Candidatos a liderar Fed são cada vez mais. Trump já tem cerca de 10 potenciais sucessores de Powell

[BearManBull]

Não se trata de humilhação, um muçulmano não pode tocar no corpo de uma mulher, são costumes que devem ser respeitados.

Se fosse um heterosexual a rejeitar um beijo na cara de um LGBT era descriminaçao...

Se fosse um branco a rejeitar a mao de um nao branco era racismo...

Se fosse um judeu ou um cristao a rejeitar a mao de uma mulher era machismo...

[PMP69]

É um vídeo magnífico, muito idiota útil acredita que um dia serão democratas ,esta humilhação feitas as mulheres não merece nenhuma reação desses que andam sempre a gritar .

Humilhação". Novo líder sírio recusou apertar mão a MNE da Alemanha .

https://youtube.com/shorts/pe_8HFRefYA? ... E1TeOkgikg

Não se trata de humilhação, um muçulmano não pode tocar no corpo de uma mulher, são costumes que devem ser respeitados.

Esse tem sido o erro do Ocidente, tentar ocidentalizar sociedades que têm costumes muito diferentes dos seus.

Pedro

[Opcard33]

É um vídeo magnífico, muito idiota útil acredita que um dia serão democratas ,esta humilhação feitas as mulheres não merece nenhuma reação desses que andam sempre a gritar .

Humilhação". Novo líder sírio recusou apertar mão a MNE da Alemanha .

https://youtube.com/shorts/pe_8HFRefYA? ... E1TeOkgikg

[PMP69]

Típico da política externa dos EUA, em 2019 (Administração Trump) abandonaram Kobani, abrindo espaço para a Turquia criar a chamada "zona-tampão" em território Sírio, o que criou muitas dificuldades às SDF (Forças Democráticas Sírias), em contrapartdia de outras forças, como o Exército Livre Sírio Turco, e mesmo o ISIS.

Apesar de Trump ter iniciado a retirada da Síria, hoje os EUA não podem sair da região, pois finalmente podem concretizar o sonho de construir o gasoduto Catar/Turquia, passando pela Arábia Saudita, Jordânia e Síria.

A Síria foi um peão, na tentativa de substituir o gás natual russo, pelo do Catar, libertando a Europa da dependência Russa.

https://x.com/Osint613/status/1874818197150712191?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1874818197150712191%7Ctwgr%5E98e17dc92ce4c50aa587ebb7dea37fb16accb065%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.twz.com%2Fnews-features%2Fu-s-reportedly-setting-up-new-base-in-northern-syria

Pedro

[PMP69]

Um F/A-18 F (biposto), o E é monoposto, foi abatido por "fogo amigo" quando dava cobertura aérea a outras aeronaves.

Pertencia ao USS Harry S. Truman Carrier Strike Grou (CSG).

https://news.usni.org/2024/12/21/u-s-super-hornet-shot-down-over-red-sea-in-friendly-fire-incident-aviators-safe

Pedro

[PMP69]

Enquanto Putin fala na possibilidade de manter as basses na Síria, é assim que estão a retirar em todas as bases.

Nem a saída do Afeganistão foi assim.

https://x.com/Tendar/status/1870068770422550952

Pedro

[PMP69]

Nada de novo, transformar derrotas em vitórias, e mentir descaradamente.

A Rússia tinha cerca de 6.000 homens na Síra.

Sem as bases de Khmeimim (aérea) e Tartus (naval), a Rússia perde o flanco sul da Nato e fica com muitas dificuldades nas suas operações em África (Sudão, Mali, Chade e República Centro-Africana).

