Caldeirão da Bolsa

Em quem votar, eis a questão!

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Visitante » 18/2/2005 15:26

É inutil eu estar a gastar o meu latim... eu até podia dizer que concordo em parte consigo. Mas a verdade é que não respondeu à minha pergunta.
Aliás escusa de responder porque eu já sei a resposta.
Assim como sei a militância do senhor que respondeu depois de si.

É triste ter palas nos olhos e não ver que são todos iguaizinhos... querem é aproveitar o máximo enquanto estão no poder e de vez em quando fazer que faz alguma coisa para iludir o povo a curto prazo.
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por jarc » 18/2/2005 15:24

O número de indecisos é preocupante e revelador do desinteresse do "Povo". Temo mais uma edicão da síndrome do queijo.
A vida real tem cada metáfora... Logo do queijo! Como diria Guterres: É a vida!
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por Visitante » 18/2/2005 15:22

pois... anda por aí muita gente preocupada...
Será que alguem de bom senso dá algum crédito aos Santana? Este indivíduo apresenta alguma ideia para o País? Não basta de asneiras? Será que ele tem o apoio dos seu partido? Basta!!! Rua com eles!!! A mudança é fundamental...
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por Grego » 18/2/2005 15:21

Olhe caro

Não está em causa o pertencer ou não a um partido.Estão em causa FACTOS e eles são BEM claros!

O mal do PSD (Barroso+Santana) foi terem aceitado governar nestas condições, devia ser o Sampaio a governar com a gente dele!

O mal está nestes AUTOCONVENCIDOS da politica que pensam que resolvem os problemas em qualquer circunstância. Quando aceitam os cargos, ou são inconscientes ou só pensam neles

Os Guterres e seus sucessores, em vez de serem premiados 3 anos depois, deviam estar a dar ENTRADA numa CADEIA depois de serem julgados pelo que fizeram
Grego
 

por Visitante » 18/2/2005 15:10

Vou-me repetir, mas lá vai...
E o Sr. é militante de que partido?
Visitante
 

por Grego » 18/2/2005 15:07

Quando se avalia qualquer empresa em bolsa para ver se andou bem ou mal e se vale a pena comprar temos que saber várias coisas:


-Os recursos da empresa nos anos anteriores(normalmente 3 anos);

_o desempenho actual, tendo em conta os recursos encontrados(ninguém faz milagres);

-a conjuntura económica global(importante nas economias abertas...preço do petróleo....)


Seguindo estes critérios
os governos que apanharam a melhor conjuntura foram os do GUTERRES;
_apanhou com abundância de dinheiro da CEE; apanhou o dinheiro das empresas que vendeu; apanhou com o PETRÓLEO a 20 DÒLARES


Agora digam se essa gente merece o absoluto?
Grego
 

por Visitante » 18/2/2005 15:04

Meus amigos...

Depois de ler as vossas exposições fico com a amarga sensação que me estão a impingir a própria vontade.. senão vejam... ao ler todas as respostas (com excepção daquela que inicio o topico - que não é uma resposta) a tendência/inclinação está sempre presente...
Nestas questões políticas deviam fazer como se faz neste forum sobre as questões da bolsa... apresentem o vosso ponto de vista sobre determinada acção mas digam também qual a vossa posição nela: dentro ou fora

Ou muito me engano ou existiriam muitas coincidências entre militantes de determinado partido e críticas (coincidentemente) ao partido oposto.
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por tava3 » 18/2/2005 14:50

Exactamente Plpinto, e quanto aos mercados, pode-se ganhar tambem com as quedas (para os mais distraidos).
:)
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Esclarecimento...

por englishman » 18/2/2005 14:43

Gostaria de referir e esclarecer (não tenho de o fazer, claro) que aquilo que escrevo não tem uma influência partidária de base, mas sim uma interpretação da realidade pela qual passamos, actualmente.

Sendo assim, e vendo a insatisfação de todos os forenses em relação aos nossos políticos, parece-me que a escolha pelo PSD deve ser a de todos (na sua maioria) os portugueses, no próximo Domingo. Porquê? Porque apesar de todos serem menos bons políticos, temos a certeza de uma coisa... o líder do PSD tem muito mais experiência acumulada e trabalho feito (que poderá ser positivo ou negativo dependendo da interpretação e dos interesses de cada um) por onde passou.
Por outro lado, sendo ele mais experiente não vai ser tão "pau-mandado" como poderá acontecer com o líder do PS... porque, quer queiram quer não, eles só são uma imagem (a primeira) de uma equipa que se forma e que tem muito mais a dizer quando está no poder, do que o seu líder... Assim, a vitória do PS vai fazer regressar alguns "frustrados" do passado.
De outro modo, uma vitória do PSD diminui os custos que se vão processar por uma suposta mudança par o PS, e dá mais força ao partido e ao seu líder, ficando motivados para o progresso de Portugal. Uma vitória do PS aumenta os custos com todo o processo de mudança (que somos nós que pagamos) e ao mais pequeno erro deste partido, o povo vai achar que fez a opção errada, desvalorizando-o, entrando o país numa crise sem precedentes. Errar? Claro, que sim. Nenhum partido consegue ir de encontro a todos os ideais do povo, por isso o desânimo vai-se instalar.
Agora imaginem um pouco do que irá acontecer se houver mudança de cores (com um líder que não convence!). Novo partido, novo líder, novos ministros, novas políticas, novas equipas coordenadoras de serviços das instituições públicas, novos... novos... novos!!!!!! Muito dinheiro (nosso!!) a ser utilizado de forma inadequada!
Porque é incrível que basta haver um novo partido e as pessoas que estão nos cargos públicos também mudam!! São movimentos que não fazem, de certeza, progredir Portugal... são só os "tachos" que mudam, se me faço entender! :wink:

Enquanto for assim, não esperem melhor dias para Portugal... a não ser com continuidade!

