Caldeirão da Bolsa

Aumento de custos condiciona evolução dos resultados do BES

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por marafado » 2/2/2005 13:01

Lisboa Entra em Fevereiro Imparável nas Subidas
Por ANABELA CAMPOS
Quarta-feira, 02 de Fevereiro de 2005

bolsa de Lisboa mantém-se imparável nas subidas. Ontem foi mais um dia de ganhos, com o PSI 20 a fechar em alta de 0,7 por cento, e de novo acima da barreira psicológica dos 8.000 pontos, fixada em Novembro de 2003. A bolsa entra assim em Fevereiro com um sentimento positivo e acumula já uma valorização em termos de capitalização bolsista no PSI 20 de 1,8 mil milhões de euros face a Dezembro de 2004, segundo dados da CMVM. A supervisora adianta ainda que o valor das 20 maiores empresas cotadas aumentou 23,6 por cento para 114,5 mil milhões de euros entre Janeiro de 2004 e Janeiro de 2005. E o mercado de capitais subiu só no primeiro mês deste ano mais de cinco por cento. Curiosamente, os analistas estão a pôr água na fervura num eventual ambiente de euforia face à subida da bolsa de Lisboa, e sublinham que não é de esperar ganhos mensais na ordem dos cinco por cento até ao final do ano. Se assim for estaremos perante uma nova "bolha especulativa", admitem. Mas alertam para a possibilidade de os resultados de algumas empresas virem a revelar-se melhor do que o esperado, com um crescimento do lucro vistoso, graças à aplicação das novas normas contabilísticas - as IAS, que aparentemente para a banca são penalizadores, mas para outro tipo de empresas poderão ser benéficas.

Ontem o dia voltou a ser animado em Lisboa: transaccionaram mais de 135 milhões de euros e a bolsa subiu pela terceira sessão consecutiva. Os destaques positivos pertenceram a Sonae SGPS, à Cimpor (mais 1,64 por cento) e aos "pesos-pesados" PT, EDP e BCP, num dia em que se voltaram a registar vários novos máximos. A "holding" de Belmiro de Azevedo continua a ganhar terreno, tendo fechado ontem a liderar as subidas com uma valorização de 1,71 por cento, para 1,19 euros, o valor mais alto desde Abril de 2001. A perspectiva de bons resultados e a aproximação do "spin off" da Sonae Indústria mantém os investidores de olhos postos na Sonae. A PT, na senda das suas congéneres internacionais, ganhou 1,16 por cento, e fixou um novo máximo face a Novembro de 2001 ao cotar-se a 9,66 euros. A PTMultimedia - detentora da Lusomundo Media - continua animada pela eventual venda dos activos de media do grupo: ontem subiu 0,3 por cento, para 20,09 euro e fixou durante a sessão um novo máximo face a Fevereiro de 2001. Já a EDP, indiferente à grande indefinição que se vive em torno do negócio da Galpenergia, ganhou 0,88 por cento. O BCP subiu 0,47 por cento, para 2,13 euros, renovando nos 2,15 euros o máximo desde Março de 2004, uma valorização que ocorre na sequência ainda da apresentação de bons resultados relativos ao exercício de 2004.
 
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por marafado » 2/2/2005 13:00

Bolsa de Lisboa Ignora Crise Política
Por ROSA SOARES
Quarta-feira, 02 de Fevereiro de 2005

A bolsa portuguesa está a registar um comportamento muito positivo, que contrasta com a situação económica e política do país. O principal índice da Euronext Lisboa, o PSI-20, já valorizou 6,22 por cento desde o início do ano, apresentando a maior ganho da Europa e em oposição às perdas acumuladas pelas bolsas norte-americanas. As 20 maiores empresas portuguesas cotadas viram o seu "preço" em bolsa aumentar só em Janeiro 1,8 mil milhões de euros, encontrando-se a capitalização bolsista actualmente nos 114,5 mil milhões de euros.

O que se está a passar então com a bolsa portuguesa? O que é que está a gerar esta valorização? Trata-se de uma subida sustentada ou especulativa? Os analistas contactados pelo PÚBLICO são unânimes em considerar que a valorização da bolsa de Lisboa está a ser sustentada pela subida de apenas alguns títulos e não corresponde a uma apreciação generalizada do mercado nacional.

Cofina, BCP, Sonae e PT animam mercado
Entre as subidas a merecer destaque está o BCP, um caso que atrai mais atenções, porque uma parte da valorização decorre da melhoria de resultados, mas a outra está relacionada com expectativas sobre alterações na estrutura accionista e a entrada de um novo presidente. E estamos a falar de uma subida susbtancial, ou seja, de mais de 12 por cento, o que num mês para um título com o peso do BCP é muito. Em claro "sprint" esteve também a Cofina, cuja a liderança nas valorizações de 2005 com uma subida superior a 23 por cento, se deve em parte ao processo de cisão em curso, mas também ao interesse na corrida à compra da Lusomundo, onde se apresenta como uma das favoritas. A perspectiva de venda dos activos da Lusomundo animou o próprio grupo PT e todo o sector de media. Destaque ainda para a valorização do grupo Sonae, a beneficiar da melhoria da actividade e da expectativa de cisão da área industrial. A entrada da Sonaecom na corrida à Lusomundo também deu um brilho especial à sub "subholding" da Sonae.

Para a subida da praça nacional em Janeiro está também a contribuir o facto do mercado ter apresentado um desempenho moderado no final do ano, em consequência da instabilidade política gerada pela demissão do Governo. Como a última oportunidade para obter benefícios fiscais nos PPR/E e PPA ocorreu em 2004, houve uma procura fortissíma deste tipo de fundos, alguns dos quais têm agora de canalizar o dinheiro recebido para o mercado de capitais, acrescentam os analistas. Além disso, afirmam, verificou-se a entrada de fundos estrangeiros, o que ajuda também a explicar o crescimento de 18 por cento do volume transaccionado em acções em Janeiro deste ano face a 2004, num total de 2,346 mil milhões de euros. Lisboa está ainda a beneficiar da recuperação das praças internacionais que, particularmente nos últimos dias, estão a reagir favoravelmente a melhores perspectivas de crescimento económico mundial e a menores riscos geo-políticos.

Futuro aconselha cautela
A posição dos analistas sobre as perspectivas de evolução da bolsa no curto e médio prazo é, todavia, muito cautelosa. Não deixam de alertar os investidores para a necessidade de tomarem decisões com base em razões objectivas e não em valorizações do passado.

