Caldeirão da Bolsa

Sonae e PT empurram bolsa para máximo desde 2001

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por marafado » 1/2/2005 12:13

Banca > Research 2005-01-31 16:05
CSFB considera acções da banca nacional caras ou pouco atractivas

DE


Os analistas do Crédit Suisse First Boston (CSFB) consideram que os títulos do BCP se encontram 'pouco atractivos' do ponto de vista da avaliação, ao passo que as acções do BES e do BPI estão 'caros' em relação ao sector.

Segundo um estudo datado de hoje sobre a banca europeia em 2005, o CSFB consdieram que, apesar da melhora das perspectivas económicas para Portugal e das estimativas para o Grupo Millennium bcp, as acções do banco "não parece atractivo", em parte devido à estratégia internacional do Grupo, do potencial impacto negativo da adopção das normas internacionais de contabilidade (IAS) e dos exigentes níveis de avaliação.

Já quanto ao BES, a questão é que este se encontra a negociar "a 10,8 vezes as estimativas de ganhos ajustados para 2006", o que torna estas acções "entre as mais caras do sector".

Por último, o CSFB considera que os títulos do BPI "parecem caros face à média do sector da banca europeia", contando contra o papel a fraca liquidez, a pressão nas margens devido às baixas taxas de juro na Europa e a possibilidade da fraqueza da economia nacional vir a afectar os seus activos.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 1/2/2005 12:12

Citigroup tinha plano para desestabilizar mercado obrigacionista europeu

DE


Um memorando do banco de investimento norte-americano para tirar proveito das diferenças de liquidez entre os mercados obrigacionistas europeus foi hoje divulgado pelo 'Financial Times', o qual lança nova luz sobre os movimentos operadospela instituição financeira no passado mês de Agosto.

Segundo o 'Financial Times', o memorando, aparentemente escrito por Simon Wivell do departamento de negociação em obrigações europeias do Citigroup para Daniel Leadbetter, outro elemento da mesma equipa, datado do passado dia 20 de Julho, define uma estratégia para abalar o mercado obrigacionista da zona euro, adiantando que o Citigroup pretende "transformar o mercado de obrigações estatais europeu num que se pareça mais" com o mercado de obrigações do Tesouro dos EUA, o qual é menos transparente e é dominado por um menor número de bancos de investimento.

"Ao longo do tempo, isto [esta estratégia] poderá ajudar a eliminar algumas das casas de negociação mais pequenas", adianta o documento.

O plano do Citigroup consisteia em "desafiar o domínio dos futuros da Eurex" ao tirar vantagem do diferencial de liquidez entre os futuros das obrigações emitidas pelo Governo alemão [as 'Bund'] e os mercados de obrigações a dinheiro negociadas na plataforma electrónica EuroMTS.

"Devemos poder explorar esta situação de um modo muito lucrativo", diz o memorando, citado pelo 'Financial Times'.

A Eurex, bolsa de derivados de Frankfurt, é o local mais importante de negpciação para as obrigações dos governos da zona euro, já que os futuros das obrigações do governo alemão são usadas para estabelecer os preços das emissões de dívida dos restantes países da zona euro.

Mas, enquanto a actividade na Eurex flutua devido a factores sazonais e às condições económicas, a liquidez no EuroMTS é constante, uma vez que este obriga os intervenientes a dar informações sobre os preços de uma maneira contínua.

Assim, "quando há um desequilíbrio na liquidez (...) nós faremos subir os futuros das Bund e então avançamos sobre todas as Ofertas em dinheiro no MTS", diz o memorando.

No passado dia 2 de Agosto, o Citigroup tomou o mercado de surpresa ao vender onze mil milhões de euros em obrigações a dinheiro em menos de dois minutos, recomprando quatro mil milhões de euros destas de volta meia hora depois aos preços mais baixos, realizando um lucro de cerca de 17 milhões de euros.

Confrontado pelo 'Financial Times', um porta-voz do Citigroup afirmou que "não é capaz de efectuar comentários, a não ser de que este memorando está cheio de afirmações inapropriadas e irrealistas. Não foi visto por, nem representa o ponto de vista, dos supervisores que aprovaram o negócio, nem os de toda a firma".

Segundo o periódico britânico, esta intenção explícita do Citigroup de desestabilizar os futuros da Eurex deverá reforçar o caso das autoridades alemãs, as quais lançaram na semana passada uma investigação criminal sobre uma eventual manipulação dos mercados.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 1/2/2005 12:11

Desemprego aumenta 8,9% em Dezembro

DE


O Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) anunciou hoje que a taxa de desemprego subiu em Dezembro para 8,9% na Zona Euro, contra 8,8% no mês anterior (revisto em baixa). Em Portugal, a taxa de desemprego manteve-se estável nos 6,7%, pelo terceiro mês consecutivo.

Na União Europeia no seu conjunto a taxa de desemprego manteve-se inalterada, igualmente em 8,9%, existindo, segundo o Eurostat, cerca de 19 milhões de pessoas desempregadas na União Europeia, das quais 12,6 milhões na Zona Euro.

As taxas de desemprego mais altas verificavam-se na Polónia (18,3%), Eslováquia (16,9%), Grécia (10,5%), Espanha (10,4%) e na Alemanha (10%).

As taxas de desemprego mais moderadas registaram-se na Irlanda (4,3%), Luxemburgo (4,4%), na Áustria (4,5%) e no Reino Unido (4,6%).
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 1/2/2005 12:11

BCP afirma que Cofina tem o maior potencial de subida do PSI-20

DE


A nota semanal do ActivoBank7 divulgada ontem à noite admitia que o título do índice de referência nacional com maior potencial de valorização entre as cinco acções em carteira analisadas pelo Millennium bcp investimento é o da Cofina.

As acções da empresa liderada por Paulo Fernandes têm um potencial de valorização de 23,3%, face ao preço-alvo para final de 2005 de 5,55 euros atribuído pelo banco de investimento e aos 4,50 euros a que estava a transaccionar na Euronext Lisboa às 10h59.

"A Cofina encontra-se bem posicionada numa eventual operação que envolva a Lusomundo Media, uma vez que poderia vender a sua participação de 19,1 por cento ou usar esta participação para negociar os termos de uma eventual operação de fusão e aquisição", referem os analistas do bcp investimento.

De referir que o interesse da Cofina na Lusomundo Media tem ajudado a impulsionar os títulos da empresa este ano, juntamente com recomendações positivas de casas de investimento.

O segundo maior potencial de subida pertencia à Portugal Telecom, 20,1%, considerando os actuais 9,61 euros e a avaliação de 11,55 euros por acção atribuída.

Para a outra empresa do grupo, a PT Multimédia, o preço-alvo do Millennium bcp investimento de 23,05 euros encontra-se 14,7% acima dos 20,08 euros a que estava a cotar na bolsa portuguesa.

