BCE e Fed: cada vez mais afastados
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BCE e Fed: cada vez mais afastados
Por Yacine Le Forestier FRANKFURT, 1 fev (AFP) - O abismo entre a política monetária dos dois lados do Atlântico poderá se aprofundar ainda mais nesta semana, com taxas de juros do Banco Central Europeu (BCE) invariáveis há tempos e uma provável sexta alta consecutiva das taxas do Fed.
Os 30 economistas ouvidos pela AFP e sua filial AFX acham que o BCE decidirá na quinta-feira manter os juros em 2% pelo 20º mês consecutivo, durante sua reunião mensal em Frankfurt, realizada na véspera do encontro dos ministros das Finanças do G-7, em Londres.
Os analistas não esperam uma alta das taxas européias antes do segundo semestre. "O BCE deverá subir suas taxas a médio prazo, para manter a credibilidade e impedir pressões inflacionárias. Mas antes, vai esperar que a reativação se confirme e que o nível de confiança se estabilize", diz Michael Schubert, do Commerzbank.
A própria Comissão Européia admite que, em um contexto de petróleo caro, "as incertezas envolvendo as perspectivas econômicas continuam pesando sobre a confiança do mundo dos negócios".
Na véspera da reunião do BCE, o Federal Reserve (Fed) poderá decidir aumentar suas taxas de juros pela sexta vez consecutiva e ampliar a diferença em relação à zona do euro. Sua taxa básica é maior do que a européia desde dezembro passado (2,25%), e poderá subir para 2,5%.
As autoridades do BCE nao podem se queixar desta evolução, que melhora os rendimentos oferecidos aos investimentos em capital nos Estados Unidos e deve sustentar o dólar, aliviando a situação dos exportadores europeus, prejudicados por uma moeda americana fraca. A desvalorização do dólar e das moedas asiáticas, principalmente do iuane, será um dos principais temas discutidos na reunião do G-7.
Esta divergência de políticas monetárias reflete, ao mesmo tempo, a fragilidade econômica da zona do euro. Já nos Estados Unidos, o crescimento foi de 3,1% ao ano no quarto trimestre. Mesmo assim, o consumo continua elevado, bem como os investimentos das empresas.
Em um estudo publicado recentemente, Patrick Artus, diretor de pesquisa econômica do CDC Ixis, considera que corre-se o risco de assistir a "uma divergência duradoura entre as economias dos Estados Unidos e da zona do euro, com talvez mais sete pontos de crescimento entre 2003 e 2005 em favor dos primeiros".
Artus o explica assim: "há uma política econômica muito mais voluntarista nos Estados Unidos, e um ciclo de crescimento auto-subsistente, onde o investimento estimula a produtividade, onde as famílias são estimuladas a se endividar, onde os serviços geram empregos facilmente e onde as novas empresas podem se desenvolver rapidamente".
Os 30 economistas ouvidos pela AFP e sua filial AFX acham que o BCE decidirá na quinta-feira manter os juros em 2% pelo 20º mês consecutivo, durante sua reunião mensal em Frankfurt, realizada na véspera do encontro dos ministros das Finanças do G-7, em Londres.
Os analistas não esperam uma alta das taxas européias antes do segundo semestre. "O BCE deverá subir suas taxas a médio prazo, para manter a credibilidade e impedir pressões inflacionárias. Mas antes, vai esperar que a reativação se confirme e que o nível de confiança se estabilize", diz Michael Schubert, do Commerzbank.
A própria Comissão Européia admite que, em um contexto de petróleo caro, "as incertezas envolvendo as perspectivas econômicas continuam pesando sobre a confiança do mundo dos negócios".
Na véspera da reunião do BCE, o Federal Reserve (Fed) poderá decidir aumentar suas taxas de juros pela sexta vez consecutiva e ampliar a diferença em relação à zona do euro. Sua taxa básica é maior do que a européia desde dezembro passado (2,25%), e poderá subir para 2,5%.
As autoridades do BCE nao podem se queixar desta evolução, que melhora os rendimentos oferecidos aos investimentos em capital nos Estados Unidos e deve sustentar o dólar, aliviando a situação dos exportadores europeus, prejudicados por uma moeda americana fraca. A desvalorização do dólar e das moedas asiáticas, principalmente do iuane, será um dos principais temas discutidos na reunião do G-7.
Esta divergência de políticas monetárias reflete, ao mesmo tempo, a fragilidade econômica da zona do euro. Já nos Estados Unidos, o crescimento foi de 3,1% ao ano no quarto trimestre. Mesmo assim, o consumo continua elevado, bem como os investimentos das empresas.
Em um estudo publicado recentemente, Patrick Artus, diretor de pesquisa econômica do CDC Ixis, considera que corre-se o risco de assistir a "uma divergência duradoura entre as economias dos Estados Unidos e da zona do euro, com talvez mais sete pontos de crescimento entre 2003 e 2005 em favor dos primeiros".
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