Um dos responsáveis ouvidos pelo PÚBLICO, Henrique Cabral Menezes, director do Departamento de acções do BPI, explicou que boa parte da evolução da bolsa nacional vai estar dependente da conjuntura da externa, considerando que alguns dos riscos previstos no início do ano a nível económico e geo-político "se estão a dissipar". Face ao mercado nacional, este responsável defende que pode "haver razões específicas para que a bolsa de Lisboa suba mais ou menos que os outros mercados, mas que o comportamento será sempre de grande correlação, salvo se surgirem acontecimentos inesperados".

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por marafado » 2/2/2005 13:00

Cofina com preço-alvo de 5,55 euros, segundo BCP
A Cofina é o título do PSI 20 com maior potencial de valorização de cinco acções analisadas pelo Millennium bcp investimento, segundo a nota semanal do ActivoBank7 que atribui um preço-alvo de 5,55 euros para as acções da empresa liderada por Paulo Fernandes no ano de 2005. "A Cofina encontra-se bem posicionada numa eventual operação que envolva a Lusomundo Media, uma vez que poderá vender a sua participação de 19,1 por cento ou usar esta participação para negociar os termos de uma eventual operação de fusão e aquisição", afirmam os analistas do bcp investimento. O segundo maior potencial de subida pertence à Portugal Telecom, considerando os actuais 9,58 euros por acção e a avaliação de 11,55 euros atribuída pelo Millennium. Já o terceiro lugar é ocupado pela PT Multimédia, cujo preço-alvo é de 23,05 euros. À EDP foi reiterada a avaliação de 2,7 euros por acção, valor que representa um potencial de valorização de 18,9 por cento face aos actuais 2,27 euros. Para a Jerónimo Martins o banco atribuiu um preço-alvo de 10,40 euros.

PT investe 100 mil euros em Bragança
A PT vai investir até 100 mil euros num centro de atendimento em Bragança, que irá empregar 184 trabalhadores, disse ontem à Lusa fonte oficial da operadora. O acordo foi formalizado ontem entre a PT e a Câmara Municipal de Bragança, no âmbito do "road show" que a empresa está a fazer pelo país e que já passou também por Leiria e Coimbra. A operadora irá dar formação aos novos colaboradores, que irão prestar o serviço 12118, mais sofisticado do que o serviço simples informativo 118. A PT irá também desenvolver um projecto de colaboração com a Associação de Municípios Terra Fria, para a criação de um serviço de atendimento de apoio aos munícipes.
 
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por marafado » 2/2/2005 12:58

Millennium bcp com melhor performance individual na Europa

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O Crédit Suisse First Boston (CSFB) revelou hoje que as acções do maior banco privado português foram as que registaram o melhor comportamento individual no mês passado, relativamente aos seus congéneres europeus.

Segundo um estudo sobre a Banca Europeia do CSFB hoje divulgado, e citado pela agência Reuters, "em termos absolutos, o BCP foi o melhor 'performer' do último mês, com uma subida de 12,2% [9,6% em termos relativos]. Outros 'performers' fortes foram o Banesto, o Commerzbank, e o ABN Amro".

O CSFB justifica esta subida com o facto da instituição ter avançado com perspectivas de evolução da actividade mais positivas para este ano, a mudança na administração e os resultados melhores do que o esperado registados no último trimestre de 2004.

Às 11h44, o BCP perdia 0,47% para os 2,12€, com 7 579 405 acções negociadas.
 
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por marafado » 2/2/2005 12:57

Google impulsiona títulos tecnológicos

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A forte subida ontem anunciada do lucro do mais popular motor de busca na Internet está a estimular os títulos do sector tecnológico, os quais impulsionam as principais praças europeias para novos máximos.

Segundo os analistas, "depois dos resultados muito acima das expectativas do Google, as perspectivas de resultados continuam a ser bastante positivas, o que é benéfico para os mercados".

Assim, com os títulos da Infineon Technologies e da Cap Gemini a liderarem os ganhos, às 8h10 o FTSE-100 de Londres e o CAC-40 de Paris avançavam ambos em 0,02%, enquanto o Ibex-35 de Madrid subia 0,10% e o Dax Xetra de Frankfurt ganhava 0,10%.

Em contraciclo seguia o S&P/MIB de Milão, que descia 0,05%.
 
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por marafado » 2/2/2005 12:56

Lucro do Google aumenta sete vezes no quarto trimestre

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O mais popular motor de busca na Internet revelou ontem ter registado entre Outubro e Dezembro de 2004 um resultado líquido de 204,1 milhões de dólares, contra os 27,3 milhões de dólares obtidos no período homólogo de 2003.

Segundo o director executivo do Google, Eric Schmidt, o crescimento ficou a dever-se ao aumento do investimento publicitário das empresas nos motores de busca na internet, tendo o aumento registado na Grã-Bretanha sido o principal motivo da melhoria do resultado, embora o aumento das receitas na Irlanda e Escandinávia também tenha contribuído bastante para as boas contas apresentadas pela empresa.

Nos três últimos meses de 2004, as receitas do Google aumentaram para 1,03 mil milhões de dólares, contra os 512,2 milhões de dólares verificados no trimestre homólogo do ano anterior e muito acima da expectativas dos analistas.

Depois destes resultados, as acções do Google subiram 10% no mercado fora de horas em Nova Iorque para os 210,36 dólares, um novo recorde.
 
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por marafado » 2/2/2005 12:55

Petróleo continua a descer com mercado à espera de dados nos EUA

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Os preços do crude estendem na sessão de hoje a queda iniciada ontem, com a maior parte dos investidores a manter-se à margem do mercado antes de serem conhecidos os dados mais recentes sobre a evolução semanal dos inventários norte-americanos.

Deste modo, às 9h02 o barril de Brent (petróleo de referência na Europa) para entrega em Março era transaccionado na Bolsa Internacional do Petróleo de Londres (IPE) a 44,53 dólares, menos 19 cêntimos do que no fecho de terça-feira.

À mesma hora, o contrato de Março do Light Sweet Crude (petróleo de referência na América do Norte e Ásia) era negociado no NYMEX de Nova Iorque a 46,88 dólares, menos 24 cêntimos do que no término da sessão anterior.

Segundo os analistas, a decisão da OPEP de manter por ora as suas quotas, mas deixando no ar a possibilidade de um corte futuro, tem vindo a enervar o mercado, estando os investidores a preferirem manter-se às margens até serem conhecidos os números dos inventários norte-americanos relativos à semana passada.
 
