Dívida Pública Aumentou 1,4 por Cento no Espaço de Um Mês
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Acções americanas iniciam em queda à espera de Greenspan (act)
As acções norte-americanas iniciaram a sessão a desvalorizar, com os mercados à espera do discurso de Alan Greenspan, perante o Congresso dos Estados Unidos, onde o presidente da Reserva Federal irá falar sobre política monetária. O Dow Jones caia 0,31% e o Nasdaq cedia 0,30%.
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Jornal de Negócios Online
negocios@mediafin.pt
As acções norte-americanas iniciaram a sessão a desvalorizar, com os mercados à espera do discurso de Alan Greenspan, perante o Congresso dos Estados Unidos, onde o presidente da Reserva Federal irá falar sobre política monetária. O Dow Jones caia 0,31% e o Nasdaq cedia 0,30%.
O Dow Jones [Cot] marcava 10.808,7 pontos e o Nasdaq [Cot] cotava nos 2.081,74 pontos.
O mercado está a aguardar o discurso que Alan Greenspan vai hoje fazer, às 15h00 de Lisboa, no Congresso dos Estados Unidos. Os economistas estimam que o presidente da Fed continue a sinalizar o aumento das taxas de juro na maior economia do mundo.
Desde Junho o preço do dinheiro nos EUA já subiu por seis vezes, para os actuais 2,5%, e a maioria dos economistas antecipa um novo aumento de 0,25 pontos percentuais na próxima reunião de 22 de Março.
A subida dos preços do petróleo, para um máximo de três semanas, também pressionavam as acções norte-americanas. O Crude chegou a subir mais de 2%, depois de ter ocorrido uma explosão perto de uma central nuclear no Irão.
A Coca Cola impedia maiores quedas nos índices, com um ganho de 2,7%, depois da empresa ter anunciado os resultados. Os lucros da empresa aumentaram 30% no quarto trimestre com redução de custos, superando as previsões dos analistas.
Também depois de ter apresentado resultados, os títulos da Network Appliance desciam 11%, com a empresa a fazer estimativas que ficaram abaixo das previsões dos analistas.
Ainda a pressionar os índices, a Intel cedia 0,98%, a Cisco Systems caia 0,87% e a Qualcomm perdia 1,03%.
As acções norte-americanas iniciaram a sessão a desvalorizar, com os mercados à espera do discurso de Alan Greenspan, perante o Congresso dos Estados Unidos, onde o presidente da Reserva Federal irá falar sobre política monetária. O Dow Jones caia 0,31% e o Nasdaq cedia 0,30%.
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As acções norte-americanas iniciaram a sessão a desvalorizar, com os mercados à espera do discurso de Alan Greenspan, perante o Congresso dos Estados Unidos, onde o presidente da Reserva Federal irá falar sobre política monetária. O Dow Jones caia 0,31% e o Nasdaq cedia 0,30%.
O Dow Jones [Cot] marcava 10.808,7 pontos e o Nasdaq [Cot] cotava nos 2.081,74 pontos.
O mercado está a aguardar o discurso que Alan Greenspan vai hoje fazer, às 15h00 de Lisboa, no Congresso dos Estados Unidos. Os economistas estimam que o presidente da Fed continue a sinalizar o aumento das taxas de juro na maior economia do mundo.
Desde Junho o preço do dinheiro nos EUA já subiu por seis vezes, para os actuais 2,5%, e a maioria dos economistas antecipa um novo aumento de 0,25 pontos percentuais na próxima reunião de 22 de Março.
A subida dos preços do petróleo, para um máximo de três semanas, também pressionavam as acções norte-americanas. O Crude chegou a subir mais de 2%, depois de ter ocorrido uma explosão perto de uma central nuclear no Irão.
A Coca Cola impedia maiores quedas nos índices, com um ganho de 2,7%, depois da empresa ter anunciado os resultados. Os lucros da empresa aumentaram 30% no quarto trimestre com redução de custos, superando as previsões dos analistas.
Também depois de ter apresentado resultados, os títulos da Network Appliance desciam 11%, com a empresa a fazer estimativas que ficaram abaixo das previsões dos analistas.
Ainda a pressionar os índices, a Intel cedia 0,98%, a Cisco Systems caia 0,87% e a Qualcomm perdia 1,03%.
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Explosão no Irão terá sido acidente
Petróleo alivia ganhos após tocar num máximo de três semanas
Os preços do petróleo estavam a subir menos de 1%, depois de terem disparado para um máximo de três semanas, com a notícia de que a explosão no Irão terá sido provocada por um acidente a acalmar os mercados.
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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt
Os preços do petróleo estavam a subir menos de 1%, depois de terem disparado para um máximo de três semanas, com a notícia de que a explosão no Irão terá sido provocada por um acidente a acalmar os mercados.
Ao início da tarde os preços do petróleo chegaram a subir mais de 2% em Londres e Nova Iorque, depois de várias agências terem noticiado que um avião não identificado tinha lançado um míssil que provocou uma enorme explosão no Irão, o segundo maior produtor de petróleo do Médio Oriente.
Em Nova Iorque o preço do barril de crude chegaram a subir 2,22% para os 48,30 dólares, enquanto em Londres o «brent» cotou nos 46,55 dólares, o valor mais elevado das últimas três semanas.
Esta subida foi motivada por notícias que davam conta de que um avião não identificado disparou um míssil numa área deserta próxima da cidade iraniana de Dailam, não longe da qual funciona uma central nuclear, noticiou hoje a televisão estatal do Irão. As baterias anti-aéreas iranianas abriram fogo contra o aparelho, referiu a estação, sem precisar se o alvo foi atingido. Daylam fica situada a cerca de 150 quilómetros da primeira central nuclear iraniana, em construção em Buchehr.
Contudo, segundo a Associated Press noticiou que a explosão terá sido causada por um avião iraniano que deixou, de forma acidental, cair um tanque de combustível.
Após esta notícia os preços recuaram, com o crude a seguir agora com um ganho de 0,89% para os 47,68 dólares, enquanto o brent subia 0,73% até aos 45,72 euros.
O Irão é o segundo maior produtor de petróleo dos países do Médio Oriente e o mercado temia que o alegado ataque tivesse sido planeado pelos Estados Unidos, que têm apelado ao Irão para abandonar os projectos de centrais nucleares.
Petróleo alivia ganhos após tocar num máximo de três semanas
Os preços do petróleo estavam a subir menos de 1%, depois de terem disparado para um máximo de três semanas, com a notícia de que a explosão no Irão terá sido provocada por um acidente a acalmar os mercados.
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Nuno Carregueiro
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Os preços do petróleo estavam a subir menos de 1%, depois de terem disparado para um máximo de três semanas, com a notícia de que a explosão no Irão terá sido provocada por um acidente a acalmar os mercados.
Ao início da tarde os preços do petróleo chegaram a subir mais de 2% em Londres e Nova Iorque, depois de várias agências terem noticiado que um avião não identificado tinha lançado um míssil que provocou uma enorme explosão no Irão, o segundo maior produtor de petróleo do Médio Oriente.
Em Nova Iorque o preço do barril de crude chegaram a subir 2,22% para os 48,30 dólares, enquanto em Londres o «brent» cotou nos 46,55 dólares, o valor mais elevado das últimas três semanas.
Esta subida foi motivada por notícias que davam conta de que um avião não identificado disparou um míssil numa área deserta próxima da cidade iraniana de Dailam, não longe da qual funciona uma central nuclear, noticiou hoje a televisão estatal do Irão. As baterias anti-aéreas iranianas abriram fogo contra o aparelho, referiu a estação, sem precisar se o alvo foi atingido. Daylam fica situada a cerca de 150 quilómetros da primeira central nuclear iraniana, em construção em Buchehr.
Contudo, segundo a Associated Press noticiou que a explosão terá sido causada por um avião iraniano que deixou, de forma acidental, cair um tanque de combustível.
Após esta notícia os preços recuaram, com o crude a seguir agora com um ganho de 0,89% para os 47,68 dólares, enquanto o brent subia 0,73% até aos 45,72 euros.
O Irão é o segundo maior produtor de petróleo dos países do Médio Oriente e o mercado temia que o alegado ataque tivesse sido planeado pelos Estados Unidos, que têm apelado ao Irão para abandonar os projectos de centrais nucleares.
