Caldeirão da Bolsa

PSI-20 desliza pressionado por EDP

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por marafado » 9/2/2005 14:34

Sócrates admite acesso ilimitado a contas bancárias


Notícia agenciafinanceira.com
(09/02/05)-(Agência Financeira) A promessa eleitoral de José Sócrates, em aproximar as regras do levantamento do segredo bancário para efeitos fiscais ao regime espanhol, vai implicar um grande avanço em matéria de prestação de informações por parte da banca, noticia o Diário Económico.

É que Espanha é um dos países da OCDE onde as regras de levantamento do segredo bancário são mais flexíveis, por se entender que elas constituem um obstáculo ao conhecimento da situação patrimonial dos contribuintes. Acresce ainda que em Espanha, à semelhança de boa parte dos países da OCDE, os bancos estão obrigados ao envio automático e periódico de um conjunto de informações sobre os seus clientes.
 
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por marafado » 9/2/2005 14:33

Concorrência quer redução preços nas telecomunicações entre 10 e 15%


Notícia agenciafinanceira.com
(09/02/05)-(Agência Financeira) Adiantou que «a falta de uma concorrência efectiva neste sector prejudica toda a economia - desde logo os consumidores, que são penalizados em termos de preço e serviço».

Explicou que «a sociedade é também atingida - preços altos e qualidade baixa traduzem-se em atrasos no desenvolvimento do próprio país», sendo que «para empresas que estão sujeitas à concorrência externa, como quase toda a indústria e agricultura e que gastem em média 20% dos seus inputs neste tipo de bens e serviços, representa um sobre-custo médio duns 13%».

Lembrou que, «desde o primeiro dia, a AC identificou as telecomunicações como um dos sectores prioritários na sua actuação», estando a desenvolver «um estudo aprofundado sobre o sector» que vai apontar «pistas para a solução de alguns problemas».

Recordou que a AC tem «também em curso diversos processos originados por queixas de operadores» contra o incumbente Portugal Telecom (PT) e reafirmou que o primeiro semestre deste ano será o das Telecomunicações.

«Espero ter, proximamente, alguns dossiers concluídos e também instrumentos, como o estudo que estamos a levar a cabo com a Universidade de Nova Iorque, que nos permitam elencar as diferentes alternativas sobre a política concorrencial no sector», disse Abel Mateus, discursando na Agência para a Sociedade do Conhecimento.

«O nosso objectivo é conseguir uma redução geral e sustentada dos preços finais de 10 a 15 pct, no curto prazo, o que nos permitiria começar a aproximar das melhores práticas europeias», adiantou.

Destacou a importância do novo regime de aquisição de bens e serviços de telecoms por parte do Estado, estimando-se que «as necessidades do Estado em termos de bens e serviços de telecomunicações representem 300 a 400 milhões de euros (ME) por ano, que é uma parcela não dispiciente do mercado».

Recordou que «o mercado das telecomunicações em Portugal, a valores de 2003, vale cerca de 8.000 ME, ou seja perto de mais de 6% do PIB, mas, para os operadores que entraram no mercado depois da liberalização, a possibilidade de disputar o fornecimento de bens e serviços a um cliente com as necessidades do Estado não é irrelevante».

«Historicamente, o Estado contratava os serviços de comunicações ao incumbente, por seu lado a quota de mercado do incumbente é bastante elevada - em 2001, citando dados da OCDE, o incumbente tinha 85% do total de mercado», afirmou.
 
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por marafado » 9/2/2005 14:32

Resultados da Cisco condicionam futuros de Wall Street

DE


Segundo os analistas, a praça novaiorquina deve abrir em queda influenciada pelos resultados abaixo do esperado que a tecnológica norte-americana apresentou ontem após a sessão. A queda do preço do barril do petróleo está a penalizar as petrolíferas, as quais também devem pressionar Wall Street.

Deste modo, às 12h47, os futuros do índice Dow Jones seguiam inalterados nos 10 722,0 pontos, enquanto que os do Nasdaq-100 cresciam dois pontos para os 1531,5 pontos.
 
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por marafado » 9/2/2005 14:31

Lucros do sistema Mapfre crescem 23,1% em 2004

Lusa


Os lucros do sistema Mapfre, que agrupa todas as actividades do primeiro grupo segurador espanhol, cresceram 23,1 por cento em 2004, face ao ano anterior, para 549,6 milhões de euros, anunciou hoje a companhia de seguros.

Segundo um comunicado emitido pela Mapfre, "os resultados devem-se à boa evolução da produção que se situou nos 10 577,2 milhões de euros no final do ano passado, o que corresponde a um acréscimo de 14,4 por cento em relação a 2003".

A empresa nota que para o resultado líquido contribuiu ainda a integração do grupo Musini, adquirido em 2003, os resultados técnicos, e o crescimento orgânico alcançado "na maioria dos mercados e ramos de negócio em que opera o grupo segurador", acrescenta.

Todos estes factores fizeram com que a Corporación Mapfre, a divisão do grupo cotada em Bolsa e que agrupa a maioria das filiais menos as apólices dos ramos automóvel e dos seguros Vida na América, encerrasse com um lucro de 182,94 milhões de euros, cerca de 29,49% mais que em 2003.

Este valor supera o objectivo a que se propôs o grupo, na ordem dos 10 por cento para o crescimento dos resultados líquidos.

As receitas globais da Corporación Mapfre, a maior parte provenientes de prémios de seguro directo, atingiram 8,14 mil milhões de euros, o que representa um acréscimo de 17,7 por cento face a 2003.

A Mapfre vai propor à Assembleia Geral a distribuição de um dividendo de 0,27 euros por acção, mais 28,5 por cento do que em 2003.

Do total do dividendo a distribuir pelos accionistas, já foram antecipados 0,15 euros em Novembro do ano passado.
 
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por marafado » 9/2/2005 14:29

Banca
Lucro do ABN cresce 30%

DE


Os resultados do ABN AMRO totalizaram 4,1 mil milhões de euros no ano passado, o que representa um crescimento de 30% face a 2003.

Esta progressão reflecte os ganhos gerados pela venda da sua participada de ‘leasing’, uma vez que os resultados operacionais do banco holandês diminuíram 1,64%.
 
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por marafado » 9/2/2005 14:28

Mercado de capitais
BES integra ‘top 10’ dos preferidos do Citigroup

Diogo Nunes


As acções do Banco Espírito Santo (BES) constam da lista dos dez títulos preferidos pelo Citigroup-Smith Barney, na Europa continental, em 2005.

