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Votar ou não?
Para mim é simples; quem quer vota, quem não quer não vota! Aos primeiros é permitido a crítica e o apontar de alternativas aos Eleitos, aos segundos, não lhe deve ser permitido essas críticas pois na altura das escolhas tiveram a atitude mais fácil, não ir votar nem sequer em branco...

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Jonh Money
comentário
Quem disse que tem de ser assim?....Quem disse que votar deste modo é um acto cívivo?
A liberdade começa no silêncio e na reflexão....não tem mil altifalantes e milhões de ideias escritas no meio do caos comunicativo....a "atazanar" os instintos e os reflexos condicionados....deste humilde ser...que há pouco, começou a tentar ser mais ou menos racional.
Devemos sempre pensar, antes de tudo, que a minha liberdade não começa onde acaba a liberdade do outro.......a minha liberdade....isso sim.....deve ser condição da liberdade do outro......ou , melhor dizendo......só serei livre ....se o outro também o for.......quem diz liberdade....também poderá dizer ..bem estar, segurança ...ou felicidade.....os fins últimos do homem...afinal.
A democracia situa-se já perto de ómega....ou perto da verdade...ou de Deus...no fim de caminho de redenção do homem.....que como tal, presume a vontade superior do homem.....a sua heroicidade de todos os dias...para se elevar da sua irracionalidade.
Ora o que actualmente, se invoca, nesse apelo à democracia ...à elevação....é precisamente com recurso aos instintos e reflexos condicionados que maioritariamente subsistem no homem, para se alcançarem objectivos, longamente premeditados por grupos iniciáticos...a que chamamos partidos.
Ná....meu senhor....existe outra forma de nos organizarmos politica e socialmente...mais actual e mais adequada aos meios tecnológicos que emergem.
Temos é que ir mais lestos nesta caminhada.
Mas os sinais...como em tudo, começam a ver-se....
Temos de estar atentos ao devir..humano.
Dever cívico...ir votar nestas circunstâncias?!!!...nada disso.
cumps.
A liberdade começa no silêncio e na reflexão....não tem mil altifalantes e milhões de ideias escritas no meio do caos comunicativo....a "atazanar" os instintos e os reflexos condicionados....deste humilde ser...que há pouco, começou a tentar ser mais ou menos racional.
Devemos sempre pensar, antes de tudo, que a minha liberdade não começa onde acaba a liberdade do outro.......a minha liberdade....isso sim.....deve ser condição da liberdade do outro......ou , melhor dizendo......só serei livre ....se o outro também o for.......quem diz liberdade....também poderá dizer ..bem estar, segurança ...ou felicidade.....os fins últimos do homem...afinal.
A democracia situa-se já perto de ómega....ou perto da verdade...ou de Deus...no fim de caminho de redenção do homem.....que como tal, presume a vontade superior do homem.....a sua heroicidade de todos os dias...para se elevar da sua irracionalidade.
Ora o que actualmente, se invoca, nesse apelo à democracia ...à elevação....é precisamente com recurso aos instintos e reflexos condicionados que maioritariamente subsistem no homem, para se alcançarem objectivos, longamente premeditados por grupos iniciáticos...a que chamamos partidos.
Ná....meu senhor....existe outra forma de nos organizarmos politica e socialmente...mais actual e mais adequada aos meios tecnológicos que emergem.
Temos é que ir mais lestos nesta caminhada.
Mas os sinais...como em tudo, começam a ver-se....
Temos de estar atentos ao devir..humano.
Dever cívico...ir votar nestas circunstâncias?!!!...nada disso.
cumps.
Se naufragares no meio do mar,toma desde logo, duas resoluções:- Uma primeira é manteres-te à tona; - Uma segunda é nadar para terra;
Sun Tzu
Sun Tzu
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Fonte Bpi com a devida venia
Votar sem obrigação nem sanção
17/12/2004 14:18
Votar sem obrigação nem sanção
A natureza humana tem uma capacidade única de gerar a utopia, de dar vazão e consistência aos sonhos colectivos.
Nos tempos idos da revolução, parecia possível e desejável, que o igualitarismo, a progressiva automação da produção e a abundância adivinhada, dessem origem à sociedade do bem-estar e do lazer, com a secundarização do factor trabalho.
Hoje, anos decorridos, o que a experiência nos ensina é que, mais do que a alienação capitalista do trabalho, é a sua escassez e precaridade que instabilizam a sociedade contemporânea.
Donde, as por vezes aparentemente melhores e mais genuínas ideias, acabam por se revelar perversas na sua aplicação prática.
Poderá a democracia ser um bom exemplo desta asserção, no que se refere à força ou fraqueza de legitimidade dos mandatos.
De Platão ao contemporâneo Lipovetsky, muitos se têm pronunciado ao longo dos anos, sobre as fragilidades da democracia, o que não deixa de ser paradoxal, para um sistema que se reclama do melhor dos valores que alicerçam as sociedades ocidentais.
