Caldeirão da Bolsa

EDP

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

EDP

por Visitante » 20/12/2004 10:32

Parece que finalmente temos investidores a regressar.
Visitante
 

Loiras!

por Jonh Money » 19/12/2004 21:06

:(
Calma!! Não possa continuar nas Loiras! Aproximan-se as frequencias, tenho que mudar de vida.Vou ver comentário do Expresso e tirar as minhas conclusões! 8-)
Jonh Money
 

EDP

por Visitante » 19/12/2004 20:11

Vai ao expresso e lê o comentário de bolsa. Aí dá para perceber porque é que alguns estão in. Já agora não esqueças que o BES recomendou a compra a clientes na semana passada. Estarão in? IN está o BCP, a IBERDROLA, A BRISA... Continua nas loiras mas adormece antes das 8 e acorda depois das 16 e 30 não vá a tola estar toldada e levar-te ao disparate.
Visitante
 

Isso depende...

por Jonh Money » 19/12/2004 20:05

:? Depende do ponto de vista...talvez um dos nossos moderadores (normalmente mais isentos nos seus Posts) nos possa ajudar. Quem está in tem normalmente uma opnião, quem está out terá outra.
Um resto de bom fim semana a tds 8-)
Jonh Money
 

EDP

por RCM » 19/12/2004 15:07

Alguém me pode dizer se estas ultimas noticias são positivas ou não para o título? Já vi opniões contraditórias! Estou tentada a comprar algumas :wink:
RCM
 

por marafado » 18/12/2004 5:08

Energia 2004-12-17 15:55
EDP acorda venda de 80% da brasileira Fafen por 26 M€

DE


A EDP-Energias de Portugal acordou vender os 80% que detém na brasileira Fafen Energia à Petrobrás por 26 milhões de euros (M€), anunciou a EDP.

A Petrobrás já detinha uma participação de 20% deste projecto de cogeração, o qual teve início em 2001 e se destinava à produção de 133 MW de energia eléctrica e 42 ton/hora de vapor.

A EDP realça que daqueles "22 MW de energia eléctrica e a totalidade do vapor produzido destinam-se ao consumo da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados-FAFEN, controlada pela Petrobrás". "O valor da venda, acordado entre as partes celebrantes, referente à participação de 80% na Fafen é de 96 milhões de reais (MR) (26 M€), sendo que o pagamento de 50% deste valor será efectuado em 30 dias e o remanescente liquidado em duas parcelas anuais corrigidas pelo Índice Geral de Preços do Mercado", afirma a EDP em comunicado.

A energética recorda que "o total do investimento realizado pela EDP Brasil, líquido dos resultados acumulados até ao momento, ascende a 242 milhões de reais (66 M€)".

Em Dezembro de 2003, a EDP Brasil contabilizou a imparidade deste investimento no montante de 139 milhões MR (38 M€), devido à improbabilidade da Fafen vender energia a preços equivalentes ao valor normativo para as centrais termoeléctricas.

"Desta forma, o impacto desta operação nas contas da EDP Brasil em 2004 deverá ser de apenas sete MR negativos (dois M€ negativos)", afirma a EDP.

"No processo de decisão inicial de investimento neste projecto, a EDP Brasil previa desenvolver um programa de maior amplitude que contemplava a implementação de diversos projectos termoeléctricos ao abrigo das regras do Programa Prioritário Termoeléctrico (PPT) do Governo Brasileiro", recorda.

"No entanto, o desenvolvimento das centrais termoeléctricas adicionais foi suspenso, principalmente devido ao atraso na definição da regulação a ser aplicada e da consequente percepção de maior risco relacionado aos investimentos em centrais termoeléctricas no Brasil", acrescenta.

"A EDP considera que as condições regulatórias associadas ao desenvolvimento deste tipo de projectos apresentam actualmente níveis de risco e de incerteza não aceitáveis tendo, neste sentido, tomado a decisão de desinvestimento na Fafen", frisa a energética.

"Face ao enquadramento regulatório vigente para o sector eléctrico brasileiro, a estratégia da EDP no que se refere à actividade de produção de energia eléctrica nesta área geográfica não inclui o desenvolvimento de novos projectos termoeléctricos", conclui.
 
