Um país novo
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Saramago?!?
Cavalo branco de Napoleão?!?
Trajecto politico?!?
Mas que grande confusão vai por aqui... A que propósito é que se envolve o nome de um dos expoentes máximos da cultura Portuguesa num post deste genero?
Sinceramente não percebi...
Alex
Cavalo branco de Napoleão?!?
Trajecto politico?!?
Mas que grande confusão vai por aqui... A que propósito é que se envolve o nome de um dos expoentes máximos da cultura Portuguesa num post deste genero?
Sinceramente não percebi...
Alex
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- Registado: 9/6/2004 21:06
- Localização: Quinta do Conde
Estive de serviço ontem a uma Assembleia de voto na minha Freguesia de registo.
Foi um dia longo, mas passou muito rápido:
Razões, e olhem que isso no Algarve é raro:
logo às 8 da manhã, faziam-se filas para votar.
Houve sempre eleitores ao longo da manhã e chegaram a formar-se filas grandes antes do almoço.
Num momento de pausa, ainda falei com líderes locais do PSD e PS e disse-lhes:
Com tantos votos, não sei, mas vem aí tsunami político.
Afinal, os eleitores não foram votar numa manifestação de delírio apoiante a Sócrates.
Foram votar em massa para varrer um Governo atípico e cheio de episódios, ao mesmo tempo que usavam o Bloco para o voto de protesto, o qual é mais jovem e urbano do que outra coisa.
Ah, o perfume do Maio de 68...
Também votaram para que o PSD possa arrumar a casa com gente boa que existe com fartura nesse Partido.
Quando estavámos na contagem dos votos, e eu estava numa mesa com muito eleitorado jovem, fiquei espantado na abertura da urna.
Havia momentos em que só se via PS e Bloco. Este quase alcançava o PSD nalgumas meses.
Noutras mesas do pessoal de "meia idade", viam-se blocos, sim, mas de votos no PS...
e aí é que esteve a tal maioria silenciosa.
Uma lição que os políticos insistem em não querer aprender, mas que SL aprendeu da pior forma:
Não existem homens que não perdem eleições... perder eleições é fácil, ganhar é que é complicado...
até parece o mercado
Abraço
djovarius
Foi um dia longo, mas passou muito rápido:
Razões, e olhem que isso no Algarve é raro:
logo às 8 da manhã, faziam-se filas para votar.
Houve sempre eleitores ao longo da manhã e chegaram a formar-se filas grandes antes do almoço.
Num momento de pausa, ainda falei com líderes locais do PSD e PS e disse-lhes:
Com tantos votos, não sei, mas vem aí tsunami político.
Afinal, os eleitores não foram votar numa manifestação de delírio apoiante a Sócrates.
Foram votar em massa para varrer um Governo atípico e cheio de episódios, ao mesmo tempo que usavam o Bloco para o voto de protesto, o qual é mais jovem e urbano do que outra coisa.
Ah, o perfume do Maio de 68...
Também votaram para que o PSD possa arrumar a casa com gente boa que existe com fartura nesse Partido.
Quando estavámos na contagem dos votos, e eu estava numa mesa com muito eleitorado jovem, fiquei espantado na abertura da urna.
Havia momentos em que só se via PS e Bloco. Este quase alcançava o PSD nalgumas meses.
Noutras mesas do pessoal de "meia idade", viam-se blocos, sim, mas de votos no PS...
e aí é que esteve a tal maioria silenciosa.
Uma lição que os políticos insistem em não querer aprender, mas que SL aprendeu da pior forma:
Não existem homens que não perdem eleições... perder eleições é fácil, ganhar é que é complicado...
até parece o mercado
Abraço
djovarius
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Nestes últimos dias li, ouvi e falei muito de política e de políticos (Sócrates e Santana) penso que quem votou no PS está contente e com razão por que foi uma vitória expressiva, eu que não gosto de política e também não sou português, mas enfim acabei por ser arrastado por esta euforia eleitoral, mas isto acontece. Penso que chegou a hora de nos mentalizarmos para os próximos 04 anos sejam eles bons ou maus. Hoje é um novo dia e temos que levar as nossas vidas em frente, estarei de pé como de costume as 08:00horas para acompanhar os mercados financeiros e outros afins, tem que ser por que não é o Sócrates que põe o dinheirinho cá em casa. Um abraço a todos e fico por aqui com ao raio da política que por vezes nos domina. Boa noite a todos.
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o meu cinto...
o meu cinto ja nao tem espaço pra mais furos...
ou emagreço ou emigro...
ou emagreço ou emigro...
-
GreenOctober
tretas...
...o pântano está instalado e é so ver qto tempo estes aguentam chafurdar na lama...
Infelizmente nao acredito nem nestes nem em nenhuns.