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por marafado » 2/2/2005 12:55

Dólar cai com mercados à espera da Fed

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A divisa norte-americana encontra-se a perder tereno para as suas principais rivais, uma vez que os investidores já descontaram os efeitos de uma provável subida das taxas de juro norte-americanas em 0,25%.

Deste modo, às 9h30 o euro era transaccionado nos mercados cambiais a 1,3071 dólares, contra 1,3013 dólares no fecho de terça-feira e depois de ter variado entre os 1,3018 e os 1,3095 dólares durante a madrugada.

Segundo os analistas, "uma subida em 0,25% das taxas de juro norte-americanas já está descontada e o mercado está a apostar em que a Reserva Federal (Fed) não altere a sua linguagem no comunicado que será hoje divulgado. De momento, os investidores de curto prazo estão a testar as variações dos câmbios actuais, mas respeitando as barreiras de cada extremo".

O iene japonês encontra-se por seu turno em queda face ao euro e em alta perante o dólar, sendo que às 8h32 o euro valia 135,51 ienes e o dólar 103,58 ienes, contra 135,29 e 103,97 ienes no término da última sessão, respectivamente.
 
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por marafado » 2/2/2005 12:54

BCP baixa recomendação da Impresa para 'Neutral' mas mantém preço-alvo

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Os analistas do Millennium bcp Investimento baixaram a recomendação da Impresa de 'Compra' para 'Neutral', mas mantiveram o preço-alvo para o final de 2005 nos 6,6 euros.

Numa nota de 'research' de hoje, o BCP justifica a descida de recomendação da Impresa perante a recente valorização do título, reduzindo o seu 'upside', o queal "é menor do que antes".

No mesmo comunicado, o BCP manteve a recomendação de 'Neutral Alto Risco' para a Media Capital e o preço-alvo de 5,90 euros para o corrente ano.

Às 10h11, a Impresa caía 0,84% para os 5,88€, enquanto que os títulos da empresa liderada por Pais do Amaral seguiam inalterados nos 5,43€.
 
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por marafado » 2/2/2005 12:54

Preços no Produtor caem 0,2% em Dezembro

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Os preços à porta das fábricas europeias registaram a segunda descida mensal consecutiva no último mês de 2004, encontrando-se assim com um aumento de 3,6% em relação ao período homólogo de 2003.

Segundo os dados hoje divulgados pelo Gabinete de Estatística da União Europeia (Eurostat), a descida dos Preços no Produtor ficou a dever-se à quebra mensal de 1,5% verificada nos preços da Energia.

A mesma fonte adiantou ainda que todos os restantes componentes do índice registaram variações mensais estáveis ou positivas, em particular os preços dos Bens de consumo perecíveis (+0,4%).
 
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por marafado » 2/2/2005 12:53

Roche regista lucro líquido 'core' inferior ao esperado em 2004

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A maior fabricante mundial de produtos de tratamento contra o cancro anunciou hoje que no ano passado o lucro líquido nas principais empresas de actividade farmacêutica da Roche atingiu os 4,34 mil milhões de francos suíços (2,79 mil milhões de euros), uma subida de 41% face ao ano anterior.

Os analistas previam um aumento do lucro líquido 'core' de 4,77 mil milhões de francos suíços (3,07 mil milhões de euros), pelo que o resultado ficou abaixo das expectativas.

O comunicado da Roche diz ainda que as vendas gerais do grupo cresceram 12% na totalidade do ano, enquanto que as vendas de medicamentos prescritos subiram 13% no mesmo período de tempo.

Apesar disso, as vendas inferiores ao esperado dos produtos fabricados pela Roche compensou a subida das vendas dos produtos fabricados pela sua subsidiária norte-americana que fabrica medicamentos de tratamento para o cancro, a Genentech.
 
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por marafado » 2/2/2005 12:53

IGCP coloca 700 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro

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O Instituto de Gestão de Crédito Público (IGCP), que gere a dívida do Estado, colocou hoje 700 milhões de euros de Bilhetes do Tesouro (BT) no leilão da emissão que vence em Janeiro de 2006.

De acordo com os dados oficiais da instituição, a procura foi 2,9 vezes superior à oferta, tendo atingido os 2 mil milhões de euros.

O montante da oferta foi de 700 milhões de euros, os quais foram colocados na totalidade à taxa média ponderada de 2,174%.

Em 2004, foram efectuados 21 leilões de BT, tendo sido colocados 11,7 mil milhões de euros.

Juntamente com as Obrigações do Tesouro e os certificados de aforro, os Bilhetes do Tesouro financiam as necessidades de financiamento da dívida pública portuguesa.
 
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por marafado » 2/2/2005 12:52

Lisboa na 26ª posição mundial em relação ao preço dos escritórios

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A capital portuguesa subiu dois lugares no 'ranking' mundial de localizações 'prime' de escritórios, com a Avenida da Liberdade a destacar-se com custos de 286 euros por metro quadrado/ano.

Um estudo anual da Cushman & Wakefield Healy & Baker anunciou que Lsboa é a 26ª cidade mais cara do mundo para ter escritóios, uma lista que é liderada por Londres que é secundada por Paris.
 
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por marafado » 2/2/2005 12:51

Optimismo regressa à bolsa
Euronext Lisboa supera desempenho dos principais mercados europeus ao longo dos últimos 28 meses

D.N.


A praça accionista portuguesa apresenta uma das subidas mais vincadas a nível das principais bolsas mundiais no espaço temporal que mediou o pico mais baixo e o regresso aos recordes de Novembro de 2001.

Entre os 5106,52 pontos que marcava no dia 30 de Setembro de 2002 (ponto mínimo) e os 8016,90 pontos registados no fecho de ontem, o PSI 20 progrediu praticamente 57%.

Da comparação entre a evolução favorável ocorrida no Euronext Lisboa e o registo das principais praças europeias, verifica-se que o mercado nacional bateu o desempenho de bolsas como Milão, Paris, Londres e Frankfurt.

Assim, enquanto o PSI 20 valorizou 56,93% no período mencionado, os principais índices europeus obedeceram a progressões em norma inferiores aos 50%.

É o caso da bolsa de Londres, que progrediu 30,61%, do francês CAC40 que ganhou 40,59%, do italiano MIB30, que avançou 46,93% e do DAX alemão que cresceu 53,45%.

Para além destes colossos, o índice de referência nacional ultrapassou ainda bolsas europeias de menor dimensão. Deste modo, por ordem crescente, o mercado accionista suíço foi o “lanterna vermelha” com um crescimento ligeiramente acima dos 20,47%. Seguem-se-lhe a praça de Helsínquia (21,30%), Amesterdão (21,49%) e Copenhaga (51,46%).

