Analistas prevêem estagnação após a conquista dos 8000 ponto
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“Não creio que os homens da bolsa tenham uma bola de cristal e estejam a ver coisas que mais ninguém vê. O mercado está a subir contra a situação económica e política nacional, e não por causa dela”, afirma Jorge Ramos, administrador da Luso Partners.
Parece-me que a bolsa vai estagnar ou até mesmo corrigir pelo menos até Abril e que daí para a frente tenderá a acompanhar a performance das restantes praças europeias”, afirma Ricardo Lourenço.
Destaco estas duas afirmações, que julgo serem mais uma prova de que há quem escreva e opine sobre Bolsa sem saber o que isso é.
O primeiro nem sequer tem ideia do que é a Bolsa. O segundo, atira para o ar palpites infundamentados. Por que raio a bolsa vai corrigir até Abril e depois acompanhar os restantes mercados?
Julgo que houve também quem dissese que vai subir nos primeiros meses e depois estagnar. Enfim, há palpites para todos os gostos.
Cumprimentos,
Touro
Touro
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Preços são mais altos no Norte do que na Galiza
assimetrias Nortenhos com mais razões para fazer compras na região vizinha Trocas comerciais mantêm-se favoráveis aos galegos
Ricardo David Lopes
Os preços da maior parte dos produtos subiram mais no Norte de Portugal do que na vizinha Galiza, em 2003. Segundo o Anuário Estatístico das duas regiões divulgado ontem, os preços aumentaram, em média e face a 2002, 3,2% no Norte contra 2,3% na Galiza, onde apenas os produtos alimentares e bebidas não alcoólicas registaram maiores subidas. O documento revela ainda que o Norte continua a perder terreno nas trocas comerciais com a Galiza, apesar de ter mais do dobro das empresas. Entre os galegos há mais desemprego, mas o Produto Interno Bruto (PIB) per capita é superior ao do Norte do país.
Em termos médios, os preços subiram menos nas regiões do que nos respectivos países. A educação, o ensino, os transportes, a habitação, a electricidade, a água, o gás e os combustíveis e a hotelaria foram os sectores onde o Norte conheceu maiores aumentos, em muitos casos superiores à média nacional.
Já no sector laboral, o Norte liderou pela positiva, com uma taxa de desemprego de 6,9% (correspondente a 130,8 mil pessoas), face a 12,6% na Galiza (159,8 mil pessoas).
O anuário revela que 62,5% dos nortenhos com mais de 15 anos estiveram empregados em 2003, o que contrasta com uma taxa de 53,1% na Galiza (para maiores de 16 anos). No total, a população empregada no Norte ascendeu a 1,7 milhões de pessoas, enquanto na Galiza foi de 1,1 milhões, o que se explica com o facto de haver mais do dobro das empresas na região portuguesa (342 mil) do que na espanhola (171 mil). Em ambas as regiões, os serviços continuam a liderar o emprego.
Nas trocas comerciais, a Galiza ganhou terreno. Os dados do anuário, que neste caso são relativos a 2002, mostram que, apesar do aumento das expedições do Norte para a Galiza (em 12,6% face a 2001), o saldo continuou a ser favorável aos espanhóis em 54 milhões de euros. Os têxteis e as confecções absorveram mais de dois quintos das "exportações" nortenhas, com os produtos agrícolas a representarem 15% das vendas. Da Galiza para o Norte vieram sobretudo produtos agrícolas e de pecuária (um terço do total), seguindo-se os têxteis (um quinto) e os minerais (10%).
Contas feitas, o Norte vendeu à Galiza produtos no valor 631,2 milhões de euros em 2002, tendo pago 684,7 milhões pelos que "importou".
O PIB per capita dos galegos também se manteve mais elevado. Em 2001, ascendeu a 13,5 mil euros, contra 9,6 mil euros no Norte. Ambas as regiões, contudo, estão abaixo das médias nacionais neste indicador (16,1 mil euros em Espanha e 11,9 mil euros em Portugal).
O sector hoteleiro galego teve também melhor comportamento. Em 2002, a taxa de ocupação foi de 37,1%, enquanto no Norte se ficou por 29,4%. Também aqui houve assimetrias entre as regiões e os respectivos países em Espanha, a taxa de ocupação foi de 55,3%, enquanto em Portugal ascendeu aos 41,1%.
assimetrias Nortenhos com mais razões para fazer compras na região vizinha Trocas comerciais mantêm-se favoráveis aos galegos
Ricardo David Lopes
Os preços da maior parte dos produtos subiram mais no Norte de Portugal do que na vizinha Galiza, em 2003. Segundo o Anuário Estatístico das duas regiões divulgado ontem, os preços aumentaram, em média e face a 2002, 3,2% no Norte contra 2,3% na Galiza, onde apenas os produtos alimentares e bebidas não alcoólicas registaram maiores subidas. O documento revela ainda que o Norte continua a perder terreno nas trocas comerciais com a Galiza, apesar de ter mais do dobro das empresas. Entre os galegos há mais desemprego, mas o Produto Interno Bruto (PIB) per capita é superior ao do Norte do país.
Em termos médios, os preços subiram menos nas regiões do que nos respectivos países. A educação, o ensino, os transportes, a habitação, a electricidade, a água, o gás e os combustíveis e a hotelaria foram os sectores onde o Norte conheceu maiores aumentos, em muitos casos superiores à média nacional.
Já no sector laboral, o Norte liderou pela positiva, com uma taxa de desemprego de 6,9% (correspondente a 130,8 mil pessoas), face a 12,6% na Galiza (159,8 mil pessoas).
O anuário revela que 62,5% dos nortenhos com mais de 15 anos estiveram empregados em 2003, o que contrasta com uma taxa de 53,1% na Galiza (para maiores de 16 anos). No total, a população empregada no Norte ascendeu a 1,7 milhões de pessoas, enquanto na Galiza foi de 1,1 milhões, o que se explica com o facto de haver mais do dobro das empresas na região portuguesa (342 mil) do que na espanhola (171 mil). Em ambas as regiões, os serviços continuam a liderar o emprego.
Nas trocas comerciais, a Galiza ganhou terreno. Os dados do anuário, que neste caso são relativos a 2002, mostram que, apesar do aumento das expedições do Norte para a Galiza (em 12,6% face a 2001), o saldo continuou a ser favorável aos espanhóis em 54 milhões de euros. Os têxteis e as confecções absorveram mais de dois quintos das "exportações" nortenhas, com os produtos agrícolas a representarem 15% das vendas. Da Galiza para o Norte vieram sobretudo produtos agrícolas e de pecuária (um terço do total), seguindo-se os têxteis (um quinto) e os minerais (10%).
Contas feitas, o Norte vendeu à Galiza produtos no valor 631,2 milhões de euros em 2002, tendo pago 684,7 milhões pelos que "importou".
O PIB per capita dos galegos também se manteve mais elevado. Em 2001, ascendeu a 13,5 mil euros, contra 9,6 mil euros no Norte. Ambas as regiões, contudo, estão abaixo das médias nacionais neste indicador (16,1 mil euros em Espanha e 11,9 mil euros em Portugal).
O sector hoteleiro galego teve também melhor comportamento. Em 2002, a taxa de ocupação foi de 37,1%, enquanto no Norte se ficou por 29,4%. Também aqui houve assimetrias entre as regiões e os respectivos países em Espanha, a taxa de ocupação foi de 55,3%, enquanto em Portugal ascendeu aos 41,1%.
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Os empresários nascem ... ou criam-se?
É possível aprender aptidões de empresário ou será que elas estão nos genes? O que é necessário para criar uma empresa e torná-la um sucesso? E porque razão é menor o número de europeus do que o de norte-americanos que têm o que é necessário?
04-02-2005, Semanário Económico
A Comissão Europeia fez uma sondagem na UE - incluindo, pela primeira vez, os dez novos Estados- membros - para saber por que razão os cidadãos querem, ou não, tornar-se nos seus próprios patrões.
“Os empresários são o ADN de que precisamos para desenvolver a concorrência e a inovação na Europa”, afirma o Comissário das Empresas e Indústria, Gunther Verheugen. “O empreendedorismo pode ser algo de estimulante e recompensador mas implica também riscos e muito trabalho. É um desafio, para os Estados-membros e para a Comissão, garantir que o empreendedorismo é encorajado, proporcionando um ambiente de apoio para os que optarem por assumir os riscos.”
Para encorajar um maior número de novos projectos empresariais, a Comissão Europeia está a implementar uma série de acções políticas através do Plano de Acção para o Empreendedorismo. A Comissão emite também relatórios periódicos sobre os progressos registados no que toca ao cumprimento dos objectivos definidos pela Carta Europeia para as Pequenas Empresas.
O empreendedorismo tem que ver com pessoas, as suas escolhas e acções e a sondagem do Eurobarômetro permite-nos identificar e analisar o que motiva o seu comportamento. Apesar de 45% dos europeus gostarem de ser patrões de si mesmos, 61% dos americanos são mais dados ao empreendedorismo. Mas porque é que os europeus se mostram menos tentados a trabalhar por conta própria? Quais os obstáculos que ajudam a explicar por que 59% dos europeus nunca chegam a ponderar sequer montar um negócio, ou a sonhar com isso?
Contrabalançar os riscos
Ter um rendimento regular é a principal motivação para os europeus que preferem ter um estatuto de empregados. Trinta por cento dos europeus respondem nesse sentido, ao contrário de 16% dos norte-americanos. A estabilidade laboral é considerada também importante para 24%, na UE a 25, face a apenas 10% nos EUA.
O medo de falhar preocupa também os europeus. Metade dos europeus inquiridos acha que não se deve montar um negócio, havendo a probabilidade de ele falhar, face a apenas um terço dos norte-americanos que partilham a mesma opinião. Os europeus tendem a mostrar-se também mais preocupados com a possibilidade de bancarrota (45%) ou de perder os seus bens (35%) se a empresa falir, enquanto nos norte-americanos mostram-se muito menos receosos desses perigos (36% e 21%, respectivamente).
...e os benefícios...
O estudo chegou também à conclusão de que um terço dos cidadãos da UE continua a considerar a possibilidade de montar um negócio nos próximos cinco anos, aumentando a percentagem para 40% nos novos Estados-membros. Para algumas pessoas, é evidente que os potenciais benefícios ultrapassam os riscos e a sondagem demonstra que a maioria dos benefícios considerados cruciais nessa predisposição não são necessariamente financeiros: 77% dos europeus que demonstram uma preferência pelo empreendedorismo apontam para uma maior independência e auto-satisfação como importante fonte de motivação. Isto contrasta com apenas 23% que avançavam como motivo “maiores rendimentos”.
Mas o empreendedorismo não é sempre, obviamente, uma opção. Enquanto 71% dos norte-americanos que montaram um negócio fizeram-no porque viram aí uma oportunidade e 13% uma necessidade, na UE dos quinze, 56% dos inquiridos diz que o que os motivou foi a oportunidade, sendo que nos novos Estados-membros essa justificação cai para os 48%.
Basta fazer
Até que ponto é fácil para um potencial empresário concretizar o seu sonho (ou necessidade)? Só 2% dos europeus inquiridos estavam, de facto, em vias de montar uma empresa, face a 8% nos EUA. O estudo mostra que os obstáculos sentidos no que toca ao montar um negócio é de ordem de grandeza semelhante, na Europa e nos EUA, mas a sua amplitude é mais marcante na Europa. A falta de apoio financeiro disponível continua a ser o factor mais importante em ambos os continentes, apesar de existirem variações consideráveis (ver Obstáculos ao Empreendedorismo). A burocracia segue, de perto, em segundo lugar, se bem que, comparando os dados de 2004 com os de 2003, possámos ver aqui uma grande melhoria.
O que contribui para o sucesso de um negócio?
Uma vez criado, os norte-americanos e os europeus concordam que o factor mais importante para o sucesso de uma empresa é uma boa gestão. Mas os norte-americanos vêem as boas ideias e uma boa liderança como os factores mais cruciais. Os europeus, sobretudo os que vivem nos novos Estados-membros, acreditam que factores externos, como o contexto económico e político, têm muito maior influência. Ora, tipo de percepções influencia naturalmente a confiança de um indivíduo quanto a lançar um negócio.
Um desafio político a 25
Em 2004 a Comissão Europeia definiu as suas prioridades de crescimento do Plano de Acção para o Empreendedorismo. Aí se descrevem as 38 acções em cinco áreas estratégicas: (1) Alimentar um quadro mental de empreendedorismo; (2) Encorajar mais pessoas a tornarem-se empresários; (3) Motivar os empresários para o crescimento e para a competitividade; (4) Melhorar o fluxo de financiamento; e (5) Criar um quadro regulador e administrativo mais fácil para as PME. Foram também definidos os papéis dos diferentes actores envolvidos, desde a Comissão Europeia às autoridades nacionais. Neste mês de Fevereiro a DG das Empresas e Indústria publicará o seu relatório anual sobre a implementação da Carta Europeia para as Pequenas Empresas. Apesar da linhas de acção da Carta abrangerem dez questões ligadas à empresa e ao empreendedorismo, o relatório identificará este ano os pontos fortes e fracos das medidas nacionais em três áreas específicas: Educação para o empreendedorismo (nomeadamente no ensino secundário); Melhor regulação (a avaliação do impacto e lei sobre falências);
Falta de aptidões (técnicos aptos e engenheiros). Através deste Plano de Acção e da Carta, a Comissão Europeia e os Estados membros estão a trabalhar conjuntamente com vista a reduzirem os obstáculos que impedem os indivíduos de se tornarem empresários.
A nível europeu, estas actividades são financiadas através do Programa Multi-anual (MAP)para a Empresa e para o Empresariado, e sobretudo para as PME (2001-5). A maioria dos recursos financeiros do MAP vai para uma maior disponibilização de capital de empréstimo para pequenas empresas e para a alavancagem de capital privado. O MAP apoiou também a prestação de informações e conselhos às empresas sobre questões europeias, através do Euro Info Centres.
