BCE prepara terreno para subida das taxas de juro
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Sacyr pode entrar no BBVA
A entrada da construtora Sacyr Vallehermoso no capital do Banco Bilbao Vizcaya e Argentaria (BBVA), através da compra de uma participação de 3,1%, encontra-se em compasso de espera mas, depois da 'ofensiva' contra o presidente do segundo maior banco espanhol, o caminho pode estar agora desimpedido. Desde que foi anunciada a intenção da Sacyr, logo se levantou a oposição do actual conselho de administração do BBVA e sobretudo do seu presidente, Francisco Gonzalez, que via o seu lugar ameaçado.
Há poucos dias, o conselho de administração da Sacyr renovou o mandato ao presidente, Luís Rivero, agora sem limite de prazo, para desenvolver a operação. Rivero não parece ter desistido. Há poucos dias, o vice-presidente do Governo, Pedro Solbes, lançou- -lhe um "capote", ao mostrar-se favorável a um acordo que assegurasse a estabilidade e a 'espanholidade' do BBVA, uma ideia bem acolhida na Sacyr e mal no BBVA. Quem conhece Luís Rivero argumenta que ele não desiste à primeira. Com Francisco Gonzalez no centro das atenções devido à FG Valores, o panorama favorece o 'assalto' da Sacyr. Mas ainda é incerto o desenlace de uma operação com contornos económico-financeiros mas também políticos, uma vez que é apoiada pelo Governo, apesar das acusações de intervencionismo.
Sacyr pode entrar no BBVA
A entrada da construtora Sacyr Vallehermoso no capital do Banco Bilbao Vizcaya e Argentaria (BBVA), através da compra de uma participação de 3,1%, encontra-se em compasso de espera mas, depois da 'ofensiva' contra o presidente do segundo maior banco espanhol, o caminho pode estar agora desimpedido. Desde que foi anunciada a intenção da Sacyr, logo se levantou a oposição do actual conselho de administração do BBVA e sobretudo do seu presidente, Francisco Gonzalez, que via o seu lugar ameaçado.
Há poucos dias, o conselho de administração da Sacyr renovou o mandato ao presidente, Luís Rivero, agora sem limite de prazo, para desenvolver a operação. Rivero não parece ter desistido. Há poucos dias, o vice-presidente do Governo, Pedro Solbes, lançou- -lhe um "capote", ao mostrar-se favorável a um acordo que assegurasse a estabilidade e a 'espanholidade' do BBVA, uma ideia bem acolhida na Sacyr e mal no BBVA. Quem conhece Luís Rivero argumenta que ele não desiste à primeira. Com Francisco Gonzalez no centro das atenções devido à FG Valores, o panorama favorece o 'assalto' da Sacyr. Mas ainda é incerto o desenlace de uma operação com contornos económico-financeiros mas também políticos, uma vez que é apoiada pelo Governo, apesar das acusações de intervencionismo.
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Guia de Fundos
Fundos imobiliários registam crescimento de 20% em 2004
Pedro Ferreira Esteves
Mercado atingiu um volume sob gestão superior a 7 mil milhões de euros.
Numa altura em que o mercado português de fundos imobiliários se prepara para enfrentar um período marcado por uma nova regulamentação, o volume gerido pela totalidade das sociedades gestoras ultrapassou a importante marca dos 7 mil milhões de euros. Na realidade, o ano de 2004 fechou com um valor sob gestão total de 7,050 mil milhões de euros, mais 20,5% do que no final do exercício anterior.
Apesar deste crescimento, a capitalização média dos fundos baixou, por seu turno, em 6,2 milhões de euros para os 108,5 milhões, uma situação que resulta da entrada em actividade de 14 novos fundos. O número total de produtos de investimento imobiliário disponíveis em Portugal ascendeu a 65, entre fundos de capital aberto e fechado.
O último ano vincou a estrutura típica das carteiras dos fundos portugueses, onde é dominante o peso das construções acabadas para arrendamento, representativas de 4,267 mil milhões de euros (60,5% do total). As casas não arrendadas chegam aos 620,5 milhões de euros (8,8%), ao passo que os projectos de construção atingem os 1,455 mil milhões (20,6%).
Os imóveis totalizam precisamente 90% do total de investimento canalizado pelos fundos imobiliários, sendo que o restante está investido em liquidez. Na distribuição por finalidade dos imóveis, o sector de serviços domina com mais de 40% do total. Segue-se o comércio com 20,7% e habitação com 8,3%.
Por sociedades gestoras, a ESAF, do grupo Espírito Santo, continua a liderar o mercado com uma quota de quase 20%. Este peso, que sofreu uma quebra de quase cinco pontos percentuais ao longo do ano, é responsabilidade de apenas um fundo, o Gespatrimónio Rendimento. A segunda maior gestora deste mercado é a BPN Imofundos (12,6%) e a terceira é a Fundimo (11,2%). Estas três sociedades dominam quase 44% do total do mercado, enquanto que os dez maiores fundos portugueses representam perto de 60%.
Em termos de rentabilidades, o Millennium bcp Investimentos detém o fundo aberto mais rentável do mercado, numa análise a médio prazo. De facto, a três anos, o AF Portfólio Imobiliário oferece 6,19%, seguido pelo Banif Imopredial com 6,07%. Estes dois produtos apresentam igualmente rentabilidades acima da média nos prazos mais curtos. Refira-se que os fundos imobiliários caracterizam-se pelo facto de serem produtos de investimento de prazos longos.