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Um abanão na distribuição alimentar
A entrada da Aldi no mercado português vai acentuar a concorrência no sector de distribuição alimentar, que tem obrigado diversos grupos a melhorar a organização e investir na descida de preços. Alertada pela nova lei de licenciamento comercial e pelo fim do ‘congelamento’ de licenças, a empresa que fundou o conceito de ‘hard discount’ na Alemnha após a II Guerra Mundial vai alargar-se ao território nacional através de Espanha, onde tem tido uma expansão fulgurante. Apostando no factor preço, a Aldi, que pode ser apresentada como uma espécie de Wal-Mart europeia, é uma empresa que promete não fazer a vida fácil aos que já cá estão instalados. O consumidor final sairá certamente beneficiado, mas, como desabafava um concorrente, “o mercado começa a ficar mais estreito”. A Jerónimo Martins e a Modelo Continente, da Sonae, estão cada vez mais pressionadas, e apostam em estratégias como as marcas próprias, mais baratas. Será interessante verificar como é que o mercado estará daqui a cinco anos.
Qual o alcance da medida da Anacom?
É curioso verificar que, após o anúncio da Anacom em impor uma redução dos preços que a PT cobra aos outros operadores no lacete local, não houve propriamente uma reacção de grande entusiasmo. Tanto a Oni como a Novis, as principais beneficiadas por deterem já um importante mercado, adoptaram uma postura de ‘wait and see’. Os novos operadores parecem não acreditar que um bom projecto de deliberação da Anacom pode esbarrar nos valores finais propostos pela Portugal Telecom e aceites pelo regulador. Ver para crer é assim o lema dos operadores concorrentes com a Portugal Telecom. Apesar disso, o mercado parece estar atento às movimentações no sector e já ontem premiou a Sonaecom com uma subida marginal da sua cotação, enquanto que a PT obteve também uma queda marginal (pág. 14). Os analistas desvalorizaram para já a movimentação bolsista de ontem e preferiram ver a longo prazo, onde a PT sairá, se o projecto de deliberação da Anacom se concretizar, como a mais prejudicada.
A entrada da Aldi no mercado português vai acentuar a concorrência no sector de distribuição alimentar, que tem obrigado diversos grupos a melhorar a organização e investir na descida de preços. Alertada pela nova lei de licenciamento comercial e pelo fim do ‘congelamento’ de licenças, a empresa que fundou o conceito de ‘hard discount’ na Alemnha após a II Guerra Mundial vai alargar-se ao território nacional através de Espanha, onde tem tido uma expansão fulgurante. Apostando no factor preço, a Aldi, que pode ser apresentada como uma espécie de Wal-Mart europeia, é uma empresa que promete não fazer a vida fácil aos que já cá estão instalados. O consumidor final sairá certamente beneficiado, mas, como desabafava um concorrente, “o mercado começa a ficar mais estreito”. A Jerónimo Martins e a Modelo Continente, da Sonae, estão cada vez mais pressionadas, e apostam em estratégias como as marcas próprias, mais baratas. Será interessante verificar como é que o mercado estará daqui a cinco anos.
Qual o alcance da medida da Anacom?
É curioso verificar que, após o anúncio da Anacom em impor uma redução dos preços que a PT cobra aos outros operadores no lacete local, não houve propriamente uma reacção de grande entusiasmo. Tanto a Oni como a Novis, as principais beneficiadas por deterem já um importante mercado, adoptaram uma postura de ‘wait and see’. Os novos operadores parecem não acreditar que um bom projecto de deliberação da Anacom pode esbarrar nos valores finais propostos pela Portugal Telecom e aceites pelo regulador. Ver para crer é assim o lema dos operadores concorrentes com a Portugal Telecom. Apesar disso, o mercado parece estar atento às movimentações no sector e já ontem premiou a Sonaecom com uma subida marginal da sua cotação, enquanto que a PT obteve também uma queda marginal (pág. 14). Os analistas desvalorizaram para já a movimentação bolsista de ontem e preferiram ver a longo prazo, onde a PT sairá, se o projecto de deliberação da Anacom se concretizar, como a mais prejudicada.
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Lições da dinâmica espanhola
Helena Garrido, Luís Villalobos e António José Gouveia
A actividade económica da zona euro abrandou no último trimestre do ano passado, afundada pela Alemanha e pela Itália que viram a sua produção recuar nos últimos três meses do ano.
Em face disso, a Comissão Europeia reajustou em baixa a previsão de crescimento para estes primeiros três meses do ano, apontando agora para os 0,2 a 0,6% em vez dos anteriores 0,3 a 0,7%. O resultado só não é pior devido à dinâmica da economia espanhola que registou em 2004 a amais elevada taxa de crescimento da zona euro, com um aumento do produto da ordem dos 2,7%, contra 2,5% o ano passado. Para a economia portuguesa, a dinâmica de Espanha é uma boa notícia, o que não aconteceria nos anos 80 ou mesmo nos 90. A economia portuguesa, cada vez mais ligada à espanhola, pode assim acabar por sofrer menos que no passado, quando a Alemanha tinha um peso maior nas suas contas externas. Este é o outro lado do espelho da entrada de Espanha no mercado português. A maior interligação entre as duas economias pode criar condições para uma conjuntura mais animadora. Se tal não acontecer, o tipo de interligação que está a acontecer entre as duas economias pode ser do tipo do Alentejo com Lisboa.
Helena Garrido, Luís Villalobos e António José Gouveia
A actividade económica da zona euro abrandou no último trimestre do ano passado, afundada pela Alemanha e pela Itália que viram a sua produção recuar nos últimos três meses do ano.
Em face disso, a Comissão Europeia reajustou em baixa a previsão de crescimento para estes primeiros três meses do ano, apontando agora para os 0,2 a 0,6% em vez dos anteriores 0,3 a 0,7%. O resultado só não é pior devido à dinâmica da economia espanhola que registou em 2004 a amais elevada taxa de crescimento da zona euro, com um aumento do produto da ordem dos 2,7%, contra 2,5% o ano passado. Para a economia portuguesa, a dinâmica de Espanha é uma boa notícia, o que não aconteceria nos anos 80 ou mesmo nos 90. A economia portuguesa, cada vez mais ligada à espanhola, pode assim acabar por sofrer menos que no passado, quando a Alemanha tinha um peso maior nas suas contas externas. Este é o outro lado do espelho da entrada de Espanha no mercado português. A maior interligação entre as duas economias pode criar condições para uma conjuntura mais animadora. Se tal não acontecer, o tipo de interligação que está a acontecer entre as duas economias pode ser do tipo do Alentejo com Lisboa.
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Só as reformas económicas podem legitimar a Europa
Peter Mandelson*
A Comissão Europeia presidida por Durão Barroso só poderia defender o emprego e o crescimento.
Na semana passada, o presidente da CE definiu as principais metas para os cinco anos de mandato, elevando a fasquia económica e política para a União Europeia. A Comissão - e a UE no seu todo - serão julgadas em função da resposta dada pelos estados membros.
O débil desempenho económico da Europa fez da reforma estrutural a grande prioridade. O potencial do mercado único não foi devidamente explorado e, mais grave, a Europa perdeu a sua liderança histórica ao nível da pesquisa e da investigação científica, devido em grande parte à falta de investimento. A população europeia envelhece a passos largos e uma fatia significativa das mulheres e das pessoas acima dos 50 anos continua à margem do mercado de trabalho. Em suma, existe crescimento pendente no seio da união e, para libertá-lo, basta que haja vontade política.
A criação de um mercado único de capitais poderia contribuir para aumentar o PIB da UE em 1% ou mais. A liberalização dos serviços, telecomunicações e electricidade podem, também, acrescentar mais um ponto. Um estudo de 2003 elaborado pelo FMI concluiu que um mercado único fortalecido, combinado com a reforma do mercado de trabalho e a integração de mercados de capitais, seria a fórmula ideal para acrescentar 10% ao PIB europeu. Se não agirmos com sensibilidade, sairemos a perder.
A revisão da Agenda de Lisboa pela CE vai além do simples enunciado do habitual “catecismo” das fragilidades da economia europeia. Ao centrar-se na meta fundamental composta pelo emprego e pelo crescimento, esta Comissão tem, pois, a oportunidade –contrariamente à anterior – de ser mais do que “a soma das partes”. Pode definir um novo rumo, assente numa lista de medidas específicas. Assim, à medida que for aprofundando o mercado único, particularmente em termos de serviços, poderá também concentrar a sua actuação na melhoria do investimento em investigação e desenvolvimento, adoptando uma regulamentação mais flexível e simplificada, bem como criando alternativas de trabalho para os indivíduos marginalizados pelo mercado de trabalho. Estas iniciativas ajudariam a CE a repor a sua autoridade, para poder construir parcerias efectivas com os estados membros e o Parlamento Europeu.