Provavelmente, vão transferir parte da operação para a Líbia, onde já têm bases (al-Shati, al-Jufra, al-Khadim e al-Qardabiyah. No entanto, a Líbia não é a Siria de Assad. O Exército Nacional da Líbia (LNA) do Geng. Khalifa Haftar, controla o leste e parte do sul do pais.


https://x.com/yarotrof/status/1869715221897413086?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1869715221897413086%7Ctwgr%5Ef3292ff3db2b17124c38354079ae316dd17c1f99%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.twz.com%2Fnews-features%2Fputin-claims-no-final-decision-yet-on-russias-bases-in-syria-despite-withdrawals

https://bsky.app/profile/did:plc:5322nf3l2i7yvvyxzuj4dmms/post/3ldnsmoxcqk2x?ref_src=embed&ref_url=https%253A%252F%252Fwww.twz.com%252Fnews-features%252Fputin-claims-no-final-decision-yet-on-russias-bases-in-syria-despite-withdrawals

[PMP69]

Os russos estão a retirar-se da Base Aérea de Khmeimim, perto da Base Naval de Tartus.

Vêm-se aviões de carga Ilyushin Il-76 e Antonov An-72, caças Su-34 "Fullback" e caças-bombardeiros Su-24 "Fencer".

Estes aviões e os cerca de 7.000 militares russos, devem acabar na Ucrânia.

https://x.com/yarotrof/status/1867241875674927304?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1867241875674927304%7Ctwgr%5Ed0208cd27e10473cbd6621bb4627a9ea39ae8e78%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.twz.com%2Fair%2Frussian-forces-appear-to-be-pulling-out-of-prized-syrian-air-base

Pedro

[Opcard33]

Acho bem ou se está com os amigos ou se está contra e ao estar contra também é inimigo .

“Dois navios americanos que transportavam armas para Israel foram impedidos de fazer escala no porto espanhol de Algeciras, foram para o porto marroquino de Tanger Med.

De acordo com a Comissão Federal Marítima dos EUA, a Espanha cria “condições desfavoráveis ao comércio exterior dos Estados Unidos”. Como resultado, “medidas corretivas” poderiam ser aplicadas, com uma multa de US$ 2,3 milhões por navio espanhol entrando em um porto americano, ou mesmo proibindo-os de acesso.

[PMP69]

A Turquia está a estender a sua influência em África, nomeadamente no "cauda de África".

A Somália é próxima do Egipto e tem militares egipcios em Mogadíscio.

Tanto a Somália como a Etiópia lutam contra a AlQaeda, mas têm visões diferentes em relação à Somalilândia, sendo que a Etiópia assegura acesso ao Golfo de Aden, através do Porto de Berbera.

https://x.com/clashreport/status/1867084654236377116

Pedro

[macau5m]

2. Não estou consciente da China ter invadido militarmente nenhum país.

1950 Tibete.

Hong-Kong e Macau não respeitado o acordado um país 2 sistemas essa é a razão
que torna impossível uma solução para Twain .

Hong Kong e Macau não foram ocupados militarmente, embora o resultado fosse o mesmo.
No caso destes 2 territórios foi uma questão de meter politicos nos lugares próprios e a repressão policial apoiada pelo poder (parcial) judicial, fez o resto.

[PMP69]

Já tinha sido falado, e não me parece que tenha sido determinante para a queda de Bashar al-Assad.

Também estão presentes em África, nomeadamente em apoio aos Tuaregues, que têm infligido baixas no Russian Expeditionary Corps (REK) ex Grupo Wagner.

Syrian rebels had help from Ukraine in humiliating Russia

https://www.washingtonpost.com/opinions/2024/12/10/ukraine-syria-russia-war/

Pedro

[PMP69]

A Turquia, Egito, Jordânia e Arábia Saudita já condenaram a incursão Israelita.

No Leste e Nordeste, as Forças Democráticas Sírias (SDF), apoiadas pelos EUA, estão a perder terreno para o Exército Nacional Sírio (SNA), apoiado pela Turquia. Erdogan já expressou o sua vontade de esmagar o ISIS e o Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK/PYD).

Posso estar enganado, o que me faria muito feliz, mas a Síria está numa Guerra Civil sem fim à vista.

https://apnews.com/article/syria-israel-airstrike-assad-war-b90edb8dbe8268dacf90e59ca601e2e3




Pedro

[PMP69]

As IDF, depois de ocuparem posições na zona desmilitarizada, avançaram para Qatana, que fica 20 kms a sudoeste de Damasco.