O actual quadro do mercado português de fundos imobiliários deverá sofrer, nos próximos tempos, alterações significativas. Na última sexta-feira foi aprovado pela CMVM um novo regulamento que prevê, entre outras questões, uma maior flexibilidade nos investimentos, um grau mais elevado de transparência e a possibilidade de apresentar aos investidores produtos mais inovadores na área do investimento imobiliário indirecto.
Fundos imobiliários registam crescimento de 20% em 2004
Pedro Ferreira Esteves
Mercado atingiu um volume sob gestão superior a 7 mil milhões de euros.
Numa altura em que o mercado português de fundos imobiliários se prepara para enfrentar um período marcado por uma nova regulamentação, o volume gerido pela totalidade das sociedades gestoras ultrapassou a importante marca dos 7 mil milhões de euros. Na realidade, o ano de 2004 fechou com um valor sob gestão total de 7,050 mil milhões de euros, mais 20,5% do que no final do exercício anterior.
Apesar deste crescimento, a capitalização média dos fundos baixou, por seu turno, em 6,2 milhões de euros para os 108,5 milhões, uma situação que resulta da entrada em actividade de 14 novos fundos. O número total de produtos de investimento imobiliário disponíveis em Portugal ascendeu a 65, entre fundos de capital aberto e fechado.
O último ano vincou a estrutura típica das carteiras dos fundos portugueses, onde é dominante o peso das construções acabadas para arrendamento, representativas de 4,267 mil milhões de euros (60,5% do total). As casas não arrendadas chegam aos 620,5 milhões de euros (8,8%), ao passo que os projectos de construção atingem os 1,455 mil milhões (20,6%).
Os imóveis totalizam precisamente 90% do total de investimento canalizado pelos fundos imobiliários, sendo que o restante está investido em liquidez. Na distribuição por finalidade dos imóveis, o sector de serviços domina com mais de 40% do total. Segue-se o comércio com 20,7% e habitação com 8,3%.
Por sociedades gestoras, a ESAF, do grupo Espírito Santo, continua a liderar o mercado com uma quota de quase 20%. Este peso, que sofreu uma quebra de quase cinco pontos percentuais ao longo do ano, é responsabilidade de apenas um fundo, o Gespatrimónio Rendimento. A segunda maior gestora deste mercado é a BPN Imofundos (12,6%) e a terceira é a Fundimo (11,2%). Estas três sociedades dominam quase 44% do total do mercado, enquanto que os dez maiores fundos portugueses representam perto de 60%.
Em termos de rentabilidades, o Millennium bcp Investimentos detém o fundo aberto mais rentável do mercado, numa análise a médio prazo. De facto, a três anos, o AF Portfólio Imobiliário oferece 6,19%, seguido pelo Banif Imopredial com 6,07%. Estes dois produtos apresentam igualmente rentabilidades acima da média nos prazos mais curtos. Refira-se que os fundos imobiliários caracterizam-se pelo facto de serem produtos de investimento de prazos longos.
O actual quadro do mercado português de fundos imobiliários deverá sofrer, nos próximos tempos, alterações significativas. Na última sexta-feira foi aprovado pela CMVM um novo regulamento que prevê, entre outras questões, uma maior flexibilidade nos investimentos, um grau mais elevado de transparência e a possibilidade de apresentar aos investidores produtos mais inovadores na área do investimento imobiliário indirecto.
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Telemóveis continuam na crista da onda
Financial Times
Os telemóveis são o acessório da moda, pelo que pouco tempo estão nos escaparates das lojas.
O mesmo se pode dizer, aliás, dos ‘handsets’, já que tudo indica que vão em crescendo. As marcas mais procuradas começam, pois, a redescobrir os mercados desenvolvidos, à medida que a terceira geração (3G) ganha um novo ímpeto. Depois de controlar as pressões em torno da fixação de preços no quarto trimestre, a Sony Ericsson colhe agora os frutos da sua forte presença na Europa de Leste e a exposição limitada nos mercados emergentes, quando ainda há pouco estavam na berra.
Infelizmente, a ‘joint venture’ sueco-japonesa é quem detém tão-só 6% do mercado global, maioritariamente ao nível do topo de gama. Depois do reforço do investimento em marketing, seria frustrante se isso não se traduzisse numa subida dos preços médios de venda. Isto tem, contudo, de se materializar em lucros sonantes, para que os riscos a longo prazo resultem em margens para o sector, que ficou bastante chocado ao descobrir que os consumidores dos países desenvolvidos são relativamente pobres e muito sensíveis aos preços.
O crescimento do ‘outsourcing’ reduziu igualmente as barreiras à entrada de empresas locais. O abrandamento da chinesa TCL é a prova do “contra-ataque” das empresas ocidentais, apesar deste ser feito à custa das margens de lucro. Por ora prevê-se que a entrada em cena da 3G vá espremer ainda mais os lucros. Mas tudo indica que os fabricantes de telemóveis estão dispostos a usar da imaginação se os lucros com a 3G forem particularmente decepcionantes. Relembrando Oscar Wilde, a moda é uma forma de fealdade tão insuportável, que nos vemos obrigados a mudá-la de seis em seis meses.
