Caldeirão da Bolsa

Seca pode aumentar preço da electridade

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por marafado » 25/1/2005 2:47

Barreto implica Espanha no chumbo de Bruxelas


O ministro das Actividades Económicas, Álvaro Barreto, afirmou ontem, em Madrid, que Espanha pressionou a Comissão Europeia para que chumbasse o modelo de restruturação do sector energético delineado pelo Governo de Durão Barroso.

Álvaro Barreto confirmou a "pressão" exercida sobre a entidade da concorrência comunitária por "empresas espanholas contrárias ao modelo que o Governo queria ver aprovado" e que passava pela venda do negócio do gás da Galp à EDP e à ENI, de forma a viabilizar a privatização da petrolífera, adiantou a Lusa.

À margem de um almoço promovido pela Câmara Hispano Portuguesa de Comércio e Indústria, que juntou uma centena de empresários, o ministro confirmou que o mercado ibérico de electricidade (Mibel) entrará em operação no final de Junho. Neste momento, a capacidade de interligação entre as redes eléctricas dos dois países é de 1200 megawatts (MW), valor que deverá duplicar até final de 2007.

Álvaro Barreto adiantou, ainda, que os critérios para o licenciamento de centrais de ciclo combinado, em Portugal, serão aprovados "até ao final de Janeiro", de forma concluir o processo "até 15 de Fevereiro", sendo certo que o número de centrais dependerá da capacidade de transporte da rede.
 
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por marafado » 25/1/2005 1:40

comentário cambial
Euro estável contra o dólar



O euro registou, ontem de manhã, uma valorização significativa contra o dólar, arrastado pela notícia de que os bancos centrais estão a aumentar as reservas em euros, mas ao longo da sessão foi perdendo gás. Às 17.00, hora de Lisboa, a moeda europeia cotava-se nos 1,3040 dólares, praticamente inalterado face aos 1,3035 dólares registados à mesma hora de sexta-feira. Durante o dia, a cotação da moeda única oscilou entre um mínimo de 1,3029 dólares e um máximo de 1,3100 dólares. Num dia marcado pela ausência de indicadores relevantes na maior economia do mundo, o euro foi animado pela notícia de que os bancos centrais estão a aumentar a sua reserva em euros em detrimento do dólar, de acordo com uma sondagem a 65 bancos do Royal Bank of Scotland (ver texto em cima). O euro mantém assim a tendência do final da semana passada, em que beneficiou da queda, pela primeira vez em dois meses, do índice de confiança dos consumidores norte-americanos da Universidade de Michigan.
 
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por marafado » 25/1/2005 1:39

Preços à saída das fábricas aumentaram 2,7% em 2004



Os preços à saída das industrias portuguesas aumentaram 2,7% em 2004, e em Dezembro passado cresceram 4,7%, em comparação com o mesmo mês de 2003, de acordo com um inquérito ontem divulgado pelo INE ( Instituto Nacional de Estatística).

Os preços dos bens intermédios - produtos destinados à indústria transformadora - progrediram 3,3% em 2004 e os bens de investimento acabados encareceram 2,1%. O preço dos bens de consumo, à saída da fábrica e destinados ao mercado, agravaram-se 1,6%. Aqui, o destaque vai para os bens de consumo duradouro - como electrodomésticos - com um aumento de preços de apenas 1,0% em 2004, em relação a 2003, enquanto os bens não duradouros registaram crescimentos médios de 1,7%.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, o principal factor de agravamento dos preços à saída da indústria foi a alta no custo da energia. A subida dos preços energéticos é explicada pelos custos ascendentes do petróleo, "contagiando" os custos de transformação fabril e de transportes. Em Dezembro, face ao mesmo mês de 2003, o custo energético junto da indústria subiu 9,4%, segundo os dados ontem divulgados pelo INE.
 
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por marafado » 25/1/2005 1:38

Bancos centrais reduzem peso das reservas em dólares

O euro ganha estatuto de moeda de refúgio, uma tendência com três anos, diz relatório
Arquivo DN-Paulo Spranger

desconfiança. Os mercados estão a penalizar economia dos EUA

Os bancos centrais estão a reduzir as suas reservas em dólares a favor do euro, revelou um inquérito efectuado junto de 65 bancos centrais, que confirmam uma tendência identificada há três anos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Cerca de 70% dos 56 bancos que forneceram informações sobre alterações na composição das suas reservas disseram ter aumentado as posses em euros, de acordo com este inquérito patrocinado pelo Royal Bank of Scotland. Enquanto 52% dos bancos centrais dizem ter reduzido a parte de dólares, apenas nove bancos não referiram alterações ou não responderam, de acordo com o relatório citado pela agência Lusa.

A moeda americana perdeu 7% do seu valor face ao euro no último trimestre de 2004. A 30 de Dezembro, o euro valia 1,3666 dólares, a cotação mais baixa desde o lançamento da moeda única, partilhada pelos doze países da zona euro.