Estarão envolidas as seguintes unidades:

Unidade 5101 Shaldag (Operações Especiais da Força Aérea);
210ª Divisão Bashan (responsável pela segurança nos Montes Golã);
810ª Brigada de Montanha;
474ª Brigada Territorial Golã;
679ª Brigada Blindada de Reserva Yiftach.

A Força Aérea Israelita, efectuou nos últimos dias centenas de ataques a alvos Sírios, incluindo em Damasco e hoje na Base Naval de Tartus.

Pedro

[Opcard33]

2. Não estou consciente da China ter invadido militarmente nenhum país.

1950 Tibete.

Hong-Kong e Macau não respeitado o acordado um país 2 sistemas essa é a razão
que torna impossível uma solução para Twain .

[macau5m]

2. Não estou consciente da China ter invadido militarmente nenhum país.

1950 Tibete.

[Opcard33]

Está notícia deixa-me muito inquieto.

“ Várias dezenas de franceses participaram do ataque a Damasco”

Todos sabemos que este “franceses” são muito mais extremista para mostrar lealdade aos outros radicais , um dia vão regressar com todos os direitos ao generoso Ocidente .

[PMP69]

Como é que a CNN permite que os propagandistas russos (Tiago André Lopes e Agostinho Costa), continuem a dizer asneiras atrás de asneiras.

Segundo o major-general, “seria mais fácil os russos saírem da Crimeia que da Síria", tendo em conta que nesta última estão localizadas duas bases militares importantes para a Rússia - a base aérea de Khmeimim e a base naval do porto de Tartus que, segundo Agostinho Costa, são ambas “essenciais” para a “projeção do poder” de Moscovo para o Mar Mediterrâneo”, o que garante “uma presença real dos russos no Médio Oriente”

https://cnnportugal.iol.pt/zircon/misseis-zircon/pela-primeira-vez-vimos-o-lancamento-de-misseis-zircon-que-nenhum-sistema-consegue-abater-e-a-partir-de-um-navio-que-ja-passou-por-portugal/20241205/6751cff4d34e94b8290848c5




Pedro

[PMP69]

A Hayat Tahrir Al-Sham (HTS), vem da AlQaeda, mais propriamente da Frente Al-Nusra.

A guerra civil vai manter-se, senão vejamos, temos movimentos Sunitas Salafistas (HTS, ELS, ISIS, FLS ...), todos pró-Turquia e que já combateram entre sí, temos um movimento Curdo (FDS) que luta pelo Grande Curdistão, que engloba desde islamitas a cristãos, que é anti-Turquia e apoiada pelos EUA e que combate os primeiros e a Turquia.

Com a queda de Bashar al-Assad, poderá aparecer um movimento Xiita Alauita, que lute pela restauração do poder.

Na fronteira Ocidental, Israel avançou e tomou posições entre os Montes Golã e a Síria (zona desmilitarizada), a Oriente temos a fronteira com o Iraque (Xiita) e a norte a Turquia.

Entretanto, a Rússia retirou o restante da sua frota da Base de Naval de Tartus, navegando agora no Mediterrâneo, nomedamente o submarino Novorossiysk, o petroleiro Vyazma e as fragatas Admiral Grigorovich e Admiral Gorshkov.

Pedro

[BearManBull]

É um desastre militar e uma humilhação para a Rússia, e ao contrário da saida do Afeganistão (1989), aqui tem uma saida desordenada e a perda de militares e muito equipamento.

Parece ser uma derrota estratégica muito importante para Rússia. Mas falta saber se foi só para a Rússia.


US believes significant portions of rebel group HTS maintain strong links to ISIS, a senior official says

[BearManBull]

Se enfraqueceres o Irão e a Rússia, estás retardar o crescimento militar da China.

Não há absolutamente nenhuma evidencia disso.

China raises defense budget by 7.2% for 2024, 'conducive to peace, stability'


Parece que tem exactamente o efeito oposto a Rússia igualmente tem o maior OE militar de sempre.