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por marafado » 18/12/2004 5:06

EDP justifica aumento de preços para a indústria com subida do petróleo em 2004

DE


O aumento do custo da energia para a indústria em 2005 foi hoje justificado, em Vila Verde, pela Comissão Executiva da EDP como sendo "a tradução dos custos do petróleo dos últimos seis meses".

"O petróleo subiu quase 100% nos últimos meses e esse aumento não foi repercutido nos custos pagos pela indústria pelo que terá de o ser agora", afirmou aos jornalistas um membro da administração da EDP, Navarro Machado.

O gestor falava no final da inauguração da nova Subestação de Turiz, Vila verde, que vai melhorar a distribuição de energia - acabando com os cortes de luz - nos concelhos de Vile Verde Terras de Bouro, Vieira do Minho e Monção, e melhorando a distribuição nas zonas limítrofes, em Braga, Amares e Ponte de Lima.

No acto participaram, o presidente da Câmara Municipal, José Manuel Fernandes, e os Directores de Serviço da Região Norte da EDP, Machado Vaz, da Rede Minho,
Mário Guimarães, e de Infra-estruturas do Norte, Vieira de Sousa.

Segundo Navarro Machado, "se o preço do petróleo descer nos próximos meses, o custo da energia no consumidor industrial também descerá".

O gestor anunciou que a EDP, Electricidade de Portugal, SA, através da sua participada Enernova, vai acelerar, nos próximos anos, os investimentos em energias renováveis, quer através da construção de parques eólicos
quer comprando alguns já em funcionamento.

"Ainda há dias inaugurámos um parque eólico em Boticas, Trás-os-Montes, e vamos incrementar a nossa presença no sector de modo a que Portugal reduza a
dependência do petróleo", salientou.

A subestação de Turiz, hoje inaugurada, obrigou a um investimento de 2,3 milhões de euros, tendo implicado a construção adjacente de 4,9 quilómetros de rede de alta tensão e 12 quilómetros de média tensão.

A entrada em serviço da Estação, que pode receber um segundo transformador e passar das três actuais para 16 saídas de linhas de média tensão, resulta em "melhorias nos níveis de tensão, diminuição dos tempos de interrupção do
serviço em casos de rede perturbada e na redução das perdas de energia".

Fará face às actuais necessidades de consumo e à previsível expansão urbana e industrial da região, assegurando as condições de "qualidade e continuidade do
serviço".

O aumento das tarifas industriais no Continente no primeiro trimestre de 2005, para os clientes do sistema eléctrico de serviço público (SEP), será de 7,86% para os clientes de média tensão (MT), 10,35% para os de alta tensão (AT) e 10,63% para os clientes de muita alta tensão (MAT), de acordo com o definido pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

Ao aumento da tarifa anual, que varia entre os 2,3% para os clientes de MT e os 2,4% para os de MAT e AT, acresce no primeiro trimestre do próximo ano o ajuste trimestral dos encargos variáveis com os combustíveis.
 
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por marafado » 18/12/2004 5:02

Electricidade
Empresários querem electricidade subsidiada

DE


Associação da grande indústria acusa Governo de não defender competitividade nacional face a Espanha.

A grande indústria nacional quer que o Governo garanta tarifas eléctricas iguais às praticadas em Espanha, que são subsidiadas. A APIGCEE, associação que agrega a Cimpor, Secil, Siderurgia Nacional - Produtos Longos, Quimigal, Autoeuropa, Borealis, Solvay e a Somincor, acusa o Executivo de nada ter feito para defender a competitividade das empresas portuguesas face às suas congéneres do outro lado da fronteira. “A situação agravou-se nos últimos quatro anos, à medida que se constata uma maior interligação entre as duas economias”, afirmou ao Diário Económico o presidente da APIGCEE. Pedro Clemente Nunes enfatiza que este é um problema de natureza política e não da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, a qual “terá as suas razões”. Esta reacção da grande indústria nacional surge na sequência de mais um ajustamento tarifário para o próximo trimestre (entre 7% e 11%) e que está a deixar os empresários preocupados face ao impacto que terá nos custos de produção.
 
