Novo artigo: "A estátua de Jardim"
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O poder de Jardim perdura
31/01/2005 14:03 CN
O poder de Jardim perdura
Só podia ser assim. De surpresa. O anúncio da saída de Jardim Gonçalves da presidência do BCP poderia ter acontecido há quatro anos, há três, enfim uma série de vezes.
Por várias ocasiões se falou da sucessão no BCP, com vários nomes à cabeça. Excepto ultimamente. Nos últimos meses não se falava disso, até porque o BCP tinha trabalho interno para fazer. Não se falava e Jardim Gonçalves fazia por não se falar.
Até que na semana passada surpreendeu com o anúncio de que iria sair da presidência a partir de Março e surpreendeu ao anunciar como sucessor Paulo Teixeira Pinto. Sair nesta altura pode querer dizer duas coisas: uma é que o trabalho de refundação do banco está a entrar em velocidade de cruzeiro e que o pior já passou, a outra é que Paulo Teixeira Pinto já terminou o trabalho de preparação a que, seguramente, foi sujeito. Este ano e o próximo serão a prova.
Jardim Gonçalves, que é sem dúvida um marco no sistema financeiro português, não fica a ver de fora. Será o superintendente do BCP, como presidente do conselho superior que ganha, com a sua presença, uma maior força. Nem precisam de alterar muito os estatutos para que, por inerência, o conselho superior passe a ter maior poder e influência junto da gestão.
É comum dizer-se que ninguém é insubstituível. Este será outro caso para provar que a premissa continua válida, mas também não se pode esquecer que Jardim Gonçalves fundou o banco e liderou-o durante 20 anos... na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Os momentos difíceis e de alguma contestação (que levaram à saída de vários administradores) poderiam ser os argumentos para Jardim Gonçalves dar lugar a outros. Não o fez. Esperou para recompor a situação. Recompôs. E agora viu chegar o momento de sair.
Com a certeza, imagino, de que o seu sucessor não traçará um rumo muito diferente para «o seu» banco.
31/01/2005 14:03 CN
O poder de Jardim perdura
Só podia ser assim. De surpresa. O anúncio da saída de Jardim Gonçalves da presidência do BCP poderia ter acontecido há quatro anos, há três, enfim uma série de vezes.
Por várias ocasiões se falou da sucessão no BCP, com vários nomes à cabeça. Excepto ultimamente. Nos últimos meses não se falava disso, até porque o BCP tinha trabalho interno para fazer. Não se falava e Jardim Gonçalves fazia por não se falar.
Até que na semana passada surpreendeu com o anúncio de que iria sair da presidência a partir de Março e surpreendeu ao anunciar como sucessor Paulo Teixeira Pinto. Sair nesta altura pode querer dizer duas coisas: uma é que o trabalho de refundação do banco está a entrar em velocidade de cruzeiro e que o pior já passou, a outra é que Paulo Teixeira Pinto já terminou o trabalho de preparação a que, seguramente, foi sujeito. Este ano e o próximo serão a prova.
Jardim Gonçalves, que é sem dúvida um marco no sistema financeiro português, não fica a ver de fora. Será o superintendente do BCP, como presidente do conselho superior que ganha, com a sua presença, uma maior força. Nem precisam de alterar muito os estatutos para que, por inerência, o conselho superior passe a ter maior poder e influência junto da gestão.
É comum dizer-se que ninguém é insubstituível. Este será outro caso para provar que a premissa continua válida, mas também não se pode esquecer que Jardim Gonçalves fundou o banco e liderou-o durante 20 anos... na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Os momentos difíceis e de alguma contestação (que levaram à saída de vários administradores) poderiam ser os argumentos para Jardim Gonçalves dar lugar a outros. Não o fez. Esperou para recompor a situação. Recompôs. E agora viu chegar o momento de sair.
Com a certeza, imagino, de que o seu sucessor não traçará um rumo muito diferente para «o seu» banco.
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Visitante
Poís é...
Com o sangue dos outros, toda a gente faz omoletas!
É o significado do Eng. Jardim em relação a muitas pessoas... funcionários principalmente, clientes pequenos/médios e de algum modo accionistas!
