Caldeirão da Bolsa

Euro em alta está a travar crescimento da UE

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por marafado » 16/2/2005 2:05

Crescimento económico revisto em baixa


Correspondente em Berlim

O Gabinete Federal alemão de Estatística deitou por terra a esperança numa retoma económica no maior motor da União Europeia, ao ter de rever para baixo os dados relativos a 2004. No último trimestre, a economia alemã perdeu o fôlego, caindo 0,2%. Desta forma, o verdadeiro crescimento económico no ano transacto foi apenas 1,6%, em vez dos esperados 1,7%. O anúncio foi feito no dia em que a Comissão Europeia divulgou ter revisto também em baixa a previsão de crescimento do PIB na Zona Euro para o primeiro trimetre de 2005, situando-o num intervalo entre 0,2 e 0,5%.

Apesar do aumento notável das exportações, a conjuntura externa não foi suficiente para reter a queda da conjuntura interna, que continua sem força. Dois terços da produtividade económica recaem no consumo privado. Mas o aumento real quase nulo dos salários, nos últimos anos, o desemprego que atinge já mais de cinco milhões de pessoas e novos impostos, inquietaram de tal forma os alemães, em 2004, que pouco ou nada restou para gastar. O pouco dinheiro ganho com a reforma fiscal foi parar às bombas de gasolina e aos consultórios médicos, onde por cada consulta e por trimestre se tem de pagar 10 euros, para ajudar a tapar o enorme défice das caixas de saúde.



Maria Ermelinda Pedrosa
 
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por marafado » 16/2/2005 2:05

Subsídios de desemprego aumentaram 18% em 2004


A despesa do Estado registada com o subsídio de desemprego, em 2004, atingiu 1 338 016,9 mil euros, representando um crescimento na ordem dos 18,5% face ao ano anterior, segundo a Síntese de Execução do Orçamento da Segurança Social, de Dezembro a Janeiro de 2004, ontem divulgada no Boletim Informativo da Direcção-Geral do Orçamento.

Os números poderão ser relacionados com a evolução do desemprego no mesmo ano, quando o Instituto Nacional de Estatística divulgar, hoje, os registos relativos a 2004.

Na análise global, a DGO revela que a execução orçamental da Segurança Social gerou um saldo orçamental de 208 967,9 mil euros. A receita teve um acréscimo de 9,1% e a despesa total um acréscimo de 9,6%, em relação a 2003. Do lado da receita, as contribuições e cotizações cobradas até Dezembro atingiram 10 386 012, 4 mil euros, evidenciando um decréscimo de 0,6% e situando-se 3,8 pontos percentuais abaixo do orçamentado.

Em relação à Execução Orçamental de Janeiro de 2005, destaque para o aumento na receita do Imposto sobre o Tabaco, na ordem dos 150,8%, face a igual período de 2003, e para o acréscimo de 117% na de IRC. No IVA, deu-se uma quebra na receita, na ordem dos 26,4%.
 
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por marafado » 16/2/2005 2:04

Comércio de emissões entra hoje em vigor


O Protocolo de Quioto entra hoje em vigor, oito anos depois de ter sido assinado na cidade japonesa que lhe deu nome. A partir de hoje e ao abrigo do protocolo, os 159 países membros da Comissão das Nações Unidas para as Alterações Climáticas signatários do acordo terão de reduzir as emissões de seis substâncias químicas denominadas como gases com efeito de estufa (GEE).

Quinze mil empresas, das quais 241 portuguesas, entram, assim, no comércio de emissões, um sistema de compra e venda de direitos de poluição. O principal objectivo do sistema é garantir a redução das emissões poluentes, servindo o mecanismo também para promover mudanças na indústria.

Portugal ultrapassou, em 2002, as emissões que deveria atingir só em 2010, pelo que agora terá de fazer um esforço acrescido para cumprir as metas de Quioto. As empresas portuguesas serão, por isso, essencialmente, compradoras.