O comércio deve, assim, desempenhar um papel muito claro. É meu desejo, aliás, que o comércio seja um dos sustentáculos da missão que Durão Barroso tomou em mãos. Isso ajudará a transferir a atenção da opinião pública dos estados membros para a Europa e suas instituições, encarando-as como uma fonte de dinamismo e esperança, e não como um estorvo ou potencial foco de interferência. Esta tomada de posição poderá influenciar os estados membros e o Parlamento Europeu, e persuadi-los de que esta estratégia só irá resultar se todos nela investirem.
Os estados membros são, afinal, os principais agentes da reforma económica, pelo que a Comissão não pode actuar como se fosse o governo da Europa. Isto requer uma forte parceria, capaz de congregar a vontade política dos seus membros, do Parlamento Europeu e do público em geral. A CE deve assegurar liderança intelectual e facilitar o trabalho de todos os membros da UE. Alguns irão, decerto, rotular o programa da CE de neo-liberal. Sublinhe-se, porém, que o emprego e o crescimento são metas social-democratas. A Esquerda precisa de crescimento para financiar contribuições sociais generosas e de empregos para dar resposta à pobreza e fomentar a igualdade de oportunidades.
Este programa deve ser subscrito por todos os social-democratas modernos. “Sim” aos mercados livres e ao seu melhor funcionamento, pois só assim se pode estimular a eficiência, a inovação e a produtividade. “Sim” ao investimento público para colmatar as falhas do défice europeu de conhecimento e as fragilidades das suas infraestruturas. E “Sim” à inclusão social, removendo obstáculos a uma maior participação no mercado de trabalho.
Neste ponto, é extremamente importante que a Grã-Bretanha, tradicionalmente hostil a “Bruxelas”, manifeste o seu apoio à Comissão. A economia britânica irá, aliás, beneficiar com este programa, uma vez que vai incrementar a produtividade e crescimento potencial do país, lado a lado com os restantes parceiros europeus.
Se a Europa não conseguir contrariar a actual tendência no emprego e crescimento, a UE poderá pôr em risco a sua credibilidade e, quiça, a sua própria legitimidade. A coesão social sofrerá as consequências de uma população em acelerado envelhecimento, privada de fundações económicas sólidas que permitam uma protecção social adequada. O investimento em desenvolvimento sustentável será drasticamente reduzido caso a Europa comece a perder as suas vantagens competitivas.
Se a Europa se distanciar dos EUA e for sistematicamente desafiada por economias como a chinesa, corre o risco de perder a auto-confiança que lhe permite afirmar a sua liderança e, não menos importante, ganhar a causa de um comércio internacional mais aberto.
A Comissão presidida por Durão Barroso reiterou o carácter imperativo da reforma económica, que deverá ser feita com consistência. A Estratégia reformista de Lisboa não se cinge à salvaguarda da prosperidade da UE, antes a sua credibilidade como projecto político. A UE não pode adormecer à sombra dos louros de um alargamento bem sucedido, dos benefícios inerentes ao mercado único nem dos dividendos de meio século de paz. O cepticismo dos seus cidadãos não o permitirá. Terá, pois, de dar provas da sua relevância face à prosperidade e padrões de vida da população europeia, ou arrisca-se a sofrer duros golpes na sua popularidade.
* Comissário europeu para o Comércio
Exclusivo DE/Financial Times
Tradução de Ana Pina
Peter Mandelson*
A Comissão Europeia presidida por Durão Barroso só poderia defender o emprego e o crescimento.
Na semana passada, o presidente da CE definiu as principais metas para os cinco anos de mandato, elevando a fasquia económica e política para a União Europeia. A Comissão - e a UE no seu todo - serão julgadas em função da resposta dada pelos estados membros.
O débil desempenho económico da Europa fez da reforma estrutural a grande prioridade. O potencial do mercado único não foi devidamente explorado e, mais grave, a Europa perdeu a sua liderança histórica ao nível da pesquisa e da investigação científica, devido em grande parte à falta de investimento. A população europeia envelhece a passos largos e uma fatia significativa das mulheres e das pessoas acima dos 50 anos continua à margem do mercado de trabalho. Em suma, existe crescimento pendente no seio da união e, para libertá-lo, basta que haja vontade política.
A criação de um mercado único de capitais poderia contribuir para aumentar o PIB da UE em 1% ou mais. A liberalização dos serviços, telecomunicações e electricidade podem, também, acrescentar mais um ponto. Um estudo de 2003 elaborado pelo FMI concluiu que um mercado único fortalecido, combinado com a reforma do mercado de trabalho e a integração de mercados de capitais, seria a fórmula ideal para acrescentar 10% ao PIB europeu. Se não agirmos com sensibilidade, sairemos a perder.
A revisão da Agenda de Lisboa pela CE vai além do simples enunciado do habitual “catecismo” das fragilidades da economia europeia. Ao centrar-se na meta fundamental composta pelo emprego e pelo crescimento, esta Comissão tem, pois, a oportunidade –contrariamente à anterior – de ser mais do que “a soma das partes”. Pode definir um novo rumo, assente numa lista de medidas específicas. Assim, à medida que for aprofundando o mercado único, particularmente em termos de serviços, poderá também concentrar a sua actuação na melhoria do investimento em investigação e desenvolvimento, adoptando uma regulamentação mais flexível e simplificada, bem como criando alternativas de trabalho para os indivíduos marginalizados pelo mercado de trabalho. Estas iniciativas ajudariam a CE a repor a sua autoridade, para poder construir parcerias efectivas com os estados membros e o Parlamento Europeu.
O comércio deve, assim, desempenhar um papel muito claro. É meu desejo, aliás, que o comércio seja um dos sustentáculos da missão que Durão Barroso tomou em mãos. Isso ajudará a transferir a atenção da opinião pública dos estados membros para a Europa e suas instituições, encarando-as como uma fonte de dinamismo e esperança, e não como um estorvo ou potencial foco de interferência. Esta tomada de posição poderá influenciar os estados membros e o Parlamento Europeu, e persuadi-los de que esta estratégia só irá resultar se todos nela investirem.
Os estados membros são, afinal, os principais agentes da reforma económica, pelo que a Comissão não pode actuar como se fosse o governo da Europa. Isto requer uma forte parceria, capaz de congregar a vontade política dos seus membros, do Parlamento Europeu e do público em geral. A CE deve assegurar liderança intelectual e facilitar o trabalho de todos os membros da UE. Alguns irão, decerto, rotular o programa da CE de neo-liberal. Sublinhe-se, porém, que o emprego e o crescimento são metas social-democratas. A Esquerda precisa de crescimento para financiar contribuições sociais generosas e de empregos para dar resposta à pobreza e fomentar a igualdade de oportunidades.
Este programa deve ser subscrito por todos os social-democratas modernos. “Sim” aos mercados livres e ao seu melhor funcionamento, pois só assim se pode estimular a eficiência, a inovação e a produtividade. “Sim” ao investimento público para colmatar as falhas do défice europeu de conhecimento e as fragilidades das suas infraestruturas. E “Sim” à inclusão social, removendo obstáculos a uma maior participação no mercado de trabalho.
Neste ponto, é extremamente importante que a Grã-Bretanha, tradicionalmente hostil a “Bruxelas”, manifeste o seu apoio à Comissão. A economia britânica irá, aliás, beneficiar com este programa, uma vez que vai incrementar a produtividade e crescimento potencial do país, lado a lado com os restantes parceiros europeus.
Se a Europa não conseguir contrariar a actual tendência no emprego e crescimento, a UE poderá pôr em risco a sua credibilidade e, quiça, a sua própria legitimidade. A coesão social sofrerá as consequências de uma população em acelerado envelhecimento, privada de fundações económicas sólidas que permitam uma protecção social adequada. O investimento em desenvolvimento sustentável será drasticamente reduzido caso a Europa comece a perder as suas vantagens competitivas.
Se a Europa se distanciar dos EUA e for sistematicamente desafiada por economias como a chinesa, corre o risco de perder a auto-confiança que lhe permite afirmar a sua liderança e, não menos importante, ganhar a causa de um comércio internacional mais aberto.
A Comissão presidida por Durão Barroso reiterou o carácter imperativo da reforma económica, que deverá ser feita com consistência. A Estratégia reformista de Lisboa não se cinge à salvaguarda da prosperidade da UE, antes a sua credibilidade como projecto político. A UE não pode adormecer à sombra dos louros de um alargamento bem sucedido, dos benefícios inerentes ao mercado único nem dos dividendos de meio século de paz. O cepticismo dos seus cidadãos não o permitirá. Terá, pois, de dar provas da sua relevância face à prosperidade e padrões de vida da população europeia, ou arrisca-se a sofrer duros golpes na sua popularidade.
* Comissário europeu para o Comércio
Exclusivo DE/Financial Times
Tradução de Ana Pina
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Procura excede duas vezes a oferta na emissão a 15 anos
Pedro Ferreira Esteves
A emissão de 3 mil milhões de euros de Obrigações do Tesouro (OT) portuguesas a 15 anos registou uma procura avaliada num total de 6 mil milhões, duplicando assim o total da oferta.