Financial Times
Os telemóveis são o acessório da moda, pelo que pouco tempo estão nos escaparates das lojas.
O mesmo se pode dizer, aliás, dos ‘handsets’, já que tudo indica que vão em crescendo. As marcas mais procuradas começam, pois, a redescobrir os mercados desenvolvidos, à medida que a terceira geração (3G) ganha um novo ímpeto. Depois de controlar as pressões em torno da fixação de preços no quarto trimestre, a Sony Ericsson colhe agora os frutos da sua forte presença na Europa de Leste e a exposição limitada nos mercados emergentes, quando ainda há pouco estavam na berra.
Infelizmente, a ‘joint venture’ sueco-japonesa é quem detém tão-só 6% do mercado global, maioritariamente ao nível do topo de gama. Depois do reforço do investimento em marketing, seria frustrante se isso não se traduzisse numa subida dos preços médios de venda. Isto tem, contudo, de se materializar em lucros sonantes, para que os riscos a longo prazo resultem em margens para o sector, que ficou bastante chocado ao descobrir que os consumidores dos países desenvolvidos são relativamente pobres e muito sensíveis aos preços.
O crescimento do ‘outsourcing’ reduziu igualmente as barreiras à entrada de empresas locais. O abrandamento da chinesa TCL é a prova do “contra-ataque” das empresas ocidentais, apesar deste ser feito à custa das margens de lucro. Por ora prevê-se que a entrada em cena da 3G vá espremer ainda mais os lucros. Mas tudo indica que os fabricantes de telemóveis estão dispostos a usar da imaginação se os lucros com a 3G forem particularmente decepcionantes. Relembrando Oscar Wilde, a moda é uma forma de fealdade tão insuportável, que nos vemos obrigados a mudá-la de seis em seis meses.
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Ibersol sobe em bolsa com aposta da Burger King
António Freitas de Sousa com L.V.
A Burger King anunciou investimentos de 22,5 milhões, que passarão pela ‘holding’.
A Ibersol SGPS - holding do sector da restauração que agrega o franchising de marcas como a Pizza Hut, KFC, Burger King, Ó Kilo e Pasta Caffé - atingiu ontem um máximo no mercado de valores mobiliários, com os seus papéis a fecharem nos 5,09 euros, o valor mais alto desde o ano 2000. Aquele valor representa um crescimento de 1,8% em relação ao fecho do dia anterior (cinco euros) e uma valorização de 28,5% quando comparado com o mínimo de 2004 (3,96 euros).
O máximo dos últimos cinco anos foi atingido no dia em que a Burger King anunciou em comunicado que vai investir 22,5 milhões de euros na abertura de 50 novos restaurantes no território nacional até 2010. A cadeia americana adiantava que os novos restaurantes serão abertos em regime de franchising, tal como sucede com os que o grupo já possui em Portugal, com o recurso à Ibersol e a outros interessados em constituir-se como franchisados da cadeia.
A intenção da Burger King é a de diversificar as localizações dos novos restaurantes para cidades onde ainda não se encontram nenhuma das 13 lojas actualmente abertas no mercado nacional. O DE tentou ouvir os responsáveis da Ibersol sobre os investimentos projectados pela cadeia americana, mas nem Pinto de Sousa nem Alberto Teixeira se encontravam disponíveis.
A holding da restauração é responsável por mais de 300 unidades das várias marcas com que trabalha, em Portugal e em Espanha, prevendo para este ano a introdução de uma nova insígnia, a Arroz Maria, que o grupo pretende instalar nas principais cidades da Península Ibérica.
No final do exercício de 2003, a Ibersol registou um volume de negócios consolidado da ordem dos 128,5 milhões de euros e resultados operacionais de 11,1 milhões.
‘Franchising’ vale cerca de 2,8 mil milhões de euros
Existem perto de 3380 redes de ‘franchising’ em Portugal, que geram um facturação anual da ordem dos 2,8 mil milhões de euros, de acordo com dados de 2004 do Instituto de Informação em Franchising (IIF). Em números, estas 380 redes são responsáveis por cerca de 8.500 estabelecimentos. Segundo o IIF, a restauração tem crescido “de forma mais moderada em Portugal” face a outros países, devido ao alto custo dos espaços imobiliários, uma vez que “o ‘fast food’ exige localizações nobres em termos de fluxos de pessoas”. Actualmente, a vertente de restauração/hotelaria tem um peso de apenas 9,7% no total do sector. O comércio, com unidades ligadas a segmentos como a moda, vale 49,5% e a componente de serviços 40,7%. Tendo chegado a Portugal em meados da década de 80, introduzido por empresas estrangeiras, o ‘franchising’ conheceu um grande crescimento durante a década seguinte, nomeadamente em termos de marcas portuguesas. Neste momento, de acordo com o IIF, o peso do ‘franchising’ português em território nacional representa 41% do total, tendo o de origem espanhola 23%. Segundo o IIF, “a tendência aponta para um crescimento ainda maior das marcas portuguesas”, podendo ultrapassar os 50% dentro de dois anos.
António Freitas de Sousa com L.V.
A Burger King anunciou investimentos de 22,5 milhões, que passarão pela ‘holding’.