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por marafado » 18/12/2004 4:57

17-12-2004

Plano estratégico com impacto reduzido na avaliação da EDP
As principais casa de investimento atribuem um impacto reduzido ao plano estratégico para o triénio 2005-2007 apresentado pela EDP na quarta-feira. Os analistas não alteraram as suas recomendações para o título.
 
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por marafado » 18/12/2004 4:52

Entrevista a Pedro Norton de Matos
“A operação da ONI foi travada artificialmente”
Pedro Norton de Matos, CEO da Oni, quer a empresa com resultados positivos em 2006. Defensor da separação da rede de cobre da Portugal Telecom, diz que o incumbente por várias vezes já abusou da posição dominante mas não é penalizado por isso.

17-12-2004, Elisabete Felismino

Qual o balanço que faz da liberalização de telecomunicações em Portugal?
No móvel há um nível de concorrência apreciável que levou a que o mercado se tenha desenvolvido. No caso do fixo, atendendo a que é a evolução de um monopólio e que este é detentor das redes de cobre e de cabo faz com que haja um estrangulamento de acesso ao cliente. Acresce que para além de ter o cobre e o cabo a PT tem também um domínio grande nos conteúdos, é grossista e retalhista. É aquilo que chamo de bingo porque nas linhas verticais e horizontais cobre toda a cadeia de valor. Acreditamos que com uma acção conjungada das autoridades e refiro-me ao cruzamento do regulador do sector, ANACOM, com o regulador transversal, Autoridade da Concorrência, possa resultar uma maior abertura de mercado.

A ANACOM, a avaliar pelo que dizem os diferentes operadores não tem tido um papel muito activo.
O que se constata é que as nossas reivindicações são de uma forma geral consideradas justas, mas fora de tempo. Hoje uma das nossas maiores preocupações e oportunidade é na abordagem ao mercado da banda larga. O mercado da banda larga está a dar os primeiros passos, é um mercado de crescimento espectacular e torna-se fundamental que a competição seja uma realidade.

Que análise faz da nova administração da ANACOM?
Parece-me que tem procurado o diálogo de uma forma proactiva o que é uma novidade no panorama regulatório.

Paulo Azevedo diz que a autoridade da concorrência apesar de estar a fazer um bom papel não tinha orçamento para o sector das telecomunicações. Percebe como é que isto acontece?
A autoridade da concorrência é um orgão transversal. Conheço de facto afirmações dos responsáveis a afirmarem que não dispunham dos meios adequados quer em termos de orçamentos, quer em termos humanos para os muitos dossiers. Também em comparação com os outros países sabemos que os processos são morosos e complexos, mas a Autoridade da Concorrência vai fazer dois anos pelo que já é tempo suficiente. Na maior parte dos países, no mercado das telecomunicações, nomeadamente na Europa dos 15, o operador histórico ficou sujeito a sanções aplicadas por abuso de posição dominante. E isso não acontece ainda em Portugal, apesar de existirem claros indícios de práticas de abuso da posição dominante frequentes por parte da PT. Pior do que estamos é impossível.

É possível resolver esta questão sem a intervenção de Bruxelas?
Não sou um grande crente nas intervenções de Bruxelas. Bruxelas é também um processo muito centralizado, burocrático e lento. Defendo é que os próximos dois, três anos são decisivos para o mercado de banda larga, e portanto não adianta que hajam decisões estruturais a longo prazo quando o que é fundamental é que se criem condições objectivas. Não digo que em simultâneo não possam funcionar medidas estruturantes para o sector mas defendo que se devem desencadear medidas conjunturais para que de um dia para o outro se criem condições mais competitivas e que passam pela abertura do cobre. O cabo foi um projecto desenvolvido com todo o mérito pela PT num ambiente que envolvia até um certo risco e desenvolveu o seu negócio. Já quanto ao cobre sou mais crítico porque era uma concessão do Estado. Penso que foi um erro a forma como o estado vendeu à PT essa rede.

Acha mais importante separar o cobre do incumbente do que o cabo?
A separação do cabo será uma medida estruturante mas que será feita a longo prazo.