Este número traduz o sucesso de uma operação que acontece num dia em que a concorrência foi elevada, tendo em conta as outras emissões que povoaram o mercado em toda a Europa.
De acordo com o que apurou o DE junto de uma fonte próxima da operação, a emissão “registou uma elevada procura”, que fez com que se fechasse o livro de ordens cerca de meio dia mais cedo do que é habitual. O processo de cálculo do preço da operação (’pricing’) decorrerá durante a manhã de hoje, devendo a negociação estar aberta a partir de meio do dia. Os investidores institucionais dominarão esta fase da operação, em particular os fundos de pensões.
A mesma fonte revelou que o preço da emissão será fixado tendo em conta uma ‘yield’ (taxa de rendimento até à maturidade) de 12,5 a 12 pontos base acima da taxa de referência, que neste caso é a emissão a 15 anos da dívida francesa (OAT) que fechou ontem nos 3,738%. No que diz respeito ao cupão, a taxa deverá oscilar entre os 3,75% e 3,85%, em linha com o praticado na generalidade das emissões deste tipo realizadas na Europa. Refira-se que os bancos que lideraram o sindicato responsável por esta operação foram o BES, BNP Paribas, Calyon, Deutsche Bank e Morgan Stanley.
Esta operação de financiamento da República Portuguesa, que deverá crescer para o total de 5 mil milhões de euros nos próximos seis meses através da realização de leilões, surge numa semana dominada pelas emissões de longo prazo. A Itália emitiu ontem 3,25 mil milhões de euros a 5 anos e 2 mil milhões a 15 anos. Esta última foi efectuada em leilão e registou uma procura que superou 1,93 vezes a oferta.
A Grécia vendeu igualmente, durante a sessão de ontem, 5 mil milhões de euros de OT a 10 anos, numa emissão que se juntou às realizadas pela Turquia, Hungria ou Áustria. No total, cerca de 21 mil milhões de euros deverão inundar o mercado de dívida pública da zona euro durante esta semana.
O forte aumento das emissões deste tipo responde ao crescimento da procura por dívida de longo prazo, em especial por parte dos fundos de pensões. Esta tendência está a reflectir-se no preço das obrigações, com as ‘yields’ a recuperarem dos mínimos testados na semana passada. Ontem, as taxas das Bunds a 10 anos subiram 2,5 pontos base para os 3,51%, bem acima do mínimo histórico alcançado na quinta-feira passada nos 3,42%.
Pedro Ferreira Esteves
A emissão de 3 mil milhões de euros de Obrigações do Tesouro (OT) portuguesas a 15 anos registou uma procura avaliada num total de 6 mil milhões, duplicando assim o total da oferta.
Este número traduz o sucesso de uma operação que acontece num dia em que a concorrência foi elevada, tendo em conta as outras emissões que povoaram o mercado em toda a Europa.
De acordo com o que apurou o DE junto de uma fonte próxima da operação, a emissão “registou uma elevada procura”, que fez com que se fechasse o livro de ordens cerca de meio dia mais cedo do que é habitual. O processo de cálculo do preço da operação (’pricing’) decorrerá durante a manhã de hoje, devendo a negociação estar aberta a partir de meio do dia. Os investidores institucionais dominarão esta fase da operação, em particular os fundos de pensões.
A mesma fonte revelou que o preço da emissão será fixado tendo em conta uma ‘yield’ (taxa de rendimento até à maturidade) de 12,5 a 12 pontos base acima da taxa de referência, que neste caso é a emissão a 15 anos da dívida francesa (OAT) que fechou ontem nos 3,738%. No que diz respeito ao cupão, a taxa deverá oscilar entre os 3,75% e 3,85%, em linha com o praticado na generalidade das emissões deste tipo realizadas na Europa. Refira-se que os bancos que lideraram o sindicato responsável por esta operação foram o BES, BNP Paribas, Calyon, Deutsche Bank e Morgan Stanley.
Esta operação de financiamento da República Portuguesa, que deverá crescer para o total de 5 mil milhões de euros nos próximos seis meses através da realização de leilões, surge numa semana dominada pelas emissões de longo prazo. A Itália emitiu ontem 3,25 mil milhões de euros a 5 anos e 2 mil milhões a 15 anos. Esta última foi efectuada em leilão e registou uma procura que superou 1,93 vezes a oferta.
A Grécia vendeu igualmente, durante a sessão de ontem, 5 mil milhões de euros de OT a 10 anos, numa emissão que se juntou às realizadas pela Turquia, Hungria ou Áustria. No total, cerca de 21 mil milhões de euros deverão inundar o mercado de dívida pública da zona euro durante esta semana.
O forte aumento das emissões deste tipo responde ao crescimento da procura por dívida de longo prazo, em especial por parte dos fundos de pensões. Esta tendência está a reflectir-se no preço das obrigações, com as ‘yields’ a recuperarem dos mínimos testados na semana passada. Ontem, as taxas das Bunds a 10 anos subiram 2,5 pontos base para os 3,51%, bem acima do mínimo histórico alcançado na quinta-feira passada nos 3,42%.
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Energia domina fusões e aquisições em Portugal
Diogo Nunes
Espanha e Alemanha foram os principais investidores estrangeiros em Dezembro e Janeiro.
O sector energético liderou os catorze negócios de fusões e aquisições anunciados em Portugal nos últimos dois meses. As empresas nacionais revelaram-se as mais activas, protagonizando 50% do total das operações, com a Espanha a liderar o investimento estrangeiro em território português, enquanto que a Alemanha se destacou em termos numéricos.
Os dados relativos a fusões e aquisições anunciadas no mercado português, recolhidos pela Dealogic e fornecidos pela KPMG Corporate Finance ao Diário Económico, demonstram que as empresas energéticas dominaram, quer em termos quantitativos, quer a nível de volume de negócios.
Entre os catorze negócios anunciados nos passados meses de Dezembro e de Janeiro, metade dos quais estão já concluídos, cinco envolveram o sector energético. Os cerca de 1,264 mil milhões de euros envolvidos nas operações entre empresas deste segmento correspondem a mais de metade dos 2 mil milhões euros envolvidos nos onze negócios em que são conhecidas as verbas.
Numa análise sectorial, a banca, as farmacêuticas e a indústria vidreira posicionam-se abaixo das energéticas, com dois negócios para cada um dos segmentos. As empresas de informática, de aeronáutica e de media fecham o lote das operações anunciadas nos últimos dois meses, com apenas uma operação.
Investimento estrangeiro em território nacional
O super negócio da petrolífera espanhola Repsol, que comprou por 700 milhões de euros – estimados pelos analistas – a totalidade do negócio do gás e do petróleo líquido do grupo anglo-holandês Royal Dutch/Shell em Portugal, permitiu que a Espanha dominasse o investimento estrangeiro na actividade nacional de fusões e aquisições.
Por seu turno, as empresas alemãs merecem uma referência especial, uma vez que ao comprarem duas farmacêuticas portuguesas, tornaram a Alemanha no país com o maior número de negócios anunciados no período em estudo. Os restantes compradores estrangeiros são a França, o Reino Unido, a Rússia e os Estados Unidos da América, com um negócio para cada um dos países.
Diogo Nunes
Espanha e Alemanha foram os principais investidores estrangeiros em Dezembro e Janeiro.
O sector energético liderou os catorze negócios de fusões e aquisições anunciados em Portugal nos últimos dois meses. As empresas nacionais revelaram-se as mais activas, protagonizando 50% do total das operações, com a Espanha a liderar o investimento estrangeiro em território português, enquanto que a Alemanha se destacou em termos numéricos.
Os dados relativos a fusões e aquisições anunciadas no mercado português, recolhidos pela Dealogic e fornecidos pela KPMG Corporate Finance ao Diário Económico, demonstram que as empresas energéticas dominaram, quer em termos quantitativos, quer a nível de volume de negócios.
Entre os catorze negócios anunciados nos passados meses de Dezembro e de Janeiro, metade dos quais estão já concluídos, cinco envolveram o sector energético. Os cerca de 1,264 mil milhões de euros envolvidos nas operações entre empresas deste segmento correspondem a mais de metade dos 2 mil milhões euros envolvidos nos onze negócios em que são conhecidas as verbas.
Numa análise sectorial, a banca, as farmacêuticas e a indústria vidreira posicionam-se abaixo das energéticas, com dois negócios para cada um dos segmentos. As empresas de informática, de aeronáutica e de media fecham o lote das operações anunciadas nos últimos dois meses, com apenas uma operação.
