Caldeirão da Bolsa

Excesso de Concentração Pode "Tramar" Grupos Portu

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por marafado » 7/2/2005 20:17

Novis lidera preferência nos operadores alternativos


Notícia agenciafinanceira.com
(07/02/05)-(Agência Financeira) Os dados são do barómetro dataE, que acompanha a evolução dos operadores junto dos utilizadores profissionais de telecomunicações.

Segundo a mesma fonte, a Novis reforçou a sua posição no segmento das micro-empresas, em que, do total 13,3% confirmaram ser Clientes da Novis.

Desta forma, a Novis refere que estes resultados permitem sustentar a subida da quota de mercado dos alternativos face à PT, que passam de 30,6% para 31,1%, salientando que foi «o único operador a conseguir aumentar a sua quota de mercado neste segmento».

Nuno Alexandre Francisco
 
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por marafado » 7/2/2005 20:16

ParaRede amplia Conselho de Administração e adia aumento de capital


Notícia agenciafinanceira.com
(07/02/05)-(Agência Financeira) No âmbito do processo de integração da WhatEverNet na ParaRede, esta última aprovou em assembleia-geral a designação de Luís Pereira Rosa como Revisor Oficial de Contas Independente para efectuar o relatório de avaliação das entradas em espécie na operação de aumento de capital em curso.

A operação, recorde-se, ocorrerá através do aumento de capital da ParaRede com a entrada em espécie da totalidade das acções que as sociedades WhatEver, Cofina.Com, e Banco BPI detêm na WhatEverNet Computing.

Na assembleia-geral, decorrida no dia 4 deste mês, a ParaRede decidiu ainda aumentar o número de membros do Conselho de Administração de cinco para sete e eleger Carlos Alves e Jorge de Brito Pereira como novos membros do Conselho de Administração para o triénio em curso, 2004-2006.

Para nova reunião, agendada para 21 de Fevereiro ficaram as decisões de aumentar o capital social da Sociedade de 30 milhões de euros para até 36.371.469,40 euros, na modalidade de entradas em espécie, a realizar com a transmissão para a sociedade da totalidade das acções que a WhatEver, Cofina.Com, e Banco BPI detêm na WhatEverNet Computing, determinando a emissão de um número de novas acções da sociedade até ao máximo de 63.714.694 acções, com o valor nominal de 0,10 euros cada uma e um prémio de emissão de 0,27 euros por acção, que serão subscritas pelas entidades mencionadas.


Paula Gonçalves Martins
 
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por marafado » 7/2/2005 20:15

Propostas orçamentais da Casa Branca levam dólar para máximo de três meses

DE


Os fortes cortes da despesa norte-americana hoje propostos pelo presidente George W. Bush geraram optimismo entre o mercado de que o Governo norte-americano está empenhado em reduzir o défice do país, impusionando a 'nota verde' face às suas principais rivais.

Deste modo, às 16h44 o euro era transaccionado nos mercados cambiais a 1,2788 dólares, contra 1,3029 dólares no fecho de sexta-feira e depois de ter variado entre os 1,2785 e os 1,2864 dólares durante o dia.

Segundo os analistas, as propostas do Presidente Bush "preparam o terreno para uma maior responsabilidade fiscal por parte da Casa Branca, mas ainda têm de ser aprovadas pelo Congresso. A aceitação ou não destas medidas no Capitólio irá determinar a tendência futura do dólar".
 
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por marafado » 7/2/2005 20:14

Bush propõe fortes cortes orçamentais

DE


O presidente norte-americano propôs hoje ao Congresso um orçamento no valor de 2,5 biliões de dólares (1,95 biliões de euros), o qual prevê fortes reduções da despesa federal em varios programas domésticos, como os subsídios à Agricultura e à Habitação.

Segundo os analistas, com este programa George W. Bush tenciona colocar sob controlo o défice orçamental norte-americano, o qual aumentou para valores recorde durante a sua presidência.

A proposta de orçamento hoje apresentada ao Congresso - a qual é classificada pela Casa Branca como a "mais austera" desde a era Reagan - prevê um corte das despesas nacionais (excluíndo as relacionadas com a segurança nacional) na ordem dos 0,7%.

A mesma fonte adiantou ainda esperar que o défice orçamental norte-americano diminua de 427 para 390 mil milhões de dólares em 2006, recuando para os 251 mil milhões de dólares em 2008.

Com estas medidas, o presidente norte-americano espera assim cumprir a sua meta de reduzir para metade o défice orçamental um ano mais cedo do que o previsto, embora os seus críticos digam que a redução em percentuais não é correcta, pois o presidente utiliza como valor inicial o défice de 521 mil milhões de dólares previsto no início de 2004, um número considerado como "inflacionado".

Ainda hoje, o Gabinete do Congresso para o Orçamento (GCO) revelou que o défice orçamental federal dos EUA teve uma redução homóloga de 19,7% nos primeiros quatro meses do ano fiscal iniciado em Outubro, para 106 mil milhões de dólares.

A informação pormenoriza ainda um aumento das receitas em 9,9% para 688 mil milhões de dólares e das despesas em 6,5% para 794 mil milhões de dólares.

A entidade projecta um défice orçamental federal total, no final do ano fiscal, em torno dos 400 mil milhões de dólares, assumindo a inscrição de verbas suplementares para as operações militares no Iraque e Afeganistão.

O ano orçamental de 2004 encerrou com um défice de 415 mil milhões de dólares, equivalente a 3,6% do produto interno bruto (PIB), acima dos 374 mil milhões de dólares (3,5% do PIB) de 2003.
 
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por marafado » 7/2/2005 20:13

Novis reforça presença junto do segmento das microempresas

DE


O barómetro dataE anunciou hoje que a Novis reforçou a presença junto das microempresas portuguesas, posicionando-se como a operadora de telecomunicações escolhida por 13,3% do total destas empresas no quarto trimestre do ano passado.

"No quarto trimestre de 2004, entre todas as microempresas nacionais, 13,3 por cento confirmaram ser clientes da Novis", divulgou hoje a operadora de comunicações fixas da Sonaecom, citando dados do barómetro elaborado pela consultora dataE.

A nota revela que o reforço da Novis foi responsável pelo aumento da quota de mercado conjunta dos operadores alternativos face à Portugal Telecom (no segmento de microempresas), de 30,6 para 31,1%.

Na análise por novos operadores, a Novis realça que, com 41,4% do mercado, "consegue mais do dobro da quota do operador que aparece em segundo lugar".

Em linha com esta evolução, a Novis reforçou a sua oferta comercial no acesso ADSL (acesso à Internet a alta velocidade, através da rede fixa) e serviço de voz com dois produtos de tarifas planas (o Novis Negócios Mega e o Novis Negócios) exclusivamente destinados ao segmento SOHO (profissionais liberais e microempresas), acrescenta a nota.

As acções da Sonaecom fecharam hoje a ganhar 0,47% para os 4,3€.
 
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por marafado » 7/2/2005 20:11

À procura de uma rápida prosperidade

Helena Garrido


Porque é que umas economias crescem e outras não? Essa é uma das buscas dos economistas.

Encontrada a receita, seria fácil acabar com um problema que afecta países ou regiões que não conseguem crescer, definhando ou mantendo sempre a mesma distância dos mais ricos. Como parece estar a acontecer a Portugal.

Os países que mais prosperam são em regra aqueles que têm cidadãos mais educados, onde a justiça funciona no tempo certo e com um enquadramento legal claro, onde a concorrência é agressiva e o Estado é um facilitador da actividade económica, reduzindo ao mínimo as exigências burocráticas.

O plano tecnológico do PS, e o choque de gestão do PSD, cada um à sua maneira, são caminhos para aumentar o crescimento. Sabemos o caminho. Mas há, nesta busca de prosperidade, forças que, por vezes, parecem invencíveis. Na educação, na justiça, na concorrência, no combate à burocracia...
 
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por marafado » 7/2/2005 20:10

Não há mal que sempre dure

Helena Garrido e Bruno Proença


Não há mal que sempre dure... A sabedoria popular expõe-se também no BCP.