Ainda de acordo com o banco de investimento, "será ainda positivo, do ponto de vista da PTM, a existência de mais interessados na compra deste activo", refere a nota do ActivoBank7.

À EDP foi reiterada a avaliação de 2,7 euros por acção para final de 2005, valor que representa um potencial de valorização de 18,4%, face aos actuais 2,28 euros.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 1/2/2005 12:10

Sharp regista aumento de 11,4% no lucro do último trimestre

DE


O aumento da venda dos ecrãs planos de cristais líquidos (LCD) e dos telemóveis levou a tecnológica japonesa a bater as suas cogéneres Sony e Samsung em termos de crescimento do lucro, o qual atingiu os 36,36 mil milhões de ienes (269 milhões de euros) no último trimestre de 2004.

O volume de vendas atingiu os 650 mil milhões de ienes (4,80 mil milhões de euros) e deveu-se principalmente ao facto da Sharp, líder mundial na venda de LCD, ter conseguido responder melhor à queda dos preços nos ecrãs planos.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 1/2/2005 12:09

Câmbios pouco alterados antes das reuniões da Fed e dos G7

DE


As principais divisas mundiais encontram-se sem registar grandes oscilações entre si, com os investidores a preferirem aguardar pelos resultados das reuniões desta semana da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) e dos ministros das Finanças e Banqueiros Centrais dos G7.

Deste modo, às 9h26 o euro era negociado nos mercados cambiais a 1,3028 dólares, contra 1,3053 dólares no fecho de segunda-feira e depois de ter variado entre os 1,3019 e os 1,3066 dólares durante a madrugada.

Segundo os analistas, é esperado por todos que a Fed aumente na quarta-feira as suas taxas de juro para 2,5%, estando apenas em dúvida qual o ritmo a que o encarecimento do preço do dinheiro irá ser efectuado na maior economia do mundo.

"Não creio que a Fed esteja muito preocupada com a inflação, pelo que a linguagem utilizada no comunicado final da reunião de dois dias que hoje começa não deverá ser muito diferente. Mas a tendência é para uma subida dos juros, e isso deverá suportar o dólar", explica o analista-chefe do Bank of Tokyo-Mitsubishi.

O iene encontra-se em queda ligeira face às suas principais rivais, sendo que às 8h30 o euro valia 135,39 ienes e o dólar 103,96 ienes, contra 135,17 e 103,55 ienes no término da última sessão, respectivamente.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 1/2/2005 12:08

Petróleo desce em mercado nervoso

DE


Os preços do crude estão a recuar novamente nos mercados internacionais, mas os investidores continuam receosos de que os países da OPEP possma vir a reduzir a sua produção antes do fim do trimestre.

Deste modo, às 9h01 o barril de Brent (petróleo de referência na Europa) para entrega em Março era transaccionado na Bolsa Internacional do Petróleo de Londres (IPE) a 45,59 dólares, menos 33 cêntimos do que no fecho de segunda-feira.

À mesma hora, o contrato de Março do Light Sweet Crude (petróleo de referência na América do Norte e Ásia) era negociado no NYMEX de Nova Iorque a 47,95 dólares por barril, uma descida de 25 cêntimos em relação ao fecho da última sessão.

Segundo os operadores, "a OPEP deixou o cenário preparado para o preço do petróleo entre os 45 e os 50 dólares por barril e, ainda assim, está a falar sobre uma possível redução da produção. Isso dá suporte ao preço do crude, estando os fundos a acumular posições longas, por considerarem que o preço do petróleo tem mais potencial de subida do que descida no longo prazo".
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 1/2/2005 12:08

Nacional - Economia + títulos de Economia



Economia 2005-02-01 08:54
Problema orçamental é questão de escolhas políticas

Lusa


O presidente da Unicre - Cartão Internacional de Crédito, Vítor Bento, afirmou segunda-feira à noite que "o problema orçamental é político, e não técnico" e que a sua resolução depende de escolhas políticas.

As escolhas estão reduzidas a duas alternativas: ou se aumenta a carga fiscal ou se reduz a despesa pública, sublinhou o também presidente da Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS) numa conferência sobre a consolidação das contas públicas, durante um jantar promovido pela União das Associações de Comércio e Serviços.

Na base do problema estão várias tendências, todas, realçou, desfavoráveis ao equilíbrio das contas públicas.

O envelhecimento da população, por exemplo, significa menos pagadores de impostos e mais despesa pública associada ao envelhecimento, como pensões e saúde, disse.

Por outro lado, esta tendência também agrava a redução do potencial de crescimento anual da economia, que já está abaixo dos dois por cento, recordou.

Para exemplificar a gravidade da situação, Vítor Bento disse que se nada de errado se fizesse, o prolongamento da actual situação significaria um défice orçamental equivalente a 5,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 e uma dívida pública de 75 por cento do PIB (está em 62 por cento).

Se se prolongar a tendência até 2025, o défice subiria para 11 por cento do PIB e a dívida para 138 por cento do mesmo índice, acrescentou.

A situação actual das contas públicas é a de um défice orçamental equivalente a cinco por cento do PIB, valor que tem sido "mascarado com artifícios contabilísticos e engenharias financeiras", acusou.

No que respeita à dívida pública, Vítor Bento constatou que ela está em expansão, depois de ter sido contida com as receitas das privatizações.

O fim destas operações de venda e o correlativo aumento da dívida pública demonstra que não houve consolidação, afirmou.

A responsabilidade, acrescentou, "é de todos" [os responsáveis políticos], o que significa que "seria mais benéfico se se parasse com a passagem de culpas e se arranjasse um consenso para resolver o problema".

Vítor Bento disse ainda que "se está a criar condições para piorar as vidas" das gerações seguintes, em vez de se assegurar a justiça inter-geracional e minorar o conflito distributivo.

Este economista, que acaba de fazer um mestrado em Filosofia da Acção, reconhece que se está perante uma arbitragem difícil: "Se se aperta muito com as finanças públicas, nas condições actuais, é mais difícil crescer no curto prazo, mas se se continua a gastar compromete-se o potencial de crescimento".

Sugeriu, em todo o caso, algumas medidas, de que a primeira foi a despolitização da esfera técnica.

"Os políticos não devem discutir se o défice foi de três, ou quatro ou cinco por cento do PIB", acentuou, referindo que a determinação do valor do défice orçamental "deve ser deixada aos técnicos".

Uma segunda medida sugerida foi a autonomização da esfera técnica, em particular através da criação de uma agência orçamental, que simulasse cenários económicos a médio e longo prazo e garantisse a contabilização e as estatísticas, que abrangessem todas as despesas e receitas públicas.

Nesta linha, Vítor Bento mencionou, como um terceiro objectivo, a necessidade de garantir a transparência das contas públicas.

Assumindo um discurso político, fora da economia, Vítor Bento considerou que deveriam ser estes assuntos que deveriam estar a ser discutidos na campanha eleitoral.