O BES aparece na nona posição numa lista que contém as empresas europeias que a casa de investimento considera estarem mais subvalorizadas desde Março de 2003. Nesta data, os papéis do BES valiam 14,6 euros, o que significa que, apesar de a maioria das acções europeias terem recuperado das cotações mínimas verificadas neste período, o BES foi um dos títulos que se manteve abaixo desse nível. Os títulos do BES têm sido negociados na barreira dos 13,30 euros, o que corresponde a uma queda próxima dos 9% nos últimos dois anos.

O Citigroup-Smith Barney sublinha, em nota de ‘research’, que o preço das acções europeias se encontra actualmente nivelado pelos registos de Março de 2003 e que a sua aposta em 2005 passa pelos títulos cuja cotação actual se encontra abaixo do valor que apresentavam há 23 meses. Recorde-se que no dia 13 de Março de 2003, o índice europeu DJ Stoxx bateu no ponto mais baixo de sempre, ao cair até aos 162 pontos.

A escolha da casa de investimento tem por base um indicador que estabelece o produto entre o ‘dividend yield’ e o aumento previsto dos dividendos. Assim, as acções do BES entram na lista das ‘10 mais’ do maior banco do mundo para o presente ano, lado a lado com alguns gigantes europeus, casos das operadoras de telecomunicações francesa e alemã e da Vodafone.
 
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por marafado » 9/2/2005 14:27

Metais preciosos
Ouro no mínimo de quatro meses

Diogo Nunes


Mercado reage à possibilidade de o FMI vender parte das reservas.

O preço do ouro caiu para o valor mais baixo desde Outubro do ano passado. O mercado agitou-se com a possibilidade avançada na reunião do Grupo dos Sete (G7), que considera que o Fundo Monetário Internacional (FMI) pode vender parte das suas reservas em ouro de forma a possibilitar o alívio da dívida aos países subdesenvolvidos.

O comunicado final dos ministros das Finanças do G7, reunidos em Londres, sublinha que o director-geral do FMI, o espanhol Rodrigo Rato, irá examinar as propostas apresentadas pelas sete nações mais ricas do mundo. Estas propostas apontam para a valorização ou para a alienação de parte das reservas do FMI de forma a diminuir a pobreza global.

Apesar de os responsáveis norte-americanos terem levantado dúvidas sobre o uso das reservas de ouro do FMI, tendo declarado que têm outros planos para o combate à pobreza, o clima de indefinição instalou-se no mercado.

A notícia provocou uma descida significativa no preço do ouro, e a incerteza deve estender-se até à próxima reunião do FMI, marcada para Washington no próximo mês de Abril.

Esta instituição detém pouco mais de 100 milhões de onças de ouro, possuindo a terceira maior reserva mundial deste metal precioso na actualidade. Contudo, devido aos acordos datados de 1971, a maioria do ouro do FMI está avaliado entre os 40 e os 50 dólares por onça, o que significa um valor 10 vezes abaixo dos preços actualmente praticados.

Na segunda-feira, quando foi conhecida a decisão do G7, o preço caiu para os 413 dólares por onça, acentuando a queda para os 411 dólares na sessão de ontem. O ouro já recuou 9% desde que atingiu o seu pico máximo em Dezembro passado, nos 456,75 dólares. Os analistas, em declarações à Reuters, consideram que “qualquer que seja a decisão, o mercado vai estar desconcertado até Abril, à espera da reunião do FMI”.

Preços recuam
Decisão do G7 pressionou de imediato os preços do ouro.
 
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por marafado » 9/2/2005 14:27

Fundação Champalimaud é o sexto accionista do Santander

Maria João Gago


Instituição detém 0,4% do banco espanhol e 24,3% dos restantes activos do falecido António Champalimaud.

A Fundação Sommer Champalimaud, presidida por Leonor Beleza, passou a ser um dos maiores accionistas do Grupo Santander, na sequência da distribuição da herança do falecido empresário António Champalimaud. A instituição controla 0,4% do banco espanhol, uma vez que, de acordo com o testamento do antigo banqueiro, é herdeira de 24,3% de todos os activos financeiros ou imobiliários.

Analisando a estrutura accionista pública do Santander, a fundação, cuja designação completa é Fundação D. Anna de Sommer Champalimaud e Dr. Carlos Montez Champalimaud, passou a ser o sexto maior accionista do grupo financeiro.

Tendo em conta a cotação actual do banco espanhol, a participação da Fundação Sommer Champalimaud está avaliada em cerca de 230 milhões de euros, ou seja, quase metade da dotação de 500 milhões de euros que a herança do antigo empresário destinou à criação desta entidade vocacionada para a investigação científica na área da medicina.

A posição no Santander, assim como as restantes participações financeiras de António Champalimaud que couberam à instituição, vão ser detidas através de uma sociedade criada para o efeito, revelou Daniel Proença de Carvalho, o advogado do empresário, ao Diário Económico.

Além dos investimentos financeiros, a instituição liderada por Leonor Beleza fica ainda com 24,3% da ‘holding’ que o empresário detinha no Brasil, que controla duas propriedades agrícolas e a cimenteira Soeicom, e com uma percentagem equivalente dos 260 hectares de terrenos situados na Quinta da Marinha e da casa na Lapa, em Lisboa. Neste último caso, a fundação deverá receber, no futuro próximo, 24,3% do valor da venda deste imóvel, que, de acordo com a vontade de António Champalimaud, vai ser alienada, confirmou Proença de Carvalho.

Os restantes herdeiros do empresário recebem participações nos mesmos activos em função da percentagem da herança que lhes foi atribuída. Cada um dos cinco filhos do banqueiro tem direito a 9,52% do património, enquanto os netos dos dois filhos já falecidos, António Carlos (dois herdeiros) e João (três filhos), têm de partilhar entre si idênticas fatias da fortuna. Foram ainda beneficiados na herança quatro outros familiares de António Champalimaud, que vão partilhar entre si 9% do património.

Sede vai ser construída de raiz
A sede da Fundação D. Anna de Sommer Champalimaud e Dr. Carlos Montez Champalimaud vai ser construída de raiz, por forma a que o edifício tenha condições para albergar infra-estruturas destinadas à investigação própria, revelou Leonor Beleza, presidente da instituição, em entrevista à revista de domingo do jornal Público. Provisoriamente, a fundação vai ficar localizada em instalações provisórias já identificadas.

