ANA sobe taxas no Porto e Faro em 2026. Em Lisboa vai haver descida

[djovarius]

Boas,

Cortes de juros? Quem lê este tópico já percebeu que é uma estupidez andarem pelos 4,5% - eu defendia que já deveriam estar nos 4% - agora acho que já é tempo de cair para 3,75% só para começo de conversa... enfim!!!

A semana foi marcada pelo dia de ontem e não só, não falta instabilidade!!
O SPX fez touro de ouro, mas acaba a semana "só" em 1,5% de alta - mas o Nasdaq cresceu perto de 3% - outro touro de ouro, tal como DJIA.
Em São Paulo, a B3 também em máximos históricos, perdeu gás, mas ainda ganha na semana.
Na Europa, outra história, com o DAX a cair 1,5% - por cá, existem outros "medos". Além disso, EUR em alta não é bom para o nosso setor exportador, seja produtos, seja serviços...
A semana fica marcada pela queda quase generalizada das "yields" das OT, também pela influência norte-americana. A fraqueza dos dados macro sobressai perante os riscos de inflação.
Depois temos o ouro a subir quase 4% - já passou os 3.600 dólares, pelo que os "esperados" 4.000 podem mesmo não ser uma miragem. Veremos.
A prata fez quase 2% - aqui temos uma teimosa resistência pela frente.
A maioria das "commodities" até caiu, como o trigo a perder 2,7% mas é o petróleo que dá nas vistas a cair mais de 3% - em poucas sessões mais de 8% - simboliza bem o medo de estagnação das economias.

So lado do Forex, alta no EUR/USD de apenas 0,17% agora em 1.17xx - há uma dupla jogada aqui, o medo de recessão é agora tão real na Europa como nos EUA, assim há dificuldades em perceber quem vai ganhar, ursos ou touros. Para já neutro mas com viés de alta.
USD/JPY esteve em alta mas o dia de ontem tudo anulou - sobe apenas 0,2% - também aqui não se tiram conclusões!!

Finalmente as criptos... estavam a reagir às quedas recentes, mas a coisa voltou a azedar: BTC ainda ganha 1,5% em sete dias, anda nos 110K
ETH perde 2,3% no período, está em cima do suporte que foi resistência até há pouco tempo. O resto também não consegue subir por aí além, a maioria perde também terreno....

Assim, é curioso ver o que teremos na próxima semana. Adivinhar o futuro não é possível mas seguramente a instabilidade vai continuar por diversos motivos!!

Abraço, continuação de bom fds
dj

[MarcoAntonio]

Abrandamento do emprego nos EUA praticamente garante corte de juros pela Fed - Américas - Jornal de Negócios

Em agosto, foram criados apenas 22 mil empregos, abaixo da previsão de 75 mil. A taxa de desemprego atinge os níveis mais altos desde 2021, com uma subida para 4,3%.

[djovarius]

Boas,

Impressionantes estes mercados, hein? Maus números do emprego nos EUA, juros de mercado a descer por consequência....
O SPX a fazer touro de ouro, mas logo inverteu um baixa. Forte queda também do petróleo por estes dias, mas vamos ver se a zona de suporte aguenta. Claro que... temos o USD em queda quase generalizada!!

Eu, mais uma vez, prefiro falar da semana depois, com tudo fechado... só há um que não engana, o Ouro que não para de fazer touros do mesmo nome

Abraço, bom fds a todos !!
dj

[yggy]

Isto agora virou tudo para baixo!

[MarcoAntonio]

Entretanto, o S&P500 abriu em novos máximos históricos...

[MarcoAntonio]

Numeros bastante abaixo da expectativa, confirmados também pelo BLS.

Trump entretanto criou um "buffer" de descrédito, dizendo que os "verdadeiros números" só se verão no próximo ano. Assim não precisa de despedir ninguém no imediato, já declarou preventivamente que os números não são verdadeiros.



Seja como for BLS (hoje) e ADP (ontem) apontam no mesmo sentido (penso que já referi num post mais atrás, mas as metodologias e tipos de jobs incluídos não são exactamente os mesmos nas duas publicações, nada de anormal nas diferenças absolutas nos números).