NOTA: O Eurobarómetro sobre Empreendedorismo entrevistou cerca de 21 mil pessoas por telefone em Abril de 2004: 18 500 europeus, 1000 americanos e 1500 cidadãos da EFTA, extendendo-se pela primeira vez a 29 países
É possível aprender aptidões de empresário ou será que elas estão nos genes? O que é necessário para criar uma empresa e torná-la um sucesso? E porque razão é menor o número de europeus do que o de norte-americanos que têm o que é necessário?
04-02-2005, Semanário Económico
A Comissão Europeia fez uma sondagem na UE - incluindo, pela primeira vez, os dez novos Estados- membros - para saber por que razão os cidadãos querem, ou não, tornar-se nos seus próprios patrões.
“Os empresários são o ADN de que precisamos para desenvolver a concorrência e a inovação na Europa”, afirma o Comissário das Empresas e Indústria, Gunther Verheugen. “O empreendedorismo pode ser algo de estimulante e recompensador mas implica também riscos e muito trabalho. É um desafio, para os Estados-membros e para a Comissão, garantir que o empreendedorismo é encorajado, proporcionando um ambiente de apoio para os que optarem por assumir os riscos.”
Para encorajar um maior número de novos projectos empresariais, a Comissão Europeia está a implementar uma série de acções políticas através do Plano de Acção para o Empreendedorismo. A Comissão emite também relatórios periódicos sobre os progressos registados no que toca ao cumprimento dos objectivos definidos pela Carta Europeia para as Pequenas Empresas.
O empreendedorismo tem que ver com pessoas, as suas escolhas e acções e a sondagem do Eurobarômetro permite-nos identificar e analisar o que motiva o seu comportamento. Apesar de 45% dos europeus gostarem de ser patrões de si mesmos, 61% dos americanos são mais dados ao empreendedorismo. Mas porque é que os europeus se mostram menos tentados a trabalhar por conta própria? Quais os obstáculos que ajudam a explicar por que 59% dos europeus nunca chegam a ponderar sequer montar um negócio, ou a sonhar com isso?
Contrabalançar os riscos
Ter um rendimento regular é a principal motivação para os europeus que preferem ter um estatuto de empregados. Trinta por cento dos europeus respondem nesse sentido, ao contrário de 16% dos norte-americanos. A estabilidade laboral é considerada também importante para 24%, na UE a 25, face a apenas 10% nos EUA.
O medo de falhar preocupa também os europeus. Metade dos europeus inquiridos acha que não se deve montar um negócio, havendo a probabilidade de ele falhar, face a apenas um terço dos norte-americanos que partilham a mesma opinião. Os europeus tendem a mostrar-se também mais preocupados com a possibilidade de bancarrota (45%) ou de perder os seus bens (35%) se a empresa falir, enquanto nos norte-americanos mostram-se muito menos receosos desses perigos (36% e 21%, respectivamente).
...e os benefícios...
O estudo chegou também à conclusão de que um terço dos cidadãos da UE continua a considerar a possibilidade de montar um negócio nos próximos cinco anos, aumentando a percentagem para 40% nos novos Estados-membros. Para algumas pessoas, é evidente que os potenciais benefícios ultrapassam os riscos e a sondagem demonstra que a maioria dos benefícios considerados cruciais nessa predisposição não são necessariamente financeiros: 77% dos europeus que demonstram uma preferência pelo empreendedorismo apontam para uma maior independência e auto-satisfação como importante fonte de motivação. Isto contrasta com apenas 23% que avançavam como motivo “maiores rendimentos”.
Mas o empreendedorismo não é sempre, obviamente, uma opção. Enquanto 71% dos norte-americanos que montaram um negócio fizeram-no porque viram aí uma oportunidade e 13% uma necessidade, na UE dos quinze, 56% dos inquiridos diz que o que os motivou foi a oportunidade, sendo que nos novos Estados-membros essa justificação cai para os 48%.
Basta fazer
Até que ponto é fácil para um potencial empresário concretizar o seu sonho (ou necessidade)? Só 2% dos europeus inquiridos estavam, de facto, em vias de montar uma empresa, face a 8% nos EUA. O estudo mostra que os obstáculos sentidos no que toca ao montar um negócio é de ordem de grandeza semelhante, na Europa e nos EUA, mas a sua amplitude é mais marcante na Europa. A falta de apoio financeiro disponível continua a ser o factor mais importante em ambos os continentes, apesar de existirem variações consideráveis (ver Obstáculos ao Empreendedorismo). A burocracia segue, de perto, em segundo lugar, se bem que, comparando os dados de 2004 com os de 2003, possámos ver aqui uma grande melhoria.
O que contribui para o sucesso de um negócio?
Uma vez criado, os norte-americanos e os europeus concordam que o factor mais importante para o sucesso de uma empresa é uma boa gestão. Mas os norte-americanos vêem as boas ideias e uma boa liderança como os factores mais cruciais. Os europeus, sobretudo os que vivem nos novos Estados-membros, acreditam que factores externos, como o contexto económico e político, têm muito maior influência. Ora, tipo de percepções influencia naturalmente a confiança de um indivíduo quanto a lançar um negócio.
Um desafio político a 25
Em 2004 a Comissão Europeia definiu as suas prioridades de crescimento do Plano de Acção para o Empreendedorismo. Aí se descrevem as 38 acções em cinco áreas estratégicas: (1) Alimentar um quadro mental de empreendedorismo; (2) Encorajar mais pessoas a tornarem-se empresários; (3) Motivar os empresários para o crescimento e para a competitividade; (4) Melhorar o fluxo de financiamento; e (5) Criar um quadro regulador e administrativo mais fácil para as PME. Foram também definidos os papéis dos diferentes actores envolvidos, desde a Comissão Europeia às autoridades nacionais. Neste mês de Fevereiro a DG das Empresas e Indústria publicará o seu relatório anual sobre a implementação da Carta Europeia para as Pequenas Empresas. Apesar da linhas de acção da Carta abrangerem dez questões ligadas à empresa e ao empreendedorismo, o relatório identificará este ano os pontos fortes e fracos das medidas nacionais em três áreas específicas: Educação para o empreendedorismo (nomeadamente no ensino secundário); Melhor regulação (a avaliação do impacto e lei sobre falências);
Falta de aptidões (técnicos aptos e engenheiros). Através deste Plano de Acção e da Carta, a Comissão Europeia e os Estados membros estão a trabalhar conjuntamente com vista a reduzirem os obstáculos que impedem os indivíduos de se tornarem empresários.
A nível europeu, estas actividades são financiadas através do Programa Multi-anual (MAP)para a Empresa e para o Empresariado, e sobretudo para as PME (2001-5). A maioria dos recursos financeiros do MAP vai para uma maior disponibilização de capital de empréstimo para pequenas empresas e para a alavancagem de capital privado. O MAP apoiou também a prestação de informações e conselhos às empresas sobre questões europeias, através do Euro Info Centres.
NOTA: O Eurobarómetro sobre Empreendedorismo entrevistou cerca de 21 mil pessoas por telefone em Abril de 2004: 18 500 europeus, 1000 americanos e 1500 cidadãos da EFTA, extendendo-se pela primeira vez a 29 países
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04-02-2005
Câmbios
Dólar avança face ao euro em 2005
O dólar subiu significativamente face ao euro desde o início do ano, beneficiando das expectativas positivas quanto à manutenção do ciclo de aperto.
04-02-2005
Futuros
Sempre a subir
A bolsa nacional teve um impulso extra nestas últimas sessões, com a EuroNext Lisboa a ultrapassar níveis que até recentemente eram “inibitórios”, numa altura em que o segmento accionista como um todo tem sido alvo de uma considerável pressão compradora.
04-02-2005
Dívida
Quedas ligeiras nas yields
Registaram-se ligeiras quedas nas yields soberanas euro, nomeadamente no lado longo da curva, com o futuro do Bund mantendo-se perto dos 120 e a taxa alemã a 10 anos permanece perto dos 3.50 pct
Câmbios
Dólar avança face ao euro em 2005
O dólar subiu significativamente face ao euro desde o início do ano, beneficiando das expectativas positivas quanto à manutenção do ciclo de aperto.
04-02-2005
Futuros
Sempre a subir
A bolsa nacional teve um impulso extra nestas últimas sessões, com a EuroNext Lisboa a ultrapassar níveis que até recentemente eram “inibitórios”, numa altura em que o segmento accionista como um todo tem sido alvo de uma considerável pressão compradora.
04-02-2005
Dívida
Quedas ligeiras nas yields
Registaram-se ligeiras quedas nas yields soberanas euro, nomeadamente no lado longo da curva, com o futuro do Bund mantendo-se perto dos 120 e a taxa alemã a 10 anos permanece perto dos 3.50 pct
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Índice em destaque
Nikkei com potencial de subida
A tendência descendente de médio prazo (TDmp) travou o ímpeto bullish do Nikkei nas últimas semanas, pois “forçou” um período de consolidação do índice nas imediações de 11.500 pontos.
Acção em destaque
Cimpor aproxima-se de máximos
Contrariamente ao que tinha indiciado, a Cimpor não quebrou a sua tendência ascendente de longo prazo (TAlp) no início de Janeiro, embora esta linha tenha sido alvo de um forte teste (o título esteve cotado abaixo deste nível em algumas sessões).
Nikkei com potencial de subida
A tendência descendente de médio prazo (TDmp) travou o ímpeto bullish do Nikkei nas últimas semanas, pois “forçou” um período de consolidação do índice nas imediações de 11.500 pontos.
Acção em destaque
Cimpor aproxima-se de máximos
Contrariamente ao que tinha indiciado, a Cimpor não quebrou a sua tendência ascendente de longo prazo (TAlp) no início de Janeiro, embora esta linha tenha sido alvo de um forte teste (o título esteve cotado abaixo deste nível em algumas sessões).
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Colaboração JPMorgan
Investir em acções do Médio Oriente: a Próxima Fronteira
Apesar dos cohecidos desenvolvimentos geopolíticos, o Médio Oriente representa uma categoria única de activos com importantes áreas de vantagem competitiva.
28-01-2005, Carlos Varela
Frequentemente subestimado e raramente tomado em consideração para investimento, o Médio Oriente oferece um surpreendente leque de oportunidades para os investidores: empresas bem geridas com valorizações atractivas e uma gama excepcional de matérias-primas e de inovação nos domínios da tecnologia e biotecnologia. No entanto, com vários mercados ainda fechados ao investimento estrangeiro e com o risco geopolítico nas manchetes dos jornais, a especulação persiste.
Oportunidades de investimento na região e a tensão geopolítica
Apesar dos desenvolvimentos geopolíticos amplamente divulgados, o Médio Oriente representa uma categoria única de activos com importantes áreas de vantagem competitiva. A região vai registar um elevado crescimento e desfruta de significativos recursos naturais, fornecendo matérias-primas de exportação para os EUA e a Europa, além de ser um centro de inovação nos domínios da tecnologia e dos produtos farmacêuticos. Como tal, estes investidores podem aceder aos mercados globais de exportação através de operadores de nível mundial e à diversificação das empresas, agindo a vários níveis na cadeia de valor acrescentado. As tendências demográficas estabeleceram um cenário favorável ao crescimento, com um ritmo projectado na população activa de mais de 2% durante os próximos 20 anos, largamente superior ao do mundo desenvolvido e dos mercados emergentes. Uma vaga séria de reformas está em curso, tanto a nível político como económico, e as economias estão a convergir para níveis desenvolvidos à medida que a região se integra na economia global - a Turquia está a caminho da adesão à UE, enquanto que um vasto número de países já assinou acordos de comércio livre, tanto com a Europa como com os EUA. Várias empresas bem geridas, actuando em toda a região, tanto em serviços como em sectores relacionados com o comércio, assim como as acções de bancos, oferecem a oportunidade de apreender este crescimento de uma forma mais diversificada. As acções permanecem a um nível de valorização atractivo em relação a outros mercados.
O risco geopolítico domina as manchetes dos nossos jornais. Porém, o impacto quotidiano directo sobre as empresas que operam na região é mínimo: um elevado grau de incerteza e de volatilidade política faz aumentar o prémio de risco exigido pelos investidores para possuir acções nesses países, e pode manifestar-se através de uma maior volatilidade da moeda.
Sectores / Indústrias que dirigem o Crescimento Económico
O crescimento económico está a melhorar, e as previsões do PIB para 2005 aproximam-se dos 5% para toda a região (Israel, Turquia, Egipto, Marrocos, Jordânia, Tunísia). A base do crescimento é bastante diversificada e os componentes económicos mais importantes abrangem os serviços, o sector industrial e o turismo. Os motores da economia diferem consoante o país:
O sector da construção está a acelerar na Turquia, nesta fase tratam-se, essencialmente, de projectos privados, mas à medida que o crescimento prossegue e as dinâmicas da dívida pública melhoram, podemos ter a expectativa de ver projectos de infra-estrutura em 2006, antes das eleições em 2007.
Em Israel, a recuperação da economia que se iniciou em 2004 foi largamente conduzida pelas exportações - uma procura mundial saudável beneficiou os volumes e preços para os produtos químicos e agro-químicos, assim como as exportações israelitas do sector da tecnologia e uma forte melhoria na chegada de turistas em 2004. Em 2005, espera-se que este crescimento se alargue ao sector nacional e ao consumo privado - tal é sustentado pelas taxas de juro reais reduzidas, uma situação de segurança mais tranquilizante, cortes nos impostos e uma procura latente.
No Egipto, o turismo desempenha um papel fundamental nas expectativas de crescimento, estando no topo do crescimento continuado das exportações dada a competitividade da libra egípcia. Espera-se que o início iminente das exportações do gás natural liquefeito do Egipto acrescente, este ano, um ponto percentual ao crescimento do PIB. Entretanto, Marrocos estabeleceu-se como um importante centro de subcontratação para os industriais europeus.