Neste momento, a instituição está numa fase de “constituição dos órgãos, as condições financeiras para se começar a operar estão a verificar-se e vou pedir o estatuto de utilidade pública”, adiantou a mesma responsável. O conselho de administração da instituição vai integrar, além da própria Leonor Beleza, o economista António Borges e o antigo dirigente do PSD João Silveira Botelho como vice-presidentes, tal como o DE já tinha noticiado. Além deste órgão, a fundação contará ainda com um conselho de curadores e um conselho científico, cujos membros serão conhecidos em breve, prometeu a responsável máxima da instituição.

A Fundação Sommer Champalimaud vai dedicar-se à investigação bio-médica, fazendo uma aposta particular no campo da oftalmologia. Leonor Beleza pretende apoiar investigadores portugueses, mesmo os que estão a trabalhar fora de Portugal, e também estrangeiros. Além disso, quer estimular jovens a “optarem pela carreira científica”.
 
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por marafado » 9/2/2005 14:26

PT e Telefónica revêem mecanismo de repartição de lucros no Brasil

Diana Brito Nunes


A PT descarta para já a hipótese de colocar a Brasilcel em bolsa, enquanto que um documento da Telefónica aposta nessa possibilidade.

A Portugal Telecom e a Telefónica reviram o seu pacto de accionistas para o mercado móvel brasileiro, de acordo com um documento interno da maior operadora espanhola, divulgado na edição de ontem do jornal espanhol Cinco Dias. A revisão do pacto entre as operadoras tem como objectivo aumentar o crescimento e concretizar a repartição das comissões de gestão.

Em declarações ao DE fonte oficial da PT confirmou que se procedeu a uma “afinação dos mecanismos de repartição de lucros” entre as duas empresas, mas que essas alterações “são apenas um procedimento interno e que na essência do acordo nada mudou”.

Segundo o Cinco Dias, o documento da Telefónica avança ainda pela primeira vez de forma explicita com a possibilidade de a Brasilcel, vir a ser cotada em bolsa, o que a realizar-se obrigaria a uma nova revisão do acordo.

Quanto à possibilidade da dispersão em bolsa do capital da Brasilcel, a PT garante que não há alterações na estrutura do negócio que possam justificar essa decisão.

A alteração ao pacto de accionistas, assinado em Outubro de 2002 para criar uma fusão das operações móveis das suas empresas e uma sociedade conjunta, determina que em caso de desacordo, a vontade de uma das partes não será preterida pela outra, desde que cumpra determinados requesitos. Os requesitos, batizados de Princípios de Crescimento da empresa visam essencialmente regular o crescimento de cada uma das empresas no Brasil, através da compra de outras companhias e o desenvolvimento de mais negócios.

A revisão do pacto estabelece ainda que as empresas devem dividir os lucros económicos de qualquer contrato de gestão, presente ou futuro, assinado por uma das filiais da Brasilcel presente ou futuro, e devem ainda trocar informação trimestral relativa aos resultados obtidos com o negócio móvel brasileiro.

Máximos da PT em bolsa contrariam analistas
As acções da PT voltaram ontem a atingir o valor máximo desde Maio de 2001, registando um comportamento contrário às recomendações de duas casas de investimento internacionais que consideraram o título pouco atraente em notas divulgadas na segunda-feira. Para a Morgan Stanley, a PT deverá reportar resultados “desanimadores” no quarto trimestre de 2004, penalizados pela redução das margens dos negócios do grupo no Brasil e pelo abrandamento registado nos negócios móvel e de media, avançando com prespectivas pouco animadoras para 2005. Também Deutsche Bank considerou a PT uma das operadoras europeias menos atraentes.
 
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por marafado » 9/2/2005 14:25

API identifica investimentos de 2,5 mil milhões bloqueados no turismo

Gilda Sousa


As dificuldades no ambiente e no ordenamento mantêm-se, apesar da pressão da API e de o Governo ter criado um centro de coordenação.

A Agência Portuguesa para o Investimento (API) diz que os projectos de investimento turístico bloqueados na administração pública atingem os 2,5 mil milhões de euros. O ‘dossier’ mais antigo data de 1993, refere um nota de Dezembro. A situação atinge a maior parte da carteira de intenções de investimento turístico da API, cujo valor total ascende a 3.529 milhões de euros.

Questionado pelo DE, Costa Lima, o presidente executivo da API, diz que a agência tem vindo a acompanhar estes projectos a pedido dos empresários, assegurando a coordenação das várias entidades públicas. O responsável assegura que a articulação com o CALPTE “foi a melhor”. O Centro de Apoio ao Licenciamento de Projectos Turísticos Estruturantes (CALPTE), criado em Julho de 2003, para ajudar a desbloquear os dossiers mais antigos, foi extinto em Dezembro. (ver texto abaixo). Costa Lima sublinha, no entanto, a dificuldades da missão: “trata-se de um trabalho complexo, onde se encontram múltiplos obstáculos, quer por existirem várias instituições envolvidas - com preocupações e atribuições/visões diferentes e que podem emitir pareceres de sentido divergente - quer pelas diferentes interpretações dadas à mesma legislação em pareceres técnicos que podem causar dificuldades indesejadas, agravadas pela escassez de articulação institucional”.

Quanto ao CALPTE, Costa Lima reconhece o esforço, ainda que pouco produtivo. É necessário ter em conta que “os objectivos do CALPTE prendem-se com o licenciamento turístico e de construção, quando as grandes questões que obstam ao licenciamento estão a montante, no ordenamento e ambiente”. A nota emitida no final de Dezembro, sobre a evolução dos custos de contexto, inclui extractos de cartas enviadas ao Governo por Miguel Cadilhe, o presidente da API. Uma das chamadas de atenção prendia-se com os tempos de resposta e da administração pública, a maior crítica dos empresários: “não se trata de dizer sim, muito menos dizê-lo incondicionalmente (…). Trata-se de dar, em tempo útil e razoável, uma resposta clara e conclusiva.”
 
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por marafado » 9/2/2005 14:24

Retalho
As dez grandes tendências do sector

Luís Villalobos


Retalhistas estão em mais mercados, mas têm de valorizar o consumidor individual, diferenciando-se da concorrência.