Depois de ter vivido tempos muito complicados durante os últimos três anos, em que não parecia existir uma notícia favorável, o grupo liderado por Jardim Gonçalves está a viver este início de 2005 recheado de boas notícias. Depois da concretização da venda dos activos da Seguros & Pensões, aquilo que parecia um nó começa a desatar-se. É anunciado o sucessor, acabando-se com um dos grandes tabus do sector financeiro. E, embora ainda tenha de fazer algumas «arrumações, o banco parece preparado para uma nova fase de crescimento. Este tem sido exactamente o entendimento dos investidores. O maior banco português registou, em Janeiro, a segunda maior valorização no conjunto dos bancos europeus que integram o StoxxBanca, tendo sido superado pelo Sabadell. Esta valorização reflecte também alguns movimentos especulativos, que podem de alguma forma explicar as correcções desta primeira semana de Fevereiro. Mas, apesar desses reajustamentos, o título BCP mantém-se entre os quatro mais valorizados, destacando-se dos outros dois bancos cotados. Desde o início do ano o BCP subiu 10,6%, contra 6,7% do BPI e a estagnação do BES, para um StoxxBanca que valorizou 3,4%. Os analistas dizem acreditar que o BCP ainda tem potencial de valorização. Não há, de facto, mal que sempre dure.... Como também não duram sempre os bons tempos.


BCP entre os que mais sobem


Fonte: Reuters



A Pararede a regressar aos lucros

A Pararede foi a grande estrela da bolsa, na sexta-feira que nos levou ao Carnaval. No fecho da sessão que acompanhou a sua assembleia geral, a Pararede subiu 10,5% fixando-se no máximo desde Maio de 2004. Num dia em que o PSI 20 subiu 0,04%. O regresso aos lucros foi o que aparentemente desencadeou este entusiasmo por uma empresa que simboliza, em Portugal, a euforia que marcou o mercado de capitais na segunda metade dos anos 90 com as designadas empresas tecnológicas. Tendo como principal actividade a integração de sistemas de tecnologias de informação, a Pararede tem também como maior accionista o Banco Espírito Santo. Com prejuízos desde 2001 que reflectem também perdas operacionais, os responsáveis da empresa revelaram a obtenção de lucros de 876 mil euros em 2004, apontando para uma subida das receitas da ordem dos 30%. Além disso, admitem a distribuição de dividendos em 2006, o que, a confirmar-se, acontecerá pela primeira vez na vida da empresa. Os tempos melhoram para uma tecnológica que pode não ter morrido por causa dos accionistas que tinha.


Exportações vão menos para a Alemanha

O perfil dos mercados de destino das exportações portugueses mudou nos últimos dois anos. Isto mesmo é atestado pelos últimos dados do Instituto Nacional de Estatística. Em 2002, a Alemanha era o principal mercado de destino dos produtos nacionais. No ano seguinte, foi ultrapassada pelo mercado espanhol e os valores para os primeiros onze meses de 2004 revelam que a França já ultrapassou a Alemanha, que assim passou para o terceiro lugar do pódio. Já o vizinho mercado espanhol continua a ganhar importância enquanto destino dos produtos nacionais. Esta perda de relevância do mercado germânico parece resultar do fraco crescimento da economia alemã nos últimos anos, o que prejudicou as importações teutónicas e, consequentemente, as exportações nacionais. Mas pode também ser o sinal de uma outra transformação mais profunda: a Alemanha começa a virar-se para os novos países do alargamento, muito mais próximos do ponto de vista geográfico, o que representaria o agravamento dos efeitos da periferia de Portugal face ao centro da Europa.
 
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por marafado » 7/2/2005 20:09

Warren Buffet

Jorge A. Vasconcellos e Sá


O mais prestigiado investidor americano, compara as aquisições empresariais à história da Bela Adormecida:
“Muitos gestores ainda estão sob a influência da história da infância, em que um belo príncipe liberta do sono eterno uma bela princesa. E assim acreditam que o seu beijo empresarial pode também fazer maravilhas nos lucros das empresas adquiridas. Este optimismo leva-os a pagar 2 vezes e mais o preço pelo qual os seus accionistas podiam adquirir as acções da empresa-alvo no mercado.”

Infelizmente muito deste optimismo tem-se revelado injustificado. Isto é, temos visto muitos beijos mas poucos milagres. Como refere M. Sirower da New York Univ., no seu livro, “A Armadilha da Sinergia”, ao indicar que 65% das aquisições falham.

Porque tantas aquisições falham? Há 2 grandes ordens de razões. Primeiro, muitas vezes o prémio de preço é demasiado alto e mesmo que o todo seja maior que a soma das partes, ele não é suficientemente grande para compensar o diferencial face ao preço das acções no mercado.

O preço é determinado pelas razões erradas: testerona (tédio do dia a dia de “business as usual”); vaidade (sou o único do meu grupo de golfe que não comprou nada recentemente...); poder (tamanho é poder); ambição (os meus prémios dependem do cash flow ou lucro sem descontar o custo de capital - EVA).

Segundo, não só muitas aquisições não criam suficiente valor, como por vezes... destroem valor. Isto é, o todo fica menor que a soma das partes.

Porquê? Começa que implementar as sinergias potenciais requer um plano detalhado de acções, uma mão dura e uma cabeça clara por detrás do plano. Senão problemas surgirão: quando a Wells Fargo comprou a First Interstate milhares de clientes saíram devido a filas, falhas nos documentos bancários e problemas administrativos em geral.

Outras vezes, para além de falhas na implementação, acontece que a sinergia negativa (descurada) ultrapassa a positiva (esperada). Diferenças culturais têm aqui um papel importante: a Pharmaco (sueca) e UpJohn Inc. (americana) (associação 50:50) discordaram em tudo: estilo de gestão (o gradualismo sueco versus o enfoque nos resultados imediatos americanos); no sistema de incentivos; no período de férias (tirar todo o mês de Agosto é impensável para os americanos); e até na prática americana de banir alcóol no almoço. Não conseguiram sequer por-se de acordo onde devia ser a sede.

Que fazer? Ex-post, ter um plano detalhado, uma mão forte e uma cabeça clara para implementar as sinergias. Ex-ante, ter uma lista de tudo que pode correr mal e compará-la cuidadosamente com as razões para avançar.

E ambos requerem uma pergunta e uma atitude. Pergunta: como é que a aquisição se insere no nosso negócio e potencializa como ganhamos dinheiro? E (atitude): o ónus da prova está na aquisição. O benefício da dúvida em não fazer nada. Em ficar quieto.

Se estes princípios (entre outros) não forem seguidos, as aquisições serão como os segundos casamentos: um triunfo da esperança sobre a experiência...
 
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por marafado » 7/2/2005 20:07

O Ministério dos Professores

António Amaro de Matos


Em Portugal, há uma só coisa indiscutivelmente certa quanto ao ensino (básico e secundário) que é dado aos nossos jovens: as pessoas que se ocupam disso (professores, funcionários, políticos e também os pais), têm tido, deste ponto de vista, em seu conjunto (sublinhe-se “em seu conjunto”) a nível nacional, um desempenho medíocre.

Não se pode assacar aos jovens estudantes portugueses nenhuma inferioridade que os condene a uma aprendizagem deficiente. Nem à despesa pública que compara bem com a dos outros países da EU.

Os nossos estudantes noutro sistema, noutro país, aprenderiam. Tal como os nossos trabalhadores, em outros países trabalham e são produtivos. É o sistema (constituído por quem o concebeu, implementou e participa) que é mau. Talvez se possa dizer, mais geralmente, reportando-nos a outras áreas, que os nossos sistemas, quase sempre, são maus. Somos de improvisos, não de sistemas.

Há certamente casos individuais – muitos – de quem se dedicou ao ensino de uma forma competente. Conheço alguns. Também há funcionários com experiência e conhecimentos. Não duvido da existência de meia dúzia de políticos sabendo o que haveria a fazer e com vontade. Poderia dar o nome de dois ou três. Haverá mais. Não apenas os que exerceram cargos no Ministério.

Há pais que valorizam os conhecimentos que a escola dá. Mas também há muitos que não sabem acompanhar e estimular os filhos a um contacto produtivo com a escola. Quando muito interessam-se pelas passagens de ano, considerando o ensino como uma formalidade maçadora destinada à obtenção de um diploma. Embora os conhecimentos ganhos no ensino determinem em boa parte o futuro dos filhos. Porque na vida os diplomas só por si pouco valem. Importantes são as capacidades que se adquirem.

Entre os males do sistema estão, evidentemente, a falta de estabilidade do corpo docente, a deficiente institucionalização da direcção das escolas, a ausência de critérios para medir o desempenho das escolas e dos professores, a indisciplina que se deixou crescer para além de qualquer limite tolerável e a inexistência de “guide lines” aceitáveis para mediro aproveitamento dos alunos.