Investimento estrangeiro em território nacional
O super negócio da petrolífera espanhola Repsol, que comprou por 700 milhões de euros – estimados pelos analistas – a totalidade do negócio do gás e do petróleo líquido do grupo anglo-holandês Royal Dutch/Shell em Portugal, permitiu que a Espanha dominasse o investimento estrangeiro na actividade nacional de fusões e aquisições.
Por seu turno, as empresas alemãs merecem uma referência especial, uma vez que ao comprarem duas farmacêuticas portuguesas, tornaram a Alemanha no país com o maior número de negócios anunciados no período em estudo. Os restantes compradores estrangeiros são a França, o Reino Unido, a Rússia e os Estados Unidos da América, com um negócio para cada um dos países.
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Banca
BCP encaixou 1500 milhões desde 2004
Maria João Gago
O Banco Comercial Português encaixou mais de 1,5 mil milhões de euros com as operações de venda de activos não estratégicos realizadas desde o início de 2004 e que foram decididas no âmbito da sua estratégia de focalização no negócio puramente bancário.
É esta prioridade que vai levar o grupo liderado por Jardim Gonçalves a alienar os 50% que detém no Interbanco.
Os activos da área seguradora foram os que permitiram ao BCP encaixar mais dinheiro. A venda de 49% do negócio de ‘bancassurance’ somada à alienação da totalidade do capital da Império Bonança rendeu 875 milhões de euros ao grupo. Ou seja, estas duas operações asseguraram mais de metade do montante total arrecadado pela instituição.
Entre as operações referidas, todas foram concretizadas ainda durante o ano passado, à excepção da alienação de parte do negócio do antigo Credibanco, que ainda está dependente da autorização da Autoridade da Concorrência. Esta alienação vai permitir ao BCP realizar uma mais-valia de 52,4 milhões de euros, que se reflectirá nos resultados deste ano.
BCP encaixou 1500 milhões desde 2004
Maria João Gago
O Banco Comercial Português encaixou mais de 1,5 mil milhões de euros com as operações de venda de activos não estratégicos realizadas desde o início de 2004 e que foram decididas no âmbito da sua estratégia de focalização no negócio puramente bancário.
É esta prioridade que vai levar o grupo liderado por Jardim Gonçalves a alienar os 50% que detém no Interbanco.
Os activos da área seguradora foram os que permitiram ao BCP encaixar mais dinheiro. A venda de 49% do negócio de ‘bancassurance’ somada à alienação da totalidade do capital da Império Bonança rendeu 875 milhões de euros ao grupo. Ou seja, estas duas operações asseguraram mais de metade do montante total arrecadado pela instituição.
Entre as operações referidas, todas foram concretizadas ainda durante o ano passado, à excepção da alienação de parte do negócio do antigo Credibanco, que ainda está dependente da autorização da Autoridade da Concorrência. Esta alienação vai permitir ao BCP realizar uma mais-valia de 52,4 milhões de euros, que se reflectirá nos resultados deste ano.
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Operadores à espera de equipamentos de terceira geração mais fiáveis
H.S.
Enquanto os operadores europeus continuam a culpar os fabricantes de telemóveis pela fraca adesão dos consumidores ao UMTS, a japonesa NTT DoCoMo acredita que chegará ao final de Março com 10,6 milhões de utilizadores da terceira geração.
O anúncio foi feito ontem pelo presidente da empresa, Masao Nakamura, no âmbito do 3GSM World Congress, o maior evento mundial de telecomunicações móveis que decorre até dia 17 em Cannes.
Mas há boas notícias para os espíritos mais inquietos, nomeadamente os operadores europeus que gastaram cerca de 130 mil milhões de euros na aquisição de licenças. Segundo Masao Nakamura, apesar das dificuldades iniciais sentidas pela NTT, o número de clientes de 3G teve um “crescimento explosivo” no último ano. Esta é aliás a convicção da maior parte dos operadores presentes no encontro que acredita que 2005 ainda poderá ser um bom ano para a terceira geração na Europa, esperando que os fabricantes comecem a fornecer equipamentos mais fiáveis e mais atractivos para o mercado europeu ainda este ano, uma importante ajuda para impulsionar as vendas. De acordo com valores divulgados pela Nokia, o maior fabricante mundial de telemóveis, mais de 70 milhões de pessoas em todo o mundo irão usar equipamentos de terceira geração no final do ano. Com ou sem terceira geração, a Nokia acredita que o planeta terá no final deste ano cerca de 5 mil milhões de utilizadores, esperando um forte crescimento dos mercados do continente africano. Nas economias mais desenvolvidas começa a surgir a sombra de um possível abrandamento das receitas dos fabricantes à medida que alguns países atingem taxas de penetração próximas ou mesmo superiores aos 100%.
Atentos à conjuntura os construtores apostam na transformação dos telemóveis em mais do que simples aparelhos de comunicação. Os equipamentos são cada vez mais ferramentas quer de entretenimento - querem-se com câmaras, leitores de música ou jogos -, quer como utensílios de trabalho, além de verdadeiros acessórios de moda, o que justifica que construtores como a Nokia, a Motorola ou a Samsung apresentem este ano em Cannes um número recorde de novos modelos.
H.S.
Enquanto os operadores europeus continuam a culpar os fabricantes de telemóveis pela fraca adesão dos consumidores ao UMTS, a japonesa NTT DoCoMo acredita que chegará ao final de Março com 10,6 milhões de utilizadores da terceira geração.
O anúncio foi feito ontem pelo presidente da empresa, Masao Nakamura, no âmbito do 3GSM World Congress, o maior evento mundial de telecomunicações móveis que decorre até dia 17 em Cannes.
Mas há boas notícias para os espíritos mais inquietos, nomeadamente os operadores europeus que gastaram cerca de 130 mil milhões de euros na aquisição de licenças. Segundo Masao Nakamura, apesar das dificuldades iniciais sentidas pela NTT, o número de clientes de 3G teve um “crescimento explosivo” no último ano. Esta é aliás a convicção da maior parte dos operadores presentes no encontro que acredita que 2005 ainda poderá ser um bom ano para a terceira geração na Europa, esperando que os fabricantes comecem a fornecer equipamentos mais fiáveis e mais atractivos para o mercado europeu ainda este ano, uma importante ajuda para impulsionar as vendas. De acordo com valores divulgados pela Nokia, o maior fabricante mundial de telemóveis, mais de 70 milhões de pessoas em todo o mundo irão usar equipamentos de terceira geração no final do ano. Com ou sem terceira geração, a Nokia acredita que o planeta terá no final deste ano cerca de 5 mil milhões de utilizadores, esperando um forte crescimento dos mercados do continente africano. Nas economias mais desenvolvidas começa a surgir a sombra de um possível abrandamento das receitas dos fabricantes à medida que alguns países atingem taxas de penetração próximas ou mesmo superiores aos 100%.
Atentos à conjuntura os construtores apostam na transformação dos telemóveis em mais do que simples aparelhos de comunicação. Os equipamentos são cada vez mais ferramentas quer de entretenimento - querem-se com câmaras, leitores de música ou jogos -, quer como utensílios de trabalho, além de verdadeiros acessórios de moda, o que justifica que construtores como a Nokia, a Motorola ou a Samsung apresentem este ano em Cannes um número recorde de novos modelos.
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Analistas consideram negativo para a PT a baixa de preços
Hermínia Saraiva
O incumbente pode vir a ser o mais penalizado pela decisão do regulador, mas para já os efeitos foram marginais.
A maior parte dos analistas considera negativo para a Portugal Telecom o anúncio da previsível redução dos preços de acesso ao lacete local. Ainda assim, a cotação do incumbente sofreu na última sessão bolsista uma queda marginal de 0,42%, fechando nos 9,48 euros.
A proposta da Anacom de reduzir os custos de instalação do lacete local e da mensalidade de utilização “ficou dentro de tudo o que se estava à espera, quer em termos da redução de custos associados, quer em termos de prazos de aplicação”, explica um analista do Millenium bcp Investimentos. E é a confirmação da expectativa que justifica a ligeira oscilação sentida pelo título. De qualquer forma, a PT esteve entre os cinco títulos mais transaccionados do PSI 20 com mais de 3 milhões de acções a trocarem de mãos. “Acentuam-se as perspectivas de aumento da concorrência no fixo, e é de esperar que a PT continue a perder quota de mercado”, justifica o mesmo analista. Além disso, sublinha Renato Rocha da Atrium, “a Portugal Telecom, que teve nas últimas semanas um comportamento positivo, está com dificuldades em manter o ritmo de crescimento”.
