Resultados da Vivo dão maior segurança aos investidores
A empresa de António Mota já está em Angola há cerca de 60 anos.
Construção
Mota-Engil e Soares da Costa com projecto de 91 milhões em Luanda
Alexandra Noronha
Empreendimento é o maior da cidade e inclui duas torres e cinco pisos de parqueamento.
Um consórcio constituído pela Mota-Engil Engenharia e pela Soares da Costa (SC) está a construir em Angola um complexo para habitação e serviços no valor de 91 milhões de euros, que inclui a construção de duas torres, uma com dezoito pisos e outra com quinze, e cinco pisos para parques de estacionamento. O projecto, adjudicado recentemente, está localizado na marginal de Luanda e é já considerado a maior obra de construção civil da capital angolana, prevendo-se a sua conclusão para Janeiro de 2007. O empreendimento vai empregar mais de 4.600 toneladas de aço encontrando-se actualmente na fase inicial de construção.
Para as duas construtoras nacionais é mais um passo num mercado já tradicional do continente africano, que, no entanto, se encontra entre os países que mais dificuldades têm em pagar às construtoras nacionais, como se pode ler nos relatórios das respectivas contas anuais.
Ainda assim, para a Soares da Costa Angola continua a ser um mercado internacional privilegiado, até porque a construtora ainda só obteve uma obra no alternativo Leste da Europa, local onde as suas congéneres estão a apostar com força (principalmente a Mota-Engil). Em meados de 2004 estimava-se que os activos da Soares da Costa em Angola seriam de 144 milhões, mas eram de difícil recebimento. Por outro lado, a Mota-Engil está presente nesse mercado já há cerca de 60 anos, tendo investido recentemente 21 milhões de euros num condomínio de luxo exclusivamente para os seus trabalhadores.
SC cada vez mais internacional
A Soares da Costa espera este ano que metade da sua facturação seja proveniente do mercado externo, face ao peso de 30% que a carteira de obras fora de Portugal representou em 2004, numa óptica integrada na progressiva desaceleração do mercado interno. Segundo fonte da empresa, a construtora considera que na frente nacional “está tudo parado”, mesmo no que diz respeito ao mercado de reabilitação, em que muitas construtoras estão a investir para escapar à estagnação do segmento das casas novas. Em 2005, a empresa espera atingir uma facturação da ordem dos 500 milhões de euros, na área da construção.
A carteira de obras da Soares da Costa no estrangeiro inclui projectos como uma parceria com a Siemens para o metro de Telavive e uma aposta na construção de caminhos-de-ferro em Marrocos. Por outro lado, a empresa está a construir uma estrada na Roménia, em consórcio com a MonteAdriano.
Na América do Sul, a empresa está em consórcio com a FCC e a Sacyr Vallehermoso para a construção e exploração de uma autoestrada, num investimento total de 221 milhões de euros.
Paralelamente, a empresa, que tem acumulado prejuízos nos últimos anos, tendo registado resultados negativos de 4,6 milhões de euros no terceiro trimestre de 2004, tem um projecto para construir um hotel do grupo Pestana em S. Tomé e Príncipe.
Uma proximidade nem sempre pacífica
Em Dezembro de 2003, depois do anúncio da aliança entre a Mota-Engil (ME), a Somague e a Teixeira Duarte para o TGV (que depois ficaria sem efeito), a Soares da Costa (SC) insurgia-se contra o que chamava “um tiro no pé” das três construtoras rivais. Cerca de um ano depois os rumores apontavam para a possibilidade da ME e SC concorrerem em conjunto. As duas empresas estão próximas em diversos sectores. Nas águas, as construtoras são accionistas da Indáqua, com a ME a deter a posição maioritária (42,86%) e a SC a possuir 28,57%, o mesmo que a MonteAdriano. Por outro lado, o consórcio ME/SC está a proceder a obras no aeroporto Sá Carneiro, no Porto. Os apelos à concentração na construção por parte de António Mota (presidente da ME) têm conduzido a rumores de um alegado interesse do maior grupo de construção nacional na SC - de onde a Teixeira Duarte está de saída - sempre negados por ambas as empresas mas que reaparecem sazonalmente. Quase tão frequentemente como o alegado interesse espanhol na SC.