1 - Transformações na economia mundial
Os grupos retalhistas estão perante uma mudança da economia global. Até agora, foram os EUA a liderar o crescimento mundial, mas este país terá de diminuir o défice, pelo que o crescimento da procura terá de mudar para outra região, e o dólar tenderá a desvalorizar-se mais. Actualmente, já se nota o forte crescimento do consumo na China. Na Europa, irá verificar-se uma inflação e taxas de juro baixas, ficando mais dependente do consumo em detrimento da exportações. As oportunidades de crescimento estão além-fronteiras, com destaque para as empresas dos EUA, mas as queda do dólar pode torná-las mais vulneráveis a aquisições.

2 - Marketing individual para seis mil milhões
De acordo com a Deloitte, o desafio consiste em resolver o dilema que opõe a existência de um mercado global de seis mil milhões de consumidores e a necessidade de perceber, individualmente, as necessidades de cada potencial cliente. As despesas com a vertente de marketing continuam a subir, ao mesmo tempo que as empresas trocam informações com os seus abastecedores. A demografia é cada vez uma ciência para o sector, com a empresas a orientarem-se para segmentos como os idosos com alto poder de compra, ou a tendência revivalista, em que muitos clientes estão dispostos a pagar pela sua nostalgia.

3 - Internet e o poder dos consumidores
A Internet está em expansão e a desenvolver-se com a banda larga, calculando-se que haja cerca de 600 milhões de utilizadores. Na Europa, com destaque para Alemanha e Inglaterra, já se vendeu mais ‘on-line’ no Natal de 2004 do que nos EUA. A Internet permite que o consumidor esteja mais bem informado, faça a comparação de preços em casa, e reduz a fidelidade às marcas. Por outro lado, permite tomar a decisão de compras antes da deslocação física às lojas. A análise do tráfego nos ‘sites’ é uma boa ferramenta para os retalhistas, e grupos como a Tesco estão a apostar forte na Internet.

4 - A importância da gestão do risco
Depois de escândalos contabilísticos que abalaram as vendas e a credibilidade de empresas como a Ahold, os retalhistas parecem ter hoje a noção da importância de questões como a responsabilidade social. As novas normas contabilísticas obrigam a uma maior transparência, e as empresas apostam em práticas contínuas de gestão de risco. Se os grupos em geral apostam em factores como a monitorização de quem os abastece, os retalhistas estão atentos a questões como a obesidade. Muitas empresas do sector alimentar já têm produtos de marca própria com baixo teor de gorduras. Para a Deloitte, “as organizações começam a perceber que a ética, boa governação e relatórios fiáveis são benéficos para a empresa a longo prazo”.

5 - Estreitar as ligações na cadeia de abastecimento
O esforço de colaboração entre abastecedores e retalhistas, tal como a aposta na tecnologia, ajudou a reduzir “de forma dramática” o tempo que os produtos demoram a chegar às prateleiras, de acordo com a Deloitte. Soluções de frequência rádio como o RFID permitem o aperfeiçoamento da gestão de inventários. A reposição em alta velocidade e conforme a procura, bem como a necessidade de rastreabilidade no alimentar tornam indispensável uma maior aposta dos grupos na cadeia de abastecimento.

6 - Mudanças rápidas na indústria
Se é difícil atingir uma determinada posição no mercado, é fácil perdê-la a qualquer momento. Os hipers estão a perder terreno para os supers e os ‘discount. As lojas de música em risco pelos ‘download’ da Internet e os consumidores são cada vez mais infiéis. Os retalhistas bem sucedidos estão a adaptar-se às movimentações, olhando, por exemplo, para a China como abastecedor, e a aposta na tecnologia está a dar retorno em aspectos como a logística e produtividade. Para todos os efeitos, diz a Deloitte. os fundamentais mantêm-se: o foco na marca e no que representa para os clientes.

7 - Sublinhar a diferenciação
A diferenciação é o factor de maior sucesso no mercado, mas não apenas pela via do preço. Mais cedo ou mais tarde, sublinha a Deloitte, outro concorrente vai encontrar uma maneira de vender mais barato. Para muitos consumidores, no retalho não se trata apenas de vender, mas de proporcionar uma experiência e de fornecer valor. Esse valor pode ser muitas coisas, como inovação, entretenimento, serviço, individualidade ou exclusividade. À falta de outros sectores da sociedade, são as empresas quem tem fornecido as ligações emocionais, “ajudando” as pessoas a criar a sua identidade. As empresas de luxo têm percebido esta noção ao longo dos tempos. Para a Deloitte, o sucesso da diferenciação surge através do ‘branding’. “O mundo do retalho está repleto de empresas que foram à falência por não cumprirem a promessa das suas marcas junto dos clientes”, diz a empresa.

8 - Fornecer uma experiência ao cliente
A proliferação das opções disponíveis no mercado, nomeadamente por via da globalização e Internet, faz com que haja cada vez mais empresas a competir por uma fatia do poder de consumo de cada um. A tecnologia ajuda a fornecer produtos de acordo com a expectativa dos clientes, mas não basta. A prestação de um serviço amigável e diligente também ajuda a manter a fidelidade. As empresas estão também a reter os consumidores através de esquemas de fidelização, como os cartões, e do marketing directo. Com base na informação adquirida por estas vias, e também pela Internet, fazem-se análises rigorosas dos padrões de consumo. O objectivo é fornecer uma experiência de compra recompensadora, e exceder as expectativas, ganhando assim vantagem comparativa e competitiva.

9 - Elaborar uma execução estratégica
Inventários, decisões sobre preços e recursos humanos são as três áreas onde o planeamento estratégico e a sua execução dão maior retorno. A cadeia de abastecimento tem sido fundamental para melhorar a performance do negócio, encontrando modos mais eficazes de colocar os produtos nas prateleiras. A colocar a oferta ao encontro da procura, de forma mais rápida, as margens crescem. Na vertente laboral, factores como compensações, organização, boa conduta e condições de trabalho beneficiam a empresa, já que valorizam o activo mais importante: os trabalhadores. Estes, por sua vez, são o contacto directo com os clientes. Um bom planeamento, com a elaboração de objectivos e o seu acompanhamento são indispensáveis à gestão e ao futuro do negócio.