Escolas com uma direcção forte e responsabilizadas pelos resultados perante uma autoridade local (talvez concelhia) deveriam poder recrutar os seus professores, dar-lhes orientação didática e eventualmente excluir os que pelo desempenho não satisfizessem a critérios (claros) de excelência. Professores, não funcionários públicos.

Ao poder central, além de estabelecer os conteúdos curriculares, orientar as metodologias de ensino e aprovar os manuais escolares (reutilizáveis), caberia também o enunciado de normas da avaliação das escolas pelos poderes locais quanto a métodos e resultados, o controlo dessas avaliações, normas para classificação dos estudantes e a própria classificação a nível nacional a quando dos exames nas várias fases da escolaridade. Um verdadeiro Ministério da Educação e não uma agência de colocação de professores que é aquilo em que ele se tornou. Hoje um verdadeiro Ministério dos Professores. Com natural agrado dos sindicatos respectivos que não descem aos reais problemas da educação em Portugal e cujo poder deriva da confusão que sempre acompanha a colocação decidida centralmente dos professores por todo o País..

Tem havido alguma preocupação com a introdução nos currículos de noções de cidadania. É para mim evidente que nos níveis etários de que estamos falando o aprendizado da cidadania se faz melhor na prática. Ganhando respeito pelos outros e pelas hierarquias legítimas – isto é cidadania. Com a percepção do que se espera de cada um na situação de aluno. Isto é, saber-se situar, o que também é cidadania. Tirando partido adequado do que lhe é oferecido e que de outra forma é desperdício de recursos - outro aspecto da cidadania. E o ensino da cidadania começaria por impor eficazmente aquele respeito e disciplina. Aliás, essenciais para o aproveitamento escolar.

Tem-se facilitado a passagem de ano de alunos insuficientemente preparados. O objectivo parece ser dar melhor aspecto às estatísticas de educação. Mas, nada se ganha com a mentira. Os inquéritos que se têm feito aos conhecimentos efectivos dos alunos nas vários fases do ensino dão um resultado desastroso. Já não é só a matemática. É também a língua materna e a física que nas comparações internacionais nos deixam de rastos.

aamarodematos@sapo.pt
 
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por marafado » 7/2/2005 19:57

Análise técnica
DAX-Xetra

Análise técnica da responsabilidade de João Vaz Velho, do Bigonline


O índice alemão teve uma semana positiva com ganhos na ordem dos 2%, testando mais uma vez os 4300 pontos.

Uma nota para os autos que estiveram bastante fortes após a divulgação das vendas referentes a Janeiro nos EUA. A BMW comunicou que as vendas nos EUA aumentaram 23% em Janeiro impulsionadas pela procura pelos novos modelos, nomeadamente pelo desportivo X3. A ajudar o sector esteve igualmente a fraqueza do Eur face ao dólar que mais uma vez testou o nível dos 1,3 e do crude abaixo dos 47 USD.

Em termos técnicos o índice continuou a sua tendência de subida estando, depois de ter testado sua MM50.
 
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por marafado » 7/2/2005 19:57

Análise técnica
PSI-20

DE


O PSI20 teve uma semana onde atingiu novamente os 8000 pontos, valor que já não atingia desde 2001.

«Uma referência para os valores máximos dos últimos 3 anos atingidos por diversas empresas como a Sonae SGPS, Impresa, Sonaecom e Cofina, entre outras que levaram o índice a esses valores.

Em termos de notícias o PSI20 teve uma semana calma com as atenções centradas para o desenrolar do processo de alienação da Lusomundo por parte da Portugal Telecom. Segundo foi noticiado, já existem sete propostas para a Lusomundo Media entre elas da Media Capital, da Cofina, da Sonae, da Olivedesportos, da Prisa, da Vocento e ainda uma proposta conjunta entre a Recoletos e a SGC. Uma nota para as declarações do Presidente da Autoridade da Concorrência que referiu que o sector já se encontra com um elevado nível de concentração, sendo para Abel Mateus uma operação complexa e preocupante.

Tecnicamente, o índice Português continua a evidenciar tendência de subida. No entanto é de esperar que na próxima semana devido ao nível de RSI acima dos 70 que o índice faça um compasso de espera senão de correcção para tornar a ganhar momentum para continuar a tendência de subida.
 
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por marafado » 7/2/2005 19:56

Nasdaq Compósito

Análise técnica da responsabilidade de João Vaz Velho, do Bigonline


O índice tecnológico acabou por ter uma semana de subida moderada (1%) com os investidores bastante cautelosos com a reacção do mercado à provável subida da taxa de referência por parte do Fed (que acabou por se verificar).

O aumento do diferencial de taxas entre EUA e Europa acabou por justificar um recuo no Eur/ Usd, que favoreceu o sector exportador europeu.

A semana foi pautada não só pelo aumento da taxa por parte do Fed como pelos resultados trimestrais de algumas empresas. Neste particular a Google apresentou lucros para o 4Q2004 mais de sete vezes superiores em relação ao período homólogo, situando-se nos USD 204,1 mn, ou USD 0,71 por acção. Excluindo itens extraordinários os lucros da Google teriam se situado nos USD 0,92 por acção, batendo os USD 0,77 antecipados pelo consensus de analistas. A empresa valorizou mais de 7% na sessão seguinte à apresentação de resultados.

Em termos técnicos, o índice depois de se ter sustentado nos 2000 pontos poderá continuar a sua tendência de recuperação visto o MACD estar muito perto de cruzar o Sinal em alta.
 
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por marafado » 7/2/2005 19:55

Negócios da Bolsa
E.ON - Remunerações atractivas numa empresa sólida

Nuno Miguel Matias, Research da Bigonline


Sendo um dos maiores players europeus a nível do sector energético, a empresa opera para além do mercado alemão, na Holanda, na Hungria e na Polónia, entre outros mercados da Europa Central.

Actuando nos segmentos de electricidade e gás através da E.ON Energie e Ruhrgas respectivamente, duas empresas que representam 80% do total das vendas, a E.ON está cotada no índice alemão de referência DAX, tendo uma capitalização bolsista de aproximadamente EUR 46 mil mn.

Sendo das empresas que melhor performance apresentaram em 2004, fruto dos elevados preços de energia, que acabaram por potenciar os resultados e as margens operacionais, este sector tornou-se assim um dos alvos mais apetecíveis em termos de distribuição de valor para os accionistas. Esta expectativa mantém-se para 2005, com a generalidade das utilities europeias a apresentarem dividend yields atractivas num sector com um perfil de risco mais limitado.

No caso concreto da E.ON um dos aspectos que se torna necessário ter em consideração são as questões regulatórias, tendo em conta que durante o primeiro semestre deste ano deverá entrar em funcionamento a nova entidade reguladora do sector na Alemanha. Esta realidade deverá retirar alguma da incerteza que paira sobre as operadoras alemãs, isto relativamente a condicionantes ambientais e enquadramento legal.

Outro aspecto que poderá constituir-se como um trigger bastante apelativo para a valorização do título, será o reforço da política de remuneração ao accionista, uma vez que a empresa poderá vir a alienar alguns activos não estratégicos, nomeadamente a participação que detém na LG&E e na Viterra, que se dedica à exploração de activos imobiliários. O produto destas vendas poderá ser então canalizado para um reforço dos dividendos e aumento do payout aos accionistas, noticias ainda não incorporadas pelo mercado e que fazem da E.ON uma das empresas com melhores perspectivas para 2005.

Em termos de múltiplos de mercado a empresa transacciona a desconto com um P/E 2004E e P/E 2005E de 12,23x e 11,77x respectivamente, face a média do sector que se situa nos 13,97x e 13,09x. O price to book value situa-se nos 1,34x, a desconto face à média do mercado (1,92x).

Tecnicamente e após a correcção verificada já neste mês, onde recuou para junto do limite inferior do canal ascendente em quem tem vindo a transaccionar desde Setembro de 2004, o título iniciou já um movimento de recuperação, podendo constituir-se como um nível interessante para a constituição de posições longas.
 
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por marafado » 7/2/2005 19:54

O custo da redução

Financial Times


Quando os bancos de investimento despedem os funcionários, passam a precisar de caixas extra e de agentes de segurança.

Contudo, no Deutsche Bank, também é necessário possuir um grande livro de cheques. O banco confirmou a eliminação de 6400 postos de trabalho, o que vai resultar em 1,2 mil milhões de euros em despesas redundantes, o equivalente a 190 mil euros por cada despedimento.