US adds just 22,000 jobs in August, well short of expectations

The U.S. economy added 22,000 jobs and the unemployment rate rose to 4.3 percent in August, according to the first federal jobs report released since President Trump fired the head of the Bureau of Labor Statistics (BLS).

Economists expected the U.S. to gain 75,000 jobs last month with the unemployment rate rising slightly to 4.3 percent, up from 4.2 percent in July, according to consensus projections.

The August jobs report comes as Trump seeks a major change atop the BLS, a non-political statistical agency thrust into a partisan battle.

Trump fired former BLS Director Erika McEntarfer, a veteran of both Republican and Democratic administrations, last month after the dismal July jobs report. Not only did the report show the U.S. adding just 72,000 jobs in July, but included large downward revisions to previous reports.

The net result showed the U.S. adding just 106,000 jobs between May and July — just a third of what economists considered the bare minimum number of jobs to keep unemployment stable.

The president accused McEntarfer and the BLS of fabricating jobs numbers to make Democrats look better, particularly before the 2024 election. Trump provided no evidence to support his claim, and the BLS, in fact, issued major downward revisions to previous jobs reports just months before Trump toppled former Vice President Harris in the 2024 election.

Economists and BLS veterans across the political spectrum condemned Trump’s move, defending the integrity of the agency of statisticians in charge of the data. Several noted that it would be effectively impossible to manipulate the jobs report, given the sheer amount of data that must align to produce the results.

Trump continued to cast doubt on BLS data on Thursday, saying that “real” jobs numbers will come next year.

“They come out tomorrow, but the real numbers that I’m talking about are going to be whatever it is, but will be in a year from now on,” Trump said at a dinner with tech sector executives.

The downward revisions in July were due to late reporting of public education sector jobs, which are highly seasonal, the BLS told The Hill. The agency has faced declining response rates to its surveys since the economic disruption caused by the pandemic, something that has affected statistical agencies in other countries, as well.

Several private-sector gauges of the labor market have also shown a slowdown in recent months, with fewer companies hiring and workers holding onto their jobs at record rates.

Layoffs surged nearly 40 percent last month, with employers eliminating 85,979 positions — the largest August hit since the height of the COVID-19 pandemic in 2020, according to research released from Challenger, Gray & Christmas released Thursday.

Private employers added just 54,000 jobs in August, indicating a slowdown in the hiring market, according to ADP data released Thursday morning.

Job openings also fell in July to 7.18 million, marking the first time job seekers have outnumbered open positions since 2021.

Investors on Friday pointed to policy uncertainties stemming from Trump’s trade war, which businesses have been fretting about for months, as weighing on hiring conditions in August.

“The labor market continues to show fatigue as businesses hold back on hiring amid uncertainty around the direction of inflation, tariffs and the strength of the underlying economy,” Joe Gaffoglio, president and CEO at Mutual of America Capital Management, wrote in a commentary.

Human resource managers, meanwhile, observed signs of a broader slowdown in employment conditions.

“The broader labor market is cooling. Fewer job openings, softer wage growth, and longer job searches are signs of a slowdown. The hiring momentum that kicked off the year has been tempered by uncertainty,” Ger Doyle, North America regional president for ManpowerGroup, wrote.

The Hill

[MarcoAntonio]

Mais números a apontar para uma desaceleração no emprego nos states. A ADP é uma entidade diferente e privada que publica números do emprego, que vão servindo de complemento aos do BLS, os números oficiais/governamentais. Em breve, o BLS também irá publicar números. Há alguma expectativa adicional dado que Trump mudou a responsável máxima depois de terem saído números de que não gostou...

Link para o relatório da ADP, com acesso a dados históricos.

A título de comparação, os 54 mil em ago/2025 comparam com 80 mil em ago/2024 e 118 mil em ago/2023.

Just 54,000 jobs added in August: ADP

Private employers added just 54,000 jobs in August, indicating a slowdown in the hiring market, according to ADP data released Thursday morning.

ADP’s jobs figure is lower than the forecast made by The Wall Street Journal, which predicted 75,000 positions added last month.

“The year started with strong job growth, but that momentum has been whipsawed by uncertainty. A variety of things could explain the hiring slowdown, including labor shortages, skittish consumers, and AI disruptions,” ADP’s chief economist, Dr. Nela Richardson, said in a statement.

ADP’s monthly report showed leisure and hospitality as well as construction performing well despite a wider slowdown in hiring in recent months.