10 - A necessidade da globalização
O retalho está hoje mais globalizado do que nunca, mas ainda não é tão universal como o sector da indústria. As empresas estão activas, apostando em mercados como a China. Dos 250 do ‘ranking’, 31 já estão neste país. Zonas como Europa Central e do Leste e América Latina também estão em crescimento., com os retalhistas europeus a serem os mais activos. Por outro lado, o Sudoeste asiático, Golfo Pérsico, Rússia e Índia estão a ser seguidos atentamente. À medida que os mercados domésticos ficam saturados, as empresas olham para outras oportunidades de crescimento, como foi o caso da JM e Sonae. Dentro desta visão, as fusões e aquisições envolvendo empresas de países diferentes tenderá a continuar, desde que traga valor aos accionistas.
 
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por marafado » 9/2/2005 14:24

Maiores empresas retalhistas acentuam internacionalização

Luís Villalobos


Sonae surge na 145ª posição no ‘ranking’ dos 250 maiores retalhistas mundiais feito pela Deloitte. Jerónimo Martins está em 162º lugar.

As maiores empresas retalhistas a nível mundial estão a reforçar a aposta na internacionalização, de acordo com o estudo da Deloitte intitulado “2005 Global Powers of retailing”.

Segundo este documento, que efectua uma análise aos 250 maiores operadores globais com base no ano de 2003, estas empresas operam em 135 países, o que dá uma média de 5,5 países por empresa. Em 1997, a média era de 4,5 países. “As vendas internacionais tornaram-se importantes para a estratégia de crescimento de diversos retalhistas”, diz a Deloitte.

No caso do líder mundial, a norte-americana Wal-Mart, as vendas internacionais cresceram 17% em 2003, e valem já 18% do total de receitas. Há, no entanto, muitas empresas dos EUA que englobam o ‘ranking’ da Deloitte e que apenas operam no mercado interno. Do total de retalhistas dos EUA que constam da análise, 44% apenas tem lojas no seu país de origem. Segundo a Deloitte, verifica-se uma “movimentação lenta” das empresas norte-americanas no mercado global, enquanto que os europeus, como a Carrefour têm sido mais “aventurosos”. Primeiro estenderam o seu campo ao resto da Europa, e agora estão a conduzir a experiência da internacionalização a nível global. Para a Deloitte, o alargamento de mercados é uma das dez grandes tendências do sector (ver texto ao lado). Dentro das 250 maiores empresas estão duas portuguesas, a Modelo-Continente, da Sonae, que surge na 145ª posição, e a Jerónimo Martins, que ocupa o 162º lugar. As duas empresas, tal como as suas congéneres europeias, parecem ter beneficiado da valorização do euro, já que o ‘ranking’ foi estabelecido em dólares (ver infografia). Em declarações ao DE, Luís Palha da Silva, CEO da JM, aponta que “a internacionalização é não apenas um desafio mas também uma realidade inelutável” (ver dito e caixas).

Apesar das empresas europeias estarem mais activas na internacionalização, são as norte-americanas que continuam a dominar em volume de vendas. Das 250 empresas analisadas, os retalhistas dos EUA valiam 47,7% em vendas. O universo da Deloitte vale 2,6 triliões de dólares, cerca de 1/3 do mercado total. Entre as dez maiores empresas, nove estavam ligadas à venda de alimentos, tendo os ‘hard discount’ tido um “forte crescimento”. Ao todo, existem 118 grupos retalhistas alimentares entre as 250 empresas. Verifica-se também, segundo a Deloitte, que os grupos que apostam num só segmento têm ganho vantagem aos que operam em vários formatos. A recuperação económica, por sua vez, tem levado à consolidação, como no caso da fusão entre a Kmart e a Sears, nos EUA.

Sonae quer manter liderança em Portugal
A Sonae Distribuição, líder do sector retalhista em Portugal, tem como objectivo consolidar a sua posição de liderança. No Brasil, mercado para onde internacionalizou o negócio no fim da década de 90, os objectivos são mais modestos, estando os investimentos indexados à geração do ‘cash-flow’ gerado pela operação local.

Nuno Jordão, presidente da empresa, já anunciou ter um plano de investimento de 200 milhões de euros para aplicar em Portugal este ano, com vista a assegurar a manutenção da posição de número 1 no sector. A aplicação do plano está, no entanto, condicionada ao número de licenças que forem atribuídas. A expectativa da Sonae Distribuição é ter o processo no terreno mais agilizado no segundo semestre do exercício. No fim de 2004, a Sonae Distribuição detinha 452 unidades, entre Portugal e o Brasil, nos formatos do retalho alimentar e especializado. A empresa, que opera em Portugal sob as insígnias Continente, Modelo e Modelo Bonjour, no alimentar, e Worten, Modalfa, Sportzone, Vobis, Maxmat e Zippy, no retalho especializado, conta com 282 unidades no país, das quais 107 alimentares e 175 especializadas. Em 2004, a empresa abriu 13 novas unidades. No Brasil, a Sonae possui 170 espaços comerciais. Em 2003, a Sonae Distribuição teve vendas brutas de 3,9 mil milhões de euros e lucros de 75 milhões.

Jerónimo Martins reforça na Polónia
O grupo Jerónimo Martins, depois de ter falhado a internacionalização em mercados como o Brasil ou o Reino Unido, apostou na Polónia como palco de crescimento fora de Portugal. Optando por um segmento de negócio que não detém no território nacional, o ‘hard discount’, através da cadeia Biedronka, a JM lidera este sector alimentar na Polónia.

Segundo as vendas preliminares de 2004, a Biedronka ultrapassou os mil milhões de euros em vendas, atingindo assim um peso de cerca de 1/3 das receitas totais da distribuição do grupo. As vendas consolidadas, nesse período, foram de 3.5 mil milhões, dos quais 311 milhões dizem respeito à vertente industrial. Em Portugal, o grupo liderado por Luís Palha da Silva, que tem os holandeses da Ahold como accionistas de 49% na JM Retalho, detém o segundo lugar no sector após a Sonae, através das insígnias Pingo Doce nos supermercados e Feira Nova nos hipermercados. A JM opera também na venda por grosso através do Recheio. O grupo mantém uma aposta forte na Polónia, cujo peso no grupo tem vindo a ser crescente, e sempre tendo em vista a expansão para outros mercados vizinhos. No caso polaco, a ideia é investir 50 milhões por ano até 2007, abrindo mais 60 lojas por cada doze meses. Para Portugal, o investimento é de cerca de 90 milhões por ano até 2007.
 
