Eleições antecipadas podem afastar investidores dos títulos
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Eleições antecipadas podem afastar investidores dos títulos
Eleições antecipadas podem afastar investidores dos títulos da EDP
Diogo Nunes
A Merrill Lynch baixa preço-alvo da eléctrica e considera que o seu comportamento em bolsa está a ser afectado pela incerteza política.
O desempenho das acções da EDP-Energias de Portugal está a ser prejudicado pela incerteza política provocada com a convocação das eleições legislativas do dia 20 de Fevereiro. Esta é a convicção da equipa de analistas da Merrill Lynch, liderada por Paul Rogers, expressa numa nota de ‘research’ ontem publicada.
O documento da casa de investimento baixa a recomendação da EDP de “comprar” para “neutral - médio risco” e reduz o preço-alvo para os 2,40 euros por acção, face aos anteriores 2,49 euros. Apesar do ‘downgrade’, os títulos da EDP ficam, ainda assim, com um potencial de valorização de 8% até ao final do corrente ano.
O lucro líquido previsto para a EDP no ano passado deverá situar-se nos 444 milhões de euros, uma regressão face aos 457 milhões anteriormente previstos pela Merrill Lynch. A chave para esta descida está na “queda registada no negócio da distribuição”, explicou Paul Rogers ao Diário Económico.
O perito considera que as acções da EDP “estão muito expostas à estratégia do governo” e logo “um cenário de alteração da política para o sector assusta os investidores e pode afastá-los do título”.
O especialista considera que as recentes declarações de José Sócrates, candidato a primeiro-ministro, acerca da reestruturação do sector energético português não ajudam a ‘performance’ bolsista da EDP. O líder do Partido Socialista tem defendido a descida das tarifas eléctricas em território nacional, através de um aumento de concorrência interna.
Paul Rogers sublinha que “a visão do mercado considera que a atitude do actual governo tem suportado a estratégia da empresa e apoiado as decisões da administração”. Porém, as sondagens colocam o PS numa posição privilegiada para vencer as eleições e “até que os novos ministros assumam as pastas e avancem com a estratégia para o gás vai demorar algum tempo”. Este prolongamento da atmosfera de indefinição em torno da eléctrica tem “um impacto negativo” sobre os seus papéis, apesar de o analista britânico considerar que “a acção não está cara”. Paul Rogers aponta o exemplo espanhol, afirmando que “as ‘utilities’ tiveram um excelente comportamento nos dois primeiros meses de 2004 mas, após a mudança no poder político, as acções caíram”.
Além das dúvidas relacionadas com o negócio do gás, com a concretização do Mibel, com a questão das tarifas e da competição, no negócio da Cantábrico “houve um erro de ‘timming’”, diz Paul Rogers. Apesar de tudo, o responsável pelo estudo considera que a entrada em Espanha é “um investimento muito bom a longo prazo”, adiantando ainda que “os benefícios estratégicos vão aparecer dentro de 4 ou 5 anos”.
Diogo Nunes
A Merrill Lynch baixa preço-alvo da eléctrica e considera que o seu comportamento em bolsa está a ser afectado pela incerteza política.
O desempenho das acções da EDP-Energias de Portugal está a ser prejudicado pela incerteza política provocada com a convocação das eleições legislativas do dia 20 de Fevereiro. Esta é a convicção da equipa de analistas da Merrill Lynch, liderada por Paul Rogers, expressa numa nota de ‘research’ ontem publicada.
O documento da casa de investimento baixa a recomendação da EDP de “comprar” para “neutral - médio risco” e reduz o preço-alvo para os 2,40 euros por acção, face aos anteriores 2,49 euros. Apesar do ‘downgrade’, os títulos da EDP ficam, ainda assim, com um potencial de valorização de 8% até ao final do corrente ano.
O lucro líquido previsto para a EDP no ano passado deverá situar-se nos 444 milhões de euros, uma regressão face aos 457 milhões anteriormente previstos pela Merrill Lynch. A chave para esta descida está na “queda registada no negócio da distribuição”, explicou Paul Rogers ao Diário Económico.
O perito considera que as acções da EDP “estão muito expostas à estratégia do governo” e logo “um cenário de alteração da política para o sector assusta os investidores e pode afastá-los do título”.
O especialista considera que as recentes declarações de José Sócrates, candidato a primeiro-ministro, acerca da reestruturação do sector energético português não ajudam a ‘performance’ bolsista da EDP. O líder do Partido Socialista tem defendido a descida das tarifas eléctricas em território nacional, através de um aumento de concorrência interna.
Paul Rogers sublinha que “a visão do mercado considera que a atitude do actual governo tem suportado a estratégia da empresa e apoiado as decisões da administração”. Porém, as sondagens colocam o PS numa posição privilegiada para vencer as eleições e “até que os novos ministros assumam as pastas e avancem com a estratégia para o gás vai demorar algum tempo”. Este prolongamento da atmosfera de indefinição em torno da eléctrica tem “um impacto negativo” sobre os seus papéis, apesar de o analista britânico considerar que “a acção não está cara”. Paul Rogers aponta o exemplo espanhol, afirmando que “as ‘utilities’ tiveram um excelente comportamento nos dois primeiros meses de 2004 mas, após a mudança no poder político, as acções caíram”.
Além das dúvidas relacionadas com o negócio do gás, com a concretização do Mibel, com a questão das tarifas e da competição, no negócio da Cantábrico “houve um erro de ‘timming’”, diz Paul Rogers. Apesar de tudo, o responsável pelo estudo considera que a entrada em Espanha é “um investimento muito bom a longo prazo”, adiantando ainda que “os benefícios estratégicos vão aparecer dentro de 4 ou 5 anos”.
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