Leisure and hospitality contributed the most by adding 50,000 jobs. Construction was in second place with 16,000. But other sectors, such as trade, transportation and utilities, lowered the overall figure by losing 17,000 positions, according to ADP. Education and health services saw a decline of 12,000 jobs.

Pay gains were nearly unchanged in August. Those who stayed in their job saw their wages go up by 4.4 percent year-over-year. Those who changed jobs saw their salary increase by 7.1 percent during the same stretch, according to ADP.

On Friday, the Bureau of Labor Statistics (BLS) is set to deliver its first jobs report since President Trump terminated the agency’s head after a weak employment report for July. That report showed the U.S. added only 73,000 jobs in July.

[djovarius]

Boas,

Hoje é um dia de alívio em relação a ontem, que afinal não acabou tão mau como começou, mas pelo menos hoje índices europeus estão em alta na sua maioria, tal como o Nasdaq e em menor escala o SPX e, o tal VIX volta a acalmar...

Ao mesmo tempo, após dias de vendas, há boas compras de OT - o mercado crê que os preços estavam favoráveis, tal como se vê nos EUA.
Há quedas nas "commodities", tal como é o caso do crude - também aqui o mercado a se retrair após subidas...
O ouro volta a fazer touro de ouro está acima de 3.600 dólares e há cada vez mais "bocas" a apontar para 4K.
A prata volta a subir aos 42 USD - aqui acredito num ataque à próxima resistência (vide gráfico do outro dia) sobretudo se certos focos de instabilidade financeiro se mantiverem ativos.

O EUR/USD é aquele ativo que "empacou" nos 1.16xx - não vai muito abaixo, mas também não mostra força para subir - está mesmo neutro por agora!!
O USD/JPY é o tal que gravita em torno de 148.00 - pode-se dizer o mesmo que em relação ao par anterior...

Também hoje as criptos estão a mostrar entusiasmo após dias de depressão. O BTC andou ali abaixo de 110K mas já volta para 112K - será hoje o início de um arranque em alta??

Abraço
dj

[Opcard]

O mês de setembro tem má fama para os mercados daí ser apelidado “ “Wrecktember”

O histórico é mau como todos leiam tudo e o mesmo a acontece o efeito rebanho .

Porque isto acontece será apenas psicológico?

Mas há razões , Setembro coincide com o final do ano fiscal de fundos de investimento ,também o histórico de grandes perdas neste mês lembro 2008 e 2011 .

Depois vendo os números S&P 500 o índice dos Índices faz um 6-4 , será mais fama

2016
+0,02%
2017
+2,06%
2018
-0,43%
2019
+1,72%
2020
+8,53%
2021
+4,76%
2022
-9,21%
2023
+1,99%
2024
-1,57%

[djovarius]

Boas,

Já há tópico para o assunto específico da França (e outros, talvez...) o qual, parece-me, que vai ter muito movimento no futuro próximo e distante...

Olha o VIX a subir 19% e a passar os 19 pontos... já sabemos que se passar os 20 pontos teremos mais instabilidade.
O Setembro a sério, começa hoje, emissões loucas de OT após a calma de Agosto, França a apontar para um défice de 5% PIB até Julho (se nada mudar vai aos 8% até ao fim do ano), temos o petróleo em alta após a revelação da crise da refinação (sobretudo na Rússia), temos o mercado a fugir do risco, agora com benefício do dólar (cash again) mas também do ouro (claro, seguem os touros de ouro) e prata.
Curiosamente, os metais e as energias estão em alta, comida erm baixa.
O USD/JPY sobe e o EUR/USD desce - neste último par, não vejo grande apetite pelo EUR se não houver mudanças em França e outros integrantes da moeda única.
As yields sobem e as ações, neste ambiente, teriam de corrigir, tanto na Europa como nos EUA.
Aliás, os mercados não andam atrás dos eventos, antes bem à frente. O DAX, que hoje perde 2%, está ainda a ganhar 24% em 12 meses, enquanto o CAC 40, que perde menos hoje, não tem ganhos em 12 meses. Os mercados sabem melhor.

Abraço
dj

[Opcard]

Se fosse só a França do lado de lá da Mancha , títulos de 30 anos alcançaram
5,69 % , e 10 anos 4,8786 %, mais alto desde 2008 .