Um abraço.
EnglishMan
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por PLPINTO » 18/2/2005 14:38

Concordo, mas como eu não vivo dos mercados e sim de vendas a retalho para a classe media-baixa é que senti bem na pele o discurso da "tanga" de autoria do Durão.
Garanto-vos que no tempo do Guterres as coisas estavam mal mas as pessoas continuavam a gastar o ordenado ao fim do mês e no do Barroso ficou tudo em panico com o medo de o salario ser o ultimo e, principalmente as compras, foram reduzidas ao esencial.
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por Visitante » 18/2/2005 14:16

todos aqueles que investem e vivem dos mercados de capitais só deve haver uma escolha aquele que for mais amigo das empressas
Visitante
 

por PLPINTO » 18/2/2005 14:01

Acredito que depois de lá estar o Socrates irá fazer como o Barroso... algumas das medidas mais polemicas, como as SCUTS de graça e os beneficios fiscais (que ele não disse que ia retomar, vai apenas ver um melhor incentivo á poupança) sejam abandonadas "por falta de dinheiro"...
Alem disso o emprego de 150.000 já virou apenas compromisso e não promeça eleitorar :lol:
Não é de longe um bom governo... mas tambem não o será um do populista Santana e por isso espero que o PS consiga governar sem ter que recorrer a alianças porque votar nulo tambem não resolve nada.

Portugal está mesmo de rastos: não há politicos que prestem para nada. Não vejo ninguem que tenha capacidade para carregar o país para onde ele precisa ir. È pena!
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votar em branco...

por GreenOctober » 18/2/2005 13:39

...esse sim um voto útil...

é o k estes políticos de 5a categoria merecem

se resolve algum dos mtos problemas do país? NAO, mas votar nalgum destes partidos e políticos resolve?

ao menos demonstrava-se a repulsa que a grande maioria sente...

já votei PS e PSD...e agora nem neles nem em ninguém!

e faço planos de sair deste pântano chamado Portugal, que para mim é um país sem futuro
GreenOctober
 

por qual deles será melhor? » 18/2/2005 13:32

Venha o diabo e escolha

Quem é DRº Santana Lopes?




Santana Lopes: Um Político Pós-Moderno


Há anos que acompanhamos o percurso deste político, e sempre nos espantou a sua capacidade pós-moderna de transformar a política em espectáculo, tendo entre os seus mais fieis espectadores e apoiantes as vítimas da sua política. Santana é desde há muito a encarnação viva de Cálicles, a célebre personagem do Górgias de Platão. Ou se quisermos, numa versão mais moderna, um concorrente por direito próprio ao "Big Brother", onde a vida pública e o privada se confundem num mesmo espectáculo. O caso é tanto mais de espantar quando na sua juventude nada o fazia prever, sobretudo a quem conheceu e privou com o "Paralítico" alcunha pela qual era conhecido no Liceu Padre António Vieira) e catequista da Igreja de S. João de Brito.



SEC

Após um brilhante percurso, cheio de altos e muitos baixos, Santana Lopes floresceu para a grande opinião publica no princípio dos anos 90. Enquanto era Secretário de Estado da Cultura (1991-1995), de pouco serviu a imprensa (Diário de Notícias, Público, Expresso) e até o Tribunal de Contas denunciar a forma sistemática como utilizava os dinheiros públicos à margem de todos os procedimentos legais. De pouco serviu igualmente mostrarem a confusão que reinava na SEC e a forma como era delapidado o erário público em acções mediáticas sem qualquer repercussão para a melhoria das infra-estruturas culturais do país. Santana Lopes sabia melhor que ninguém que a sua avaliação como Secretário de Estado da Cultura, não seria feita por estes desperdícios, nem pela monumental ignorância que dava mostras atribuindo, por exemplo, a Chopin concertos que este jamais compôs.

A sua avaliação pública seria feita em função da sua capacidade de se sair bem das embrulhadas em que se metia, que derrubariam qualquer outro político mas não a ele. Certa imprensa dava particular atenção às suas novas conquistas amorosas, outras às benesses que a si mesmo se atribuía nos exercício dos diversos cargos no Estado, outras ainda às confusões que gerava entre política e futebol. Pelo meio contabilizava-se uma choruda reforma que passou a receber da Assembleia da República, continuando no entanto, a exercer a actividade política. Quanto mais escandalos provocava maior era o fascínio que gerava na opinião pública: até onde iria a sua capacidade de sobrevivência no espectáculo que continuamente produzia.



Figueira da Foz
Depois da cultura, seguiu-se o futebol, e depois deste, a Câmara Municipal da Figueira da Foz. Quando decidiu candidatar-se à presidência do município, os proprietários do Casino, hotéis, restaurantes, cafés, pastelarias, discotecas acreditaram que lhes tinha saído a sorte grande. Há muito que esta antiga estância balnear, se ressentia da falta de animação nocturna. A maioria dos habitantes sonhou que com Santana Lopes iria voltar o antigo esplendor da época estival. A verdade é que a cidade por algum tempo voltou a ser notícia na comunicação social.

O problema é que o magro orçamento da câmara, não permitiam, como se escreveu, manter a intensa vida social e familiar do seu presidente. Trabalhando a 200 km de casa, Santana Lopes não teve outro remédio senão passar a administrar o município nos intervalos de comentários desportivos na televisão e nos jornais, onde auferia proventos mais substânciais. Os municípes da Figueira da Foz contentavam-se facilmente com um presidente em "part time", Santana é que não se conformava. Sabemos aqora que para além da reforma que recebia de "deputado aposentado", queria receber também por inteiro o ordenado de Presidente do Município em acumulação com outras actividades que exercia em Lisboa, nomeadamente a de responsável pelo Centro de Sondagens, criado pelo seu amigo Paulo Portas, na Universidade Moderna. A lei não permitia tais acumulações de vencimentos sem reduções. Farto de tanta incompreensão acabou por rumar para Lisboa, com a Figueira no coração e muita mágoa na carteira. O caso prossegue em tribunal, dado que o ex-autarca da Figueira não se conforma com as limitações da Lei.



