Brisa
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Analistas minimizam impacto eleitoral
Brisa afunda mais de 3% com subida dos juros na Europa
A Brisa liderava as perdas na bolsa, anulando os ganhos de 2005, e negociando em linha com as auto-estradas na Europa, onde a Autostrade e a ASF deslizavam mais de 5%. Os analistas citam a subida das «yields», em máximos de 2005, que penaliza as empresas do sector. Os analistas defendem que os resultados das eleições não estão a afectar o papel.
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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt
Acções da Brisa em três meses
A Brisa liderava as perdas na bolsa, anulando os ganhos de 2005, e negociando em linha com as auto-estradas na Europa, onde a Autostrade e a ASF deslizavam mais de 5%. Os analistas citam a subida das «yields», em máximos de 2005, que penaliza as empresas do sector. Os analistas defendem que os resultados das eleições não estão a afectar o papel.
As acções da Brisa [Cot] já estiveram hoje a acumular uma desvalorização máxima de 3,43%, levando o papel a anular os amealhados nos últimos dois meses.
O título recuava agora 3% para os 6,78 euros, o que representa uma perda de capitalização bolsista superior a 100 milhões de euros. Foram movimentadas mais de um milhão de títulos.
Margarida Mira, da Espírito Santo Research (ESR) disse ao Jornal de Negócios Online que «a queda de hoje da Brisa está mais relacionada com o sector, que está todo a cair».
A analista explica que «a subida dos juros [yields] na Europa está a penalizar o sector», já que este movimento provoca uma subida da taxa de desconto, baixando o valor da acção.
As empresas do sector «também são muito endividadas», uma situação que fica mais agravada num contexto de juros altos.
«As acções da ‘utilities’ estão agora menos atractivas», escreveram analistas da Lehman Brothers numa nota a clientes, afirmando que «os dividendos de empresas como as eléctricas e as companhias de auto-estradas estão agora menos atractivos».
Autostrade recua mais de 6% e ASF escorrega 5,2%
As empresas do sector na Europa padeciam do mesmo mal que a Brisa. Na bolsa de Milão, as acções da Autostrade já estiveram a perder 6,65%, negociando agora em descida de 4,32% para os 21,02 euros.
Em Espanha, a Abertis, empresa que controla 10% da Brisa, cedia 1,72% para 18,39 euros, enquanto a conterrânea Ferrovial escorregava 4%. Em Paris, a Autoroutes du Sud de la France (ASF) perdia 5,2% para os 39,01 euros.
Um analista do BNP Paribas explicou à Bloomberg que «a queda das obrigações está a afectar todas as "utilities" que são sensíveis às taxas de juro, de forma negativa».
«Os dividendos das "utilities", como as eléctrica e operadoras de auto-estradas, tendem a ficar menos atractivos e, como são, por norma, empresas muito endividadas, os balanços são afectados e os seus planos de investimentos torna-se mais dispendiosos», comenta o banco francês. Na Euronext Lisbon, as acções da Energias de Portugal (EDP) [Cot] perdiam 0,44% para os 2,27 euros e as eléctricas europeias também seguiam em queda.
Obrigações caem pelo oitavo dia consecutivo
No mercado da dívida, as obrigações do tesouro (OT) alemãs a 10 anos perdiam valor pela oitava sessão consecutiva, elevando a «yield» até aos 3,665%.
Em Portugal, a dívida da República, com a mesma maturidade, deslizava pela sétima sessão, colocando a «yield» nos 3,647%. As «yields» andam em sentido inverso do preço das obrigações.
Os operadores citam as expectativas de que os dados económicos e empresariais na Zona Euro - que serão conhecidos ao longo desta semana - poderão exceder as previsões, sinalizando uma melhoria das condições económicas na região.
Vasco de Mello, CEO da Brisa
Brisa passa ao lado das eleições na véspera dos resultados
A concessionária liderada por Vasco de Mello, segundo operadores, não está a ser afectada pelos resultados das eleições eleitorais, apesar de José Sócrates já se ter mostrado contra a introdução de portagens nas SCUT.
Segundo um «dealer», o resultado das eleições não afecta a Brisa, «apesar do partido vencedor ter criticado o plano do PSD que visava a transformação das vias sem cobrança ao utilizador (SCUT) em auto-estradas com portagens».
