Caldeirão da Bolsa

Vai um choquezinho?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por R_Martins » 29/1/2005 0:32

JCS Escreveu:Li com atenção o seu post e concluo que está tudo a ir no barco sem saber o "como".
A campanha oficial ainda não começou e espero que o debate (ou "os debates", assim espero) entre os dois principais candidatos me libertem de certas duvidas (confesso que não sou de extremos). Devo confessar que noto um certo "mal estar" do Sócrates nos "frente a frente", mas não consigo compreender porquê... Porquê tanta "insegurança" para debates olhos nos olhos com Santana Lopes (não está este fragilizado)?. Desilude-me pensar que Sócrates está já na sua arrogância de se escudar na segurança de um estado de graça devido à fragilidade de Santana Lopes. Não deveria ser assim. Deveria tirar as dúvidas quantas vezes vossem necessárias para que ninguém pudesse apontar o que quer que seja.

PS: Não apreciei nada a conotação (leia-se apoio) de Guterres a Sócrates... Surgiram-me certos receios sobre o que poderá aí vir (afinal os "Cravinhos" serão os mesmos). Acho que precisamos de um "Choque político". Venham daí debates...

JCS


Caro JCS

Diz:

«A campanha oficial ainda não começou…» e então já chamaram ao homem aquele nome que os mais robustos chamam aos mais frágeis na escola? Ainda a festa não começou…
Claro que o homem só pode sentir mal estar, imagine que nas horas vazias do parlamento e ou dos tais debates a dois na televisão, estes dois , depois de uns copos, penso que eles também bebem e sobretudo de borla na Televisão, se tenham por descontrole emocional, ou até alguma confiança desnecessária, contado coisas do fundo da alma dos vícios privados. Não será que poderiam recorrer a muitas insinuações?...
«Venham daí debates...» Respeito o seu pensamento, devo no entanto dizer que prefiro futebol inglês…não lhe o sugerindo a sí obviamente.
« Surgiram-me certos receios sobre o que poderá aí vir (afinal os "Cravinhos" serão os mesmos). » Então eu pergunto-me: O que poderá ai vir, pior do que já tivemos, temos hoje e teremos no futuro? Só um inverno sem chuva como nos está a suceder.
Olhe que eles são todos iguais…
R. Martins
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e...

por Visitante » 28/1/2005 16:55

é a ultima vez que vota...pois o slogan era :
" a arma é o voto do Povo

PSR , UDP, Fascistas (99% da população) para o Campo Pequeno ,Otelo, Tomé ,Nacionalizações ,Bombas, assaltos, mortos, saneamentos etc etc etc não se lembram ???ou não sabem???

para mim é o máximo de politização deste povo depois de 30 anos de democracia:

" Estou indeciso entre o CDS e o BE".....

o Senhor deve ser o PRof Freitas do Amaral não?!!!

um abraço
mcarvalho
Visitante
 

......

por andraderui » 28/1/2005 16:46

Santana critica sondagens, apesar do PSD ter um cartaz dedicado ao tema (Fotomontagem) Quanto mais Santana criticar, «pior resultado terá»
28-01-2005 15:00
André Pinto e Judite França

Porque eleitorado PSD pode «seguir» o líder e recusar-se a responder. Empresas reagem às suspeitas de mega-fraude e recordam que Santana foi coordenador de um centro de sondagens

As empresas de sondagens não gostaram das críticas de Santana Lopes. «Estranho que quem esteve no mercado venha agora lançar um estigma sobre a actividade, quando não o fez quando esteve lá», disse a Associação Portuguesa das Empresas dos Estudos de Mercado e Opinião (APODEMO) ao PortugalDiário.
 
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por MSM » 28/1/2005 16:43

Meu caro,

Cada um vota onde quer, mas eu acho curioso a moda do BE. Tem piada ver um partido que é contra tudo o que seja capital, ser defendido por alguém num forúm de bolsa :shock: :shock:
Já agora a base do BE é o PSR. Já alguém tentou saber a linha programática do PSR :?: :?:
Vale a pena ser lida... Saída imediata da NATO, da UE, etc. só para falar de algumas situações. Como é possivle alguém ainda levar a sério um partido como este que não tem ponta por onde se lhe pegue :shock:
MSM
 

por Oquevoufazer » 28/1/2005 16:34

De facto o socrates parece ter receio dos debates com os outros lideres partidarios. o santana está fragilizado pois outra coisa nao poderia estar: levou o país a bater no fundo encontrando-se de momento sem rumo.
o que resta? o cds, a cdu e o be.
nao gosto da cdu por ser um partido que nao pode dar um exemplo de liberdade interna quanto mais a um país inteiro. cdu está fora de questao.
cds e be: embora sejam de polos bem diferentes concordo um pouco com cada um mas acredito muito mais que o be seja de facto a unica alternativa ao guterrismo de socrates.
votarei be. rumo aos 10%
Oquevoufazer
 

........

por andraderui » 28/1/2005 16:27

Líder do PSD promete processar empresas que falhem previsões
Santana diz que "está montada uma mega-fraude" em torno das sondagens
Lusa
Pedro Santana Lopes invocou esta noite as diferenças percentuais nas sondagens para afirmar que "está montada uma mega-fraude em torno desta matéria" e assegurar que processará as empresas que falhem previsões face aos resultados eleitorais.