Quais os Países que mais contribuirão para o desenvolvimento económico da região?
Os principais destinos de investimento em relação ao Médio Oriente são Israel, Egipto e Turquia; os mercados mais pequenos a despertarem neste momento abrangem Marrocos, Jordânia, Líbano e Tunísia. O Médio Oriente representa, aproximadamente, 6% do Índice MSCI dos Mercados Emergentes. Desse valor, Israel representa 59%, seguido da Turquia com 28% e do Egipto com 7%.
Além disso, o alargamento da UE é importante para a Turquia, uma vez que os investidores começam a olhar para a economia como um “candidato de convergência” que dá apoio às entradas de capital e à estabilidade da moeda. Com a UE a actuar como suporte para as políticas, as reformas deverão ganhar velocidade logo que a Turquia comece a adoptar as orientações da UE, fazendo com que o país possa atrair os investimentos estrangeiros necessários para um maior crescimento económico.
Dados económicos recentes acompanham essa convicção para o mercado israelita em 2005. O desemprego começa a declinar, a inflação tem um bom comportamento, as transacções correntes são saudáveis e o país assinou, recentemente, acordos de comércio, tanto com o Egipto como com a Jordânia. O estudo do FMI de 2004 deu origem a um relatório entusiasta sobre o progresso dos responsáveis políticos, lançando bases para melhorias da agência de notação da dívida externa de Israel.
Um ambiente político muito mais desenvolvido no Egipto e a exploração de uma abordagem mais agressiva perante a privatização deveriam aumentar os fluxos de capitais no país - uma melhoria na liquidez do dólar e uma libra egípcia mais forte também poderiam ajudar a desinflação.
Assim, como pudemos constatar, a região tem todos os ingredientes necessários para crescer. Acordos de comércio livre, reformas políticas sérias, a liberalização do mercado e acções de privatização estão a estabelecer-se na região. O desenvolvimento do sector privado cria oportunidades de investimento - a venda de activos públicos envolve a reestruturação de operações ineficientes para uma melhor atribuição de capital e origina uma nova gestão empresarial. Um custo de produção mais baixo está a transformar a região num centro de comércio para a Europa e os EUA. A diminuição do custo do capital desenvolve fortes fluxos de tesouraria e, ao mesmo tempo, permite às empresas competir mais eficientemente com as multinacionais. Dados demográficos favoráveis - população activa crescente - levarão a um crescimento económico da região a longo prazo. O desenvolvimento do Centro Financeiro Internacional do Dubai serviu de catalisador, onde acolherá uma bolsa regional e permitirá uma segunda cotação para a maior parte das empresas dos países da MENA (Médio Oriente e Norte de África) e dos países do CCG (Conselho de Cooperação do Golfo). Será criado com base em princípios de legislação que seguirão de perto os que são utilizados em Londres e Nova Iorque, e atrairá a atenção dos investidores internacionais para os mercados regionais.
Não há dúvidas de que o Médio Oriente está destinado ao desenvolvimento económico e abre as portas a um novo conjunto de oportunidades para os investidores.
Investir em acções do Médio Oriente: a Próxima Fronteira
Apesar dos cohecidos desenvolvimentos geopolíticos, o Médio Oriente representa uma categoria única de activos com importantes áreas de vantagem competitiva.
28-01-2005, Carlos Varela
Frequentemente subestimado e raramente tomado em consideração para investimento, o Médio Oriente oferece um surpreendente leque de oportunidades para os investidores: empresas bem geridas com valorizações atractivas e uma gama excepcional de matérias-primas e de inovação nos domínios da tecnologia e biotecnologia. No entanto, com vários mercados ainda fechados ao investimento estrangeiro e com o risco geopolítico nas manchetes dos jornais, a especulação persiste.
Oportunidades de investimento na região e a tensão geopolítica
Apesar dos desenvolvimentos geopolíticos amplamente divulgados, o Médio Oriente representa uma categoria única de activos com importantes áreas de vantagem competitiva. A região vai registar um elevado crescimento e desfruta de significativos recursos naturais, fornecendo matérias-primas de exportação para os EUA e a Europa, além de ser um centro de inovação nos domínios da tecnologia e dos produtos farmacêuticos. Como tal, estes investidores podem aceder aos mercados globais de exportação através de operadores de nível mundial e à diversificação das empresas, agindo a vários níveis na cadeia de valor acrescentado. As tendências demográficas estabeleceram um cenário favorável ao crescimento, com um ritmo projectado na população activa de mais de 2% durante os próximos 20 anos, largamente superior ao do mundo desenvolvido e dos mercados emergentes. Uma vaga séria de reformas está em curso, tanto a nível político como económico, e as economias estão a convergir para níveis desenvolvidos à medida que a região se integra na economia global - a Turquia está a caminho da adesão à UE, enquanto que um vasto número de países já assinou acordos de comércio livre, tanto com a Europa como com os EUA. Várias empresas bem geridas, actuando em toda a região, tanto em serviços como em sectores relacionados com o comércio, assim como as acções de bancos, oferecem a oportunidade de apreender este crescimento de uma forma mais diversificada. As acções permanecem a um nível de valorização atractivo em relação a outros mercados.
O risco geopolítico domina as manchetes dos nossos jornais. Porém, o impacto quotidiano directo sobre as empresas que operam na região é mínimo: um elevado grau de incerteza e de volatilidade política faz aumentar o prémio de risco exigido pelos investidores para possuir acções nesses países, e pode manifestar-se através de uma maior volatilidade da moeda.
Sectores / Indústrias que dirigem o Crescimento Económico
O crescimento económico está a melhorar, e as previsões do PIB para 2005 aproximam-se dos 5% para toda a região (Israel, Turquia, Egipto, Marrocos, Jordânia, Tunísia). A base do crescimento é bastante diversificada e os componentes económicos mais importantes abrangem os serviços, o sector industrial e o turismo. Os motores da economia diferem consoante o país:
O sector da construção está a acelerar na Turquia, nesta fase tratam-se, essencialmente, de projectos privados, mas à medida que o crescimento prossegue e as dinâmicas da dívida pública melhoram, podemos ter a expectativa de ver projectos de infra-estrutura em 2006, antes das eleições em 2007.
Em Israel, a recuperação da economia que se iniciou em 2004 foi largamente conduzida pelas exportações - uma procura mundial saudável beneficiou os volumes e preços para os produtos químicos e agro-químicos, assim como as exportações israelitas do sector da tecnologia e uma forte melhoria na chegada de turistas em 2004. Em 2005, espera-se que este crescimento se alargue ao sector nacional e ao consumo privado - tal é sustentado pelas taxas de juro reais reduzidas, uma situação de segurança mais tranquilizante, cortes nos impostos e uma procura latente.
No Egipto, o turismo desempenha um papel fundamental nas expectativas de crescimento, estando no topo do crescimento continuado das exportações dada a competitividade da libra egípcia. Espera-se que o início iminente das exportações do gás natural liquefeito do Egipto acrescente, este ano, um ponto percentual ao crescimento do PIB. Entretanto, Marrocos estabeleceu-se como um importante centro de subcontratação para os industriais europeus.
Quais os Países que mais contribuirão para o desenvolvimento económico da região?
Os principais destinos de investimento em relação ao Médio Oriente são Israel, Egipto e Turquia; os mercados mais pequenos a despertarem neste momento abrangem Marrocos, Jordânia, Líbano e Tunísia. O Médio Oriente representa, aproximadamente, 6% do Índice MSCI dos Mercados Emergentes. Desse valor, Israel representa 59%, seguido da Turquia com 28% e do Egipto com 7%.
Além disso, o alargamento da UE é importante para a Turquia, uma vez que os investidores começam a olhar para a economia como um “candidato de convergência” que dá apoio às entradas de capital e à estabilidade da moeda. Com a UE a actuar como suporte para as políticas, as reformas deverão ganhar velocidade logo que a Turquia comece a adoptar as orientações da UE, fazendo com que o país possa atrair os investimentos estrangeiros necessários para um maior crescimento económico.
Dados económicos recentes acompanham essa convicção para o mercado israelita em 2005. O desemprego começa a declinar, a inflação tem um bom comportamento, as transacções correntes são saudáveis e o país assinou, recentemente, acordos de comércio, tanto com o Egipto como com a Jordânia. O estudo do FMI de 2004 deu origem a um relatório entusiasta sobre o progresso dos responsáveis políticos, lançando bases para melhorias da agência de notação da dívida externa de Israel.
Um ambiente político muito mais desenvolvido no Egipto e a exploração de uma abordagem mais agressiva perante a privatização deveriam aumentar os fluxos de capitais no país - uma melhoria na liquidez do dólar e uma libra egípcia mais forte também poderiam ajudar a desinflação.
Assim, como pudemos constatar, a região tem todos os ingredientes necessários para crescer. Acordos de comércio livre, reformas políticas sérias, a liberalização do mercado e acções de privatização estão a estabelecer-se na região. O desenvolvimento do sector privado cria oportunidades de investimento - a venda de activos públicos envolve a reestruturação de operações ineficientes para uma melhor atribuição de capital e origina uma nova gestão empresarial. Um custo de produção mais baixo está a transformar a região num centro de comércio para a Europa e os EUA. A diminuição do custo do capital desenvolve fortes fluxos de tesouraria e, ao mesmo tempo, permite às empresas competir mais eficientemente com as multinacionais. Dados demográficos favoráveis - população activa crescente - levarão a um crescimento económico da região a longo prazo. O desenvolvimento do Centro Financeiro Internacional do Dubai serviu de catalisador, onde acolherá uma bolsa regional e permitirá uma segunda cotação para a maior parte das empresas dos países da MENA (Médio Oriente e Norte de África) e dos países do CCG (Conselho de Cooperação do Golfo). Será criado com base em princípios de legislação que seguirão de perto os que são utilizados em Londres e Nova Iorque, e atrairá a atenção dos investidores internacionais para os mercados regionais.
Não há dúvidas de que o Médio Oriente está destinado ao desenvolvimento económico e abre as portas a um novo conjunto de oportunidades para os investidores.
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Acções em destaque em Portugal
BES inalterado com resultados
O Banco Espírito Santo foi o último dos bancos com assento no PSI-20 a apresentar resultados de 2004. Antes da abertura do mercado, o BES anunciou na sessão de ontem, quinta-feira, um aumento dos lucros de 9,96% para 275,1 milhões de euros em 2004. Numa base comparável, os resultados líquidos do banco liderado por Ricardo Salgado subiram 11,5%.
04-02-2005
...e no estrangeiro
Disparo nos lucros impulsiona Google
O Google surpreendeu o mercado ao anunciar um espectacular crescimento dos lucros relativos ao quatro trimestre do ano passado. Os números apresentados pelo maior motor de busca da Internet do mundo despertaram o interesse dos investidores, provocando um disparo do título. Os títulos da empresa registaram um novo recorde histórico nos 216,5 dólares. Trata-se do valor mais alto desde que se estreou em bolsa em Agosto do ano passado.
BES inalterado com resultados
O Banco Espírito Santo foi o último dos bancos com assento no PSI-20 a apresentar resultados de 2004. Antes da abertura do mercado, o BES anunciou na sessão de ontem, quinta-feira, um aumento dos lucros de 9,96% para 275,1 milhões de euros em 2004. Numa base comparável, os resultados líquidos do banco liderado por Ricardo Salgado subiram 11,5%.
04-02-2005
...e no estrangeiro
Disparo nos lucros impulsiona Google
O Google surpreendeu o mercado ao anunciar um espectacular crescimento dos lucros relativos ao quatro trimestre do ano passado. Os números apresentados pelo maior motor de busca da Internet do mundo despertaram o interesse dos investidores, provocando um disparo do título. Os títulos da empresa registaram um novo recorde histórico nos 216,5 dólares. Trata-se do valor mais alto desde que se estreou em bolsa em Agosto do ano passado.
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CMVM participa na investigação
Como o Citigroup manipulou o mercado de obrigações
O Citigroup está a ser investigado pelas autoridades financeira de vários países europeus, entre eles Portugal, por alegadamente ter manipulado o mercado. A operação em causa, teve lugar no dia 2 de Agosto, quando o banco americano “inundou” o mercado com uma ordem de venda de 12,4 mil milhões de euros de obrigações, conseguindo uma mais-valia de 17,5 milhões. A transacção insere-se numa estratégia delineada pelo banco para aumentar as fracas receitas no segmento obrigacionista.
04-02-2005
Regulador espanhol investiga informação privilegiada na Aldeasa
A Comissão Nacional do Mercado de Valores de Espanha (CNMV) abriu uma investigação a um possível caso de inside trading na Operação Pública de Aquisição (OPA) sobre a Aldeasa, empresa que explora o retalho aeroportuário e que detém a concessão do aeroporto internacional da Madeira.
04-02-2005
Emitentes preferem EasyNext ao mercado oficial
Emitentes e investidores estão a deslocar-se do mercado de cotações oficiais para o mercado não regulamentado EasyNext Lisbon, também gerido pela Euronext Lisboa. Segundo os dados estatísticos de Janeiro divulgados pela bolsa, o segmento de warrants dos mercados regulamentados evidenciou no primeiro mês do ano uma substancial descida do volume transaccionado de 50,5%.
04-02-2005
Mas falham recomendações em 2003
Analistas batem mercado em 2004
Um estudo da Smith Barney conclui que os analistas têm dificuldades em ajustar as suas recomendações em momentos de viragem do ciclo económico, como aconteceu em 2003. A manutenção de uma estratégia demasiado defensiva levou a que não conseguissem bater o mercado nesse ano. Já em 2004, a maior atenção dada aos indicadores das empresas, como o cash-flow ou o crescimento dos lucros, permitiu superar o mercado. Saiba quais as dez acções preferidas e as dez acções mais odiadas dos analistas neste momento.