A Ibersol SGPS - holding do sector da restauração que agrega o franchising de marcas como a Pizza Hut, KFC, Burger King, Ó Kilo e Pasta Caffé - atingiu ontem um máximo no mercado de valores mobiliários, com os seus papéis a fecharem nos 5,09 euros, o valor mais alto desde o ano 2000. Aquele valor representa um crescimento de 1,8% em relação ao fecho do dia anterior (cinco euros) e uma valorização de 28,5% quando comparado com o mínimo de 2004 (3,96 euros).
O máximo dos últimos cinco anos foi atingido no dia em que a Burger King anunciou em comunicado que vai investir 22,5 milhões de euros na abertura de 50 novos restaurantes no território nacional até 2010. A cadeia americana adiantava que os novos restaurantes serão abertos em regime de franchising, tal como sucede com os que o grupo já possui em Portugal, com o recurso à Ibersol e a outros interessados em constituir-se como franchisados da cadeia.
A intenção da Burger King é a de diversificar as localizações dos novos restaurantes para cidades onde ainda não se encontram nenhuma das 13 lojas actualmente abertas no mercado nacional. O DE tentou ouvir os responsáveis da Ibersol sobre os investimentos projectados pela cadeia americana, mas nem Pinto de Sousa nem Alberto Teixeira se encontravam disponíveis.
A holding da restauração é responsável por mais de 300 unidades das várias marcas com que trabalha, em Portugal e em Espanha, prevendo para este ano a introdução de uma nova insígnia, a Arroz Maria, que o grupo pretende instalar nas principais cidades da Península Ibérica.
No final do exercício de 2003, a Ibersol registou um volume de negócios consolidado da ordem dos 128,5 milhões de euros e resultados operacionais de 11,1 milhões.
‘Franchising’ vale cerca de 2,8 mil milhões de euros
Existem perto de 3380 redes de ‘franchising’ em Portugal, que geram um facturação anual da ordem dos 2,8 mil milhões de euros, de acordo com dados de 2004 do Instituto de Informação em Franchising (IIF). Em números, estas 380 redes são responsáveis por cerca de 8.500 estabelecimentos. Segundo o IIF, a restauração tem crescido “de forma mais moderada em Portugal” face a outros países, devido ao alto custo dos espaços imobiliários, uma vez que “o ‘fast food’ exige localizações nobres em termos de fluxos de pessoas”. Actualmente, a vertente de restauração/hotelaria tem um peso de apenas 9,7% no total do sector. O comércio, com unidades ligadas a segmentos como a moda, vale 49,5% e a componente de serviços 40,7%. Tendo chegado a Portugal em meados da década de 80, introduzido por empresas estrangeiras, o ‘franchising’ conheceu um grande crescimento durante a década seguinte, nomeadamente em termos de marcas portuguesas. Neste momento, de acordo com o IIF, o peso do ‘franchising’ português em território nacional representa 41% do total, tendo o de origem espanhola 23%. Segundo o IIF, “a tendência aponta para um crescimento ainda maior das marcas portuguesas”, podendo ultrapassar os 50% dentro de dois anos.
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Contra a corrente
Fernando Freire de Sousa
Criação de valor para o accionista, talvez a expressão mais recorrente no jargão dos que primam em se apresentar como ”gestores modernos” ou ”financeiros de sucesso”.
Detenhamo-nos sobre ela, partindo de uma distinção fundamental: tão certo é que todo o investimento pressupõe uma expectativa de retorno quanto que tal objectivo se não deve confundir por si só com acréscimo de riqueza empresarial. Pelo que a dita expressão, mais do que uma evidência apenas recusada pelos fossilizados herdeiros do estalinismo e do sindicalismo de classe, assume um alcance indutor de erro ao deixar subentendida uma relação unívoca entre criação de valor e interesses accionistas.
Ora, a dissociação é crescente entre os que: (i) encaram as empresas como objectos de propriedade e controlo pelos accionistas, assim validando uma dependência daquelas face aos rendimentos financeiros exigidos pelos mercados, uma governação empresarial assente em duvidosas operações de alavancagem e cosmética, uma aliança estreita entre a tecnoestrutura dirigente e certas profissões financeiras beneficiárias (investidores institucionais, bancos de investimento, consultoras, auditoras, etc.); (ii) privilegiam o carácter colectivo e a função social das empresas, assim focalizando na solidez do seu crescimento, na sua gestão estratégica, na qualificação e mobilização do seu capital humano, na (re)colocação da finança ao serviço do investimento e do progresso.
A verdade histórica é que esta dissociação emana dos desenvolvimentos actuais do capitalismo no sentido de um aprofundamento da esfera/lógica financeira. E, nesta perspectiva, a defesa teórico-ideológica de que tal dominância é desejável por permitir recentrar o poder da propriedade privada e dar eficácia à afectação dos capitais não resiste ao confronto com uma realidade mais complexa do que os modelos que a caricaturam - as sociedades existem e não se conformam às harmonias que certas ”racionalidades” lhes querem impor -, mostrando que a deriva financista ocorre em detrimento da estabilidade dos mercados, das estratégias empresariais ou das dinâmicas macroeconómicas. O que não são detalhes meramente relegáveis para insuficiências regulatórias ou éticas, debilidades competitivas ou manias intervencionistas de políticos não recomendáveis.