As pensões e os direitos adquiridos , aumentam custos laborais e fiscais como ser competitivo?

No passado eram pedidos sacrifícios e havia coesão social isso acabou na Franca ou UK … a uma mistura de povos opostos tudo destrui-o .

Todos gritam com razão , os que chegam estão zangados esperavam o paraíso , os que já cá estavam estão ainda mais zangados .
Ouço trabalhei 37 anos e recebo muito menos que uns clandestinos que chegaram com os filhos a quem foi dado casa e eu tive de comprar a minha ..

Outro trabalhor contra tirarem 2 feriados diz só os trabalhares são vítimas pois quem vive de subsídios nada vai contribuir não vão perder 2 dias esta medida só afecta quem trabalha ..

Não consigo encontrar uma alma disposta a um sacrifício pela França , e eu a pensar que os seus pais e avós iam aos milhares para a morte na 1.ª e 2.ª guerra .

O maior drama da imigração é a morte da coesão de um país e isso não tem preço .

[MarcoAntonio]

US stocks fall as bond sell-off spills into equities

Tech shares extend recent declines as Wall Street reopens after long weekend

FT


A entrada em setembro parece uma reedição da de agosto.

Em agosto, testou os mínimos de julho e virou logo de seguida. Em setembro, vamos ver...

[djovarius]

Boas,

142 mil milhões de euros de défice orçamental até Julho - que grande execução orçamental

A Lagarde até tem razão, nem troikas nem FMI podem salvar a situação, seria impossível devido à dimensão do problema chamado França...
Se chamassem o FMI, o Fundo diria que não há dinheiro que chegue, portanto resolvam os vossos problemas, cortando nos gastos.

Simples assim: basta cortar o défice para metade e tudo andará melhor, ainda que isso implique rios de sangue nas ruas - à Francesa !!

Até logo
dj

[Opcard]

Ainda me restam 2 ações francesas na carteira SMCP, uns dos meu melhores investimentos do ano ., Bastide le Confort ,mas situação política assusta .

Os socialista do sul da Europa são hoje extrema esquerda é grave .

“O Partido Socialista, “voluntário” para tomar o lugar de François Bayrou, encontrou “outro caminho para responder à urgência”. A França está sobre-endividada? Falta-lhe competitividade? Está a desindustrializar-se? Olivier Faure e os seus aliados têm ideias originais para travar o seu declínio: trabalhar menos, gastar mais e taxar sem limites.

O seu contraprojeto de orçamento, que consiste em esmagar com impostos as empresas e os franceses “abastados”, parece retirado de um pequeno manual do anticapitalismo, ao qual são os últimos, entre os seus pares na Europa, a aderir. Loucura!

Vamos então por partes. A principal causa do nosso colapso financeiro, dizem todos os peritos e todos os relatórios oficiais, reside no custo exorbitante do nosso modelo social: concebido no pós-Segunda Guerra Mundial, num contexto demográfico, económico, geopolítico, industrial e tecnológico que nada tem a ver com o mundo atual, ele é hoje insustentável tal como está. A França nunca se reerguerá sem pôr em causa a sua organização e sem cortar nos 900 mil milhões de euros de despesas sociais anuais.

Fechado num total negacionismo, o PS não propõe nada, a não ser a revogação da reforma das pensões, já considerada insuficiente para salvar o sistema de repartição. Para um partido que se diz “responsável”, era o mínimo a esperar.

Mas há mais: um gigantesco golpe fiscal de 27 mil milhões (!) suportado pelas empresas e pelos grandes patrimónios, tendo como bandeira a célebre taxa Zucman, que nenhum país do mundo se atreve a adotar. Pois, no seu universo paralelo, os socialistas, cujo único programa é o imposto, ignoram que existe mobilidade de capitais.

Se fosse possível encher os cofres transformando o país num inferno fiscal, isso já seria conhecido. Também ignoram que a criação de riqueza e de emprego — a outra forma de gerar receitas — acontece nas empresas, desde que estas sejam competitivas. E ignoram, por fim, que a confiança dos agentes económicos (famílias, empresas, mercados), condição prévia da prosperidade, constrói-se sobre a credibilidade.

E é precisamente isso que falta por completo ao seu contraprojeto de orçamento.”

