Mercado penaliza Citigroup
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Confiança dos investidores germânicos sobe fortemente em Fevereiro
Notícia agenciafinanceira.com
(15/02/05)-(Agência Financeira) Tal progressão não era esperada pelos analistas ouvidos pela agência Bloomberg, cuja média de previsões apontava para uma leitura a 30 pontos.
A baixa do euro face ao dólar, que alivia a pressão sobre o sector exportador, é avançada como principal razão para a subida acentuada deste indicador que tinha invertido em Dezembro a tendência descendente dos últimos meses.
O índice ZEW mede a confiança dos investidores institucionais e dos analistas e é divulgado alguns dias antes do índice IFO, que avalia a confiança dos empresários da primeira economia da Europa.
O índice de confiança dos investidores na Zona Euro, igualmente calculado pelo ZEW, registou também uma forte progressão subindo para pontos contra 36 pontos em Janeiro, quando os analistas esperavam uma leitura a 32 pontos.
Sandra Pedro
Notícia agenciafinanceira.com
(15/02/05)-(Agência Financeira) Tal progressão não era esperada pelos analistas ouvidos pela agência Bloomberg, cuja média de previsões apontava para uma leitura a 30 pontos.
A baixa do euro face ao dólar, que alivia a pressão sobre o sector exportador, é avançada como principal razão para a subida acentuada deste indicador que tinha invertido em Dezembro a tendência descendente dos últimos meses.
O índice ZEW mede a confiança dos investidores institucionais e dos analistas e é divulgado alguns dias antes do índice IFO, que avalia a confiança dos empresários da primeira economia da Europa.
O índice de confiança dos investidores na Zona Euro, igualmente calculado pelo ZEW, registou também uma forte progressão subindo para pontos contra 36 pontos em Janeiro, quando os analistas esperavam uma leitura a 32 pontos.
Sandra Pedro
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Subsídios e grande distribução ameaçam segurança alimentar dos países pobres
Lusa
As subvenções pagas pelos países ricos aos seus agricultores e os preços impostos pela grande distribuição ameaçam a segurança alimentar dos países em desenvolvimento, denunciou hoje a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
Num relatório intitulado "A situação dos mercados dos produtos agrícolas em 2004", a FAO considera que "a tendência para a baixa a longo prazo dos preços reais dos produtos agrícolas de base ameaça a segurança alimentar de centenas de milhões de pessoas nos países mais pobres do mundo em desenvolvimento".
"Os problemas são agravados pelas distorções do mercado causadas pelos direitos alfandegários e pelas subvenções atribuídas nos países desenvolvidos (à) e o poder económico de certas cadeias de distribuição controladas por multinacionais", acrescenta a agência internacional.
Os direitos alfandegários elevados e os subsídios aos agricultores limitam o acesso ao mercado dos países ricos e deprimem os preços dos produtos de base, explica a FAO.
A baixa dos preços é particularmente dramática para os países especializados na exportação de um pequeno número de produtos, de que dependem para financiar as suas próprias importações alimentares, sublinha a organização internacional.
"Numerosos produtores e países exportadores encontram-se presos na armadilha desta dependência: produzem e exportam mais, ganhando menos do que no passado", sublinha o relatório.
Segundo a FAO, 43 países dependem de um só produto representando mais de 20 por cento das receitas totais das exportações de mercadorias como o açúcar, o café, a banana ou o algodão.
A FAO apelou à Organização Mundial do Comércio (OMC) para que dê a prioridade à redução dos direitos alfandegários e das subvenções dos países desenvolvidos.
Os países em desenvolvimento são também chamados a reduzir as protecções alfandegárias "para encorajar o comércio entre eles, permitindo que os consumidores aproveitem a baixa dos produtos mundiais".
A OMC lançou em 2001 um ciclo de negociações dito "de Doha" que visa a liberalização do comércio mundial ao serviço do desenvolvimento dos países pobres.
Estes exigem o fim das ajudas dadas pelos países ricos aos seus agricultores e recorreram à OMC para contestar as ajudas da União Europeia e dos Estados aos produtores de açúcar e algodão.
Lusa
As subvenções pagas pelos países ricos aos seus agricultores e os preços impostos pela grande distribuição ameaçam a segurança alimentar dos países em desenvolvimento, denunciou hoje a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
Num relatório intitulado "A situação dos mercados dos produtos agrícolas em 2004", a FAO considera que "a tendência para a baixa a longo prazo dos preços reais dos produtos agrícolas de base ameaça a segurança alimentar de centenas de milhões de pessoas nos países mais pobres do mundo em desenvolvimento".
"Os problemas são agravados pelas distorções do mercado causadas pelos direitos alfandegários e pelas subvenções atribuídas nos países desenvolvidos (à) e o poder económico de certas cadeias de distribuição controladas por multinacionais", acrescenta a agência internacional.
Os direitos alfandegários elevados e os subsídios aos agricultores limitam o acesso ao mercado dos países ricos e deprimem os preços dos produtos de base, explica a FAO.
A baixa dos preços é particularmente dramática para os países especializados na exportação de um pequeno número de produtos, de que dependem para financiar as suas próprias importações alimentares, sublinha a organização internacional.
"Numerosos produtores e países exportadores encontram-se presos na armadilha desta dependência: produzem e exportam mais, ganhando menos do que no passado", sublinha o relatório.
Segundo a FAO, 43 países dependem de um só produto representando mais de 20 por cento das receitas totais das exportações de mercadorias como o açúcar, o café, a banana ou o algodão.
A FAO apelou à Organização Mundial do Comércio (OMC) para que dê a prioridade à redução dos direitos alfandegários e das subvenções dos países desenvolvidos.
Os países em desenvolvimento são também chamados a reduzir as protecções alfandegárias "para encorajar o comércio entre eles, permitindo que os consumidores aproveitem a baixa dos produtos mundiais".
A OMC lançou em 2001 um ciclo de negociações dito "de Doha" que visa a liberalização do comércio mundial ao serviço do desenvolvimento dos países pobres.
Estes exigem o fim das ajudas dadas pelos países ricos aos seus agricultores e recorreram à OMC para contestar as ajudas da União Europeia e dos Estados aos produtores de açúcar e algodão.
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Red Electrica cumpre previsões e ganha 14,3% em 2004
DE
A Red Electrica registou um lucro líquido atribuível de 132,4 milhões de euros em 2004, mais 14,3% do que no ano anterior.
Segundo um comunicado hoje divulgado pela empresa, o resultado obtido encontra-se em linha com as previsões dos analistas, que esperavam um benefício de 132 milhões de euros.
O resultado de exploração antes de amortizações (BITDA) avançou 9,8% para os 478,9 milhões de euros, enquanto o resultado operativo (EBIT)totalizou os 272,7 milhões de euros, um valor que representa um crescimento de 10,7%.
As estimativas dos analistas apontavam para um EBITDA de 474 milhões de euros e um EBIT de 272 milhões de euros.
DE
A Red Electrica registou um lucro líquido atribuível de 132,4 milhões de euros em 2004, mais 14,3% do que no ano anterior.
Segundo um comunicado hoje divulgado pela empresa, o resultado obtido encontra-se em linha com as previsões dos analistas, que esperavam um benefício de 132 milhões de euros.
O resultado de exploração antes de amortizações (BITDA) avançou 9,8% para os 478,9 milhões de euros, enquanto o resultado operativo (EBIT)totalizou os 272,7 milhões de euros, um valor que representa um crescimento de 10,7%.
As estimativas dos analistas apontavam para um EBITDA de 474 milhões de euros e um EBIT de 272 milhões de euros.
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UBS sobe preço-alvo da Brisa para 8,1€
DE
Os analistas do banco de investimento suíço UBS revelaram hoje ter revisto em alta de 7,75 para 8,1€ o seu 'price target' para os papéis da concessionária de auto-estradas, justificando a sua decisão com um "ajuste técnico".
Na mesma nota de research, o UBS aumentou ainda pelas mesmas razões o seu preço-alvo para a Sonae SGPS de 1,27 para 1,35€, tendo mantido a sua recomendação de "Compra 2" para ambos os papéis.
DE
Os analistas do banco de investimento suíço UBS revelaram hoje ter revisto em alta de 7,75 para 8,1€ o seu 'price target' para os papéis da concessionária de auto-estradas, justificando a sua decisão com um "ajuste técnico".
Na mesma nota de research, o UBS aumentou ainda pelas mesmas razões o seu preço-alvo para a Sonae SGPS de 1,27 para 1,35€, tendo mantido a sua recomendação de "Compra 2" para ambos os papéis.
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Economia diminui 0,2% entre Outubro e Dezembro de 2004
DE
O Produto Interno Bruto (PIB) germânico contraiu-se inesperadamente no quarto trimestre do ano, surpreendendo os analistas, os quais esperavam um crescimento de 0,2%, e lançando ondas de choque por toda a Zona Euro, ao revelar que a maior economia europeia esteve à beira da recessão no final de 2004.
Segundo os dados hoje divulgados pelo Gabinete Federal de Estatística de Wiesbaden, no terceiro trimestre de 2004 o PIB alemão estagnou, o que, combinado com a contracção verificada no quarto trimestre, significa que a economia alemã esteve muito próxima da recessão, a qual é tradicionalmente definida como dois trimestres consecutivos de quebra do PIB.
Segundo os analistas, os números alemães são "algo catastróficos" e ameaçam as estimativas de crescimento da zona euro que serão hoje divulgadas às 10h00 pelo Eurostat, embora as prestações fortes da Espanha e da França deverão ser suficientes para assegurar o crescimento de 0,4% para os Doze esperado pelos peritos.
DE
O Produto Interno Bruto (PIB) germânico contraiu-se inesperadamente no quarto trimestre do ano, surpreendendo os analistas, os quais esperavam um crescimento de 0,2%, e lançando ondas de choque por toda a Zona Euro, ao revelar que a maior economia europeia esteve à beira da recessão no final de 2004.
Segundo os dados hoje divulgados pelo Gabinete Federal de Estatística de Wiesbaden, no terceiro trimestre de 2004 o PIB alemão estagnou, o que, combinado com a contracção verificada no quarto trimestre, significa que a economia alemã esteve muito próxima da recessão, a qual é tradicionalmente definida como dois trimestres consecutivos de quebra do PIB.
Segundo os analistas, os números alemães são "algo catastróficos" e ameaçam as estimativas de crescimento da zona euro que serão hoje divulgadas às 10h00 pelo Eurostat, embora as prestações fortes da Espanha e da França deverão ser suficientes para assegurar o crescimento de 0,4% para os Doze esperado pelos peritos.