Resta o Estado. Ao monstro dispensável anunciado pelos ”digest” da praça contrapõem os liberais esclarecidos (”saving capitalism from the capitalists”) o seu lugar insubstituível para o bom funcionamento dos mercados. Só que os governos não agem espontaneamente no ”interesse colectivo”, porque este não pré-existe e só pode decorrer do compromisso e da gestão democrática entre interesses privados naturalmente divergentes. Também aqui importa valorizar a experiência nórdica que, na esteira dos avanços que os ”trinta gloriosos” lograram, prossegue vias virtuosas de inserção empresarial num quadro institucional e societal dirigido para compatibilizar a assimilação da inovação com a preservação da coesão social.
Fernando Freire de Sousa
Criação de valor para o accionista, talvez a expressão mais recorrente no jargão dos que primam em se apresentar como ”gestores modernos” ou ”financeiros de sucesso”.
Detenhamo-nos sobre ela, partindo de uma distinção fundamental: tão certo é que todo o investimento pressupõe uma expectativa de retorno quanto que tal objectivo se não deve confundir por si só com acréscimo de riqueza empresarial. Pelo que a dita expressão, mais do que uma evidência apenas recusada pelos fossilizados herdeiros do estalinismo e do sindicalismo de classe, assume um alcance indutor de erro ao deixar subentendida uma relação unívoca entre criação de valor e interesses accionistas.
Ora, a dissociação é crescente entre os que: (i) encaram as empresas como objectos de propriedade e controlo pelos accionistas, assim validando uma dependência daquelas face aos rendimentos financeiros exigidos pelos mercados, uma governação empresarial assente em duvidosas operações de alavancagem e cosmética, uma aliança estreita entre a tecnoestrutura dirigente e certas profissões financeiras beneficiárias (investidores institucionais, bancos de investimento, consultoras, auditoras, etc.); (ii) privilegiam o carácter colectivo e a função social das empresas, assim focalizando na solidez do seu crescimento, na sua gestão estratégica, na qualificação e mobilização do seu capital humano, na (re)colocação da finança ao serviço do investimento e do progresso.
A verdade histórica é que esta dissociação emana dos desenvolvimentos actuais do capitalismo no sentido de um aprofundamento da esfera/lógica financeira. E, nesta perspectiva, a defesa teórico-ideológica de que tal dominância é desejável por permitir recentrar o poder da propriedade privada e dar eficácia à afectação dos capitais não resiste ao confronto com uma realidade mais complexa do que os modelos que a caricaturam - as sociedades existem e não se conformam às harmonias que certas ”racionalidades” lhes querem impor -, mostrando que a deriva financista ocorre em detrimento da estabilidade dos mercados, das estratégias empresariais ou das dinâmicas macroeconómicas. O que não são detalhes meramente relegáveis para insuficiências regulatórias ou éticas, debilidades competitivas ou manias intervencionistas de políticos não recomendáveis.
Resta o Estado. Ao monstro dispensável anunciado pelos ”digest” da praça contrapõem os liberais esclarecidos (”saving capitalism from the capitalists”) o seu lugar insubstituível para o bom funcionamento dos mercados. Só que os governos não agem espontaneamente no ”interesse colectivo”, porque este não pré-existe e só pode decorrer do compromisso e da gestão democrática entre interesses privados naturalmente divergentes. Também aqui importa valorizar a experiência nórdica que, na esteira dos avanços que os ”trinta gloriosos” lograram, prossegue vias virtuosas de inserção empresarial num quadro institucional e societal dirigido para compatibilizar a assimilação da inovação com a preservação da coesão social.
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BCE vê diminuição dos riscos económicos
Lusa
O Banco Central Europeu (BCE) considera que os riscos para a economia dos Doze são agora menores graças à redução dos preços do petróleo, mas mantém a sua preocupação com a valorização do euro.
"O Conselho de Governadores reafirma a sua posição, expressa quando o euro se valorizou fortemente, que tais movimentos são mal vindos e indesejáveis para o crescimento económico", afirma o BCE, no Editorial do Boletim Mensal de Janeiro.
Refere que o PIB da Zona Euro cresceu 0,3 por cento em cadeia (face ao trimestre imediatamente anterior) no terceiro trimestre e destaca que os dados disponíveis para o quarto trimestre, embora contraditórios, parecem sugerir a continuação de um crescimento moderado.
O BCE assinala que existem condições para a manutenção do crescimento económico na Zona Euro, com o reforço da procura global a sustentar as exportações, admitindo que o investimento será suportado pelos juros baixos e maiores lucros e eficiência das empresas e que o consumo privado evoluirá em linha com o rendimento disponível real.
A autoridade monetária da Zona Euro considera que nas últimas semanas diminuíram as pressões inflacionistas de curto prazo, devido ao abrandamento dos preços internacionais do petróleo, mas considera que persistem riscos para a estabilidade de preços no médio prazo.
o BCE admite que a inflação homóloga (face ao mesmo período do ano anterior) se vai manter acima dos 2 por cento nos próximos meses, apesar da recente moderação dos preços do petróleo bruto, mas a informação disponível aponta para que descerá abaixo dos 2 por cento ainda durante o ano de 2005.