O cobre pode ser no imediato?
Sim, trata-se da desagregação do lacete local. A partir do momento em que exista a desagregação, o operador pede para instalar naquela central o seu próprio equipamento.

Que investimento é que está disposto a fazer tendo conta a separação do cobre?
A Oni está disposta a mais do que duplicar o investimento em centrais, isto se houver sinais de enquadramento regulatório. Terminaremos o ano de 2004 com cerca de 40 centrais e estamos dispostos a chegar às 100 centrais em finais de 2005.

A ONI tem capacidade para fazer este investimento?
Tem. Isto significa um reiterado compromisso com o mercado português por parte dos accionistas da ONI, que inclusivamente deram esse aval ao acorrerem ao aumento de capital.

O aumento de capital de 100 milhões de euros, é portanto suficiente para estes investimentos?
É , a ONI procura ter em cada momento a estrutura de capitais mais adequada para o desenvolvimento do negócio. Repare que com os investimentos nestas centrais temos aqui a substituição de capital, a Oni pagou, em 2003, 50 milhões de euros por ano à PT em circuitos, interligações.
Porque é que a Galp não foi ao aumento de capital?
Isso tem que perguntar à Galp. Mas penso que é claro que dos accionistas da ONI, a Galp sempre foi o que teve sempre menor peso, tinha 5%, e agora deve ficar com 3,2%. O corn business da Galp nunca foram as telecomunicações.

Porque é que a Oni não está a crescer em Portugal?
No ano de 2004 não crescemos nas receitas, crescemos em resultados isto devido à preocupação de termos resultados operacionais positivos. Em termos de receitas tiramos o pé do acelerador devido às condições desfavoráveis regulatórias. Só em Setembro é que lançamos o Oni Duo que é um produto de voz e de dados com âmbito nacional. Em 2004 não tivemos qualquer pressão no mercado residencial de voz indirecta porque o enquadramento regulatório não é o mais favorável e o custo de aquisição do cliente é muito elevado para um período de permanência relativamente curto. O nosso objectivo é ter todo o país coberto, com todas as centrais com acesso directo, e portanto é essa linha que priviligiamos com a convicção que podemos oferecer produtos diferentes e podemos fidelizar o cliente.

E o mercado espanhol como está?
Em Espanha temos um enfoque diferente, estamos só dedicados ao mercado das PME’S. É uma estratégia que tem vindo a dar os seus frutos e estamos a caminho quer em Portugal, quer em Espanha dos resultados líquidos positivos.

A empresa espanhola é então para manter?
Temos duas operações com nível significativo de autonomia, temos também sinergias, mas não queremos que o futuro da empresa espanhola esteja ligado ao da portuguesa e vice-versa. Não há questões vitalícias, mas não está em cima da mesa um cenário diferente daquele de que lhe falo. Quanto mais valor for criado, mais opções estratégicas teremos.

Quanto à divida da Oni que é de 700 milhões de euros.
Este é reconhecidamente um sector de capital intensivo. No nosso caso, só com grande capacidade accionista é que foi possível manter o projecto, os tempos mais difíceis passaram, há um sinal de que o mercado está a melhorar. Os accionistas da ONI não escondem que têm como objectivo cotar a empresa.

Se existir uma melhor regulação a entrada na bolsa pode ser mais rápida?
Sem dúvida.
Para isso é preciso também que a dívida diminua.
Estamos num processo de renegociação da dívida que está junto de várias entidades bancárias.

A dívida está pendurada na Oni Telecom ou na SGPS? E os resultados?
Uma parte da nossa dívida está pendurada na Oni Telecom e outra na SGPS. A dívida tem três grandes componentes, sendo cerca de um terço para cada parte: em Espanha com a compra da posição, no desenvolvimento do projecto da Oni Telecom e na Oniway, no projecto que acabou por não arrancar. E com os resultados acontece exactamente o mesmo.

Vender Espanha não seria assim uma ajuda para amortizar a dívida?
Os cenários estratégicos com que a ONI se confronta é de quanto mais alternativas tiver melhor.