"Neste enquadramento mediático em que vivemos, quem falar verdade perde",lamentou, uma vez que "as pessoas não têm informação suficiente para discernir a verdade da mentira".

Para mais, acentuou, a lógica do confronto político torna os dois principais partidos - PS e PSD - "reféns dos interesses imobilistas", uma vez que, justificou, "se um tenta fazer reformas, o outro tenta capitalizar os descontentamentos resultantes".

Neste contexto, Vítor Bento entende que "só com um pacto de regime sobre um conjunto de reformas com um horizonte de cinco a dez anos" estas poderiam ser feitas.

O presidente da Unicre desejou que estas mudanças ocorram antes de Portugal chegar a uma "situação dramática", uma vez que há o paradoxo de "Portugal não estar em crise".

"Em termos gerais vivemos melhor do que há 15 anos, mas nunca tivemos um período tão prolongado com um crescimento tão baixo", acentuou.

O problema, apontou, é "não se sentir a situação a degradar-se".

Portugal enfrenta o risco de definhamento, que conheceu no século XIX, ou que transformou a Argentina de uma dos países mais ricos de há 50 anos no que é hoje, mesmo sem guerras nem cataclismos, resumiu.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 1/2/2005 12:07

Energia > França 2005-02-01 08:41
Vendas da Suez aumentam 2,8% em 2004

DE


O quarto maior grupo de 'utilities' cotado em bolsa do mundo revelou hoje ter registado no ano passado vendas na ordem dos 40,74 mil milhões de euros, contra os 39,62 mil milhões de euros registados em 2003 e acima das expectativas dos analistas.

Segundo anunciou em comunicado a Suez, excluíndo os efeitos cambiais, de aquisições e desinvestimentos, as suas vendas aumentaram 6,2% em 2004 face a 2003, um crescimento atribuído pela empresa à forte procura internacional de electricidade e gás, bem como à subida das vendas de gás natural liquefeito nos Estados Unidos.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 1/2/2005 12:06

Euronext Lisbon > Abertura 2005-02-01 08:34
Sonae, PTM e Ibersol iniciam Fevereiro com novos máximos

Pedro Duarte


A praça nacional começou o segundo mês de 2005 em alta ligeira graças ao sentimento positivo vindo do exterior, indo o destaque para três novos máximos entre as empresas cotadas.

Deste modo, às 8h33 o PSI-20 avançava 0,47% para os 8054,46 pontos, com os operadores a chamarem a atenção para o facto dos investidores se encontrarem cautelosos antes do término da reunião de dois dias da Reserva Federal (Fed) norte-americana, da qual se espera uma subida das taxas de juro nos EUA.

"Existe sempre uma certa tensão no mercado durante os encontros da Fed dos quais se acredita virem a sair aumentos das taxas de juro, e este é particularmente importante pois poderá dar a entender se o ritmo de aumento do preço do dinheiro na maior economia do mundo irá acelerar no futuro ou não", explica uma especialista.

Entre os 'pesos pesados' da bolsa nacional, o BCP sobe 0,94% para os 2,14€, a EDP cresce 0,44% e a PT ganha 0,42% para os 9,54€.

Destaque também para os ganhos em 0,85% para os 1,18€ da Sonae SGPS, valor que constitui um novo máximo desde Abril de 2001, enquanto a PT Multimédia atinge o valor mais elevado desde Fevereiro de 2001 ao ganhar 0,65% para os 20,16€.

Também com um novo máximo nos 5,30€ está a Ibersol.

O papel mais transaccionado é o do BCP, com 3 843 231 acções negociadas, seguido à distância pela EDP e Sonae SGPS, com 1 157 549 e 851 214 títulos movimentados, respectivamente.

Dos vinte títulos que compõem o PSI-20, 14 sobem de cotação, dois (Sonaecom e Semapa) descem e quatro mantém-se inalterados. O volume total de negócios ascende a 14,2 milhões de euros.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 1/2/2005 11:57

Optimismo regressa à bolsa
Euronext Lisboa supera desempenho dos principais mercados europeus ao longo dos últimos 28 meses

D.N.


A praça accionista portuguesa apresenta uma das subidas mais vincadas a nível das principais bolsas mundiais no espaço temporal que mediou o pico mais baixo e o regresso aos recordes de Novembro de 2001.

Entre os 5106,52 pontos que marcava no dia 30 de Setembro de 2002 (ponto mínimo) e os 8016,90 pontos registados no fecho de ontem, o PSI 20 progrediu praticamente 57%.

Da comparação entre a evolução favorável ocorrida no Euronext Lisboa e o registo das principais praças europeias, verifica-se que o mercado nacional bateu o desempenho de bolsas como Milão, Paris, Londres e Frankfurt.

Assim, enquanto o PSI 20 valorizou 56,93% no período mencionado, os principais índices europeus obedeceram a progressões em norma inferiores aos 50%.

É o caso da bolsa de Londres, que progrediu 30,61%, do francês CAC40 que ganhou 40,59%, do italiano MIB30, que avançou 46,93% e do DAX alemão que cresceu 53,45%.

Para além destes colossos, o índice de referência nacional ultrapassou ainda bolsas europeias de menor dimensão. Deste modo, por ordem crescente, o mercado accionista suíço foi o “lanterna vermelha” com um crescimento ligeiramente acima dos 20,47%. Seguem-se-lhe a praça de Helsínquia (21,30%), Amesterdão (21,49%) e Copenhaga (51,46%).

Porém, a bolsa portuguesa foi ultrapassada pela ‘performance’ de algumas praças accionistas europeias, ainda que estas possuam uma visibilidade reduzida a nível mundial quando comparadas com Londres, Paris ou Frankfurt.

O índice grego ASE subiu 58,91%, o belga BEL20 ganhou 60,05%, na Suécia o OMX progrediu 66,66%, o ISEQ irlandês somou 67,71% e na vizinha Espanha, o índice de referência, o IBEX35 valorizou 69,40%.

O ‘ranking’ das maiores subidas a nível de índices é liderado pelo ATX, na Áustria, que evoluiu 132,69% nos últimos 28 meses. Depois vem o avanço em 96,5% do norueguês OBX, o qual é seguido pelo luxemburguês Luxxx, que cresceu 82,62%.

Nota para o facto de todas as bolsas dos Estados-membros da União Europeia dos Quinze (UE15) terem valorizado ao longo do período analisado.

Depois da euforia que marcou o ano 2000 e da queda significativa que se lhe seguiu, os mercados accionistas europeus recuperam agora os níveis máximos de mais de dois anos e meio.

De resto, e ainda em termos comparativos, a evolução desde o dia 30 de Setembro de 2002 do índice tecnológico norte-americano Nasdaq foi igualmente favorável. A subida próxima dos 82% fala por si e “faz sombra” às suas principais rivais europeias.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 1/2/2005 11:56

Optimismo regressa à bolsa
PSI 20 rompe 8.000 pontos para máximo desde Novembro de 2001

Pedro Ferreira Esteves


Bolsa portuguesa subiu 5,5% em Janeiro, o melhor arranque anual dos últimos quatro anos e o melhor desempenho mensal na Europa.