Construção
Mota-Engil e Soares da Costa com projecto de 91 milhões em Luanda
Alexandra Noronha
Empreendimento é o maior da cidade e inclui duas torres e cinco pisos de parqueamento.
Um consórcio constituído pela Mota-Engil Engenharia e pela Soares da Costa (SC) está a construir em Angola um complexo para habitação e serviços no valor de 91 milhões de euros, que inclui a construção de duas torres, uma com dezoito pisos e outra com quinze, e cinco pisos para parques de estacionamento. O projecto, adjudicado recentemente, está localizado na marginal de Luanda e é já considerado a maior obra de construção civil da capital angolana, prevendo-se a sua conclusão para Janeiro de 2007. O empreendimento vai empregar mais de 4.600 toneladas de aço encontrando-se actualmente na fase inicial de construção.
Para as duas construtoras nacionais é mais um passo num mercado já tradicional do continente africano, que, no entanto, se encontra entre os países que mais dificuldades têm em pagar às construtoras nacionais, como se pode ler nos relatórios das respectivas contas anuais.
Ainda assim, para a Soares da Costa Angola continua a ser um mercado internacional privilegiado, até porque a construtora ainda só obteve uma obra no alternativo Leste da Europa, local onde as suas congéneres estão a apostar com força (principalmente a Mota-Engil). Em meados de 2004 estimava-se que os activos da Soares da Costa em Angola seriam de 144 milhões, mas eram de difícil recebimento. Por outro lado, a Mota-Engil está presente nesse mercado já há cerca de 60 anos, tendo investido recentemente 21 milhões de euros num condomínio de luxo exclusivamente para os seus trabalhadores.
SC cada vez mais internacional
A Soares da Costa espera este ano que metade da sua facturação seja proveniente do mercado externo, face ao peso de 30% que a carteira de obras fora de Portugal representou em 2004, numa óptica integrada na progressiva desaceleração do mercado interno. Segundo fonte da empresa, a construtora considera que na frente nacional “está tudo parado”, mesmo no que diz respeito ao mercado de reabilitação, em que muitas construtoras estão a investir para escapar à estagnação do segmento das casas novas. Em 2005, a empresa espera atingir uma facturação da ordem dos 500 milhões de euros, na área da construção.
A carteira de obras da Soares da Costa no estrangeiro inclui projectos como uma parceria com a Siemens para o metro de Telavive e uma aposta na construção de caminhos-de-ferro em Marrocos. Por outro lado, a empresa está a construir uma estrada na Roménia, em consórcio com a MonteAdriano.
Na América do Sul, a empresa está em consórcio com a FCC e a Sacyr Vallehermoso para a construção e exploração de uma autoestrada, num investimento total de 221 milhões de euros.
Paralelamente, a empresa, que tem acumulado prejuízos nos últimos anos, tendo registado resultados negativos de 4,6 milhões de euros no terceiro trimestre de 2004, tem um projecto para construir um hotel do grupo Pestana em S. Tomé e Príncipe.
Uma proximidade nem sempre pacífica
Em Dezembro de 2003, depois do anúncio da aliança entre a Mota-Engil (ME), a Somague e a Teixeira Duarte para o TGV (que depois ficaria sem efeito), a Soares da Costa (SC) insurgia-se contra o que chamava “um tiro no pé” das três construtoras rivais. Cerca de um ano depois os rumores apontavam para a possibilidade da ME e SC concorrerem em conjunto. As duas empresas estão próximas em diversos sectores. Nas águas, as construtoras são accionistas da Indáqua, com a ME a deter a posição maioritária (42,86%) e a SC a possuir 28,57%, o mesmo que a MonteAdriano. Por outro lado, o consórcio ME/SC está a proceder a obras no aeroporto Sá Carneiro, no Porto. Os apelos à concentração na construção por parte de António Mota (presidente da ME) têm conduzido a rumores de um alegado interesse do maior grupo de construção nacional na SC - de onde a Teixeira Duarte está de saída - sempre negados por ambas as empresas mas que reaparecem sazonalmente. Quase tão frequentemente como o alegado interesse espanhol na SC.
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Reprivatização da EDA
Proposta da Bensaúde supera concorrente em seis milhões
Luís Villalobos
A proposta do consórcio liderado pelo grupo Bensaúde à reprivatização de 33,92% da Eléctrica dos Açores (EDA) supera a do consórcio concorrente em cerca de seis milhões de euros.
