Como se combate o populismo? "Com eleições", responde Fukuyama

[previsor]

A máfia russa é real, e não existe apenas nos filmes de Hollywood.

Um grande numero de casos de corrupção na Ucrânia tem ligação, direta ou indireta, à máfia russa e a redes de influência associadas a Moscovo.

Did Ukraine’s ‘mafia-linked’ mayor fall victim to a brewing turf war?
Ukrainian intelligence claimed Odesa Mayor Gennadiy Trukhanov held a Russian passport, sealing his fate.
Did Ukraine’s ‘mafia-linked’ mayor fall victim to a brewing turf war?
Ukrainian intelligence claimed Odesa Mayor Gennadiy Trukhanov held a Russian passport, sealing his fate.
https://www.aljazeera.com/news/2025/11/ ... utm_source

O artigo da Al Jazeera diz “máfia ucraniana”, mas a Al Jazeera também tem alguma propaganda anti ocidente, no entanto, acaba por falar da ligação à Rússia

[macau5m]

Acho que algumas pessoas mais ligadas ao atual populismo de extrema direita apoiam o Putin por causa do conservadorismo e por ele apoiar alguma extrema direita europeia, mas ele só a apoia para desestabilizar a Europa, e não por simpatia ideológica. E tanto a extrema direita como a extrema esquerda podem ser conservadoras. Por exemplo, o partido comunista da China é conservador.
Muitas vezes, não há grandes diferenças entre algumas extremas direitas e extremas esquerdas. Ambas podem ser repressivas e conservadoras se tiverem essa possibilidade.

O Putin apoia alguma extrema direita Europeia por estratégia, nos países onde há ainda partido Comunista, é esse partido que apoia, caso de Portugal.^
Onde não há partido comunista, com poder, então apoia a extrema direita, para poder criar clivagens- Dividir para reinar.

[rg7803]

Shhhhhhhhh

Ukraine corruption scandal explained: The $100M plot rocking Zelenskyy
https://www.politico.eu/article/ukraine ... gy-sector/

A Ucrânia não é muito diferente da Rússia.
Só muda mesmo a cor do balde.
Mas é o nosso balde...

[Al Beca]

Este já não sabe para que santo se virar. Depois da estória que enfiou ao Trump sobre "a Ucrânia vai recuperar tudo", há que expandir o negócio para outros lados. Em tudo vê uma teta.

Zelensky thanks UK, Canada for Russia sanctions
https://breakingthenews.net/Article/Zel ... s/65173763

[Al Beca]

E assim se vai uma geração de um povo, em nome do MIC.

Klitschko proposes lowering Ukraine’s draft age to 22 amid soldier shortage
https://glavnoe.in.ua/en/news-en/klitsc ... ortage/amp

[previsor]

Corrupção na Ucrânia

Vídeo do canal português .

Nao vi o video, mas ja disseram que está ligado a moscovo. Um antigo deputado pro russo está metido no esquema.
Ja se falou disto, existem máfias russas na ucrania ha bastantes anos. Esse até é um dos principais motivos pq querem se afastar dos russos e pq se manifestaram em 2014

[Al Beca]

Shhhhhhhhh

Ukraine corruption scandal explained: The $100M plot rocking Zelenskyy
https://www.politico.eu/article/ukraine ... gy-sector/

[Al Beca]

Manpower shortage leaves Ukrainian city on the brink
https://www.ft.com/content/ebdf1a09-6ae ... 68e5cc3362

[Sertorio]

Os soldados ucranianos estão a enfrentar uma epidemia que é a gangrena gasosa , uma doença vista na 1ª Guerra Mundial.

https://pt.topwar.ru/273528-na-fronte-n ... rovoj.html


Não sei se é a denominada " pé de trincheira " ? Doença muito habitual na 1 ª Guerra Mundial.

[PMP69]

A Ucrânia tenta manter a Auto-estrada M-30 (GLOC - Ground Line of Communication), que segundo os mapas parece comprometida, e abrir novas.

A Rússia infiltrou na cidade algumas centenas de homens, aproveitando o clima (nevoeiro).