Falando em Olhão, durante um jantar-comício que reuniu cerca de dois mil militantes, o presidente do PSD recordou os resultados de três sondagens divulgadas esta semana, duas das quais hoje conhecidas e outra que será tornada pública no fim-de-semana.

"Uma delas dá-nos uma diferença de sete pontos para o PS [TNS/Euroteste]; outra dá 11 [Eurosondagem]; e a terceira dá 17 ou 18 [Universidade Católica]. Gostava de saber em qual delas devemos acreditar", disse, acrescentando que "o país é o mesmo, os eleitores são os mesmos e trata-se do mesmo acto eleitoral".

"Qual o país da Europa em que tal diferença seria possível?", questionou, recorrendo ao exemplo das recentes eleições norte-americanas, com pequenas diferenças entre as previsões para Bush e Kerry, para sustentar que "quem trabalha em sondagens sabe que seria impossível" tal contradição nos números.

"Isto demonstra que está montada uma mega-fraude em torno desta matéria", asseverou.

Santana Lopes comparou a situação actual com a que se verificou nas eleições autárquicas de Dezembro de 2001, quando, até dois dias antes do sufrágio, "não houve uma sondagem que desse a vitória ao PSD" em Lisboa.

"Na altura, quando me diziam que era melhor não dizer nada, eu dizia que nós não nos podemos calar com aquilo que manipula, e de denúncia em denúncia lá chegámos a 16 de Dezembro e o povo deu-nos a vitória", disse, defendendo que o mesmo sucederá a nível nacional nas legislativas de 20 de Fevereiro.

"São os mistérios que só dia 20 de Fevereiro poderemos desvendar", afirmou Santana Lopes, garantindo que pedirá responsabilidades e abrirá processos às empresas que tiverem falhado nas previsões.

www.publico.pt
 
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....

por andraderui » 28/1/2005 16:25

• SANTANA LOPES
Gabinete desmente fuga ao fisco
O gabinete do primeiro-ministro garante ser completamente falsa a notícia de que, até há 2 dias, Santana Lopes tinha dívidas ao Fisco. O gabinete desmente, assim, a notícia do jornal «A Capital» que conta que, até quarta-feira, existiam dois processos de execução fiscal sobre Pedro Santana Lopes.

( 14:03 / 28 de Janeiro 05 )

O jornal «A Capital, apoiado em documentos que diz ter consultado e em fontes ligadas ao Ministério das Finanças, noticia esta sexta-feira que, até à 2 dias pendiam sobre Pedro Santana Lopes dois processos distintos de execução fiscal.

Num caso trata-se de uma divida relativa à falta de pagamento do IRS de 1999. Ao todo, são mais de 8 mil euros que deviam ter sido pagos até Agosto de 2003. O sistema informático mostra que, até esta quarta-feira, esse valor ainda não tinha sido liquidado.

O outro processo diz respeito ao IVA. Segundo «A Capital», os documentos da Direcção-Geral dos Impostos mostram que Santana Lopes pagou dívidas ao Estado, relativas à retenção de IVA entre o 3º trimestre de 2002 e o 4º trimestre de 2003, apenas quando tomou posse como primeiro-ministro, em 2004. Ou seja, muito depois do prazo previsto na lei para entrega do IVA cobrado.

Santana Lopes ficava assim sob pena de ser acusado de abuso de confiança fiscal, por reter dinheiro de IVA que cobrou em nome do Estado mas não entregou.

O pagamento dessas dívidas originou uma nova dívida, relativa aos juros do dinheiro que reteve indevidamente, um total de mais de 600 euros de juros que deviam ter sido pagos entre Julho e Setembro de 2004 mas que «A Capital» garante que não tinham sido pagos quarta-feira.

O gabinete do primeiro-ministro nega qualquer divida em atraso ao fisco remetendo uma explicação para a certidão emitida pela Direcção-geral dos Impostos, com data de 27 de Janeiro, a qual assegura que não existem dívidas pendentes em nome do primeiro-ministro português.

Sobre a existência de dívidas de Santana Lopes, quando foi empossado primeiro-ministro, o gabinete do primeiro-ministro diz não ter informações disponíveis sobre o caso.

www.tsf.pt
 
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por JCS » 28/1/2005 16:21

Li com atenção o seu post e concluo que está tudo a ir no barco sem saber o "como".
A campanha oficial ainda não começou e espero que o debate (ou "os debates", assim espero) entre os dois principais candidatos me libertem de certas duvidas (confesso que não sou de extremos). Devo confessar que noto um certo "mal estar" do Sócrates nos "frente a frente", mas não consigo compreender porquê... Porquê tanta "insegurança" para debates olhos nos olhos com Santana Lopes (não está este fragilizado)?. Desilude-me pensar que Sócrates está já na sua arrogância de se escudar na segurança de um estado de graça devido à fragilidade de Santana Lopes. Não deveria ser assim. Deveria tirar as dúvidas quantas vezes vossem necessárias para que ninguém pudesse apontar o que quer que seja.