Lisboa
Em Dezembro de 2001, averba uma importante vitória ao destronar João Soares da CML. Durante a campanha eleitoral promete acabar com o regabofe que se havia instalado na autarquia, tornando Lisboa Feliz. Os lisboetas estavam por tudo, queriam era mudar de presidente e acabar com a bandalhice. Quase um ano depois das eleições autárquicas, respiram de felicidade por todos os poros:

Automóveis e condutores foram postos em ordem.

A especulação imobiliária foi irradicada.

Os serviços camarários foram reorganizados e são agora um modelo de eficácia, eficiência e transparência.

Os vastos equipamentos culturais da CML funcionam com pessoal motivado e com brio profissional, desenvolvendo uma actividade cultural que faz inveja a qualquer outra capital europeia.

Todos os bairros possuem parques municipais desportivos equipados com piscinas e outros equipamentos indispensáveis à pratica desportiva dos municipes.

Os espaços verdes da cidade foram recuperados e por todo o lado surgem novos jardins.

O que restavam dos bairros de barracas e casas abarracadas terminou conforme estava previsto. Os bairros históricos começaram a ser finalmente recuperados num ritmo nunca visto.

O lixo e as enormes lixeiras que por todo o lado eram visíveis desapareceram da cidade.

A população que vive em bairros degradados na periferia voltou a morar cidade.

Andando pelas ruas salta à vista a profunda diferença com a anterior presidência. No meio deste imenso trabalho, Santana Lopes, ainda teve tempo de anunciar um grandioso projecto a reanimação do Parque Mayer: a abertura de um Casino.

Revelando a sua enorme capacidade de trabalho, tudo isto e muito mais que não se disse, foi realizado nos intervalos da sua principal actividade: comentador político e desportivo, e objecto predilecto das revistas de salas de espera de clinicas, cabeleireiras, etc.

A obra seria imensa para um qualquer político, mas não para Santana Lopes. Ele sabe que a avaliação sua acção, não será feita pelas promessas que não cumpriu, mas pela forma como conseguiu ou não livrar-se dos problemas domésticos que carrega. A julgar pela comunicação social a família e as ex-mulheres não lhe dão tréguas. Mal acabara de ser eleito, por exemplo, já um dos seus filhos estava a agredir a Polícia da capital. A imprensa continua a casa-lo e descasa-lo vezes sem conta.

Para estar à altura desta elevada pressão social, não há dinheiro que chegue. Esse é seu verdadeiro problema, não a cidade. Mas é aqui que aos olhos do comum dos cidadãos se joga o seu êxito. "Como conseguirá ele safar-se de mais esta ou aquela bronca?". "Será que também é chamado a depor em Tribunal ? "Estas parecem ser as questões que interessam verdadeiramente aos lisboetas sobre a actuação do presidente do seu município.

O prestigiado semanário Expresso, entre Janeiro de 2002 e Junho de 2004 dedicou-se pacientemente a enumerar as fontes de rendimento deste político aposentado da política. Umas são inerentes ao cargo político que exerce ou exerceu (reformas), outras resultam da sua fértil imaginação, outras ainda de "extras" que vai fazendo um pouco por todo o lado. A avaliar pela multiplicidade que actividade que exercem em simultâneo, temos que concluir que a Presidência da CML não é, pelos vistos, tão absorvente como se diz, ou então estamos perante um político com excepcionais qualidades de produtividade. Um exemplo para um país que se debate com problemas neste domínio.

Santana, por exemplo, para além do ordenado como presidente da CML, acumula ainda por inteiro o vencimento de administrador da Parque Expo, cargo para o qual se nomeou a si mesmo. Resta saber quantos mais cargos na CML até ao final do mandato, irá ainda se nomear a si próprio, acumulando os respectivos vencimentos. Um exemplo da actuação de Santana Lopes: Em 2002 chegou ao ponto de afastar uma funcionária da CML por a mesma se ter atrasado em dar-lhe um cartão de crédito ilimitado para pagar todas as suas despesas pessoais, nomeadamente uma viagem a Paris para assistir a um torneio de ténis, etc.(noticia avançada pelo Expresso e confirmada por várias fontes ).

Santana Lopes não opera sózinho nesta vilanagem, faz-se acompanhar por uma corte de amigos e muitas amigas. Não foi pois com surpresa, que a escandalosa acumulação de vencimentos começa-se logo após as eleições a alastrar-se pelos seus mais directos ou longínquos apoios. Os primeiros a serem referenciados, ainda em 2002, recorde-se foram o então vice-presidente da CML Carmona Rodrigues e o vereador Pedro Pinto, que repartiram entre si chorudos ordenados de administradores em empresas municipais.

Realista quanto basta, Santana Lopes percebeu que a CML não era o local ideal para resolver todas as suas necessidades no futuro, pelo que em ainda em 2002 anuncia um novo projecto político do mais alto folgo: a Presidência da República. No caso de ser eleito, espera, segundo alguns comentadores, não apenas acumular uma nova reforma, mas sobretudo encontrar criados e um local para festas de arromba. Criadagem não falta no Palácio de Belém, e depois com o Casino no Parque Mayer, a vida em Lisboa deixará de ter a presente monotonia que o começa a desesperar.