O índice PSI-20 bateu ontem a barreira dos 8,000 pontos, um marco que o principal índice bolsista português não tocava desde 14 de Novembro de 2001, depois de um mês de Janeiro em que apresentou o melhor desempenho no conjunto dos principais mercados europeus e internacionais. Numa sessão em que vários títulos, incluindo o BCP e a PT, renovaram máximos de vários anos, a bolsa portuguesa beneficiou ainda do suporte proveniente do exterior, já que os principais mercados encerraram igualmente em alta.

O PSI-20 fechou nos 8016,9 pontos, o fecho mais alto em mais de três anos, quando chegou aos 8093 pontos. O máximo do dia foi testado nos 8032,52 pontos, numa sessão em que o volume de negócios atingiu os 138,4 milhões de euros. Desde Março do ano passado que não se assistiam a sessões tão líquidas de forma consecutiva.

A sessão de ontem foi a última de Janeiro, um mês em que o índice valorizou 5,5%, o melhor arranque anual desde a subida de 7,6% registada em Janeiro de 2001. A valorização acima de 5% é a mais forte no conjunto das bolsas de maior capitalização mundial, o que sublinha o comportamento muito singular do Euronext Lisboa.

“Não encontro razões sólidas para o ‘outperform’ de Lisboa face às suas pares, depois de um 2004 em que isso também aconteceu”, explicou um operador do mercado português ao Diário Económico, citando a incerteza em termos macro-económicos e políticos.

A valorização de 0,9% do PSI 20 na sessão de ontem é explicada, sobretudo, pela satisfação com que os mercados internacionais receberam o desfecho relativamente pacífico das eleições iraquianas. Os índices pan-europeus atingiram máximos desde meados de 2002, a bolsa de Madrid testou o máximo desde Junho de 2001, e Paris e Londres movimentaram-se nos valores mais elevados desde meados de 2002.

PT acompanha PSI 20
Dois dos títulos com maior influência no forte início do índice em 2005 - BCP e Portugal Telecom - alcançaram ontem máximos importantes. O banco estendeu a valorização de Janeiro para os 12,1%, duplicando em apenas um mês a subida de 2004, e fechou nos 2,12 euros. O banco continua a capitalizar os resultados anuais apresentados na última semana, bem como a especulação em torno de possíveis alterações na sua estrutura accionista. Este sentimento alastrou ao BPI, que no último mês ganhou 5,7%, bem acima dos 2% da totalidade de 2004.

A PT atingiu, por seu turno, o valor mais alto desde Novembro de 2001, nos 9,57 euros, em linha com o máximo do PSI 20. A operadora, que ganhou 4,4% em Janeiro, tem vindo a beneficiar da subida da sua ‘holding’ PT Multimedia, no centro de uma acesa luta pela aquisição da Lusomundo Media, a ‘holding’ que agrupa empresas como o Diário de Notícias, o Jornal de Notícias e a TSF. A PTM renovou mesmo o seu máximo de Março de 2001, nos 20,09 euros.

As notícias em torno desta operação impulsionaram igualmente todos os participantes no processo. A Cofina liderou os ganhos do mercado em Janeiro com uma subida de 23,6%, tendo chegado ontem ao máximo desde Março de 2000, nos 4,58 euros. A Impresa testou o máximo desde Março de 2001, nos 5,93 euros, enquanto a Sonaecom subiu 15% no mês passado para o nível mais alto desde Maio de 2001.

O mês de Janeiro fica ainda marcado pelas valorizações de 15% da Semapa para o máximo desde Junho de 2002, de 14% da Corticeira Amorim, de 9% da Sonae SGPS, que testou máximo desde 2001, de 7% da Jerónimo Martins e de 6% da Brisa, que negoceia num valor recorde.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 1/2/2005 11:55

Optimismo regressa à bolsa
Grupos PT e Sonae sustentam recuperação da praça nacional

Diogo Nunes


O regresso do Euronext Lisboa aos níveis que perseguia desde há mais de três anos deve-se, em grande parte, ao forte desempenho dos títulos do grupo Portugal Telecom e da família Sonae.

O ‘top 10’ das maiores valorizações entre Setembro de 2002 – quando a praça nacional bateu no ponto mais baixo – e o fecho da sessão de ontem é liderado pela Impresa, que cresceu 273%, dos 1,58 para os 5,90 euros.

A medalha de prata do pódio das subidas fica com a Sonaecom, que progrediu 249% (1,26-4,40 euros), enquanto que a “casa mãe” conquistou a quinta posição da tabela, ao somar 200% no período em análise, passando dos 0,39 para os 1,17 euros durante os últimos dois anos e meio.

No que diz respeito ao grupo liderado por Miguel Horta e Costa, que detém o maior peso entre os vinte títulos cotados no índice de referência nacional, a sua evolução foi determinante para o bom comportamento do PSI 20. Assim, a PT Multimédia ocupa a quarta posição, com um crescimento aproximado de 233% entre os 6,01 euros verificados no dia 30 de Setembro e os 20,03 euros com que finalizou a primeira sessão desta semana. A ‘holding’ foi acompanhada pelas acções da Portugal Telecom, que avançaram quase 120% durante este intervalo (4,33 para 9,50 euros).

A observação dos outros dois pesos pesados da bolsa portuguesa mostra que, apesar de a evolução de ambos ser positiva, a ‘performance’ da EDP superou a do BCP. A subida de 72,5% da energética nacional colocou-a na 16ª posição no ‘ranking’ das maiores progressões. As acções da EDP dispararam dos 1,31 para os 2,26 euros do fecho de ontem.

Por seu turno, o BCP aumentou quase 20% desde Setembro de 2002, dos 1,77 para os 2,12 euros. Porém, referência especial para o desempenho dos títulos do maior banco privado português em 2005, já que mais de 12% do total da sua valorização foram obtidos desde o início do ano.

A Reditus, a Cofina e a ParaRede são os títulos que pertencem ao PSI 20 e que completam a lista dos 10 maiores avanços desde o pico mais baixo atingido pelo índice de referência em 2002 até à actualidade. Fora do PSI 20, o foco incide sobre a Efacec e a Mota-Engil, que preenchem os restantes lugares do ‘top 10’. De resto, às dez maiores subidas correspondem as únicas valorizações acima dos 100%.

Em suma, levando em linha de conta a relação entre a progressão e a ponderação dos respectivos títulos nos últimos 28 meses, conclui-se que os grupos PT e Sonae foram decisivos para impulsionar a bolsa portuguesa
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 1/2/2005 11:54

Optimismo regressa à bolsa
Analistas recomendam cautela e esperam tomada de mais-valias

Pedro Ferreira Esteves


A natureza especulativa de algumas subidas, o contexto de incerteza política e factores técnicos justificam uma correcção do índice.