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Petróleo estabiliza depois de subida na segunda-feira
DE
Os preços do crude encontram-se pouco alterados no início da sessão de hoje, depois de ontem uma cobertura de posições curtas por parte dos investidores ter levado a um aumento dos preços.
Deste modo, às 8h35 o barril de Brent (petróleo de referência na Europa) para entrega em Abril era transaccionado na Bolsa Internacional do Petróleo de Londres (IPE) a 45,59 dólares, mais seis cêntimos do que no fecho de segunda-feira.
À mesma hora, o contrato de Abril do Light Sweet Crude (petróleo de referência na América do Norte e Ásia) era negociado no NYMEX de Nova Iorque a 48,06 dólares, mais 62 cêntimos do que no término da última sessão.
Segundo os analistas, o sentimento de alta dos mercados está a ser reforçado pelas declarações do Secretário-Geral da OPEP, Adnan Shihab-Eldin, de que o cartel não colocou de parte a tomada de medidas destinadas a sustentar os preços aquando da sua próxima reunião, em meados de Março.
DE
Os preços do crude encontram-se pouco alterados no início da sessão de hoje, depois de ontem uma cobertura de posições curtas por parte dos investidores ter levado a um aumento dos preços.
Deste modo, às 8h35 o barril de Brent (petróleo de referência na Europa) para entrega em Abril era transaccionado na Bolsa Internacional do Petróleo de Londres (IPE) a 45,59 dólares, mais seis cêntimos do que no fecho de segunda-feira.
À mesma hora, o contrato de Abril do Light Sweet Crude (petróleo de referência na América do Norte e Ásia) era negociado no NYMEX de Nova Iorque a 48,06 dólares, mais 62 cêntimos do que no término da última sessão.
Segundo os analistas, o sentimento de alta dos mercados está a ser reforçado pelas declarações do Secretário-Geral da OPEP, Adnan Shihab-Eldin, de que o cartel não colocou de parte a tomada de medidas destinadas a sustentar os preços aquando da sua próxima reunião, em meados de Março.
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Dólar aguarda por números do fluxo de capitais nos EUA
DE
A divisa norte-americana encontra-se estabilizada nos mercados cambiais, com os investidores à espera dos números que serão hoje divulgados relativos ao fluxo de capitais na maior economia do mundo.
Deste modo, às 9h30 o euro era transaccionado nos mercados cambiais a 1,2984 dólares, contra 1,2975 dólares no fecho de segunda-feira e depois de ter variado entre os 1,2955 e os 1,2996 dólares durante a madrugada.
Segundo os analistas, os números do fluxo de capitais nos Estados Unidos irão permitir medir o apetite dos investidores internacionais por activos norte-americanos, demonstrando assim como os EUA estão a conseguir financiar o seu défice.
Os peritos chamam ainda a atenção para os discursos que o presidente da Reserva Federal, Alan Greenspan, irá efectuar hoje e amanhã aos comités do Congresso, os quais irão ser seguidos atentamente para ver se este irá repetir ou não os comentários animadores efectuados este mês em Londres relativamente às perspectivas de evolução da Conta Corrente norte-americana.
O iene japonês encontra-se por seu turno estável perante o euro e em alta face ao dólar, sendo que às 8h30 o euro valia 136,20 ienes e o dólar 105,04 ienes, contra 136,20 e 104,96 ienes no término da última sessão, respectivamente.
DE
A divisa norte-americana encontra-se estabilizada nos mercados cambiais, com os investidores à espera dos números que serão hoje divulgados relativos ao fluxo de capitais na maior economia do mundo.
Deste modo, às 9h30 o euro era transaccionado nos mercados cambiais a 1,2984 dólares, contra 1,2975 dólares no fecho de segunda-feira e depois de ter variado entre os 1,2955 e os 1,2996 dólares durante a madrugada.
Segundo os analistas, os números do fluxo de capitais nos Estados Unidos irão permitir medir o apetite dos investidores internacionais por activos norte-americanos, demonstrando assim como os EUA estão a conseguir financiar o seu défice.
Os peritos chamam ainda a atenção para os discursos que o presidente da Reserva Federal, Alan Greenspan, irá efectuar hoje e amanhã aos comités do Congresso, os quais irão ser seguidos atentamente para ver se este irá repetir ou não os comentários animadores efectuados este mês em Londres relativamente às perspectivas de evolução da Conta Corrente norte-americana.
O iene japonês encontra-se por seu turno estável perante o euro e em alta face ao dólar, sendo que às 8h30 o euro valia 136,20 ienes e o dólar 105,04 ienes, contra 136,20 e 104,96 ienes no término da última sessão, respectivamente.
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Crescimento económico abranda inesperadamente no quarto trimestre
DE
A expansão da economia dos Doze foi de apenas 0,2% entre Outubro e Dezembro face ao trimestre anterior, o valor mais fraco registado nos últimos 18 meses e apenas metade do crescimento de 0,4% esperado pelos analistas.
Segundo as estimativas preliminares hoje avançadas pelo Gabinete Europeu de Estatística (Eurostat), relativamente ao trimestre homólogo de 2003, o PIB dos Doze cresceu 1,6% no quarto trimestre de 2004, menos do que os 1,8% calculados pelos peritos.
A mesma fonte adiantou ainda que, na totalidade de 2004, a economia da Zona Euro expandiu-se em 2%.
Estes números da zona euro foram afectados particularmente pelo comportamento decepcionante da economia alemã, a qual se contraíu em 0,2% no quarto trimestre face aos três meses anteriores, apesar da boa 'performance' da França e Espanha, onde o crescimento trimestral foi de 0,7 e 0,8%, respectivamente.
DE
A expansão da economia dos Doze foi de apenas 0,2% entre Outubro e Dezembro face ao trimestre anterior, o valor mais fraco registado nos últimos 18 meses e apenas metade do crescimento de 0,4% esperado pelos analistas.
Segundo as estimativas preliminares hoje avançadas pelo Gabinete Europeu de Estatística (Eurostat), relativamente ao trimestre homólogo de 2003, o PIB dos Doze cresceu 1,6% no quarto trimestre de 2004, menos do que os 1,8% calculados pelos peritos.
A mesma fonte adiantou ainda que, na totalidade de 2004, a economia da Zona Euro expandiu-se em 2%.
Estes números da zona euro foram afectados particularmente pelo comportamento decepcionante da economia alemã, a qual se contraíu em 0,2% no quarto trimestre face aos três meses anteriores, apesar da boa 'performance' da França e Espanha, onde o crescimento trimestral foi de 0,7 e 0,8%, respectivamente.
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Índice ZEW sobe acima do esperado em Fevereiro
DE
O indicador do instituto económico alemão ZEW que mede a confiança dos investidores alemães aumentou para os 35,9 pontos este mês, contra os 26,9 pontos verificados em Janeiro e acima dos 30 pontos previstos em média pelos analistas.
Segundo os números hoje divulgados pelo instituto sediado em Mannheim, o seu índice das condições correntes de negócio melhorou em Fevereiro para os -58,7 pontos, fadce aos -61,2 pontos registados no mês anterior, enquanto as expectativas futuras para a zona euro subiram de 29,9 para os 36,0 pontos.
O índice ZEW é considerado como um indicador relativo à direcção que o índice do instituto Ifo para o sentimento do clima de negócios irá tomar, o qual é um indicador muito mais importante para medir a saúde da maior economia europeia.
Em adição, foi hoje revelado pelo Gabinete Federal de Estatística de Wiesbaden que a economia alemã se contraiu em 0,2% no quarto trimestre de 2004, depois de ter estagnado no terceiro trimestre, econtrando-se assim a Alemanha muito próxima de uma recessão técnica no final do ano passado.
DE
O indicador do instituto económico alemão ZEW que mede a confiança dos investidores alemães aumentou para os 35,9 pontos este mês, contra os 26,9 pontos verificados em Janeiro e acima dos 30 pontos previstos em média pelos analistas.
Segundo os números hoje divulgados pelo instituto sediado em Mannheim, o seu índice das condições correntes de negócio melhorou em Fevereiro para os -58,7 pontos, fadce aos -61,2 pontos registados no mês anterior, enquanto as expectativas futuras para a zona euro subiram de 29,9 para os 36,0 pontos.
O índice ZEW é considerado como um indicador relativo à direcção que o índice do instituto Ifo para o sentimento do clima de negócios irá tomar, o qual é um indicador muito mais importante para medir a saúde da maior economia europeia.
Em adição, foi hoje revelado pelo Gabinete Federal de Estatística de Wiesbaden que a economia alemã se contraiu em 0,2% no quarto trimestre de 2004, depois de ter estagnado no terceiro trimestre, econtrando-se assim a Alemanha muito próxima de uma recessão técnica no final do ano passado.
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PT e Cofina com potencial de valorização superior a 20%
Lusa
A Portugal Telecom (PT) e a Cofina têm o maior potencial de valorização, superior a 20 por cento, entre as cinco acções da carteira desta semana do Millennium bcp investimento, de acordo com o relatório semanal do ActivoBank.
Destes papéis, a 'holding' liderada por Paulo Fernandes e a Sonaecom são os dois investimentos considerados de risco alto, sendo os restantes de médio risco.
À Cofina foi reiterado o preço-alvo para o final deste ano de 5,45 euros, o que representa um potencial de valorização de 24,7 por cento face aos 4,37 euros a que estava a transaccionar na Euronext Lisboa (09h12 horas).
A PT tem um preço-alvo de 11,55 euros, o que está 22 por cento acima da cotação actual (9,47 euros).
Para a outra empresa do grupo, a PT Multimédia, o Millennium bcp investimento manteve a avaliação de 23,05 euros por acção, valor que representa um potencial de valorização de 15,4 por cento face aos 19,97 euros a que transaccionava.
À EDP foi reiterado o preço-alvo de 2,7 euros, o qual está 17,4 por cento face dos actuais 2,30 euros.
Para Sonaecom, que entrou na carteira desta semana a substituir a Jerónimo Martins, o Millennium bcp investimento atribui com uma avaliação de 4,85 euros por acção, o que corresponde a um potencial de subida de 13,6 por cento face aos 4,27 euros a que estava a transaccionar na bolsa portuguesa.
Lusa
A Portugal Telecom (PT) e a Cofina têm o maior potencial de valorização, superior a 20 por cento, entre as cinco acções da carteira desta semana do Millennium bcp investimento, de acordo com o relatório semanal do ActivoBank.