Os anos de 2002, 2003 e 2004 ficarão par a história da idade de Lisboa, como aqueles em que a gestão municipal atingiu o seu grau zero. Muito pouca obra, mas muitíssima propaganda. A CML gastou rios de dinheiro a fazer promessas que não cumpriu, a anunciar projectos que logo depois abandonou, e sobretudo a promover a figura do seu presidente. Apesar desta acção de propagandística, nas eleições europeias de 12 de Junho de 2004, a coligação que governa a cidade sofreu um duro revés nas urnas, recolhendo apenas 1 terço dos votos.

Espero ter ajudado a compreender a minha decisão, que NUNCA foi contra o PSD

cumprimentos

.

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jorginho
Visitante






Colocada: 6/12/2004 14:56 Assunto:


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(continuação)

Pedro Santana Lopes





Advogado. Nasceu em Lisboa a 29 de Junho de 1956. Entre 1965 e 1973 estuda no Liceu Padre António Viera que fez os seus estudos secundários. É um aluno médio. Em 1973 entra para a Faculdade de Direito de Lisboa. Nesta faculdade, em 1975, evidencia-se na luta contra os comunistas, com um grupo de amigos funda o Movimento Independente de Direito (MID). Razões para esta luta encontra-as na Faculdade e em casa: A primeira fora tomada pelo MRPP e a segunda vê-se em graves dificuldades económicas. O pai de Santana Lopes fora saneado, em 1974, da Grundig por um grupo de "comunistas". Em fins de 1976, é eleito presidente das RGA (Reuniões Gerais de alunos), e por essa altura adere ao PSD. Em 1978 ganha a presidência da Associação de Estudantes. É nesta altura que defende publicamente a estratégia de ruptura de Sá Carneiro, com a Constituição de 1976 e os militares de Abril. Por interferência deste é chamado para assessor jurídico de Alvaro Monjardino, no efémero governo de Mota Pinto e Mário Soares. Ganha então uma bolsa de estudo na Alemanha, para uma pós-graduação em Direito Constitucional e Ciência Política, que virá a abandonar no ano seguinte.



No PSD ( I )

Em 1979, quando a AD ganha as eleições, Sá Carneiro convida-o para seu assessor jurídico, para participar na revisão na revisão da Constituição. Em 1980 é eleito pela primeira vez deputado à Assembleia da República, sendo reeleito 1985. Nesta fase torna-se assistente na Faculdade de Direito de Lisboa e um boémio inveterado nas noites lisboetas.Quando o PSD,pela mão de Cavaco Silva ganha as eleições, em 1986, assume a pasta da secretárias de Estado da Presidência do Conselho de Ministros.No ano seguinte encabeça a lista do PSD ao Parlamento Europeu, sendo eleito eurodeputado, o que implicou o abandono do seu cargo no governo.Não fica muito tempo em Bruxelas, regressando a Portugal em 1989. Insinua-se para um cargo governamental no sector das pescas. Cavaco Silva não cede. É nesta fase que se envolve na criação de um grupo na comunicação social, que se revela um desastre económico.



Na Cultura

Cavaco Silva dá-lhe a mão e em 1991, nomeia-o Secretário de Estado da Cultura. Substitui a Teresa Patrício Gouveia que era acusada pelo PSD de estar demasiado comprometida com a Esquerda. Santana Lopes, desenvolve então uma polémica gestão da cultura, pondo fim a tudo o que havia sido criado na sequência do 25 de Abril de 1974, como a Direcção-Geral de Acção Cultural. Jornais como o Público ou o Diário de Notícias acusam-no de inculto e de praticar uma gestão mediática e ruinosa. Pelo meio sucedem-se os casos que alimentam a comunicação social: a "Pala" do estádio do Sporting (que leva à queda da Subsecretária de Estado Maria José Nogueira Pinto); o subsídio à actriz brasileira Tornoli; as aquisições ilegais para o seu gabinete; a censura de uma obra de José Saramago (realizada pelo seu Subsecretário de Estado Sousa Lara); as questões passionais, onde se torna indistinto o público e o privado; etc. Não há memória de nenhum membro do governo ter uma semelhante exposição pública.Em finais de 1994 abandona o governo debaixo de uma enorme pressão por parte da comunicação social, que o transforma no símbolo da incultura do Governo de Cavaco Silva, coroada pelas suas preferências pelo "concerto de violinos de Chopin".



No Sporting

Pela mão de José Roquette é eleito, a 2 de Junho de 1995, presidente do Sporting Clube de Portugal, que nesse mesmo ano ganha a taça de Portugal. Os resultados do Sporting ficaram sempre longe das expectativas e acaba por deixar o Clube a 4 de Abril de 1996. A sua imagem está então pela rua da amargura. Instala-se a ideia que não consegue levar nenhum projecto até ao fim, abandona o barco quando as coisas começam a ficar feias. Não passa de um boémio, hábil na arte da sedução e da palavra fácil.A comunicação social explora amplamente a questão dos lençóis, dos casamentos e des-casamentos com empresárias e ricas herdeiras. Torna-se entretanto comentador desportivo, o que lhe permite nunca sair do palco da política portuguesa.

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Na Universidade Moderna

Exerce funções de assistente convidado na licenciatura de Direito, e chefia o centro de sondagens fundado por Paulo Portas, líder do CDS-PP. O caso nada tinha de especial, não fosse o facto de nesta Universidade ter ocorrido um dos casos mais graves de corrupção na sociedade portuguesa, e que ainda decorre nos tribunais. No processo constam alegadas ligações dos seus mentores à maçonaria e é frequentemente citado, um dos seus colaboradores directos, o monárquico Sousa Lara. Até que ponto Santana Lopes conhecia o que se passava? Esta é a questão ainda por esclarecer. Ver

.