Não obstante, o montante dessa factura é, perversamente, uma boa notícia para os investidores. Quando em 2002 o Deutsche Bank deu início a esta reestruturação, a ideia inicial era a de um processo simples - o custo a pagar pelo despedimento dos trabalhadores seria de 75 mil euros. Presentemente, esta medida está a reduzir a participação dos grandes investidores bancários, com especial destaque para os funcionários alemães. Com efeito, os números do despedimento colectivo diminuíram quase um terço desde 2002, realçando a tradicional antipatia germânica face às redundâncias.

Infelizmente, esta situação não é bastante comovente para permitir que o banco atinja o seu objectivo de 25 % de lucros antes de impostos em relação ao património líquido de 2005. No ano transacto, a rentabilidade sobre os capitais próprios atingiu os 17 %, um grande avanço face aos anos anteriores. Contudo, atribuir 25 % a esta alínea em 2005, torna um pouco duvidoso o aumento dos lucros em 4 %. Este aspecto parece um pouco ambíguo. Não obstante, se a redução de custos for implementada, o objectivo - que irá corresponder a cerca de 15 % do valor líquido da rentabilidade sobre os capitais - poderá ser atingido em 2006.

Por outro lado, este aspecto pode originar uma subida no preço das acções, sendo que, neste momento são transaccionadas a níveis que implicam uma rentabilidade líquida sobre os capitais de cerca de 12 %, feita de modo sustentável. Talvez um pequeno consolo para os funcionários que, aquando da sua saída, possam conservar as acções.

Tradução de Pedro Evangelista
 
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por marafado » 7/2/2005 19:51

Negócios da Bolsa
Construção lidera ganhos na Europa em Janeiro

P.F.E.


O sector da construção civil registou a valorização mais elevada, durante o mês de Janeiro, no conjunto das acções de maior capitalização bolsista na Europa.

Individualmente, as espanholas Ferrovial e ACS lideraram as subidas, seguidas pelo grupo industrial francês Schneider e pela italiana Mediaset.

O mês de Janeiro terminou com os principais índices pan-europeus a negociarem em máximos de dois anos e meio. O FTSEurofirst 300, que reúne as maiores capitalizações da zona euro, subiu perto de 2% nesse período, ao passo que o DJ Euro Stoxx 50 avançou quase 1%. Este desempenho está em contra-ciclo com a queda sofrida pelos índices em Wall Street.

Neste contexto, os sectores com melhor desempenho foram os da construção (+7,4%), bens industriais e serviços (+5,5%), matérias-primas (+4,7%) e media (+4,4%). No pólo oposto, os comportamentos mais fracos aconteceram nos títulos tecnológicos (-2,6%), de saúde (-0,3%) e de telecomunicações (+0,6%).

A subida de 16,6% da Ferrovial e de 14,4% da ACS contribuiu decisivamente para a liderança do sector da construção, tendo a Schneider, a Mediaset e a alemã Continental valorizado 14%. Destaque ainda para as subidas de 13,8% do banco espanhol Sabadell e de 12,8% da retalhista francesa Carrefour. Os piores desempenhos pertenceram às francesas Unibail (-21,1%), Bouygues (-11,6%) e STMicro (-10,8%), mas também afectaram os grupos alemães Infineon (-9,9%), SAP (-9,2%) e T-Online (-8,4%).
 
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por marafado » 7/2/2005 19:48

Negócios da Bolsa
Acções do BCP descolam da média do sector bancário europeu em 2005

Pedro Ferreira Esteves


Depois do forte desempenho do mês passado, o banco ainda tem o maior potencial de valorização em Portugal.

As acções do Millennium bcp registaram o segundo melhor desempenho do conjunto de bancos europeus durante o mês de Janeiro. Apesar da correcção da última semana, o maior banco privado continua muito acima da média do sector e é o favorito para os analistas numa comparação com BPI e BES.

“O BCP ainda é o que tem maior potencial de valorização em Portugal”, sublinhou ao Diário Económico, Tiago Dionísio, analista de banca do BPI. “Nós temos uma recomendação de ‘compra’ para o título, estamos positivos e é o nosso preferido no sector ibérico”, adiantou.

Numa análise comparativa entre BCP, BPI e BES e o sector da banca europeu, a subida de 6,7% do primeiro em 2004 aproximou-se dos 10% registados pelo Stoxx banca. O BPI e o BES subiram apenas 2%. Já em 2005, o maior banco privado português disparou 12,1% em Janeiro, a segunda maior valorização do Stoxx banca, apenas ultrapassado pelo espanhol Sabadell. A correcção de Fevereiro fez com que o BCP fechasse sexta-feira a subir 10,5%, ainda assim o quarto comportamento mais positivo do sector desde o início do ano e muito acima dos 3,5% da média do Stoxx banca. O BPI ganhou 6,7% e o BES valorizou apenas 0,3%, depois de ter tido um dos piores do sector em Janeiro.

O BCP, que tem beneficiado também de factores fortemente especulativos, poderá ainda valorizar adicionalmente nas próximas semanas. Esta ideia é defendida por Ricardo Silva, analista do BIG Online, para quem “o BPI está a ser limitado pela questão relacionada com a solvabilidade”. Nas contas de 2004, a amortização do ‘goodwill’ referente à compra da SIC, cuja operação será concretizada no decorrer do corrente ano.

No que diz respeito ao BES, os analistas são consensuais em sublinhar o fraco desempenho do banco de Ricardo Salgado em bolsa. “O BES tem uma natureza muito particular, é o menos líquido e tem uma profundidade enorme”. Por outro lado, é aquele que apresenta o ‘dividend yield’ mais baixo do sector português, o que lhe retira parte da atractividade oferecida pelos seus rivais.

Dividendos acima da média
O BCP e o BPI apresentam um ‘dividend yield’ (dividendo sobre cotação do título) acima da média europeia, um factor que torna mais atractivo o investimento nas acções deste banco. O do primeiro é de 3,44% e o do segundo é de 3,36%, ambos acima da média de 2,5% do sector europeu. O BES, apesar de oferecer o dívidendo bruto mais elevado do sector - 39,6 cêntimos por acção referente a 2004 - tem o ‘dividend yield’ mais baixo apesar de superar a média europeia: 2,9%.

De referir que os bancos portugueses subiram todos o respectivo dividendo em 2004.
 
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por marafado » 7/2/2005 19:10

Banco Comercial Português
Segunda-feira, 07 de Fevereiro de 2005

A casa de investimento Goldman Sachs considera o Banco Comercial Português (BCP) como o investimento menos atraente entre os 45 bancos europeus. Num exercício chamado "Everything Screen" (filtro de tudo), a Goldman Sachs analisa 11 factores de 45 bancos europeus, como os rácios de eficiência e de capital, a avaliação de mercado, o potencial de valorização ou a evolução dos títulos na última semana, mês, trimestre e ano. Este método destinou-se a "avaliar que bancos pan-europeus oferecem as oportunidades de investimento mais atraentes", segundo a casa de investimento. Segundo este modelo, os bancos mais apetecíveis são o suíço UBS e o italiano Capitalia, com uma pontuação de 14 por cento, seguindo-se o alemão HVB e o suíço Crédit Suisse, com 12 por cento. O BCP, único banco português tido em conta na amostra, é considerado o menos atraente, com uma pontuação de zero por cento. Mal colocados ficaram também os italianos Lombarda e BNL, com um por cento, bem como o espanhol BBVA e o britânico HSBC, com dois

ED
A CajAstur detém 5,75 por cento do capital social da EDP-Energias de Portugal, o que corresponde a 210.251.158 acções. Do total de acções, 54.848.066 são detidas directamente, enquanto 155.403.092 são detidos através da Cantábrica de Inversiones de Cartera (Sociedad Unipersonal). A participação da CajAstur corresponde a 5,77 por cento dos direitos de voto, mas, segundo os estatutos da EDP, apenas pode exercer cinco por cento em assembleia-geral. A EDP detém actualmente 13.994.018 acções próprias. A empresa portuguesa fez um aumento de capital em Novembro, com o qual encaixou 1,2 milhões de euros, que serviu para financiar a aquisição de uma participação adicional na Hidroeléctrica del Cantábrico. O aumento de capital foi feito no âmbito da quinta fase de reprivatização da EDP, que incluiu também uma venda directa de um lote de acções à própria eléctrica, que posteriormente vendeu à CajAstur.