Pedro

[Sertorio]

Russian Forces Use Fog to SWARM Pokrovsk

Mad Max

https://www.youtube.com/watch?v=wx8tQpO2N5Q

Coma a qualidade do History Legends.

[Carrancho_]

É assustador, se o ocidente não consegue reverter a situação na Ucrânia contra uma Rússia que tem sérias debilidades que fez um plano de invasão em cima do joelho, como iria poder aguentar uma potencia organizada com recursos humanos, materiais, logísticos com a dimensão da China?

Estás a comparar coisas distintas, o ocidente não está totalmente envolvido, não está em confronto direto com a Rússia. Se não consegue reverter a situação mesmo sem envolvimento direto é porque o Ocidente são democracias e há muita gente contra o apoio em armamento à Ucrânia que se faz ouvir e tem direito à sua opinião.

Mas a democracia também não é só desvantagens, qualquer um poder dizer o que quer tem as suas vantagens, se as coisas azedarem a sério, se o envolvimento do Ocidente passar a ser direto, então vai ser muito fácil catar os traidores à nação. Espero que os SS estejam a fazer o seu trabalho e a catalogar estes traidores tugas que aparecem por aqui e ali.

[Sertorio]

O que está acontecer na europa .

https://www.youtube.com/watch?v=hNiTnIcgnSY

Ruy Alves, gestor da Kinea Investimentos.

[Sertorio]

Corrupção na Ucrânia

Vídeo do canal português .

https://www.youtube.com/watch?v=VeL9np6k_GY

[Sertorio]

Esse ato do 425º Regimento de Assalto Separado "Skala", é mais uma ideia louca por parte dos ucranianos de fazerem este tipo de movimentos , só para aparecer no noticiário da noite , ou nas redes sociais .
São operações que põem em risco estupidamente a vida dos soldados , mas que na pratica não altera a batalha que está em curso .

O ocidente vive disto , de pequenas vitórias , que no âmbito geral da guerra não tem significado , e é um desprezo total pelas vidas dos soldados , porque não há objetivos estratégicos . Foi como o ataque dos helicópteros , que foi arrojado , para aparecer nos noticiários , e resultado foi a morte de quase todos os soldados . Isto é loucura , nem os alemães durante a 2ª Guerra faziam estes disparates , o que significa que o comando militar ucraniano é muito fraco .

[BearManBull]

Gostei mais destas partes:

Vivem como Abramovich e governam como Estaline, mas continuam a querer, precisamente, a União Soviética. Só que não resulta: não se pode passar o picador de carne ao contrário — e no fim sai um farsesco embuste. E nada engraçado.

São pessoas com dezenas de imóveis e garagens cheias de carros de luxo que vêm ensinar o povo a renunciar aos bens materiais? E que, ao mesmo tempo, aumentam impostos para que, em prol das ambições da elite atual, os russos comuns apertem o cinto “voluntariamente”?

Imagem de marca da UE...

[PMP69]

Elementos do 425º Regimento de Assalto Separado "Skala", fizeram uma infiltração nocturna e voltaram a hastear a bandeira ucraniana no edífício da Câmara Municipal de Pokrosk.



Pedro

[previsor]

Isto assim de repente faz-me lembrar:

Projecto TGV português
Ponte da Sicilia
Tunel Fehmarntunnel

Gostei mais destas partes:

Vivem como Abramovich e governam como Estaline, mas continuam a querer, precisamente, a União Soviética. Só que não resulta: não se pode passar o picador de carne ao contrário — e no fim sai um farsesco embuste. E nada engraçado.

São pessoas com dezenas de imóveis e garagens cheias de carros de luxo que vêm ensinar o povo a renunciar aos bens materiais? E que, ao mesmo tempo, aumentam impostos para que, em prol das ambições da elite atual, os russos comuns apertem o cinto “voluntariamente”?

O tipo é corajoso e conhece o sistema por dentro.