Destes papéis, a 'holding' liderada por Paulo Fernandes e a Sonaecom são os dois investimentos considerados de risco alto, sendo os restantes de médio risco.
À Cofina foi reiterado o preço-alvo para o final deste ano de 5,45 euros, o que representa um potencial de valorização de 24,7 por cento face aos 4,37 euros a que estava a transaccionar na Euronext Lisboa (09h12 horas).
A PT tem um preço-alvo de 11,55 euros, o que está 22 por cento acima da cotação actual (9,47 euros).
Para a outra empresa do grupo, a PT Multimédia, o Millennium bcp investimento manteve a avaliação de 23,05 euros por acção, valor que representa um potencial de valorização de 15,4 por cento face aos 19,97 euros a que transaccionava.
À EDP foi reiterado o preço-alvo de 2,7 euros, o qual está 17,4 por cento face dos actuais 2,30 euros.
Para Sonaecom, que entrou na carteira desta semana a substituir a Jerónimo Martins, o Millennium bcp investimento atribui com uma avaliação de 4,85 euros por acção, o que corresponde a um potencial de subida de 13,6 por cento face aos 4,27 euros a que estava a transaccionar na bolsa portuguesa.
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CE revê em baixa estimativas de crescimento para o primeiro trimestre
DE
A Comissão Europeia (CE) anunciou hoje ter revisto em baixa de 0,3% a 0,7% para 0,2% a 0,6% as suas previsões de crescimento da economia da zona euro nos primeiros três meses do ano.
No segundo trimestre de 2005, a CE estima que o Produto Interno Bruto (PIB) mantenha o mesmo ritmo de crescimento, ou seja, entre 0,2% e 0,6%.
Dados fracos vindos da Alemanha, nomeadamente a contracção inesperada do PIB no quatro trimestre de 2004 para 0,2%, penalizaram a economia dos Doze, isto apesar do bom desempenho da França e Espanha, onde a procura doméstica cresceu para 0,7% e 0,8%, respectivamente.
DE
A Comissão Europeia (CE) anunciou hoje ter revisto em baixa de 0,3% a 0,7% para 0,2% a 0,6% as suas previsões de crescimento da economia da zona euro nos primeiros três meses do ano.
No segundo trimestre de 2005, a CE estima que o Produto Interno Bruto (PIB) mantenha o mesmo ritmo de crescimento, ou seja, entre 0,2% e 0,6%.
Dados fracos vindos da Alemanha, nomeadamente a contracção inesperada do PIB no quatro trimestre de 2004 para 0,2%, penalizaram a economia dos Doze, isto apesar do bom desempenho da França e Espanha, onde a procura doméstica cresceu para 0,7% e 0,8%, respectivamente.
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Volume das receitas fiscais como percentagem do PIB é das maiores na UE
José Pedro Luís
A economista Teodora Cardoso adiantou hoje que a quantidade de receitas fiscais em Portugal representa 34% do Produto Interno Bruto (PIB), havendo só três países abaixo desta percentagem na União Europeia (UE) a 25.
Ao falar no âmbito da conferência "Transformar Portugal" hoje realizada pelo Diário Económico no Pestana Palace Hotel em Lisboa, Teodora Cardoso considerou igualmente que o número de funcionários públicos no nosso país está dentro da média europeia.
No mesmo evento, António Carrapatoso, presidente da Vodafone Telecel, defendeu "um orçamento plurianual, com atenção pelos objectivos expressos no orçamento".
Para este responsável, o prob das finanças públicas não é financeiro, é da definiçao do papel do Estado".
António Carrapatoso disse também que a percentagem do PIB gasto com as finanças públicas em Portugal é de 15%, o que fica acima da média europeia de 11%.
Falando igualmente na mesma ocasião, o ex-secretário de Estado do Governo Guterres Fernando Pacheco afirmou que este é um orçamento planeado para os meios que o Estado vai usar, sendo que para além desses meios há que ter em conta as restantes despesas relacionadas com o funcionamento do Estado, e que tudo somado, "temos de saber quanto é que Estado gasta".
"O orçamento é feito por uma confraria, numa linguagem que ninguém percebe", lamentou-se Ferando Pacheco, o qual adiantou que o Estado devia identificar onde é que a despesa é mais difícil de seguir", e que, na sua opiniao é, este problema verfica-se na Educação e na Saúde"
"Se a despesa pública for díficil de seguir nestes dois ministérios, haverá sempre derrapagem orçamental", disse.
Fernando Pacheco considerou igualmente que "há a possibilidade de acabar com as carreiras na Administração Pública e voltar a apenas uma tabela salarial", como forma de criar mais estabilidade nos aumentos na Função pública.
José Pedro Luís
A economista Teodora Cardoso adiantou hoje que a quantidade de receitas fiscais em Portugal representa 34% do Produto Interno Bruto (PIB), havendo só três países abaixo desta percentagem na União Europeia (UE) a 25.
Ao falar no âmbito da conferência "Transformar Portugal" hoje realizada pelo Diário Económico no Pestana Palace Hotel em Lisboa, Teodora Cardoso considerou igualmente que o número de funcionários públicos no nosso país está dentro da média europeia.
No mesmo evento, António Carrapatoso, presidente da Vodafone Telecel, defendeu "um orçamento plurianual, com atenção pelos objectivos expressos no orçamento".
Para este responsável, o prob das finanças públicas não é financeiro, é da definiçao do papel do Estado".
António Carrapatoso disse também que a percentagem do PIB gasto com as finanças públicas em Portugal é de 15%, o que fica acima da média europeia de 11%.
Falando igualmente na mesma ocasião, o ex-secretário de Estado do Governo Guterres Fernando Pacheco afirmou que este é um orçamento planeado para os meios que o Estado vai usar, sendo que para além desses meios há que ter em conta as restantes despesas relacionadas com o funcionamento do Estado, e que tudo somado, "temos de saber quanto é que Estado gasta".
"O orçamento é feito por uma confraria, numa linguagem que ninguém percebe", lamentou-se Ferando Pacheco, o qual adiantou que o Estado devia identificar onde é que a despesa é mais difícil de seguir", e que, na sua opiniao é, este problema verfica-se na Educação e na Saúde"
"Se a despesa pública for díficil de seguir nestes dois ministérios, haverá sempre derrapagem orçamental", disse.
Fernando Pacheco considerou igualmente que "há a possibilidade de acabar com as carreiras na Administração Pública e voltar a apenas uma tabela salarial", como forma de criar mais estabilidade nos aumentos na Função pública.
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Brisa recebe 10,7 milhões de dividendos da CCR
C.F. com Lusa
A Brisa vai receber dividendos de 10,7 milhões de euros da CCR - Companhia de Concessões Rodoviárias, o equivalente à participação de 17,9% que detém no capital social desta empresa.
No total, a concessionária brasileira vai entregar aos seus accionistas 60,2 milhões de euros relativos ao exercício de 2004.
Estes resultados indicam também que a participação accionista da Brisa já registou uma valorização bolsista de 100 milhões de euros desde 2001, ano em que a empresa liderada por Vasco de Mello adquiriu 17,9% da concessionária por 180 milhões de euros.
“Existe uma melhoria sistemática dos resultados da empresa em linha com o palno de médio prazo que está em aplicação, o qual passa por antecipar a política de dividendos, os quais são, no mínimo, sempre 50% dos resultados líquidos”, comentou ao DE fonte oficial da Brisa. As acções da concessionária portuguesa fecharam ontem nos 7,07 euros, menos 0,56% face à sessão bolsista de sexta-feira.
A CCR anunciou ontem um lucro de 78,6 milhões de euros relativo ao exercício de 2004, montante que representa um crescimento de 43,7% comparativamente a 2003, ano em que a empresa brasileira obteve um lucro líquido de 54,7 milhões de euros.
Em comunicado, a CCR justifica esta ‘performance’ face à redução do nível do endividamento em resultado da valorização do real face ao dólar, e também pelo volume de tráfego nas auto-estradas geridas pela concessionária brasileira (ver caixa), o qual cresceu 7,7% face a 2003. Por outro lado, o EBIDTA (’cash flow’ operacional) da CCR, durante o período referido, aumentou 33%, situando-se agora nos 227 milhões de euros, enquanto as receitas líquidas de 2004 se cifraram em 437 milhões de euros.
1.455 Km de auto-estradas
A CCR - Companhia de Concessões Rodoviárias, é a líder do sector no Brasil e gere actualmente seis concessõees de auto-estradas, num total de 1.455 quilómetros.
Além da participação da Brisa (17,9%), a CCR tem 28,9% do capital disperso em bolsa, sendo os remanescentes 53,2% controlados peos grupos brasileiros Camargo Correa, Andrade Gutierrez e Serveng-Civilisan. A última aquisição da CCR foi a Vioeste, por 145,2 milhões de euros, empresa que administrava as auto-estradas no Estado de São Paulo. A CCR controla ainda as concessionárias AutoBan (São Paulo), Rodonorte (Paraná), Nova Dutra (São Paulo e Rio de Janeiro) e Via Norte e Ponte Rio Niterói (Rio de Janeiro).
C.F. com Lusa
A Brisa vai receber dividendos de 10,7 milhões de euros da CCR - Companhia de Concessões Rodoviárias, o equivalente à participação de 17,9% que detém no capital social desta empresa.
No total, a concessionária brasileira vai entregar aos seus accionistas 60,2 milhões de euros relativos ao exercício de 2004.
Estes resultados indicam também que a participação accionista da Brisa já registou uma valorização bolsista de 100 milhões de euros desde 2001, ano em que a empresa liderada por Vasco de Mello adquiriu 17,9% da concessionária por 180 milhões de euros.
“Existe uma melhoria sistemática dos resultados da empresa em linha com o palno de médio prazo que está em aplicação, o qual passa por antecipar a política de dividendos, os quais são, no mínimo, sempre 50% dos resultados líquidos”, comentou ao DE fonte oficial da Brisa. As acções da concessionária portuguesa fecharam ontem nos 7,07 euros, menos 0,56% face à sessão bolsista de sexta-feira.
A CCR anunciou ontem um lucro de 78,6 milhões de euros relativo ao exercício de 2004, montante que representa um crescimento de 43,7% comparativamente a 2003, ano em que a empresa brasileira obteve um lucro líquido de 54,7 milhões de euros.