Na semana passada, foram entregues duas propostas para a compra da participação da EDA, uma por parte do grupo Bensaúde/BES/Fundação Oriente, e outra apresentada pelo grupo Nicolau Sousa Lima e Investaçor.
Segundo a Lusa, de acordo com informações do executivo açoerano, o consórcio liderado pelo grupo Bensaúde ofereceu 32,7 milhões de euros, o que equivale a 6,9 euros por acção, quando o seu concorrente se ficou pelos 5,58 euros por cada título da empresa eléctrica, equivalentes a uma oferta global de 26,4 milhões de euros. O preço base da operação de reprivatização era de 5,5 euros por cada acção.
O júri do concurso, que validou as duas propostas, é presidido por José Faustino de Sousa, juiz conselheiro jubilado e ex-responsável pela secção regional do Tribunal de Contas dos Açores entre 1985 e 2003. Fazem também parte deste júri o director regional do Orçamento e Tesouro, José António gomes, e o director regional da Indústria, Comércio e Energia, José Luís Amaral.
Apesar da componente financeira ser importante, existem outros critérios de avaliação, como a apresentação de um plano eatratégico para a expansão da EDA. O júri deverá elaborar um relatório em Março, com a operação de alienação a ser concluída até Junho.
Dois meses depois de ter sido escolhido o vencedor, irá avançar a venda de mais 5,98% do capital a pequenos subscritores e trabalhadores. Após a conclusão das duas fases, o Governo Regional reduz a sua posição, mas mantém a maioria do capital com 50,1%. A EDP, que não participou no concurso, detém os restantes 10% da Eléctrica dos Açores.
Proposta da Bensaúde supera concorrente em seis milhões
Luís Villalobos
A proposta do consórcio liderado pelo grupo Bensaúde à reprivatização de 33,92% da Eléctrica dos Açores (EDA) supera a do consórcio concorrente em cerca de seis milhões de euros.
Na semana passada, foram entregues duas propostas para a compra da participação da EDA, uma por parte do grupo Bensaúde/BES/Fundação Oriente, e outra apresentada pelo grupo Nicolau Sousa Lima e Investaçor.
Segundo a Lusa, de acordo com informações do executivo açoerano, o consórcio liderado pelo grupo Bensaúde ofereceu 32,7 milhões de euros, o que equivale a 6,9 euros por acção, quando o seu concorrente se ficou pelos 5,58 euros por cada título da empresa eléctrica, equivalentes a uma oferta global de 26,4 milhões de euros. O preço base da operação de reprivatização era de 5,5 euros por cada acção.
O júri do concurso, que validou as duas propostas, é presidido por José Faustino de Sousa, juiz conselheiro jubilado e ex-responsável pela secção regional do Tribunal de Contas dos Açores entre 1985 e 2003. Fazem também parte deste júri o director regional do Orçamento e Tesouro, José António gomes, e o director regional da Indústria, Comércio e Energia, José Luís Amaral.
Apesar da componente financeira ser importante, existem outros critérios de avaliação, como a apresentação de um plano eatratégico para a expansão da EDA. O júri deverá elaborar um relatório em Março, com a operação de alienação a ser concluída até Junho.
Dois meses depois de ter sido escolhido o vencedor, irá avançar a venda de mais 5,98% do capital a pequenos subscritores e trabalhadores. Após a conclusão das duas fases, o Governo Regional reduz a sua posição, mas mantém a maioria do capital com 50,1%. A EDP, que não participou no concurso, detém os restantes 10% da Eléctrica dos Açores.
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Resultados extraordinários vão beneficiar lucros da Brisa
V.N. com Reuters
A Brisa deverá ter encerrado o exercício de 2004 com um lucro de 197 milhões de euros, conclui uma ‘poll’ de analistas contactados pela agência Reuters, que avança com um intervalo entre 186 e 208,3 milhões.
Na referida previsão, os responsáveis pela análise da ‘performance’ da líder do mercado nacional de concessões rodoviárias destacam que a melhoria face aos 151,7 milhões obtidos em 2003 incorpora a mais-valia dos mais de 17 milhões de euros resultante da venda da posição (0,4%) que a Brisa detinha na congénere italiana, a Autostrade.