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por marafado » 9/2/2005 14:23

Economia nacional
PwC prevê crescimento de 2% para Portugal

Bruno Proença


Relatório apresenta projecções mais pessimistas do que as do Governo e de Bruxelas.

A riqueza produzida em Portugal deverá registar uma subida de 2% este ano, segundo as últimas previsões da PricewaterhouseCoopers (PwC) que constam do ‘European Economic Outlook’. A PwC apresenta, assim, uma projecção para a economia nacional que é menos optimista do que as previsões do Governo.

Segundo os cálculos da equipa das Finanças, ainda liderada por Bagão Félix, o produto nacional deverá subir 2,4% este ano, valor que consta do cenário macroeconómico do Orçamento do Estado para 2005 e que foi mantido na actualização do Programa de Estabilidade e Crescimento enviado pelo Governo para Bruxelas em Dezembro último.

As previsões da PwC são também mais pessimistas do que as da Comissão Europeia que, nas projecções de Outono, avançou com o valor de 2,2% para Portugal para este ano. Contudo, o Banco de Portugal é a instituição que apresenta a previsão mais pessimista com 1,6% para o crescimento da economia nacional em 2005.

Para 2006, a PwC prevê o valor de 2,5% e volta a ser menos optimista do que o Governo que espera que o produto registe uma subida de 2,7%.

O ‘European Economic Outlook’ sustenta as previsões para Portugal com as despesas do consumidor e o investimento que serão “os principais motores de crescimento em 2005-6”. “Como este factor irá acelerar as importações, a contribuição da balança comercial para o crescimento do PIB em 2005-6 deverá manter-se negativa, apesar de se esperar um aumento das exportações”, sublinha ainda a PwC.

Sobre a evolução do mercado laboral, o documento afirma que, “embora se mantenha alta, a taxa de desemprego deverá descer de forma gradual ainda este ano”. Ainda assim, o documento insere Portugal no grupo dos países com subidas na taxa de desemprego ao longo do ano transacto. No terceiro trimestre de 2004, a taxa de desemprego fixou-se em 6,8% da população activa.

Portugal volta a convergir com a Europa
A confirmarem-se as previsões da PwC, Portugal voltará este ano e no próximo a convergir com a zona euro, uma vez que, apesar dos níveis de crescimento pouco generosos, o produto nacional registará uma subida superior à da zona euro. O documento avança com os valores de 1,75% e 2% para o crescimento na zona euro em 2005 e 2006, respectivamente. Contudo, Portugal deverá ter um crescimento económico inferior ao previsto para Espanha no mesmo período.
 
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por marafado » 9/2/2005 14:22

Choque de competitividade
Espanhóis querem mais presença no mercado português

Luís Reis Ribeiro


Os empresários espanhóis estão a preparar um “plano de choque” para “recuperar a competitividade” da economia e “dinamizar o processo de internacionalização” das suas empresas, noticiou o Expansión.

Portugal, um dos “mercados tradicionais”, voltou a ser eleito como um dos países de destino da nova vaga de exportações e investimentos.

De acordo com o diário madrileno, os industriais, representados na inciativa pelo ICEX (Instituto Espanhol de Comércio Exterior), estão preocupados com o facto da procura externa líquida ter contribuído negativamente para o crescimento de 2004 (menos 1,6 pontos percentuais), isto embora a economia espanhola seja uma das mais dinâmicas da zona euro.

A iniciativa surge também na sequência de um estudo do Banco de Espanha, publicado no último relatório trimestral, que adverte para o “risco” de manutenção de diferenciais positivos entre os custos dos produtos de exportação espanhóis e os preços praticados pelos principais concorrentes internacionais. A este factor, juntou-se a forte apreciação do euro ao longo dos últimos meses de 2004, que contribuiu para uma maior deterioração dos níveis de competitividade.

O “choque de competitividade” será apresentado dentro dos próximos três meses e tem o patrocínio do Governo de José Luis Zapatero, mais concretamente do secretário de Estado do Turismo e Comérico, Pedro Mejía, o responsável directo pelo ‘dossier’.

Segundo o Expansíon, o programa visa dinamizar três grandes áreas: a diversificação dos mercados de destino das exportações e dos investimentos, o reforço da capacidade concorrencial dos bens e serviços transaccionáveis e o fomento à internacionalização das PME.

O choque de competitividade será conduzido no âmbito do Plano Integral de Desenvolvimento de Mercados (PIDM), aprovado em Dezembro pelo ministério da Indústria.

O “choque de competitividade” deverá traduzir-se em vários planos individuais por país. Em paralelo, explica o mesmo jornal, os técnicos do ICEX “já estão a preparar programas concretos para reforçar a presença espanhola nos mercados tradicionais e de grande potencial económico como França, Alemanha, Itália, Portugal e Reino Unido.

O “choque” elege como prioridade o incremento da produtividade através de mais investimento em tecnologia e uma maior aposta do conceito “Made in Spain”.
 
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por marafado » 9/2/2005 14:21

Estados Unidos
Contenção orçamental dos EUA é insuficiente

Luís Reis Ribeiro


Economistas consideram que é preciso mais para resolver o problema do défice externo.

O esforço de consolidação orçamental proposto pela administração Bush para o ano fiscal de 2006 continuará a ser insuficiente para resolver os desequilíbrios do sistema global de pagamentos. A subida da taxa de poupança dos norte-americanos e uma desvalorização adicional do dólar face às principais divisas internacionais são outros factores que podem e devem ajudar ao ajustamento do défice externo dos Estados Unidos, avaliado em cerca de 5% do PIB, defendem os analistas ouvidos pelo DE.

Na passada segunda-feira, o presidente norte-americano, George W. Bush, apresentou o Orçamento do Estado (OE) para o próximo ano, avaliado em 2.568 mil milhões de dólares (despesa total). Os cortes vão incidir sobretudo sobre as áreas da Agricultura, Habitação e Protecção Ambiental e a ideia é fazer com que o défice público regresse até aos 3% do PIB, interrompendo-se assim a tendência de derrapagem orçamental que durava há já quatro anos consecutivos, ou seja, um ano após Bush se ter tornado presidente da maior economia do mundo.

Contudo, o orçamento do próximo ano exclui os gastos com a ocupação do Iraque e do Afeganistão, devendo o Governo avançar com um pedido de 80 mil milhões de dólares extra ao Congresso, no final deste mês. Ainda assim, o gasto regular em Defesa (Pentágono), a área que mais recursos públicos consome, será reforçado de 400 para 419 mil milhões de dólares, uma subida de 4,8% face a 2005.