Porém, a bolsa portuguesa foi ultrapassada pela ‘performance’ de algumas praças accionistas europeias, ainda que estas possuam uma visibilidade reduzida a nível mundial quando comparadas com Londres, Paris ou Frankfurt.

O índice grego ASE subiu 58,91%, o belga BEL20 ganhou 60,05%, na Suécia o OMX progrediu 66,66%, o ISEQ irlandês somou 67,71% e na vizinha Espanha, o índice de referência, o IBEX35 valorizou 69,40%.

O ‘ranking’ das maiores subidas a nível de índices é liderado pelo ATX, na Áustria, que evoluiu 132,69% nos últimos 28 meses. Depois vem o avanço em 96,5% do norueguês OBX, o qual é seguido pelo luxemburguês Luxxx, que cresceu 82,62%.

Nota para o facto de todas as bolsas dos Estados-membros da União Europeia dos Quinze (UE15) terem valorizado ao longo do período analisado.

Depois da euforia que marcou o ano 2000 e da queda significativa que se lhe seguiu, os mercados accionistas europeus recuperam agora os níveis máximos de mais de dois anos e meio.

De resto, e ainda em termos comparativos, a evolução desde o dia 30 de Setembro de 2002 do índice tecnológico norte-americano Nasdaq foi igualmente favorável. A subida próxima dos 82% fala por si e “faz sombra” às suas principais rivais europeias.
 
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por marafado » 2/2/2005 12:50

Optimismo regressa à bolsa
Analistas recomendam cautela e esperam tomada de mais-valias

Pedro Ferreira Esteves


A natureza especulativa de algumas subidas, o contexto de incerteza política e factores técnicos justificam uma correcção do índice.

A recente escalada da bolsa portuguesa está a surpreender a generalidade dos intervenientes no mercado, que atribuem as valorizações a uma forte especulação em títulos chave do índice PSI-20. Para os analistas, o prolongamento dos ganhos está dependente da confirmação de uma série de factores especulativos, pelo que a atitude mais aconselhável para os investidores é a cautela, tendo em conta o esperado movimento de tomada de mais-valias.

“Depois de uma subida de 5% em Janeiro, é preciso ter cuidado e alguma cautela para seleccionar os títulos que ainda têm potencial de valorização na bolsa portuguesa”, explicou ao Diário Económico, Catarina Ferreira, responsável pela gestão dos fundos do BPI que investem maioritariamente em acções portuguesas. Para esta gestora, “algumas empresas já estão em níveis que não justificam investir mais”.

Esta visão é partilhada por Carlos Bastardo, gestor da Barclays Fundos, para quem “é preciso ter muita cautela, porque não existem razões macro-económicas e políticas para sustentar a valorização do índice”, em especial devido à indefinição provocada pelas eleições antecipadas. Para os analistas, as subidas dos principais títulos acontecem num contexto de grande especulação em torno da actividade das respectivas empresas. Desta forma, Carlos Bastardo sublinha que “para que a bolsa possa subir mais, é preciso que se confirmem os diversos rumores que inundaram o mercado, é necessário ter mais informação”.

Em causa estão, sobretudo, as notícias em torno da venda da Lusomundo Media, que envolvem as acções da Portugal Telecom, PTM, Sonaecom, Media Capital, Cofina e Impresa. Também a especulação sobre alegados movimentos de consolidação no sector bancário, depois da apresentação dos resultados de 2004, tem contribuído para animar os papéis do BCP e do BPI. No que diz respeito a títulos como a Sonae SGPS, a Brisa ou a Jerónimo Martins, impulsionados pelas perspectivas seguras de resultados sólidos, as suas fortes valorizações seriam insuficientes para alimentar, de forma isolada, a subida do PSI 20 para máximos desde 2001.

Resistência entre os 8000 e 8200 pontos
A natureza da valorização recente do PSI 20, baseada em especulação e em total contra-ciclo com as suas pares internacionais, deverá conduzir, no curto prazo, a um movimento de tomada de mais-valias.

“Numa perspectiva global, não existem razões para explicar os máximos do PSI 20. Por isso, e porque não houve ainda uma correcção significativa, é de esperar que ocorra uma tomada de mais-valias”, alertou Ricardo Silva, analista do Bigonline, que destaca ainda o facto das subidas das últimas semanas terem sido suportadas pela liquidez acima do habitual.

Para o analista técnico Filipe Garcia, da IMF-Informação de Mercados Financeiros, o facto da barreira dos 8000 pontos ter sido batida não implica que a tendência de subida se mantenha, até porque existem outras barreiras: “A banda de 3% entre os 8000 e os 8230 pontos é uma zona de resistência de médio prazo. Estando já a negociar nestes níveis, é natural que, apesar da tendência ser positiva, o índice tenha dificuldade em passar esta resistência e se assista a uma correcção”, explica. O suporte de curto prazo situa-se nos 7875 pontos.
 
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por marafado » 2/2/2005 12:49

Optimismo regressa à bolsa
Grupos PT e Sonae sustentam recuperação da praça nacional

Diogo Nunes


O regresso do Euronext Lisboa aos níveis que perseguia desde há mais de três anos deve-se, em grande parte, ao forte desempenho dos títulos do grupo Portugal Telecom e da família Sonae.

O ‘top 10’ das maiores valorizações entre Setembro de 2002 – quando a praça nacional bateu no ponto mais baixo – e o fecho da sessão de ontem é liderado pela Impresa, que cresceu 273%, dos 1,58 para os 5,90 euros.

A medalha de prata do pódio das subidas fica com a Sonaecom, que progrediu 249% (1,26-4,40 euros), enquanto que a “casa mãe” conquistou a quinta posição da tabela, ao somar 200% no período em análise, passando dos 0,39 para os 1,17 euros durante os últimos dois anos e meio.

No que diz respeito ao grupo liderado por Miguel Horta e Costa, que detém o maior peso entre os vinte títulos cotados no índice de referência nacional, a sua evolução foi determinante para o bom comportamento do PSI 20. Assim, a PT Multimédia ocupa a quarta posição, com um crescimento aproximado de 233% entre os 6,01 euros verificados no dia 30 de Setembro e os 20,03 euros com que finalizou a primeira sessão desta semana. A ‘holding’ foi acompanhada pelas acções da Portugal Telecom, que avançaram quase 120% durante este intervalo (4,33 para 9,50 euros).