Kolesnikov was born in Moscow in 1965. His father, Vladimir Ivanovich Kolesnikov (b. 1928), worked for the apparatus of the Central Committee of the Communist Party of the Soviet Union. His mother Adel Davydovna Kolesnikova (nee Traub, b. 1928), was a French language teacher. His brother, Sergey Kolesnikov, was a Kremlin speechwriter.[5] He graduated from the Moscow State Faculty of Law in 1987.
From 1987 to 1990, he worked as a senior consultant at the judicial committee of criminal cases at the Supreme Court of the Russian SFSR.

https://en.wikipedia.org/wiki/Andrey_Ko ... _born_1965)

[Sertorio]

Tropas Ucranianas Se Rinden Al Ejército Ruso En Pokrovsk, Inglaterra Intento Secuestrar Un MIG-31


https://www.youtube.com/watch?v=jD5f2QxF9Mc

[BearManBull]

Projetos grandiosos, como a tentativa de desviar rios na Sibéria — levados a sério pelo governo e enfrentados à vida ou à morte pelos ecologistas — são sinal de decadência do regime. No final da URSS houve muitos projetos assim, descritos pelos autores da revista “Kommunist” de Gorbatchov como o “ciclo zero”: dinheiro literalmente enterrado no solo, no Poço Platónico.

Não é surpreendente que hoje ressuscite a ideia de uma linha de alta velocidade Moscovo–São Petersburgo ou o plano do túnel “Putin–Trump” pelo Estreito de Bering.

Isto assim de repente faz-me lembrar:

Projecto TGV português
Ponte da Sicilia
Tunel Fehmarntunnel

[PMP69]

Lavrov apareceu e afirmou que a "desmilitarização" e a "desnazificação" da Ucrânia são condições obrigatórias para a resolução do conflito.

Rustem Umierov, está na Turquia a negociar uma troca de prisioneiros.



https://x.com/jakluge/status/1988199576621511129

Pedro

[previsor]

Ainda faltava uma parte, e já agora coloco tudo

A eficácia dos contactos era mantida através de canais diplomáticos abertos e de trilhos de negociação permanentes sobre diversos problemas, mesmo que conflitivos. E, em grande medida, especialmente nas relações com os EUA, através de canais secretos, os chamados back-channels. A linha de contactos permanentes, muitas vezes pessoais, entre o embaixador da URSS nos EUA, Anatoli Dobrynin, e o conselheiro do presidente para a segurança nacional — e depois secretário de Estado, Henry Kissinger — permitia reduzir tensões nas relações e resolver mal-entendidos em questões fundamentais. Sem falar na correspondência pessoal entre chefes de Estado e na organização de visitas de alto nível com assinatura de acordos cruciais para a paz.

Nada disso existe hoje — a arte de uma diplomacia que exige boa vontade, profissionalismo e responsabilidade pelo destino do mundo (não é apenas retórica, mas uma categoria pragmática) está perdida.

De volta ao “Clube dos Viajantes do Cinema”!

A reestalinização da era Brejnev foi suave, baseada numa convenção de silêncio e meias palavras. A versão atual é muito mais histérica, agressiva, ruidosa e dura. A política histórica, e portanto a ideologia estatal de facto, apoia-se numa amnésia coletiva em relação ao período de Stalin, numa mitificação do tardio período soviético como modelo a seguir — uma espécie de retro-utopia brilhante — e numa estigmatização de períodos de “governantes fracos” como Khrouchtchov, Gorbatchov e Ieltsin.

A própria linguagem usada pelo Estado através dos seus mediadores televisivos, com vocabulário audacioso e tom ressentido, aproxima-se mais da era stalinista do que do tardio período soviético.

Lembrando os ídolos televisivos do final da URSS: Valentina Leontieva (De todo o coração e, claro, Boa noite, crianças!), Alexander Bovin (Panorama Internacional), Yuri Senkevich (Clube dos Viajantes do Cinema), Sergei Kapitsa (O Óbvio-Inacreditável), Vasily Peskov, Nikolai Drozdov (No Mundo dos Animais) — e muitos outros. Hoje, figuras ou formatos como Solovyov ou Skabeeva não teriam lugar na televisão soviética. E por palavras ditas em direto, os envolvidos receberiam o cartão de partido de volta e um “bilhete de lobo” como punição.