Faz sentido pensar na cotação da Oni em bolsa com este montante de dívida?
Não falei em nenhuma urgência de entrada na bolsa. A minha grande preocupação é a de criar valor e tenho a plena consciência que a empresa em final de 2004 vale mais do que no final de 2003. E eu quero que valha mais em 2005, estamos num plano de crescimento de receitas e de resultados, aproximamo-nos já de um grande objectivo que temos que é de apontarmos para vir a ter resultados líquidos positivos em 2006, assim as condições de mercado o permitam.

Então, antes de 2006 não é previsível que entrem em bolsa?
Não.

Vive confortável com este montante de dívida?
Diria que tirando o peso da Oniway temos uma dívida perfeitamente comportável para as actividade de Espanha e da actividade da Portugal da Oni Telecom. O projecto e previsão de crescimento da Oni comporta perfeitamente as dívidas normais da empresa. O que é um extra-peso é a dívida da Oniway, mas consideramos que existem condições para vir também a pagar esse peso extra da Oniway, mas para isso pecisamos que o mercado se abra. A Oni na primeira fase ganhou cerca de metade do que a PT perdeu, simplesmente a PT perdeu pouco. A PT é o incumbente da Europa que perdeu menos. Voltamos sempre à casa de partida...e este é o meu grito a Oni é um projecto travado artificialmente. Por isso é que me tenho insurgido contra este estado anómalo de coisas. Repare a administração pública é um mercado de 250 milhões de euros ano, onde a Oni podia adquirir uma quota de 20% que é a nossa quota junto das grandes empresas, mas a PT na véspera da liberalização fez contratos de fidelizção de cinco anos, com algumas das direcções das finanças, por exemplo.

Como é que vê o retrocesso da decisão da ANACOM face ao Optimus Home?
Pedimos esclarecimentos à ANACOM sobre o produto, mas não apresentamos queixa, e estamos agora a estudar o novo desenvolvimento. Para a Oni o fundamental é conhecer as regras do jogo e se estas são alteradas queremos conhecê-las. Percebemos os argumentos que levaram a ANACOM que conflituava em duas grandes áreas, no plano de numeração fixa e na interligação.



“O país deve ser governado como uma empresa”
Como é que vê o Compromisso Portugal?
O compromisso Portugal é uma iniciativa com muito mérito e muito louvor e oxalá se crie rapidamente condições para alastrar a outras áreas, nomeadamente à sociedade civil. É preciso criar uma onda de envolvimento entre a sociedade civil, o mundo empresarial e o mundo político. Estes mundos não podem é estar estanques e separados. Só assim se podem criar plataformas transversais para que em relação a grandes temas como a saúde, justiça e educação se encontrem entendimentos nacnionais. É uma questão de responsabilidade para com as gerações futuras.

Não subscreveu o compromisso Portugal, porquê?
Estou comprometido com Portugal vai fazer 50 anos em Fevereiro.

Esperava mais daquela iniciativa?
Acho que a iniciativa começou torta, mas endireitou-se. E quando digo que começou torta foi porque existiu a percepção de que era um conflito geracional e portanto que era o bilhete de identidade que fazia a grande fronteira. E eu que conheço bem alguns dos grandes promotores não era essa a intenção. revejo-me, enquanto português em muitas das posições deste manifesto dos 40, como no Compromisso Portugal.

Não devia existir porém uma maior participação dos subscritores do Compromisso?
Algumas dessas pessoas, como o António Mexia e a Sofia galvão fizeram parte deste Governo. O que é importante é passar das palavras aos actos. uma das coisas que é impoortante em Portugal é executar. E para isso é preciso criar métricas reais, objectivos. É preciso dizer claramente o que queremos fazer me 2005, 2006 e por aí adiante, que assim é possível responsabilização. O país tem que ser governado como as empresas.

Falou no manifesto dos 40 que defendia os centros de decisão.
Acho que é reudtor falar nos centros de decisão, o que se deve falar é em centros de competência associados à decisão. Evidentemente que se formos competentes temos a capacidade de decidir. O ideal seria juntar as duas coisas e há n exemplos de centros de competência em Portugal. Até porque não nos podemos esquecer que os capitais não tem nacionalidade. E se queremos estar numa economia aberta e global, uma das formas de atrair capital é através da formação.