Euronext Lisboa

A Euronext Lisboa passou a contar com 46 membros negociadores no mercado a contado, com a adesão de três novas instituições estrangeiras. Desde terça-feira passada passaram a ser membros também os holandeses Fortis Bank e Fortis Bank Global Clearing e o britânico Keefe, Bruyette & Woods. As instituições holandesas vão também iniciar nessa data a actividade de compensação dos valores mobiliários transaccionados no mercado a contado do mercado lisboeta. O número de membros negociadores directos fica assim nos 46, dos quais 29 são estrangeiros. Também a 1 de Fevereiro, o Banif estendeu a sua condição de membro negociador à Euronext Paris e o Banco de Investimento Global (BIG) fez o mesmo em relação à Euronext Bruxelas e Euronext Amesterdão.

Media Capital

Os analistas do BPI consideraram positiva a intenção da Media Capital distribuir dividendos ou recomprar acções para remunerar os accionistas se não surgirem boas oportunidades de investimento este ano. Segundo o banco, esta é a notícia positiva a retirar do dia do Investidor da Media Capital, já que do encontro "não surgiram grandes surpresas". A empresa quer distribuir um mínimo de 50 por cento dos resultados aos accionistas este ano.

Impresa

A Espírito Santo Research (ESR) reviu em alta o preço-alvo das acções da Impresa, dado o preço baixo a que a empresa de media adquiriu os 49 por cento da SIC. Numa nota datada de 26 de Janeiro, a casa de investimento afirma que reviu o preço-alvo em alta das acções de 6,3 para 6,8 euros, o que representa um potencial de valorização de 14,3 por cento face aos 5,95 euros do fecho de sexta-feira na bolsa. A 'holding' de media anunciou em Dezembro que ia passar a controlar 100 por cento do capital social e direitos de voto da SIC, com a aquisição de uma percentagem de 41,4 por cento ao BPI e outra de 7,6 por cento a accionistas minoritários. Para os analistas da Espírito Santo Research, a operação foi feita a desconto de quase 50 por cento face à avaliação que tinham da SIC
 
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por marafado » 7/2/2005 19:09

Bancos Centrais Contribuem para a Baixa Volatilidade
Por RODRIGO CASTRO E NUNES
Segunda-feira, 07 de Fevereiro de 2005

Os últimos dias foram preenchidos com diversos dados económicos e eventos relevantes, como foi o caso das reuniões dos Bancos Centrais norte-americano e europeu.

Da reunião do Fed (Banco Central dos EUA) resultou uma nova subida da taxa de referência em 25 pontos base, passando a taxa 'fed funds' de 2,25 para 2,5 por cento. Por sua vez, da reunião do BCE (Banco Central Europeu) resultou a manutenção da taxa de referência nos dois por cento, inalterada desde meados de 2003. Não vou analisar as decisões dos Bancos Centrais, mas sim os seus efeitos nos mercados financeiros.

Numa semana caracterizada pelos acontecimentos acima referidos, seria expectável que os mercados de taxa de juro, cambial e accionista passassem por alguma atribulação. No entanto, os mercados financeiros não sofreram alterações de maior. As taxas de juro continuam a movimentar-se dentro de um estreito intervalo a que já nos habituámos; o mercado cambial, especialmente o euro contra o dólar, não registou variações superiores a um ponto percentual e o mercado accionista também não teve uma reacção digna de registo.

A questão que se coloca é o porquê de não haver reacções a todos estes eventos. A resposta é simples. Os Bancos Centrais têm vindo a desempenhar um papel importantíssimo para diminuir qualquer tipo de reacção brusca por parte dos mercados financeiros. Com "reacções bruscas" pretendo referir movimentações como subidas ou descidas de taxas, ou apreciações ou depreciações das moedas. A diminuição das reacções do mercado financeiro tem como consequência a redução da volatilidade.

Consideremos o exemplo da reunião do Banco Central norte-americano da passada quinta-feira. Na reunião do Fed, a taxa de referência aumentou 25 pontos, mas o mercado já o esperava, assim como espera novas subidas nas próximas reuniões. Estas expectativas derivam da análise do discurso do presidente do Fed, Alan Greenspan. Estes discursos são o cerne das análises efectuadas pelos economistas, estrategistas, 'traders' ou investidores. O discurso desta última reunião foi igual, à excepção de uma palavra, ao da reunião anterior. Quando não há alteração no tom dos discursos e não há margem de erro nas interpretações dos mesmos, por estes serem muito explícitos (para quem já está habituado ao tipo de linguagem utilizado), as expectativas dos intervenientes nos mercados financeiros também não se alteram.

Os Bancos Centrais têm vindo a desenvolver um esforço em melhorar a sua comunicação com o mercado e têm-no conseguido, evitando assim interpretações dúbias e criação de expectativas erróneas que poderiam levar a movimentações dos mercados financeiros num certo sentido que depois teriam de ser revertidas aumentando desnecessariamente a volatilidade e consequentemente prejudicando decisões e planeamentos financeiros das empresas e agentes económicos.

Poderia pensar-se que a redução da volatilidade é positiva, o que é verdade para as empresas, consumidores e Governos. No entanto, esta redução da volatilidade, apesar de reduzir a incerteza (no curto prazo), também reduz o retorno dos investimentos, afectando principalmente os grandes investidores, como bancos de investimento e 'hedge funds' - que, por exemplo, para garantirem a mesma rentabilidade de investimentos de anos anteriores, têm de assumir maiores riscos.

Reconheço que nos últimos anos a venda de volatilidade tem sido o melhor negócio, mas a volatilidade não pode cair indefinidamente. A minha preocupação recai sobre as empresas que não cobrem os seus passivos por ter sido até à data mais confortável não o fazerem, e sobre os investidores que, para obterem a rentabilidade usual, vendem volatilidade.

*Trader de Derivados do Banco Espírito Santo
rcnunes@bes.pt
 
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por marafado » 7/2/2005 19:09

Finanças pessoais
Prevenir o Futuro Começa Hoje
Segunda-feira, 07 de Fevereiro de 2005

Uma perda de emprego, uma doença, um acidente, um problema familiar. Como ninguém sabe o que o futuro lhe reserva, vale a pena começar hoje a prevenir o futuro

Gonçalo Morna
Mais vale prevenir do que remediar - esta é uma frase de senso comum, mas que pode ser extremamente importante para os mais variados aspectos da nossa vida. Uma determinada pessoa que faça uma alimentação equilibrada, que pratique desporto regularmente e que evite situações stress terá, com toda a certeza, um grau de probabilidades manifestamente inferior de ter problemas futuros do que outra pessoa que não se preocupe minimamente com a sua saúde.

Em termos de finanças pessoais passa-se exactamente o mesmo - uma pessoa que tenha as suas finanças bem organizadas e que se preocupe com o seu bem-estar financeiro futuro tem muito menos probabilidades de sofrer danos financeiros do que uma pessoa que não tenha a mínima preocupação com este assunto, nomeadamente aquelas que vivem apenas para o dia de hoje, sem se preocuparem com o que possa vir a acontecer amanhã. Não nos podemos esquecer de que, para além das probabilidades de acontecerem problemas financeiros futuros serem bastante superiores para aquelas pessoas que fazem uma má gestão das suas finanças pessoais, em qualquer momento das nossas vidas pode acontecer uma catástrofe, uma situação de emergência que pode ser bastante mais grave se não estivermos minimamente preparados para isso.

O desemprego é um problema que infelizmente afecta cada vez mais pessoas. Qualquer um pode, de um momento para o outro, ver a sua vida e a da sua família afectada pela perda do emprego. Fusões entre empresas, mudanças na direcção, falências, mudanças de estratégia, mau desempenho dos trabalhadores ou pura e simplesmente situações de pura injustiça - tudo isto são factores que fazem com que, hoje em dia, existam cada vez menos empregos que possam ser considerados seguros para toda a vida.

A perda de um emprego não significa que, de um momento para o outro, os nossos rendimentos mensais se tornem iguais a zero. O Estado, através da Segurança Social, disponibiliza os infelizmente cada vez mais conhecidos subsídios de desemprego precisamente para ajudar os recém desempregados a lidarem estas situações inesperadas. Mas, infelizmente, estas ajudas são manifestamente insuficientes para lidarmos com este tipo de situações. Para podermos suavizar problemas destes no futuro é importante ter consciência que uma situação de desemprego inesperado pode acontecer a qualquer um, mesmo aqueles que pensam que o seu emprego é o mais seguro do mundo.

Um bom gestor das suas finanças pessoais deve precaver-se. E a melhor solução para isso é poupar hoje para poder amanhã lidar mais facilmente com estas situações. Por exemplo, se traçarmos um objectivo de criarmos poupanças bancárias equivalentes a seis ou nove meses do nosso salário, poderemos no futuro lidar com uma situação de desemprego inesperado de uma forma bastante mais tranquila, nem que para isso tenhamos que durante um determinado período de tempo de cortar em gastos supérfluos, que impliquem alguma diminuição da nossa qualidade de vida.