Na era tardia da URSS, a percepção do país e do seu povo no Ocidente e no mundo em geral não era “tóxica”. Hoje, acontece precisamente o contrário.

Então, se não se respeita a “grande potência”, será que a Rússia de hoje é realmente grande? Quando, em conferências, junto a nomes russos aparece a palavra international, o impulso natural é indignar-se. Represento o meu país, não na lógica “certa ou errada, mas é minha”, mas sim na lógica “a minha Rússia não é a Rússia de Putin”, e não é preciso legitimar o Kremlin. Mas, fora do país, é assim que a Rússia é percebida. Quanto ao desporto, isso é claro. Será comparável a autoridade da URSS tardia à reputação da Rússia contemporânea?

Projetos megalómanos e farsescos

Projetos grandiosos, como a tentativa de desviar rios na Sibéria — levados a sério pelo governo e enfrentados à vida ou à morte pelos ecologistas — são sinal de decadência do regime. No final da URSS houve muitos projetos assim, descritos pelos autores da revista “Kommunist” de Gorbatchov como o “ciclo zero”: dinheiro literalmente enterrado no solo, no Poço Platónico.

Não é surpreendente que hoje ressuscite a ideia de uma linha de alta velocidade Moscovo–São Petersburgo ou o plano do túnel “Putin–Trump” pelo Estreito de Bering. É um conjunto de mitos (grandes construções, que nos anos 30 eram feitas por especialistas ocidentais turnkey) e uma imitação caricatural do período soviético.

Por exemplo, a ideia de Sergey Shoigu criar o projeto Lugares para Viver, procurando localizações adaptadas para habitação e lá colocar pessoas. A experiência de grandes ações, como realocações de povos ou construções do Komsomol, não deixa de assombrar os atuais dirigentes. Nesse sentido, a atividade deles lembra a soviética.

A mitologia soviética é, de facto, resistente — a economia planificada e o sistema político da URSS, numa fase mais calma da história recente da Rússia, eram incomparáveis. Só a onda mobilizadora da SVO elevou o modelo político contemporâneo, aumentando drasticamente a sua popularidade: “outro regime não temos, aceitem o que há” — com esta lógica, o cidadão comum concorda sem hesitar. Hoje, até Solovyov é considerado “jornalista” e principal no país. Isto explica muito sobre o discurso dominante e o estado mental da nação.

Nostalgia da União Soviética

Está em curso uma degeneração irreversível e nem sempre explicável dos costumes e gostos. Seria melhor regressar à União Soviética, aos pais, à banda sonora da época — ouvir o barítono de Senkevich, a abertura do Panorama Internacional, alguma Canção-1972, e ainda melhor ir mais adiante no tempo — Mondrus e Kristalinskaya. Shamans com Simonyan e oradores da Duma então não existiam…

P.S.
Sobre uma viagem ao futuro no passado

Em 1956, na inauguração da exposição de Picasso, começou uma confusão. As pessoas, para quem a colecção de obras do artista era um símbolo de descoberta — não tanto da exposição, mas do mundo — foram acalmadas por Ilya Ehrenburg:
“Esperaram por este momento durante vinte e cinco anos, esperem mais vinte e cinco minutos.”

Fica a pergunta: quanto tempo mais terá de passar até que o mundo se abra novamente para nós? Se contarmos a partir de 2025 — até 2050?

* Incluído pelas autoridades da Federação Russa no registo de “agentes estrangeiros”.

Explicação:
• SVO vem do russo «специальная военная операция» (spetsialnaya voyennaya operatsiya), que significa literalmente “operação militar especial”.
• É a sigla oficial usada pelo governo russo e pela comunicação oficial na Rússia para a invasão da Ucrânia desde 2022.

[BearManBull]

É assustador, se o ocidente não consegue reverter a situação na Ucrânia contra uma Rússia que tem sérias debilidades que fez um plano de invasão em cima do joelho, como iria poder aguentar uma potencia organizada com recursos humanos, materiais, logísticos com a dimensão da China?