Nas Câmaras Municipais

Marcelo Rebelo de Sousa, então lider do PSD, desafia-o para concorrer às autárquicas de 1997. Escolhe a Câmara Municipal da Figueira da Foz, um bastião do PS. Contra todas as expectativas obtém uma significativa maioria absoluta (60% dos votos expressos). Tinha aqui a sua possibilidade de mudar a sua imagem pública. Ninguém acredita que ficaria muito tempo afastado de Lisboa e das suas festas.A boémia está-lhe na massa do sangue dizia-se. Acaba por ficar 4 anos. A obra que realizou Figueira da Foz, nomeadamente criação de infra-estruturas culturais e de zonas de lazer especialmente destinadas aos mais novos e velhos , passa a constituir um sólido argumento sobre as suas capacidades como gestor público.



Nas eleições autárquicas de 2001, concorre à CML. Contra todas as sondagens é eleito, ainda que seja por apenas 856 votos mais do que o seu adversário, João Soares. A expectativa é grande, não apenas no modo como irá conviver com a "esquerda ", mas sobretudo se irá cumprir um ambicioso programa eleitoral que implica afrontamento dos grupos instalados, nomeadamente o dos especuladores imobiliários. Após o primeiro ano de mandato, Santana Lopes revelava já um total desnorte: as promessas eleitorais foram rapidamente esquecidas. A sua obsessão agora era ser eleito presidente da República ( em 2005) e construir um casino em Lisboa.


Nota: Foi na Igreja de São João de Brito que fez a catequese e ajudou à missa.

...

NO PSD ( II )
A credibilidade de Santana Lopes no PSD e sobretudo no país foi sempre muito pouca. Todos lhe admiravam as suas prestações circenses e pouco mais. Nos congressos de 1995 (Lisboa, Coliseu) e 1996 (Santa Maria da Feira), ainda chegou a ameaçar a ir a votos par disputar a liderança do partido, mas perante a risota geral acabou por desistir. A viragem ocorreu, em 1997, quando conquistou a Câmara Municipal da Figueira da Foz ao PS. A partir daqui muitos passaram a olhar o seu estilo populista como uma óptima receita para conquistar votos e ganhar eleições. A verdade é que Santana Lopes é uma figura errática, hoje diz uma coisa e amanhã outra. Um ano depois deste êxito, incomodado com uma reportagem televisiva que o envolvia em pandegas em boites, alcool e mulheres de vida fácil, dirige-se ao presidente da República para anunciar o abandona da vida política (Novembro de 1998). Ninguém o levou a sério, mas todos se continuaram a divertir com o seu estilo de fazer política. Os orgãos de comunicação social usaram-no, e ele usou-os para se projectar no PSD. No Congresso do PSD, em 2000 (Viseu), concorre contra Durão Barroso e perde, recolhendo 34% dos votos. Santana não desiste e Durão Barroso para o manter controlado, acaba por lhe dar a Vice-Presidência do PSD. Santana não se contenta e começa a colocar na cúpula do partido algumas figuras de proa que o acompanharam na CML. O objectivo é o de tomar posições para atacar na melhor altura.

.

No Terramoto Político
O balanço de dois anos e meio à frente da CML não podia ser pior. E por mais incrível que possa parecer, Santana Lopes, sem nunca ter ganho eleições nacionais, nem sequer nenhum congresso do seu partido, recebe de mão beijada a presidência do PSD e apresenta-se por este facto como o sucessor de Durão Barroso na chefia do governo de Portugal (28 de Junho de 2004). Tudo isto porque este último resolveu abandonar o país, aceitando o convite para presidir à União Europeia. O país ainda mergulhado na euforia do Euro2004, toma consciência da magnitude do problema político em que está mergulhado: o avanço do mais genuíno populismo.


Universidade Moderna

A Universidade Moderna foi criada em 1986, por iniciativa de um grupo de professores que saíra em divergência com a Universidade Livre. O reitor nomeado, o professor catedrático José Júlio Gonçalves, estivera ligado, em 1984, à elaboração da moção da Nova Esperança (um grupo de figuras do PSD, com Marcelo Rebelo de Sousa, Santana Lopes e Durão Barroso), de alternativa ao grupo de Pinto Balsemão e Mota Amaral. Na constituição da cooperativa da universidade, a Dinensino, esteve Nandim de Carvalho,Grão-Mestre da Maçonaria.
Um Projecto Global de Poder

A maioria dos analistas, apontam os anos de 1997 e 1998 como aqueles onde os seus dirigentes desenvolveram de uma forma sistemática uma estratégia que tinha em vista o controlo político do país, usando para tal os enormes recursos financeiros desta Universidade. Recorde-se que o número dos seus alunos que em 1989, pouco mais eram que 800, mas em 1997 ultrapassavam os dez mil em Lisboa, Porto, Setúbal e Beja.

Esta estratégia assentava nas seguintes acções:

1.Contratação de figuras públicas para cargos na Universidade. Estas personalidades eram presenteadas com faustosas benesses (vencimentos desproporcionados das funções que desempenhavam ou trabalhos que realizavam, viagens, carros de luxo, cartões de crédito para despesas ilimitadas, etc).Entre os presenteados destacam-se o arquitecto Troufa Real, Rui Gomes da Silva (do PSD), António Sousa Lara (Vice-Reitor da Universidade), Paulo Portas (primeiro director e responsável pela criação de um centro de sondagens, em 1997) e Pedro Santana Lopes (segundo director do citado centro). Para além destes, diversas outras figuras públicas eram convidadas para docentes ou simplesmente para realizarem trabalhos para a Universidade, sendo remunerados segundo os mesmos faustosos princípios. O tráfico de influências entre o poder político e a Universidade acabou por se banalizar.