Em comunicado, a CCR justifica esta ‘performance’ face à redução do nível do endividamento em resultado da valorização do real face ao dólar, e também pelo volume de tráfego nas auto-estradas geridas pela concessionária brasileira (ver caixa), o qual cresceu 7,7% face a 2003. Por outro lado, o EBIDTA (’cash flow’ operacional) da CCR, durante o período referido, aumentou 33%, situando-se agora nos 227 milhões de euros, enquanto as receitas líquidas de 2004 se cifraram em 437 milhões de euros.
1.455 Km de auto-estradas
A CCR - Companhia de Concessões Rodoviárias, é a líder do sector no Brasil e gere actualmente seis concessõees de auto-estradas, num total de 1.455 quilómetros.
Além da participação da Brisa (17,9%), a CCR tem 28,9% do capital disperso em bolsa, sendo os remanescentes 53,2% controlados peos grupos brasileiros Camargo Correa, Andrade Gutierrez e Serveng-Civilisan. A última aquisição da CCR foi a Vioeste, por 145,2 milhões de euros, empresa que administrava as auto-estradas no Estado de São Paulo. A CCR controla ainda as concessionárias AutoBan (São Paulo), Rodonorte (Paraná), Nova Dutra (São Paulo e Rio de Janeiro) e Via Norte e Ponte Rio Niterói (Rio de Janeiro).
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Banda larga vai perder rendibilidade em termos mundiais
V.N.
A banda larga vai continuar a crescer este ano, dinamizada por desenvolvimentos tecnológicos que exigem esta banda, mas a sua rendibilidade irá declinar, refere um documento ontem divulgado pela Deloitte.
No referido estudo da consultora sobre as tendências deste ano para o sector das telecomunicações, a Deloitte destaca ainda que o mercado móvel vai manter uma trajectória positiva, com os dados a apontarem para um total de dois mil milhões de utilizadores de telemóveis, com um crescimento mais acentuado nos países em vias de desenvolvimento, em particular na América do Sul e Ásia.
“A voz vai continuar a ser a principal fonte de receitas e lucros – em média, representando 80% do total dos proveitos”, lê-se no estudo da Deloitte.
Também o volume dos serviços de voz vai manter uma tendência de crescimento, devido sobretudo à facilidade de uso e à descida sustentada de preços, salienta a consultora.
No seu relatório, que abarcou uma base de 5.000 elementos das empresas de TMT de todo o mundo, a Deloitte sustenta que a tecnologia RFID ( tecnologia de etiquetagem) vai ter um forte desenvolvimento devido à influência das grandes cadeias de retalho, que obrigarão os seus fornecedores a usarem esta tecnologia. “Até ao final do ano terão sido compradas e usadas mais de 10 mil milhões de etiquetas RFID”, conclui a Deloitte.
V.N.
A banda larga vai continuar a crescer este ano, dinamizada por desenvolvimentos tecnológicos que exigem esta banda, mas a sua rendibilidade irá declinar, refere um documento ontem divulgado pela Deloitte.
No referido estudo da consultora sobre as tendências deste ano para o sector das telecomunicações, a Deloitte destaca ainda que o mercado móvel vai manter uma trajectória positiva, com os dados a apontarem para um total de dois mil milhões de utilizadores de telemóveis, com um crescimento mais acentuado nos países em vias de desenvolvimento, em particular na América do Sul e Ásia.
“A voz vai continuar a ser a principal fonte de receitas e lucros – em média, representando 80% do total dos proveitos”, lê-se no estudo da Deloitte.
Também o volume dos serviços de voz vai manter uma tendência de crescimento, devido sobretudo à facilidade de uso e à descida sustentada de preços, salienta a consultora.
No seu relatório, que abarcou uma base de 5.000 elementos das empresas de TMT de todo o mundo, a Deloitte sustenta que a tecnologia RFID ( tecnologia de etiquetagem) vai ter um forte desenvolvimento devido à influência das grandes cadeias de retalho, que obrigarão os seus fornecedores a usarem esta tecnologia. “Até ao final do ano terão sido compradas e usadas mais de 10 mil milhões de etiquetas RFID”, conclui a Deloitte.
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Anacom obriga PT a oferecer preços mais atractivos aos novos operadores
Vasco Noronha e Diana Brito Nunes
Nos termos da decisão provável do regulador, a operadora incumbente terá de baixar os preços de instalação do lacete local em 46%.
A Anacom vai impor à Portugal Telecom uma descida de 46%, de 92,12 para 49 euros, nos preços que a empresa cobra aos novos operadores pela oferta de lacete local (o troço em fio de cobre que permite a ligação das centrais telefónicas ao cliente final). Há mais de 20 meses que os preços neste âmbito não eram alvo de mexidas. Nos termos da decisão do regulador, a operadora incumbente terá ainda de baixar em 8%, de 11,96 para 11 euros, a mensalidade cobrada aos operadores alternativos.
“Para o regulador, o mais importante é que os novos valores que a PT terá de incluir na sua oferta de referência de acesso ao lacete local aumentam as margens entre a oferta de lacete local e os preços de retalho da PT Comunicações, que passam agora a estar alinhadas com a média da UE a 15, quando comparados com os preços de retalho do serviço fixo de telefone”, destacou a Anacom, recordando que essas margens eram, até agora, sempre inferiores às da UE.
Em reacção a esta medida, que no entender da Anacom, possibilitará aos novos operadores um maior investimento na infra-estrutura, a Oni e a Novis – os dois operadores mais activos em termos de oferta alternativa à da PT – consideraram-na que ela longe do desejável, embora “positiva” face à situação actual. “A Oni esperava um passo mais decisivo, que permitisse a Portugal aproximar-se do melhor terço da Europa dos 15”, referiu ao DE fonte oficial da operadora, considerando que isso não acontece porque, apesar das reduções, a Anacom “continua a seguir uma lógica de aproximação às médias e não às melhores práticas europeias”. “Daqui resulta que, de acordo com o projecto de deliberação, nos manteremos afastados delas em cerca de 30%, quer na instalação, quer nas mensalidades”, conclui a Oni.
Para a Novis, ela é “positiva mas surge, pelo menos, com dois anos de atraso e, além disso, fica aquém do necessário”.
A descida dos preços do lacete local, que deverá ser implementada pela PT dez dias após a decisão definitiva – já que ainda se trata de um sentido de decisão provável – segue-se a um conjunto de decisões lançadas nos últimos seis meses pela Anacom e que, na sua opinião, “alteram radicalmente” as condições de oferta da banda larga em Portugal, permitindo uma maior concorrência no sector das telecomunicações.
De acordo com os dados da Anacom, no final do ano passado já existiam em Portugal cerca de nove mil lares desagregados, um número bastante superior aos 300 que existiam no final do primeiro semestre de 2003, data da última alteração dos preços do lacete local cobrados pela PT.
Medidas propostas pelo regulador
Em Agosto de 2004, a Anacom propos o aumento do número de pontos de interligação da rede da PT com a rede dos novos operadores, medida que passou a ser definitiva em Outubro.
Em Dezembro, o regulador baixou os preços da oferta grossista da rede ADSL da Portugal Telecom para 9,5 euros no acesso local e para 125/182 euros no acesso agregado.
Ainda em Dezembro, os prazos de fornecimento dos lacetes pela PT foram encurtados por decisão da Anacom.
O regulador tem ainda a intenção de impor que a oferta de internet via cabo siga o regime da oferta através da ADSL.
Vasco Noronha e Diana Brito Nunes
Nos termos da decisão provável do regulador, a operadora incumbente terá de baixar os preços de instalação do lacete local em 46%.
A Anacom vai impor à Portugal Telecom uma descida de 46%, de 92,12 para 49 euros, nos preços que a empresa cobra aos novos operadores pela oferta de lacete local (o troço em fio de cobre que permite a ligação das centrais telefónicas ao cliente final). Há mais de 20 meses que os preços neste âmbito não eram alvo de mexidas. Nos termos da decisão do regulador, a operadora incumbente terá ainda de baixar em 8%, de 11,96 para 11 euros, a mensalidade cobrada aos operadores alternativos.
“Para o regulador, o mais importante é que os novos valores que a PT terá de incluir na sua oferta de referência de acesso ao lacete local aumentam as margens entre a oferta de lacete local e os preços de retalho da PT Comunicações, que passam agora a estar alinhadas com a média da UE a 15, quando comparados com os preços de retalho do serviço fixo de telefone”, destacou a Anacom, recordando que essas margens eram, até agora, sempre inferiores às da UE.
Em reacção a esta medida, que no entender da Anacom, possibilitará aos novos operadores um maior investimento na infra-estrutura, a Oni e a Novis – os dois operadores mais activos em termos de oferta alternativa à da PT – consideraram-na que ela longe do desejável, embora “positiva” face à situação actual. “A Oni esperava um passo mais decisivo, que permitisse a Portugal aproximar-se do melhor terço da Europa dos 15”, referiu ao DE fonte oficial da operadora, considerando que isso não acontece porque, apesar das reduções, a Anacom “continua a seguir uma lógica de aproximação às médias e não às melhores práticas europeias”. “Daqui resulta que, de acordo com o projecto de deliberação, nos manteremos afastados delas em cerca de 30%, quer na instalação, quer nas mensalidades”, conclui a Oni.
Para a Novis, ela é “positiva mas surge, pelo menos, com dois anos de atraso e, além disso, fica aquém do necessário”.
A descida dos preços do lacete local, que deverá ser implementada pela PT dez dias após a decisão definitiva – já que ainda se trata de um sentido de decisão provável – segue-se a um conjunto de decisões lançadas nos últimos seis meses pela Anacom e que, na sua opinião, “alteram radicalmente” as condições de oferta da banda larga em Portugal, permitindo uma maior concorrência no sector das telecomunicações.
De acordo com os dados da Anacom, no final do ano passado já existiam em Portugal cerca de nove mil lares desagregados, um número bastante superior aos 300 que existiam no final do primeiro semestre de 2003, data da última alteração dos preços do lacete local cobrados pela PT.
Medidas propostas pelo regulador
Em Agosto de 2004, a Anacom propos o aumento do número de pontos de interligação da rede da PT com a rede dos novos operadores, medida que passou a ser definitiva em Outubro.
Em Dezembro, o regulador baixou os preços da oferta grossista da rede ADSL da Portugal Telecom para 9,5 euros no acesso local e para 125/182 euros no acesso agregado.
Ainda em Dezembro, os prazos de fornecimento dos lacetes pela PT foram encurtados por decisão da Anacom.
O regulador tem ainda a intenção de impor que a oferta de internet via cabo siga o regime da oferta através da ADSL.