Um analista do sector, que preferiu o anonimato, avançou que «o resultado das eleições, com uma maioria absoluta, vai garantir estabilidade, uma condição essencial para a atribuição de novas concessões».
«A questão das SCUT poderá arrastar-se por mais dois ou três anos, mas os custos serão incomportáveis», diz o mesmo analista, sugerindo que as portagens nessas vias, mais cedo ou mais tarde, serão uma realidade.
A Brisa apresenta as contas anuais amanhã, após o fecho dos mercados. Uma «pool» de analistas feita pela agência Reuters prevê lucros de 197 milhões de euros em 2004, contra os 151,7 milhões de euros conseguidos em 2003.
Brisa afunda mais de 3% com subida dos juros na Europa
A Brisa liderava as perdas na bolsa, anulando os ganhos de 2005, e negociando em linha com as auto-estradas na Europa, onde a Autostrade e a ASF deslizavam mais de 5%. Os analistas citam a subida das «yields», em máximos de 2005, que penaliza as empresas do sector. Os analistas defendem que os resultados das eleições não estão a afectar o papel.
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Pedro Carvalho
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Acções da Brisa em três meses
A Brisa liderava as perdas na bolsa, anulando os ganhos de 2005, e negociando em linha com as auto-estradas na Europa, onde a Autostrade e a ASF deslizavam mais de 5%. Os analistas citam a subida das «yields», em máximos de 2005, que penaliza as empresas do sector. Os analistas defendem que os resultados das eleições não estão a afectar o papel.
As acções da Brisa [Cot] já estiveram hoje a acumular uma desvalorização máxima de 3,43%, levando o papel a anular os amealhados nos últimos dois meses.
O título recuava agora 3% para os 6,78 euros, o que representa uma perda de capitalização bolsista superior a 100 milhões de euros. Foram movimentadas mais de um milhão de títulos.
Margarida Mira, da Espírito Santo Research (ESR) disse ao Jornal de Negócios Online que «a queda de hoje da Brisa está mais relacionada com o sector, que está todo a cair».
A analista explica que «a subida dos juros [yields] na Europa está a penalizar o sector», já que este movimento provoca uma subida da taxa de desconto, baixando o valor da acção.
As empresas do sector «também são muito endividadas», uma situação que fica mais agravada num contexto de juros altos.
«As acções da ‘utilities’ estão agora menos atractivas», escreveram analistas da Lehman Brothers numa nota a clientes, afirmando que «os dividendos de empresas como as eléctricas e as companhias de auto-estradas estão agora menos atractivos».
Autostrade recua mais de 6% e ASF escorrega 5,2%
As empresas do sector na Europa padeciam do mesmo mal que a Brisa. Na bolsa de Milão, as acções da Autostrade já estiveram a perder 6,65%, negociando agora em descida de 4,32% para os 21,02 euros.
Em Espanha, a Abertis, empresa que controla 10% da Brisa, cedia 1,72% para 18,39 euros, enquanto a conterrânea Ferrovial escorregava 4%. Em Paris, a Autoroutes du Sud de la France (ASF) perdia 5,2% para os 39,01 euros.
Um analista do BNP Paribas explicou à Bloomberg que «a queda das obrigações está a afectar todas as "utilities" que são sensíveis às taxas de juro, de forma negativa».
«Os dividendos das "utilities", como as eléctrica e operadoras de auto-estradas, tendem a ficar menos atractivos e, como são, por norma, empresas muito endividadas, os balanços são afectados e os seus planos de investimentos torna-se mais dispendiosos», comenta o banco francês. Na Euronext Lisbon, as acções da Energias de Portugal (EDP) [Cot] perdiam 0,44% para os 2,27 euros e as eléctricas europeias também seguiam em queda.
Obrigações caem pelo oitavo dia consecutivo
No mercado da dívida, as obrigações do tesouro (OT) alemãs a 10 anos perdiam valor pela oitava sessão consecutiva, elevando a «yield» até aos 3,665%.
Em Portugal, a dívida da República, com a mesma maturidade, deslizava pela sétima sessão, colocando a «yield» nos 3,647%. As «yields» andam em sentido inverso do preço das obrigações.