O recuo da divisa norte-americana nos últimos três anos poderá levar a rever a proporção das respectivas reservas detidas em dólares e tornar mais difícil o financiamento do défice da balança corrente norte-americana, observam Robert Pringle e Nick Carver, autores do relatório sobre os resultados deste inquérito. "Os bancos centrais começaram a levar o euro mais a sério", notam estes peritos.

O relatório, ontem divulgado, não indica as razões porque o dólar norte-americano está a perder a corrida como moeda de referência - ou de refúgio -, mas os economistas apontam a fragilidade das contas orçamentais e externas americanas - os chamados défices gémeos - como uma ameaça ao valor do dólar.

Mais de cinco mil milhões de dólares entram diariamente na economia americana, correspondendo a cerca de 75% da poupança mundial. Esta corrente de dólares, ao comprar títulos de dívida americana, financiam os défices gémeos, já que as famílias americanas estão também a aumentar os níveis de endividamento.
 
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por marafado » 25/1/2005 1:37

comentário
bolsa de valores
Bolsa sintonizada com Europa



A Euronext Lisboa encerrou a sessão de ontem a recuperar dos mínimos registados pela manhã, com os principais títulos estáveis e a Cofina a brilhar novamente. Num dia em que o mercado português alinhou o seu comportamento com as restantes praças europeias, a sessão foi calma, antecipando o dia de hoje, que será cheio de resultados e indicadores económicos. O índice PSI-20 perdeu 0,13%, para 7 861,05 pontos, com o BCP, a EDP e a Portugal Telecom (PT) a fecharem inalterados aos níveis de sexta-feira, nos 2,04 euros, 2,24 euros e 9,40 euros, respectivamente. O maior banco privado português apresenta hoje os seus resultados de 2004, com um grupo de analistas, citados pela Reuters, a apontar para um crescimento dos lucros entre 476 e 507 milhões de euros, contra 438 milhões em 2003. A Cofina voltou a ser a estrela da sessão, com um novo máximo desde Março de 2000, nos 4,27 euros, depois do seu presidente ter anunciado à TSF o seu interesse em adquirir a totalidade da Lusomundo Media. As bolsas europeias variaram entre uma subida de 0,19% e uma queda de 0,39%. Os investidores revelaram alguma expectativa em relação a dados que vão ser divulgados hoje, como sejam os números da Texas Instruments, da McDonald's e da Infineon.
 
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por marafado » 25/1/2005 1:36

mercado de capitais
BES pode assumir gestão de fundo do Banco Santos



O Banco Espírito Santo (BES) poderá assumir a administração do fundo Credit Yield, com um património de 159,1 milhões de euros (560 milhões de reais), noticiou ontem o jornal Gazeta Mercantil. A administração do fundo Credit Yield é feita actualmente pelo Banco Santos, instituição brasileira que está sob o controlo do Banco Central do Brasil, desde Novembro de 2004, depois de apresentar problemas de gestão.

Segundo o jornal brasileiro, os investidores do fundo reuniram-se com a direcção do BES na passada sexta-feira, para avaliar a transferência da administração do Credit Yield para o banco português.

"A nossa motivação deve-se mais ao interesse em ganhar espaço no mercado do que a obtenção de lucro", disse o director do BES, Marco Aurélio Grillo de Brito. Informou ainda que o BES estuda apresentar ao Banco Central proposta para assumir o controlo de outros fundos sob responsabilidade do Banco Santos.
 
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por marafado » 25/1/2005 1:35

Aumento pode chegar a 20%
Frio faz subir consumo



A EDP prevê que o aumento dos consumos de electricidade, neste período, como consequência da vaga de frio possa chegar aos 20%, disse ao DN fonte oficial da empresa (ver também páginas 20 e 21). Segundo a eléctrica portuguesa, desde sexta-feira passada já se verificou um disparo dos gastos de electricidade da ordem dos 10%. No entanto, a empresa garante que não haverá problemas de abastecimento. "Temos inclusivamente planos de contingência, mas neste caso nem sequer deverá ser necessário accioná-los" salienta a mesma fonte. Contudo, a empresa alerta "É aconselhável que os clientes tenham em atenção as potências contratadas nas suas instalações para que estas não entrem em sobrecarga, devendo gerir de forma equilibrada os aparelhos em funcionamento".
 
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por marafado » 25/1/2005 1:35

Rede energética é incapaz de suportar as sete centrais

Arquivo DN

Racionar. Ministro tem 7 pedidos para centrais combinadas

O número de novas centrais de ciclo combinado a licenciar em Portugal vai estar dependente da capacidade de transporte da rede, disse ontem o ministro das Activi- dades Económicas.

Álvaro Barreto, que falava em Madrid, adiantou que tinha já sete pedidos com 800 megawatts cada, dos quais três para Sines (Galp, Gás Natural e EDP), três para a Figueira da Foz (Gás Natural, Iber- drola e EDP) e um já pré-licenciado para a Tejo Energia.