“Os lucros deverão ter sido influenciados positivamente, em termos anuais, pela mais-valia superior a 17 milhões de euros, decorrente da venda da participação que detinha na Autostrade”, precisou o grupo de analistas, destacando ainda o impacto favorável da descida do IRC – de 30% para 25% –, bem como do comportamento positivo da EDP, em cujo capital a concessionária liderada por Vasco de Mello possui uma participação de 2%.
Segmento dos custos é a principal incógnita
Apesar do abrandamento que marca a economia portuguesa ter tido reflexos ao nível das receitas de portagem da Brisa, os analistas não esperam grandes variações ou “surpresas” quanto aos resultados do ano passado. A facturação global deverá ascender a valores entre os 586 e os 599,5 milhões de euros, contra os 560,1 milhões com que encerrou o ano anterior, com um peso óbvio (90%) das receitas de portagem que, segundo a mesma ‘poll’, terão aumentado dos 501,5 milhões de 2003 para entre 525,7 a 530 milhões no final do exercício passado.
Assim, e segundo as mesmas fontes, a principal incógnita dos resultados da Brisa – que serão apresentados amanhã, após o fecho do mercado – é confirmar se a concessionária cumpriu o objectivo de acréscimo dos custos em apenas 4%.
V.N. com Reuters
A Brisa deverá ter encerrado o exercício de 2004 com um lucro de 197 milhões de euros, conclui uma ‘poll’ de analistas contactados pela agência Reuters, que avança com um intervalo entre 186 e 208,3 milhões.
Na referida previsão, os responsáveis pela análise da ‘performance’ da líder do mercado nacional de concessões rodoviárias destacam que a melhoria face aos 151,7 milhões obtidos em 2003 incorpora a mais-valia dos mais de 17 milhões de euros resultante da venda da posição (0,4%) que a Brisa detinha na congénere italiana, a Autostrade.
“Os lucros deverão ter sido influenciados positivamente, em termos anuais, pela mais-valia superior a 17 milhões de euros, decorrente da venda da participação que detinha na Autostrade”, precisou o grupo de analistas, destacando ainda o impacto favorável da descida do IRC – de 30% para 25% –, bem como do comportamento positivo da EDP, em cujo capital a concessionária liderada por Vasco de Mello possui uma participação de 2%.
Segmento dos custos é a principal incógnita
Apesar do abrandamento que marca a economia portuguesa ter tido reflexos ao nível das receitas de portagem da Brisa, os analistas não esperam grandes variações ou “surpresas” quanto aos resultados do ano passado. A facturação global deverá ascender a valores entre os 586 e os 599,5 milhões de euros, contra os 560,1 milhões com que encerrou o ano anterior, com um peso óbvio (90%) das receitas de portagem que, segundo a mesma ‘poll’, terão aumentado dos 501,5 milhões de 2003 para entre 525,7 a 530 milhões no final do exercício passado.
Assim, e segundo as mesmas fontes, a principal incógnita dos resultados da Brisa – que serão apresentados amanhã, após o fecho do mercado – é confirmar se a concessionária cumpriu o objectivo de acréscimo dos custos em apenas 4%.
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Cofina sozinha na corrida à Portucel Tejo
Gilda Sousa
Preço tem de superar os 37,9 milhões de valor base. Sinergias com a Caima podem ajudar.
O grupo Cofina é a único concorrente à compra da Portucel Tejo. A Invescaima entregou a respectiva proposta na sexta-feira, a data limite para o efeito.
Na fase anterior, de consulta e levantamento de informação sobre a Portucel Tejo, a Cofina teve a companhia de uma outra entidade representada pelo Banco Alves Ribeiro. Um interesse que acabou por não se transformar em proposta, segundo uma fonte contactada pelo DE. Questionado, no final do dia sobre o número de propostas entregues, o Ministério das Finanças disse não ter informação sobre o assunto.
A abertura da proposta da Invescaima vai decorrer hoje, podendo ser também divulgado o preço oferecido pelos 95% do capital da Portucel Tejo. O Governo determinou um preço base de 5,33 euros por cada uma das 7.125.000 acções, ou seja 37,9 milhões de euros pelos 95%. No concurso, o preço é critério determinante para a selecção.