Seguros ajudam
Os problemas futuros que podem acontecer a qualquer um de nós não se esgotam numa possível perda de emprego. Infelizmente existe uma enorme variedade de situações problemáticas que nos podem afectar em qualquer momento. Mas existe também um diversificado leque de instrumentos que nos podem ajudar a lidar com essas situações. Muitas pessoas com possibilidades financeiras para isso não possuem qualquer tipo de seguros para fazer face a problemas como incêndio ou roubo da casa, acidentes com os carros, problemas de saúde, situações de invalidez permanente, situações de morte, etc. Todas estas situações e muitas outras podem ser cobertas por seguros que, mesmo que não nos permitam resolver na totalidade este tipo de problemas, podem, no entanto, constituir uma preciosa ajuda. Faz por isso todo o sentido pedir ajuda profissional a consultores de seguros da nossa confiança no sentido de fazermos um pacote de seguros que seja o mais indicado para a nossa situação particular.

Um incêndio numa casa pode acontecer a qualquer família. As probabilidades de acidente de carro são, com toda a certeza, superiores em pessoas que necessitem de fazer 100 quilómetros por dia do que naquelas que não circulam em média mais de 10 quilómetros por dia. Um profissional de seguros que seja honesto e que não se preocupe apenas em vender os seus produtos irá aconselhar uma determinada pessoa que necessite do seu carro próprio como instrumento de trabalho a fazer, por exemplo, um seguro contra todos os riscos, desde que tenha condições financeiras para tal.

Quando falamos em prevenir para precaver problemas financeiros futuros é importante que cada situação seja analisada isoladamente. Cada pessoa é um caso distinto com diferentes necessidades e possibilidades. Infelizmente, existem muitas pessoas que, depois de analisarem a sua situação particular, chegam à conclusão de que os seus rendimentos mensais não lhes permitem precaver este tipo de problemas. Mas quantas pessoas com possibilidades para isso não deram ainda um passo no sentido de prevenir o seu bem-estar financeiro futuro?
 
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por marafado » 7/2/2005 19:08

Baixas Taxas de Juro Sustentam Os Mercados
Por BERNARDO MESQUITA
Segunda-feira, 07 de Fevereiro de 2005

Os mercados accionistas reagiram positivamente ao facto das eleições iraquianas terem decorrido sem sobressaltos de maior. Na mesma semana, o Fed subiu as taxas directoras em 25 b.p. conforme esperado, dando assim seguimento à política de subida gradual das taxas de juro. Como factores positivos para os mercados, tivemos também um grande número de empresas a apresentar os seus números trimestrais acima do esperado, bem como o continuar de um tema que provavelmente irá marcar os mercados accionistas em 2005: a consolidação entre empresas. Após quatro anos de consolidação de balanços, hoje em dia existem várias empresas com excesso de liquidez e pouco ou nenhum endividamento, o que, associado às baixas taxas de juro, cria um ambiente muito favorável para que surjam cada vez mais operações de fusões e/ou aquisições. Há que acompanhar a evolução dos mercados obrigacionistas, onde as taxas de juro das obrigações de longo prazo se aproximam dos seus mínimos, quer na Europa, quer nos EUA. Dada a actual fase de recuperação da economia mundial, seria expectável que as mesmas estivessem consideravelmente acima destes valores. Assim, os níveis actuais poderão indicar uma preocupação por parte dos investidores quanto às perspectivas de futuro crescimento económico. A manutenção destas baixas taxas de juro vem no entanto dar uma forte sustentação aos mercados accionistas, sobretudo àquelas empresas que tenham elevados dividendos e uma boa geração de "cash-flows".

Gestão de Patrimónios Espírito Santo Securities

bmesquita@besinv.pt
 
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por marafado » 7/2/2005 19:07

Máximos e Histórias Colaterais
Por ANABELA CAMPOS
Segunda-feira, 07 de Fevereiro de 2005

O "romance" em torno da venda dos activos de media do grupo PT voltou a ser um dos grandes factores de animação da Bolsa de Lisboa, que fechou a semana passada com o PSI 20 a acumular um ganho de 1,27 por cento. Foi também ultrapassada pela primeira vez desde Novembro de 2001 a barreira dos oito mil pontos, situação que mereceu grande destaque, não só por causa do "feito", mas também porque a praça portuguesa tem liderado as subidas na Europa em 2005. Este comportamento fortemente positivo deve-se à subida de alguns títulos, por questões pontuais e alguma especulação, e não tanto a uma conjuntura geral positiva. O mercado de capitais português parece assim ignorar a difícil situação económica do país e o clima de alguma instabilidade política.

Factores colaterais às sessões de bolsa marcaram também a semana passada: o Ministério Público arquivou a acusação de "insider trading" da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) contra Manuel Serzedelo e a comissão executiva da PT envolvendo alegadamente negócios do ex-administrador do BES Investimento com as acções da PT Multimédia. E no mercado mantêm-se as dúvida face à posição da PT Multimédia em relação ao negócio da Lusomundo, que ainda não afirmou se vende ou não vende os activos de media do grupo apesar dos pedidos de explicação da CMVM e das declarações públicas nesse sentido. A confusão aumentou na sexta-feira, depois da PTM ter dito em comunicado à CMVM que foram feitas cinco propostas de compra da Lusomudo não vinculativas. Dois dias antes, o BES - assessor financeiro da operação - afirmou publicamente que existiam sete propostas.

Ao nível internacional, a semana foi marcada pela continuação da apresentação de resultados de grandes empresas norte-americanas e europeias e pela subida das taxas de juro nos EUA, o que, aliás, já era esperado. De uma maneira geral, os resultados têm saído acima do esperado, mas as expectativas de vendas e de lucros para 2005 são mistas.

Em Lisboa, os ganhos da semana foram liderados pela Pararede, ajudada pelas expectativas de evolução do negócio apontadas pela própria empresa em conferência de imprensa, bem como a possibilidade da distribuição de um primeiro dividendo em 2006. Declarações que na sexta-feira a Pararede veio corrigir em comunicado à CMVM, admitindo nomeadamente que não irá distribuir dividendos relação ao exercício de 2005. Seguiu-se-lhe a Jerónimo Martins, a progredir mais de quatro por cento, sem que fossem conhecidas notícias que o suportem. Entre os "pesos-pesados", a melhor evolução, segundo contas da Lusa, pertenceu à EDP, que progrediu 2,23 por cento, enquanto PT e BCP tiveram ganhos mais ligeiros, de 1,71 e 0,97 por cento, respectivamente. Brisa e Sonaecom foram os únicos papéis a fechar no "vermelho", com perdas semanais de 1,93 e 1,83 por cento, respectivamente.

A bater novos máximos estiveram papéis como a Impresa, a Jerónimo Martins, a ParaRede, a PT, a Semapa e a Brisa, entre outros
 
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por marafado » 7/2/2005 19:07

PGR Arquiva Processo Contra Serzedelo
Segunda-feira, 07 de Fevereiro de 2005

O Ministério Público decidiu arquivar o processo de suspeitas de "insider trading" contra Manuel Serzedelo, ex-presidente do BES Investimentos (BESI). O processo, que envolvia a compra de acções da PTM, em 2002, envolvia ainda os membros da comissão executiva da Portugal Telecom, por causa de decisões tomadas em relação à PTM. A notícia, avançada pelo "Jornal de Negócios", refere que apesar de algumas dúvidas sobre a persistente operação de compra de acções por parte de Manuel Serzedelo, não se reuniram provas de práticas de crime. A comissão executiva da PT era arguida no processo por ter ordenado a compra de acções próprias antes de um estudo da BESI para a reestruturação da empresa.

Semapa admite vender acções da Portucel
A Semapa, accionista maioritária da Portucel, admite vender acções da papeleira em bolsa, de forma a garantir maior liquidez ao título. Pouco depois da privatização da empresa, a Portucel registou um fraco movimento, o que, juntamente com outros critérios, acabou por determinar a sua exclusão do PSI-20. Agora, em declarações ao "Diário Económico", fonte da empresa admitiu avançar com a venda de acções, uma operação em que poderá ser acompanhada pelo Estado. A empresa quer desblindar os estatutos na próxima assembleia-geral.