A observação dos outros dois pesos pesados da bolsa portuguesa mostra que, apesar de a evolução de ambos ser positiva, a ‘performance’ da EDP superou a do BCP. A subida de 72,5% da energética nacional colocou-a na 16ª posição no ‘ranking’ das maiores progressões. As acções da EDP dispararam dos 1,31 para os 2,26 euros do fecho de ontem.

Por seu turno, o BCP aumentou quase 20% desde Setembro de 2002, dos 1,77 para os 2,12 euros. Porém, referência especial para o desempenho dos títulos do maior banco privado português em 2005, já que mais de 12% do total da sua valorização foram obtidos desde o início do ano.

A Reditus, a Cofina e a ParaRede são os títulos que pertencem ao PSI 20 e que completam a lista dos 10 maiores avanços desde o pico mais baixo atingido pelo índice de referência em 2002 até à actualidade. Fora do PSI 20, o foco incide sobre a Efacec e a Mota-Engil, que preenchem os restantes lugares do ‘top 10’. De resto, às dez maiores subidas correspondem as únicas valorizações acima dos 100%.

Em suma, levando em linha de conta a relação entre a progressão e a ponderação dos respectivos títulos nos últimos 28 meses, conclui-se que os grupos PT e Sonae foram decisivos para impulsionar a bolsa portuguesa.
 
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por marafado » 2/2/2005 12:49

Optimismo regressa à bolsa
PSI 20 rompe 8.000 pontos para máximo desde Novembro de 2001

Pedro Ferreira Esteves


Bolsa portuguesa subiu 5,5% em Janeiro, o melhor arranque anual dos últimos quatro anos e o melhor desempenho mensal na Europa.

O índice PSI-20 bateu ontem a barreira dos 8,000 pontos, um marco que o principal índice bolsista português não tocava desde 14 de Novembro de 2001, depois de um mês de Janeiro em que apresentou o melhor desempenho no conjunto dos principais mercados europeus e internacionais. Numa sessão em que vários títulos, incluindo o BCP e a PT, renovaram máximos de vários anos, a bolsa portuguesa beneficiou ainda do suporte proveniente do exterior, já que os principais mercados encerraram igualmente em alta.

O PSI-20 fechou nos 8016,9 pontos, o fecho mais alto em mais de três anos, quando chegou aos 8093 pontos. O máximo do dia foi testado nos 8032,52 pontos, numa sessão em que o volume de negócios atingiu os 138,4 milhões de euros. Desde Março do ano passado que não se assistiam a sessões tão líquidas de forma consecutiva.

A sessão de ontem foi a última de Janeiro, um mês em que o índice valorizou 5,5%, o melhor arranque anual desde a subida de 7,6% registada em Janeiro de 2001. A valorização acima de 5% é a mais forte no conjunto das bolsas de maior capitalização mundial, o que sublinha o comportamento muito singular do Euronext Lisboa.

“Não encontro razões sólidas para o ‘outperform’ de Lisboa face às suas pares, depois de um 2004 em que isso também aconteceu”, explicou um operador do mercado português ao Diário Económico, citando a incerteza em termos macro-económicos e políticos.

A valorização de 0,9% do PSI 20 na sessão de ontem é explicada, sobretudo, pela satisfação com que os mercados internacionais receberam o desfecho relativamente pacífico das eleições iraquianas. Os índices pan-europeus atingiram máximos desde meados de 2002, a bolsa de Madrid testou o máximo desde Junho de 2001, e Paris e Londres movimentaram-se nos valores mais elevados desde meados de 2002.

PT acompanha PSI 20
Dois dos títulos com maior influência no forte início do índice em 2005 - BCP e Portugal Telecom - alcançaram ontem máximos importantes. O banco estendeu a valorização de Janeiro para os 12,1%, duplicando em apenas um mês a subida de 2004, e fechou nos 2,12 euros. O banco continua a capitalizar os resultados anuais apresentados na última semana, bem como a especulação em torno de possíveis alterações na sua estrutura accionista. Este sentimento alastrou ao BPI, que no último mês ganhou 5,7%, bem acima dos 2% da totalidade de 2004.

A PT atingiu, por seu turno, o valor mais alto desde Novembro de 2001, nos 9,57 euros, em linha com o máximo do PSI 20. A operadora, que ganhou 4,4% em Janeiro, tem vindo a beneficiar da subida da sua ‘holding’ PT Multimedia, no centro de uma acesa luta pela aquisição da Lusomundo Media, a ‘holding’ que agrupa empresas como o Diário de Notícias, o Jornal de Notícias e a TSF. A PTM renovou mesmo o seu máximo de Março de 2001, nos 20,09 euros.

As notícias em torno desta operação impulsionaram igualmente todos os participantes no processo. A Cofina liderou os ganhos do mercado em Janeiro com uma subida de 23,6%, tendo chegado ontem ao máximo desde Março de 2000, nos 4,58 euros. A Impresa testou o máximo desde Março de 2001, nos 5,93 euros, enquanto a Sonaecom subiu 15% no mês passado para o nível mais alto desde Maio de 2001.

O mês de Janeiro fica ainda marcado pelas valorizações de 15% da Semapa para o máximo desde Junho de 2002, de 14% da Corticeira Amorim, de 9% da Sonae SGPS, que testou máximo desde 2001, de 7% da Jerónimo Martins e de 6% da Brisa, que negoceia num valor recorde.
 
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por marafado » 2/2/2005 12:48

Reestruturação do sector energético
Governo impede Parpública de manter negociações com Petrocer

Martim Avillez Figueiredo com R.C.


No último Conselho de Ministros foi decidido que a Parpública teria de cessar os contactos mantidos com a Petrocer.

O Governo impediu a Parpública de manter troca de correspondência com a Petrocer no que diz respeito ao negócio Galp. A ‘holding’ pública tem vindo a trocar informações, de natureza jurídica, sobre as condições de eventuais direitos da Petrocer no exercício do acordo com o Executivo. Contudo, segundo uma fonte governamental contactada pelo Diário Económico, “no último Conselho de Ministros, foi desautorizada qualquer iniciativa à Parpública nesse sentido”.

Isto porque, no entender do Governo, todo o ‘dossier’ Galp-Petrocer voltou à estaca zero e caberá ao Governo que sair das eleições decidir um novo modelo para o sector energético. Daí que tenha sido unânime a decisão do Governo em não tomar qualquer iniciativa “que viesse alterar as condições do contrato, assinado a 3 de Agosto de 2004, entre a Parpública e a Petrocer, relativo à aquisição por este consórcio de uma participação no capital social da Galp”, diz o comunicado do Ministério das Actividades Económicas.