04-02-2005
Análise de Bolsa
Subida das taxas de juros agita mercados
A semana dos mercados accionistas internacionais ficou marcada pela subida das taxas de juros nos Estados Unidos. A Reserva Federal norte-americana (Fed) aumentou as taxas em 25 pontos base para 2,5%. Foi a sexta alteração consecutiva efectuada ao preço do dinheiro da maior economia do mundo.
Como o Citigroup manipulou o mercado de obrigações
O Citigroup está a ser investigado pelas autoridades financeira de vários países europeus, entre eles Portugal, por alegadamente ter manipulado o mercado. A operação em causa, teve lugar no dia 2 de Agosto, quando o banco americano “inundou” o mercado com uma ordem de venda de 12,4 mil milhões de euros de obrigações, conseguindo uma mais-valia de 17,5 milhões. A transacção insere-se numa estratégia delineada pelo banco para aumentar as fracas receitas no segmento obrigacionista.
04-02-2005
Regulador espanhol investiga informação privilegiada na Aldeasa
A Comissão Nacional do Mercado de Valores de Espanha (CNMV) abriu uma investigação a um possível caso de inside trading na Operação Pública de Aquisição (OPA) sobre a Aldeasa, empresa que explora o retalho aeroportuário e que detém a concessão do aeroporto internacional da Madeira.
04-02-2005
Emitentes preferem EasyNext ao mercado oficial
Emitentes e investidores estão a deslocar-se do mercado de cotações oficiais para o mercado não regulamentado EasyNext Lisbon, também gerido pela Euronext Lisboa. Segundo os dados estatísticos de Janeiro divulgados pela bolsa, o segmento de warrants dos mercados regulamentados evidenciou no primeiro mês do ano uma substancial descida do volume transaccionado de 50,5%.
04-02-2005
Mas falham recomendações em 2003
Analistas batem mercado em 2004
Um estudo da Smith Barney conclui que os analistas têm dificuldades em ajustar as suas recomendações em momentos de viragem do ciclo económico, como aconteceu em 2003. A manutenção de uma estratégia demasiado defensiva levou a que não conseguissem bater o mercado nesse ano. Já em 2004, a maior atenção dada aos indicadores das empresas, como o cash-flow ou o crescimento dos lucros, permitiu superar o mercado. Saiba quais as dez acções preferidas e as dez acções mais odiadas dos analistas neste momento.
04-02-2005
Análise de Bolsa
Subida das taxas de juros agita mercados
A semana dos mercados accionistas internacionais ficou marcada pela subida das taxas de juros nos Estados Unidos. A Reserva Federal norte-americana (Fed) aumentou as taxas em 25 pontos base para 2,5%. Foi a sexta alteração consecutiva efectuada ao preço do dinheiro da maior economia do mundo.
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Nos últimos dois meses
EDP com pior performance entre as utilities europeias
O veto de Bruxelas à integração do negócio do gás na EDP e a indefinição em torno do que pode ser o modelo a adoptar para o sector energético português estão a deixar as acções da EDP em “banho-maria”.
04-02-2005
Análise de Bolsa
PSI-20 ultrapassa barreira dos 8.000 pontos com novos máximos
Numa semana em o Instituto Nacional de Estatística anunciou que a confiança dos consumidores portugueses caiu, em Janeiro, para o nível mais baixo desde Setembro de 2003, os investidores do mercado accionista nacional tiveram um comportamento oposto
EDP com pior performance entre as utilities europeias
O veto de Bruxelas à integração do negócio do gás na EDP e a indefinição em torno do que pode ser o modelo a adoptar para o sector energético português estão a deixar as acções da EDP em “banho-maria”.
04-02-2005
Análise de Bolsa
PSI-20 ultrapassa barreira dos 8.000 pontos com novos máximos
Numa semana em o Instituto Nacional de Estatística anunciou que a confiança dos consumidores portugueses caiu, em Janeiro, para o nível mais baixo desde Setembro de 2003, os investidores do mercado accionista nacional tiveram um comportamento oposto
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O Paradoxo
Para compreender o verdadeiro paradoxo da bolsa
portuguesa, temos que recuar cerca de 5 anos.
04-02-2005, Nuno Teixeira
No último ano, o país mergulhou numa crise económica e política sem precedentes. Contrariando todos este sinais negativos, a bolsa portuguesa tem mostrado uma performance surpreendente (valorizações de cerca de 13% e 6% respectivamente em 2004 e 2005), sendo neste momento aquela que apresenta a maior valorização da Europa.
Para compreender este verdadeiro paradoxo, temos que recuar cerca de 5 anos. Antecedendo este movimento de valorização, tivémos uma forte desvalorização dos principais mercados nos anos de 2000, 2001 e 2002 (quedas acumuladas superiores a 50%). A bolsa portuguesa não só aderiu a esta tendência, como também foi fortemente afectada por outros aspectos relacionados com a procura (investidores) e a oferta (emitentes/mercado primário). Comecemos pelo lado da procura. A introdução do Euro e a criação do universo Euronext provocaram uma mudança de atitude dos investidores portugueses. Estes, passaram a abrir os seus horizontes para outras bolsas, aumentando a alocação a índices europeus e criando novos fundos de investimentos especializados neste tipo de activos. Os investidores institucionais estrangeiros evoluíram para uma cobertura sectorial, ignorando a abordagem regional e afastando-se dos mercados periféricos. Neste sentido, e atendendo à dimensão modesta das empresas portuguesas, as atenções foram canalizadas para outras praças. Para agravar os aspectos anteriormente mencionados do lado da oferta, a conclusão dos processos de privatização e o acesso pouco assíduo das empresas ao mercado primário colocaram a nossa bolsa definitivamente num estado de hibernação por um período de 3 anos (2000-2003).
O ano de 2003 marca o ponto de viragem. A expectativa de uma recuperação económica a nível mundial (com especial ênfase nos EUA) marcou a tónica da valorização generalizada dos principais mercados de capitais incluindo o mercado português. Adicionalmente, e seguindo o exemplo das empresas de referência mundiais, as principais entidades portuguesas presentes no índice PSI20 passaram por “pesados” processos de reestruturação. O novo enquadramento económico mundial, e os excessos cometidos na década de 90 (aquisições com recurso a alavancagem) obrigaram a verdadeiras curas de “emagrecimento” da estrutura de custos e à capitalização dos balanços destas empresas. Outros aspectos como a concentração e reorganização de vários sectores de actividade foram estruturalmente relevantes. A conjugação de todos os aspectos anteriormente mencionados provocou uma mudança de atitude quase radical do investidor português. Aqueles que outrora entendiam que as nossas empresas estavam condenadas ao anonimato no mercado de capitais internacional, redescobriam verdadeira “jóias da coroa”. Afinal é mais fácil controlar/acompanhar o news-flow destas empresas vis-a-vis os grandes benchmarks internacionais e as considerações especulativas como aquisições, fusões e concentrações são mais fáceis de imaginar / conjecturar num mercado mais pequeno.
Estamos no terceiro ano consecutivo de valorização do PSI20. Desde o ínicio do ano 2005 mais de 75% das acções das empresas que compõem o PSI20 apresentam valorizações significativas. Podemos igualmente salientar os retornos de dois dígitos em diversas empresas de sectores tão distintos como Media, Banca, Cimentos, Celulose e Industria. Neste momento já não é tabu falar-se em emissões primárias (ex: IPOs), aumentos de capital e emissão híbridas e o interesse pelo mercado português parece não se esgotar. O ambiente é muito especulativo. Esperam-se ainda situações de consolidação e internacionalização de sectores como Media, Banca e Construção. Numa perspectiva objectiva, pondo de parte as questões especulativas e tendo presente aspectos como a dimensão de mercado/liquidez, o enquadramento político e macro (local e internacional), os aspectos técnicos associados ao índice e principalmente as medidas fundamentais (como price/earnings), podemos constatar que as cotações das acções que compõem o PSI20 estão atingir valores excessivos. Neste sentido, aconselha-se prudência para quem quer reforçar os seus portfolios. Para quem já está investido, a realização de lucros neste momento pode ser a posição mais sensata.
Para compreender o verdadeiro paradoxo da bolsa
portuguesa, temos que recuar cerca de 5 anos.
04-02-2005, Nuno Teixeira
No último ano, o país mergulhou numa crise económica e política sem precedentes. Contrariando todos este sinais negativos, a bolsa portuguesa tem mostrado uma performance surpreendente (valorizações de cerca de 13% e 6% respectivamente em 2004 e 2005), sendo neste momento aquela que apresenta a maior valorização da Europa.
Para compreender este verdadeiro paradoxo, temos que recuar cerca de 5 anos. Antecedendo este movimento de valorização, tivémos uma forte desvalorização dos principais mercados nos anos de 2000, 2001 e 2002 (quedas acumuladas superiores a 50%). A bolsa portuguesa não só aderiu a esta tendência, como também foi fortemente afectada por outros aspectos relacionados com a procura (investidores) e a oferta (emitentes/mercado primário). Comecemos pelo lado da procura. A introdução do Euro e a criação do universo Euronext provocaram uma mudança de atitude dos investidores portugueses. Estes, passaram a abrir os seus horizontes para outras bolsas, aumentando a alocação a índices europeus e criando novos fundos de investimentos especializados neste tipo de activos. Os investidores institucionais estrangeiros evoluíram para uma cobertura sectorial, ignorando a abordagem regional e afastando-se dos mercados periféricos. Neste sentido, e atendendo à dimensão modesta das empresas portuguesas, as atenções foram canalizadas para outras praças. Para agravar os aspectos anteriormente mencionados do lado da oferta, a conclusão dos processos de privatização e o acesso pouco assíduo das empresas ao mercado primário colocaram a nossa bolsa definitivamente num estado de hibernação por um período de 3 anos (2000-2003).
O ano de 2003 marca o ponto de viragem. A expectativa de uma recuperação económica a nível mundial (com especial ênfase nos EUA) marcou a tónica da valorização generalizada dos principais mercados de capitais incluindo o mercado português. Adicionalmente, e seguindo o exemplo das empresas de referência mundiais, as principais entidades portuguesas presentes no índice PSI20 passaram por “pesados” processos de reestruturação. O novo enquadramento económico mundial, e os excessos cometidos na década de 90 (aquisições com recurso a alavancagem) obrigaram a verdadeiras curas de “emagrecimento” da estrutura de custos e à capitalização dos balanços destas empresas. Outros aspectos como a concentração e reorganização de vários sectores de actividade foram estruturalmente relevantes. A conjugação de todos os aspectos anteriormente mencionados provocou uma mudança de atitude quase radical do investidor português. Aqueles que outrora entendiam que as nossas empresas estavam condenadas ao anonimato no mercado de capitais internacional, redescobriam verdadeira “jóias da coroa”. Afinal é mais fácil controlar/acompanhar o news-flow destas empresas vis-a-vis os grandes benchmarks internacionais e as considerações especulativas como aquisições, fusões e concentrações são mais fáceis de imaginar / conjecturar num mercado mais pequeno.
Estamos no terceiro ano consecutivo de valorização do PSI20. Desde o ínicio do ano 2005 mais de 75% das acções das empresas que compõem o PSI20 apresentam valorizações significativas. Podemos igualmente salientar os retornos de dois dígitos em diversas empresas de sectores tão distintos como Media, Banca, Cimentos, Celulose e Industria. Neste momento já não é tabu falar-se em emissões primárias (ex: IPOs), aumentos de capital e emissão híbridas e o interesse pelo mercado português parece não se esgotar. O ambiente é muito especulativo. Esperam-se ainda situações de consolidação e internacionalização de sectores como Media, Banca e Construção. Numa perspectiva objectiva, pondo de parte as questões especulativas e tendo presente aspectos como a dimensão de mercado/liquidez, o enquadramento político e macro (local e internacional), os aspectos técnicos associados ao índice e principalmente as medidas fundamentais (como price/earnings), podemos constatar que as cotações das acções que compõem o PSI20 estão atingir valores excessivos. Neste sentido, aconselha-se prudência para quem quer reforçar os seus portfolios. Para quem já está investido, a realização de lucros neste momento pode ser a posição mais sensata.
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Economia teria que crescer cerca mais de 4% ao ano a partir de 2007
Meta de criação de 150 mil empregos difícil de atingir
A economia portuguesa dificilmente ajudará José Sócrates a cumprir a promessa eleitoral de reduzir em 150 mil o número de desempregados. As previsões para 2005 e 2006 não são muito optimistas e apontam uma diminuição de 10 mil desempregados. Para cumprir a meta, seria necessário uma grande aceleração do crescimento entre 2007 e 2009.
04-02-2005
Taxas na europa e eua continuam a afastar-se
Fed volta a aumentar juros do dólar
Alan Greenspan continua progressivamente a aumentar os juros do dólar. A economia está a acelerar e as taxas deverão continuar a crescer até ao final do ano.
04-02-2005
Faceta neo-liberal criticada
Barroso lança Agenda Lisboa à sua imagem
A Agenda Lisboa II fica marcada pela “renacionalização” dos seus objectivos, pela cedência à indústria e pela criação de mais cargos e agências: Mr. Lisboa e o Instituto Europeu de Tecnologia.
04-02-2005
Sete industrializados insistem na desvalorização do yuan chinês
Estreia do governo chinês na Cimeira do G7
A desvalorização do yuan chinês, o “plano Marshall para África” e a introdução de uma taxa sobre o combustível de aviões marcam a agenda da reunião do G7 em Londres.
Meta de criação de 150 mil empregos difícil de atingir
A economia portuguesa dificilmente ajudará José Sócrates a cumprir a promessa eleitoral de reduzir em 150 mil o número de desempregados. As previsões para 2005 e 2006 não são muito optimistas e apontam uma diminuição de 10 mil desempregados. Para cumprir a meta, seria necessário uma grande aceleração do crescimento entre 2007 e 2009.