PS. Mais de 30 000 atravessaram a fronteira para Itália , Milão houve-se francês nas boas zonas da cidades , na França estarão os pobres e os clandestinos .

[MarcoAntonio]

U.S. Stocks Are Now Pricier Than They Were in the Dot-Com Era

The S&P 500 has never been this expensive, or more concentrated in fewer companies


The S&P 500’s march to a record high this year hasn’t come cheap: By some measures, stocks have never been pricier.

Investors are now paying more than ever for each dollar of revenue the index’s members produce. The benchmark traded at 3.23 times sales on Thursday, a record high.

WSJ

[previsor]

A queda do governo pode provocar a venda títulos franceses, fazendo dísparar os juros , obrigado o BCE a intervir comprando títulos para estabilizar o mercado.

Não acredito que isso vá acontecer. Acho que nunca aconteceu nada semelhante. Esse tipo de situações ocorre quando existem crises prolongadas, há meses ou anos (por exemplo, em 2008, depois da queda do mercado), e não quando a bolsa está próxima de máximos.
Uma situação que se podia comparar ocorreu quando o Sócrates se demitiu e houve eleições que demoraram, porque é normal demorarem devido aos prazos, e a bolsa portuguesa desceu. Mas isso foi porque realmente havia uma crise económica grave, a crise da dívida soberana, e na altura a bolsa portuguesa não estava próxima dos máximos históricos. Por isso, é diferente do que acontece agora em França. Acho que a probabilidade de algo assim ocorrer é quase nula, para nao dizer mesmo nula.

Acho que nesta altura em que não há nenhuma crise financeira e a bolsa francesa está positiva e relativamente próxima dos máximos de sempre, podem brincar às eleições à vontade, que provavelmente não vai provocar nenhuma crise e terá provavelmente um impacto bem menor do que as tarifas do Trump este ano.

[Opcard]

A queda do governo pode provocar a venda títulos franceses, fazendo dísparar os juros , obrigado o BCE a intervir comprando títulos para estabilizar o mercado.

Mas havera travão da parte alemã , programa socialista propõe é redução da idade de reforma dos 64 para o 62 e mais regalias com, 35 horas nem a direta tem coragem

Como vão reagir os alemães tem reforma mais tarde mais horas e são eles que pagam “ «La belle vie des Français»

Como é que o chanceler alemão Friedrich Merz pode dizer que modelo do Estado social na Alemanha tornou-se financeiramente insustentável, afirmou que o sistema de bem-estar social, tal como existe atualmente, não pode mais ser financiado com os recursos econômicos disponíveis no país. Ele chamou a atenção para a necessidade de uma “reavaliação fundamental” do sistema de benefícios sociais, incluindo saúde, aposentadorias e seguro-desemprego, devido ao aumento das despesas e lacunas no orçamento federal e depois os franceses continuarem deixar tudo como antes bons tempos tem AdD a conta dos franceses .

[djovarius]

Boas,

A semana começa marcada pelo feriado nos EUA e Canadá, pelo que hoje vale a pena falar de outras coisas....

Desde logo a crise em França, que se pode transformar na crise do défice público e da dívida soberana. Mas não é só por lá. Há muitos tubarões atentos e a "largarem" lentamente títulos de dívida (embora estes papéis tenham muitos compradores também, aliás veja-se como está a dívida Suíça e comparação com as demais europeias) para investirem em algo mais atrativo, o mercado acionista e ao mesmo tempo diversificando para "coisas" às vezes esquecidas como metais preciosos e, na verdade, "commodities duras" - neste caso é inevitável falar do Ouro e Prata.

O Ouro fez mais um touro de ouro atingindo mesmo os 3.556 USD /onça, mas este é um máximo de sempre em USD mas não em EUR.
A Prata tem sido mais espetacular, só hoje sobe 2% mas já foi a 41,72 USD /onça - bateu a resistência que foi um máximo histórico da passagem dos anos setenta para os anos oitenta, no tempo da segunda crise do petróleo. Como se pode ver no gráfico, a próxima resistência já é do atual século, ali acima dos 44 dólares e depois é o máximo de sempre, ali logo abaixo dos 50 USD.
Há compradores de metais preciosos em todo o lado, pelo que não há nada que impeça estes dois ativos de continuarem em forte alta. Já há quem fale em 4.000 USD para o ouro e 45 (ou mais) para a prata.
Curiosamente, hoje, o petróleo e outras matérias primas também estão em alta, mesmo com os mercados norte-americanos em modo de férias.