Estão a preparar a invasão há anos com olho para o pormenor. Uma guerra US vs China vai ser no mínimo devastadora para os USA e é bem possível acabem por perder.

[previsor]

Não é casa nem rua
Porque o regime atual não é a União Soviética
07:09, 11 de novembro de 2025
Andrei Kolesnikov*, cronista da “Novaia”

(18+) ESTE MATERIAL (INFORMAÇÃO) FOI PRODUZIDO, DIFUNDIDO E/OU DESTINA-SE A UM AGENTE ESTRANGEIRO — ANDREI VLADIMIROVICH KOLESNIKOV — OU DIZ RESPEITO À ATIVIDADE DO REFERIDO AGENTE ESTRANGEIRO.

Preocupa-se o coração, o coração agita-se,
Prepara-se o correio para envio…
A minha morada não é casa nem rua,
A minha morada é a União Soviética!
Canção de David Tukhmanov — Vladimir Kharitonov, 1973

A geração do atual Politburo nasceu demasiado tarde. Aparentemente, a vida correu bem — está escrito a preto de caviar sobre fundo vermelho — conseguiram formar um Politburo, vivem como Abramovich e governam como Estaline, mas continuam a querer, precisamente, a União Soviética. Só que não resulta: não se pode passar o picador de carne ao contrário — e no fim sai um farsesco embuste. E nada engraçado.

Queriam pôr em marcha uma máquina do tempo rumo ao período da estagnação, mas aterram no tardo-estalinismo — talvez a única época soviética que se pode comparar ao sistema atual em termos de crueldade política. Isto não é a URSS, é outra coisa.

«Enganaram-se na porta»

O decreto sobre valores tradicionais, de novembro de 2022, substituiu o Código do Construtor do Comunismo; «A minha morada é a União Soviética» foi trocado por «Eu sou russo!». A “nova comunidade histórica — o povo soviético” foi trocada por “nação formadora do Estado”. As barbas de Marx e Engels estão a ser redesenhadas ao estilo da pilosidade de Dugin e Malofeev. Apenas a reestalinização decorre como dantes: as vítimas das repressões voltam a ser difamadas e, por motivos políticos, processam-se agora os seus descendentes.

As grandes estrelas do final da URSS — Alla Pugacheva e Gennady Khazanov — não serviram ao gosto da corte atual (em todos os sentidos da palavra). As semioficiais da mesma época — BG* e Andrei Makarevich* — foram declaradas “agentes estrangeiros”. Na era soviética, a sua atividade era semiclandestina, mas só “semi”: não lhes colavam rótulos oficiais. Podiam enxovalhá-los no “Komsomolskaia Pravda” com artigos do tipo “Ragout de um Pássaro Azul”, mas não lhes chamavam “agentes estrangeiros”.

Que espécie de remake da União Soviética é este, reconhecível por gerações que ainda estão vivas? É um sistema completamente diferente — ainda mais intolerante, rancoroso e com um complexo de inferioridade, inclusive em relação à própria URSS. Não é aquela “casa e rua” da canção de Tukhmanov–Kharitonov, “onde o coração se agita, o coração se preocupa” e “hoje o que importa não é o pessoal, mas os relatórios do dia de trabalho”.

Para os atuais, o que importa é precisamente o “pessoal”, ao ponto de o valor tradicional do decreto presidencial — segundo o qual o “espiritual” está acima do “material” — soar como caricatura e troça.

São pessoas com dezenas de imóveis e garagens cheias de carros de luxo que vêm ensinar o povo a renunciar aos bens materiais? E que, ao mesmo tempo, aumentam impostos para que, em prol das ambições da elite atual, os russos comuns apertem o cinto “voluntariamente”?

Caros dirigentes, enganaram-se no destino — isto não é a União Soviética, não é essa a morada, não são essa a “casa e rua”. Como escreveu Bulat Okudzhava, vocês “trocaram a porta, a rua, a cidade e o século”.