Por outro lado, a decisão provável do regulador “é positiva para os operadores alternativos”, com destaque para a Oni e Novis, uma vez que “baixa os preços associados à instalação, logo à angariação de novos clientes”. A Sonaecom, subholding do grupo de Belmiro de Azevedo que controla a Novis, teve uma sessão positiva, registando uma subida de 0,71%, para os 4,26 euros. No entanto, os operadores preferem esperar por uma decisão final para concretizar novos investimentos. “Como acontece com todos os casos de projectos de decisão, a nossa apreciação dependerá dos valores finais propostos pela PT, e aceites pela Anacom. Tal como aconteceu no passado, podemos sempre ser surpreendidos por um bom projecto de decisão que, depois na sua deliberação final, consegue ser financeiramente muito desvantajoso para os operadores alternativos de serviço fixo telefónico”, explica Isabel Borgas, directora de comunicação da Sonaecom.
Hermínia Saraiva
O incumbente pode vir a ser o mais penalizado pela decisão do regulador, mas para já os efeitos foram marginais.
A maior parte dos analistas considera negativo para a Portugal Telecom o anúncio da previsível redução dos preços de acesso ao lacete local. Ainda assim, a cotação do incumbente sofreu na última sessão bolsista uma queda marginal de 0,42%, fechando nos 9,48 euros.
A proposta da Anacom de reduzir os custos de instalação do lacete local e da mensalidade de utilização “ficou dentro de tudo o que se estava à espera, quer em termos da redução de custos associados, quer em termos de prazos de aplicação”, explica um analista do Millenium bcp Investimentos. E é a confirmação da expectativa que justifica a ligeira oscilação sentida pelo título. De qualquer forma, a PT esteve entre os cinco títulos mais transaccionados do PSI 20 com mais de 3 milhões de acções a trocarem de mãos. “Acentuam-se as perspectivas de aumento da concorrência no fixo, e é de esperar que a PT continue a perder quota de mercado”, justifica o mesmo analista. Além disso, sublinha Renato Rocha da Atrium, “a Portugal Telecom, que teve nas últimas semanas um comportamento positivo, está com dificuldades em manter o ritmo de crescimento”.
Por outro lado, a decisão provável do regulador “é positiva para os operadores alternativos”, com destaque para a Oni e Novis, uma vez que “baixa os preços associados à instalação, logo à angariação de novos clientes”. A Sonaecom, subholding do grupo de Belmiro de Azevedo que controla a Novis, teve uma sessão positiva, registando uma subida de 0,71%, para os 4,26 euros. No entanto, os operadores preferem esperar por uma decisão final para concretizar novos investimentos. “Como acontece com todos os casos de projectos de decisão, a nossa apreciação dependerá dos valores finais propostos pela PT, e aceites pela Anacom. Tal como aconteceu no passado, podemos sempre ser surpreendidos por um bom projecto de decisão que, depois na sua deliberação final, consegue ser financeiramente muito desvantajoso para os operadores alternativos de serviço fixo telefónico”, explica Isabel Borgas, directora de comunicação da Sonaecom.
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Revisão do Pacto na recta final
Luís Rego, em Bruxelas
Decidir quais são as reformas estruturais que devem ser tidas em conta na avaliação do défice é neste momento a principal questão em aberto na discussão do Pacto de Estabilidade e que continua a marcar uma linha divisória entre os ortodoxos e que querem um Pacto mais virado para o crescimento.
Essa será uma das muitas questões em cima da mesa dos ministros das Finanças da zona euro hoje ao fim da tarde em Bruxelas, no que será o último encontro antes do Ecofin de 8 de Março em que a Presidência pretende fechar o dossier. A manutenção do tecto de 3% do PIB para o défice e 60% para a dívida, bem como a não exclusão de quaisquer categorias de despesa a estes critérios, são pontos já assentes entre os ministros.
Ontem, em Bruxelas Gerhard Schroeder, de visita a Durão Barroso, frisou que esta “revisão do Pacto será interpretada [pelos mercados] como uma clara orientação para o crescimento” económico. Já o presidente da CE, sublinhou que “devemos adaptar o PEC para que não ponha em causa a credibilidade do euro”.
Este eurogrupo, seguido da reunião de Ecofin a 25 amanhã, poderá ser o último encontro em que o ministro português Bagão Félix participará, tudo depende da data de tomada de posse do novo Governo.
Quanto à proposta alemão de tributar o carburante dos transportes aéreos - Kerosene - para financiar a ajuda humanitária, o assunto será adiado para o Ecofin informal de Maio no Luxemburgo.
Além disso, a Grécia deverá ver aberto mais um passo (o último antes de sanções) no procedimento de défices excessivo ganhando em troca mais um ano, até fim de 2006 para corrigir o défice.
Luís Rego, em Bruxelas
Decidir quais são as reformas estruturais que devem ser tidas em conta na avaliação do défice é neste momento a principal questão em aberto na discussão do Pacto de Estabilidade e que continua a marcar uma linha divisória entre os ortodoxos e que querem um Pacto mais virado para o crescimento.
Essa será uma das muitas questões em cima da mesa dos ministros das Finanças da zona euro hoje ao fim da tarde em Bruxelas, no que será o último encontro antes do Ecofin de 8 de Março em que a Presidência pretende fechar o dossier. A manutenção do tecto de 3% do PIB para o défice e 60% para a dívida, bem como a não exclusão de quaisquer categorias de despesa a estes critérios, são pontos já assentes entre os ministros.
Ontem, em Bruxelas Gerhard Schroeder, de visita a Durão Barroso, frisou que esta “revisão do Pacto será interpretada [pelos mercados] como uma clara orientação para o crescimento” económico. Já o presidente da CE, sublinhou que “devemos adaptar o PEC para que não ponha em causa a credibilidade do euro”.
Este eurogrupo, seguido da reunião de Ecofin a 25 amanhã, poderá ser o último encontro em que o ministro português Bagão Félix participará, tudo depende da data de tomada de posse do novo Governo.
Quanto à proposta alemão de tributar o carburante dos transportes aéreos - Kerosene - para financiar a ajuda humanitária, o assunto será adiado para o Ecofin informal de Maio no Luxemburgo.
Além disso, a Grécia deverá ver aberto mais um passo (o último antes de sanções) no procedimento de défices excessivo ganhando em troca mais um ano, até fim de 2006 para corrigir o défice.
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Japão entra em recessão
DE
O Produto Interno Bruto japonês de Outubro a Dezembro de 2004 voltou a cair pelo terceiro trimestre consecutivo, colocando o Japão em recessão pela quarta vez em 13 anos.
Segundo dados hoje divulgados pelo Governo nipónico, no último trimestre do ano passado a economia japonesa contraiu 0,5%. Os economistas contactados pela agência Bloomberg esperavam que o PIB daquele país asiático crescesse 0,7%.
A queda do PIB japonês ficou a dever-se em grande parte à contracção do consumo e ao crescimento insuficiente das exportações, que se fixou nos 1,3%, face ao aumento de 3,1% das importações.
DE
O Produto Interno Bruto japonês de Outubro a Dezembro de 2004 voltou a cair pelo terceiro trimestre consecutivo, colocando o Japão em recessão pela quarta vez em 13 anos.
Segundo dados hoje divulgados pelo Governo nipónico, no último trimestre do ano passado a economia japonesa contraiu 0,5%. Os economistas contactados pela agência Bloomberg esperavam que o PIB daquele país asiático crescesse 0,7%.
A queda do PIB japonês ficou a dever-se em grande parte à contracção do consumo e ao crescimento insuficiente das exportações, que se fixou nos 1,3%, face ao aumento de 3,1% das importações.
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Maior concorrência pode ter impacto neutral a positivo na EDP
DE
O BPI considera que a intenção do Partido Socialista (PS) de fomentar maior concorrência no sector energético poderá ter um impacto neutral a positivo nas acções da EDP-Energias de Portugal.
José Sócrates, secretário geral do PS referiu, ontem, que, caso venha a liderar o novo Governo, vai promover um forte estímulo à concorrência nos sectores energético e de telecomunicações, qualificando o anterior modelo de reestruturação do sector energético como um fracasso.
O Iberian Daily do BPI realça que nenhum detalhe foi fornecido sobre como o sector seria reestruturado e, "como resultado, é ainda cedo para antever qualquer impacto claro na EDP", embora os PPAs protejam o valor da Geração.
"Impacto: neutral a positivo. Em qualquer caso, o risco principal está relacionado com as relações entre o 'management' da companhia, que está a implementar uma estratégia de sucesso, e o novo Governo de Portugal", afirma o BPI.
O PS é dado pelas sondagens como vencedor das próximas eleições com possibilidade de maioria absoluta.