Se analizarmos a cotação do BCP numa perspectiva de accionista "Stock Holder" (investidor de referência a longo prazo) verificamos que a cotação do BCP a 30-Dez-1988 estava a 1.00€ e verificamos que agora a 27-Jan-2005 a cotação está somente a 2.02€.
1) Uma valorização de 100% em 16 anos é francamente mediocre!
2) Se contarmos com os aumentos de Capital, não é francamente animador... (embora não tenho esse cálculo)
3) E o mal-estar dos funcionarios (excepto alguns) sempre foi a matriz do grupo.
Filosofia de gestão que no estrangeiro, na maioria dos paises mais desenvolvidos do que Portugal, não é vista com bons olhos...
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Implácavel
Jardim Gonçalves
Para mim, como accionista, tem sido um péssimo lider/gestor, por isso deixo as minhas homenagens para outros que, embora mais discretos, têm sabido gerir as "suas" empresas mais de acordo com os designios dos accionistas, e por favor não me venham falar de assembleias gerais onde tudo (ou nada) se decide e em que a parte é maior que o todo.
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Visitante
Sobre a ideia de unir todos os bancos num só Millennium BCP, apenas vejo um senão, demorou muito tempo a perceber que isso traria muitas vantagens.
A operação foi estudada e lembro-me de ouvir alguem bem colocado no BCP que essa mudança trazia grandes ganhos para o grupo BCP.
Apenas um exemplo em Cascais num espaço de 300m haviam 4 ou cinco 5 agencias do grupo BCP...
A operação foi estudada e lembro-me de ouvir alguem bem colocado no BCP que essa mudança trazia grandes ganhos para o grupo BCP.
Apenas um exemplo em Cascais num espaço de 300m haviam 4 ou cinco 5 agencias do grupo BCP...
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Visitante
Estátuas há muitas.....
E o que dizer de um administrador que no espaço de 2 anos teve que fazer tantos aumentos de capital correspondentes práticamente á capitalização bolsista do banco? Onde estavam os olhos do Jardim nos últimos anos que fizeram esquecer os primeiros , e bons anos, do BCP?
A grande vitória do Jardim foi encostar-se ao estado ou a empresas por si dominadas para na hora do desespero ter algum alívio.
O banco aliviou um pouco os seus pesadelos, mas pelo caminho ficaram muitos "aleijados"...e deles não reza a história...porque não convém dizer que todos os portugueses foram contribuintes liquidos para o BCP e para jardim ,que hoje é considerado dos mais ricos cá da nossa gente!
Não é estranho, por isso, que tenha ido buscar um politico para a sua sucessão!
A grande vitória do Jardim foi encostar-se ao estado ou a empresas por si dominadas para na hora do desespero ter algum alívio.
O banco aliviou um pouco os seus pesadelos, mas pelo caminho ficaram muitos "aleijados"...e deles não reza a história...porque não convém dizer que todos os portugueses foram contribuintes liquidos para o BCP e para jardim ,que hoje é considerado dos mais ricos cá da nossa gente!
Não é estranho, por isso, que tenha ido buscar um politico para a sua sucessão!
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Bigodes de Aço
Artigo muito bem estruturado. Concordo em tudo!
A verdade é que Portugal tem uma divida enorme para com este Senhor. Isto é o que se chama um verdadeiro Português. Sempre a alertar os responsáveis e outros banqueiros para a tentativa de diminuir o risco de exposição do seu banco a estrangeiros. Este senhor e também Ricardo Espirito Santo são os verdadeiros bastiões deste nosso cantinho.
Sim, lamento muito não haver mais portugueses iguais.
Quanto à sucessão para um homem da Opus... não me preocupa nada e nem isso terá relevância significativa. Como sabem esta instituição pauta-se pelos valores do trabalho arduo, dedicação pessoal e por inteiro à profissão no sentido de melhorar o mundo e aquilo em que acreditamos. Claro, tem outros rituais que são criticáveis mas...
A verdade é que Portugal tem uma divida enorme para com este Senhor. Isto é o que se chama um verdadeiro Português. Sempre a alertar os responsáveis e outros banqueiros para a tentativa de diminuir o risco de exposição do seu banco a estrangeiros. Este senhor e também Ricardo Espirito Santo são os verdadeiros bastiões deste nosso cantinho.