[/quote]

2. Não estou consciente da China ter invadido militarmente nenhum país.

Vai invadir, ou tentar invadir Taiwan, e todos sabem isso, os prórpios EUA começaram a preparar-se para esse conflito em 2018, através do Force Design 2030 (FD2030).

Em Africa não invadiu ninguém, porque devem os USA estar enviar militares para Africa? Isso não é considerado colonialismo?

4. Quem paga as contas de um povo descontente na homeland? Apostar tudo na politica externa quando os próprios USA estão mais próximos de uma guerra civil.

Nesse caso, os EUA têm que abdicar da sua filosofia e transformarem-se numa potência regional, o que não me parece que estejam dispostos a fazer.

[/quote]

Os USA no inico do seculo XX eram a maior potencia global, muito mais do que são agora. Na altura tinham um poder militar bastante modesto atendendo ao tamanho do país. Só depois da WWII é que os USA se tornaram potencia militar. Muito antes disso já eram o maior poder global.

Investir em defesa tem alguns benefícios mas também desloca muitos recurso. O facto de tentarem controlar o mundo também exerce pressão a outras potencias a criarem resistências. Para além que boa parte da população global estar contra os americanos, inclusivamente em Portugal.

[PMP69]

A Rússia tentou junto da Turquia ajuda para evacuar os militares da Base Naval de Tartus e da Base Aérea de Khmeimim.

Na Base de Tiyas, perto do Aeroporto de Palmira, tem forças cercadas e sem possibilidade de serem evacuadas.

É um desastre militar e uma humilhação para a Rússia, e ao contrário da saida do Afeganistão (1989), aqui tem uma saida desordenada e a perda de militares e muito equipamento.

No entanto, brevemente, veremos Putin a reconhecer o novo governo Sírio, pois a bandeira já foi içada na embaixada Síria em Moscovo.

Moscovo está a transformar-se numa "Casa de Repouso" para ditadores.

https://x.com/UKikaski/status/1866061727340622027

Pedro

[PMP69]

1. Não entendo em que medida criar guerras no medio oriente e Africa vai ajudar os USA em impedir o que quer que seja da China e mesmo da Rússia. (controlar um regime num país como a Síria é o sonho de qualquer ambição na conquista da liderança mundial

Se enfraqueceres o Irão e a Rússia, estás retardar o crescimento militar da China.

O regime de Bashar al-Assad cai por tês motivos, e dois deles são a Guerra da Ucrânia e o conflito Irão/Hezbollah/Israel.

2. Não estou consciente da China ter invadido militarmente nenhum país.

Vai invadir, ou tentar invadir Taiwan, e todos sabem isso, os prórpios EUA começaram a preparar-se para esse conflito em 2018, através do Force Design 2030 (FD2030).

3. Novamente o resultado tem falhado desastrosamente porque a cooperação entre esses países tem aumentado significativamente.

Completamente de acordo, e com a China a comprar petróleo à Rússia e ao Irão ao "preço da chuva".

4. Quem paga as contas de um povo descontente na homeland? Apostar tudo na politica externa quando os próprios USA estão mais próximos de uma guerra civil.

Nesse caso, os EUA têm que abdicar da sua filosofia e transformarem-se numa potência regional, o que não me parece que estejam dispostos a fazer.

O Japão, a Coreia do Sul e Taiwan prescidem do nuclear porque os EUA dão-lhe protecção, num dia que sentirem que não a têm, vamos ter mais 3 potências nucleares.


Pedro

[Opcard33]

Uma entrevista com respostas interessantes de um especialista do médio oriente.