A recente escalada da bolsa portuguesa está a surpreender a generalidade dos intervenientes no mercado, que atribuem as valorizações a uma forte especulação em títulos chave do índice PSI-20. Para os analistas, o prolongamento dos ganhos está dependente da confirmação de uma série de factores especulativos, pelo que a atitude mais aconselhável para os investidores é a cautela, tendo em conta o esperado movimento de tomada de mais-valias.

“Depois de uma subida de 5% em Janeiro, é preciso ter cuidado e alguma cautela para seleccionar os títulos que ainda têm potencial de valorização na bolsa portuguesa”, explicou ao Diário Económico, Catarina Ferreira, responsável pela gestão dos fundos do BPI que investem maioritariamente em acções portuguesas. Para esta gestora, “algumas empresas já estão em níveis que não justificam investir mais”.

Esta visão é partilhada por Carlos Bastardo, gestor da Barclays Fundos, para quem “é preciso ter muita cautela, porque não existem razões macro-económicas e políticas para sustentar a valorização do índice”, em especial devido à indefinição provocada pelas eleições antecipadas. Para os analistas, as subidas dos principais títulos acontecem num contexto de grande especulação em torno da actividade das respectivas empresas. Desta forma, Carlos Bastardo sublinha que “para que a bolsa possa subir mais, é preciso que se confirmem os diversos rumores que inundaram o mercado, é necessário ter mais informação”.

Em causa estão, sobretudo, as notícias em torno da venda da Lusomundo Media, que envolvem as acções da Portugal Telecom, PTM, Sonaecom, Media Capital, Cofina e Impresa. Também a especulação sobre alegados movimentos de consolidação no sector bancário, depois da apresentação dos resultados de 2004, tem contribuído para animar os papéis do BCP e do BPI. No que diz respeito a títulos como a Sonae SGPS, a Brisa ou a Jerónimo Martins, impulsionados pelas perspectivas seguras de resultados sólidos, as suas fortes valorizações seriam insuficientes para alimentar, de forma isolada, a subida do PSI 20 para máximos desde 2001.

Resistência entre os 8000 e 8200 pontos
A natureza da valorização recente do PSI 20, baseada em especulação e em total contra-ciclo com as suas pares internacionais, deverá conduzir, no curto prazo, a um movimento de tomada de mais-valias.

“Numa perspectiva global, não existem razões para explicar os máximos do PSI 20. Por isso, e porque não houve ainda uma correcção significativa, é de esperar que ocorra uma tomada de mais-valias”, alertou Ricardo Silva, analista do Bigonline, que destaca ainda o facto das subidas das últimas semanas terem sido suportadas pela liquidez acima do habitual.

Para o analista técnico Filipe Garcia, da IMF-Informação de Mercados Financeiros, o facto da barreira dos 8000 pontos ter sido batida não implica que a tendência de subida se mantenha, até porque existem outras barreiras: “A banda de 3% entre os 8000 e os 8230 pontos é uma zona de resistência de médio prazo. Estando já a negociar nestes níveis, é natural que, apesar da tendência ser positiva, o índice tenha dificuldade em passar esta resistência e se assista a uma correcção”, explica. O suporte de curto prazo situa-se nos 7875 pontos.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 1/2/2005 11:52

Bolsa
BPI aplaude pagamento de dividendos na Media Capital

DE


O BPI considera positiva a intenção da Media Capital em distribuir dividendos ou recomprar acções para remunerar os accionistas caso não surjam boas oportunidades de investimento este ano.

Os analistas do banco, que mantiveram o preço-alvo do título nos 5,95 euros, consideram que os investidores devem manter as acções do grupo de media, liderado por Pais do Amaral
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 1/2/2005 11:51

Media
Lusomundo integra grupo PT desde 2000

C.V.F.


O grupo Lusomundo entrou para o universo da Portugal Telecom (PT) em Novembro de 2000.

Foi nesta altura que a PT Multimédia comprou à Cinveste, ‘holding’ familiar representada por Luís Silva, 58% da Lusomundo, que junta assim aos 42% adquiridos em Abril do mesmo ano. Desde 1990, que a Lusomundo detinha já os principais títulos: Diário de Notícias, Jornal de Notícias.

O Jornal de Notícias foi o primeiro jornal a ser adquirido pela Lusomundo (em Julho de 90), ficando o grupo Lusomundo/Gesgráfica/Freitas Cruz com uma posição de cerca de 70%.

Um ano depois, o grupo compra o Diário de Notícias, o último título do Estado a ser privatizado, a 15 de Maio de 1991. Nesta altura, entre os concorrentes à compra do DN encontravam-se, além dos trabalhadores, a Pronotícia, cooperativa composta maioritariamente por jornalistas e que liderava outras duas cooperativas interessadas no diário - a Plurinotícias e a Noticoop -, Pinto Balsemão e alguns membros do sector financeiro.

A TSF, comprada a uma cooperativa de jornalistas – liderada por Emídio Rangel –, iniciou as emissões na década de 80. Posteriormente, a estação de rádio foi comprada pelo coronel Luís Silva, passando assim a integrar o grupo Lusomundo.

Em 2000, Luís Silva venda os três títulos à PT Multimédia, num negócio que rondou os 89,6 milhões de contos (438 milhões de euros). Na operação, Luís Silva comprometeu-se a aplicar o dinheiro da venda da Lusomundo, na compra de acções da PT, tornando-se num dos accionistas de referencia do grupo de telecomunicações, com cerca de 2,5%.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 1/2/2005 11:50

Cambial
Euro com subida cautelosa

DE


A moeda única europeia registou ontem uma ligeira valorização face à divisa norte-americana.

Ao final do dia, o euro transaccionava-se a 1,305 dólares, contra os 1,3041 dólares registados no final da semana passada. Os analistas sublinharam que a evolução da divisa europeia e da generalidade das moedas internacionais será cautelosa até que tenham lugar as reuniões da Reserva Federal norte-americana, na quarta-feira, e dos ministros das Finanças dos sete países mais industrializados do mundo, agendada para o fim-de-semana.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 1/2/2005 11:50

No Financial Times
Era digital ‘baralha’ sector da electrónica

Financial Times


As margens operacionais na indústria de equipamento electrónico começam a parecer-se com um televisor de ecrã plano.

A Sony, em tempos líder do sector, não espera alcançar mais de 1,5% este ano. Na semana passada, os concorrentes da Sony fizeram acompanhar o ‘profit warning’ do grupo japonês por uma litania de expectativas frustradas e pelo acentuado declínio nas vendas ao longo do ano transacto. Na Coreia do Sul, a LG Electronics registou uma quebra nos lucros operacionais de 50%. É motivo para perguntar se a era digital “estragou o jogo” aos fabricantes asiáticos.