2.Ligação à Maçonaria. Os dirigentes desta Universidade não se limitaram a financiar a Maçonaria, mas interferem no seu funcionamento através de grupos organizados. Um dos protagonistas desta acção foi José Braga Gonçalves, filho do reitor e secretário-geral-adjunto da Moderna, que se encontra actualmente sob prisão.

3.Controlo dos meios de comunicação. Esta acção envolvia não apenas a participação no capital de empresas de comunicação social, mas na realização de dispendiosas campanhas publicitárias e a promoção de operações grande impacto mediatico
qual deles será melhor?
 

por JCS » 18/2/2005 13:28

JCS Escreveu: A ideia de Sócrates de reformar dois e entrar um será segundo ele Catastrófica financeiramente para o país, pelo simples facto de que ao reformarem-se 2 funcionários o estado terá de pagar as respectivas reformas e ao entrar o novo será então mais 1 ordenado suportado pelo estado (aumento de 50%!!!! nas despesas afectas a trabalhadores e reformados)...

JCS


Apenas para acrescentar que ainda assim o mesmo vai voltar com os benefícios fiscais para os que os podem fazer (logo menos receita para o estado), suportar as SCUT'S (€700M anos durante 25 anos)...
Nem quero ver as contas públicas nos próximos anos...

Enfim, uma "realidade utópica" (mas as pessoas acreditam :oops: :shock: ...).

Por aqui me fico.

Cumprimentos

JCS
---Tudo o que for por mim escrito expressa apenas a minha opinião pessoal e não é uma recomendação de investimento de qualquer tipo---
https://twitter.com/JCSTrendTrading
"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
"Price is the aggregation of everyone's expectations"
"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
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[b]Não é preciso dizer mais nada...[/b]

por englishman » 18/2/2005 13:16

... isto é inconcebível, como uma pessoa que pode ir para o governo andar com processos judiciais... que exemplo é este para Portugal??? 8-)

"Sócrates envolvido em escândalo em Felgueiras

A juíza do Tribunal de Guimarães questionou o secretário-geral do
Partido Socialista, engenheiro José Sócrates, sobre o financiamento da
compra da sede do PS em Felgueiras.

A justiça encontra-se a investigar este caso grave: quer saber a origem
do dinheiro utilizado para comprar a luxuosa sede, situada no edifício
mais caro de Felgueiras, desde 1995, quando a notória Fátima Felgueiras
(hoje foragida no Brasil, onde vive como milionária) era a chefe do
partido, José Sócrates era secretário de Estado e António Guterres era
primeiro-ministro.

Por outro lado, aquela sede pertenceria a uma empresa privada, em cujo
nome o imóvel ainda está registado. Existe ainda a suspeita de que tenha
havido favorecimento do construtor. O Jornal de Notícias (www.jn.pt), em
Agosto, levantou a hipótese de que o governo do PS de Felgueiras teria
procedido à aprovação de licenciamentos municipais de construção em
troca da oferta da sua sede nova e imponente.

A TVI (www.tvi.pt), em noticiário de 14 de Fevereiro, não conseguiu que
José Sócrates, visivelmente irritado, prestasse esclarecimentos sobre o
escândalo. Sócrates alegou nada saber sobre o caso, apesar de ter
recebido as inquirições do Tribunal em Dezembro de 2004 e Janeiro de 2005."
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por JCS » 18/2/2005 12:58

Alguém viu ontem a entrevista com Medina Carreira na SIC Noticias? Deveria ter passado logo a seguir aos jornais (em vez das telenovelas...). Criticou ambos os orçamentos de uma maneira justificada e acutiliante. Considerou por exemplo como um bom objectivo a intenção de reduzir de 48% para 40% o peso do estado na economia, mas inatingivel numa legislatura e sem despedimentos na função pública. O plano tecnológico até nem é má ideia mas só terá qualquer impacto no minimo lá para 2015 (e entretanto o que nos espera?). O mesmo considera ridiculo as pessoas votarem com base no "objectivo :roll: " dos 150.000 empregos etc...

A parte que mais me chamou a atenção foi a critica feita à reforma da administração pública sugerida pelo PS. A ideia de Sócrates de reformar dois e entrar um será segundo ele Catastrófica financeiramente para o país, pelo simples facto de que ao reformarem-se 2 funcionários o estado terá de pagar as respectivas reformas e ao entrar o novo será então mais 1 ordenado suportado pelo estado (aumento de 50%!!!! nas despesas afectas a trabalhadores e reformados).
Viu em Miguel Cadilhe um dos poucos com capacidade para alterar o rumo e falar verdade às pessoas (nenhum dos candidatos o está a fazer).

É isto que nos esperará a partir de 2ª feira, mais estado, mais despesa pública, (pessoalmente fico com a consciência tranquila que não será com o meu voto)...

JCS
---Tudo o que for por mim escrito expressa apenas a minha opinião pessoal e não é uma recomendação de investimento de qualquer tipo---
https://twitter.com/JCSTrendTrading
"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
"Price is the aggregation of everyone's expectations"
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...

por Negocios Mendes » 18/2/2005 12:49

Caro visitante,

para dar dinheiro para um puto no cú do mundo, houve logo dinheiro por parte da federacao.

Para indemnizar a familia do tipo que morreu numa final da taca de Portugal, devido ao famoso "very-light", ai já nao há dinheiro.

Enquanto tivermos deste tipo de gente no pais, isto nao vai a lado nenhum.