Paulo Fernandes, o presidente da Cofina chegou a declarar que considerava o preço elevado. No entanto, o empresário defende também a existência de sinergias com a Celulose do Caima.
A eventual compra da Portucel Tejo vai enriquecer o portfolio industrial do grupo, entrando directamente para a nova holding industrial do grupo Cofina, a Altri, cuja constituição foi anunciada na passada semana e que deverá ser admitida à cotação em Março.
A Portucel Tejo fabricou 116 mil toneladas de pasta crua de pinho e eucalipto, em 2003. Metade é integrada na CPK, máquina de papel para sacos pertencente à Portucel Tejo, mas instalada na fábrica do grupo Portucel, em Cacia. A unidade de Vila Velha de Rodão é das poucas fábricas a produzir este tipo de pasta de forma não integrada. “Sendo um sector de capital intensivo, em que as economias de escala são decisivas, é improvável a instalação de novas capacidades, cuja viabilidade exigiria uma dimensão difícil de ser assimilada por um mercado global de dois milhões de toneladas e de crescimento incipiente”, refere a administração no relatório e contas de 2003.
Gilda Sousa
Preço tem de superar os 37,9 milhões de valor base. Sinergias com a Caima podem ajudar.
O grupo Cofina é a único concorrente à compra da Portucel Tejo. A Invescaima entregou a respectiva proposta na sexta-feira, a data limite para o efeito.
Na fase anterior, de consulta e levantamento de informação sobre a Portucel Tejo, a Cofina teve a companhia de uma outra entidade representada pelo Banco Alves Ribeiro. Um interesse que acabou por não se transformar em proposta, segundo uma fonte contactada pelo DE. Questionado, no final do dia sobre o número de propostas entregues, o Ministério das Finanças disse não ter informação sobre o assunto.
A abertura da proposta da Invescaima vai decorrer hoje, podendo ser também divulgado o preço oferecido pelos 95% do capital da Portucel Tejo. O Governo determinou um preço base de 5,33 euros por cada uma das 7.125.000 acções, ou seja 37,9 milhões de euros pelos 95%. No concurso, o preço é critério determinante para a selecção.
Paulo Fernandes, o presidente da Cofina chegou a declarar que considerava o preço elevado. No entanto, o empresário defende também a existência de sinergias com a Celulose do Caima.
A eventual compra da Portucel Tejo vai enriquecer o portfolio industrial do grupo, entrando directamente para a nova holding industrial do grupo Cofina, a Altri, cuja constituição foi anunciada na passada semana e que deverá ser admitida à cotação em Março.
A Portucel Tejo fabricou 116 mil toneladas de pasta crua de pinho e eucalipto, em 2003. Metade é integrada na CPK, máquina de papel para sacos pertencente à Portucel Tejo, mas instalada na fábrica do grupo Portucel, em Cacia. A unidade de Vila Velha de Rodão é das poucas fábricas a produzir este tipo de pasta de forma não integrada. “Sendo um sector de capital intensivo, em que as economias de escala são decisivas, é improvável a instalação de novas capacidades, cuja viabilidade exigiria uma dimensão difícil de ser assimilada por um mercado global de dois milhões de toneladas e de crescimento incipiente”, refere a administração no relatório e contas de 2003.
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Telecomunicações
Mais clientes aproximam Telesp dos lucros
Hermínia Saraiva
A política de subsidiação para a aquisição de terminais desenvolvida da Telesp Celular Participações (TCP) está entre as principais causas para os resultados negativos da empresa que controla a Vivo, na sequência da ‘joint-venture’ entre a Portugal Telecom e a Telefónica para o mercado brasileiro.
A TCP fechou o ano passado com prejuízos de 146,3 milhões de euros (490,2 milhões de reais), valor que representa uma melhoria de 19,9% relativamente a 2003, altura em que as perdas foram de 182,8 milhões de euros.
A empresa fez saber, em comunicado à Bolsa de Valores de São Paulo na passada sexta-feira, que registou uma subida de 3,4% no EBITDA (’cash-flow’ operacional) em 2004, num total de 762,7 milhões de euros. Ressalvando que está “a operar num dos mercados mais competitivos do mundo” e que o Brasil “oferece um alto potencial de crescimento”, a TCP anunciou uma margem operacional de 35,5%, o que, de acordo com Francisco Padinha, presidente da operadora, “representa 15 pontos percentuais acima da média registada pelo sector no Brasil”.