As pressões em torno das margens evocam os tempos dos televisores clássicos - grandes e pesados. Segundo dados do CSFB, nem sequer o rebentamento da bolha da internet, em 2000, impediu os sete maiores fabricantes japoneses de manter as margens operacionais nos 4%. Quer isto dizer que, se não incluirmos a Funai Electric - um fabricante que fornece equipamento de marca branca à América do Norte -, a média desce abaixo dos 3%? A Sony nem sequer atingiu esta “barreira psicológica”. Com efeito, prevê-se que, este ano, esses seis fabricantes apenas cheguem aos 3%.

A tecnologia digital veio, assim, agravar problemas antigos, como a concorrência e a sobrecapacidade, a que se juntaram novas dificuldades. Com a crescente estandardização das partes, é cada vez mais difícil falar de uma boa prestação das marcas. A Sony descobriu isso mesmo, aliás. Ou seja, que o acesso mais fácil às diferentes partes tem reduzido o ciclo produtivo. Alguns equipamentos de audiovisual cedem, hoje, lugar a novos modelos nos escaparates das lojas a cada seis meses, antecipando em vários meses o fim do ciclo e reduzindo ainda mais as margens.

A deflação dos preços é, todavia, o fenómeno mais gritante. O preço de leitores de DVD e de televisores de ecrã plano caiu entre 30 a 40% no ano passado, o que impediu o aumento das receitas. Além disso, é também mais difícil reduzir custos, ao fim de longos anos de reestruturação. A indústria despediu, nos últimos anos, milhares de trabalhadores e, actualmente, cerca de um quinto dos produtos da Sony é fabricado na antiga Japan Asia.

Noutras indústrias, designadamente a de PCs, os produtos brancos, o seu curto “prazo de vida” e a queda dos preços acabou por conduzir à consolidação. No Japão, porém, é pouco provável que questões de ordem estrutural resultem num processo semelhante, embora isso possa acontecer, até certo ponto, através da consolidação de ‘joint ventures’. No entanto, se o Japão quiser manter-se na “crista da onda” da electrónica, é vital que aposte numa abordagem mais dinâmica e atenta à evolução da indústria.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 1/2/2005 11:49

Comentário de bolsa
Bolsas europeias no máximo dos últimos dois anos e meio

Pedro Ferreira Esteves


Eleições no Iraque e reanimação da actividade de fusões e aquisições na base dos ganhos.

Os índices que reúnem os papéis de maior capitalização na Europa atingiram ontem o seu valor mais alto desde meados de 2002, com os investidores animados com o desenrolar do processo eleitoral no Iraque, bem como com os sinais provenientes do sector empresarial nos EUA.

O índice pan-europeu FTSEurofirst 300, que reúne as maiores capitalizações europeias, o britânico Footsie 100 e o parisiense Cac-40 negociaram no seu máximo desde Junho de 2002. Já o espanhol Ibex-35 renovou o seu valor mais elevado desde Junho de 2001. Em linha com este comportamento esteve, também, a bolsa de Lisboa, que atingiu o seu máximo desde 2001 e fechou em Janeiro com o melhor comportamento no conjunto das principais praças europeias (ver página 4).

Na base das subidas verificadas ontem nas bolsas europeias e norte-americanas, que seguiam a ganhar à volta de um ponto percentual, esteve o processo eleitoral no Iraque. O facto de ter decorrido com uma participação acima das expectativas e de não terem acontecido actos terroristas que colocassem em causa a conclusão do processo, descansou os investidores.

Desde que se iniciou em Março de 2003 a ofensiva militar no Iraque, liderada pelas tropas dos EUA, que a evolução da situação naquele território tem constituído uma importante fonte de pressão sobre os mercados internacionais, em especial devido ao impacto no petróleo.

Muitos analistas acreditam agora que as eleições poderão representar o início de uma nova fase no Iraque, com impacto significativo no mercado petrolífero. Neste contexto, o preço do crude nos mercados internacionais sofreu ontem um recuo para o seu nível mais baixo em duas semanas, num movimento alimentado igualmente pela decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em deixar a sua quota de produção inalterada. Esta descida funcionou, igualmente, como um suporte às subidas das bolsas internacionais.

Outro dos factores que ajudou as bolsas europeias e norte-americanas a encerrarem em alta foi a actualidade em vários sectores chaves. O Citigroup anunciou que pretende vender a sua unidade de seguros à Metlife. Esta notícia contribuiu para entusiasmar os investidores a comprarem títulos do sector bancário dos dois lados do Atlântico, animados com a perspectiva de novos movimentos de consolidação no sector.

Outros sectores como o retalho ou media foram alvo de especulação em torno de operações de fusões e aquisições na Europa, enquanto que, nos EUA, o sector das telecomunicações valorizou significativamente com a notícia de que a SBC irá comprar a gigante AT&T.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 1/2/2005 11:48

Parceria com o BPI limita expansão da Allianz no ramo Vida

Maria João Gago


Produção vida diminuiu em 2004 porque a companhia não vende produtos financeiros na rede do seu parceiro bancário.

A capacidade de expansão da Allianz está condicionada pelo facto de a seguradora não vender seguros financeiros na rede do seu parceiro BPI, admite o seu presidente. Ainda assim, Pedro Seixas Valle está confortável com a parceria que quer reforçar em 2005. A companhia está a estudar comprar ou lançar uma seguradora telefónica.

Como correu 2004?
O volume de prémios totalizou 400 milhões de euros, um bocadinho abaixo do previsto, mas que nos satisfaz tendo em conta o enquadramento externo, que não foi o mais favorável e condicionou a economia portuguesa. Por outro lado, considerámos que 2004 seria o ano de uma aposta mais intensa nos lucros.

Como evoluíram os resultados?
Ainda não temos dados finais, mas são valores significativamente melhores do que os de 2003, em que os resultados se fixaram em 13 milhões de euros.

Como explica que os prémios do ramo vida tenham diminuído?
No não vida crescemos ao mesmo ritmo do mercado e no automóvel e nos acidentes de trabalho progredimos acima do mercado.

Mas o sector cresceu sobretudo no ramo vida…
A Allianz não vende produtos financeiros através do canal bancário. A maior parte do crescimento dos produtos financeiros é feito à custa dos produtos de poupança pura, comercializados sobretudo através dos bancos. Nessa área não temos uma colaboração com o BPI como noutros produtos. Estamos sempre numa posição desfavorável, à partida.

Neste caso, a Allianz foi penalizada pela parceria que tem com o BPI?
A Allianz só é beneficiada por ter uma parceria com o BPI.

Mas é penalizada pelo facto dos produtos financeiros estarem excluídos?
Exactamente. Mas não é a parceria que nos penaliza. Há uma excelente relação com o BPI. A Allianz não tem é uma capacidade de expansão que outras empresas podem ter e isso reflecte-se nos números.

Faria sentido rever as condições da parceria?
Não.