04-02-2005
Taxas na europa e eua continuam a afastar-se
Fed volta a aumentar juros do dólar
Alan Greenspan continua progressivamente a aumentar os juros do dólar. A economia está a acelerar e as taxas deverão continuar a crescer até ao final do ano.
04-02-2005
Faceta neo-liberal criticada
Barroso lança Agenda Lisboa à sua imagem
A Agenda Lisboa II fica marcada pela “renacionalização” dos seus objectivos, pela cedência à indústria e pela criação de mais cargos e agências: Mr. Lisboa e o Instituto Europeu de Tecnologia.
04-02-2005
Sete industrializados insistem na desvalorização do yuan chinês
Estreia do governo chinês na Cimeira do G7
A desvalorização do yuan chinês, o “plano Marshall para África” e a introdução de uma taxa sobre o combustível de aviões marcam a agenda da reunião do G7 em Londres.
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Em causa a decisão do Governo de que o Negócio volta ào inicio
Petrocer e PS negoceiam continuidade da empresa na Galp
A decisão de Bruxelas em chumbar a restruturação do sector energético em Portugal, tem levantado bastante polémica. Em causa está o contrato entre a Parpública e a Petrocer, relativo à aquisição deste consórcio de uma participação no capital social da Galp. A Petrocer tem o mesmo entendimento: o contrato não deve ser alterado, mas mantém-se em vigor.
04-02-2005
Instituições financeiras públicas em vista
BES estuda parcerias com bancos chineses
O BES está a negociar com instituições detidas pelo Estado chinês o estabelecimento de parcerias. A China tem interesse em países detentores de matérias-primas.
04-02-2005
Mas pior em custos
BES melhor que BPI em comissões
O BES registou um resultado líquido de 275,1 milhões de euros, mais 11,5% que em 2003. Apesar da subida ser inferior à do BPI cujos lucros subiram 18%, os resultados do BES não são piores do que os do BPI. Nem um nem outro foram brilhantes, dizem analistas
04-02-2005
ANACOM muda regras de realuguer de linha da PT
A Anacom - Autoridade Nacional de Comunicações reconheceu a “existência de poder de mercado significativo”, por parte da Portugal Telecom, o que “justifica a imposição da obrigação” de alteração dos elementos de realuguer de linha da operadora.
04-02-2005
O seu filho Manuel Alfredo é o seu substituto naquele conselho
Jorge de Mello deixa Conselho Superior do BCP
Para além da saída de José Roquette, há ainda alguns ajustamentos a fazer no Conselho Superior do BCP: Jorge de Mello sai, por uma questão de idade, e entra Manuel Alfredo de Mello
04-02-2005
João Talone apoia escolha de Paulo Teixeira Pinto
Depois da notícia da escolha de Paulo Teixeira Pinto para o lugar de presidente do Conselho de Administração do BCP, a EDP apressou-se a emitir um comunicado que passou despercebido nos jornais.
04-02-2005
Nesta fase entregaram a Olivedesportos, Recoletos, sonae e o prisa
Media Capital, Cofina e Vocento só vão entregar a proposta final
Os sete interessados na Lusomundo Media estão agora a analisar o data room da empresa da PTM. Segue-se o processo de due-dilligence e só depois se faz a proposta final.
04-02-2005
ParaRede adquire actividade da GAIN por dois milhões de euros
A ParaRede SGPS, assinou esta semana um contrato para a integração da actividade desenvolvida pela GAIN- Grupo de Apoio à Indústria Nacional.
04-02-2005
Por quatro ou cinco anos
Governo isenta temporariamente de imposto as apostas mútuas
O Governo decidiu, como medida de incentivo às apostas em corridas de cavalos, isentar temporariamente de imposto os prémios do apostador. “Esta medida tem que ser vista numa prespectiva socio-económica mais vasta já que esta actividade vai permitir criar postos de trabalho que são geradores de receita fiscal”, diz João Vasconcelos.
04-02-2005
Procter & Gamble compra Gilette e destrona Unilever
Nasceu a maior empresa de produtos de consumo do mundo
Duas das maiores empresas de bens de consumo do mundo deram o nó, criando um novo líder. A Procter & Gamble pagou 43,7 mil milhões de euros pela Gillette, número um na comercialização de lâminas de barbear e outros artigos masculinos. A estratégia visa reforçar a presença do grupo neste segmento, beneficiando do know-how e capacidade de inovação da Gillette.
04-02-2005
Entrevista a José António de Sousa
“A compra da Império Bonança pela Caixa foi uma estatização”
José António de Sousa, CEO da Liberty em Portugal mostra-se descontente com a autorização do negócio dos seguros entre o Millennium BCP e a Caixa Seguros. Diz que “só não se trata de uma nacionalização porque o Estado pagou um preço”, que considera “alto”.
04-02-2005
Novo modelo chega em Março
General Motors lança novo Kalos
A General Motors, que no início do ano eliminou a Daewoo da estratégia europeia substituindo-a pela Chevrolet, lança novo Kalos de três portas.
04-02-2005
Vendas de automóveis ligeiros de passageiros cresceram 13,3% em Janeiro
As vendas de automóveis ligeiros de passageiros em Portugal aumentaram 13,3% no primeiro mês de 2005. Os dados, revelados esta semana pela Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP), aponta, para um crescimento do mercado,.
04-02-2005
Os Mercados externos, TGV e águas são as apostas
MonteAdriano passa a sexto lugar do ranking
O sector da construção assiste com sucesso à concretização da primeira grande fusão de empresas. Nasce a MonteAdriano SGPS, com um volume de negócios de 230 milhões de euros, um Valor Acrescentado Bruto de 51,1 milhões de euros e um total de cerca de 1700 trabalhadores. A empresa salta assim para o sexto lugar do ranking das empresas nacionais. Alargar a presença nos mercados externos, onde já têm alguma expressão, e participar em projectos como o TGV, concessões da água e energia, vão nortear a actuação da MonteAdriano.
04-02-2005
Carteira conta com 20 empresas
Empresas de construção apostam no sistema de informação da CDP-SI
Os sistemas de informação são uma ferramenta indispensável para qualquer organização. Um dos sectores que está a apostar fortemente na utilização de sistemas de informação é o da construção civil e obras públicas.
04-02-2005
Luta contra as doenças infecciosas requer iniciativa pública e privadas
Primeiros passos para alargar vacinação ao Terceiro Mundo
Investir na investigação de vacina para as doenças esquecidas dos países pobres não é rentável, o que não impede que se procurem vias para atrair fundos privados.
04-02-2005
Responsabilidade social compensa
A importância do bom nome
Adopção de uma boa política ética pode aumentar a percepção que se tem de uma empresa e muitas das suas acções neste âmbito podem revelar-se extremamente compensadoras
04-02-2005
Produtores de conteúdos pedem abertura móvel
Avanço da banda larga para os telefones móveis é inevitável
As novas soluções de banda larga permitem aceder à Internet através de velocidades desde 384 kbps a 4 Mbps, sem que o internauta tenha que estar ligado a algum cabo. Este é o mercado do futuro, o mercado da mobilidade do cidadão, na Era da Sociedade da Informação.
04-02-2005
Opinião de Hans-Erhard Reiter
WiWait?
Parece óbvio que a banda larga no móvel não é só um conceito atraente - é também inevitável.
04-02-2005
E mantém política de gestão mesmo depois da abolição das quotas nos têxteis
Inditex aposta na Europa para duplicar crescimento no futuro
O maior grupo espanhol de distribuição pretende converter a Europa no seu principal centro de crescimento. Esta empresa galega prevê um crescimento do seu volume de negócios em 2004 entre os 23 e os 25%.
04-02-2005
Espanha investe mais em França e Portugal e aposta no Brasil
Investimento seguro na UE
Em períodos de tempestade, as empresas refugiam-se em portos seguros, uma tendência que, no caso espanhol, se traduz, não só no adiamento de muitos investimentos, como também no desvio de outros para mercados europeus, sendo França e Portugal os destinos mais apelativos e para onde são canalizados mais de 21% dos capitais investidos no primeiro semestre de 2004.
04-02-2005
Gas Natural de olhos na posição da Cantábrico
A Gas Natural está a ameaçar o status quo do sector eléctrico. Esta empresa, participada pela La Caixa e pela Repsol, atingiu 6% nos últimos meses de 2004 neste o mercado liberalizado onde os clientes podem escolhem a companhia eléctrica.
Petrocer e PS negoceiam continuidade da empresa na Galp
A decisão de Bruxelas em chumbar a restruturação do sector energético em Portugal, tem levantado bastante polémica. Em causa está o contrato entre a Parpública e a Petrocer, relativo à aquisição deste consórcio de uma participação no capital social da Galp. A Petrocer tem o mesmo entendimento: o contrato não deve ser alterado, mas mantém-se em vigor.
04-02-2005
Instituições financeiras públicas em vista
BES estuda parcerias com bancos chineses
O BES está a negociar com instituições detidas pelo Estado chinês o estabelecimento de parcerias. A China tem interesse em países detentores de matérias-primas.
04-02-2005
Mas pior em custos
BES melhor que BPI em comissões
O BES registou um resultado líquido de 275,1 milhões de euros, mais 11,5% que em 2003. Apesar da subida ser inferior à do BPI cujos lucros subiram 18%, os resultados do BES não são piores do que os do BPI. Nem um nem outro foram brilhantes, dizem analistas
04-02-2005
ANACOM muda regras de realuguer de linha da PT
A Anacom - Autoridade Nacional de Comunicações reconheceu a “existência de poder de mercado significativo”, por parte da Portugal Telecom, o que “justifica a imposição da obrigação” de alteração dos elementos de realuguer de linha da operadora.
04-02-2005
O seu filho Manuel Alfredo é o seu substituto naquele conselho
Jorge de Mello deixa Conselho Superior do BCP
Para além da saída de José Roquette, há ainda alguns ajustamentos a fazer no Conselho Superior do BCP: Jorge de Mello sai, por uma questão de idade, e entra Manuel Alfredo de Mello
04-02-2005
João Talone apoia escolha de Paulo Teixeira Pinto
Depois da notícia da escolha de Paulo Teixeira Pinto para o lugar de presidente do Conselho de Administração do BCP, a EDP apressou-se a emitir um comunicado que passou despercebido nos jornais.
04-02-2005
Nesta fase entregaram a Olivedesportos, Recoletos, sonae e o prisa
Media Capital, Cofina e Vocento só vão entregar a proposta final
Os sete interessados na Lusomundo Media estão agora a analisar o data room da empresa da PTM. Segue-se o processo de due-dilligence e só depois se faz a proposta final.
04-02-2005
ParaRede adquire actividade da GAIN por dois milhões de euros
A ParaRede SGPS, assinou esta semana um contrato para a integração da actividade desenvolvida pela GAIN- Grupo de Apoio à Indústria Nacional.
04-02-2005
Por quatro ou cinco anos
Governo isenta temporariamente de imposto as apostas mútuas
O Governo decidiu, como medida de incentivo às apostas em corridas de cavalos, isentar temporariamente de imposto os prémios do apostador. “Esta medida tem que ser vista numa prespectiva socio-económica mais vasta já que esta actividade vai permitir criar postos de trabalho que são geradores de receita fiscal”, diz João Vasconcelos.
04-02-2005
Procter & Gamble compra Gilette e destrona Unilever
Nasceu a maior empresa de produtos de consumo do mundo
Duas das maiores empresas de bens de consumo do mundo deram o nó, criando um novo líder. A Procter & Gamble pagou 43,7 mil milhões de euros pela Gillette, número um na comercialização de lâminas de barbear e outros artigos masculinos. A estratégia visa reforçar a presença do grupo neste segmento, beneficiando do know-how e capacidade de inovação da Gillette.
04-02-2005
Entrevista a José António de Sousa
“A compra da Império Bonança pela Caixa foi uma estatização”
José António de Sousa, CEO da Liberty em Portugal mostra-se descontente com a autorização do negócio dos seguros entre o Millennium BCP e a Caixa Seguros. Diz que “só não se trata de uma nacionalização porque o Estado pagou um preço”, que considera “alto”.
04-02-2005
Novo modelo chega em Março
General Motors lança novo Kalos
A General Motors, que no início do ano eliminou a Daewoo da estratégia europeia substituindo-a pela Chevrolet, lança novo Kalos de três portas.
04-02-2005
Vendas de automóveis ligeiros de passageiros cresceram 13,3% em Janeiro
As vendas de automóveis ligeiros de passageiros em Portugal aumentaram 13,3% no primeiro mês de 2005. Os dados, revelados esta semana pela Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP), aponta, para um crescimento do mercado,.
04-02-2005
Os Mercados externos, TGV e águas são as apostas
MonteAdriano passa a sexto lugar do ranking
O sector da construção assiste com sucesso à concretização da primeira grande fusão de empresas. Nasce a MonteAdriano SGPS, com um volume de negócios de 230 milhões de euros, um Valor Acrescentado Bruto de 51,1 milhões de euros e um total de cerca de 1700 trabalhadores. A empresa salta assim para o sexto lugar do ranking das empresas nacionais. Alargar a presença nos mercados externos, onde já têm alguma expressão, e participar em projectos como o TGV, concessões da água e energia, vão nortear a actuação da MonteAdriano.
04-02-2005
Carteira conta com 20 empresas
Empresas de construção apostam no sistema de informação da CDP-SI
Os sistemas de informação são uma ferramenta indispensável para qualquer organização. Um dos sectores que está a apostar fortemente na utilização de sistemas de informação é o da construção civil e obras públicas.