Lusa
O Banco Central Europeu (BCE) considera que os riscos para a economia dos Doze são agora menores graças à redução dos preços do petróleo, mas mantém a sua preocupação com a valorização do euro.
"O Conselho de Governadores reafirma a sua posição, expressa quando o euro se valorizou fortemente, que tais movimentos são mal vindos e indesejáveis para o crescimento económico", afirma o BCE, no Editorial do Boletim Mensal de Janeiro.
Refere que o PIB da Zona Euro cresceu 0,3 por cento em cadeia (face ao trimestre imediatamente anterior) no terceiro trimestre e destaca que os dados disponíveis para o quarto trimestre, embora contraditórios, parecem sugerir a continuação de um crescimento moderado.
O BCE assinala que existem condições para a manutenção do crescimento económico na Zona Euro, com o reforço da procura global a sustentar as exportações, admitindo que o investimento será suportado pelos juros baixos e maiores lucros e eficiência das empresas e que o consumo privado evoluirá em linha com o rendimento disponível real.
A autoridade monetária da Zona Euro considera que nas últimas semanas diminuíram as pressões inflacionistas de curto prazo, devido ao abrandamento dos preços internacionais do petróleo, mas considera que persistem riscos para a estabilidade de preços no médio prazo.
o BCE admite que a inflação homóloga (face ao mesmo período do ano anterior) se vai manter acima dos 2 por cento nos próximos meses, apesar da recente moderação dos preços do petróleo bruto, mas a informação disponível aponta para que descerá abaixo dos 2 por cento ainda durante o ano de 2005.
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Acordo estratégico entre ParaRede e Reditus gera negócios de 6,2 M€
Lusa
A ParaRede e a Reditus anunciaram hoje que o acordo estratégico entre ambas gerou negócios no valor de 6,2 milhões de euros no final do primeiro ano, mais 25% do que o esperado.
O volume total de negócios significou para a ParaRede "cerca de 4,5 milhões de euros em produtos e para a Reditus cerca de 1,7 milhões de euros totalmente em prestação de serviços", divulgaram as empresas tecnológicas em comunicado conjunto enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
As empresas "concluíram que os resultados alcançados ao longo do primeiro dos cinco anos de vigência do acordo correspondem ao esperado, sendo em algumas áreas superados".
Nesse sentido, "mantêm o interesse em prosseguir activamente e, eventualmente, aprofundar os processos utilizados até agora, revalidando integralmente o conteúdo do acordo comercial [formalizado em Dezembro de 2003]", lê-se na nota.
Às 13h18, as acções da ParaRede estavam estáveis nos 0,36 euros, enquanto as da Reditus perdiam 0,24 por cento para 4,21 euros.
Lusa
A ParaRede e a Reditus anunciaram hoje que o acordo estratégico entre ambas gerou negócios no valor de 6,2 milhões de euros no final do primeiro ano, mais 25% do que o esperado.
O volume total de negócios significou para a ParaRede "cerca de 4,5 milhões de euros em produtos e para a Reditus cerca de 1,7 milhões de euros totalmente em prestação de serviços", divulgaram as empresas tecnológicas em comunicado conjunto enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
As empresas "concluíram que os resultados alcançados ao longo do primeiro dos cinco anos de vigência do acordo correspondem ao esperado, sendo em algumas áreas superados".
Nesse sentido, "mantêm o interesse em prosseguir activamente e, eventualmente, aprofundar os processos utilizados até agora, revalidando integralmente o conteúdo do acordo comercial [formalizado em Dezembro de 2003]", lê-se na nota.
Às 13h18, as acções da ParaRede estavam estáveis nos 0,36 euros, enquanto as da Reditus perdiam 0,24 por cento para 4,21 euros.
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Lucro da AT&T aumenta pela primeira vez em cinco trimestres
DE
A empresa que é uma das maiores operadoras de telecomunicações norte-americana anunciou hoje que o seu lucro aumentou nos últimos três meses de 2004 pela primeira vez em cinco trimestres, a beneficiar da queda dos custos e do aumento do número de clientes.
O resultado líquido da AT&T ascendeu a 625 milhões de dólares (481 milhões de euros) no quarto trimestre, ou 0,78 dólares por acção, depois de ter sido de 340 milhões de dólares (262 milhões de euros) - um aumento de 83%.
A expectativa dos analistas apontava para um lucro por acção de 0,6 dólares, pelo que os resultados surpreenderam pela positiva.
Apesar da queda das receitas de 10,2% para 7,3 mil milhões de dólares (5,62 mil milhões de euros), o lucro da AT&T aumentou.
Tal ficou a dever-se à descida de custos decorrente do corte de postos de trabalho e à poupança fiscal de 337 milhões de dólares (259 milhões de euros) devido à revisão em baixa, feita no terceiro trimestre, do valor de alguns activos no valor de 11,4 mil milhões de dólares (8,77 mil milhões de dólares).
Para angariar mais clientes, a empresa optou por reduzir preços de alguns dos seus produtos e assim incentivá-los a mudar de operador de telecomunicações.
DE
A empresa que é uma das maiores operadoras de telecomunicações norte-americana anunciou hoje que o seu lucro aumentou nos últimos três meses de 2004 pela primeira vez em cinco trimestres, a beneficiar da queda dos custos e do aumento do número de clientes.