“ Isto é, de qual­quer forma, uma mani­fes­ta­ção cru­cial – é parte do cora­ção de uma explo­são glo­bal que agora ame­aça o Irão, muito enfra­que­cido pelo colapso do seu repre­sen­tante sírio, e que tam­bém pega Israel de sur­presa, livrando – se do diabo que ele conhe­cia, mas para quem a pre­sença de um grupo islâ­mico-mesmo que agora seja "apre­sen­tá­vel" na sua fron­teira de Golã com a Síria é pro­ble­má­tica. Espe­ci­al­mente por­que o nome gen­til e gen­til do líder do grupo que der­ru­bou o poder Alau­íta-Baathista Sírio, al-jou­lani, sig­ni­fica em árabe "nativo do Golã", de onde seus pais, devo­tos suni­tas, fugi­ram do regime de Hafez el-assad, pai de Bashar, para se refu­giar na Ará­bia Sau­dita, onde seu filho nas­ceu, cri­ado em estrita obe­di­ên­cia ao sala­fismo. Mas este é, natu­ral­mente, um golpe para a Rús­sia, que corre o risco de per­der as suas duas bases mili­ta­res no Medi­ter­râ­neo, naval em Tar­tus – cujos seis navios já zar­pa­ram ouse-ouse não ser embar­cado em terra ... e aérea em Hmei­mim ... ao alcance dos dro­nes rebel­des! No momento em que Zelensky se encon­tra com o novo mes­tre do mundo Donald Trump, sob os aus­pí­cios de Emma­nuel Macron, por oca­sião da inau­gu­ra­ção da Notre-dame recons­tru­ída, isso deve for­ta­le­cer a mão da Ucrâ­nia. É impres­si­o­nante, a pro­pó­sito, que o Sr. al-jou­lani tenha sido entre­vis­tado em 6 de dezem­bro pela CNN, em Aleppo que as suas tro­pas tinham aca­bado de con­quis­tar, ves­tindo uma T-shirt cáqui muito seme­lhante à usada pelo pre­si­dente ucra­ni­ano!
Quais serão as con­se­quên­cias para a região?
Pri­meiro, o colapso do" cres­cente xiita", tam­bém conhe­cido como o" eixo da resis­tên­cia anti-sio­nista " lide­rado por Tee­rão. Per­deu o Hamas, o Hez­bol­lah e a Síria con­se­cu­ti­va­mente. É enorme. O regime deve, pelo menos, sofrer alte­ra­ções inter­nas sig­ni­fi­ca­ti­vas se qui­ser sal­var uma forma de sus­ten­ta­bi­li­dade. Os pre­da­do­res vizi­nhos devem olhar avi­da­mente para o Irão, este estado do "limiar nuclear" com a sua riqueza, a sua classe média alta­mente desen­vol­vida ... Os meus con­tac­tos ame­ri­ca­nos con­fir­ma­ram - me que o encon­tro entre Elon Musk e o embai­xa­dor Ira­ni­ano nas Nações Uni­das tinha efec­ti­va­mente ocor­rido no dia 11 de novem­bro, em Nova Ior­que. Pode­mos ima­gi­nar o quanto um" acordo " com um Irão pós-Islâ­mico sedu­zi­ria Donald Trump. Afi­nal, o Irão do Xá era o firme ali­ado de Israel. E a agi­ta­ção do mundo abre as jane­las de todas as pos­si­bi­li­da­des! O pre­si­dente eleito escre­veu ontem na X, a rede do seu amigo Musk, que a Amé­rica estava a ficar longe do con­flito na Síria, um "mau regime". Isto não é intei­ra­mente cor­recto. Exis­tem bases e sol­da­dos ame­ri­ca­nos na parte con­tro­lada pelos cur­dos da Síria, a nor­deste. As For­ças Demo­crá­ti­cas Sírias (fds), que são cur­dos, esten­de­ram o seu domí­nio, após a explo­são das tro­pas de Assad, a Abu Kamal e Deir ez-zor, na fron­teira com o Ira­que - onde a estrada de abas­te­ci­mento ira­ni­ana para o Hez­bol­lah e o regime de Assad pas­sou acima de tudo. O SDF não pode­ria se mover sem a apro­va­ção Ame­ri­cana.