A redução das emissões poluentes é compatível com os objectivos financeiros das empresas, defendeu Júlia Seixas, da Universidade Nova de Lisboa, num debate promovido, ontem, pela Quercus. É possível às empresas ser competitivas porque "reduzir a emissão de dióxido de carbono significa reduzir energia, o que significa dinheiro", sublinhou. Segundo Carlos Abreu, da Secil, entre 1990 e 2004, a empresa aumentou a produção 36% e contribuiu para a redução das emissões em 12%, devido, entre outras medidas, à melhoria das instalações das suas fábricas
 
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por marafado » 16/2/2005 2:03

Segurança Social "tornou-se uma armadilha"


O presidente da Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS), Vítor Bento, alertou, ontem, na conferência "Debater Davos em Lisboa", para o colapso latente do sistema de Segurança Social português, caso não sejam feitas reformas políticas. "O modelo social europeu, que tanto sucesso permitiu nos últimos 50 anos, transformou-se numa armadilha", disse o economista, recordando que, há cinco décadas, Portugal tinha oito pessoas activas por cada reformado e que hoje em dia essa proporção está reduzida a quatro para um.

Ainda segundo o presidente da SIBS, as previsões a 50 anos apontam para apenas dois empregados por cada pensionista. Nesse período, o Vítor Bento não tem dúvidas de que "a Europa vai perder influência no Mundo".

O presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Rui Vilar, revelou-se mais optimista "Se nos alhearmos de indicadores trimestrais, o percurso do projecto europeu foi um grande sucesso; as exportações, mesmo com a valorização do euro, têm-se portado bem e a Alemanha conseguiu recentemente fazer reformas fundamentais", disse. Vilar acrescentou que Portugal tem conseguido gerar consensos sociais, sempre que necessários: "Os trabalhadores portugueses aceitaram, em diversas ocasiões, uma perda real de salários", lembrou.

Por seu turno, a economista Rosemary Radcliffe prevê que, a curto-prazo, Portugal tenha um crescimento moderado entre 1,9% e 2%, este ano, e entre 2,3% e 2,5%, em 2006. A consultora da PricewaterhouseCoopers considera que, "apesar de Portugal crescer acima da média europeia, crescerá menos que outros países menos ricos da Europa".

Segundo Radcliffe, a Europa terá um crescimento pouco sustentado "Os défices excessivos vão continuar, a não ser que se aumente os impostos ou reduza a despesa", resumiu.

As perspectivas pouco positivas dos conferencistas contrastam com as dos gestores de empresas. De acordo com um estudo da PricewaterhouseCoopers, divulgado no evento, 91% dos 1300 presidentes de grandes empresas de todo o Mundo acreditam que os objectivos de crescimento das respectivas companhias vão ser cumpridos.
 
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por marafado » 16/2/2005 2:03

54% da população tem computador


Um universo de 54% dos portugueses residentes no continente possuía computador, e 43% teve acesso à Internet, em 2004, segundo dados do Observatório da Sociedade da Informação e do Conhecimento (OSIC)/UMIC-Agência para a Sociedade do Conhecimento, relativos ao Inquérito à Utilização das Tecnologias da Informação e da Comunicação pela População Portuguesa, a que o JN teve acesso. Os números representam uma taxa média de crescimento anual de 11% e de 21%, respectivamente, face a 2003.

Só no primeiro trimestre de 2003, por comparação com igual período de 2002, o uso da Internet teve um crescimento de 53% e, em 2004, no mesmo trimestre, a taxa foi de 29%.

Os números levaram o presidente do OSIC, Roberto Carneiro, a sublinhar "Sendo inegável que Portugal partiu de uma situação notoriamente abaixo da média europeia em matéria de Sociedade de Informação, é também reconhecido que o nosso país vem revelando uma das mais elevadas taxas de recuperação do atraso estrutural de que padece", a ponto de admitir que, "a manter-se o ritmo é expectável que em 2010 Portugal se possa aproximar muito sensivelmente da média da UE".

O OSIC desvaloriza, assim, os números divulgados pela Comissão Europeia e que colocam Portugal no último lugar entre os 25 Estados, em matéria de utilizadores da Internet, em 2003, tal como o JN ontem noticiou. Aliás, a UMIC afirma discordar do próprio método utilizado no Eurobarómetro para apuramento do ranking comunitário, pondo em causa a representatividade da amostra utilizada, por comparação com outros métodos estatísticos.
 