Os operadores citam as expectativas de que os dados económicos e empresariais na Zona Euro - que serão conhecidos ao longo desta semana - poderão exceder as previsões, sinalizando uma melhoria das condições económicas na região.
Vasco de Mello, CEO da Brisa
Brisa passa ao lado das eleições na véspera dos resultados
A concessionária liderada por Vasco de Mello, segundo operadores, não está a ser afectada pelos resultados das eleições eleitorais, apesar de José Sócrates já se ter mostrado contra a introdução de portagens nas SCUT.
Segundo um «dealer», o resultado das eleições não afecta a Brisa, «apesar do partido vencedor ter criticado o plano do PSD que visava a transformação das vias sem cobrança ao utilizador (SCUT) em auto-estradas com portagens».
Um analista do sector, que preferiu o anonimato, avançou que «o resultado das eleições, com uma maioria absoluta, vai garantir estabilidade, uma condição essencial para a atribuição de novas concessões».
«A questão das SCUT poderá arrastar-se por mais dois ou três anos, mas os custos serão incomportáveis», diz o mesmo analista, sugerindo que as portagens nessas vias, mais cedo ou mais tarde, serão uma realidade.
A Brisa apresenta as contas anuais amanhã, após o fecho dos mercados. Uma «pool» de analistas feita pela agência Reuters prevê lucros de 197 milhões de euros em 2004, contra os 151,7 milhões de euros conseguidos em 2003.
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HOT-Brisa recua 2,7 pct com sector e vitória PS
21/02/2005 10:43
LISBOA, 21 Fev (Reuters) - A Brisa recuou 2,7 pct para os 6,80 euros, o mínimo do último mês, pressionada pelas quedas do sector e pela vitória, com maioria absoluta, do Partido Socialista que aumenta a possibilidade deste não vir a introduzir portagens nas auto-estradas com portagens virtuais SCUTs, disseram dealers.
"A queda do sector no exterior e a possibilidade do PS não vir a introduzir portagens nas SCUT, o que iria beneficiar a Brisa, está a penalizar o título", disse um dealer.
José Sócrates, secretário geral do PS, afirmou recentemente que por princípio as SCUT manter-se-ão sem portagens.
Transaccionaram-se 983.035 acções da Brisa a cair 2,86 pct para os 6,79 euros.
A Autostrade perde 4,73 pct para os 20,9 euros e a Abertis desliza 1,45 pct para os 18,35 euros.
O PS venceu as eleições legislativas antecipadas com 45,1 pct dos votos expressos, o PSD conseguiu 28,7 pct, a CDU 7,6 pct, o CDS/PP 7,3 pct e o BE 6,4 pct.
((---Henrique Simões de Almeida, Lisboa Editorial, 351 21 3509206, lisbon.newsroom@reuters.com, Reuters messaging: Henrique.almeida.reuters.com@reuters.net))
21/02/2005 10:43
LISBOA, 21 Fev (Reuters) - A Brisa recuou 2,7 pct para os 6,80 euros, o mínimo do último mês, pressionada pelas quedas do sector e pela vitória, com maioria absoluta, do Partido Socialista que aumenta a possibilidade deste não vir a introduzir portagens nas auto-estradas com portagens virtuais SCUTs, disseram dealers.
"A queda do sector no exterior e a possibilidade do PS não vir a introduzir portagens nas SCUT, o que iria beneficiar a Brisa, está a penalizar o título", disse um dealer.
José Sócrates, secretário geral do PS, afirmou recentemente que por princípio as SCUT manter-se-ão sem portagens.
Transaccionaram-se 983.035 acções da Brisa a cair 2,86 pct para os 6,79 euros.
A Autostrade perde 4,73 pct para os 20,9 euros e a Abertis desliza 1,45 pct para os 18,35 euros.
O PS venceu as eleições legislativas antecipadas com 45,1 pct dos votos expressos, o PSD conseguiu 28,7 pct, a CDU 7,6 pct, o CDS/PP 7,3 pct e o BE 6,4 pct.
((---Henrique Simões de Almeida, Lisboa Editorial, 351 21 3509206, lisbon.newsroom@reuters.com, Reuters messaging: Henrique.almeida.reuters.com@reuters.net))
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