"Na Figueira da Foz, a rede eléctrica só suporta um dos três pedidos e em Sines pede-se o dobro do que a rede consegue suportar", afirmou o ministro, à entrada de um almoço-debate com cerca de uma centena de empresários portugueses e espanhóis, organizado pela Câmara Hispano-Portuguesa de Comércio e Indústria.

Álvaro Barreto adiantou que a definição dos critérios para o licenciamento será aprovada até ao final de Janeiro, esperando ter o processo concluído até 15 de Fevereiro. Já na próxima quinta-feira, o Governo aprovará em Conselho de Ministros as novas tarifas para as energias renováveis. O ministro escusou-se a revelar o teor das alterações, mas o presidente da Associação Portuguesa das Energias Renováveis (APREN), António Sá da Costa, defendeu que a remuneração da energia eólica deverá descer em média 12%, de 84 para 76 euros por megawatt.

Já a proposta de lei do Governo prevê o aumento do prémio para as mini-hídricas entre os 10 e os 30 megawatts e para a biomassa de origem florestal e animal, biogás e fotovaltaica. As tarifas mantêm-se no caso das mini-hídricas até 10 megawatts e dos resíduos sólidos urbanos. No caso das eólicas, a proposta prevê a descida das tarifas para os novos projectos.

Para todos os projectos que já tenham licença de estabelecimento, e que inclui os que estão em exploração ou construção, serão mantidas as tarifas actuais por um período de 15 anos. Findo esse período haverá um outro de cinco anos, em que as empresas eólicas serão pagas de acordo com a nova tarifa. Terminada a fase de transição, as empresas passam a ser remuneradas pelo preço de mercado, a que se acresce, contudo, o direito de obter certificados verdes que poderão ser transaccionados em bolsa.

Em Madrid, Álvaro Barreto considerou "natural" a entrada da Galp Energia na produção de electricidade. Quanto à alienação de 40,79% da petrolífera à Petrocer, o ministro reafirmou que o Governo "não vai avançar com nada do dossier Galp", uma vez que quer deixar "todas as opções em aberto para o próximo Governo". O ministro precisou ainda ter chegado a acordo com a Eni, estabelecendo duas datas (Julho e Outubro) para concluir negócio com Galp.
 
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Seca pode aumentar preço da electridade

por marafado » 25/1/2005 1:34

Seca pode aumentar preço da electridade



Ana Tomás Ribeiro Arquivo DN-Leonardo Negrão

Balanço. O consumo de electricidade aumentou 5,7% em 2004, comparativamente ao ano anterior

Se não chegar a chuva, os custos de produção de electricidade podem disparar significativamente este ano, dizem várias fontes do sector eléctrico, contactadas pelo DN. Aliás, tal já pode acontecer mesmo neste primeiro trimestre do ano já que o frio tem feito crescer os consumos de energia eléctrica e estes tem estado a ser suportados em grande parte pelas centrais térmicas (que utilizam como matéria prima carvão, gás natural e fuel), sublinham as mesmas fontes. E os custos poderão agravar-se ainda mais, caso haja um aumento do preço do crude.

A EDP, para já, prefere manter uma expectativa positiva. "Só trimestralmente é que estes custos são avaliados e neste momento ainda é cedo para quantificar o real impacto da produção com o recurso intensivo à via térmica", diz fonte oficial da empresa. Além disso, sublinha, "como o Inverno está no início, existe a natural expectativa de que possa chover ainda o suficiente para permitir o equilíbrio da produção pela via hídrica".

Mas já em 2004, a maior fatia do consumo foi suportada pelas centrais térmicas, apesar de naquele ano ter entrado em funcionamento mais um grupo gerador da central de Alqueva. No ano passado, os consumos de energia eléctrica cresceram 5,7%, comparativamente a 2003, revelam dados oficiais da REN - Rede Eléctrica Nacional. O que significa que o ritmo de crescimento se manteve ao mesmo nível do verificado em 2003, face a 2002.

Cerca de 56% dos consumos naquele ano foi suportado pelas centrais térmicas. E o contributo das centrais hidroeléctricas foi de apenas 20%, ou seja, menor do que em 2003. As importações de energia eléctrica de Espanha asseguraram 14% dos consumos nacionais naquele ano (ver gráficos).

A manterem-se estes ritmos de crescimento de gastos de electricidade, o País vai precisar até 2010 de mais seis grupos térmicos, de 400 megawatts cada, em funcionamento, explicou Vítor Batista, administrador da REN. Isto admitindo que Portugal terá uma quota de produção de energia eléctrica a partir de fontes renováveis de 39% já em 2010, tal como manda a directiva. Mas o reforço de geradores térmicos, de que fala também o ministro das Actividades Económicas, Álvaro Barreto, terá de ser suportado por investimentos na rede eléctrica, para se garantirem as novas interligações. Vítor Batista diz que este trabalho pode ser feito de forma faseada.
 
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