Na ori­gem da ofen­siva na Síria, O grupo jiha­dista Hayat Tah­rir al-sham. O que é este grupo? Como é com­pa­rá­vel e dife­rente do Daesh?
Ini­ci­al­mente, Abu Moham­med Al-jou­lani - ape­lido de jiha­dista-tinha sido envi­ado à Síria pelo "califa" do Daesh, Bagh­dadi, para "apoiar" os rebel­des sírios da pri­ma­vera árabe e isla­mi­zar a insur­rei­ção. Em dezem­bro de 2013, onze anos atrás, ele deu uma entre­vista à Al-jaze­era para se van­glo­riar dela, em pleno traje jiha­dista. Dois anos depois, em maio de 2015, deu uma nova entre­vista ao canal do Catar, com três quar­tos das cos­tas e sem armas, para anun­ciar o seu apoio à al-Qaeda e denun­ciar o Daesh. Em seguida, ele se tor­nou o chefe da "zona de deses­ca­lada" de Idlib, de onde come­çou a ofen­siva relâm­pago que der­ru­bou em duas sema­nas um regime em vigor em Damasco desde 1970.
Como che­gá­mos aqui?
Logo após o ata­que pogro­mista do Hamas em 7 de outu­bro de 2023, Israel rea­li­zou duas ofen­si­vas con­co­mi­tan­tes. A aten­ção do mundo cen­trou-se na pri­meira, a repres­são em Gaza, que já matou mais de 45.000 pes­soas e ali­men­tou acu­sa­ções de "geno­cí­dio". Mas o segundo, com um objec­tivo a longo prazo, visava minar o "eixo de resis­tên­cia"lide­rado por Tee­rão e come­çou com o seu elo mais fraco, a Síria de Assad, muito depen­dente dos pas­da­rans Ira­ni­a­nos ("guar­das revo­lu­ci­o­ná­rios"), e de várias milí­cias xii­tas, espe­ci­al­mente as do Hez­bol­lah liba­nês, no ter­reno – bem como da cober­tura aérea Russa. Os regi­men­tos do exér­cito sírio leais ao regime, mai­o­ri­ta­ri­a­mente cons­ti­tu­í­dos por mino­rias étni­cas, em pri­meiro lugar os Alau­í­tas - a quem per­tence a famí­lia gover­nante - eram muito pou­cos em número, exaus­tos por anos de com­bate. A maior parte dos rebel­des suni­tas e islâ­mi­cos foi trans­fe­rida em 2016 para a "zona de des­con­fli­xion" de Idlib, no noro­este, adja­cente à fron­teira turca, em car­ru­a­gens colo­ca­das sob a pro­te­ção de ofi­ci­ais rus­sos de fé Sunita e do Cáu­caso. Este caldo de Cul­tura Islâ­mica do enclave de Idlib per­mi­tiu que Hayat Tah­rir al-sham (HTC - "Orga­ni­za­ção de Liber­ta­ção do Levante") - aqui em frente, filial local da al-qaida - pros­pe­rasse e se reor­ga­ni­zasse, com a bene­vo­lên­cia da Tur­quia de Erdo­gan, atra­vés da qual tran­si­tam ajuda e supri­men­tos civis e mili­ta­res. Enquanto os rus­sos, os Pas­da­ra­nos e os mili­ci­a­nos do Hez­bol­lah esta­vam em pé de guerra na Síria, estes isla­mi­tas per­ma­ne­ce­ram cala­dos.
Depois, em pri­meiro lugar, foi a avi­a­ção de Mos­covo que foi trans­fe­rida para a Ucrâ­nia, depois os gene­rais pas­da­ran que foram liqui­da­dos por ata­ques isra­e­li­tas mesmo con­tra o con­su­lado Ira­ni­ano em Damasco – Tee­rão teve mesmo de rea­gir por um ata­que com mís­seis con­tra o Estado Judeu em 1 de Abril, sem muito sucesso. Final­mente, em setem­bro, o ata­que com pagers e wal­kie-tal­kies que mata­ram milha­res de ofi­ci­ais do Hez­bol­lah no Líbano, depois a deca­pi­ta­ção do Estado-Maior da orga­ni­za­ção pelos aten­ta­dos que tira­ram a vida de Nas­ral­lah