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por marafado » 16/2/2005 2:02

Equilíbrio orçamental só vai chegar em 2010
debate "Impossível" baixar défice rapidamente, diz ex-governante Ludgero Marques lamenta que PME andem "arredadas" das atenções adelino meireles

Líder da AEP garante que a indústria portuguesa já está "preparada para o futuro"


O equilíbrio orçamental é "tecnicamente impossível" de atingir antes de 2010, defendeu ontem o ex-secretário de Estado do Orçamento, Fernando Pacheco, para quem essa meta vai exigir "sacrifícios e medidas duras".

O responsável, que integrou o Governo entre 1999 e 2001, falava num painel sobre Finanças Públicas no âmbito da 10ª Conferência do "Diário Económico", onde também Teodora Cardoso e António Carrapatoso concordaram que só cortando na despesa e acelerando o crescimento é possível equilibrar o défice que, em termos reais, ronda os 5% do PIB.

Para a economista, a redução da despesa deverá passar por implementar nos serviços públicos a "realocação" e "limitação" dos gastos a prazo e pela elaboração de Orçamentos de Estado plurianuais. Em alguns países, como a Nova Zelândia e a Irlanda, lembrou, estas medidas permitiram passar, em dois a três anos, de défices acima dos 10% para excedentes orçamentais.

O problema é de "eficiência da despesa", afirmou, defendendo, como Fernando Pacheco, a "penalização" e "responsabilização" do ministro das Finanças quando não se cumprirem os limites da despesa.

Também o promotor do "Compromisso Portugal", que garantiu não defender "políticas neoliberais", afirmou que a redução da despesa para os "desejáveis" 40% do PIB vai exigir "muitos sacrifícios" e uma "definição do papel do Estado". "Não devemos ter medo das palavras o número de funcionários públicos tem de baixar significativamente", alertou.

Teodora Cardoso e Fernando Pacheco também admitiram que pode haver serviços melhor desempenhados por privados, mas sublinharam que o mais grave não é o número de funcionários. "O problema é o que ganham e, em muitos casos, as reformas, muito onerosas", disse Teodora, que integra o Conselho Económico do PS. A solução, explicou Fernando Pacheco, pode passar por uniformizar os aumentos, ou seja, por "acabar com o sistema de carreiras".

No segundo painel, dedicado à competitividade, o líder da Associação Empresarial de Portugal, Ludgero Marques, lamentou que "a economia das PME ande arredada da atenção" dos políticos, que parecem preocupar-se apenas com as grandes empresas.

Vasco de Mello, por seu lado, apelou à urgência da reforma da Justiça e à necessidade de "celeridade" e "transparência" em processos dependentes do Estado, como concursos públicos.

O ex-ministro da Economia, Pina Moura sublinhou que as empresas portuguesas devem abrir-se à concorrência, sobretudo nos sectores da energia e telecomunicações, onde "a liberalização que houve foi insuficiente e incompleta".
 
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por marafado » 16/2/2005 2:01

Inflação cai para o valor mais baixo em quatro anos



Uma quebra de 0,5 pontos percentuais no cabaz de preços no consumidor, em Janeiro, provocou uma descida maior que o esperado da inflação - a taxa média anual recuou para 2,3%, enquanto a inflação homóloga caiu para 2%, o valor mais baixo dos últimos quatro anos, de acordo com os números divulgados ontem pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O orçamento das famílias portuguesas foi 'aliviado' pela redução de 7,1% no vestuário e calçado, "devido ao efeito dos saldos", a par da descida nos preços dos produtos alimentares e nas comunicações. Ao contrário, as despesas de Educação (+1,5%( e da habitação, água, electricidade e gás (1.5%) ficaram mais caras.
 