04-02-2005
Luta contra as doenças infecciosas requer iniciativa pública e privadas
Primeiros passos para alargar vacinação ao Terceiro Mundo
Investir na investigação de vacina para as doenças esquecidas dos países pobres não é rentável, o que não impede que se procurem vias para atrair fundos privados.
04-02-2005
Responsabilidade social compensa
A importância do bom nome
Adopção de uma boa política ética pode aumentar a percepção que se tem de uma empresa e muitas das suas acções neste âmbito podem revelar-se extremamente compensadoras
04-02-2005
Produtores de conteúdos pedem abertura móvel
Avanço da banda larga para os telefones móveis é inevitável
As novas soluções de banda larga permitem aceder à Internet através de velocidades desde 384 kbps a 4 Mbps, sem que o internauta tenha que estar ligado a algum cabo. Este é o mercado do futuro, o mercado da mobilidade do cidadão, na Era da Sociedade da Informação.
04-02-2005
Opinião de Hans-Erhard Reiter
WiWait?
Parece óbvio que a banda larga no móvel não é só um conceito atraente - é também inevitável.
04-02-2005
E mantém política de gestão mesmo depois da abolição das quotas nos têxteis
Inditex aposta na Europa para duplicar crescimento no futuro
O maior grupo espanhol de distribuição pretende converter a Europa no seu principal centro de crescimento. Esta empresa galega prevê um crescimento do seu volume de negócios em 2004 entre os 23 e os 25%.
04-02-2005
Espanha investe mais em França e Portugal e aposta no Brasil
Investimento seguro na UE
Em períodos de tempestade, as empresas refugiam-se em portos seguros, uma tendência que, no caso espanhol, se traduz, não só no adiamento de muitos investimentos, como também no desvio de outros para mercados europeus, sendo França e Portugal os destinos mais apelativos e para onde são canalizados mais de 21% dos capitais investidos no primeiro semestre de 2004.
04-02-2005
Gas Natural de olhos na posição da Cantábrico
A Gas Natural está a ameaçar o status quo do sector eléctrico. Esta empresa, participada pela La Caixa e pela Repsol, atingiu 6% nos últimos meses de 2004 neste o mercado liberalizado onde os clientes podem escolhem a companhia eléctrica.
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Federação e Liga ainda não foram notificadas
As Finanças ainda não enviaram qualquer notificação à Federação Portuguesa de Futebol e à Liga Portuguesa de Futebol Profissional, apesar de Bagão Félix ter já afirmado que tinha dado orientações “no sentido de proceder à cobrança coerciva do valor em dívida” dos clubes de futebol de 19,957 milhões de euros, abrangidas pelo denominado “totonegócio”.
04-02-2005
Barómetro Semanário Económico\Marktest
Famílias cada vez mais pessimistas
O último barómetro trimestral não deixa dúvidas. A confiança dos agentes económicos não pára de descer e o desemprego está no topo das preocupações.
As Finanças ainda não enviaram qualquer notificação à Federação Portuguesa de Futebol e à Liga Portuguesa de Futebol Profissional, apesar de Bagão Félix ter já afirmado que tinha dado orientações “no sentido de proceder à cobrança coerciva do valor em dívida” dos clubes de futebol de 19,957 milhões de euros, abrangidas pelo denominado “totonegócio”.
04-02-2005
Barómetro Semanário Económico\Marktest
Famílias cada vez mais pessimistas
O último barómetro trimestral não deixa dúvidas. A confiança dos agentes económicos não pára de descer e o desemprego está no topo das preocupações.
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Decisão até 7 de Fevereiro
Sampaio prepara veto à Lei Orgânica das Finanças
Depois de ter sido recebida com perplexidade no meio financeiro, a transformação da CMVM e do ISP em institutos públicos, é a vez do Presidente da República levantar dúvidas sobre a medida prevista na nova Lei Orgânica das Finanças.
04-02-2005, Lígia Simões e Filomena Lança
O Presidente da República prepara o veto à nova Lei Orgânica do Ministério das Finanças e da Administração Pública. Em causa estão dúvidas quanto à intenção do Governo de transformar em Institutos Públicos (IP) a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e o Instituto de Seguros de Portugal (ISP), que deixariam de ser reguladores independentes para passarem a estar dependentes da superintendência do ministro das Finanças, apurou o “Semanário Económico”. Dúvidas que se estendem ainda ao facto de a criação do Conselho de Administração das Constribuições e Impostos (CACI), com a promulgação do diploma, passar pela extinção do cargo de director-geral dos Impostos. Uma situação que levaria a que o director-geral, Paulo Macedo, ficasse em gestão corrente até à formação do novo Governo. Além disso, é ainda questionada se a aprovação de uma lei orgânica estará, ou não, fora das funções de um Governo de gestão.
Fonte oficial da Presidência da República recusa comentar, limitando-se a afirmar que “ainda não foi promulgado o diploma”. Refira-se, contudo, que o prazo para promulgação por Jorge Sampaio termina na próxima segunda-feira, 7 de Fevereiro.
Mas, segundo apurámos, na sequência das dúvidas suscitadas pelo artº 6 da nova Lei Orgânica, o qual define que estarão “sob a superintendência e/ou tutela” do ministro das Finanças oito organismos, entre eles a CMVM e o ISP, Jorge Sampaio solicitou alterações ao diploma. Caso não haja disposição do Executivo nesse sentido, antecipa-se o veto presidencial. Porém, fontes governamentais admitem que o Governo possa “pedir a devolução do diploma para não ser confrontado com o veto”.
O diploma, a que o “SE” teve acesso, não define, porém, quais dos referidos oito organismos terão superintendência (um poder de orientação em termos genéricos, permitindo recomendações gerais) ou tutela do ministro das Finanças, o que deixa a porta aberta para todas as interpretações.
Questionada sobre se serão serão introduzidas alterações ao diploma, fonte oficial das Finanças recusou responder.
Perplexidade
Analistas do meio financeiro não têm em dúvidas em afirmar que trata-se da “governamentalização” de dois dos mais importantes reguladores do mercado financeiro português. Consideram mesmo que a decisão do Executivo constitui um passo atrás na área regulação em Portugal, na medida em que tanto o BdP, como o ISP e a CMVM fazem supervisão de uma realidade idêntica: os mercados financeiros. “Qual é, então, a lógica de passarem a ter um estatuto diferente?“, questiona fonte do sector.
O risco de governamentalização com passagem a instituto, de organismos como a CMVM e o ISP, levou já o presidente da CMVM, Teixeira dos Santos, numa entrevista ao “Expresso”, a 18 de Dezembro (um dia após a aprovação em Conselho de Ministros da nova Lei Orgânica) a afirmar que teme que o Governo tenha dado “passos num caminho no mínimo tenebroso”. Teixeira dos Santos salientou que pôr o supervisor do mercado de capitais sob a superintendência das Finanças é uma forma para que o poder político comece a “dar-lhe orientações”. Teixeira dos Santos deixou, na altura, um alerta: o Fundo Monetário Internacional vai fazer uma avaliação do sistema financeiro português em 2005. E Portugal, se se prosseguir neste caminho, corre o risco de chumbar, o que seria mau em termos da confiança dos agentes no mercado nacional.
Juristas defendem abuso político na aprovação da Lei
Juristas alertam ainda que o diploma foi aprovado, já depois da decisão de dissolução da Assembleia da Républica (AR). “Apesar de ter sido aprovado antes do decreto presidencial (22 de Dezembro), bastaria o abuso político de aprovar o decreto já depois da decisão de dissolução, para justificar o veto”, considera Vital Moreira. O constitucionalista defende que a independência das autoridades de regulação e supervisão “é essencial” para assegurar previsibilidade e segurança aos mercados, “sendo ainda mais necessária no caso dos mercados financeiros”. Por isso, diz o jurista, “não deve correr-se nenhum risco de equívocos a esse respeito. É lamentável que o Governo cessante tenha criado essa insegurança”.
Polícia Fiscal ficou de fora da nova Lei Orgânica
A nova Lei Orgânica do Ministério das Finanças, a que o “SE” teve acesso, não faz qualquer referência ao anunciado corpo especial de elite para combate à fraude e evasão fiscal. Cai, assim, do diploma a polícia tributária, a qual, segundo Bagão Félix, passaria a estar na Lei Orgânica do Ministério das Finanças. Este governante chegou a avançar que a criação da polícia tributária teria “uma actuação concertada” com o Conselho de Administração das Contribuições e Impostos (CACI) no domínio da inspecção tributária e na investigação criminal de todos os impostos.
A nova Lei Orgânica cria o CACI para permitir uma acção coordenada, das direcções gerais do ministério das finanças (DGCI, DGAIEC e DGITA) como Bagão Félix tinha anunciado, mas é totalmente omissa quanto à sua natureza, ao seu funcionamento e ao estatuto remuneratório dos seus elementos. Questões que são remetidas para despachos posteriores, mantendo as incertezas em torno do funcionamento da futura estrutura. E é com base nas incertezas que a promulgação deste diploma poderia introduzir na administração fiscal, que Jorge Sampaio terá também colocado dúvidas. Isto porque, neste cenário, e até à formação do novo governo, a efectiva criação do CACI levaria à consequente extinção do cargo de Director-Geral dos Impostos, passando Paulo Macedo a ter funções de gestão corrente, com todos os obstáculos que isso poderia colocar ao normal funcionamento da máquina fiscal.
Sampaio prepara veto à Lei Orgânica das Finanças
Depois de ter sido recebida com perplexidade no meio financeiro, a transformação da CMVM e do ISP em institutos públicos, é a vez do Presidente da República levantar dúvidas sobre a medida prevista na nova Lei Orgânica das Finanças.
04-02-2005, Lígia Simões e Filomena Lança
O Presidente da República prepara o veto à nova Lei Orgânica do Ministério das Finanças e da Administração Pública. Em causa estão dúvidas quanto à intenção do Governo de transformar em Institutos Públicos (IP) a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e o Instituto de Seguros de Portugal (ISP), que deixariam de ser reguladores independentes para passarem a estar dependentes da superintendência do ministro das Finanças, apurou o “Semanário Económico”. Dúvidas que se estendem ainda ao facto de a criação do Conselho de Administração das Constribuições e Impostos (CACI), com a promulgação do diploma, passar pela extinção do cargo de director-geral dos Impostos. Uma situação que levaria a que o director-geral, Paulo Macedo, ficasse em gestão corrente até à formação do novo Governo. Além disso, é ainda questionada se a aprovação de uma lei orgânica estará, ou não, fora das funções de um Governo de gestão.
Fonte oficial da Presidência da República recusa comentar, limitando-se a afirmar que “ainda não foi promulgado o diploma”. Refira-se, contudo, que o prazo para promulgação por Jorge Sampaio termina na próxima segunda-feira, 7 de Fevereiro.
Mas, segundo apurámos, na sequência das dúvidas suscitadas pelo artº 6 da nova Lei Orgânica, o qual define que estarão “sob a superintendência e/ou tutela” do ministro das Finanças oito organismos, entre eles a CMVM e o ISP, Jorge Sampaio solicitou alterações ao diploma. Caso não haja disposição do Executivo nesse sentido, antecipa-se o veto presidencial. Porém, fontes governamentais admitem que o Governo possa “pedir a devolução do diploma para não ser confrontado com o veto”.
O diploma, a que o “SE” teve acesso, não define, porém, quais dos referidos oito organismos terão superintendência (um poder de orientação em termos genéricos, permitindo recomendações gerais) ou tutela do ministro das Finanças, o que deixa a porta aberta para todas as interpretações.
Questionada sobre se serão serão introduzidas alterações ao diploma, fonte oficial das Finanças recusou responder.
Perplexidade
Analistas do meio financeiro não têm em dúvidas em afirmar que trata-se da “governamentalização” de dois dos mais importantes reguladores do mercado financeiro português. Consideram mesmo que a decisão do Executivo constitui um passo atrás na área regulação em Portugal, na medida em que tanto o BdP, como o ISP e a CMVM fazem supervisão de uma realidade idêntica: os mercados financeiros. “Qual é, então, a lógica de passarem a ter um estatuto diferente?“, questiona fonte do sector.
O risco de governamentalização com passagem a instituto, de organismos como a CMVM e o ISP, levou já o presidente da CMVM, Teixeira dos Santos, numa entrevista ao “Expresso”, a 18 de Dezembro (um dia após a aprovação em Conselho de Ministros da nova Lei Orgânica) a afirmar que teme que o Governo tenha dado “passos num caminho no mínimo tenebroso”. Teixeira dos Santos salientou que pôr o supervisor do mercado de capitais sob a superintendência das Finanças é uma forma para que o poder político comece a “dar-lhe orientações”. Teixeira dos Santos deixou, na altura, um alerta: o Fundo Monetário Internacional vai fazer uma avaliação do sistema financeiro português em 2005. E Portugal, se se prosseguir neste caminho, corre o risco de chumbar, o que seria mau em termos da confiança dos agentes no mercado nacional.
Juristas defendem abuso político na aprovação da Lei
Juristas alertam ainda que o diploma foi aprovado, já depois da decisão de dissolução da Assembleia da Républica (AR). “Apesar de ter sido aprovado antes do decreto presidencial (22 de Dezembro), bastaria o abuso político de aprovar o decreto já depois da decisão de dissolução, para justificar o veto”, considera Vital Moreira. O constitucionalista defende que a independência das autoridades de regulação e supervisão “é essencial” para assegurar previsibilidade e segurança aos mercados, “sendo ainda mais necessária no caso dos mercados financeiros”. Por isso, diz o jurista, “não deve correr-se nenhum risco de equívocos a esse respeito. É lamentável que o Governo cessante tenha criado essa insegurança”.
