Caldeirão da Bolsa

Petróleo trava acções

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por marafado » 17/1/2005 2:55

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Desenvolvendo as suas actividades em todos os continentes, a Bayer está presente no sector farmacêutico, na produção química e nos produtos de alta tecnologia. O volume de vendas total da multinacional atingiu, em 2003, 28,567 mil milhões de euros, enquanto os lucros ascenderam, já no terceiro trimestre do ano passado, a 34 milhões de euros. O gigante alemão, que emprega mais de 115 mil trabalhadores a nível mundial, está cotado no índice alemão de referência DAX Xetra, apresentando uma capitalização bolsista de aproximadamente 17,5 mil milhões de euros.
 
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por marafado » 17/1/2005 2:54

Vem aí uma maior procura



AAdministração Bush parece empenhada em avançar com o plano de privatização da segurança social. Esta estratégia, se implementada, terá inúmeras consequências nos mercados financeiros. Em termos generalistas, assume-se que os planos privados de segurança social tradicionalmente investem uma parcela muito superior no mercado accionista e de dívida privada, em detrimento do investimento em títulos de divida pública. Neste sentido, é expectável assumir que o prémio de risco exigido pelos investidores tenderá a manter-se a níveis mais estreitos. Acresce que nesta fase inicial do plano de privatização o Governo deverá assumir alguns custos não inicialmente orçamentados, o que deverá aumentar a oferta de obrigações públicas. Por outro lado, uma recente proposta de legislação norte-americana deverá vir a restringir o espaço de manobra aos fundos de pensões das empresas dos EUA. Este novo enquadramento prevê que empresas que detenham um nível de risco considerável nos seus balanços deverão manter uma composição de activos financeiros mais conservadora nos respectivos fundos de pensões. Neste sentido, poderá haver mais procura por obrigações em detrimento de investimentos com maior volatilidade.

Ricardo Gomes de Pinho

Director
 
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por marafado » 17/1/2005 2:52

Reestruturação potencia ganhos da Bayer



RR Nuno Miguel Matias
research

As acções da Bayer reagiram em alta, depois de o gigante alemão da indústria química ter apresentado lucros de 34 milhões de euros, no terceiro trimestre de 2004, bem acima da expectativa do mercado (4 milhões de euros), reflectindo um bom desempenho operacional (EBIT de 383 milhões, contra a previsão de 255 milhões). Os títulos testaram valores próximos dos 25,50 euros, o nível mais elevado desde Janeiro de 2004.

Já em Dezembro, a empresa veio anunciar a data definitiva para a realização do spin off (cisão) de uma das suas unidades de negócio, a Lanxess. Esta operação foi bem recebida pelos investidores e, após a sua conclusão no final deste mês, poderá provocar uma reacção ainda mais positiva nas acções, por se tratar de uma reestruturação que se enquadra nos novos objectivos da Bayer, centrando as suas actividades nas áreas de negócio que apresentam melhores margens e perspectivas de negócio. A realização do spin off da Lanxess permitirá à Bayer reduzir o seu perfil de risco, já que esta unidade de negócio de-senvolve actividades sujeitas a ciclos de produção irregulares.

Confirmando as projecções positivas para o sector, as expectativas da Associação Alemã de Empresas Químicas apontam para a continuação da recuperação iniciada em 2004, com as vendas a crescer 3,5%, uma previsão que acaba por ser mais elevada que as perspectivas iniciais, uma vez que a procura exterior parece finalmente dar sinais de recuperação. Neste sentido, as declarações do presidente executivo (CEO) da Bayer, já em Janeiro deste ano, vêm reafirmar estas previsões, com a empresa a projectar um crescimento superior ao mercado em algumas das suas áreas de actividade e mantendo a perspectiva optimista para 2005.

Em termos de múltiplos de mercado, a empresa transacciona com um price to book value (valor contabilístico) de 1,42x, a desconto relativamente à sua maior concorrente, a também alemã BASF (1,79x), e igualmente abaixo da média do sector (1,62x).

Numa perspectiva de trading, deverá ser considerado um stop loss (limite de perda máximo recomendado) de 3,5% abaixo do preço de entrada. Ou seja, um preço de compra nos 23,70 euros implicaria, assim, um nível de stop loss nos 22,87 euros.
 
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Petróleo trava acções

por marafado » 17/1/2005 2:49

Petróleo trava acções



RR Ricardo Duarte Silva
Analista

Ainda sem o habitual «efeito Janeiro», os principais mercados accionistas europeus e norte- -americanos encerraram, pela segunda semana consecutiva, em terreno negativo, pressionados pela escalada do preço do crude - de regresso aos 48 dólares por barril - e pela expectativa de uma aceleração no ciclo de subida das taxas de juro nos Estados Unidos, enquanto na zona euro o banco central decidiu manter os juros nos 2%. Esta aparente desconfiança dos investidores foi ainda ampliada pelos sinais contraditórios decorrentes da divulgação dos primeiros resultados empresariais.

Se os resultados anuais da Intel e da Samsung, os dois maiores fabricantes mundiais de semicondutores, superaram as estimativas dos analistas, os números menos conseguidos avançados pela Alcoa e Sun Microsystems, assim como os alertas da AMD, Infineon, GM e Verizon Communications minaram o sentimento dos investidores. Mas esta foi também uma semana marcada pelos resultados surpreendentes, ou talvez não, da Apple Computer. A fabricante de computadores pessoais anunciou que os lucros do último trimestre de 2004 mais que quadruplicaram com as vendas do iPod a atingirem níveis recorde. Um registo que trouxe a empresa de regresso aos máximos verificados aquando da bolha tecnológica de 2000.

Reflectindo este cenário de alguma indefinição, o Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq Compósito recuaram nas últimas duas semanas 2,5%, 3% e 5% respectivamente, enquanto na Europa a depreciação do euro permitiu que a generalidade das praças segurasse a custo os níveis obtidos no final do ano. A Euronext Lisboa não foi excepção, o principal índice do mercado, o índice PSI-20, fechado a semana a perder 1,27%, a primeira queda nas últimas seis semanas. Na próxima semana, a divulgação de resultados por parte da IBM e General Electric, dois dos barómetros do meio tecnológico e industrial respectivamente, deverá ajudar a clarificar qual a tendência dominante de curto prazo. Até lá, sendo indiscutível que a correcção das últimas semanas aliviou os níveis de sobrecompra dos principais índices bolsistas, não será menos verdade que os investidores necessitam urgentemente de novas linhas orientadoras que justifiquem um regresso às compras.
 
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