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por marafado » 16/2/2005 2:00

comentário
Brisa e EDP puxam mercado



A valorização das acções da Brisa e da EDP permitiram à Euronext Lisboa registar ganhos de 0,13%. E o mercado só não subiu mais porque PT e BCP fecharam negativas. No total da sessão negociaram-se 39,2 milhões de acções, cerca de 101,5 milhões de euros, tendo a Sonae SGPS sido o papel mais líquido. A casa--mãe da Sonae avançou 1,7%, com os investidores a aplaudirem a venda da participação da Gescartão. Entretanto, a UBS e a Millennium BCP Investimentos reviram em alta os respectivos preços-alvo para a Sonae SGPS. A EDP subiu 0,87% em sintonia com as congéneres espanholas e a Brisa avançou 1,13%, estimulada por uma recomendação favorável da UBS. A subir estiveram ainda a Sonaecom, Semapa e Novabase. Pelo contrário, BCP (-0,47%), Portugal Telecom (-0,42%), Cofina (-0,4%), BPI (-0,6%) e Corticeira Amorim (-08%) arrefeceram o entusiasmo dos investidores. Os principais mercados europeus também fecharam em alta, suportados pelos sectores petrolífero e mineiro, com os investidores a mostrarem satisfação com alguns resultados empresariais. A sessão de hoje será marcada pela divulgação de mais indicadores económicos e em particular pelo testemunho do presidente da Fed no Senado norte-americano.
 
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por marafado » 16/2/2005 1:59

comentário cambial
Euro resiste a fraca retoma



O euro subiu ontem ligeiramente, transaccionando-se a 1,2983 dólares, apesar de Bruxelas ter revelado um novo arrefecimento da economia no último trimestre de 2004, com o PIB da Alemanha, o motor europeu, a registar mesmo uma quebra de 0,2% (ver página 29). A explicação é simples - os investidores preferiram não arriscar demasiado, ates do discurso de hoje de Alan Greenspan, o presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) e acabaram mesmo por penalizar o dólar depois de anunciada uma quebra nas vendas a retalho nos EUA e dos investimento estrangeiro em activos norte-americanos terem, inesperadamente, caído para 61,3 mil milhões de dólares em Dezembro, menos 31,4% que no mês anterior. O forte investimento estrangeiro, que em Novembro tinha atingido o nível mais alto desde 2003, estava a alimentar a procura de dólares e a expectativa de que os EUA pudessem financiar o seu enorme défice da balança corrente sem ter de recorrer a uma maior depreciação da moeda.
 
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por marafado » 16/2/2005 1:58

assembleia geral Semapa quer mais administradores



A eleição de dois novos administradores da Semapa, alargando os membros do Conselho de Administração para onze, vai estar em cima da mesa da próxima Assembleia Geral da empresa, marcada para 30 de Março. Os accionistas deliberarão ainda sobre o regime de reforma dos administradores.
 
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por marafado » 16/2/2005 1:57

fundos Redevco investe em Portugal



O fundo imobiliário Redevco vai aumentar a sua carteira de activos em Portugal e Espanha em 250 milhões de euros, para perto de 750 milhões, até 2009. Javier Hortellano, director-geral para a Península Ibérica, disse à Lusa que a empresa pretende manter 85% da sua carteira em imóveis comerciais.
 
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por marafado » 16/2/2005 1:56

construção Sacyr desiste de 3,1% do BBVA



A Sacyr desistiu da compra de 3,1% do capital do BBVA e avançou mesmo com a venda dos 0,4781% que detinha no capital social do banco. Com esta operação, a construtora conseguiu mais-valias entre os 140 e os 150 milhões de euros, anunciou em comunicado à reguladora do mercado de capitais espanhola.
 
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por marafado » 16/2/2005 1:56

Gescartão sem dividendos


evolução. Europac passa a 2º produtor ibérico com Gescartão

A Europac vai manter a sua estratégia restritiva em relação à distribuição de dividendos na Gescartão. "Preferimos aplicar as nossas facilidades de tesouraria em investimento", sustentou José Miguel Isidro. "A criação de valor para o accionista faz-se pelo crescimento da empresa e pela valorização das acções", afirmou o mesmo responsável. Ainda ontem, em comunicado distribuído pela CMVM, a Europac referia que a Caja Madrid tinha avaliado a Gescartão em 16,46 euros por acção, o que é 21% superior ao preço pago pela empresa à Sonae na passada semana. A Gescartão está avaliada em 329,2 milhões de euros. Com a consolidação da Gescartão, a Europac vai fazer crescer o volume de negócios em 40%, o EBITDA em 55% e o resultado antes de impostos em 73%. Em papel de embalagem, o novo conglomerado terá 20% do mercado ibérico, enquanto que no cartão ondulado representará 7%. Passará a ser o segundo produtor de papel para cartão e o quinto em cartão. Entretanto, a Europac prepara já vários projectos de investimento na região do Alentejo, que faziam parte do acordo a que chegou com o Governo. Os projectos, estes ainda em parceria com a Sonae, implicam, para já, um investimento de 12 milhões de euros na Sulpac (fábrica de Mourão), que poderá ter um novo alento com o aproveitamento do Alqueva. Em Sines, através da I-Paper, o investimento inicial é de nove milhões de euros. A Europac tem ainda em estudo investimentos na região de mais 20 milhões de euros.
 