Se esta é a posição do executivo, ela é totalmente divergente do consórcio agora preterido. Em comunicado, a Petrocer veio esclarecer que o contrato se mantém em vigor. “ O contrato de promessa de compra e venda assinado com a Parpública a 3 de Agosto de 2004 continua plenamente em vigor”, diz a Petrocer, reforçando que “não existe fundamento para se especular que o negócio entre a Parpública e a Petrocer caducou”.

Pelo contrário, diz a Petrocer, “no respeito pelo contrato assinado, continua firmemente empenhada no sentido de se encontrar uma solução que permita a sua concretização”.

Pressupostos do contrato alterados
O entendimento do Governo, segundo a mesma fonte governamental, é que os pressupostos de entrada deste consórcio da Galp Energia alteraram-se substancialmente desde a data da sua assinatura. Desde logo, a partir do momento em que Bruxelas chumbou o destaque dos activos do gás para a EDP, a base de toda a reestruturação.

A manter-se o contrato da Petrocer, esta entraria agora, não numa Galp vocacionada apenas para o petróleo, mas também com o negócio gasista que não estava previsto.

Assim, o que está em causa não é a mesma Galp, pelo que não assiste o direito à Petrocer de se manter como o parceiro da companhia portuguesa.

Por outro lado, a mesma fonte avançou ao DE que o valor base da Galp que serviu para a negociação também se alterou. Com resultados líquidos superiores a 300 milhões de euros, em 2004, a Galp Energia ao longo deste tempo valorizou-se perto de 700 milhões de euros. Isto significa que o novo valor da petrolífera ascenderia actualmente a perto dos 3,9 mil milhões de euros.

Assim, a conclusão do Governo foi prolongar o prazo para uma negociação com a ENI até Março, com opção do Executivo prolongá-las até 31 de Outubro, deixando o modelo em aberto, deixando cair o contrato com a Petrocer.

Do lado do consórcio , é entendimento que se mantém como dantes. e o contrato que tinha não terminava em 31 de Janeiro, mas sim o acordo com os italianos da ENI, entretanto adiado.

Ainda assim, a Petrocer tentou um acordo com o Governo, que “recusou fazê-lo, explicou fonte do consórcio.

Isto porque, entende o Governo, uma decisão final terá de sair destas negociações com a companhia italiana, onde todos cenários estão em aberto. Incluindo uma eventual reentrada da Petrocer no processo, mediante a compra da posição de ENI, mas agora em outros moldes.

PS vai promover reestruturação do sector
Se o Partido Socialista ganhar as eleições, vai promover uma maior competição entre os diversos modos energéticos. A garantia partiu de José Sócrates (na foto), secretário-geral do partido. “Vamos avançar para ao reestruturação do sector energético, explicou ontem Sócrates num encontro na Associação de Jornalistas Estrangeiros, em Lisboa. Estes planos fazem mesmo parte do programa de Governo apresentado pelo PS. “A abertura à concorrência do sector da energia é essencial para gerar maior capacidade competitiva nos operadores portugueses de energia e para melhor servir os interesses dos consumidores industriais e individuais, objectivos que nortearão o Governo do PS na reestruturação do sector”. Contudo, nem o programa nem o próprio José Sócrates detalham qual será a estratégia a adoptar.

Governo vai ao encontro do desejo da Luso-Oil
A decisão do Governo ontem anunciada acaba por ir ao encontro do desejo dos accionistas portugueses da Luso-Oil. Estes tinham interposto uma providência cautelar no Tribunal Administrativo de Lisboa para suspender o prolongamento do prazo de validade do contrato promessa de compra e venda assinado entre o Estado e a Petrocer, o consórcio vencedor daquele concurso. Ângelo Correia (na foto) considerava que os motivos subjacentes ao contrato caíram por terra desde que Bruxelas chumbou a transferência da GDP para a EDP.

Grupo José de Mello recusa comentar decisão
O representante do Grupo Mello, António Nogueira Leite (na foto), recusou-se a fazer qualquer comentário à decisão do Governo relativamente ao não prolongamento do contrato com a Petrocer. Este foi uma dos grupos que mais críticas lançou a todo o processo que conduziu à escolha deste consórcio para parceiro da Galp Energia. O grupo, liderado por Vasco de Mello, chegou a avançar com uma acção judicial contra a Parpública, argumentando que, a ‘holding’ pública se recusou a discutir a proposta por si apresentada.
 
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por marafado » 2/2/2005 12:47

SIC recupera liderança em Janeiro com o fim da Quinta das Celebridades

Carla Castro


TVI perdeu em toda a linha, tendo ainda sido destronada no ‘prime time’.

O fim da Quinta das Celebridades levou ao destronar, em Janeiro, da TVI como a líder das audiências, depois de três meses consecutivos no número um da tabela, graças ao ‘reality show’.

Quem beneficiou foi a SIC, que assim recuperou a liderança no primeiro mês de 2005, distando 2,2 pontos percentuais da TVI em termos de ‘share’ médio de audiência e atingindo 30,2%, depois de ter perdido o lugar no pódio para a estação de Queluz, desde que estreou a Quinta das Celebridades, em Outubro do ano passado.

A estação de Carnaxide sobe assim 1,4 pontos percentuais comparativamente ao mês anterior, enquanto a TVI regista uma queda significativa de 2,5 pontos percentuais.

A televisão do grupo Impresa – que foi líder no conjunto do ano de 2004 – conquistou ainda o primeiro lugar no ‘prime time’, período habitualmente liderado pela TVI, embora por apenas 0,1 pontos percentuais, atingindo 31,1%.

No segundo lugar, a TVI terminou o mês de Janeiro com 28% de audiência média e 31% no ‘prime time’. Em Dezembro, o ‘prime time’ da estação de Queluz – que coincidiu com as transmissões em directo da Quinta das Celebridades – tinha chegado aos 35,4%, contra 28,6% da SIC.

Por seu turno, a RTP1 subiu apenas 0,1 pontos percentuais em relação a Dezembro passado, fixando-se nos 24% e mantendo-se no terceiro lugar do ‘ranking’, longe da disputa de audiências entre as duas privadas. Também a 2: subiu apenas 0,1 pontos percentuais, chegando aos 4,5%.

A Impresa explica o bom resultado das suas audiências em Janeiro com o regresso das novelas brasileiras da Globo ao topo das preferências dos portugueses e com as novas estreias, que proporcionaram “a liderança dos principais horários comerciais, na tarde, horário nobre e ‘late night’”, segundo comunicado do grupo de Pinto Balsemão . A ‘holding’ destaca ainda que a melhoria das audiências foi conseguida “sem a transmissão de qualquer jogo de futebol ao longo do mês”.