A receita operacional líquida da TCP no ano passado ascendeu a 582 milhões de euros, um aumento de 4% em relação a 2003, sustentado num crescimento de 32,6% do número de utilizadores, que são actualmente 17,6 milhões. As receitas da TCP com as transmissões de dados representaram 4,5% da receita líquida de serviços, um aumento de 75,3% em relação ao ano anterior.
O total de dívida da empresa atingiu em Dezembro passado os 1,48 mil milhões de euros, que comparam com os 1.870 milhões, no final do ano anterior.
A TCP integra, com a Tele Leste Celular, Tele Sudeste Celular e a Celular CRT, a Brasilcel, sendo a marca principal a Vivo para o mercado móvel.
Mais clientes aproximam Telesp dos lucros
Hermínia Saraiva
A política de subsidiação para a aquisição de terminais desenvolvida da Telesp Celular Participações (TCP) está entre as principais causas para os resultados negativos da empresa que controla a Vivo, na sequência da ‘joint-venture’ entre a Portugal Telecom e a Telefónica para o mercado brasileiro.
A TCP fechou o ano passado com prejuízos de 146,3 milhões de euros (490,2 milhões de reais), valor que representa uma melhoria de 19,9% relativamente a 2003, altura em que as perdas foram de 182,8 milhões de euros.
A empresa fez saber, em comunicado à Bolsa de Valores de São Paulo na passada sexta-feira, que registou uma subida de 3,4% no EBITDA (’cash-flow’ operacional) em 2004, num total de 762,7 milhões de euros. Ressalvando que está “a operar num dos mercados mais competitivos do mundo” e que o Brasil “oferece um alto potencial de crescimento”, a TCP anunciou uma margem operacional de 35,5%, o que, de acordo com Francisco Padinha, presidente da operadora, “representa 15 pontos percentuais acima da média registada pelo sector no Brasil”.
A receita operacional líquida da TCP no ano passado ascendeu a 582 milhões de euros, um aumento de 4% em relação a 2003, sustentado num crescimento de 32,6% do número de utilizadores, que são actualmente 17,6 milhões. As receitas da TCP com as transmissões de dados representaram 4,5% da receita líquida de serviços, um aumento de 75,3% em relação ao ano anterior.
O total de dívida da empresa atingiu em Dezembro passado os 1,48 mil milhões de euros, que comparam com os 1.870 milhões, no final do ano anterior.
A TCP integra, com a Tele Leste Celular, Tele Sudeste Celular e a Celular CRT, a Brasilcel, sendo a marca principal a Vivo para o mercado móvel.
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Resultados da Vivo dão maior segurança aos investidores
Resultados da Vivo dão maior segurança aos investidores
Hermínia Saraiva
Os indicadores da Telesp Celular, apesar dos prejuízos, confirmam a estabilização da concorrência.
Os resultados apresentados sexta-feira pela Telesp Celular Participações, ‘joint venture’ da Portugal Telecom e da Telefónica no Brasil, estão longe dos lucros mas, ainda assim, são vistos como positivos pela generalidade dos analistas.
Num dia em que a Portugal Telecom fechou nos 9,46 euros, a subir 0,42%, “a apresentação dos resultados veio trazer uma nota positiva, confirmando alguma estabilização ao nível da concorrência, que permite ganhar alguma confiança adicional em relação às operações no Brasil”, sublinhou Nuno Vieira, analista do Millennium bcp Investimentos.
O analista faz notar que a estabilização ao nível da concorrência permite “a diminuição dos custos de aquisição de clientes, embora o trimestre tenha reflectido um elevado número de novas subscrições”. Uma opinião partilhada pela Caixa Banco Investimento: “Não nos parece preocupante a descida da margem EBITDA em 2004 e 2005, uma vez que se trata de um efeito de curto prazo da rápida expansão no número de clientes”, refere um analista.
De acordo com dados da Caixa BI, os custos de aquisição e retenção de clientes representam actualmente cerca de 15% a 20% do total de receitas da operadora. Mas este será um valor que tenderá a diminuir no próximo ano, em cerca de 10%, à medida que o crescimento do número de subscritores começar a abrandar. “Assim, e considerando as economias de escala resultantes da elevada base de clientes, esperamos uma forte recuperação das margens nos próximos anos”, acrescenta o mesmo analista.