Cumprimentos,
Alex Tomás
Negocios Mendes
 

por Visitante » 18/2/2005 12:45

Analisando o perfil dos candidatos que se propõem ao nosso governo e o conteúdo das suas propostas, lanço desde já um repto:

No dia seguinte às eleições vamos todos envergar uma camisola da nossa selecção. Se ela salvou o puto do tsunami no sudeste asiático, pode ser que nos safe a todos da catástrofe que se avizinha para os próximos anos.
Visitante
 

por MSM » 18/2/2005 12:24

Vamos ver as coisas com calma e reflectir sobre o que se passou desde 2001 até agora.
Ninguém nega o facto do PS ter fugido quando o País começava a mostrar sinais de fraqueza. Esses sinais eram bem evidentes na altura como por exemplo o sobreendividamento das famílias e empresas, o crescimento do PIB em 2001 foi só de 1.7%, os elevados gastos do país, e neste ponto deixo só uns números. Em 2000 o PIB creceu +-3% e a despesa com a Adm. Pública +-4% em 2004 o PIB cresceu +-1% e a despesa com a Adm. Pública 1%. Este exemplo serve só para demonstrar, porque pareçe que já se esqueceram, que quando deviamos ter travado a despesa não o fizemos.
Para além destes pontos existe um mais relevante e esse é o facto do PS em 6 anos não ter feito uma única!!! reforma e limitou-se a gerir o País apostando claramente no aumento do consumo para suportar esse crescimento.
Quando Durão Barroso chegou ao Governo cometeu um erro grave e esse erro já referido por PLPinto foi de facto o do discurso da tanga (discurso esse muito criticado pelo próprio Santana Lopes na altura) que provocou como toda a gente sabe um decréscimo brutal na confiança.
Agora falando de Santana Lopes que de facto não tem um perfil "considerado" de 1º Ministro mas de analisarmos a coisas com calma veremos que o PS irá ganhar as eleições e vai governar o País seguindo a política do Santana, o que não deixa de ser irónico. Só para lembrar que o PS aposta no crescimento como forma de diminuir o déficit e aumentar o emprego e isto não é nada mais nada menos do que a política que foi seguida nos últimos 4 meses e que é de resto a base do programa do PSD.
Para mim a questão que se deve por agora é a seguinte. Será que os Portugueses vão pela primeira vez na história dar uma maioria absoluta a quem não provou nada e que vai seguir a mesma política de quem querem penalizar?!?!?
Pareçe-me uma clara contradição e sinceramente não só não entendo como não acredito que isso venha a acontecer. Já agora para os alérgicos a governos minoritários, lembro apenas que essa situação é normal em todos os paises da europa e que cá o PSD teve de fazer uma coligação com o PP para governar em maioria e acho que até nem correu mal.
MSM
 

...

por Negocios Mendes » 18/2/2005 12:17

Viva!

Nao resisto adicionar mais algumas do Socrates. Ontem nao sei se viram nos noticiários ele a dizer o seguinte:
"Já falta pouco! Já falta pouco... estamos quase! Já falta pouco! Faltam 48 horas! Já falta pouco! Já falta pouco! Estamos quase!".

Sinceramente... a quem o pais vai entregar o futuro...

Ainda há pouco estive a falar sobre as próximas eleicoes com um amigo e disse-lhe isto:
"Isto ainda vai piorar mais. Agora uma coisa é piorar devido às politicas reformistas... e outro é piorar porque é o resultado de nada se fazer... e nao vejo o Socrates a implementar as reformas que o pais necessita."

Dá mesmo que pensar.

Cumprimentos,
Alex Tomás
Negocios Mendes
 

por PLPINTO » 18/2/2005 11:53

A grande verdade que está aí escrita é precisamente que as pessoas este ano não vão escolher em quem querem votar mas sim em quem NÃO querem votar.
Nisso acredito que muitas iram utilizar o conceito de voto útil (não no CDS :wink: ) no PS pelo simples motivo que o PSD está queimado e o Socrates ainda nos pode presentear com alguma boa surpresa.
Espero que o PS consiga uma maioria absuluta pelo facto de que sem ela é impossivel governar e nada pior para o pais que uma aliança com o bloco de esquerda.

Quanto ao Durão acho que foi o grande causador de tudo o que o pais está a passar... nunca nenhum politico causou tão mal a um país por tão pouco:
1)- ganhou as eleições com uma mentira, que ia fazer um choque fiscal para baixo e não para cima como o fez.
2)- a historia da tanga foi de tudo o que mais mal causou ao pais. Foi destrutivo. Nunca nada fez tão mal ao pais como essas palavras porque o país não vive de empresarios e economistas mas sim de pessoas normais que viviam a sua vida tranquilamente até serem assustadas, para não dizer aterrorizadas, e simplesmente pararam de consumir o que levou o afundamento da economia numa conjuntura externa já muito desfavoravel e incentivou os empresarios a cortarem qualquer investimento já previsto.

Para não falar do facto de o governo não fazer nada de positivo para inverter a situação, facto pelo qual será penalizado nestas eleições.

PS: nunca votei com gosto a não ser no 2º governo de Cavaco Silva e desta vez irei votar naquilo que acho ser a unica solução possivel - PS.
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por Visitante » 18/2/2005 11:50

NÃO SEJA RIDÍCULO!
Expressão útilizada pelo eng. José Socrates cada vez que confrontado com as suas incoerencias.
Ao nível de marketing politico, foi a forma que encontrou para tentar omitir a sua falta de preparação para as respostas , face a questões que a ele eram dirigidas, não somente por quem o confrontava , mas em nome dos portugueses.
Ou seja chamou de ridicúlo a cada portugues que não entendeu bem as propostas dele, mesmo das poucas.

Prometeu 150 mil empregos no início de campanha , no fim diz que é apenas um sonho pessoal.

Prometeu aumentar os reformados para 300 euros no inicio de campanha , a meio já prometia aumentar a idade da reforma e por fim diz que quando chegar ao governo vai estudar, só alterando alguma regra caso ache que o sistema esteja pronto para ruptura no dia seguinte( Palavras de Socrates)....