O grupo de Pinto Balsemão continua ainda a liderar no cabo com a SIC Notícias em primeiro lugar nos canais temáticos, nos 14,6% de ‘share’ médio de audiência em Janeiro, ainda assim baixando em relação aos 16,2% do mês homólogo de 2004.

Analistas contactados pelo DE consideraram que seria difícil a TVI manter o impacto que conseguiu, no final do ano passado, com a o programa Quinta das Celebridades e o impacto da novidade dos primeiros jogos da Superliga. A estação de Queluz planeia, no entanto, o contra-ataque nas audiências, prometendo a segunda edição do ‘reality show’ das celebridades
 
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por marafado » 2/2/2005 12:46

Congresso norte-americano pode vetar acordo entre IBM e Lenovo

Ana Rita Guerra


Em causa pode estar o receio dos congressistas de que o negócio possa comprometer a segurança norte-americana.

A aquisição da divisão de computadores pessoais da IBM pelos chineses da Lenovo poderá ser comprometida, caso o Congresso norte-americano conclua que o acordo compromete a segurança nacional dos Estados Unidos.

Os receios vieram a público no final da semana passada, após um trio de Republicanos, que Duncan Hunter encabeçou, ter posto em causa a venda - alegadamente por existir o risco de transferência de tecnologias relacionadas com o corpo militar para Beijing.

Anunciado em Dezembro do ano passado, o contrato prevê a compra da divisão norte-americana de PC da IBM por 1,75 mil milhões de dólares, o que iria representar a maior aquisição transoceânica de sempre por uma companhia chinesa. A Lenovo iria então criar uma empresa sedeada em Nova Iorque, com subsidiárias em Beijing e Raleigh, com a IBM a deter 18% das acções.

As dúvidas agora levantadas no Congresso poderão atrasar a conclusão do acordo, que deverá acontecer no segundo trimestre de 2005, e segundo a visão do USA Today arrastar a ‘big blue’ para o meio de um indesejado debate emocional relacionado com a globalização.

A carta da discórdia
Segundo noticiou o Financial Times, os congressistas Don Manzullo, Henry Hyde (por Illinois) e Duncan Hunter (pela Califórnia) querem um escrutínio completo do acordo em 45 dias, a realizar pelo comité para o investimento estrangeiro nos Estados Unidos (um grupo inter-agência que avalia os riscos económicos e securitários nas ‘takeovers’ de empresas norte-americanas por parte de companhias estrangeiras).

Numa carta enviada pelo trio de congressistas a John Snow, secretário do Tesouro e ‘chairman’ do CFIUS (sigla para Committee on Foreign Investment in the United States) , é referida a possibilidade de cair nas mãos do governo chinês uma série de recursos tecnológicos e corporativos de valor elevado. Nesta missiva, Manzullo fez referência às ligações da Lenovo com o governo chinês, que por ser comunista levanta (historica e previsivelmente) as maiores desconfianças do outro lado do Atlântico.

Ou seja, o mínimo que pode acontecer é que um relatório extensivo force a IBM e a Lenovo a entrar em conversações com o executivo de Bush, para debelar as preocupações de segurança relacionadas com o negócio. E a verdade é que a possibilidade de veto à transacção não está posta de parte: embora o CFIUS não tenha o poder de vetar os negócios que avalia, pode fazer recomendações ao presidente norte-americano nesse sentido.

Um recuo no acordo significaria indubitavelmente um duro golpe nas ambições de globalização da companhia chinesa, que encara este contrato milionário como uma forma de estabelecer a sua marca no mercado mundial, alcançando as economias de escala e os recursos financeiros necessários para competir com os seus concorrentes.

Argumentos vários
Mas é também de segurança que se trata. Manzullo explicou ao USA Today que a IBM tem várias instalações dedicadas à investigação perto de Raleigh e que a proximidade com a subsidiária da Lenovo poderia levar “a espionagem industrial”. No entanto, o congressista recusou-se a admitir que se trata de uma campanha “proteccionista”, e embora afirme que é exequível tratar-se de receios infundados, garante que sem mais tempo para rever o negócio não se poderá ter a certeza.

A opinião de analistas e especialistas é um pouco diferente. De acordo com Harris Miller, presidente da Information Technology Association of America, as razões de Manzullo poderão estar relacionadas com a sua convicção de que a globalização é nefasta para a economia dos EUA. “Pegue no seu ThinkPad da IBM e vire-o ao contrário. Está lá escrito ‘Made in China’”, gracejou ainda o analista da Gartner Martin Reynolds, que explicava não haver grandes segredos tecnológicos a proteger nestes computadores. Resta saber se a desconfiança política e o proteccionismo norte-americano irá vencer os interesses económicos imediatos.
 
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por marafado » 2/2/2005 12:44

Cambial
Dólar em alta com Fed e Bush

DE


A divisa dos Estados Unidos avançou ontem contra as suas concorrentes europeia e nipónica.

O euro caiu para o patamar dos 1,3 dólares, enquanto cada dólar valia 103,97 ienes. O sentimento positivo da moeda dos Estados Unidos é uma antecipação da subida das taxas de juro norte-americanas que a Reserva Federal (Fed) se prepara para anunciar hoje. Também se espera que o dólar venha a ser positivamente influenciado pelo discurso que o presidente dos EUA, George W. Bush, vai fazer ao final do dia sobre o estado da nação.
 
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por marafado » 2/2/2005 12:43

No Financial Times
AT&T na mira da SBC

Financial Times


Antes da queda da WorldCom, o director executivo, Bernie Ebbers, comunicou ao seu pessoal que “havia coisas extraordinárias a fazer… em tempos, também eles, extraordinários”.

O mesmo se poderá dizer da oferta de compra da SBC sobre a sua antiga “empresa-mãe”, a AT&T. À primeira vista, o negócio parece surpreendentemente lucrativo. A SBC espera, aliás, gerar sinergias no valor de 15 mil milhões de dólares, isto é, 68% do valor empresarial da AT&T. Com sinergias anuais, em 2008, estimadas em 2 mil milhões, o negócio seria - excluindo os custos de reestruturação - largamente lucrativo, com ‘cashflow’ neutro, ainda que os lucros originais da AT&T pudessem descer a zero. Um cenário, sem dúvida, pessimista, mesmo para uma empresa que viu as vendas cair ao longo de vinte trimestres consecutivos. Como se vida fosse assim tão simples.