em 27 de setem­bro for­çou o repa­tri­a­mento de com­ba­ten­tes posi­ci­o­na­dos na Síria, dimi­nu­indo as posi­ções. A HTC apro­vei­tou ime­di­a­ta­mente este facto, depois de ter pre­pa­rado para os últi­mos anos. A mai­o­ria dos seus com­ba­ten­tes é pro­ve­ni­ente das regi­ões suni­tas do Noro­este, que eles conhe­cem bem, e regres­sa­ram a casa com mais faci­li­dade por­que têm mui­tas liga­ções locais e o que res­tou do exér­cito do regime foi piso­te­ado e minado pela cor­rup­ção endé­mica – o salá­rio é de cerca de quinze dóla­res por mês…
Esta nova frente é, por­tanto, indi­rec­ta­mente con­se­quên­cia de duas outras fren­tes: a da guerra na Ucrâ­nia e, em espe­cial, a que se opõe a Israel e ao Hez­bol­lah Liba­nês…
Com efeito, é uma con­se­quên­cia directa da demo­li­ção sis­te­má­tica por Israel do "eixo de resis­tên­cia" ira­ni­ano e da tomada de for­ças rus­sas pela guerra na Ucrâ­nia. Este é um grande pro­blema para Putin, por­que mos­tra que a sua capa­ci­dade de pro­jec­tar exter­na­mente e defen­der os seus ali­a­dos está muito enfra­que­cida – enquanto as prin­ci­pais mano­bras estão a ser pre­pa­ra­das para um "acordo" com Donald Trump para pôr fim à beli­ge­rân­cia na Ucrâ­nia. Mos­cou não será capaz de abor­dar a nego­ci­a­ção a par­tir de uma posi­ção de poder.
Isso revela indi­rec­ta­mente a fra­queza do regime ira­ni­ano? Ainda acre­dita no seu colapso?
Teerã está em uma situ­a­ção muito enfra­que­cida, por­que toda a sua estra­té­gia de armar repre­sen­tan­tes no Levante para ame­a­çar Israel agora saiu pela cula­tra em seus ins­ti­ga­do­res. O Hamas já não é ape­nas uma força resi­dual, cujo último recurso é a chan­ta­gem aos reféns isra­e­li­tas. O Hez­bol­lah sobre­vive ape­nas no sul do Líbano em Modo de guer­ri­lha e já não tem capa­ci­dade de pro­jec­ção regi­o­nal. O regime sírio mor­reu no sábado no eixo Alau­íta entre Damasco e a costa do Medi­ter­râ­neo, onde ocor­reu a pri­meira fase da guerra civil em 2012 – Assad foi salvo pela inter­ven­ção maciça do Hez­bol­lah. Na semana pas­sada, as famí­lias Alau­í­tas e cris­tãs de Homs - dois ter­ços suni­tas-fugi­ram para a costa, e Homs caiu, abrindo a estrada e a cidade de Damasco durante a noite de sábado a domingo.
Os tur­cos desem­pe­nha­ram um papel nesta ofen­siva jiha­dista relâm­pago?
Não pode­ria ter ocor­rido sem o seu blanc-seing. Por um lado, as milí­cias pagas por Ancara, o Exér­cito Naci­o­nal Sírio, apro­vei­ta­ram a opor­tu­ni­dade para expul­sar os cur­dos do Noro­este e forçá-los a refu­giar-se no Nor­deste, Rojava, sob o con­trolo de for­ças cur­das pro­te­gi­das por bases ame­ri­ca­nas. Por outro lado, o enfra­que­ci­mento do Pólo persa no Levante e no Jezi­reh, no Eufra­tes, foi sem­pre, na his­tó­ria, con­tra­ba­lan­çado por um impulso Oto­mano – uma estra­té­gia na qual o sul­tão Moderno, Erdo­gan, está ins­crito. Além disso, ele for­ta­lece sua mão por todos os lados: ele pode ali­viar Mos­cou proi­bindo seus "bashi­bu­zouks" de ata­car as bases navais e aéreas rus­sas de Tar­tus e Hmei­min, e obter todo tipo de coi­sas de Putin como com­pen­sa­ção. Israel, Assim como o irão, tam­bém devem lidar com ele. Assim, coloca-se tam­bém numa posi­ção forte para a grande nego­ci­a­ção do "acordo" anun­ci­ado por Trump. Esta­mos no meio das gran­des mano­bras da "agi­ta­ção do mundo"!