Vamos ver se esta tendência de Agosto se prolonga por Setembro, que está só agora a começar....

Abraço
dj

[previsor]

Ontem ouvi na CNN Portugal dois "propagandistas" da Rússia (Agostinho e Tiago) a dizer que a França ia ter de pedir ajuda ao FMI e acho que é mais provável eu ganhar o primeiro prémio do Euromilhões do que isso acontecer nos próximos meses.
A bolsa francesa está a subir menos do que outras, mas está a subir este ano, apesar da crise política.
Geralmente, quando se pede ajuda externa é depois de grandes descidas e não quando o mercado está proximo de máximos de sempre e está a subir.

[Opcard]

Temo as consequências da crise francesa dou voltas e não vejo solução .

“ Défice orçamental, porque os franceses o quiseram. Não é culpa minha, não é culpa minha, dizia Jean Alizé.
Senhor Primeiro-Ministro, os franceses não quiseram imigração massiva, sofrem-na. Os franceses não quiseram a Europa tal como foi construída desde Maastricht, arrependem-se dela. Os franceses não quiseram esta sobre-administração que os constrange, amaldiçoam-na.

Os franceses não quiseram que a soberania lhes escapasse.
Os franceses não quiseram que um socialista presidisse ao Conselho Constitucional. Que um socialista presidisse ao Tribunal de Contas. Que um socialista presidisse à secção do contencioso do Conselho de Estado.
Anne Hidalgo, candidata socialista, reuniu 1,7% dos votos na última eleição presidencial.
Quer que eu enumere, Senhor Primeiro-Ministro, tudo aquilo que os franceses não quiseram desde há 40 anos e que lhes foi imposto, à força, passo a passo?
Os franceses queriam ser ouvidos, e mais ainda, escutados.

O psicodrama que se desenrola diante dos nossos olhos, e que ainda durará uma semana, com um François Bayrou que prefere atacar os boomers em vez de apontar os estragos da imigração, nada muda quanto ao sofrimento dos franceses.

Quando François Bayrou ontem falou do Estado obeso, pensei em mim e em si, Senhor Presidente, quando foi Comissário, de 3 de setembro de 2020 a 5 de março de 2025 — quatro anos — numa função da República que não serviu para nada e que ainda hoje se prolonga.

Não é o senhor próprio parte desse Estado obeso que hoje denuncia?
Pois bem, custa-me muito acreditar, Senhor Bayrou, na sua capacidade de reconstruir um país que ele e os seus amigos colocaram à beira da falência.
Não se pode pôr nas mãos de quem criou os problemas a missão de resolvê-los.
Não sou eu que o digo foi Einstein
Espero que apreciem o cripticismo das minhas referências desta manhã”

Ou escutado :

https://www.cnews.fr/france/2025-09-01/ ... ointer-les

[djovarius]

Viva,

Vamos lá então retomar o tópico e falar do mês de calendário que chega ao fim.
Positivo para SPX, a ganhar 1,2% e Nasdaq 1,5% mas não para o DAX que perde 1% ou o CAC 2% (crise política).
Shangai ganha 7% no mês graças à renovada política de extrema liquidez na China, a tentar criar "inflação" à moda do Japão... às vezes não se aprende nada.... até o Nikkei ganhou 5% no mês.

As "yields" estiveram em queda na maioria dos casos, portanto as compras foram também de OT, não só ações. Mas isso não se aplica à zona EUR, assombrada pelo repique dos preços ao consumidor. A aposta agora é na não descida dos juros básicos por parte do BCE, ao contrário da FED.

As "commodities" tiveram um mês misto... o ouro subiu mais de 4% e a prata mais de 6% - prata a passar os tais 40 dólares, algo que não ocorria há muitos anos. O petróleo perdeu no mês mais de 7% - uma boa notícia as "energias" em queda... mas a alimentação não perdoa, tal como certos "acessórios" tipo Café, cujos futuros sobem 30% no mês, é a retoma de um dos mais poderosos "bull" em termos de "commodities" A carne de vaca, subiu 5% nos futuros dos EUA, mas isso é o reflexo do que se passa em todo o lado na vida real...