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por marafado » 16/2/2005 1:55

Ambiente 'barra' Gescartão em Viana
Empresa tutelada pelos espanhóis da Europac devia investir 125 milhões

márcio alves candoso

A Europac gostaria de "nunca ter que vir a realizar" o investimento numa instalação fabril em Viana do Castelo, a que está obrigada por lei. Mas José Miguel Isidro, presidente da empresa espanhola que no final da semana passada passou a controlar a Gescartão, afirma que cumprirá com todas as suas obrigações.

O aparente paradoxo foi ontem tema da conferência de Imprensa que a Europac levou a cabo em Lisboa. O caso reporta-se ao encerramento da fábrica da Gescartão em Mourão e aos investimentos que, por esse facto, o consórcio que então dirigia a empresa (para além da Europac também a Sonae) ficou obrigado, entre os quais avultam cerca de 125 milhões de euros em Viana do Castelo.

Todavia, dois anos após terem avançado com o processo de construção, os gestores da Gescartão/Europac viram-no 'chumbado' pelo Governo, por questões de impacto ambiental. Agora, a Europac está a reformular o projecto de modo a que possa ser viabilizado. Mas a vontade de o alterar significativamente não é muita. José Miguel Isidro salientou que as diferenças do novo projecto em relação ao inicial "rondam os 0,5%".

Nunca se furtando ao cumprimento daquilo a que se obrigou, o presidente da Europac sempre foi dizendo que o mercado ibérico de papéis e cartão de embalagem "está hoje muito diferente do que era há dois anos, quando a questão se pôs". Isidro elencou várias novas fábricas de concorrentes da Europac/Gescartão que entretanto aumentaram a capacidade instalada na Península. Diz-se disposto a renegociar com o Governo.

A Gescartão, uma empresa presente no índice PSI-20, vai entretanto comprar vários dos activos que a Europac mantém em Portugal, entre os quais avulta a Fábrica de Papel do Ave (Ovar), para além de duas outras participações minoritárias. José Miguel Isidro ainda não soube adiantar se a operação implicaria um aumento de capital da Gescartão ou se o desenho seria outro. Certezas só na manutenção do nível de dispersão de capital em Bolsa. A Gescartão, segundo o presidente da sua accionista maioritária, tem actualmen- te um free-float de 19%. "Os nossos bancos queriam que ficássemos com cerca de 80% do capital, após a compra à Sonae, embora a nós nos bastasse 75%, que é suficiente para ter voz única na distribuição de dividendos", sustentou Isidro.
 
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por marafado » 16/2/2005 1:55

Congresso Sector corticeiro em debate



O congresso "Sobreiros, Fábricas e Comerciantes" tem início hoje na localidade catalã de Palafrugell e deverá reunir empresários e investigadores de todo o mundo, incluindo inúmeros portugueses. A exportação de produtos corticeiros subiu 1,92% no primeiro semestre de 2004 em Portugal, que produz 54% da cortiça mundial.
 
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por marafado » 16/2/2005 1:54

Oni apresenta queixa contra PT



A Oni apresentou uma queixa na Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom) contra a Portugal Telecom, por atrasos na transferência de clientes da operadora histórica para a Oni, revelou à agência Lusa fonte oficial da empresa de telecomunicações.

"A Oni entregou uma queixa, por carta, na Anacom devido a atrasos e irregularidades na transferência de lacetes locais [último troço da rede de telecomunicações, da central local ao domicílio do cliente]" em casos de portabilidade de número [o cliente muda de operador mas fica com o mesmo número]. Segundo a empresa, o resultado destas situações foi "que os clientes passaram 23 a 77 horas sem acesso telefónico", mais do que legalmente admissível. A regulamentação determina a existência de três períodos no dia, de três horas cada, em que é feita a transferência do lacete, para assegurar que os clientes não fiquem mais do que essas três horas sem ligação telefónica, explicou.