PS: Não apreciei nada a conotação (leia-se apoio) de Guterres a Sócrates... Surgiram-me certos receios sobre o que poderá aí vir (afinal os "Cravinhos" serão os mesmos). Acho que precisamos de um "Choque político". Venham daí debates...

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Vai um choquezinho?

por luiz22 » 28/1/2005 15:10

28/01/2005 14:04


Ainda miúdo, ganhei para a vida uma visceral aversão: tomadas, cabos descarnados, tudo quanto possa ameaçar descarregar mais de uma inofensiva meia dúzia de volts. Aí nasceu também a veneração que nutro por essa fantástica invenção, as Duracell. Não admira portanto que essa nova e fervilhante moda - os «choques» - me deixe o juízo à beira de um apagão.

Ele foi o choque fiscal. O choque da gestão. O choque das celebridades. Mas o que me andava mesmo a pôr em «pele de galinha» era um tal de Choque Tecnológico. Confesso que andava mortinho por lhe marcar o passo. E lá fui até www.ps.pt, em busca do tal papel que o PS acabara de dar à estampa no passado fim de semana.

«Compromisso de Governo para Portugal, 2005-2009».157 páginas - que, à cautela, alguém avisadamente se esqueceu de numerar, assim dificultando essa coisa de uma qualquer futura força de bloqueio se lembrar de fazer citações daqui a uns oito meses. Lá vem com o slogan de fundo: «Voltar a Acreditar». Afinal, a fé é a última coisa que um homem pode ou deve perder. Temos bíblia - pensei. E logo ia ter o privilégio de ser o sétimo - ou praí perto - a lê-la.

A seguir às Duracell, o Acrobat Reader é outra das maravilhas da modernidade. Um «find» permite constatar que a expressão «choque tecnológico» foi evitada no texto. Curioso. Há só uma única referência à palavra «choque». Mas esse é outro, de parentesco «fiscal». E só lá está em alusão a promessas a que alguém se furtou. Até que... lá se desvenda o mistério. O «choque tecnológico» é, agora, o «PlanoTecnológico». Pois é, ele há que zelar pela reputação. E quem preza a honra não vai cá querer conotações com «choques» de má vida.

Trata-se, em versão-relâmpago, de «Um Plano Tecnológico para uma Agenda de Crescimento». Em 17 «bullets»: 1. Apoiar a criação de 200 novas empresas de base tecnológica; 2. Lançar programa de jovens quadros em gestão/inovação para as PME; 3. Repor benefícios fiscais à I&D das empresas; 4. Introduzir o empreendedorismo como matéria obrigatória no ensino; 5. Generalizar o uso da internetnas actividades educativas; 6. Colocar um curso pós-graduado de gestão (MBA) entre os 100 melhores do Mundo; 7. Duplicar os fundos de capital de risco para projectos inovadores; 8. Triplicar o esforço privado em I&D; 9. Duplicar o investimento público em I&D até 1% do PIB; 10. Triplicar o número de patentes registadas; 11. Criar 1000 lugares adicionais para I&D na administração pública; 12. Generalizar o acesso à banda larga a preços competitivos; 13. Tornar obrigatória a prática experimental em disciplinas científicas e técnicas no ensino básico; 14. Afectar 20% das contrapartidas de compras públicas a projectos de I&D; 15. Repor a autonomia financeira das instituições de investigação; 16. Reforçar o programa Ciência Viva; 17. Reformar os Laboratórios do Estado e contratualizar as suas missões.

A lista, extensa ou nem tanto assim, tanto tem de concreto quanto de vácuo. Duplicares para aqui, triplicares para ali, 200 empresas, 1000 empregos. Anoto apenas, para já, que os ilustres cientistas que estavam no estrangeiro e voltaram para Portugal nos últimos meses podem vir a perder as tais bolsas-dos-100-artigos- publicados. Mas isso é compreensível e desculpável. O resto é que já não é bem assim.

Vejamos. Em que consiste «repor a autonomia financeira das instituições de investigação» ou «reformar os laboratórios do Estado»? Untar as mãos dos mesmos de sempre com os milhões da UE que ainda sobrem? Insistir em modelos totalmente falidos de I&D? Alimentar gordamente as bolsas de compadrio e ineficiência que grassam por essas paragens? Subsidiar a publicação de «papers» científicos com cinco autores em revistas de terceira categoria, redigidos em inglês macarrónico e lidos no mundo inteiro por três enfastiados pares de olhos - incluindo referees?

Duplicar o invest...
 
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