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Sonae valoriza com venda da Gescartão
S.S.P.
A venda da participação que a Sonae SGPS detinha na Gescartão (via Imocapital) foi recebida com entusiasmo pelos analistas de mercado que, embora aguardassem este desfecho, consideram que o negócio permite melhorar o ‘earnings per share’ (EPS) da empresa, assim como reduzir o endividamento.
O título da Sonae SGPS acabou ontem por valorizar 0,86%, tendo atingido o valor de 1,17 euros. Já a acção da Gescartão, empresa que agora está mãos dos espanhóis da Europac, fechou a valer 11,40 euros, uma subida de 5,75%.
Para a Caixa Banco de Investimento, esta operação tem dois efeitos positivos, prevendo-se “um aumento do EPS em 34,7%, de 0,049 euros para 0,066, e uma melhoria do endividamento líquido consolidado” da Sonae, que se situava nos 2.716 milhões de euros no fim de Setembro de 2004. O BPI realça que o impacto da venda é positivo em 0,6% no valor patrimonial da Sonae SGPS e o Millenium bcp aponta para 1,2%. A redução da diversidade dos negócios da Sonae é também apontada como factor positivo.
Recorde-se que a alienação de 32,5% da posição na Imocapital, mais os 3,58% detidos desde sexta-feira directamente pela Sonae SGPS, permitiram um encaixe de 97,9 milhões e um impacto nos lucros consolidados de 34 milhões em POC (Plano Oficial de Contas) e de 39 milhões em IAS (Internacional Accounting Standard). Belmiro de Azevedo acabou por alienar a participação a 13,57 euros por acção, valor ligeiramente abaixo dos 14 euros que a Sonae reclamava, mas quase 26% acima do valor de mercado.
S.S.P.
A venda da participação que a Sonae SGPS detinha na Gescartão (via Imocapital) foi recebida com entusiasmo pelos analistas de mercado que, embora aguardassem este desfecho, consideram que o negócio permite melhorar o ‘earnings per share’ (EPS) da empresa, assim como reduzir o endividamento.
O título da Sonae SGPS acabou ontem por valorizar 0,86%, tendo atingido o valor de 1,17 euros. Já a acção da Gescartão, empresa que agora está mãos dos espanhóis da Europac, fechou a valer 11,40 euros, uma subida de 5,75%.
Para a Caixa Banco de Investimento, esta operação tem dois efeitos positivos, prevendo-se “um aumento do EPS em 34,7%, de 0,049 euros para 0,066, e uma melhoria do endividamento líquido consolidado” da Sonae, que se situava nos 2.716 milhões de euros no fim de Setembro de 2004. O BPI realça que o impacto da venda é positivo em 0,6% no valor patrimonial da Sonae SGPS e o Millenium bcp aponta para 1,2%. A redução da diversidade dos negócios da Sonae é também apontada como factor positivo.
Recorde-se que a alienação de 32,5% da posição na Imocapital, mais os 3,58% detidos desde sexta-feira directamente pela Sonae SGPS, permitiram um encaixe de 97,9 milhões e um impacto nos lucros consolidados de 34 milhões em POC (Plano Oficial de Contas) e de 39 milhões em IAS (Internacional Accounting Standard). Belmiro de Azevedo acabou por alienar a participação a 13,57 euros por acção, valor ligeiramente abaixo dos 14 euros que a Sonae reclamava, mas quase 26% acima do valor de mercado.
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Privatização da Portucel Tejo com dois interessados
Rui Cabrita
A Cofina e uma entidade representada pelo Banco Alves Ribeiro pagaram para ter acesso ao ‘data room’.
Duas entidades levantaram a informação confidencial da Portucel Tejo, no âmbito da privatização da companhia, cujo prazo terminou na passada sexta-feira. Cofina e uma outra entidade representada pelo Banco Alves Ribeiro foram as únicas a pagar os 25 mil euros para aceder às informações da empresa, tendo agora a possibilidade de apresentaram uma proposta para a aquisição de 95% do capital da pasteira até ao dia 18 de Fevereiro.
Apesar de terem acedido ao ‘data room’ sobre a Portucel Tejo, tal não significa que os dois interessados apresentem proposta ou que não possa aparecer mais propostas por parte de quem não tenha levantado informação confidencial.
O processo de privatização, iniciado pelo anterior ministro da Economia Carlos Tavares, e cujo decreto-lei já avançou com o ainda ministro das Actividades Económicas, Álvaro Barreto, foi preparado pela Portucel SGPS, a detentora do capital, e deverá permitir um encaixe de perto de 40 milhões de euros para os cofres do Estado. Valor que corresponde a uma valor mínimo por acção de 5,33 euros.
O processo terá duas fases: uma primeira de venda de 95% da Portucel Tejo a um investidor ficando os 5% reservados a trabalhadores da empresa. É na “primeira fase” que os interessados poderão ajustar os seus preços, mediante licitações. Quanto à segunda fase, o caderno de encargos prevê a realização de uma oferta pública de venda (OPV) de 5% até três meses depois da realização da primeira fase.
Empresa recebe incentivos de 22 milhões
A Portucel Tejo vai receber um conjunto de incentivos de 22 milhões de euros para o desenvolvimento do seu projecto de aumento de capacidade de produção, na sua fábrica de Vila Velha de Ródão Segundo uma fonte conhecedora do processo, estes incentivos decompõem-se em financeiros, no valor de 15 milhões de euros mediante um empréstimo com uma taxa de juro nula, reembolsável, podendo passar a fundo perdido caso sejam cumpridos os requisitos acordados com o Estado. Por outro lado, incentivos fiscais que ascendem a cerca de sete milhões de euros. O investimento previsto, aprovado no Conselho de Ministros de 27 de Janeiro, tem um valor aproximado de 49 milhões de euros, o que significa que estes incentivos correspondem a cerca de 55% do montante total.
O projecto destina-se à expansão e modernização da sua unidade fabril com o objectivos de aumentar a capacidade da empresa para uma produção diária de 430 toneladas de pinho e 510 toneladas de eucalipto. A Portucel Tejo, dedica-se ao fabrico e comercialização de pastas cruas de pinho e de eucalipto e detém uma capacidade de produção de 110 mil toneladas por ano.
Rui Cabrita
A Cofina e uma entidade representada pelo Banco Alves Ribeiro pagaram para ter acesso ao ‘data room’.
Duas entidades levantaram a informação confidencial da Portucel Tejo, no âmbito da privatização da companhia, cujo prazo terminou na passada sexta-feira. Cofina e uma outra entidade representada pelo Banco Alves Ribeiro foram as únicas a pagar os 25 mil euros para aceder às informações da empresa, tendo agora a possibilidade de apresentaram uma proposta para a aquisição de 95% do capital da pasteira até ao dia 18 de Fevereiro.
Apesar de terem acedido ao ‘data room’ sobre a Portucel Tejo, tal não significa que os dois interessados apresentem proposta ou que não possa aparecer mais propostas por parte de quem não tenha levantado informação confidencial.
O processo de privatização, iniciado pelo anterior ministro da Economia Carlos Tavares, e cujo decreto-lei já avançou com o ainda ministro das Actividades Económicas, Álvaro Barreto, foi preparado pela Portucel SGPS, a detentora do capital, e deverá permitir um encaixe de perto de 40 milhões de euros para os cofres do Estado. Valor que corresponde a uma valor mínimo por acção de 5,33 euros.
O processo terá duas fases: uma primeira de venda de 95% da Portucel Tejo a um investidor ficando os 5% reservados a trabalhadores da empresa. É na “primeira fase” que os interessados poderão ajustar os seus preços, mediante licitações. Quanto à segunda fase, o caderno de encargos prevê a realização de uma oferta pública de venda (OPV) de 5% até três meses depois da realização da primeira fase.
Empresa recebe incentivos de 22 milhões
A Portucel Tejo vai receber um conjunto de incentivos de 22 milhões de euros para o desenvolvimento do seu projecto de aumento de capacidade de produção, na sua fábrica de Vila Velha de Ródão Segundo uma fonte conhecedora do processo, estes incentivos decompõem-se em financeiros, no valor de 15 milhões de euros mediante um empréstimo com uma taxa de juro nula, reembolsável, podendo passar a fundo perdido caso sejam cumpridos os requisitos acordados com o Estado. Por outro lado, incentivos fiscais que ascendem a cerca de sete milhões de euros. O investimento previsto, aprovado no Conselho de Ministros de 27 de Janeiro, tem um valor aproximado de 49 milhões de euros, o que significa que estes incentivos correspondem a cerca de 55% do montante total.
O projecto destina-se à expansão e modernização da sua unidade fabril com o objectivos de aumentar a capacidade da empresa para uma produção diária de 430 toneladas de pinho e 510 toneladas de eucalipto. A Portucel Tejo, dedica-se ao fabrico e comercialização de pastas cruas de pinho e de eucalipto e detém uma capacidade de produção de 110 mil toneladas por ano.
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Cambial
Euro sobe para máximo de dez dias
DE
A moeda única cresceu ontem para o valor mais elevado dos últimos dez dias contra o dólar, cotando-se ao final da tarde nos 1,2975 dólares, muito acima dos 1,2863 dólares registados na passada sexta-feira.
Ao longo do dia, o euro aproximou-se da barreira dos 1,30 dólares, chegando a estar cotado nos 1,2990 dólares. Os analistas justificam a subida com as declarações do BCE. Num dia sem indicadores económicos, nos dois lados do Atlântico, foi a divisa nipónica quem mais brilhou, ganhando terrreno quer ao euro, quer à “nota verde”.
Euro sobe para máximo de dez dias
DE
A moeda única cresceu ontem para o valor mais elevado dos últimos dez dias contra o dólar, cotando-se ao final da tarde nos 1,2975 dólares, muito acima dos 1,2863 dólares registados na passada sexta-feira.
Ao longo do dia, o euro aproximou-se da barreira dos 1,30 dólares, chegando a estar cotado nos 1,2990 dólares. Os analistas justificam a subida com as declarações do BCE. Num dia sem indicadores económicos, nos dois lados do Atlântico, foi a divisa nipónica quem mais brilhou, ganhando terrreno quer ao euro, quer à “nota verde”.
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Quando a casa vem abaixo
Financial Times
A arquitecta da fusão Hewlett-Packard/Compaq saiu de cena. Mas irá o seu sucessor mandar abaixo a casa que Carly Fiorina construiu?