O que nos leva à educação e às reformas estruturais que tanto defende?
Exactamente, e repare que existem hoje cada vez mais pessoas frustadas, descontentes. Todos os governos utilizam os mesmo chavões e falam sempre na educação, falam na justiça e na saúde como 3 áreas de alicerces, mas se virmos bem não só não melhoraram como pioraram, o que dá alguma frustação. Volto a falar das tais métricas. Queremos mais competitividade, pelo que precisamos de reformas de longo prazo. Era necessário criar nos próximos três meses a plataforma de máximo denominador comum que seja tranversal aos países. O modelo em que vivemos esgotou-se e não se pode perpetuar. Temos que criar uma nova ordem política até porque os cidadãos se vão desmobilizando até porque os mais novos nasceram e cresceram já em democracia.

Como é que viu a demissão do Governo?
Tenho assistido com preocupação à instabilidade do nosso regime. Uma das razões porque Espanha se foi distanciando de Portugal tem a ver com a estabilidade. Em Epsnha existiu o ciclo Gonçalez, Aznar, dois ciclos enormes. Em Portugal tivémos o ciclo do Prof. Cavaco Silva e depois não houve mais nenhum ciclo longo. E devo dizer que não vejo grandes diferenças entre o PSD e o PS, que são os maiores partidos políticos. O que prezo mais é estabilidade e a confiança. Preferia um quadro de estabilidade com o Governo tivesse ficado em funções, que o orçamento fosse aprovado e executado.

Santana teve condições para governar?
Compararia este Governo com o mundo empresarial, penso que este Governo se viu um pouco como uma empresa que tem um conjunto de accionistas de referência que está contra o projecto da empresa. Se isto acontecer numa empresa, o futuro desta está seriamente comprometido com essa configuração. Acho que aconteceu isto a esse Governo, o próprio partido maioritário (accionista de referência) estava dividido dentro do Governo, penso que a maior oposição foi interna.Foi uma tarefa inglória deste Governo.
 
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por marafado » 18/12/2004 4:25

Reduz encargos em seis milhões
EDP acorda empréstimo de 1,35 mil milhões para substituir dívida da Hidrocantábrico
A Energias de Portugal (EDP) formalizou ontem um contrato de empréstimo no valor de 1,35 mil milhões de euros, por dois anos, de forma a substituir a dívida bancária da Hidrocantábrico. A operação vai reduzir os encargos financeiros do grupo EDP em seis milhões.

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Isabel Aveiro
ia@mediafin.pt


A Energias de Portugal (EDP) formalizou ontem um contrato de empréstimo no valor de 1,35 mil milhões de euros, por dois anos, de forma a substituir a dívida bancária da Hidrocantábrico. A operação vai reduzir os encargos financeiros do grupo EDP em seis milhões, anunciou a eléctrica portuguesa.

Em comunicado, a administração da EDP adianta que «assinou ontem um contrato de empréstimo no montante

de1,350 mil milhões, pelo prazo de dois anos».

A operação «destina-se a dotar o Grupo EDP dos fundos necessários para proceder à substituição da dívida bancária de médio e longo prazo da sua subsidiária Hidroeléctrica del Cantábrico, S.A. (Hidrocantábrico) por empréstimos intra-grupo», no seguimento da conclusão do reforço accionista da EDP naquela empresa.

A contratação do financiamento agora anunciado representa «o primeiro passo na concretização das sinergias identificadas aquando da decisão de reforçar a posição accionista da EDP na Hidrocantábrico», adianta a mesma comunicação, e «permite uma redução dos encargos financeiros do Grupo EDP em cerca de seis milhões por ano».

O empréstimo foi organizado na modalidade de «club deal» e integra os bancos ABN AMRO Bank, Banco Bilbao Vizcaya Argentaria, Barclays Capital, BNP Paribas, Caixa D’Estalvis I Pensions De Barcelona, Caja Madrid, Citigroup Global Markets Limited, Deutsche Bank, Morgan, Sumitomo Mitsui Banking Corporation Europe Limited, The Bank of Tokyo-Mitsubishi, e The Royal Bank of Scotland plc como «mandated lead arrangers», avança a mesma fonte.