DE
O BPI considera que a intenção do Partido Socialista (PS) de fomentar maior concorrência no sector energético poderá ter um impacto neutral a positivo nas acções da EDP-Energias de Portugal.
José Sócrates, secretário geral do PS referiu, ontem, que, caso venha a liderar o novo Governo, vai promover um forte estímulo à concorrência nos sectores energético e de telecomunicações, qualificando o anterior modelo de reestruturação do sector energético como um fracasso.
O Iberian Daily do BPI realça que nenhum detalhe foi fornecido sobre como o sector seria reestruturado e, "como resultado, é ainda cedo para antever qualquer impacto claro na EDP", embora os PPAs protejam o valor da Geração.
"Impacto: neutral a positivo. Em qualquer caso, o risco principal está relacionado com as relações entre o 'management' da companhia, que está a implementar uma estratégia de sucesso, e o novo Governo de Portugal", afirma o BPI.
O PS é dado pelas sondagens como vencedor das próximas eleições com possibilidade de maioria absoluta.
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Receitas da Telenor caem no quarto trimestre
DE
A maior operadora de telecomunicações norueguesa anunciou hoje que o seu volume de receitas nos últimos três meses de 2004 sofreu uma queda em grande parte devido á concorrência vinda da Dinamarca.
A Telenor registou um Ebitda de 4,52 mil milhões de coroas norueguesas (540 milhões de euros), face aos 4,88 mil milhões de coroas (584 M€) registas no período homólogo.
No entanto, a operadora espera compensar esta maior concorrência interna com um aumento das receitas no estrangeiro em 2005, comunicando que o número de subscrições nas suas subsidiárias da Ucrânia e no Bangladesh mais do que duplicaram
DE
A maior operadora de telecomunicações norueguesa anunciou hoje que o seu volume de receitas nos últimos três meses de 2004 sofreu uma queda em grande parte devido á concorrência vinda da Dinamarca.
A Telenor registou um Ebitda de 4,52 mil milhões de coroas norueguesas (540 milhões de euros), face aos 4,88 mil milhões de coroas (584 M€) registas no período homólogo.
No entanto, a operadora espera compensar esta maior concorrência interna com um aumento das receitas no estrangeiro em 2005, comunicando que o número de subscrições nas suas subsidiárias da Ucrânia e no Bangladesh mais do que duplicaram
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Dados do Instituto Nacional de Estatística
Taxa de desemprego atinge máximo de seis anos nos 7,1 por cento
A taxa de desemprego em Portugal aumentou no quarto trimestre de 2004 para 7,1 por cento, o valor mais elevado em seis anos, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE). O secretário-geral do PS, José Sócrates, considera que os números do desemprego chegaram a um patamar "trágico".
Face a igual período de 2003, a taxa de desemprego aumentou 0,6 pontos percentuais, registando o máximo desde 1998, altura em que teve início a actual série estatística.
Este foi o segundo aumento consecutivo na taxa de desemprego homóloga, depois de nos dois trimestres anteriores se ter assistido a duas quedas.
Face aos três meses anteriores, verificou-se um agravamento de 0,3 pontos percentuais da taxa de desemprego no quarto trimestre.
Em termos de valores anuais, que assumem os dados ao longo de todos os meses de 2004, a taxa de desemprego passou de 6,3 por cento em 2003 para 6,7 por cento em 2004, exibindo a mesma tendência de deterioração.
Portugal tinha no final do ano passado 390 mil indivíduos desempregados, ou seja, mais 9,6 por cento do que em igual período de 2003.
A faixa etária onde o aumento do desemprego mais se fez sentir foi entre os 35 e os 44 anos (mais 22,6 por cento).
Por regiões, as taxas de desemprego mais elevadas voltaram a verificar-se no norte do país (8,0 por cento), em Lisboa (8,1 por cento) e no Alentejo (9,4 por cento), segundo os dados do INE.
Os Açores e a Madeira continuam a ter os mais baixos níveis de desemprego (3,0 e 3,5 por cento, respectivamente).
Na componente da procura de "novo emprego" a "indústria, construção, energia e água" foi o sector que mais se destacou, no quarto trimestre de 2004, pelo crescimento do desemprego (mais 12,4 por cento).
José Sócrates: país atingiu valor "trágico" de desemprego
O secretário-geral do PS, José Sócrates, considerou hoje "trágico" que Portugal tenha atingido no quarto trimestre de 2004 7,1 por cento de desemprego, concluindo depois que o país atravessa "uma crise social muito significativa".
"Trata-se de um valor trágico", comentou o líder socialista, no final de uma visita à empresa Siemens, em Alfragide, referindo-se ao valor de 7,1 por cento de taxa de desemprego, adiantando que "as coisas estão piores em Portugal, tanto na economia, como no desemprego".
"Este indicador prova que há muito tempo que deveriam ter soado as campainhas de alarme e prova que Portugal atravessa uma crise social muito significativa", declarou José Sócrates, que tinha ao seu lado o cabeça de lista do PS por Lisboa, Jaime Gama.
Sócrates afirmou depois que "nunca viu um Governo perder tantos empregos em tão pouco tempo como o actual".
"As coisas não estão bem no país e têm vindo a piorar nos últimos seis meses", sustentou. PUBLICO.PT
Taxa de desemprego atinge máximo de seis anos nos 7,1 por cento
A taxa de desemprego em Portugal aumentou no quarto trimestre de 2004 para 7,1 por cento, o valor mais elevado em seis anos, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE). O secretário-geral do PS, José Sócrates, considera que os números do desemprego chegaram a um patamar "trágico".
Face a igual período de 2003, a taxa de desemprego aumentou 0,6 pontos percentuais, registando o máximo desde 1998, altura em que teve início a actual série estatística.
Este foi o segundo aumento consecutivo na taxa de desemprego homóloga, depois de nos dois trimestres anteriores se ter assistido a duas quedas.
Face aos três meses anteriores, verificou-se um agravamento de 0,3 pontos percentuais da taxa de desemprego no quarto trimestre.
Em termos de valores anuais, que assumem os dados ao longo de todos os meses de 2004, a taxa de desemprego passou de 6,3 por cento em 2003 para 6,7 por cento em 2004, exibindo a mesma tendência de deterioração.
Portugal tinha no final do ano passado 390 mil indivíduos desempregados, ou seja, mais 9,6 por cento do que em igual período de 2003.
A faixa etária onde o aumento do desemprego mais se fez sentir foi entre os 35 e os 44 anos (mais 22,6 por cento).
Por regiões, as taxas de desemprego mais elevadas voltaram a verificar-se no norte do país (8,0 por cento), em Lisboa (8,1 por cento) e no Alentejo (9,4 por cento), segundo os dados do INE.
Os Açores e a Madeira continuam a ter os mais baixos níveis de desemprego (3,0 e 3,5 por cento, respectivamente).
Na componente da procura de "novo emprego" a "indústria, construção, energia e água" foi o sector que mais se destacou, no quarto trimestre de 2004, pelo crescimento do desemprego (mais 12,4 por cento).
José Sócrates: país atingiu valor "trágico" de desemprego
O secretário-geral do PS, José Sócrates, considerou hoje "trágico" que Portugal tenha atingido no quarto trimestre de 2004 7,1 por cento de desemprego, concluindo depois que o país atravessa "uma crise social muito significativa".
"Trata-se de um valor trágico", comentou o líder socialista, no final de uma visita à empresa Siemens, em Alfragide, referindo-se ao valor de 7,1 por cento de taxa de desemprego, adiantando que "as coisas estão piores em Portugal, tanto na economia, como no desemprego".
"Este indicador prova que há muito tempo que deveriam ter soado as campainhas de alarme e prova que Portugal atravessa uma crise social muito significativa", declarou José Sócrates, que tinha ao seu lado o cabeça de lista do PS por Lisboa, Jaime Gama.
Sócrates afirmou depois que "nunca viu um Governo perder tantos empregos em tão pouco tempo como o actual".
"As coisas não estão bem no país e têm vindo a piorar nos últimos seis meses", sustentou. PUBLICO.PT
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- Registado: 5/10/2004 16:59
Lucro da Coca-cola cresce 30% no quarto trimestre de 2004
DE
A maior companhia de refrigerantes do mundo anunciou hoje que o seu resultado líquido nos últimos três meses de 2004 totalizou 1,2 mil milhões de dólares, o que representa um crescimento de 30% face aos 927 milhões de dólares obtidos no ano anterior.
A empresa norte-americana adiantou ainda que as vendas aumentaram 1,6% para os 5,26 mil milhões de dólares.
DE
A maior companhia de refrigerantes do mundo anunciou hoje que o seu resultado líquido nos últimos três meses de 2004 totalizou 1,2 mil milhões de dólares, o que representa um crescimento de 30% face aos 927 milhões de dólares obtidos no ano anterior.