Portugal parece-me um país perdido para esta e próxima gerações (pelo menos!)
Meu voto foi no cavalo do Napoleão!
Um voto de protesto nestes politicos de &%&%$#
Infelizmente nao acredito nem nestes nem em nenhuns.
Portugal parece-me um país perdido para esta e próxima gerações (pelo menos!)
Meu voto foi no cavalo do Napoleão!
Um voto de protesto nestes politicos de &%&%$#
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GreenOctober
Idependentemente das ideias políticas de cada um, penso que a vitória do PS por maioria absoluta é capaz de ser favorável a todos por várias razões:
1) a estabilidade política é essencial para a economia, veja-se o exemplo da Irlanda. O milagre económico não foi só pelo partido no governo mas pelo respeito e continuidade das medidas económicas
2)estamos precisando imenso de resolver o nosso problema de desemprego, que atingiu uma percentagem enorme. E o desemprego aumenta entre outras coisas a criminalidade e a xenofobia
3)os grandes empresários poderão saber melhor com que linhas se irão cozer nos próximos 4 anos. E são responsáveis por grande parte do nesso PIB
4) ou muito me engano ou a nossa bolsa sobe amanha.
5) fosse qual fosse o partido que ganhasse, iremos apertar mais o cinto. E como diz o velho ditado "em casa em que não há pão, todos berram e ninguem tem razão"
6)Neste momento penso que o PS tem elementos que possam formar um governo credível
Nota: apesar do dito, não votei PS.
Bom princípio de semana e bons negócios
Clinico
1) a estabilidade política é essencial para a economia, veja-se o exemplo da Irlanda. O milagre económico não foi só pelo partido no governo mas pelo respeito e continuidade das medidas económicas
2)estamos precisando imenso de resolver o nosso problema de desemprego, que atingiu uma percentagem enorme. E o desemprego aumenta entre outras coisas a criminalidade e a xenofobia
3)os grandes empresários poderão saber melhor com que linhas se irão cozer nos próximos 4 anos. E são responsáveis por grande parte do nesso PIB
4) ou muito me engano ou a nossa bolsa sobe amanha.
5) fosse qual fosse o partido que ganhasse, iremos apertar mais o cinto. E como diz o velho ditado "em casa em que não há pão, todos berram e ninguem tem razão"
6)Neste momento penso que o PS tem elementos que possam formar um governo credível
Nota: apesar do dito, não votei PS.
Bom princípio de semana e bons negócios
Clinico
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- Registado: 1/6/2003 0:13
Um país novo
Publicado 20 Fevereiro 2005 21:54
Sérgio Figueiredo
Um país novo
sf@mediafin.pt
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Decidiram fazer outra vez história. Os portugueses voltaram a fazer história nas eleições de ontem (hoje). Apesar das reservas, este texto baseia-se em projecções e não em resultados finais [estes estão numa segunda edição, com hora de fecho mais tardia, única forma de evitar que você, que é nosso assinante, não recebesse só amanhã o jornal de hoje]... NR: Nas bancas estará a 2ª edição e não esta.
Apesar das reservas, este texto baseia-se em projecções e não em resultados finais [estes estão numa segunda edição, com hora de fecho mais tardia, única forma de evitar que você, que é nosso assinante, não recebesse só amanhã o jornal de hoje], apesar disso é possível, e é muito bom, repetir várias vezes: os portugueses voltaram a dizer que, nos momentos difíceis, são eles que fazem questão de decidir. E estes são momentos difíceis...
Decidiram, principalmente, votar. Assim decidiram dizer aos partidos que se enganavam, aos jornalistas que se enganavam, às sondagens que se enganavam, quando, todos juntos, esperavam que a abstenção subisse. E a abstenção baixou...
Decidiram dar a maioria absoluta que os socialistas nunca haviam alcançado. Decidiram, portanto, simplificar o mais possível: o eng. Sócrates não depende de ninguém; também não tem desculpas. De outra forma, os portugueses estão a dizer aos socialistas que, desta vez, não podem falhar.
Decidiram, por contra-ponto, remeter o PSD para uma posição de secundaríssimo plano. Os sociais-democratas perdem muitos votos, perdem muitos deputados e perdem influência. Vão perder o líder – facto que o país, e a maioria do próprio partido, encara como uma grande vitória.
Os portugueses decidiram, por fim, provocar uma pequena revolução nas margens do sistema partidário. Decidiram afundar o PP com os três anos de governação em que este partido participou. E decidiram retirar o Bloco de Esquerda daquele seu estatuto, confortável, do anti-sistema. O doutor Louçã, que já era parte do sistema, não pode continuar a disfarçar.
Uma grande conclusão sai destas legislativas: ontem nasceu um país novo. Um país em que a esquerda nunca teve tanta força. Um país que, depois de Cavaco Silva, volta a ser governado por uma única força partidária.