A resposta reside, antes de mais, nos negócios da impressão e ‘imaging’. A “jóia da coroa” da HP gera mais de 70% dos lucros e é vital para decidir se o ‘gap’ entre o valor da soma das partes da HP e o seu valor de mercado bastam para justificar uma subida do preço das acções. Os serviços, o armazenamento e os servidores equivalem a um múltiplo ligeiramente abaixo do mercado, enquanto a unidade de PCs, significativamente maior, regista vendas na ordem de 0,2 pontos percentuais - um prémio conseguido com a saída da IBM do mercado de PCs. Por outro lado, a Morgan Stanley estima que se o negócio das impressoras for avaliado em conformidade com o da sua rival Lexmark, o primeiro teria uma rentabilidade acima dos 29 dólares por acção, se usada uma taxa padrão. Ora, isto significa um incremento de 40% face aos 21,30 dólares por acção.
Infelizmente, a vida não é assim tão simples. Apesar da HP liderar o mercado de impressoras, o negócio deverá, sem sombra de dúvidas, ponderar uma taxa de desconto. Afinal, a Lexmark tem crescido mais rapidamente graças à entrada da Dell no mercado das impressoras, que tem estimulado o seu desempenho e ameaçado a rentabilidade da HP. Se o negócio das impressoras da Lexmark adoptar um desconto de 15%, o ‘gap’ da avaliação da HP desce para menos de 25 pontos percentuais. Uma eventual divisão poderá levar a equipa de gestão a concentrar-se na melhoria do desempenho da empresa, mas não resolverá problemas de fundo, como a competitividade. A HP está também presente em mercados de bens transaccionáveis, muito embora não seja um produtor de baixo custo nem uma empresa inovadora de sucesso.
Uma subida súbita traria, também, outras desvantagens. Os gastos gerais poderiam duplicar e correr-se-ia o risco de perder certos custos e potenciais retornos. Ao optar-se pelo ‘spin off’ das impressoras, perder-se-ia a possibilidade da venda cruzada das mesmas com os PCs. Um cenário alternativo é manter os PCs e as impressoras juntas e proceder ao ‘spin off’ das restantes unidades. Não esquecer, contudo, que grande parte das receitas da HP provém, precisamente, destes dois produtos e que a sua escala acaba por impulsionar a venda de outros produtos HP junto de clientes empresariais.
Resumindo, uma subida abrupta do preço das acções não é uma operação simples. O conselho de administração da HP prefere concentrar esforços numa melhor execução para acrescentar valor à sua carteira. Mas ao fim de anos de desilusões, é imperativo adoptar medidas mais radicais para a casa não vir abaixo.
Financial Times
A arquitecta da fusão Hewlett-Packard/Compaq saiu de cena. Mas irá o seu sucessor mandar abaixo a casa que Carly Fiorina construiu?
A resposta reside, antes de mais, nos negócios da impressão e ‘imaging’. A “jóia da coroa” da HP gera mais de 70% dos lucros e é vital para decidir se o ‘gap’ entre o valor da soma das partes da HP e o seu valor de mercado bastam para justificar uma subida do preço das acções. Os serviços, o armazenamento e os servidores equivalem a um múltiplo ligeiramente abaixo do mercado, enquanto a unidade de PCs, significativamente maior, regista vendas na ordem de 0,2 pontos percentuais - um prémio conseguido com a saída da IBM do mercado de PCs. Por outro lado, a Morgan Stanley estima que se o negócio das impressoras for avaliado em conformidade com o da sua rival Lexmark, o primeiro teria uma rentabilidade acima dos 29 dólares por acção, se usada uma taxa padrão. Ora, isto significa um incremento de 40% face aos 21,30 dólares por acção.
Infelizmente, a vida não é assim tão simples. Apesar da HP liderar o mercado de impressoras, o negócio deverá, sem sombra de dúvidas, ponderar uma taxa de desconto. Afinal, a Lexmark tem crescido mais rapidamente graças à entrada da Dell no mercado das impressoras, que tem estimulado o seu desempenho e ameaçado a rentabilidade da HP. Se o negócio das impressoras da Lexmark adoptar um desconto de 15%, o ‘gap’ da avaliação da HP desce para menos de 25 pontos percentuais. Uma eventual divisão poderá levar a equipa de gestão a concentrar-se na melhoria do desempenho da empresa, mas não resolverá problemas de fundo, como a competitividade. A HP está também presente em mercados de bens transaccionáveis, muito embora não seja um produtor de baixo custo nem uma empresa inovadora de sucesso.
Uma subida súbita traria, também, outras desvantagens. Os gastos gerais poderiam duplicar e correr-se-ia o risco de perder certos custos e potenciais retornos. Ao optar-se pelo ‘spin off’ das impressoras, perder-se-ia a possibilidade da venda cruzada das mesmas com os PCs. Um cenário alternativo é manter os PCs e as impressoras juntas e proceder ao ‘spin off’ das restantes unidades. Não esquecer, contudo, que grande parte das receitas da HP provém, precisamente, destes dois produtos e que a sua escala acaba por impulsionar a venda de outros produtos HP junto de clientes empresariais.
Resumindo, uma subida abrupta do preço das acções não é uma operação simples. O conselho de administração da HP prefere concentrar esforços numa melhor execução para acrescentar valor à sua carteira. Mas ao fim de anos de desilusões, é imperativo adoptar medidas mais radicais para a casa não vir abaixo.
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Valor do Santander acima dos 60 mil milhões
Diogo Nunes
A capitalização bolsista do Banco Santander Central Hispano (BSCH) ultrapassou, pela primeira vez na História, os 60 mil milhões de euros.
Depois de ter encerrado a sessão de ontem da Euronext Lisboa a recuperar os valores de Maio de 2002, ao crescer 0,31% para os 9,70 euros, a sua capitalização bolsista em Portugal cresceu para os 60,7 mil milhões de euros.
Os títulos da instituição liderada por Emilio Botín subiram, na praça de Madrid, 0,03% para os 9,75 euros, regressando aos níveis de Junho de 2002. Assim, a capitalização bolsista do Santander em Espanha aumentou para os 60,9 milhões de euros.
Com a subida de ontem, o peso relativo do BSCH na capitalização bolsista total da Euronext Lisboa (118,88 mil milhões de euros) passou para 51%, ou seja, mais de metade do mercado de cotações oficiais, a primeira divisão da praça nacional.
Num exercício comparativo, verificamos que o valor de mercado do maior banco espanhol é 4,5 vezes superior à capitalização bolsista agregada dos três bancos portugueses que integram o índice de referência nacional. De acordo com as cotações do fecho de ontem, o Banco Comercial Português (BCP), o Banco Espírito Santo (BES) e o Banco BPI (BPI) em conjunto valiam 13,4 mil milhões de euros.
A capitalização individual do BCP é de 6,97 mil milhões de euros, o que significa que o maior banco privado português é quase dez vezes mais pequeno do que o Santander. O BES totaliza 4,03 mil milhões, enquanto o BPI está avaliado em 2,4 mil milhões de euros.
Ao crescer para os valores mais elevados dos últimos dois anos e meio, o Santander aproveitou para aumentar a distância que o separa do seu rival Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA), o segundo maior banco espanhol cotado. O BBVA encerrou a sessão de ontem no IBEX 35 a regredir 0,60% para os 13,30 euros, assumindo um valor de mercado próximo dos 45 mil milhões de euros.
Diogo Nunes
A capitalização bolsista do Banco Santander Central Hispano (BSCH) ultrapassou, pela primeira vez na História, os 60 mil milhões de euros.
Depois de ter encerrado a sessão de ontem da Euronext Lisboa a recuperar os valores de Maio de 2002, ao crescer 0,31% para os 9,70 euros, a sua capitalização bolsista em Portugal cresceu para os 60,7 mil milhões de euros.
Os títulos da instituição liderada por Emilio Botín subiram, na praça de Madrid, 0,03% para os 9,75 euros, regressando aos níveis de Junho de 2002. Assim, a capitalização bolsista do Santander em Espanha aumentou para os 60,9 milhões de euros.
Com a subida de ontem, o peso relativo do BSCH na capitalização bolsista total da Euronext Lisboa (118,88 mil milhões de euros) passou para 51%, ou seja, mais de metade do mercado de cotações oficiais, a primeira divisão da praça nacional.
Num exercício comparativo, verificamos que o valor de mercado do maior banco espanhol é 4,5 vezes superior à capitalização bolsista agregada dos três bancos portugueses que integram o índice de referência nacional. De acordo com as cotações do fecho de ontem, o Banco Comercial Português (BCP), o Banco Espírito Santo (BES) e o Banco BPI (BPI) em conjunto valiam 13,4 mil milhões de euros.
A capitalização individual do BCP é de 6,97 mil milhões de euros, o que significa que o maior banco privado português é quase dez vezes mais pequeno do que o Santander. O BES totaliza 4,03 mil milhões, enquanto o BPI está avaliado em 2,4 mil milhões de euros.
Ao crescer para os valores mais elevados dos últimos dois anos e meio, o Santander aproveitou para aumentar a distância que o separa do seu rival Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA), o segundo maior banco espanhol cotado. O BBVA encerrou a sessão de ontem no IBEX 35 a regredir 0,60% para os 13,30 euros, assumindo um valor de mercado próximo dos 45 mil milhões de euros.
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Banca
Banco Siméon “compra” seis balcões do BES em Espanha
Maria João Gago
Instituição do Grupo CGD procura sinergias no negócio de retalho, enquanto o BES se concentra nos clientes ‘affluent’ e na banca privada.
O Banco Siméon, a instituição financeira que a Caixa Geral de Depósitos possui no mercado espanhol, “adquiriu” o negócio de banca de retalho que tem vindo a ser desenvolvido por seis balcões do Banco Espírito Santo Espanha, apurou o Diário Económico. Em causa está a cedência por parte do BES Espanha da actividade (recursos e créditos) gerida por aquele grupo de agências, o que significa que o Siméon vai fazer um investimento marginal neste negócio.
Ainda ontem, o presidente do BES em Espanha, José Manuel Espírito Santo, dizia que o banco está “a pensar vender alguns balcões”, em entrevista ao jornal espanhol Gaceta de los Negocios. Mas, segundo sabe o DE, a cedência do negócio daquele grupo de seis balcões ficará formalizada ainda esta semana.
O interesse da CGD neste operação prende-se com a possibilidade de consolidar a sua presença em cidades em que o Siméon já está presente, o que lhe deverá permitir obter sinergias. Isto porque o banco pode aumentar a sua actividade, mantendo um nível de custos idêntico àquele que assumia até agora.