Grande parte dos observadores considera que o preço por acção da AT&T já reflecte os cerca de 4 mil milhões da especulação face às propostas de compra. A principal questão reside, pois, na total imprevisibilidade da base de receitas da AT&T, estimada em 31 mil milhões. As receitas consensuais previstas para 2005 foram, aliás, revistas em baixa para 6 mil milhões de dólares nos últimos 12 meses. E como cerca de metade das receitas da AT&T provêem dos serviços de voz, é natural que se verifique um novo declínio, reduzindo substancialmente as sinergias entretanto geradas. A nova empresa, que reúne lucros idênticos em termos de chamadas de longa distância e serviços sem fios, poderá ser uma “lufada de ar fresco” neste início do século XXI. O certo, porém, é que a SBC arrecadará uma invejável lista de clientes ‘blue-chips’. Evitou, contudo, adquirir um negócio que estivesse no auge, ao invés da maioria das empresas de telecomunicações, habitualmente oportunistas nestas situações. A SBC tem a dimensão e a estrutura necessárias para entrar neste jogo financeiro, no entanto, o seu maior receio é que o “tiro lhe saia pela culatra”.
 
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por marafado » 2/2/2005 12:43

Lisboa renova máximos contra clima económico desfavorável

Diogo Nunes


A incerteza política afectou a confiança dos consumidores, mas não contagiou os investidores.

O Euronext Lisboa voltou ontem a bater o máximo que perseguia desde Novembro de 2001. Depois de ter ultrapassado na véspera a barreira dos 8.000 pontos, o PSI 20 somou 0,70% para os 8.073 pontos, vivendo o terceiro dia consecutivo de alta. Uma subida que contrasta com a degradação do indicador de sentimento económico mas que os economistas explicam essencialmente com a reestruturação das empresas.

A família PT foi a grande responsável pela valorização da bolsa portuguesa ontem, com as acções da Portugal Telecom e da PT Multimédia a renovarem os valores recorde desde há mais de três anos. O máximo desde 2001 da Sonae SGPS e o avanço dos restantes pesos pesados, EDP e BCP – que liderou a liquidez com mais de 15 milhões de acções a mudarem de mãos – aliaram-se à tendência generalizada de subidas.

A sessão de ontem voltou a registar uma forte liquidez, com mais de 140 milhões de euros negociados. (ver página 18).

O ‘momentum’ de euforia bolsista contrasta com a degradação, durante dois meses consecutivos, do indicador de sentimento económico, divulgado há dois dias pela Comissão Europeia. A incerteza política, resultante da convocação de eleições antecipadas, teve um impacto negativo sobre a confiança dos consumidores, contudo, não parece ter afectado o entusiasmo dos investidores.

Os economistas consideram que, apesar de a situação económica não ser brilhante, 2005 será melhor que 2004. Rui Constantino, economista-chefe do Banco Santander frisou ao DE que “o país está congelado há 3 meses à espera das eleições”, mas “a fase económica mais complicada já foi ultrapassada”. “As expectativas face ao crescimento dos resultados das empresas” estão a impulsionar a bolsa, adiantou. Já Cristina Casalinho, analista do Banco BPI aponta para a “reestruturação de várias empresas” como a chave para a onda altista da praça nacional.
 
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por marafado » 2/2/2005 12:42

Banca
Internet do Millennium é a mais utilizada

M.J.G.


O serviço de Internet ‘banking’ do Millennium bcp é o mais utilizado no mercado português.

O portal millenniumbcp.pt foi citado por 35,9% dos cerca de cinco mil indivíduos bancarizados inquiridos no âmbito do terceiro BASEF de Banca da Marktest, realizado no final de 2004 e cujos resultados foram publicados no mês passado.

Este é o valor mais elevado registado pelo banco ao longo das três edições do estudo realizadas ao longo do último exercício, não estão disponíveis os dados referentes ao ano anterior, uma vez que o portal millenniumbcp.pt só foi lançado em Dezembro de 2003. Até esta data, o serviço de ‘home banking’ do banco era disponibilizado através de dois endereços diferentes, o cidadebcp.pt para clientes particulares e managerland.pt para empresas.

A seguir ao Millennium bcp surge o serviço de ‘home banking’ da Caixa Geral de Depósitos, que foi referido por quase 32% dos entrevistados. Apesar de o banco registar uma queda face à primeira e segunda vaga do BASEF do ano passado, em que a CGD foi referida por 34,8% e 34,4% dos inquiridos, verifica-se um crescimento de cinco pontos percentuais face ao nível alcançada no conjunto de 2003 (27,5%).

Nas terceira e quarta posição surge o Banco Espírito Santo (21,5%) e o Banco BPI (16,7%), seguidos do serviço de Internet ‘banking’ do Montepio Geral, que foi referido por 6,4% dos inquiridos na terceira vaga do BASEF, contra os 6,1% registados em 2003.
 
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por marafado » 2/2/2005 12:41

Banca
Lucro líquido do BNC aumenta 50% em 2004

D.N.


O resultado líquido do Banco Nacional de Crédito (BNC), o braço nacional do espanhol Banco Popular, cresceu, ao longo do ano passado, 50% para 33,7 milhões de euros, face ao lucro apurado em 2003.

Segundo um comunicado da instituição, o produto bancário ascendeu a 148,4 milhões de euros no final de 2004, evidenciando um crescimento de 27%, e o ‘cash-flow’ de exploração subiu 42%, fixando-se em 88,4 milhões de euros.

O rácio ‘cost to income’ (custos de funcionamento+amortizações/produto bancário) baixou de 53,7% para 46,8% mas, excluindo as amortizações, o referido rácio fixa-se em 40,4%. Por sua vez, o rácio custos com pessoal/produto bancário baixou de 29,4% para 25,1%, adianta o BNC em comunicado.

Ao nível do balanço da instituição, o activo líquido atingiu 4.500 milhões de euros, valor que traduz um crescimento de 10%. O crédito concedido a clientes registou uma subida de 18% para atingir, no final do ano, um saldo de 4.054 milhões de euros. Já os recursos globais dos clientes aproximaram-se dos três mil milhões de euros, dos quais 454 milhões referem-se a recursos fora de balanço.

A instituição volta a frisar que vem prosseguindo um plano de alargamento da sua rede de agências, contando, até à data, com 142 balcões, contra 126 que possuía no final de Dezembro de 2003.

Em declarações recentes, Ângel Ron, presidente executivo do Grupo Banco Popular considerou que o primeiro ano da actividade em Portugal, através do BNC, “foi um êxito”, reiterando a meta de lucro nos 72 milhões em 2007.
 
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