Portugal terceiro destinod dos investimentos espanhóis

Portugal foi o terceiro destino dos investimentos espanhóis realizados no primeiro semestre de 2004, logo a seguir ao México e a França, verificando-se, contudo, uma queda de 311 milhões de euros face ao período homólogo de 2003, revelam dados da Direcção Geral do Comércio e Investimento espanhol. Os dados demonstram um desvio dos investimentos para mercados europeus, bem como uma tendência de queda do montante global do investimento espanhol. Devido à compra do Bancomex no México pelo Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA), aquele país da América Latina, com um investimento de 3,54 mil milhões de euros, de um total de 5,98 mil milhões no período em análise, surge como o primeiro destino do investimento espanhol. No entanto, os investidores espanhóis consideram os mercados europeus mais seguros e destinaram, no primeiro semestre de 2004, mais de 21 por cento do seu investimento total a Portugal (462,94 milhões de euros) e a França e 32 por cento à Holanda, Itália, Reino Unido e Polónia. Em oitavo lugar encontram-se os Estados Unidos, onde o investimento espanhol caiu para 82 milhões de euros, contra 1,186 mil milhões de euros entre Janeiro e Junho de 2003. Na América Latina e além do México, só o Brasil, com 49 milhões de euros, e o Uruguai, com 26 milhões de euros, aparecem na lista dos 15 principais destinos do investimento espanhol.
 
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por marafado » 7/2/2005 19:06

Compra da Gillette pela Procter & Gamble gera gigante da higiene e produtos para o lar
Indústria Reforça Posição Perante o Comércio
Segunda-feira, 07 de Fevereiro de 2005

São mais de duas dezenas de marcas muito conhecidas um pouco por todo o mundo. O novo gigante dos produtos de grande consumo terá assim uma posição de força perante as principais cadeias de distribuição. O negócio valeu quase 44 mil milhões de euros

Dulce Furtado
A reunião de forças entre duas das mais poderosas fabricantes mundiais de produtos de grande consumo - a Procter & Gamble e a Gillette - tem todo o potencial para retirar algum poder de negociação às gigantescas cadeias da distribuição e repô-lo nas mãos dos fornecedores. Mas terá mesmo o negócio de compra da Gillette pela Procter & Gamble (P&G) alguma coisa a ver com o poder cada vez maior dos grandes retalhistas e com a proliferação das marcas brancas? "Nada de nada", foi a resposta peremptória do presidente e administrador executivo da P&G, Alan G. Lafley, dada ao jornal "New York Times".

Porém, essa não é de todo a opinião dos analistas do sector, os quais defendem que a P&G tem vindo a assistir com "muita preocupação" ao aparecimento de produtos concorrenciais com a marca das lojas retalhistas e a preços bastante mais baixos. E isto num panorama em que as grandes cadeias de distribuição - sobretudo a Wal-Mart nos Estados Unidos e a Aldi na Europa - têm vindo a ganhar cada vez mais poder nas relações negociais com os fornecedores. Nos últimos 15 a 20 anos, são estas cadeias quase omnipresentes de supermercados que ditam as regras e os preços dos fornecimentos dos produtos de grande consumo.

Afinal, o que terá a ver a fusão amigável da P&G e da Gillette com os Wal-Mart e os Aldi por esse mundo fora? Tudo. Tem tudo a ver. O poder negocial da empresa combinada será muito maior, sabendo-se que fica com um império de 21 marcas de enorme valor de mercado consumidas à escala global, como os detergentes Tide e Ariel, os produtos para cabelos Pantene, Wella e Head&Shoulders (todos da P&G) e as lâminas de barbear Mach3, mais as barbeadoras eléctricas Braun e ainda os produtos de higiene dentária Oral-B e as pilhas Duracell (todos Gillette). É verdade que os produtos Gillette e P&G, juntos, representam menos de dez por cento das vendas globais da Wal-Mart - mas poderá a cadeia de distribuição que diz "ter tudo" vir a não apresentar nas prateleiras o detergente Tide ou as pilhas Duracell?

Fusão para o primeiro lugar
O comunicado emitido pela P&G no dia em que a compra da Gillette foi anunciada, pelo valor de 57 mil milhões de dólares (43,714 mil milhões de euros), mostrava claramente uma confiança reforçada no futuro, ao afirmar que a empresa que resulta da união das duas "terá a primeira posição no mercado mundial em categorias de produtos que representam cerca de dois terços das vendas totais" da futura P&G-Gillette.

Com esta fusão - a maior já feita nos Estados Unidos desde que a instituição financeira J.P. Morgan Chase comprou o Bank One por 60 mil milhões de dólares no ano passado - a futura P&G-Gillette vai alcançar o primeiro lugar do sector, que até agora se encontra nas mãos da Unilever (com um volume de negócios anual de 48,25 mil milhões de dólares). A facturação anual da nova P&G-Gillette chega aos 60,7 mil milhões de dólares - ficando atrás apenas da Nestlé (65,4 mil milhões) a nível mundial.

"Esta união de duas das melhores empresas de produtos de consumo, num momento em que ambas estão a operar numa posição de força, é uma oportunidade única", classificou Alan G. Lafley, no comunicado conjunto emitido pelas duas empresas na semana passada. "Isto é um marco de início de uma nova fase histórica de grandes oportunidades para a Gillette e também para a Procter & Gamble: juntam-se duas empresas que se complementam na força, cultura e visão para criar o potencial necessário para um crescimento sustentável superior", juntou James M. Kilts, o presidente e administrador executivo da Gillette, que irá ocupar as funções de vice-presidente da gigante que vai resultar da fusão.

O funcionamento e operacionalidade conjuntos das duas empresas irá também "poupar custos na ordem dos 14 a 16 mil milhões de dólares anuais" e "potenciar um crescimento de vendas de cinco a sete por cento a partir de uma base de 60 mil milhões de dólares", segundo é avançado também naquele comunicado.

E inevitavelmente, apontam os analistas, esta fusão virá dar à P&G-Gillette consideravelmente mais poder no que toca às negociações com as empresas de media - televisões, revistas, jornais - na compra de milhares de milhões de dólares em publicidade todos os anos. Mas trará também um enorme desafio de comunicação à P&G que, tradicionalmente, sempre falou para as mulheres e agora terá de aprender com a Gillette a falar para os homens, uma categoria de consumidores cada vez maior para os produtos de cuidados e higiene pessoal.
 
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por marafado » 7/2/2005 19:05

Por EXXON MOBIL REGISTA LUCROS HISTÓRICOS
Segunda-feira, 07 de Fevereiro de 2005

Nos últimos cinco anos, a petrolífera foi por quatro vezes a mais lucrativa empresa norte-americana. Os lucros de 2004 chegaram aos 25,3 mil milhões de dólares

Rita Siza, Washington
A companhia petrolífera Exxon Mobil voltou a ser, em 2004, a mais lucrativa empresa americana, com os resultados positivos a alcançarem os 25,3 mil milhões de dólares - um valor que é equivalente a mais de 14 por cento de todo o Produto Interno Bruto (PIB) português. As oscilações do mercado petrolífero mundial, que elevaram ao nível histórico de mais de 55 dólares o preço do barril de petróleo, impulsionaram os ganhos da multinacional, que surpreendeu ainda os analistas com um acréscimo significativo das receitas provenientes da actividade das suas 35 refinarias, das vendas de produtos químicos e ainda do resultado dos investimentos em marketing.

Com a divulgação dos resultados do último trimestre de 2004, a Exxon Mobil consolidou a sua posição de líder do mercado petrolífero americano. As vendas no quarto trimestre aumentaram 26 por cento e os proveitos subiram 27 por cento, para um valor recorde de 8,42 mil milhões de dólares. Fechadas as contas do ano, as vendas totais da Exxon Mobil ascenderam aos 298 mil milhões de dólares em 2004. Nos últimos cinco anos, a Exxon Mobil foi por quatro vezes a empresa norte-americana mais lucrativa.

Os números divulgados pela Exxon Mobil surpreenderam os analistas, que antecipavam já o acréscimo dos lucros motivado pelos ganhos no preço do petróleo e pelo crescimento do consumo de gasolina a nível mundial. "Estes resultados são particularmente impressionantes quando se pensa que, em actividades como a refinação ou o marketing, as receitas triplicaram", considerou um analista do Credit Suisse First Boston.