Rui Constantino, economista-chefe do Banco Santander Negócios, considera que as medidas de contenção enunciadas “até são favoráveis à correcção dos desequilíbrios externos”, mas “para que esta evolução seja sustentada vai ser preciso um apoio dos particulares através do aumento da taxa de poupança das famílias que hoje ronda apenas os 2% a 3% do rendimento disponível”. Paula Carvalho, do Banco BPI, frisa que “vai ser bastante complicado inverter este desequilíbrio orçamental e, logo, ajudar à correcção das contas externas”. A economista relembra que “praticamente não se encontram factores de impulso à economia, que está hoje a crescer muito perto do potencial”.

Ambos os especialistas destacam também que os esforços de consolidação poderão ser prejudicados quando a geração dos “baby boomers” entrar na reforma, o que acontecerá de 2007 ou 2008 em diante.

PIB norte-americano abranda até 2009
A economia norte-americana deverá desacelerar ao longo dos próximos quatro anos cerca de meio ponto percentual em termos acumulados, mostram os recentes prognósticos do Governo Bush, anteontem apresentados. O cenário macroeconómico, incluído no OE, aponta para uma expansão do PIB de 3,6% ao longo deste ano, para abrandar até aos 3,5% em 2006, deslizando depois até aos 3,1% em 2009.

A taxa de inflação, que este ano foi de 2,4%, deverá abrandar um décima até aos 2,3% em 2006, para voltar a estabilizar em torno dos 2,4% em 2009. Segundo, o Governo, o crescimento do PIB continuará a ser liderado pelo consumo e pelo investimento, haverá criação de postos de trabalho e uma ligeira diminuição do desemprego, que deslizará de 5,3% da população activa em 2005 para 5,1% em 2009.
 
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por marafado » 9/2/2005 14:19

Caixa Galicia vende 4,94% do Banco Pastor

DE


A Caixa Galicia revelou hoje ter alienado através do Deutsche Bank a sua participação no Banco Pastor por 84,4 milhões de euros.

Segundo a Caixa Galicia, as acções foram vendidas junto de investidores institucionais ao preço unitário de 26,10€, um desconto de 5,8% em relação ao fecho de terça-feira.
 
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por marafado » 9/2/2005 14:18

Petróleo cai em antecipação de aumento das reservas norte-americanas

DE


Os preços do crude encontram-se próximos dos valores mais baixos das últimas quatro semanas nos mercados internacionais, com os investidores a esperarem que os dados a divulgar nos EUA dêem conta de uma subida das reservas da maior economia do mundo.

Deste modo, às 8h26 o barril de Brent (petróleo de referência na Europa) para entrega em Março era transaccionado na Bolsa Internacional do Petróleo de Londres (IPE) a 42,70 dólares, menos 37 cêntimos do que no fecho de terça-feira.

À mesma hora, o contrato de Março do Light Sweet Crude (petróleo de referência na América do Norte e na Ásia) era negociado no NYMEX de Nova Iorque a 44,97 dólares, menos 43 cêntimos do que no término da última sessão.

Segundo os operadores, "não existem notícias que permitam uma subida dos preços, e de momento o mercado está 'overbought'", em particular devido às expectativas que os dados que serão divulgados pela Administração de Informação de Energia (EIA) nos EUA revelem um aumento das reservas de gasolina da maior economia do mundo na semana passada
 
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por marafado » 9/2/2005 14:18

Lucro operacional da Nissan sobe 5,1% no terceiro trimestre fiscal

DE


A segunda maior fabricante automóvel japonesa revelou hoje ter registado entre Outubro e Dezembro um resultado operacional de 208,69 mil milhões de ienes (1,54 mil milhões de euros), com o forte aumento das vendas nos EUA a compensar a quebra da procura na Europa, a força do iene e os altos custos das matérias-primas.

Segundo a Nissan, no trimestre em análise o seu lucro líquido aumentou 6,9% para os 134,2 mil milhões de ienes (994 milhões de euros), apesar da desvalorização do dólar.

Entre Outubro e Dezembro de 2004, as receitas da empresa aumentaram 14,9% para os 2,09 biliões de ienes (15,4 mil milhões de euros), enquanto as vendas globais cresceram 13,4% para os 816 000 veículos.

A Nissan reiterou ainda as suas previsões de obter um resultado recorde no exercício fiscal 2004/2005, tendo o seu director executivo Carlos Ghosn previsto ainda mais crescimento das suas vendas no mercado automóvel nos EUA, embora a um ritmo mais lento do que o até agora verificado, graças aos novos modelos Infinity M, Frontier e Xterra.
 
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por marafado » 9/2/2005 14:17

INE 2005-02-09 11:01
Licenças de Construção voltam a diminuir em Dezembro

DE


No último mês do ano passado acentuou-se a tendência decrescente da variação média dos últimos doze meses do número de licenças concedidas, do número de licenças de construções novas para habitação e do número de fogos licenciados em construções novas para habitação.

Segundo os dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em Dezembro o número total de obras licenciadas pelas câmaras municipais apresentou uma variação média dos últimos doze meses face ao período homólogo anterior de -6,4%, acentuando-se o comportamento decrescente deste indicador.

Por NUTS II, registaram variações médias positivas as regiões dos Açores (7,6%), Algarve (5,7%) e Alentejo (1,5%). Todas as restantes regiões apresentaram variações médias negativas, com destaque para a região do Centro (-11,4%).

O INE adianta ainda que, do total de obras licenciadas em Dezembro de 2004, 78,9% referiram-se a construções novas, das quais 83,3% destinadas à habitação.
 
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por marafado » 9/2/2005 14:16

INE 2005-02-09 11:10
Emprego na indústria mantém variação negativa em Dezembro

DE


No décimo segundo mês de 2004, o emprego na indústria apresentou uma taxa de variação homóloga de -2,9%. As remunerações e as horas trabalhadas registaram igualmente diminuições de 0,6% e 0,5%, respectivamente.

Segundo os dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em termos de emprego na Indústria, as maiores quedas foram registadas nos agrupamentos de 'Bens de Consumo Total' (-2,9%) e de 'Bens Intermédios' (-2,8%).