Há um país a expressar massivamente um protesto. É importante dizer que este castigo é justo. A coligação merece a violência desta expressão e só pode queixar-se de si própria.
Porque Durão Barroso apontava um caminho, mas não fazia reformas. Porque, para piorar, veio Santana Lopes a prometer reformas, mas perdeu por completo o rumo.
A grande dúvida é se este novo país é um país melhor. Sócrates e PS obtêm uma grande, uma imensa vitória. A responsabilidade é maior.
A crise que atravessamos não se vence com as facilidades que, sem excepção, todos andaram a prometer na campanha eleitoral. A crise não se vence com um país de braços caídos e povo cabisbaixo. A crise não se vence com uma classe dirigente a dar maus exemplos.
O PS tem de mobilizar, de seguir medidas duras, mas explicar o sentido dos sacrifícios, dizer onde quer chegar. Não pode, obviamente, contar com o país de Louçã e Jerónimo. Não pode, para maiorias de 2/3, contar com o PSD, que entra em crise de identidade. Pois é, não lhe resta outra alternativa e ainda bem: só conta com o povo. Foi para isso que recebeu tanto voto. Só há uma retribuição possível: em quatro anos, um país melhor.
Sérgio Figueiredo
Um país novo
sf@mediafin.pt
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Decidiram fazer outra vez história. Os portugueses voltaram a fazer história nas eleições de ontem (hoje). Apesar das reservas, este texto baseia-se em projecções e não em resultados finais [estes estão numa segunda edição, com hora de fecho mais tardia, única forma de evitar que você, que é nosso assinante, não recebesse só amanhã o jornal de hoje]... NR: Nas bancas estará a 2ª edição e não esta.
Apesar das reservas, este texto baseia-se em projecções e não em resultados finais [estes estão numa segunda edição, com hora de fecho mais tardia, única forma de evitar que você, que é nosso assinante, não recebesse só amanhã o jornal de hoje], apesar disso é possível, e é muito bom, repetir várias vezes: os portugueses voltaram a dizer que, nos momentos difíceis, são eles que fazem questão de decidir. E estes são momentos difíceis...
Decidiram, principalmente, votar. Assim decidiram dizer aos partidos que se enganavam, aos jornalistas que se enganavam, às sondagens que se enganavam, quando, todos juntos, esperavam que a abstenção subisse. E a abstenção baixou...
Decidiram dar a maioria absoluta que os socialistas nunca haviam alcançado. Decidiram, portanto, simplificar o mais possível: o eng. Sócrates não depende de ninguém; também não tem desculpas. De outra forma, os portugueses estão a dizer aos socialistas que, desta vez, não podem falhar.
Decidiram, por contra-ponto, remeter o PSD para uma posição de secundaríssimo plano. Os sociais-democratas perdem muitos votos, perdem muitos deputados e perdem influência. Vão perder o líder – facto que o país, e a maioria do próprio partido, encara como uma grande vitória.
Os portugueses decidiram, por fim, provocar uma pequena revolução nas margens do sistema partidário. Decidiram afundar o PP com os três anos de governação em que este partido participou. E decidiram retirar o Bloco de Esquerda daquele seu estatuto, confortável, do anti-sistema. O doutor Louçã, que já era parte do sistema, não pode continuar a disfarçar.
Uma grande conclusão sai destas legislativas: ontem nasceu um país novo. Um país em que a esquerda nunca teve tanta força. Um país que, depois de Cavaco Silva, volta a ser governado por uma única força partidária.
Há um país a expressar massivamente um protesto. É importante dizer que este castigo é justo. A coligação merece a violência desta expressão e só pode queixar-se de si própria.
Porque Durão Barroso apontava um caminho, mas não fazia reformas. Porque, para piorar, veio Santana Lopes a prometer reformas, mas perdeu por completo o rumo.
A grande dúvida é se este novo país é um país melhor. Sócrates e PS obtêm uma grande, uma imensa vitória. A responsabilidade é maior.
A crise que atravessamos não se vence com as facilidades que, sem excepção, todos andaram a prometer na campanha eleitoral. A crise não se vence com um país de braços caídos e povo cabisbaixo. A crise não se vence com uma classe dirigente a dar maus exemplos.
O PS tem de mobilizar, de seguir medidas duras, mas explicar o sentido dos sacrifícios, dizer onde quer chegar. Não pode, obviamente, contar com o país de Louçã e Jerónimo. Não pode, para maiorias de 2/3, contar com o PSD, que entra em crise de identidade. Pois é, não lhe resta outra alternativa e ainda bem: só conta com o povo. Foi para isso que recebeu tanto voto. Só há uma retribuição possível: em quatro anos, um país melhor.
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