O risco da recons­ti­tui­ção do Estado Islâ­mico é real? Os cris­tãos ori­en­tais serão as pri­mei­ras víti­mas?
O Daesh par­ti­cipa na fre­gue­sia ao seu lado, lide­rando uma ofen­siva no deserto em direc­ção a Pal­mira. Mas hoje não parece estar numa posi­ção forte em com­pa­ra­ção com a HTC - à qual se opôs con­fron­tos san­gren­tos. Abu Moham­med Al-jou­lani, seu líder, que des­fi­lou em 4 de dezem­bro na mile­nar Cida­dela de Aleppo, acaba de dar entre­vis­tas onde tro­cou o traje de bata­lha pelo casaco com­pleto, a fim de tran­qui­li­zar os oci­den­tais. Não parece que tenham havido abu­sos con­tra os cris­tãos desta cidade com­pa­rá­veis aos que o Daesh sofreu com os seus cor­re­li­gi­o­ná­rios em Mosul, no Ira­que, mas esta infor­ma­ção ainda não foi veri­fi­cada e eles estão legi­ti­ma­mente pre­o­cu­pa­dos, uma vez que estão entre dois incên­dios. Neste ponto, as pri­sões do regime foram aber­tas em todos os luga­res sem res­tri­ções e milha­res de pri­si­o­nei­ros con­se­gui­ram recu­pe­rar a sua liber­dade. Mas vamos espe­rar para ver o que acon­tece a seguir, onde tudo é pos­sí­vel.
Em França, deve­mos temer um reforço da ame­aça jiha­dista. Pode o pesa­delo dos anos 2015-2020 repe­tir-se no con­texto do jiha­dismo atmosfé­rico?
Não esta­mos mais na mesma con­jun­tura-e deve­ria haver flu­xos rever­sos de retorno à Síria de mui­tos exi­la­dos ... o que é, em par­ti­cu­lar, o desejo de erdo­gan, con­fron­tado com uma hos­ti­li­dade xenó­foba Anti-Síria no seu elei­to­rado popu­lar na Tur­quia. Mas não pode­mos pre­ver as con­vul­sões que estão a ocor­rer. Pre­o­cupa-me que a Pro­cu­ra­do­ria naci­o­nal anti­ter­ro­rista e a DGSI, por ques­tões buro­crá­ti­cas mise­rá­veis, este­jam hoje a sepa­rar-se dos seus melho­res conhe­ce­do­res deste movi­mento. A incom­pe­tên­cia da admi­nis­tra­ção já teve, no pas­sado recente, con­se­quên­cias catas­tró­fi­cas neste domí­nio no ter­ri­tó­rio naci­o­nal. * Pro­fes­sor Emé­rito de uni­ver­si­da­des, Gil­les Kepel publi­cou recen­te­mente "the Uphe­a­val of the world: the post-Octo­ber 7" (Plon, 2024).

[BearManBull]

É esse triângulo que os EUA têm que enfraquecer, pois estamos a assistir a uma cooperação cada vez mas estreita, muitas vezes recorrendo a meios sombrios, e no futuro não distante, para a criação de uma estrutura militar conjunta.

1. Não entendo em que medida criar guerras no medio oriente e Africa vai ajudar os USA em impedir o que quer que seja da China e mesmo da Rússia. (controlar um regime num país como a Síria é o sonho de qualquer ambição na conquista da liderança mundial )

2. Não estou consciente da China ter invadido militarmente nenhum país.

3. Novamente o resultado tem falhado desastrosamente porque a cooperação entre esses países tem aumentado significativamente.

4. Quem paga as contas de um povo descontente na homeland? Apostar tudo na politica externa quando os próprios USA estão mais próximos de uma guerra civil.