Face ao mês anterior, o volume de emprego registou uma descida de 0,3%.

Quanto às remunerações na indústria, estas apresentaram uma quebra de 0,6% face ao mês homólogo do ano anterior, tendo a variação positiva (2,1%) do Agrupamento Industrial 'Bens de Consumo Total' (0,9%) sido anulada pelas quebras verificadas nos restantes agrupamentos, com especial destaque para o agrupamento de 'Energia' (-15,1%).

Relativamente ao mês anterior, as remunerações na indústria registaram uma variação positiva de 12,6%, influenciadas, à semelhança do mês de Novembro, pelo pagamento do subsídio de Natal.

Em termos de Horas Trabalhadas, e quando comparado com o mesmo mês do ano anterior, estas diminuíram 0,5% em Dezembro.

Por Grandes Agrupamentos Industriais, o de 'Bens Intermédios', com -0,6%, e o de 'Energia', com -12,7%, foram os que apresentaram descidas mais expressivas em termos homólogos.

Comparando com o mês de Novembro, as horas trabalhadas na indústria registaram um decréscimo de -8,2%.
 
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por marafado » 9/2/2005 14:16

Reino Unido 2005-02-09 11:20
Produção industrial subiu 0,5% em Dezembro face a Novembro

DE


Dados hoje divulgados pelo departamento de estatísticas britânico revelam que a produção industrial no Reino Unido subiu 0,5% em Dezembro face ao mês anterior, quando registou o primeiro ganho em seis meses.


No conjunto do ano, a produção industrial aumentou 0,3 por cento face a 2003.

A indústria transformadora, que representa cerca de 17% da economia, registou um acréscimo de 1,3 por cento, no ano passado, enquanto a distribuição de água, electricidade e gás subia 2,1 por cento.

Em comparação homóloga, em Dezembro, o índice da produção industrial cresceu 0,3 por cento, principalmente devido à subida de um por cento registada na indústria transformadora.
 
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por marafado » 9/2/2005 14:15

Taxas Euribor com evolução mista

DE


As maturidades europeias encontram-se estáveis no mês, em alta nos três meses e em baixa nos seis meses e no ano.

Taxas de juro Euribor (Mercado Monetário Interbancário Europeu) com base nos 360 dias do ano:

Prazos - Hoje - Terça-feira

1 mês.......2,105 pct...2,105 pct
3 meses...2,142 pct...2,141 pct
6 meses...2,181 pct...2,189 pct
1 ano.......2,301 pct....2,315 pct
 
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por marafado » 9/2/2005 14:14

Caixa BI eleito melhor banco português pela revista Project Finance

DE


A Caixa Geral de Depósitos (CGD) anunciou hoje que o Caixa banco de Investimento (Caixa BI) é o banco português com a melhor classificação no ranking da revista Project Finance Internacional

Foi também publicada na mesma revista a lista de empresas de consultoria financeira, sendo o CaixaBI a única entidade portuguesa a ser referida, classificando-se em vigésimo sexto lugar a nível mundial e vigésimo primeiro em EMEA.

A revista Project Finance Internacional é uma publicação anual especializada que acabou de editar, no final de Janeiro, as 'league tables' para Project Finance em 2004.
 
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por marafado » 9/2/2005 14:14

Petrolíferas lideram quedas dos índices

DE


As principais praças da União Europeia encontram-se em terreno negativo, penalizadas pela queda dos títulos das empresas do sector petrolífero, as quais se ressentem da nova queda dos preços do crude.

Segundo os analistas, o facto dos futuros do petróleo se encontrarem em queda pela quinta vez nas últimas sete sessões "significa que as petrolíferas terão menos receitas e lucros", o que naturalmente afecta negativamente os títulos destas empresas.

Deste modo, com as maiores quedas a serem registadas pela britânica BP e pela francesa Total, às 12h06 o S&P/MIB de Milão deslizava 0,06% para os 32 157,00 pontos, o CAC-40 de Paris recuava 0,09% para os 3976,99 pontos e o FTSE-100 de Londres caía 0,16% para os 4987,30 pontos, enquanto o Dax Xetra de Frankfurt perdia 0,34% para os 4356,31 pontos e o Ibex-35 de Madrid descia 0,43% para os 9438,30 pontos.
 
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PSI-20 desliza pressionado por EDP

por marafado » 9/2/2005 14:13

PSI-20 desliza pressionado por EDP

José Pedro Luís


O índice de referência nacional encontra-se em queda ligeira, influenciado pela desvalorização da energética nacional. A ParaRede também se encontra a cair, compensando os ganhos das últimas sessões, enquanto a Impresa voltou esta manhã a igualar um máximo de 2001.

Deste modo, às 12h31 o PSI-20 caía 0,13% para os 8077,81 pontos, em linha com a Europa que está a seguir a tendência das petrolíferas que desvalorizam com a contínua descida do preço do barril de petróleo.

A ParaRede volta a encontrar-se em destaque nesta sessão, apesar de se encontrar a cair 2,38% para os 0,41€, pois já negociou 11,57 milhões de papéis. Esta queda acaba por ser uma compensação da subida das últimas sessões, valorização essa que acentou, segundo um analista, numa "sobre-valorização das potencioalidades do papel".

Enfoque está ainda o BPI, cujos títulos sobem 0,32% para os 3,15€, pois já negociou 6,27 milhões de papéis - muito acima da sua negociação habitual - destacando-se duas passagens de três milhões de acções cada, as quais um analista atribuiu a investidores institucionais dado o elevado volume.

Quanto aos 'pesos-pesados', a EDP cai 0,87% para os 2,27€, seguida pela PT que desce 0,1% para os 9,72€. O BCP segue inalterado nos 2,11€.

Pela positiva destaque-se a subida da Sonae que cresce 0,85% para os 1,18€ e da Semapa que valoriza igualmente 0,85% para os 4,74€.

A Imprensa segue inalterada nos 6,05€, encontrando-se a aliviar dos ganhos da manhá que impulsionaram o título até a um máximo de Março de 2001.

O papel mais transaccionado é o da ParaRede com 11,57 milhões de acções negociadas, seguido à distância pelo do BPI e do BCP, com 6,27 e 4,44 milhões de títulos movimentados, respectivamente.

Dos vinte títulos que compõem o PSI-20, seis sobem de cotação, dez descem e quatro seguem inalterados. O volume de negócios ascende a 67,55 milhões de euros.
 
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