Sim, lamento muito não haver mais portugueses iguais.
Quanto à sucessão para um homem da Opus... não me preocupa nada e nem isso terá relevância significativa. Como sabem esta instituição pauta-se pelos valores do trabalho arduo, dedicação pessoal e por inteiro à profissão no sentido de melhorar o mundo e aquilo em que acreditamos. Claro, tem outros rituais que são criticáveis mas...
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tiopatinhas
Especula-se
Sobre o sucessor, o Senhor Dr. Paulo Texeira Pinto, diz-e que a escolha deve-se ao basto percurso profissional e academica, nomeadamente, enquanto responsavel da assessoria juridca do Centro Corporativ e, especialmente, por ter participado nas operacoes de AQUISICAO, RESTRUTURACAO e INTEGRACAO de diversas instituicoes financeiras, ter exercido responsabilidades em negociacoes SINDICAIS, com saliencia para os ACT do BCP. Para alem disso tem a experiencia governamental e é licenciado em direito. Isto tudo leva a especular um possivel fusao do BCP com outro banco.
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Biana
pois é... é um senhor sem dúvida...mas como lider, entrometeu-se em assuntos q só diziam respeito aos gestores, mts vezes teve actos q deixa qualquer gestor de cabelos em pé. e o grande exemplo disso foi a extinção das marcas mt fortes no nosso mercado,como a novarede, o atlântico; passando tudo a ser conhecido com a marca millennium. Com isto foram gasto milhões de euros, em remodelações e novas infraestruturas, etc e outros mais dificies de quantificar... e mts mais serão, porque já se ultrapassou claramente o orçamento para esta operação, e ela ainda agora começou... O momento para criação da nova identidade, no meu entender não foi o mais correcto, devido á situação do económica do país... daqui a qts anos é q o BCP irá sentir uma mais valia , pelo facto de ter optado uma nova marca?
Mas a forma como esta mudança de liderança foi prepararada, foi um verdadeiro golpe de mestre por parte de Jardim Gonçalves, só veio confirmar o verdadeiro lider q é.
Tlv tenha compreendido finalmente q um lider é bem diferente de um gestor.Numa organização só deverá haver um lider, podendo haver vários gestores e cada um deve saber bem qual as suas funções.
Mas sem duvida um grande Homem para Portugal, e como todos os homens, comete erros...
Mas a forma como esta mudança de liderança foi prepararada, foi um verdadeiro golpe de mestre por parte de Jardim Gonçalves, só veio confirmar o verdadeiro lider q é.
Tlv tenha compreendido finalmente q um lider é bem diferente de um gestor.Numa organização só deverá haver um lider, podendo haver vários gestores e cada um deve saber bem qual as suas funções.
Mas sem duvida um grande Homem para Portugal, e como todos os homens, comete erros...
Mais uma colherada no Caldeirão...
- Mensagens: 533
- Registado: 7/11/2002 23:19
Ulisses, parabéns pelo teu artigo, partilho inteiramente da tua opinião: Não issento de erros que, aliás, soube corrigir embora nunca os reconhecendo abertamente (e estes mais recentes não foram os únicos, lembremo-nos por exemplo do flop que foi a compra hostil da CISF), estamos perante um grande Senhor da economia nacional pós 25 de Abril. Durante muitos anos, e ainda hoje em dia nalguns domínios, o BCP foi quem sistematicamente inovou, por vezes a nível internacional, e induziu mudanças em toda a área da banca, serviços financeiros, seguros, etc.
Coisas que para nós são hoje dados adquiridos dificilmente seriam como são sem o BCP. O seu a seu dono.
Venham portanto mais com a visão, o arrojo e a capacidade de realização que ele demonstrou.
Um abraço
FT
Coisas que para nós são hoje dados adquiridos dificilmente seriam como são sem o BCP. O seu a seu dono.
Venham portanto mais com a visão, o arrojo e a capacidade de realização que ele demonstrou.
Um abraço
FT
"Existo, logo penso" - António Damásio, "O Erro de Descartes"
Novo artigo: "A estátua de Jardim"
Acabei de publicar na Primeira Página o artigo "A estátua de Jardim":
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Ulisses
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Ulisses
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