Polícia Fiscal ficou de fora da nova Lei Orgânica
A nova Lei Orgânica do Ministério das Finanças, a que o “SE” teve acesso, não faz qualquer referência ao anunciado corpo especial de elite para combate à fraude e evasão fiscal. Cai, assim, do diploma a polícia tributária, a qual, segundo Bagão Félix, passaria a estar na Lei Orgânica do Ministério das Finanças. Este governante chegou a avançar que a criação da polícia tributária teria “uma actuação concertada” com o Conselho de Administração das Contribuições e Impostos (CACI) no domínio da inspecção tributária e na investigação criminal de todos os impostos.
A nova Lei Orgânica cria o CACI para permitir uma acção coordenada, das direcções gerais do ministério das finanças (DGCI, DGAIEC e DGITA) como Bagão Félix tinha anunciado, mas é totalmente omissa quanto à sua natureza, ao seu funcionamento e ao estatuto remuneratório dos seus elementos. Questões que são remetidas para despachos posteriores, mantendo as incertezas em torno do funcionamento da futura estrutura. E é com base nas incertezas que a promulgação deste diploma poderia introduzir na administração fiscal, que Jorge Sampaio terá também colocado dúvidas. Isto porque, neste cenário, e até à formação do novo governo, a efectiva criação do CACI levaria à consequente extinção do cargo de Director-Geral dos Impostos, passando Paulo Macedo a ter funções de gestão corrente, com todos os obstáculos que isso poderia colocar ao normal funcionamento da máquina fiscal.
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Os dias tristes
04-02-2005, João Vieira Pereira
A Euronext Lisboa é hoje uma micro bolsa. Dois ou três títulos influenciam drasticamente o seu comportamento e fazem parte do seu índice empresas com pouca ou nenhuma volatilidade. A sua evolução não reflecte, nem a economia, nem o desempenho das principais bolsas, característica de um mercado de capitais de um país emergente e não de uma bolsa de uma economia desenvolvida. O capitalismo popular morreu e dificilmente irá voltar aos anos loucos do final de década de 90. Os investidores institucionais olham apenas de vez em quando para os títulos portugueses. E grandes empresas nacionais teimam em afastar-se do mercado de capitais, por desconfiança ou ignorância. Estes são os dias tristes do nossa bolsa.
O recente desempenho do índice não pode ser visto como um novo “boom” bolsista, e necessita ser analisado à luz da realidade nacional. Comparar Lisboa com Paris, Londres ou Frankfurt é puro provincianismo. E dizer que as eleições são capazes de influenciar positivamente o desempenho da bolsa é autismo. Mais imprudente é ainda antecipar a nova retoma económica só porque o índice ultrapassou a barreira psicológica dos 8.000 pontos.
A praça lisboeta está a subir porque as cotadas deverão apresentar bons resultados, porque se avizinham grandes negócios e porque algumas empresas assumiram no passado recente uma estratégia correcta de racionalização. Se alguém tem de estar de parabéns e ser elogiado são as empresas que, no meio de uma crise económica e com a economia europeia a marcar passo, têm sido um exemplo de sucesso. Mais. Com o País mergulhado numa crise política profunda têm conseguido ignorar o poder político e manter o rumo traçado. Longe vão os tempos em que o Governo gritava Brasil e os empresários seguiam a ordem. Hoje os “os cães ladram e a caravana passa”.
Uma receita que faz cada vez mais sentido à medida que se aproxima a data de 20 de Fevereiro. Quando se pensa ser impossível que a política possa ir mais baixo, desce-se um degrau na escada do descrédito. Só que desta vez foi um trambolhão. A última moda dos ataques fortuitos à vida pessoal tornou uma má campanha numa novela para esquecer. O distanciamento da economia em relação a este período eleitoral é, para já, o único ponto positivo.
Estas são as verdadeiras boas notícias que se podem retirar da recente alta bolsista. Aprender a ignorar os políticos tornou-se uma condição estruturante para a nossa economia. Aos empresários portugueses devia ser administrada uma espécie de vacina de prescrição contra a política. Um carimbo obrigatório no boletim individual de saúde.
Era tudo mais fácil se as empresas prosseguissem o seu caminho natural. Se diminuíssem a sua dependência face ao Estado e se virassem para o mercado.
04-02-2005, João Vieira Pereira
A Euronext Lisboa é hoje uma micro bolsa. Dois ou três títulos influenciam drasticamente o seu comportamento e fazem parte do seu índice empresas com pouca ou nenhuma volatilidade. A sua evolução não reflecte, nem a economia, nem o desempenho das principais bolsas, característica de um mercado de capitais de um país emergente e não de uma bolsa de uma economia desenvolvida. O capitalismo popular morreu e dificilmente irá voltar aos anos loucos do final de década de 90. Os investidores institucionais olham apenas de vez em quando para os títulos portugueses. E grandes empresas nacionais teimam em afastar-se do mercado de capitais, por desconfiança ou ignorância. Estes são os dias tristes do nossa bolsa.
O recente desempenho do índice não pode ser visto como um novo “boom” bolsista, e necessita ser analisado à luz da realidade nacional. Comparar Lisboa com Paris, Londres ou Frankfurt é puro provincianismo. E dizer que as eleições são capazes de influenciar positivamente o desempenho da bolsa é autismo. Mais imprudente é ainda antecipar a nova retoma económica só porque o índice ultrapassou a barreira psicológica dos 8.000 pontos.
A praça lisboeta está a subir porque as cotadas deverão apresentar bons resultados, porque se avizinham grandes negócios e porque algumas empresas assumiram no passado recente uma estratégia correcta de racionalização. Se alguém tem de estar de parabéns e ser elogiado são as empresas que, no meio de uma crise económica e com a economia europeia a marcar passo, têm sido um exemplo de sucesso. Mais. Com o País mergulhado numa crise política profunda têm conseguido ignorar o poder político e manter o rumo traçado. Longe vão os tempos em que o Governo gritava Brasil e os empresários seguiam a ordem. Hoje os “os cães ladram e a caravana passa”.
Uma receita que faz cada vez mais sentido à medida que se aproxima a data de 20 de Fevereiro. Quando se pensa ser impossível que a política possa ir mais baixo, desce-se um degrau na escada do descrédito. Só que desta vez foi um trambolhão. A última moda dos ataques fortuitos à vida pessoal tornou uma má campanha numa novela para esquecer. O distanciamento da economia em relação a este período eleitoral é, para já, o único ponto positivo.
Estas são as verdadeiras boas notícias que se podem retirar da recente alta bolsista. Aprender a ignorar os políticos tornou-se uma condição estruturante para a nossa economia. Aos empresários portugueses devia ser administrada uma espécie de vacina de prescrição contra a política. Um carimbo obrigatório no boletim individual de saúde.
Era tudo mais fácil se as empresas prosseguissem o seu caminho natural. Se diminuíssem a sua dependência face ao Estado e se virassem para o mercado.
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Analistas prevêem estagnação após a conquista dos 8000 ponto
PSI-20 esmorece com esperada correcção nalguns papéis
Analistas prevêem estagnação após a conquista dos 8000 pontos
O entusiasmo na praça lisboeta com a conquista dos 8000 pontos deverá ser sol de pouca dura. Os analistas dizem que as subidas se devem a boas notícias nalgumas empresas relacionadas com processos de reestruturação mas que estas histórias já esgotaram o seu potencial de valorização, prevendo um período de consolidação senão mesmo de correcção para o índice de referência nacional.
04-02-2005, Mafalda Anjos
A praça lisboeta ultrapassou na terça-feira o importante nível psicológico dos 8000 pontos, registando o valor mais alto desde Novembro de 2001. Nesta euforia, há empresas que batem máximos quase diariamente, com a Brisa a registar sucessivos máximos históricos e empresas como a Sonae SGPS, Sonae.com, Portugal Telecom, PT Multimedia, Cofina, Media Capital nos valores mais altos em mais de quatro anos.
No entanto, este entusiasmo na praça lisboeta deverá ser sol de pouca dura. Os analistas dizem que as subidas se devem a boas notícias nalgumas empresas relacionadas com processos de reestruturação mas que estas histórias já esgotaram o seu potencial de valorização, prevendo um período de consolidação senão mesmo de correcção para o índice de referência nacional. E para algumas empresas, como a Cofina ou a Brisa, é previsível que venham aí correcções e tomadas de mais valias depois dos recentes ganhos.
Uma mão cheia de histórias justificam os ganhos
Todos os analistas contactados pelo Semanário Económico atribuem a mesma explicação ao recente bom desempenho da bolsa portuguesa neste início de ano: este rally é feito de pequenas histórias nalgumas empresas, não é uma subida estrutural e generalizada dos títulos nacionais. São casos específicos de boas notícias ao nível de meia dúzia de títulos, na maior parte relacionadas com processos de reestruturação, que empurraram o índice de referência para os ganhos. A boa performance da Cofina, da família Sonae, do BCP e da PT Multimedia, todas com ganhos acima dos 8% em 2005, levaram o PSI-20 a disparar 5,70% desde o início do ano. Se olharmos para as valorizações desde os mínimos de Dezembro tocados no dia 06, a Reditus lidera os ganhos com um avanço de 62,70%, antecipando a sua estreia no índice de referência, a Sonae.Com soma 24%, a Cofina quase 19% e a Sonae SGPS sobe 18%. O BCP e a PT Multimedia registam ganhos de, respectivamente, 14,67% e 13,9%. No entanto, títulos como o BES, a Media Capital, a Novabase e a Gescartão estão com rendibilidades negativas desde o início do ano, enquanto a Pararede está na linha de água e a EDP, Impresa e Cimpor estão com um desempenho claramente abaixo da média do mercado.
“ Não há razões que justifiquem o melhor desempenho do índice português face aos restantes índices europeus. O que há são causas específicas que explicam a subida de certas empresas, como acontece por exemplo com a família Sonae ou a Cofina, e que nos dois casos se prendem com um spin off e separação da parte industrial”, explica Ricardo Lourenço, gestor do Fundo Santander Acções Portugal que liderou as rendibilidades em 2004 entre os fundos de acções nacionais. A beneficiar a PT Multimedia está a venda do activo Lusomundo Media, para o qual o mercado entende que a empresa não está vocacionada. Já o BCP está a tirar proveitos da operação de refundação e de concentração no seu negócio core, com expressão nos bons resultados apresentados recentemente.
Outro argumento adiantado pelos analistas prende-se com o facto de a bolsa portuguesa ter, no final do ano passado, registado um desempenho atrás dos principais mercados europeus, recuperando agora parte do terreno que perdeu face à média europeia. As boas notícias de maior estabilidade no Iraque, com o aproximar das eleições e o desenrolar ordeiro do acto eleitoral, também ajudaram a manter estabilizado o preço do petróleo e a animar por essa via os investidores.
Numa coisa estão também todos os analistas de acordo. Esta subida não tem qualquer expressão na situação política ou económica portuguesa. Aliás, tanto ao nível macro como político, os argumentos mais contribuiriam para uma queda do que para a subida do mercado bolsista nacional. Uma queda do crescimento económico português no último trimestre do ano, com sérios riscos de se manter negativo no primeiro período de 2005, agravado por uma queda do índice de sentimento económico durante dois meses consecutivos, não são genericamente boas notícias para o mercado accionista, que normalmente se diz que antecipa em seis a nove meses a situação na economia do país.
Uma situação de incerteza política, com uma possível reviravolta no partido do governo não sendo certo se existirá maioria absoluta, também não abona a favor da praça portuguesa. “Não creio que os homens da bolsa tenham uma bola de cristal e estejam a ver coisas que mais ninguém vê. O mercado está a subir contra a situação económica e política nacional, e não por causa dela”, afirma Jorge Ramos, administrador da Luso Partners.
Lisboa é a melhor praça europeia em 2005
A boa forma do mercado português fica bem patente quando se comparam as performances dos mercados europeus. O índice de referência nacional é o que regista maiores ganhos entre os mercados da Europa dos 15 e da Suíça, ainda que todos estejam em terreno positivo em 2005. Portugal soma uma subida de 5,70% desde o final de 2004, seguido de perto pela Irlanda (5,12%) e pela Holanda (4,99%). A Áustria, o país estrela em 2004, está na quinta posição do ranking ao avançar 3,74%. Os grandes mercados de Espanha, Itália, Reino Unido ou Alemanha registam todos desempenhos abaixo de 2,50%. Já os índices norte-americanos estão em terreno negativo desde o início do ano, com o industrial Dow Jones a perder 1,9% e o tecnológico Nasdaq a afundar 6%.
Até onde pode subir a bolsa portuguesa?
Depois dos recentes ganhos, é pouco provável que a bolsa portuguesa continue a registar este desempenho acima da média. “Penso que as subidas vão por enquanto parar por aqui. Parece-me que a bolsa vai estagnar ou até mesmo corrigir pelo menos até Abril e que daí para a frente tenderá a acompanhar a performance das restantes praças europeias”, afirma Ricardo Lourenço. Jorge Ramos partilha esta opinião: “O risco é que a praça portuguesa ‘faça o ano’ nos primeiros meses e que ande vários meses a marcar passo, como aliás aconteceu no ano passado”. Fonte da Caixa Banco de investimento afirma que a casa estima um potencial de valorização superior a 12% para o PSI-20 em 2005, e que portanto ainda vê margem para ganhos este ano, mas entende que é quase certo que vamos ter um período de consolidação até correcção nalguns papéis.
Nalguns casos, as subidas verificadas colocam alguns títulos com níveis de valorização difíceis de sustentar. É o caso da Cofina, que para alguns analistas “já foi longe demais” e que poderá vir a sofrer correcções nos próximos meses. Para a Caixa Banco de Investimento, por exemplo, a Cofina está hoje a transaccionar acima do justo valor, que a casa fixa nos 4,1 euros.
Mas mesmo que não se assista a quedas nos papéis que agora mais subiram, as histórias de reestruturação estão esgotadas depois dos recentes ganhos, e é pouco provável que os títulos em causa venham a progredir nos próximos meses.