Por seu turno, o BES Espanha abandona o negócio de banca de retalho que ainda desenvolvia através dos balcões que possuía em Santiago de Compostela, Lugo, Villagarcia Darosa, Verin, Zamora e Orense. E ganha margem de manobra para se concentrar nos clientes ‘affluent’, de ‘private banking’ e empresas, segmentos que o banco elegeu como apostas estratégicas para Espanha.
“Queremos ter uma presença mais forte nestes nichos de mercado”, sublinhou Espírito Santo ao Gaceta de los Negocios.
BES interessado em novas aquisições
Por forma a reforçar a actividade desenvolvida naqueles segmentos, o BES Espanha admite vir a fazer novas aquisições “Se surgirem novas oportunidades que não sejam muito caras, vamos analisá-las”, admitiu o presidente da instituição. Depois de ter acordado a compra do Banco Inversión ao HVB, no Verão passado, o BES Espanha está agora a estudar a aquisição do Safei, ao Capitalia.
Ambas as instituições se dedicam à actividade de banca privada. A conclusão do primeiro negócio, que já foi aprovado pelo Banco de Espanha, está dependente apenas da “luz verde” da Comisión Nacional del Mercado de Valores. Esta operação implica um investimento de 11 milhões de euros e permite ao BES aumentar os seus activos sob gestão em 800 milhões de euros. Por seu turno, o processo de venda do Safei ainda está a decorrer e há mais dois interessados na corrida.
BESI lidera fusões e aquisições ibéricas
O Banco Espírito Santo de Investimento liderou a actividade de fusões e aquisições na Península Ibérica durante o ano passado. De acordo com o ‘ranking’ elaborado pela Bloomberg, o BESI foi o banco mais activo, uma vez que foi ‘adviser’ em 14 negócios, à frente do JP Morgan (12 operações), Rothschild e Santander (ambos com 11). O banco de investimento liderado por José Maria Ricciardi é a única instituição nacional entre os 10 bancos mais activos. Tendo em conta apenas as fusões e aquisições ocorridas em Portugal, o BESI também foi líder (9 negócios), sendo seguido do Caixa Banco de Investimento (4).
Gestão espanhola do Siméon por nomear
Os gestores espanhóis que a Caixa Geral de Depósitos contratou para conduzirem os destinos do Siméon, no Verão passado, ainda não foram oficialmente nomeados, confirmou a instituição. A contratação dos responsáveis espanhóis, sugerida pela consultora Roland Berger, foi aprovada pela anterior administração da CGD, em Julho último. Os gestores estiveram para ser formalmente nomeados em assembleia geral do Siméon que chegou a estar agendada para 1 de Setembro mas que não se realizou, devido aos desentendimentos entre o então presidente e vice-presidente, António de Sousa e Mira Amaral.
Banco Siméon “compra” seis balcões do BES em Espanha
Maria João Gago
Instituição do Grupo CGD procura sinergias no negócio de retalho, enquanto o BES se concentra nos clientes ‘affluent’ e na banca privada.
O Banco Siméon, a instituição financeira que a Caixa Geral de Depósitos possui no mercado espanhol, “adquiriu” o negócio de banca de retalho que tem vindo a ser desenvolvido por seis balcões do Banco Espírito Santo Espanha, apurou o Diário Económico. Em causa está a cedência por parte do BES Espanha da actividade (recursos e créditos) gerida por aquele grupo de agências, o que significa que o Siméon vai fazer um investimento marginal neste negócio.
Ainda ontem, o presidente do BES em Espanha, José Manuel Espírito Santo, dizia que o banco está “a pensar vender alguns balcões”, em entrevista ao jornal espanhol Gaceta de los Negocios. Mas, segundo sabe o DE, a cedência do negócio daquele grupo de seis balcões ficará formalizada ainda esta semana.
O interesse da CGD neste operação prende-se com a possibilidade de consolidar a sua presença em cidades em que o Siméon já está presente, o que lhe deverá permitir obter sinergias. Isto porque o banco pode aumentar a sua actividade, mantendo um nível de custos idêntico àquele que assumia até agora.
Por seu turno, o BES Espanha abandona o negócio de banca de retalho que ainda desenvolvia através dos balcões que possuía em Santiago de Compostela, Lugo, Villagarcia Darosa, Verin, Zamora e Orense. E ganha margem de manobra para se concentrar nos clientes ‘affluent’, de ‘private banking’ e empresas, segmentos que o banco elegeu como apostas estratégicas para Espanha.
“Queremos ter uma presença mais forte nestes nichos de mercado”, sublinhou Espírito Santo ao Gaceta de los Negocios.
BES interessado em novas aquisições
Por forma a reforçar a actividade desenvolvida naqueles segmentos, o BES Espanha admite vir a fazer novas aquisições “Se surgirem novas oportunidades que não sejam muito caras, vamos analisá-las”, admitiu o presidente da instituição. Depois de ter acordado a compra do Banco Inversión ao HVB, no Verão passado, o BES Espanha está agora a estudar a aquisição do Safei, ao Capitalia.
Ambas as instituições se dedicam à actividade de banca privada. A conclusão do primeiro negócio, que já foi aprovado pelo Banco de Espanha, está dependente apenas da “luz verde” da Comisión Nacional del Mercado de Valores. Esta operação implica um investimento de 11 milhões de euros e permite ao BES aumentar os seus activos sob gestão em 800 milhões de euros. Por seu turno, o processo de venda do Safei ainda está a decorrer e há mais dois interessados na corrida.
BESI lidera fusões e aquisições ibéricas
O Banco Espírito Santo de Investimento liderou a actividade de fusões e aquisições na Península Ibérica durante o ano passado. De acordo com o ‘ranking’ elaborado pela Bloomberg, o BESI foi o banco mais activo, uma vez que foi ‘adviser’ em 14 negócios, à frente do JP Morgan (12 operações), Rothschild e Santander (ambos com 11). O banco de investimento liderado por José Maria Ricciardi é a única instituição nacional entre os 10 bancos mais activos. Tendo em conta apenas as fusões e aquisições ocorridas em Portugal, o BESI também foi líder (9 negócios), sendo seguido do Caixa Banco de Investimento (4).
Gestão espanhola do Siméon por nomear
Os gestores espanhóis que a Caixa Geral de Depósitos contratou para conduzirem os destinos do Siméon, no Verão passado, ainda não foram oficialmente nomeados, confirmou a instituição. A contratação dos responsáveis espanhóis, sugerida pela consultora Roland Berger, foi aprovada pela anterior administração da CGD, em Julho último. Os gestores estiveram para ser formalmente nomeados em assembleia geral do Siméon que chegou a estar agendada para 1 de Setembro mas que não se realizou, devido aos desentendimentos entre o então presidente e vice-presidente, António de Sousa e Mira Amaral.
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Emissão de dívida a 15 anos já está totalmente subscrita
Pedro Ferreira Esteves
Negociação das novas Obrigações do Tesouro poderá começar no mercado não oficial a partir de amanhã.
A primeira emissão de sempre de dívida pública portuguesa a 15 anos está a ser muito bem recebida pelo mercado e já foi totalmente subscrita. Isto acontece numa altura em que outros Estados da zona euro estão a aproveitar a elevada procura por esta maturidade para realizar emissões a 15 anos ao longo desta semana.
O Instituto de Gestão de Crédito Público (IGCP) anunciou ontem que irá emitir 3 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro (OT) a 15 anos durante esta semana, devendo o período de subscrição, que se iniciou ontem, decorrer até ao final da manhã de hoje (ver caixa). Segundo apurou o Diário Económico (DE) junto de fonte próxima da operação, a meio da tarde de ontem a procura já tinha ultrapassado em 1,5 vezes o total da oferta.
O sucesso desta operação espelha o interesse recente dos investidores institucionais em emissões de longo prazo, em especial no caso dos fundos de pensões. “Quem tem de cobrir responsabilidades de longo prazo, como os fundos de pensões, é natural que procure activos com maturidades de 15 e 30 anos”, explicou Nuno Godinho, gestor de fundos da Santander SGFIM. “Antes, existia pouca liquidez nas maturidades mais longas. Agora é mais atractivo, até porque os gestores procuram aproveitar o facto das taxas de juro estarem em níveis muito baixos”, acrescentou.
A emissão a 15 anos de Portugal acontece numa semana em que a Itália realiza hoje uma operação do género, no valor de 5,25 mil milhões de euros. Na quinta-feira será a vez da Espanha. A França e a Grécia podem igualmente emitir dívida pública durante esta semana. No total, deverão ser emitidos 21 mil milhões de euros até sexta-feira.
Este forte movimento de oferta inundou ontem o mercado de títulos, impulsionando assim as ‘yields’ (taxas de rendimento até à maturidade) das obrigações da zona euro. As ‘Bunds’ alemãs a dez anos subiram para o máximo de uma semana nos 3,5%. Na semana passada, as ‘yields’ de longo prazo caíram para mínimos históricos, com os preços das obrigações a dispararem perante a forte procura dos fundos de pensões.
Refira-se que o sucesso da emissão portuguesa acontece em vésperas das eleições legislativas, reforçando a ideia de que o mercado desvaloriza o impacto da instabilidade política.
Negociação já amanhã
O período de subscrição da emissão de OT a 15 anos da República Portuguesa terminará hoje a meio da sessão, devendo o livro de ofertas ser fechado até ao final do dia e o ‘pricing’ definido nessa altura. A liquidação das ofertas irá decorrer nos cinco dias posteriores, mas a negociação no mercado secundário não oficial poderá realizar-se já a partir de amanhã, imediatamente após a fixação do ‘pricing’. A ‘yield’ da operação deverá fixar-se três a um pontos base abaixo da taxa de referência para o prazo de 15 anos, que ontem subiu para os 3,7%.
Pedro Ferreira Esteves
Negociação das novas Obrigações do Tesouro poderá começar no mercado não oficial a partir de amanhã.
A primeira emissão de sempre de dívida pública portuguesa a 15 anos está a ser muito bem recebida pelo mercado e já foi totalmente subscrita. Isto acontece numa altura em que outros Estados da zona euro estão a aproveitar a elevada procura por esta maturidade para realizar emissões a 15 anos ao longo desta semana.