A administração da EDP [Cot] sublinha ainda que a reestruturação da dívida «vem ao encontro da política financeira do Grupo EDP para as subsidiárias do ‘core business’ que prevê a «contratação dos financiamentos externos ao nível da holding» e permite «uma redução significativa dos custos financeiros consolidados dado que o diferencial do ‘spread’ associado aos diferentes ‘ratings’ da EDP e da Hidrocantábrico é capturado dentro do Grupo», acrescenta.

As acções da EDP fecharam a cair 1,33%, para 2,23 euros.
 
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EDP

por pvk » 16/12/2004 0:40

EDP vai apostar no crescimento orgânico e quer vender a Oni em Espanha

DE

A EDP - Energias de Portugal vai apostar no crescimento orgânico em Espanha, através da compra de pequenas produtoras, afirmaram hoje à agência Lusa analistas que acompanharam a apresentação do plano estratégico da empresa.

O presidente da comissão executiva da EDP, durante uma apresentação, em Londres, a analistas financeiros e investidores institucionais, dos objectivos estratégicos para o triénio 2005-2007, disse, também, que a empresa encara a venda da Oni em Espanha.

João Talone afirmou também que o Mercado Ibérico de Electricidade (MIBEL) vai avançar no segundo semestre do próximo ano.

Na sequência do chumbo da Comissão Europeia à fusão dos negócios da electricidade e do gás na EDP, o presidente executivo da EDP, João Talone, não quis adiantar pormenores em relação à estratégia futura da empresa, alegando não ter recebido ainda a notificação de Bruxelas com a argumentação final.

Terá, contudo, admitido, segundo os analistas, crescer de forma orgânica em Espanha, através da compra de pequenas centrais, e da integração da Hidrocantábrico, de forma a potenciar o aproveitamento de sinergias.

João Talone admitiu ainda perante os analistas vender a sua participação na operadora de telecomunicações da Oni em Espanha, a Comunitel, especificando assim o anunciado "desinvestimento, em condições de mercado", que hoje consta do comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários.

A Comunitel é detida a 99,93% pela Oni, e presta serviços de comunicação a clientes empresariais.

A EDP controla a Oni com 56,025% do capital.

Relativamente aos negócios no Brasil, a EDP terá admitido vender a produtora Fafen Energia, no Estado da Baía.

A eléctrica quer que o plano de reestruturação das empresas da EDP Brasil esteja concluído no segundo semestre de 2005 para eventualmente pedir a admissão à negociação em bolsa.

O plano de redução de efectivos, cujo objectivo era a rescisão de contratos com 1800 trabalhadores até 2007, deve estar cumprido a 90% até ao final do ano.

João Talone especificou que até este momento foram negociadas a rescisão de contratos com 1.547 trabalhadores, devendo atingir-se os 1.600 até 31 de Dezembro.

A dispensa dos trabalhadores implicou apenas, segundo a eléctrica, o aumento em 2% do recurso a contratação externa (outsourcing).

De acordo com o plano estratégico hoje divulgado, a EDP quer realizar investimentos da ordem dos 6 mil milhões de euros e aumentar os resultados operacionais em 35% entre 2005-2007.

Mais de 80% do investimento total de 6 mil milhões de euros destina-se à expansão e manutenção do parque electroprodutor em Portugal e Espanha, dos quais 27% serão aplicados no desenvolvimento de energias renováveis.

A EDP tem ainda como objectivo aumentar entre 7 e 8% os dividendos a distribuir aos accionistas até 2007 e aumentar em cerca de 6,5% a margem bruta do negócio.

O plano tem ainda como objectivo alcançar um retorno sobre os activos da distribuição de cerca de 8,5% para o triénio, e entre 7,5 e 8% em 2007.

O plano estratégico para o triénio 2005-2007 assenta em três vectores: reforço da posição competitiva na Península Ibérica, controlo de custos e melhoria da qualidade de serviço da distribuição e maximização do valor económico dos investimentos internacionais.
 
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