Assim que os resultados foram divulgados, a Morgan Stanley aumentou o preço-alvo dos títulos da Exxon Mobil de 57 para 60 dólares e estimou que "os lucros recorde de 2004 continuarão a verificar-se em 2005". O CEO da petrolífera, Lee Raymond, disse que a Exxon Mobil vai prosseguir o seu programa de investimentos, com novos projectos na Europa e em África. Cerca de dois terços das receitas da Exxon Mobil são provenientes do negócio do petróleo e gás (a empresa é a segunda maior produtora de petróleo do mundo, atrás da Aramco, a companhia estatal da Arábia Saudita), mas em 2004 a produção até decaiu dois por cento. Pelo contrário, as unidades de refinação registaram um significativo acréscimo da sua produção: 11 por cento na Ásia, 5,6 por cento no Canadá e 4,6 por cento na Europa.

Em 2004, os accionistas obtiveram um lucro recorde de 1,30 dólares por acção, mas não deverão beneficiar da conservadora política de distribuição de dividendos da Exxon Mobil. A companhia tem privilegiado a aplicação dos lucros na compra de acções próprias, tendo anunciado a aquisição de 61 milhões de acções, no valor de cerca de três mil milhões de dólares, no último trimestre de 2004. Um investimento que fez a dívida da empresa descer de 9,6 mil milhões de dólares para 8,3 mil milhões de dólares.

As origens da Exxon Mobil remontam ao século XIX e a empresa resulta do crescimento de um dos ramos da companhia petrolífera de John Rockefeller - uma pequena unidade química criada em New Jersey em 1882 denominada Standard Oil Co. Em 1972 a empresa mudou o nome para Exxon e em 1999 aglomerou a Mobil Corp, que também fazia parte do universo Rockefeller.

Em toda a história da economia americana, só por uma vez uma empresa verificou ganhos superiores aos resultados da Exxon Mobil em 2004. Foi em 1998, quando o gigante MediaOne lucrou 26,3 mil milhões de dólares com a separação dos seus negócios de cabo e de telecomunicações (a AT&T comprou a MediaOne no ano 2000).
 
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por marafado » 7/2/2005 19:04

Empresa do grupo General Electric lança produto inovador em Portugal
Casa, Carro e Electromésticos Num Só Empréstimo
Segunda-feira, 07 de Fevereiro de 2005

Consolide os seus empréstimos num só e pague até 40 por cento menos no final do mês. É isso que lhe propõe a GE Money, uma empresa financeira a operar em Portugal que acaba de lançar um produto inovador, associado ao crédito à habitação. A banca tradicional pode ter de seguir o exemplo

Rosa Soares
Ter empréstimos bancários para a compra de casa, de carro e de electrodomésticos, entre outros, é uma situação comum a centenas de milhar de portugueses. Ter créditos espalhados por várias instituições, com taxas de juro diferenciadas, prazos diversos, datas de liquidação distintas, também é muito comum. Consolidar todos esses créditos num só e pagar menos no final do mês, até 40 por cento menos, é o que oferece a GE Money, uma instituição financeira do grupo General Electric, que até agora apenas concedia crédito para financiamento automóvel e aquisição de electrodomésticos.

Esta empresa, que não tem uma rede de distribuição tradicional, funcionando através de contratos com agentes, acaba de entrar no crédito imobiliário através de dois produtos distintos - um crédito à habitação e um sistema de consolidação de créditos, que terá obrigatoriamente associado um crédito hipotecário. O conceito do crédito hipotecário é inovador na medida em que há um financiamento do crédito ao consumo, que habitualmente tem taxas de juro muito superiores, através do crédito à habitação, que é feito sempre com a hipoteca do imóvel e que tem prazos muito alargados. A banca portuguesa tem uma sistema de crédito que permite outros financiamentos a coberto do crédito imobiliário, que é o caso de crédito Multiopções ou Multifuncionalidades, que é realizado nas mesmas condições do crédito à habitação e que se destina a obras, mobiliário e outras necessidades.

No caso da GE Money - empresa que começou a trabalhar em Portugal com a designação de GE Capital Woodchester - a proposta é simples e vai de encontro a uma sugestão feita pela associação de defesa do consumidor (DECO) há dois atrás: juntar os créditos, renegociando taxas e prazos e reduzindo comissões. A consolidação de créditos é sempre feita com base num crédito à habitação ou para quem possuir casa própria, cujo valor terá de garantir a totalidade dos créditos. De acordo com a informação prestada pela GE, a sociedade financeira "compra" ou paga os diferentes créditos ou dívidas dos clientes, efectuando um empréstimo sobre o montante total. As condições do empréstimo são feitas de acordo com o perfil do cliente, o que inclui fixação da margem ou "spread" do empréstimo, que a empresa garante poder partir de um mínimo de 0,5 por cento, semelhante ao que os bancos praticam para os melhores clientes. Os clientes passam a pagar a prestação mensal do empréstimo à GE através da sua conta bancária, não precisando de mudar de banco.

A GE Money, que está autorizada pelo banco de Portugal a operar como sociedade financeira, não podendo apenas receber depósitos, defende que "o crédito associado vai permitir ajudar as famílias a reequilibrar o esforço mensal através da redução das prestações", adiantando que, pela experiência concreta, "a prestação mensal pode ser reduzida até 40 por cento".

Dúvidas legais
O lançamento de um crédito à habitação que na prática vai financiar bens de consumo, por um tempo alargado - 35 anos no caso da GE - divide opiniões. Contactados pelo PÚBLICO, alguns responsáveis bancários manifestaram reservas em relação ao enquadramento legal dos dois tipos de crédito, dado que os empréstimos para compra de habitação tem benefícios fiscais associados, não pagando, por exemplo, imposto de selo, situação que é obrigatória no crédito ao consumo. Em declarações ao PÚBLICO, fonte oficial da GE Money esclareceu que é possível compatibilizar o regime fiscal no novo produto. Outra das questões levantadas é a duração de financiamento, que no caso de alguns bens, como carro ou electrodomésticos, acaba por se prolongar muito para além da duração do próprio bem.

Mas o produto também recolhe opiniões positivas, na medida que permite às famílias contrair um empréstimo em condições bem mais favoráveis, dado que o crédito com hipoteca de imóvel, sem grandes riscos de desvalorização, permite taxas de juros bem mais vantajosas, entre os três e os cinco por cento, muito longe das taxas superiores a 10 por cento do crédito ao consumo. De acordo com a opinião de um economista com actividade ligada à banca, é bem possível que a banca tradicional comece a oferecer produtos semelhantes, especialmente se se verificar uma pressão dos clientes nesse sentido.

UCI lança empréstimo inovador para imigrantes
A União de Créditos Imobiliários (UCI), uma "joint-venture" do grupo Santander e BNP Paribas, lançou recentemente um novo produto de crédito imobiliário. Trata-se de uma oferta específica para imigrantes extra comunitários. O "Super Crédito Porta Aberta" pretende captar imigrantes a residir em Portugal, oferecendo, de acordo com a informação da instituição, "redução nas prestações durante os primeiros anos, prazos alargados, rapidez no processo e não exigência de fiadores obrigatórios". A sociedade tem ainda um produto específico para cidadãos de países da União Europeia que pretendam adquirir casa de férias em Portugal. A UCI tem apenas sete agências de comercialização em Portugal, funcionando maioritariamente através de contratos com mediadoras imobiliárias. No seu sítio da Internet, a UCI garante já ter financiado mais de cinco milhões de famílias em toda a Europa.

Juros estáveis por mais alguns meses
As taxas de juro do crédito à habitação deverão manter-se estáveis nos próximos meses e não é previsível uma variação muito significativa até final do ano. Eventualmente, a partir do primeiro trimestre, poderá notar-se uma ligeira subida dos encargos com empréstimos das famílias, dado que o mercado monetário, onde se fixa a Euribor, que serve de indexante aos empréstimos à habitação, antecipa em alguns meses as decisões do Banco Central Europeu (BCE). Mas a subida das taxas de juro não é um cenário que deva preocupar as famílias no curto prazo, dado que o BCE não tem, neste momento, condições para subir as taxas de juro na Europa. Os fracos sinais de crescimento da economia na zona euro deverão obrigar a autoridade monetária a repetir a decisão tomada na última semana, mantendo as taxas nos dois por cento. A decisão do banco central só será alterada se se verificar uma forte desvalorização do euro face ao dólar, o que poderia provocar alguma pressão inflacionista. Pelas piores razões - o crescimento muito reduzido da economia europeia, especialmente a alemã, que conta actualmente com cinco milhões de desempregados - as famílias não deverão sentir um agravamento significativo nos encargos com o pagamento da casa. Em Portugal, de acordo com um estudo da Marktest, há dois milhões de portugueses com crédito à habitação.
 
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