocupadas com a possibilidade de deflação no país do que com a de inflação.
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BES convoca assembleia-geral para 30 de Março
DE
O Banco Espírito Santo (BES) convocou hoje uma assembleia-geral de accionistas para o dia 30 de Março, em Lisboa.
Na ordem de trabalhos inclui-se a apreciação do relatório de gestão e restantes documentos de prestação de contas do BES, relativos ao exercício de 2004, indicou a instituição em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Os accionistas vão também deliberar, entre outros pontos, sobre a proposta de aquisição pelo BES de acções próprias e posterior venda, acrescenta o comunicado.
As acções do banco liderado por Ricardo Salgado fecharam a cair 0,22%, para 13,40 euros, na sessão de hoje da Euronext Lisboa.
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O Banco Espírito Santo (BES) convocou hoje uma assembleia-geral de accionistas para o dia 30 de Março, em Lisboa.
Na ordem de trabalhos inclui-se a apreciação do relatório de gestão e restantes documentos de prestação de contas do BES, relativos ao exercício de 2004, indicou a instituição em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Os accionistas vão também deliberar, entre outros pontos, sobre a proposta de aquisição pelo BES de acções próprias e posterior venda, acrescenta o comunicado.
As acções do banco liderado por Ricardo Salgado fecharam a cair 0,22%, para 13,40 euros, na sessão de hoje da Euronext Lisboa.
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Anacom obriga PT a baixar em 10% preços de interligação
DE
A Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom) anunciou hoje que a Portugal Telecom (PT) tem dez dias para baixar as tarifas de interligação face aos outros operadores. Os novos preços vão representar uma redução de 5 cêntimos no valor da activação da chamada.
A redução nas tarifas, aprovadas a 30 de Dezembro, resulta da descida dos preços de interligação propriamente ditos, sobretudo na activação da chamada e do alargamento do horário económico nas chamadas telefónicas em duas horas. Este horário passa agora a ser de 14 horas, entre as 19h00 e as 9h00 da manhã.
A entidade reguladora entendeu que a proposta inicial da Portugal Telecom "era incompatível com o princípio de orientação para os custos".
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A Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom) anunciou hoje que a Portugal Telecom (PT) tem dez dias para baixar as tarifas de interligação face aos outros operadores. Os novos preços vão representar uma redução de 5 cêntimos no valor da activação da chamada.
A redução nas tarifas, aprovadas a 30 de Dezembro, resulta da descida dos preços de interligação propriamente ditos, sobretudo na activação da chamada e do alargamento do horário económico nas chamadas telefónicas em duas horas. Este horário passa agora a ser de 14 horas, entre as 19h00 e as 9h00 da manhã.
A entidade reguladora entendeu que a proposta inicial da Portugal Telecom "era incompatível com o princípio de orientação para os custos".
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Apple é alvo de processo colectivo nos EUA
DE
A Apple está a ser alvo de mais uma acção judicial colectiva, desta vez perpetuada tanto por clientes quanto por revendedores de produtos da companhia.
O processo, iniciado esta semana no supremo tribunal da Califórnia, na cidade de São Francisco, acusa a Apple de não honrar contratos e garantias com os seus centros de serviço, roubo de segredos dos próprios revendedores e até mesmo venda de equipamentos usados como novos.
Como um processo colectivo, a acção procura incluir qualquer consumidor Apple nos Estados Unidos que tenha adquirido um produto ou utilizado serviços de apoio técnico desde 1995, excluíndo empregados da companhia ou pessoas citadas no processo.
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A Apple está a ser alvo de mais uma acção judicial colectiva, desta vez perpetuada tanto por clientes quanto por revendedores de produtos da companhia.
O processo, iniciado esta semana no supremo tribunal da Califórnia, na cidade de São Francisco, acusa a Apple de não honrar contratos e garantias com os seus centros de serviço, roubo de segredos dos próprios revendedores e até mesmo venda de equipamentos usados como novos.
Como um processo colectivo, a acção procura incluir qualquer consumidor Apple nos Estados Unidos que tenha adquirido um produto ou utilizado serviços de apoio técnico desde 1995, excluíndo empregados da companhia ou pessoas citadas no processo.
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