Nem com a entrada em Portugal do Fortis, especialista em ‘bancassurance’?
Não tem sido objecto de discussão. Ambas as partes compreendem as razões por que, há nove anos, o acordo foi feito assim. O que não quer dizer que não possa ser mudado. Da parte da Allianz, essa situação pode trazer alguma expressão numérica menos significativa, mas não condiciona a evolução da empresa.

Não está desconfortável com a parceria?
Não quer dizer que não gostasse, mas não estou desconfortável.

Gostava de vender produtos financeiros no BPI?
O acordo estabelecido na altura foi outro.

Com a entrada do Fortis, 2005 será um ano muito diferente para a Allianz?
A entrada da Fortis como parceira do BCP não altera grandemente a estratégia da Allianz. Em 2004, o BCP alterou a sua orientação no domínio dos seguros. Dessa alteração resultam duas coisas importantes. Primeiro, um nível de concentração num grupo português de uma parte significativa do mercado. Em segundo lugar, a entrada em Portugal, em parceria com o BCP, de uma empresa com prestígio internacional e experiência no ‘bancassurance’.

Como é que a Allianz olha para essas situações?
Relativamente ao facto de a CGD passar a ter uma posição muito significativa no mercado devemos estar atentos. Na nossa análise, é um factor externo negativo a ter em conta. Mas temos meios para enfrentar essa realidade. A Fortis pode introduzir inovações e modelos de actuação diferentes a que estaremos atentos e vamos reagir.

Quais são os objectivos da Allianz para este ano?
A ideia é ter um crescimento com significado no volume de negócios, sendo o objectivo atingir os 445 milhões de euros. Queremos continuar a combinar de forma coerente crescimento com rendibilidade, dando mais ênfase ao crescimento em 2005. Para isso, vamos reorganizar as nossas redes comerciais, intensificar a nossa relação com o BPI, lançar alguns produtos e reforçar a nossa posição nos seguros de saúde. Toda a companhia se vai focar mais no cliente, por exemplo, através do alargamento da certificação de qualidade, já obtida no automóvel, a outras áreas.

Como vão intensificar a relação com o BPI?
Estamos a estudar, em conjunto, como é que podemos melhorar a eficácia da colaboração, lançando produtos novos e procurando que os clientes se mantenham na Allianz depois de terminado o contrato com o BPI – por exemplo, renovando o seguro multiriscos após o fim do crédito à habitação. Queremos lançar um produto de saúde na rede BPI.

Não vendem o vosso produto de saúde no BPI?
Não e já temos 120 mil clientes. Este tipo de produtos tem tido boa adesão por parte dos clientes dos bancos. Chegou o momento de estudarmos em conjunto como fazer o mesmo.

A Allianz vai reduzir no BPI de 9% para 5%?
Não tenho autoridade para comentar esse assunto.

Vão crescer com aquisições em 2005?
É um assunto que, se se colocar, terá de ser concertado com os accionistas.

Por imposição da Concorrência, a Caixa Seguros tem de vender a Seguro Directo, lançada pelo BCP. Interessa à Allianz?
Estamos, internamente, a analisar essa situação. Estávamos a fazer essa reflexão independentemente da operação da Caixa.

Se não comprarem podem lançar uma seguradora telefónica?
Já estávamos a fazer essa reflexão. O facto de a Seguro Directo estar no mercado é apenas um elemento de reflexão adicional.

Estão previstas alterações na rede de agências e mediadores?
Fizemos um processo de reestruturação comercial nos últimos três anos, com uma aposta em agentes profissionais e exclusivos e numa redução do número de delegações. Para o futuro, apostamos decididamente em agentes que possam estar, cada vez mais, ligados à companhia, seja de uma forma exclusiva seja de uma forma muito profissional. Estamos a pensar em novas descentralizações de funções, aliviando as operações internas e reforçando a focalização no cliente.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 1/2/2005 11:47

Mota avança com dispersão para amortizar compra da Engil

Alexandra Noronha


Em causa está o esforço financeiro resultante da aquisição e incorporação da Engil.

A Mota-Engil está a realizar uma operação de dispersão de capital para amortizar a dívida contraída com a compra da Engil em 2000, avançou ao DE o presidente da construtora, António Mota. “Isto era uma operação que já estava prevista e que vai permitir à família pagar o endividamento contraído nessa altura, bem como entrar, a curto prazo, para o índice PSI 20”, explicou, frisando que, depois de concluída a operação, o ‘free float’ da empresa, que era de cerca de 10%, vai aumentar para 36%.

Em comunicado enviado pelo grupo à CMVM, os accionistas maioritários da empresa informaram que as sociedades, controladas pela família Mota, “Vallis, SGPS, SA e a Algosi, Gestão de Participações Sociais, SGPS, contrataram a UBS e o BES Investimento para proceder a uma oferta particular, sujeita a condições de mercado, de um lote de até 45 milhões de acções da Mota-Engil, SGPS”. Cada uma das sociedades detém uma participação de 19,37% na estrutura accionista da empresa.

Para já, os responsáveis da Mota-Engil não têm um valor para as acções a colocar, visto que, de acordo com Eduardo Rocha, representante para as relações com o mercado, “abriu agora um período em que as instituições bancárias (UBS e BES Investimento) estão a receber ordens de investidores e só daqui a uns dias teremos o preço definido”. O responsável afirma-se optimista quanto ao resultado da operação, na medida em que “existe um elevado nível de procura”, salientando que este processo vai permitir à empresa aumentar a liquidez significativamente, facto essencial para a entrada no principal índice da bolsa portuguesa. Outro objectivo, de acordo com os responsáveis, é aumentar a visibilidade de uma empresa que “vai manter em Portugal os centros de decisão e competência”, salienta António Mota.

A operação de dispersão de capital estava anunciada “há muito tempo” e esperou até ao momento em que as acções da Mota-Engil atingissem um valor que fosse do agrado dos principais accionistas.

De acordo com os responsáveis da construtora, a primeira fase da operação deverá estar concluída antes do fim da semana, altura em que já será possível estabelecer o preço de cada acção e calcular o montante a que vai ascender a operação.

Lucro cresceu em Setembro
A Mota-Engil registou, no terceiro trimestre do ano passado, um lucro de 17,1 milhões de euros, o que representou uma subida de 62% face a igual período de 2003. Os proveitos operacionais foram de milhões de euros, o que representa um crescimento de 22% em termos homólogos, com o EBITDA a crescer para 91,2 milhões, mais 14% do que nos primeiros nove meses de 2003.

Quanto ao endividamento, verificou-se uma redução de 40 milhões de euros face a igual período de 2003.

A empresa atribuiu os resultados “à ‘performance’ da generalidade das associadas da área de construção, quer em Portugal quer nos mercados externos”.