A Oni diz que registou "17 casos de lacetes locais com transferência agendada para 30 de Dezembro de 2004" e "mais seis" na primeira semana de Fevereiro, cuja "transferência não foi concretizada nos períodos acordados e que obrigaram a pedidos de intervenção junto da PT Comunicações, que reconheceu a sua responsabilidade".

Contactada pelo DN, a Portugal Telecom "estranhou a queixa", mas não a comentou, por ainda não ter recebido qualquer notificação da Anacom.
 
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por marafado » 16/2/2005 1:53

os bons e os maus exemplos
Economia alemã em contracção



A economia da Alemanha, o motor da zona euro, sofreu uma quebra de 0,2% nos últimos três meses do ano passado, a primeira contracção do produto interno bruto (PIB) em mais de um ano. A explicação para o arrefecimento está na forte quebra do consumo interno, apenas parcialmente compensada pela subida das exportações.
Espanha cresce a ritmo forte

Espanha deu mais uma lição de economia sã - o PIB cresceu 0,8% no quarto trimestre de 2004, bastante acima da média da zona euro. A retoma está a ser dinamizada por um recuo do desemprego e taxas de juro baixas que encorajam o consumo. Para 2005, o governo espanhol prevê uma taxa de crescimento de 2,9%, contra os 1,8% esperados para os Doze.
 
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Euro em alta está a travar crescimento da UE

por marafado » 16/2/2005 1:52

Euro em alta está a travar crescimento da UE



eva cabral
Helena santareno AP



A valorização do euro - ou melhor, a fragilidade do dólar devido ao problema do défice gémeo dos EUA - está a esmagar as exportações europeias, 'obrigando' a rever em baixa do crescimento da economia. De acordo com as projecções da Comissão Europeia, ontem divulgadas pelo Eurostat, o produto interno bruto (PIB) dos Doze cresceu apenas 0,2% no último trimestre de 2004 (ver quadros) e deverá expandir-se entre 0,2% e 0,6% no primeiro e segundo trimestres de 2005, menos 0,1 pontos que a projecção anterior.

Com a concorrência dos gigantes da Ásia, designadamente a China, os exportadores europeus acabam por ser esmagados, não conseguindo colocar os seus produtos, o que fragiliza a retoma europeia. E que, inevitavelmente, irá reflectir-se na economia portuguesa, alertam empresários e economistas.

Sempre presente, até nos cenários mais optimistas, a China é já a 'ameaça' que os empresários têm em linha de conta na hora de decidir. Para o bem e para o mal.

Por isso, a associação dos industriais de calçado - APICAPS - decidiu investir no gigante asiático. Já este ano, em Abril e em Setembro, alguns dos seus associados estarão presentes nas feiras de Xangai e de Guangdong.

"A China é um concorrente de peso, mas 5% dos chineses têm um poder de compra elevado, o que significa 65 milhões de habitantes. São pessoas com gostos ocidentais - europeu ou americano - que procuram produtos ocidentais de qualidade", diz ao DN Paulo Gonçalves, presidente da APICCAPS, referindo a promoção nos mercados externos (como a Rússia) e a inovação (nomeadamente o lançamento de componentes ecológicos e anti-bacterianos que distingam o produto) como as principais apostas do sector.

Para Paulo Nunes de Almeida, presidente da associação dos têxteis e vestuário (ATP), "o que se verifica é que a economia alemã não recupera e acaba por influenciar negativamente todas as economias da zona euro". Por outro lado, diz, "o euro forte retira competitividade às empresas, reduzindo níveis de produção, prejudicando a sua performance". E a 'entrada' da China no comércio internacional introduziu alterações profundas. "Há um novo player no mercado mundial - a China - que, por agora, retira às empresas europeias a facilidade de competir. No sector têxtil, por exemplo, impõe uma concorrência fortíssima. Mas elas podem, no futuro, aproveitar o crescimento da própria China, que é um mercado apetecível. Ou seja, é fundamental que as exportações cresçam, mas isso só se faz com a internacionalização", conclui.
 
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