A estrutura do poder no final da URSS era fundamentalmente diferente: a escassez e falta de bens materiais (os espirituais existiam; e os proibidos acabavam por chegar, infiltrar-se, circular) era compensada pelo facto de, ainda assim, deixarem as pessoas viver. Definiam regras e limites. E estes estavam claramente estabelecidos e compreendidos. Quem não compreendia, era chamado ao sítio certo. Mas ao menos avisavam! Chamavam-lhe “profilaxia”. Claro que o sistema estava condenado: “Nós fingimos que trabalhamos, vocês fingem que nos pagam”. Mas era outro sistema — até pelos indicadores oficiais — número de condenações e perseguições políticas — muito mais “vegetariano” (pelo menos na reta final).

«Golda Meir — a Pássara Tempestuosa»

O voo rumo a Marx era complementado, não exatamente por um voo a Marte, mas também não se limitava à conquista militar do espaço. Sair para a rua — voluntariamente! — era possível; as pessoas celebraram com sinceridade o voo de Gagarin. Mas é difícil imaginar uma celebração nacional com o lançamento do míssil “Burevestnik” rumo a algum “Oreshnik”. (Naquele tempo de estagnação, mas cheio de ironia, brincava-se, juntando “A Canção da Pássara Tempestuosa”, de Górki, com a conjuntura política do momento: “Golda Meir — a Pássara Tempestuosa”.)

A liberal intelligentsia, não totalmente extinta, que ainda hoje por vezes se reúne, como há meio século, em cozinhas moscovitas (nunca aconteceu — e eis que volta a acontecer!), sente nostalgia do tardio “soviete”: é preferível ao presente.

Na altura, todos queriam mudanças — e sabiam quais. E os assessores, conselheiros e alguns quadros do aparelho de poder não se diferenciavam, nesse aspeto, da intelligentsia liberal — eram parte dela. Eram eles que faziam avançar peças de teatro, filmes e publicações. Hoje, é impossível imaginar esta nomenclatura pseudo-intelectual nesse papel: são todos guardiões do sistema. Não terão desculpa no futuro — não poderão dizer “tentámos humanizar o regime por dentro”. Os de outrora — sim, tentaram. Estes — não.

Até a polémica era possível noutros tempos — pelo menos até ao final da década de 1970, quando os “partidos políticos” eram as revistas literárias, que exprimiam as posições conservadora, nacional-populista ou liberal.

A arte perdida da diplomacia

De forma curiosa, apesar de as fronteiras ainda estarem formalmente abertas, o grau de isolamento hoje é maior do que na época soviética. Na arte, ciência e educação, certamente. Não há intercâmbios de estudantes ou investigadores; nada de grandes exposições “Paris–Moscovo” e “Moscovo–Paris”.

E não se trocava apenas “um hooligan por Luis Corvalán”. Será possível imaginar hoje que um funcionário promissor da Administração do Presidente da Federação Russa fosse enviado para estudar nos EUA? Mas foi exatamente isso que Alexander Yakovlev — então pós-graduando da Academia de Ciências Sociais e, antes e depois, instrutor do Comité Central — fez em 1958–1959. O clássico da sociologia soviética e futuro fundador da Universidade Europeia de São Petersburgo, Boris Firsov, realizou um estágio na London School of Economics e no serviço de estudos de audiência da BBC em 1967. Em plena crise dos mísseis de Cuba, uma delegação soviética estava nos EUA para debater no âmbito dos Encontros de Dartmouth — um mecanismo permanente de diálogo entre jornalistas e académicos dos dois países. Entre os delegados estavam, por exemplo, o famoso jornalista Yuri Zhukov e o escritor Boris Polevoy. Uma situação absolutamente impensável hoje (Kirill Dmitriev não conta).

https://novayagazeta.ru/articles/2025/1 ... -ne-ulitsa

[PMP69]

Em três semanas, Tuapse (2 x), Saratov (2 x), Ryazan, Kstovo, Volgalad e Mariyskiy.

The Saratov oil refinery in Russia has been shot ablaze.

The facility is run by Rosneft and produces annually 7 million tons of oil products

https://x.com/Tendar/status/1988101847429902482

Pedro