A TCP anunciou ainda que vai reforçar a política de investimentos necessária à prossecução dos planos de migração tecnológica e expansão da rede. No total deverão ser investidos 579 milhões de euros, em linha com o realizado em 2004. “A projecção de novos investimentos é mais elevada do que o esperado, o que se pode explicar porque a Vivo está a meio de um processo de migração tecnológica - de TDMA para CDMA e de expansão da rede”, conclui Nuno Vieira.
Portugal Telecom convoca assembleia-geral
A Portugal Telecom e a PT Multimédia pretendem reduzir o seu capital social em 10%. O facto relevante foi comunicado na passada sexta-feira à CMVM, através da convocatória das respectivas assembleias-gerais, em que é pedido aos accionistas que, a 1 de Abril, aprovem uma “redução em até 116.648.505 euros” do capital social da PT. Este pedido surge na sequência do “programa de ‘share buyback’, iniciado em 2004, e já parcialmente concluído”. No caso da PTM, a redução de capital poderá ir até aos 7.844.846 euros, “com a finalidade de libertação de capital exuberante relacionada com aquele programa”, estando a AG marcada para 30 de Março. A redução do capital será realizado através da “extinção de até 15.689.692 acções próprias a adquirir em execução da deliberação”.
Hermínia Saraiva
Os indicadores da Telesp Celular, apesar dos prejuízos, confirmam a estabilização da concorrência.
Os resultados apresentados sexta-feira pela Telesp Celular Participações, ‘joint venture’ da Portugal Telecom e da Telefónica no Brasil, estão longe dos lucros mas, ainda assim, são vistos como positivos pela generalidade dos analistas.
Num dia em que a Portugal Telecom fechou nos 9,46 euros, a subir 0,42%, “a apresentação dos resultados veio trazer uma nota positiva, confirmando alguma estabilização ao nível da concorrência, que permite ganhar alguma confiança adicional em relação às operações no Brasil”, sublinhou Nuno Vieira, analista do Millennium bcp Investimentos.
O analista faz notar que a estabilização ao nível da concorrência permite “a diminuição dos custos de aquisição de clientes, embora o trimestre tenha reflectido um elevado número de novas subscrições”. Uma opinião partilhada pela Caixa Banco Investimento: “Não nos parece preocupante a descida da margem EBITDA em 2004 e 2005, uma vez que se trata de um efeito de curto prazo da rápida expansão no número de clientes”, refere um analista.
De acordo com dados da Caixa BI, os custos de aquisição e retenção de clientes representam actualmente cerca de 15% a 20% do total de receitas da operadora. Mas este será um valor que tenderá a diminuir no próximo ano, em cerca de 10%, à medida que o crescimento do número de subscritores começar a abrandar. “Assim, e considerando as economias de escala resultantes da elevada base de clientes, esperamos uma forte recuperação das margens nos próximos anos”, acrescenta o mesmo analista.
A TCP anunciou ainda que vai reforçar a política de investimentos necessária à prossecução dos planos de migração tecnológica e expansão da rede. No total deverão ser investidos 579 milhões de euros, em linha com o realizado em 2004. “A projecção de novos investimentos é mais elevada do que o esperado, o que se pode explicar porque a Vivo está a meio de um processo de migração tecnológica - de TDMA para CDMA e de expansão da rede”, conclui Nuno Vieira.
Portugal Telecom convoca assembleia-geral
A Portugal Telecom e a PT Multimédia pretendem reduzir o seu capital social em 10%. O facto relevante foi comunicado na passada sexta-feira à CMVM, através da convocatória das respectivas assembleias-gerais, em que é pedido aos accionistas que, a 1 de Abril, aprovem uma “redução em até 116.648.505 euros” do capital social da PT. Este pedido surge na sequência do “programa de ‘share buyback’, iniciado em 2004, e já parcialmente concluído”. No caso da PTM, a redução de capital poderá ir até aos 7.844.846 euros, “com a finalidade de libertação de capital exuberante relacionada com aquele programa”, estando a AG marcada para 30 de Março. A redução do capital será realizado através da “extinção de até 15.689.692 acções próprias a adquirir em execução da deliberação”.
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