A empresa norte-americana adiantou ainda que as vendas aumentaram 1,6% para os 5,26 mil milhões de dólares.
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Semapa evoluiu para máximo de quase três anos
José Pedro Luís
O índice de referência nacional segue a cair pressionado por metade dos títulos que compõem a carteira, com destaque para a queda do BES e do grupo PT. Destaque-se ainda a subida da Semapa de quase quatro por cento.
Deste modo, às 12h53 o PSI-20 encontrava-se a deslizar 0,24% para os 8061,55 pontos, em linha com a Europa que cai penalizado com a expectativa em torno das declarações que o presidente do Fed vai fazer hoje.
Enfoque na sessão está a Semapa que se encontra a crescer 3,78% para os 4,94€ depois de ter alcançado o máximo de 32 meses nos 4,95€. Segundo os analistas, este 'pulo' deve-se ao interesse de institucionais na empresa e à subida da sua participada Portucel.
A Media Capital também igualou hoje um máximo nos 5,58€, encontrando-se agora inalterada nos 5,55€.
Quanto aos 'pesos-pesados', a EDP cai 0,43% para os 2,30€, enquanto que a PT desliza 0,32% para os 9,45€. O BCP segue inalterado nos 2,13€.
O BPI considera que a intenção do Partido Socialista (PS) de fomentar maior concorrência no sector energético poderá ter um impacto neutral a positivo nas acções da EDP-Energias de Portugal.
Pela negativa destaque-se a queda do BES, cujos títulos desvalorizam 0,67% para os 13,36€.
O papel mais transaccionado é o do BCP com 3,20 milhões de acções negociadas, seguido pelo da Sonae e da EDP, com 2,95 e 2,24 milhões de títulos movimentados, respectivamente.
Dos vinte títulos que compõem o PSI-20, três sobem de cotação, dez descem e sete seguem inalterados. O volume de negócios ascende a 34,83 milhões de euros.
José Pedro Luís
O índice de referência nacional segue a cair pressionado por metade dos títulos que compõem a carteira, com destaque para a queda do BES e do grupo PT. Destaque-se ainda a subida da Semapa de quase quatro por cento.
Deste modo, às 12h53 o PSI-20 encontrava-se a deslizar 0,24% para os 8061,55 pontos, em linha com a Europa que cai penalizado com a expectativa em torno das declarações que o presidente do Fed vai fazer hoje.
Enfoque na sessão está a Semapa que se encontra a crescer 3,78% para os 4,94€ depois de ter alcançado o máximo de 32 meses nos 4,95€. Segundo os analistas, este 'pulo' deve-se ao interesse de institucionais na empresa e à subida da sua participada Portucel.
A Media Capital também igualou hoje um máximo nos 5,58€, encontrando-se agora inalterada nos 5,55€.
Quanto aos 'pesos-pesados', a EDP cai 0,43% para os 2,30€, enquanto que a PT desliza 0,32% para os 9,45€. O BCP segue inalterado nos 2,13€.
O BPI considera que a intenção do Partido Socialista (PS) de fomentar maior concorrência no sector energético poderá ter um impacto neutral a positivo nas acções da EDP-Energias de Portugal.
Pela negativa destaque-se a queda do BES, cujos títulos desvalorizam 0,67% para os 13,36€.
O papel mais transaccionado é o do BCP com 3,20 milhões de acções negociadas, seguido pelo da Sonae e da EDP, com 2,95 e 2,24 milhões de títulos movimentados, respectivamente.
Dos vinte títulos que compõem o PSI-20, três sobem de cotação, dez descem e sete seguem inalterados. O volume de negócios ascende a 34,83 milhões de euros.
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Governo assinou contrato de viaturas blindadas com Steyr
DE
O Ministério da Defesa assinou terça-feira com o grupo Steyr-Daimler-Puch o contrato de fornecimento das novas viaturas blindadas de rodas do Exército e da Marinha, revelou hoje à agência Lusa fonte oficial do ministério.
O contrato, assinado pelo director-geral de armamento do Ministério, Fernando Serafino, por delegação do ministro Paulo Portas, prevê o fornecimento de 260 VBR 8x8, de 2006 e até 2009, com opção sobre mais 33 viaturas.
O grupo de origem austríaca terá ainda a prestar uma caução de 34 milhões de euros, 10 por cento do valor do contrato, como garantia do cumprimento das obrigações contratuais, nomeadamente características técnicas e os
prazos de entrega.
Em paralelo, foi assinado ao final da tarde de terça- feira o contrato de contrapartidas, no valor de 516 milhões de euros, 150% do montante que o Estado português vai pagar pelas viaturas, 344 milhões de euros.
O anúncio da vitória da Steyr foi feito pelo ministro da Defesa no início de Dezembro, mas a assinatura de ambos os contratos tinha sido suspensa em meados de Janeiro, a pedido de um dos concorrentes eliminados, a Patria.
DE
O Ministério da Defesa assinou terça-feira com o grupo Steyr-Daimler-Puch o contrato de fornecimento das novas viaturas blindadas de rodas do Exército e da Marinha, revelou hoje à agência Lusa fonte oficial do ministério.
O contrato, assinado pelo director-geral de armamento do Ministério, Fernando Serafino, por delegação do ministro Paulo Portas, prevê o fornecimento de 260 VBR 8x8, de 2006 e até 2009, com opção sobre mais 33 viaturas.
O grupo de origem austríaca terá ainda a prestar uma caução de 34 milhões de euros, 10 por cento do valor do contrato, como garantia do cumprimento das obrigações contratuais, nomeadamente características técnicas e os
prazos de entrega.
Em paralelo, foi assinado ao final da tarde de terça- feira o contrato de contrapartidas, no valor de 516 milhões de euros, 150% do montante que o Estado português vai pagar pelas viaturas, 344 milhões de euros.
O anúncio da vitória da Steyr foi feito pelo ministro da Defesa no início de Dezembro, mas a assinatura de ambos os contratos tinha sido suspensa em meados de Janeiro, a pedido de um dos concorrentes eliminados, a Patria.
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Dívida Pública Aumentou 1,4 por Cento no Espaço de Um Mês
Dívida Pública Aumentou 1,4 por Cento no Espaço de Um Mês
Por SWDFWDS
Quarta-feira, 16 de Fevereiro de 2005
O montante da dívida pública no final de Janeiro era de 91.993 milhões de euros, mais 1,4 por cento do que no final de 2004, informou o Instituto de Gestão do Crédito Público (IGCP). Face ao mesmo período do ano anterior, a dívida em Janeiro de 2005 representa um crescimento de 9,2 por cento.
No mês passado, foi emitida dívida no montante de 5669 milhões de euros e realizadas amortizações de 4433 milhões de euros, a que acresceram 18 milhões de euros, agrupados sob a designação de "Outros". A maior parte da dívida está denominada em euros, no total de 91.612 milhões de euros. Os principais instrumentos de emissão são as Obrigações do Tesouro de taxa fixa, que absorveram 57.024 milhões de euros, e os certificados de aforro, que cativaram 15.960 milhões de euros.
Os 90.739 milhões de euros verificados no final de Dezembro correspondem a 67,8 por cento do valor do Produto Interno Bruto (PIB) previsto no reporte semestral dos défices excessivos enviado pelo Governo para a Comissão Europeia. O montante da dívida pública previsto neste documento era de 81.380,7 milhões de euros, que equivale a 60,8 por cento daquele valor do PIB.
Por SWDFWDS
Quarta-feira, 16 de Fevereiro de 2005
O montante da dívida pública no final de Janeiro era de 91.993 milhões de euros, mais 1,4 por cento do que no final de 2004, informou o Instituto de Gestão do Crédito Público (IGCP). Face ao mesmo período do ano anterior, a dívida em Janeiro de 2005 representa um crescimento de 9,2 por cento.
No mês passado, foi emitida dívida no montante de 5669 milhões de euros e realizadas amortizações de 4433 milhões de euros, a que acresceram 18 milhões de euros, agrupados sob a designação de "Outros". A maior parte da dívida está denominada em euros, no total de 91.612 milhões de euros. Os principais instrumentos de emissão são as Obrigações do Tesouro de taxa fixa, que absorveram 57.024 milhões de euros, e os certificados de aforro, que cativaram 15.960 milhões de euros.
Os 90.739 milhões de euros verificados no final de Dezembro correspondem a 67,8 por cento do valor do Produto Interno Bruto (PIB) previsto no reporte semestral dos défices excessivos enviado pelo Governo para a Comissão Europeia. O montante da dívida pública previsto neste documento era de 81.380,7 milhões de euros, que equivale a 60,8 por cento daquele valor do PIB.
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