Prometeu a co-incineração nas cimenteiras de Souselas e Palmela, mas em souselas o deputado socialista Manuel Alegre , já disse não1 e em Palmela o dr António Vitorino , tambem já disse não!

Passou toda a campanha desviando as atenções para questões de foro pessoal, por vezes denegrindo a propria imagem e fazendo chacóta de expressões de outros candidatos, tudo para fugir a apresentação de propostas.

Hoje , final de campanha , nenhum socialista conhece nem uma só proposta do seu partido, pois as que faziam parte de seu programa , durante a campanha foram surgindo eliminadas por militantes socialistas.

Ridicúlo sim , é as sondagens que surgem agora mal explicadas , pois em Janeiro com 43% de votos directos e 48% contando com acumulação de indecisos , estavam PERTO da maioria absoluta.
Agora com apenas 34% de votos directos , ou seja menos 9% já tem MAIORIA ABSOLUTA.
Falta explicar o metodo de contagem , que o responsável pela sondagem , afim de fugir a responsabilidades disse:
"-Existem 14% de indecisos que provavelmente irão todos votar no PPD/PSD nas proximas eleições!
Talvez não seja necessário fazer nenhum desenho , para que todos entendam esta engenharia.
È para confundir o eleitorado centrista que recusa coligações com Jerónimo de Sousa e com dr Francisco Louçã.
Este eleitorado estava pensando em dar voto a partidos sem expressão , só para nao ver os RADICALISTAS no poder.

Assim vamos ter 3 em 1.
Vota num partido de esquerda e leva com 3 , que são o PS +CDU+BE

Desde que o sr presidente da república decidiu ficar sozinho a tomar conta do país , ate o desemprego atingiu nives records.
Mas a culpa não é toda impútavel ao sr presidente , pois falando com vários empresarios , ficou a garantia de com Socrates no governo , para alem de não investirem nada mais no pais , vão eleiminar postos de trabalho e há medida que as sondagens tornadas públicas a favor de Socrates foram aparecendo, assim o desemprego acompanhava...

A imprensa internacional não esta a perdoar nada ao PS e nem esqueceu o RUMO guterrista , alertando inclusivé ao risco económico que este partido ameaça de novo.
Os investidores internacionais , já iniciaram o fecho de posições bolsistas no nosso pais e diariamente lançam downgrades sobre as nossas empresas cotadas , tendo no dia de hoje atinjido o record.

Infelizmente tenho a convicção que o eng José Socrates vai voltar a dar a conhecer aos portugueses a palavra FOME...
Só apresentou discursos populistas, sem concretizar numca uma única medida .
A frase mais repetida na campanha pelo sr eng foi esta:
"- Estas eleições são boas para o Partido Socialista!"

Talvez sejam mesmo boas para o partido, mas quem vai pagar a factura eu já sei quem será...
Visitante
 

Em quem votar, eis a questão!

por luiz22 » 18/2/2005 1:29

Em quem votar, eis a questão!


18-02-2005, João Vieira Pereira



Indecisão. É talvez a melhor maneira de, numa única palavra, descrever o próximo acto eleitoral. Passados 15 dias de campanha oficial, mais algumas semanas de pré- campanha e mais três meses depois da decisão de Jorge Sampaio a grande maioria dos eleitores está como começou: sem saber em quem votar. A campanha eleitoral foi pouco explícita, repetiram-se receitas, fugiram-se às questões difíceis. Em resumo, ninguém se quis comprometer com nada. Nem com a situação económica do País, nem com as contas públicas e muito menos com os eleitores.

O que é compreensível no actual estado das coisas. PSD fala de uma situação normal da economia, que começa a apresentar os primeiros sinais de retoma. O PS fala no descalabro que é a situação económica nacional. No meio está a verdade. Os recentes dados do desemprego elucidam esta situação. As actuais taxas vieram para ficar. Nenhum dos partidos traz consigo a receita milagrosa para resolver este problema pelo simples facto de ela não existir. Por muitos planos ou choques que se façam, voltar aos níveis de desemprego do finais dos anos 90 será extremamente difícil e demorará mais do que uma legislatura. E em relação à economia, da esquerda à direita, passando pelo centro, todos falam menos que meias verdades.

A quantidade de indecisos que as sondagens apresentam são o reflexo da qualidade política que assistimos. O senso comum dita que os eleitores escolhem em quem votam. Nestas eleições começaram por escolher em quem não vão votar. Nunca as sondagens estiveram tão perto de errarem nas projecções como nestas eleições. Porque o voto no próximo domingo vai ser um voto mais emocional que racional. A decisão vai ser tomada à boca das urnas, quando o eleitor se retirar para trás do biombo e enfrentar o boletim de voto. Uns, por muito que custe, vão manter a sua tradição e votar no mesmo de sempre. Incapazes de acreditar no líder do seu partido, na hora “h” não serão capazes de votar nas alternativas, por também não acreditarem em nenhuma delas. Outros vão fechar os olhos e fazer “um-dó-li-tá”. e esperar que tenham escolhido, não o melhor, mas o menos mau. Uma espécie de “cheque brinde” a um líder partidário. Uma prenda em forma de cruz para que alguém possa governar.

Quem ganhar as eleições no próximo dia 20 vai saber que foi eleito sem convicção. O pesadelo de qualquer político, pois ao primeiro deslize, na primeira vez que puser um pé em falso sabe que irá cair de imediato na antipatia do eleitores. Uma situação não muito diferente da que enfrentou Durão Barroso em 2002. Fraco era a palavra preferida para o caracterizar, hoje é recordado com saudade por muitos. Vejamos se o próximo primeiro ministro irá conseguir o mesmo feito, sem que tenha que trocar Portugal pela Comissão Europeia.
 
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