O resultado líquido da AT&T ascendeu a 625 milhões de dólares (481 milhões de euros) no quarto trimestre, ou 0,78 dólares por acção, depois de ter sido de 340 milhões de dólares (262 milhões de euros) - um aumento de 83%.
A expectativa dos analistas apontava para um lucro por acção de 0,6 dólares, pelo que os resultados surpreenderam pela positiva.
Apesar da queda das receitas de 10,2% para 7,3 mil milhões de dólares (5,62 mil milhões de euros), o lucro da AT&T aumentou.
Tal ficou a dever-se à descida de custos decorrente do corte de postos de trabalho e à poupança fiscal de 337 milhões de dólares (259 milhões de euros) devido à revisão em baixa, feita no terceiro trimestre, do valor de alguns activos no valor de 11,4 mil milhões de dólares (8,77 mil milhões de dólares).
Para angariar mais clientes, a empresa optou por reduzir preços de alguns dos seus produtos e assim incentivá-los a mudar de operador de telecomunicações.
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'Profit warnings' levam mercados a encerrar em queda
DE
As principais praças da União Europeia terminaram o dia em queda, com os alertas emitidos pelas norte-americanas eBay e Qualcomm e da japonesa Sony, bem como os fracos resultados da suíça Novartis a gerarem um sentimento de pessimismo entre os investidores.
Segundo os analistas, "estamos bastante pessimistas sobre os resultados. As previsões iniciais parecem ter sido demasiado ambiciosas, e agora as estimativas terão de ter em conta os 'profit warnings' da eBay e da Qualcomm".
Assim, com as maiores quedas a darem-se entre as tecnológicas Nokia e Ericsson, a farmacêutica Novartis também registou uma desvalorização dos seus títulos. A fabricante de artigos de luxo Louis Vuitton Moët Hennessy também caiu, após ter anunciado que o seu lucro aumentou menos do que o esperado em 2004.
Deste modo, o S&P/MIB de Milão deslizou 0,29% para os 31 132,00 pontos, o FTSE-100 de Londres recuou 0,36% para os 4800,80 pontos e o Dax Xetra de Frankfurt caiu 0,59% para os 4220,43 pontos, enquanto o CAC-40 de Paris desceu 0,69% para os 3842,44 pontos e o Ibex-35 de Madrid perdeu 0,77% para os 9017,70 pontos.
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As principais praças da União Europeia terminaram o dia em queda, com os alertas emitidos pelas norte-americanas eBay e Qualcomm e da japonesa Sony, bem como os fracos resultados da suíça Novartis a gerarem um sentimento de pessimismo entre os investidores.
Segundo os analistas, "estamos bastante pessimistas sobre os resultados. As previsões iniciais parecem ter sido demasiado ambiciosas, e agora as estimativas terão de ter em conta os 'profit warnings' da eBay e da Qualcomm".
Assim, com as maiores quedas a darem-se entre as tecnológicas Nokia e Ericsson, a farmacêutica Novartis também registou uma desvalorização dos seus títulos. A fabricante de artigos de luxo Louis Vuitton Moët Hennessy também caiu, após ter anunciado que o seu lucro aumentou menos do que o esperado em 2004.
Deste modo, o S&P/MIB de Milão deslizou 0,29% para os 31 132,00 pontos, o FTSE-100 de Londres recuou 0,36% para os 4800,80 pontos e o Dax Xetra de Frankfurt caiu 0,59% para os 4220,43 pontos, enquanto o CAC-40 de Paris desceu 0,69% para os 3842,44 pontos e o Ibex-35 de Madrid perdeu 0,77% para os 9017,70 pontos.
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Cofina e grupo Sonae valorizam com competição pela Lusomundo Media
José Pedro Luís
O PSI-20 encerrou ligeiramente acima da linha d'água, beneficiando da subida dos títulos das duas empresas de media, cujos títulos 'pularam' com a possibilidade de compra da Lusomundo Media à PT, a qual também cresceu, por alguma destas empresas.
Deste modo, o PSI-20 encerrou a subir 0,03% para os 7822,16 pontos, com a praça nacional a 'ignorar' a queda das suas congéneres europeias e os maus resultados anuais que as empresas, principalmente as norte-americanas, têm vindo a anunciar.
O destaque da sessão recaiu sobre a Cofina, a qual encerrou nos 4,15€ valorizando 4,01%, depois de ter batido um máximo nos 4,19€, e no grupo Sonae, com a casa-mãe a subir 0,89% para os 1,13€ e a tecnológica a crescer 1,49% para os 4,08€, igualando máximos de quatro anos nos 1,14€ e 4,08€, respectivamente.
Nos 'pesos-pesados' do índice de referência nacional, a PT cresceu 0,43% para os 9,31€, enquanto que a EDP caiu 0,45% para os 2,23€. Já o BCP encerrou inalterado nos 2,02€.
Os títulos da energética nacional ressentiram-se da revisão em baixa da recomendação para o papel e preço-alvo hoje efectuados pelo Merrill Lynch, enquanto que os papéis do BCP recuperaram das perdas da manhã depois do banco que controlam na Polónia, Bank Millennium, ter anunciado que o resultado líquido em 2004 foi de 241 milhões de zlotys (58 milhões de euros), face aos 41 milhões de zlotys (9,96 M€) de 2003.