Esta semana, o BCP veio baixar a recomendação para a Impresa de “comprar” para “neutral”, justificando-o com a recente apreciação do título que reduziu o seu upside. A Impresa foi um dos títulos que mais subiu no final de 2004, e regista um ganho acumulado de mais de 21% no último trimestre. O banco manteve o preço-alvo inalterado nos 5,90 euros, muito perto do valor a que a Impresa transaccionava ontem, nos 5,92 euros.
“Barómetro de Janeiro” aponta para quedas nas acções
O “Barómetro de Janeiro” é um dos comportamentos históricos mais certeiros do mercado de capitais americano. Diz ele que a tendência do S&P500 em Janeiro dá o mote para o resto do ano. Se o índice das 500 maiores empresas americanas subir no primeiro mês, o ano é positivo. Caso contrário... Este ano, aquele índice perdeu 2,53% em Janeiro. Um mau prenúncio, que contraria as expectativas dos analistas.
O “Stock Trader’s Almanac”, uma das mais populares publicações americanas sobre os mercados de capitais, identifica padrões estatísticos no comportamento das acções e índices. O “Barómetro de Janeiro” é considerado um dos mais fiáveis. Desde 1950, por vinte vezes Janeiro terminou com uma variação negativa e apenas num ano os mercados não caíram. Foi em 1982, ano em que começou uma nova tendência altista prolongada do mercado (bull market). O almanaque argumenta que os acontecimentos que têm lugar em Janeiro têm muita influencia no resto do ano. Sobretudo ao nível político: o presidente dos Estados Unidos faz o discurso do estado da nação, anuncia o novo orçamento do Estado e as prioridades para o ano.
Se o “Barómetro” estiver certo, então os analistas estão errados. As casas de investimento são unânimes ao dizer que 2005 vai ser positivo para as acções, com a maioria a apontar para ganhos até 10%. A indicação dada este ano pelo “Barómetro” é preocupante não só para as bolsas americanas mas também para os restantes mercados. Isto porque a praça financeira americana dita em boa parte o comportamento das restantes bolsas.
Além do Barómetro de Janeiro, há outros padrões estatísticos usados para tentar antever o comportamento das bolsas. Um deles é o “Ciclo da Presidência”. Diz o almanaque já referido que os índices têm habitualmente um comportamento positivo no ano da eleição, negativo nos dois seguintes e novamente positivo no anterior ao escrutínio. E a explicação é lógica. É nos dois primeiros anos após a eleição que os governos tomam as decisões mais difíceis e nos últimos dois que adoptam políticas para estimular a economia e garantir a reeleição, impulsionando o mercado. Mais um mau presságio para as acções..
Há um outro comportamento estatístico mais animador. De acordo com o Almanaque o mercado accionista americano nunca caiu no quinto ano de uma década nos últimos 120 anos.
Sem relevância no PSI-20
O “Barómetro Janeiro” é muito mais falível para a Bolsa de Lisboa. Se para o índice americano S&P500, aquele padrão estatístico é bastante certeiro, o mesmo não acontece em relação ao PSI-20. Analisando os dados desde 1993, quando o índice foi criado, em 13 anos, apenas em oito o comportamento em Janeiro correspondeu ao do ano inteiro. Uma percentagem de erro de quase 40%, demasiado alta para o “Barómetro Janeiro” ser relevante para o mercado português. Em 2003, por exemplo, o PSI-20 caiu 3,14% em Janeiro e subiu 15,84% no ano. Este Janeiro subiu 5,48%.
Analistas prevêem estagnação após a conquista dos 8000 pontos
O entusiasmo na praça lisboeta com a conquista dos 8000 pontos deverá ser sol de pouca dura. Os analistas dizem que as subidas se devem a boas notícias nalgumas empresas relacionadas com processos de reestruturação mas que estas histórias já esgotaram o seu potencial de valorização, prevendo um período de consolidação senão mesmo de correcção para o índice de referência nacional.
04-02-2005, Mafalda Anjos
A praça lisboeta ultrapassou na terça-feira o importante nível psicológico dos 8000 pontos, registando o valor mais alto desde Novembro de 2001. Nesta euforia, há empresas que batem máximos quase diariamente, com a Brisa a registar sucessivos máximos históricos e empresas como a Sonae SGPS, Sonae.com, Portugal Telecom, PT Multimedia, Cofina, Media Capital nos valores mais altos em mais de quatro anos.
No entanto, este entusiasmo na praça lisboeta deverá ser sol de pouca dura. Os analistas dizem que as subidas se devem a boas notícias nalgumas empresas relacionadas com processos de reestruturação mas que estas histórias já esgotaram o seu potencial de valorização, prevendo um período de consolidação senão mesmo de correcção para o índice de referência nacional. E para algumas empresas, como a Cofina ou a Brisa, é previsível que venham aí correcções e tomadas de mais valias depois dos recentes ganhos.
Uma mão cheia de histórias justificam os ganhos
Todos os analistas contactados pelo Semanário Económico atribuem a mesma explicação ao recente bom desempenho da bolsa portuguesa neste início de ano: este rally é feito de pequenas histórias nalgumas empresas, não é uma subida estrutural e generalizada dos títulos nacionais. São casos específicos de boas notícias ao nível de meia dúzia de títulos, na maior parte relacionadas com processos de reestruturação, que empurraram o índice de referência para os ganhos. A boa performance da Cofina, da família Sonae, do BCP e da PT Multimedia, todas com ganhos acima dos 8% em 2005, levaram o PSI-20 a disparar 5,70% desde o início do ano. Se olharmos para as valorizações desde os mínimos de Dezembro tocados no dia 06, a Reditus lidera os ganhos com um avanço de 62,70%, antecipando a sua estreia no índice de referência, a Sonae.Com soma 24%, a Cofina quase 19% e a Sonae SGPS sobe 18%. O BCP e a PT Multimedia registam ganhos de, respectivamente, 14,67% e 13,9%. No entanto, títulos como o BES, a Media Capital, a Novabase e a Gescartão estão com rendibilidades negativas desde o início do ano, enquanto a Pararede está na linha de água e a EDP, Impresa e Cimpor estão com um desempenho claramente abaixo da média do mercado.
“ Não há razões que justifiquem o melhor desempenho do índice português face aos restantes índices europeus. O que há são causas específicas que explicam a subida de certas empresas, como acontece por exemplo com a família Sonae ou a Cofina, e que nos dois casos se prendem com um spin off e separação da parte industrial”, explica Ricardo Lourenço, gestor do Fundo Santander Acções Portugal que liderou as rendibilidades em 2004 entre os fundos de acções nacionais. A beneficiar a PT Multimedia está a venda do activo Lusomundo Media, para o qual o mercado entende que a empresa não está vocacionada. Já o BCP está a tirar proveitos da operação de refundação e de concentração no seu negócio core, com expressão nos bons resultados apresentados recentemente.
Outro argumento adiantado pelos analistas prende-se com o facto de a bolsa portuguesa ter, no final do ano passado, registado um desempenho atrás dos principais mercados europeus, recuperando agora parte do terreno que perdeu face à média europeia. As boas notícias de maior estabilidade no Iraque, com o aproximar das eleições e o desenrolar ordeiro do acto eleitoral, também ajudaram a manter estabilizado o preço do petróleo e a animar por essa via os investidores.
Numa coisa estão também todos os analistas de acordo. Esta subida não tem qualquer expressão na situação política ou económica portuguesa. Aliás, tanto ao nível macro como político, os argumentos mais contribuiriam para uma queda do que para a subida do mercado bolsista nacional. Uma queda do crescimento económico português no último trimestre do ano, com sérios riscos de se manter negativo no primeiro período de 2005, agravado por uma queda do índice de sentimento económico durante dois meses consecutivos, não são genericamente boas notícias para o mercado accionista, que normalmente se diz que antecipa em seis a nove meses a situação na economia do país.
Uma situação de incerteza política, com uma possível reviravolta no partido do governo não sendo certo se existirá maioria absoluta, também não abona a favor da praça portuguesa. “Não creio que os homens da bolsa tenham uma bola de cristal e estejam a ver coisas que mais ninguém vê. O mercado está a subir contra a situação económica e política nacional, e não por causa dela”, afirma Jorge Ramos, administrador da Luso Partners.
Lisboa é a melhor praça europeia em 2005
A boa forma do mercado português fica bem patente quando se comparam as performances dos mercados europeus. O índice de referência nacional é o que regista maiores ganhos entre os mercados da Europa dos 15 e da Suíça, ainda que todos estejam em terreno positivo em 2005. Portugal soma uma subida de 5,70% desde o final de 2004, seguido de perto pela Irlanda (5,12%) e pela Holanda (4,99%). A Áustria, o país estrela em 2004, está na quinta posição do ranking ao avançar 3,74%. Os grandes mercados de Espanha, Itália, Reino Unido ou Alemanha registam todos desempenhos abaixo de 2,50%. Já os índices norte-americanos estão em terreno negativo desde o início do ano, com o industrial Dow Jones a perder 1,9% e o tecnológico Nasdaq a afundar 6%.
Até onde pode subir a bolsa portuguesa?
Depois dos recentes ganhos, é pouco provável que a bolsa portuguesa continue a registar este desempenho acima da média. “Penso que as subidas vão por enquanto parar por aqui. Parece-me que a bolsa vai estagnar ou até mesmo corrigir pelo menos até Abril e que daí para a frente tenderá a acompanhar a performance das restantes praças europeias”, afirma Ricardo Lourenço. Jorge Ramos partilha esta opinião: “O risco é que a praça portuguesa ‘faça o ano’ nos primeiros meses e que ande vários meses a marcar passo, como aliás aconteceu no ano passado”. Fonte da Caixa Banco de investimento afirma que a casa estima um potencial de valorização superior a 12% para o PSI-20 em 2005, e que portanto ainda vê margem para ganhos este ano, mas entende que é quase certo que vamos ter um período de consolidação até correcção nalguns papéis.
Nalguns casos, as subidas verificadas colocam alguns títulos com níveis de valorização difíceis de sustentar. É o caso da Cofina, que para alguns analistas “já foi longe demais” e que poderá vir a sofrer correcções nos próximos meses. Para a Caixa Banco de Investimento, por exemplo, a Cofina está hoje a transaccionar acima do justo valor, que a casa fixa nos 4,1 euros.
Mas mesmo que não se assista a quedas nos papéis que agora mais subiram, as histórias de reestruturação estão esgotadas depois dos recentes ganhos, e é pouco provável que os títulos em causa venham a progredir nos próximos meses.
Esta semana, o BCP veio baixar a recomendação para a Impresa de “comprar” para “neutral”, justificando-o com a recente apreciação do título que reduziu o seu upside. A Impresa foi um dos títulos que mais subiu no final de 2004, e regista um ganho acumulado de mais de 21% no último trimestre. O banco manteve o preço-alvo inalterado nos 5,90 euros, muito perto do valor a que a Impresa transaccionava ontem, nos 5,92 euros.
“Barómetro de Janeiro” aponta para quedas nas acções
O “Barómetro de Janeiro” é um dos comportamentos históricos mais certeiros do mercado de capitais americano. Diz ele que a tendência do S&P500 em Janeiro dá o mote para o resto do ano. Se o índice das 500 maiores empresas americanas subir no primeiro mês, o ano é positivo. Caso contrário... Este ano, aquele índice perdeu 2,53% em Janeiro. Um mau prenúncio, que contraria as expectativas dos analistas.
O “Stock Trader’s Almanac”, uma das mais populares publicações americanas sobre os mercados de capitais, identifica padrões estatísticos no comportamento das acções e índices. O “Barómetro de Janeiro” é considerado um dos mais fiáveis. Desde 1950, por vinte vezes Janeiro terminou com uma variação negativa e apenas num ano os mercados não caíram. Foi em 1982, ano em que começou uma nova tendência altista prolongada do mercado (bull market). O almanaque argumenta que os acontecimentos que têm lugar em Janeiro têm muita influencia no resto do ano. Sobretudo ao nível político: o presidente dos Estados Unidos faz o discurso do estado da nação, anuncia o novo orçamento do Estado e as prioridades para o ano.
Se o “Barómetro” estiver certo, então os analistas estão errados. As casas de investimento são unânimes ao dizer que 2005 vai ser positivo para as acções, com a maioria a apontar para ganhos até 10%. A indicação dada este ano pelo “Barómetro” é preocupante não só para as bolsas americanas mas também para os restantes mercados. Isto porque a praça financeira americana dita em boa parte o comportamento das restantes bolsas.
Além do Barómetro de Janeiro, há outros padrões estatísticos usados para tentar antever o comportamento das bolsas. Um deles é o “Ciclo da Presidência”. Diz o almanaque já referido que os índices têm habitualmente um comportamento positivo no ano da eleição, negativo nos dois seguintes e novamente positivo no anterior ao escrutínio. E a explicação é lógica. É nos dois primeiros anos após a eleição que os governos tomam as decisões mais difíceis e nos últimos dois que adoptam políticas para estimular a economia e garantir a reeleição, impulsionando o mercado. Mais um mau presságio para as acções..
Há um outro comportamento estatístico mais animador. De acordo com o Almanaque o mercado accionista americano nunca caiu no quinto ano de uma década nos últimos 120 anos.
Sem relevância no PSI-20
O “Barómetro Janeiro” é muito mais falível para a Bolsa de Lisboa. Se para o índice americano S&P500, aquele padrão estatístico é bastante certeiro, o mesmo não acontece em relação ao PSI-20. Analisando os dados desde 1993, quando o índice foi criado, em 13 anos, apenas em oito o comportamento em Janeiro correspondeu ao do ano inteiro. Uma percentagem de erro de quase 40%, demasiado alta para o “Barómetro Janeiro” ser relevante para o mercado português. Em 2003, por exemplo, o PSI-20 caiu 3,14% em Janeiro e subiu 15,84% no ano. Este Janeiro subiu 5,48%.
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