Operação pode atingir 112,5 milhões

Os analistas da Caixa BI calculam que, se a emissão for realizada com o valor actual das acções da Mota-Engil, “ascenderá a 112,5 milhões de euros” (2,5 euros por acção), salientam em nota divulgada ontem. A Caixa BI aponta para que a capitalização do título pode chegar aos 500 milhões de euros. Nuno Matias, da Big Online, explicou ao DE que, com esta operação, o título “aumenta a liquidez e a visibilidade da empresa” e aponta “a entrada no PSI 20” como possível explicação para o ‘timing’ da operação.

O BPI, por seu turno, considera que o mercado tem apetência pelas acções do grupo, cujo valor, diz, ronda os 1.252,6 milhões de euros. Com a generalidade dos analistas a conciderar que a operação deverá ser realizada em torno dos 2,5 euros por acção, o papel fechou ontem a cair 2,8%, para os 2,43 euros. Para Nuno Matias, esta operação resultará num preço por acção muito semelhante ao que as acções da Mota-Engil apresentam neste momento.

Cronologia da fusão


23 de Julho de 1999
A Algosi e a Vallis, duas empresas instrumentais do universo da família Mota, lançaram uma Oferta Pública de Aquisição sobre a Engil.


Início de 2000
Começa o processo de fusão da Mota com a Engil, que originaria a Mota-Engil.


Abril de 2000
Levantam-se as primeiras suspeitas de ‘inside trading’ no processo da OPA, depois do administrador da Valis, Carlos Magalhães Pinto, ter comprado mais de 47 mil acções da Engil, entre os dias 19 e 23 de Julho de 1999.


Final de 2003
Mota conclui processo de fusão com a Engil.


27 de Janeiro de 2004
Carlos Magalhães Pinto é condenado a pagar uma multa de 63 mil euros pela prática de crime de abuso de informação privilegiada. Este montante representa metade das mais valias que obteve com a compra de acções da Engil.


Maio de 2004
Mota anuncia a intenção de comprar uma empresa de média dimensão em Espanha.


21 de Janeiro de 2005
Notícias na imprensa dão conta da proximidade da dispersão de capital da Mota-Engil, já anunciada há muito tempo. O montante rondaria os 100 milhões de euros.


31 de Janeiro de 2005
Mota-Engil anuncia que a Vallis e a Algosi colocaram uma oferta privada de venda, intermediada pela BES e UBS, que ascendia a 45 milhões de acções. O momento foi escolhido quando a cotação era da preferência dos accionistas.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

por marafado » 1/2/2005 11:36

Indicadores
Investimento das empresas caiu durante cinco anos

Luís Reis Ribeiro


Uma forte revisão em baixa puxou a rubrica até -0,6% em 2004. Este ano deverá subir 6,2%.

O investimento das empresas está a cair há cinco anos consecutivos mas, este ano, deverá disparar mais de 6%, indicou ontem o INE, que aproveitou para rever em baixa “significativa” o andamento do indicador em 2004. Em 2005, contudo, a criação de emprego deverá cair, admitem os empresários contactados.

Ao invés, o Banco de Portugal tem uma projecção de 1,7% para o investimento total em 2005. A componente privada deverá liderar esta dinâmica, com uma subida de quase 3%, mais do que compensando o contributo negativo que é esperado para o investimento público.

De acordo com o inquérito semestral, o investimento empresarial sofreu uma contracção de 0,6% no ano transacto, quando no estudo anterior (datado de Julho), as estimativas apontavam para uma expansão na ordem dos 5,6%. No final de 2003, a previsão para o investimento do ano seguinte era mais conservadora, fixando-se em apenas 1,4%.

O INE não explica o porquê destas alterações e, até ao fecho desta edição, não foi possível contactar o técnico responsável pelas estatísticas. Em todo o caso, as diferenças poderão resultar do facto destes inquéritos espelharem as intenções de investimento assumidas pelos empresários, que nem sempre se traduzem em decisões efectivas de investimento. O INE repara que a quebra de 0,6% é um “interrupção” na tendência de forte contracção de 2002 e 2003. Segundo o INE, em 2005, o cenário de investimento será apoiado por cinco grandes sectores. O ramo das ‘utilities’ (electricidade, água e gás) deverá liderar com um reforço de 28,1%, logo seguido do sector dos transportes, armazenagem e comunicações, que poderá avançar 18,7%. A área de alojamento e restauração e as actividade financeiras deverão melhorar 16,4% e 13,3%, respectivamente. O sector imobiliário prosseguirá o seu ajustamento em baixa, com um agravamento da tendência negativa até -22,8%.

O INE mostra que, este ano, as empresas de menor dimensão (menos de 50 trabalhadores) voltam a ser amplamente penalizadas pelo recuo nas intenções de investimento (a quebra será em torno dos 20%), ao passo que as maiores companhias (500 trabalhadores ou mais), cujo peso no total é de quase metade, vão conseguir reforçar (15,3%).

As empresas recorrem “principalmente” ao auto-financiamento, modalidade que representou quase 57% do total em 2004, número que deverá repetir no final do corrente ano, fez saber o INE.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59

Sonae e PT empurram bolsa para máximo desde 2001

por marafado » 1/2/2005 11:32

Optimismo Regressa à Bolsa
Sonae e PT empurram bolsa para máximo desde 2001

DE


O índice PSI-20 bateu ontem a barreira dos 8.000 pontos, um marco que o principal índice bolsista não alcançava desde Novembro de 2001, depois de um mês de Janeiro em que apresentou um dos melhores desempenhos do conjunto dos principais mercados europeus e internacionais.

O crescimento do Euronext Lisboa deve-se, em grande parte, ao forte desempenho dos títulos dos grupos Portugal Telecom e Sonae. Desde Setembro de 2002, os títulos da Sonaecom subiram quase 250% e os da PT Multimédia 233%. O crescimento próximo dos 57% da bolsa portuguesa desde que “bateu no fundo”, em finais de Setembro de 2002, ultrapassa o registo obtido pelas praças de Londres, Paris ou Frankfurt no mesmo período.

Apesar desta escalada da bolsa portuguesa, os analistas recomendam cautela. Por um lado, algumas empresas já estão em níveis que não justificam mais investimento. Por outro, os analistas referem que não existem razões macroeconómicas e políticas que sustentem a valorização do índice.

Razão da alta

Rumores de concentração em alguns sectores com maior peso no índice

Decisão de venda da Lusomundo Media

Reestruturação concluída em várias empresas.

Riscos

Empresas em níveis que não justificam mais investimento

Situação macroeconómica e política complicada

Especulação em torno de empresas cotadas.
 
Mensagens: 3433
Registado: 5/10/2004 16:59


Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: As_paus , Dragon56, Google Adsense [Bot], Goya777, Kooc, latbal, leao, m-m, MADxMAX, malakas, maturidade, Mr.Warrior, MR32, Nuno V, nunorpsilva, O Magriço, OCTAMA, Opcard33, PAULOJOAO, Phil2014, PMP69, Simplório, tami, trend=friend, yggy e 31 visitantes