O Instituto de Gestão de Crédito Público (IGCP) anunciou ontem que irá emitir 3 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro (OT) a 15 anos durante esta semana, devendo o período de subscrição, que se iniciou ontem, decorrer até ao final da manhã de hoje (ver caixa). Segundo apurou o Diário Económico (DE) junto de fonte próxima da operação, a meio da tarde de ontem a procura já tinha ultrapassado em 1,5 vezes o total da oferta.
O sucesso desta operação espelha o interesse recente dos investidores institucionais em emissões de longo prazo, em especial no caso dos fundos de pensões. “Quem tem de cobrir responsabilidades de longo prazo, como os fundos de pensões, é natural que procure activos com maturidades de 15 e 30 anos”, explicou Nuno Godinho, gestor de fundos da Santander SGFIM. “Antes, existia pouca liquidez nas maturidades mais longas. Agora é mais atractivo, até porque os gestores procuram aproveitar o facto das taxas de juro estarem em níveis muito baixos”, acrescentou.
A emissão a 15 anos de Portugal acontece numa semana em que a Itália realiza hoje uma operação do género, no valor de 5,25 mil milhões de euros. Na quinta-feira será a vez da Espanha. A França e a Grécia podem igualmente emitir dívida pública durante esta semana. No total, deverão ser emitidos 21 mil milhões de euros até sexta-feira.
Este forte movimento de oferta inundou ontem o mercado de títulos, impulsionando assim as ‘yields’ (taxas de rendimento até à maturidade) das obrigações da zona euro. As ‘Bunds’ alemãs a dez anos subiram para o máximo de uma semana nos 3,5%. Na semana passada, as ‘yields’ de longo prazo caíram para mínimos históricos, com os preços das obrigações a dispararem perante a forte procura dos fundos de pensões.
Refira-se que o sucesso da emissão portuguesa acontece em vésperas das eleições legislativas, reforçando a ideia de que o mercado desvaloriza o impacto da instabilidade política.
Negociação já amanhã
O período de subscrição da emissão de OT a 15 anos da República Portuguesa terminará hoje a meio da sessão, devendo o livro de ofertas ser fechado até ao final do dia e o ‘pricing’ definido nessa altura. A liquidação das ofertas irá decorrer nos cinco dias posteriores, mas a negociação no mercado secundário não oficial poderá realizar-se já a partir de amanhã, imediatamente após a fixação do ‘pricing’. A ‘yield’ da operação deverá fixar-se três a um pontos base abaixo da taxa de referência para o prazo de 15 anos, que ontem subiu para os 3,7%.
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Banca
Bruxelas investiga blindagem na banca
Luís Rego, em Bruxelas
Numa altura em que se prepara para rever os poderes de supervisão das autoridades bancárias, Bruxelas suspeita que o Banco de Itália está a proteger a banca nacional das mãos do capital estrangeiro.
A Comissão Europeia (CE) receia que os bancos centrais estejam a abusar dos direitos de supervisão previstos na directiva do sistema bancário para vetar o controlo estrangeiro de bancos nacionais. A Itália é a primeira vítima desta investigação mas outros estados poderão seguir-se.
Em Portugal, pelas mesmas razões, o Estado já impediu a operação Santander/Champalimaud, com o então ministro Sousa Franco a bloquear a entrada dos espanhóis no sector financeiro português.
Foram os ministros das Finanças, em Setembro, que propuseram uma alteração ao artigo 16º da directiva do sistema bancário, que permite a um país vetar a aquisição com o argumento de garantir uma gestão sã e prudente da instituição. E além disso, mandatou-a para investigar casos individuais que correspondam a um abuso das regras. Estes receios foram lançados pela presidência holandesa, que quis combater as dificuldades de consolidação no sector bancário europeu, convidando o presidente do ABN AMRO, Rijkman Groenink, a expor o problema aos ministros. O banco holandês foi um dos que, no passado, teve de recuar na aquisição de uma parcela do banco italiano Antonoveneta. Também o espanhol BBVA foi travado na compra de uma parcela da Banca Nazionale del Lavoro. Em Itália, o banco central tem a última palavra sobre todas as fusões e aquisições no sector e também sobre a compra de mais de 5% de um banco local.
Bruxelas fez ontem saber que aguarda “uma clarificação da posição do banco de Itália”. O comissário Charlie McCreevy enviou uma carta na semana passada a António Fazio, o governador do Banco de Itália, pedindo garantias das autoridades bancárias de que não estavam a levantar “quaisquer obstáculos indefensáveis à participação estrangeira no sector bancário italiano”. O governador diz que “há intermediários internacionais importantes a operar em Itália, numa proporção maior que noutros sistemas bancários europeus”, concretizando que o capital estrangeiro domina 17% dos quatro maiores bancos italianos, contra 7% na Alemanha, 3% em França e 2,6% na Espanha. Ontem, o porta-voz de McCreevy respondeu que “a questão colocada à autoridade italiana não tem a ver com percentagens globais mas com a capacidade de um actor estrangeiro ascender a uma posição dominante num banco italiano”.
Bruxelas investiga blindagem na banca
Luís Rego, em Bruxelas
Numa altura em que se prepara para rever os poderes de supervisão das autoridades bancárias, Bruxelas suspeita que o Banco de Itália está a proteger a banca nacional das mãos do capital estrangeiro.
A Comissão Europeia (CE) receia que os bancos centrais estejam a abusar dos direitos de supervisão previstos na directiva do sistema bancário para vetar o controlo estrangeiro de bancos nacionais. A Itália é a primeira vítima desta investigação mas outros estados poderão seguir-se.
Em Portugal, pelas mesmas razões, o Estado já impediu a operação Santander/Champalimaud, com o então ministro Sousa Franco a bloquear a entrada dos espanhóis no sector financeiro português.
Foram os ministros das Finanças, em Setembro, que propuseram uma alteração ao artigo 16º da directiva do sistema bancário, que permite a um país vetar a aquisição com o argumento de garantir uma gestão sã e prudente da instituição. E além disso, mandatou-a para investigar casos individuais que correspondam a um abuso das regras. Estes receios foram lançados pela presidência holandesa, que quis combater as dificuldades de consolidação no sector bancário europeu, convidando o presidente do ABN AMRO, Rijkman Groenink, a expor o problema aos ministros. O banco holandês foi um dos que, no passado, teve de recuar na aquisição de uma parcela do banco italiano Antonoveneta. Também o espanhol BBVA foi travado na compra de uma parcela da Banca Nazionale del Lavoro. Em Itália, o banco central tem a última palavra sobre todas as fusões e aquisições no sector e também sobre a compra de mais de 5% de um banco local.
Bruxelas fez ontem saber que aguarda “uma clarificação da posição do banco de Itália”. O comissário Charlie McCreevy enviou uma carta na semana passada a António Fazio, o governador do Banco de Itália, pedindo garantias das autoridades bancárias de que não estavam a levantar “quaisquer obstáculos indefensáveis à participação estrangeira no sector bancário italiano”. O governador diz que “há intermediários internacionais importantes a operar em Itália, numa proporção maior que noutros sistemas bancários europeus”, concretizando que o capital estrangeiro domina 17% dos quatro maiores bancos italianos, contra 7% na Alemanha, 3% em França e 2,6% na Espanha. Ontem, o porta-voz de McCreevy respondeu que “a questão colocada à autoridade italiana não tem a ver com percentagens globais mas com a capacidade de um actor estrangeiro ascender a uma posição dominante num banco italiano”.
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Mercado penaliza Citigroup
Mercado penaliza Citigroup
P.F.E.
O Citigroup está a ser fortemente penalizado pela polémica venda de obrigações de dívida pública realizada em Agosto do ano passado. As vendas do banco norte-americano neste mercado caíram para o mínimo em cinco anos, de acordo com e a sua quota baixou fortemente.
A Espanha, Itália, Áustria e a Bélgica optaram por escolher rivais do Citigroup para liderarem a colocação de um total de mais de 35 mil milhões de euros nos seis meses até 31 de Janeiro. Em Portugal, o IGCP não confirmou se a suspeita operação de Agosto último influenciou de alguma forma a selecção dos Operadores Especializados de Valores do Tesouro (OEVT) que compõem o sindicato bancário responsável pela colocação dos 3 mil milhões de euros de OT a 15 anos.
“Os critérios de selecção do sindicato estão ligados ao desempenho global dos OEVT, ao seu posicionamento em sindicatos anteriores ou na distribuição equivalente de mandatos. São critérios objectivos”, esclareceu ao DE, Franquelim Alves, presidente do IGCP.
O Citigroup faz parte do grupo de quinze OEVT do mercado português, tendo sido um dos mais utilizados pelo IGCP nos últimos cinco anos. No entanto, na única nova emissão realizada por Portugal desde Agosto do ano passado os líderes são o BES, BNP Paribas, Calyon, Deutsche Bank e Morgan Stanley.
Alguns reguladores europeus estão a investigar se o Citigroup manipulou a venda de 12,4 mil milhões de euros em OT da zona euro com vista a realizar mais-valias na compra, alguns minutos depois, dos títulos a preços mais baixos.
P.F.E.
O Citigroup está a ser fortemente penalizado pela polémica venda de obrigações de dívida pública realizada em Agosto do ano passado. As vendas do banco norte-americano neste mercado caíram para o mínimo em cinco anos, de acordo com e a sua quota baixou fortemente.
A Espanha, Itália, Áustria e a Bélgica optaram por escolher rivais do Citigroup para liderarem a colocação de um total de mais de 35 mil milhões de euros nos seis meses até 31 de Janeiro. Em Portugal, o IGCP não confirmou se a suspeita operação de Agosto último influenciou de alguma forma a selecção dos Operadores Especializados de Valores do Tesouro (OEVT) que compõem o sindicato bancário responsável pela colocação dos 3 mil milhões de euros de OT a 15 anos.
“Os critérios de selecção do sindicato estão ligados ao desempenho global dos OEVT, ao seu posicionamento em sindicatos anteriores ou na distribuição equivalente de mandatos. São critérios objectivos”, esclareceu ao DE, Franquelim Alves, presidente do IGCP.
O Citigroup faz parte do grupo de quinze OEVT do mercado português, tendo sido um dos mais utilizados pelo IGCP nos últimos cinco anos. No entanto, na única nova emissão realizada por Portugal desde Agosto do ano passado os líderes são o BES, BNP Paribas, Calyon, Deutsche Bank e Morgan Stanley.
Alguns reguladores europeus estão a investigar se o Citigroup manipulou a venda de 12,4 mil milhões de euros em OT da zona euro com vista a realizar mais-valias na compra, alguns minutos depois, dos títulos a preços mais baixos.
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