O Forex tem estado relativamente estável, o EUR/USD sobe apenas 1% no mês, enquanto o USD/JPY perde quase 1% também. Houve estabilidade nestes mercados em geral...
... mas o mesmo não se pode dizer das criptos que seguem com volatilidades estonteantes... neste mês, o BTC não só atingiu o máximo de sempre, como perdeu tudo a seguir, está a perder 8% em 30 dias. Já o ETH ganha 17% no mesmo período apesar da semana ser má. O ADA sobe 8% e a Solana sobe 15% neste mês - há caminhos muito divergentes agora no mundo das criptomoedas.

Resta esperar pelo mês de Setembro, que muitas vezes é eufórico mas outras tantas depressivo... veremos!!

Abraço
dj

[djovarius]

Viva,

Está tudo na praia? Podem ler isto depois
Hoje faz-se o balanço da semana e só amanhã o do mês, até porque o mercado das criptos não para nunca...

Tivemos touro de ouro novamente, mas nem tudo foi bom. Na semana, o SPX o Nasdaq nada ganham, tudo estagnado, apesar do primeiro dos dois índices ter marcado um touro de ouro, pela primeira vez acima dos 6.500 pontos, um marco histórico, mais um...
Na Europa, pior, o DAX a perder mais de 1% enquanto o CAC perde 3% num momento de crise em França, nova situação de instabilidade a merecer toda a atenção. Em tudo, falta de força nos mercados acionistas.

Nas OT, temos um mercado com ligeiros avanços na semana, juros em perda também ligeira. O mesmo na Europa, mas atenção novamente ao título de dívida gaulês a 10 anos, o qual andava ali a "pagar" 3,4% de juros, agora "paga" acima de 3,5% - são 80 pontos base acima do equivalente alemão, quando o normal seriam 30 a 40 pontos base - portanto, há já alguns sinais de crise em andamento...

O Ouro está perto dos máximosa de sempre, novamente acima de 3.500 dólares, avançando 3,3% na semana, mas a prata brilha mais, com 3,6% de ganho semanal e com a cotação finalmente acima dos 40 USD / onça. Está agora a tentar atacar a resistência, pouco acima, que foram os máximos dos anos setenta, mas ainda longe dos máximos absolutos em cerca de 50 dólares. Há quem diga que os metais preciosos vão explodir em alta

O petróleo subiu, recuou, mas fica estável na semana, as agrícolas voltam a subir, algumas cerca de 1% e o Café, de novo acima de 2% de alta, tal como o arroz. Nada de boas notícias neste campo....

O EUR/USD só perdeu 0,3%, poderia nada ter perdido, mas ainda anda nos 1.16xx - neutrinho, sem tourinho!!! Já o USD/JPY fica inalterado, mas sempre abaixo dos "tais" 148.00 - enfim, muitos mercados à espera de novidades.

As criptos ficam para amanhã, porque vão fazer parte do resumo do mês.

Semana sem grandes mudanças, num mês que confirma o que se passou nos dois anteriores, os mercados continuam a não considerar perigos nem bolhas nem notícias negativas, mas em Setembro e Outubro poderemos ter o desfecho de vários desses "perigos".

Abraço
dj

[djovarius]

Boas,

Hoje temos aqui o típico fim de mês, com algumas mais valias, mas nada a ver com puxadas de fim de trimestre.

Como sempre, resumo da semana e mês, fica para mais logo ou amanhã.

Abraço, bom fds a todos
dj

[djovarius]

Boas,

O mercado acredita mesmo no crescimento da Economia americana, temos os tais 3,3% (anualizado), veremos no próximo trimestre, mas pode andar lá perto também. Se não fosse isso, não teríamos touros de ouro, ontem históricos 6.500 pontos no SPX.

Bolhas? Bem, agora começam muitos a se questionar se esta queda das criptos é só mais onda de volatilidade ou se é o início do final de uma grande bolha!!??
Eu não digo nada, mas para já é mais uma volta na roda gigante!! De resto, nada de grandes novidades, mas hoje fecha o mês dos mercados...

Abraço
dj

[richardj]

Hoje é dia de CPE, mais um dia para volatilidade.