Quanto ao outro título que fixou hoje novos máximos, a Brisa subiu até aos 7,02€, tendo encerrado a subir 0,29% para os sete euros.
O papel mais negociado foi o da Sonae, com 10,81 milhões de acções transaccionadas, seguido à distância pelo da EDP e do BCP, com 9,25 e 5,49 milhões de títulos movimentados, respectivamente.
Dos vinte títulos que compõem o PSI-20, oito subiram de cotação, oito desceram e quatroficaram inalterados. O volume total de negócios ascendeu aos 104,96 milhões de euros
José Pedro Luís
O PSI-20 encerrou ligeiramente acima da linha d'água, beneficiando da subida dos títulos das duas empresas de media, cujos títulos 'pularam' com a possibilidade de compra da Lusomundo Media à PT, a qual também cresceu, por alguma destas empresas.
Deste modo, o PSI-20 encerrou a subir 0,03% para os 7822,16 pontos, com a praça nacional a 'ignorar' a queda das suas congéneres europeias e os maus resultados anuais que as empresas, principalmente as norte-americanas, têm vindo a anunciar.
O destaque da sessão recaiu sobre a Cofina, a qual encerrou nos 4,15€ valorizando 4,01%, depois de ter batido um máximo nos 4,19€, e no grupo Sonae, com a casa-mãe a subir 0,89% para os 1,13€ e a tecnológica a crescer 1,49% para os 4,08€, igualando máximos de quatro anos nos 1,14€ e 4,08€, respectivamente.
Nos 'pesos-pesados' do índice de referência nacional, a PT cresceu 0,43% para os 9,31€, enquanto que a EDP caiu 0,45% para os 2,23€. Já o BCP encerrou inalterado nos 2,02€.
Os títulos da energética nacional ressentiram-se da revisão em baixa da recomendação para o papel e preço-alvo hoje efectuados pelo Merrill Lynch, enquanto que os papéis do BCP recuperaram das perdas da manhã depois do banco que controlam na Polónia, Bank Millennium, ter anunciado que o resultado líquido em 2004 foi de 241 milhões de zlotys (58 milhões de euros), face aos 41 milhões de zlotys (9,96 M€) de 2003.
Quanto ao outro título que fixou hoje novos máximos, a Brisa subiu até aos 7,02€, tendo encerrado a subir 0,29% para os sete euros.
O papel mais negociado foi o da Sonae, com 10,81 milhões de acções transaccionadas, seguido à distância pelo da EDP e do BCP, com 9,25 e 5,49 milhões de títulos movimentados, respectivamente.
Dos vinte títulos que compõem o PSI-20, oito subiram de cotação, oito desceram e quatroficaram inalterados. O volume total de negócios ascendeu aos 104,96 milhões de euros
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BCE prepara terreno para subida das taxas de juro
BCE prepara terreno para subida das taxas de juro
DE
O Banco Central Europeu (BCE) considera que a inflação da Zona Euro está controlada, mas avisa que pode ser necessário aumentar as taxas de juro para controlar possíveis subidas dos preços no médio prazo.
No editorial do boletim mensal de Janeiro, citado pela agência Lusa, o BCE escreve que "a análise económica sugere que as pressões inflacionistas internas estão controladas", mas os riscos para a estabilidade dos preços no médio prazo têm de ser vigiados".
"A análise monetária sugere possíveis riscos para a estabilidade dos preços no médio prazo", diz a instituição, donde se induz que uma política monetária mais acomodatícia, que passa pelo aumento das taxas de juro, pode vir a ter de ser adoptada no futuro.
A pressionar o BCE para subir as taxas de juro está também o excesso de liquidez monetária que, nas palavras do banco central, "é mais do que a necessária para sustentar um crescimento [económico] não inflacionista".
Além disso, há também um forte crescimento do crédito, diz o BCE, que, em alguns países, pode tornar-se uma fonte de instabilidade dos preços nos mercados imobiliários.
O BCE prevê que nos próximos meses a taxa de inflação fique acima do limite dos dois por cento, embora ao longo de 2005 possa descer abaixo desse limiar.
DE
O Banco Central Europeu (BCE) considera que a inflação da Zona Euro está controlada, mas avisa que pode ser necessário aumentar as taxas de juro para controlar possíveis subidas dos preços no médio prazo.
No editorial do boletim mensal de Janeiro, citado pela agência Lusa, o BCE escreve que "a análise económica sugere que as pressões inflacionistas internas estão controladas", mas os riscos para a estabilidade dos preços no médio prazo têm de ser vigiados".
"A análise monetária sugere possíveis riscos para a estabilidade dos preços no médio prazo", diz a instituição, donde se induz que uma política monetária mais acomodatícia, que passa pelo aumento das taxas de juro, pode vir a ter de ser adoptada no futuro.
A pressionar o BCE para subir as taxas de juro está também o excesso de liquidez monetária que, nas palavras do banco central, "é mais do que a necessária para sustentar um crescimento [económico] não inflacionista".
Além disso, há também um forte crescimento do crédito, diz o BCE, que, em alguns países, pode tornar-se uma fonte de instabilidade dos preços nos mercados imobiliários.
O BCE prevê que nos próximos meses a taxa de inflação fique acima do limite dos dois por cento, embora ao longo de 2005 possa descer abaixo desse limiar.
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