O sistema de voto universal, o cumprimento de deveres e direitos e a igualdade de oportunidades, pressupõem equilíbrio e exigência, que a faculdade de cada eleitor, sem mais, poder ou não exercer o seu direito de voto em cada acto eleitoral, não permite ter lugar.
Porque votar não se trata apenas de um direito, é também um dever cívico.
Ora se é um dever cívico, os que não cumprem com os seus deveres de cidadania, devem ter os mesmos direitos, a este nível, que os outros?
As elevadas taxas de abstenção eleitoral, fragilizam ou não o sistema, e até que ponto são sustentáveis?
Qual é o estímulo e a responsabilidade de votar, quando, nunca como hoje, se configuram como mundos à parte, a sociedade dos políticos e a sociedade dos outros?
Não, não se trata necessariamente de impor o voto obrigatório, mas a liberdade de votar ou não votar, tem de ser um acto de exigência, com consequências livremente assumidas.
Não passará pela cabeça de (quase) ninguém, transformar o pagamento de impostos num dever opcional, mas, se é possível a analogia, no dia a seguir a um acto eleitoral, o cidadão que exerceu a sua escolha e o que se alheou dessa possibilidade, têm a mesma faculdade de intervenção / condicionamento sobre o poder estabelecido, sendo que o primeiro contribuiu para que tenha lugar a gestão da coisa pública e o outro para a sua fragilidade.
Mais do que a qualidade da safra dos políticos e antes da sua suposta competência ou incompetência, parece estarem em causa os atributos do sistema, as condições de exercício do poder e de autoridade.
Será que esta crise endémica da democracia, nos obriga, como é de tradição, a esperar a evolução de outros, para então, apressadamente reformar?
A dissociação, cada vez mais presente, entre os que competem pelo poder e os que dele desdenham, vai-nos conduzir aonde?
Quando em antena aberta, se ouve alguém afirmar (e trata-se de um raciocínio expresso recorrentemente) que os políticos deviam ganhar o equivalente ao salário mínimo, para saberem o que custa a vida, isto significa o quê?
Como bem expressam os filósofos atrás citados, a democracia tende a ser um sistema sem obrigações nem sanções, o que conduz, se não se arrepiar caminho, à anomia social.
O exercício responsável, da liberdade e do poder em democracia, têm de ser actos de masoquismo?
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Votar sem obrigação nem sanção
17/12/2004 14:18
Votar sem obrigação nem sanção
A natureza humana tem uma capacidade única de gerar a utopia, de dar vazão e consistência aos sonhos colectivos.
Nos tempos idos da revolução, parecia possível e desejável, que o igualitarismo, a progressiva automação da produção e a abundância adivinhada, dessem origem à sociedade do bem-estar e do lazer, com a secundarização do factor trabalho.
Hoje, anos decorridos, o que a experiência nos ensina é que, mais do que a alienação capitalista do trabalho, é a sua escassez e precaridade que instabilizam a sociedade contemporânea.
Donde, as por vezes aparentemente melhores e mais genuínas ideias, acabam por se revelar perversas na sua aplicação prática.
Poderá a democracia ser um bom exemplo desta asserção, no que se refere à força ou fraqueza de legitimidade dos mandatos.
De Platão ao contemporâneo Lipovetsky, muitos se têm pronunciado ao longo dos anos, sobre as fragilidades da democracia, o que não deixa de ser paradoxal, para um sistema que se reclama do melhor dos valores que alicerçam as sociedades ocidentais.
O sistema de voto universal, o cumprimento de deveres e direitos e a igualdade de oportunidades, pressupõem equilíbrio e exigência, que a faculdade de cada eleitor, sem mais, poder ou não exercer o seu direito de voto em cada acto eleitoral, não permite ter lugar.
Porque votar não se trata apenas de um direito, é também um dever cívico.
Ora se é um dever cívico, os que não cumprem com os seus deveres de cidadania, devem ter os mesmos direitos, a este nível, que os outros?
As elevadas taxas de abstenção eleitoral, fragilizam ou não o sistema, e até que ponto são sustentáveis?
Qual é o estímulo e a responsabilidade de votar, quando, nunca como hoje, se configuram como mundos à parte, a sociedade dos políticos e a sociedade dos outros?
Não, não se trata necessariamente de impor o voto obrigatório, mas a liberdade de votar ou não votar, tem de ser um acto de exigência, com consequências livremente assumidas.
Não passará pela cabeça de (quase) ninguém, transformar o pagamento de impostos num dever opcional, mas, se é possível a analogia, no dia a seguir a um acto eleitoral, o cidadão que exerceu a sua escolha e o que se alheou dessa possibilidade, têm a mesma faculdade de intervenção / condicionamento sobre o poder estabelecido, sendo que o primeiro contribuiu para que tenha lugar a gestão da coisa pública e o outro para a sua fragilidade.
Mais do que a qualidade da safra dos políticos e antes da sua suposta competência ou incompetência, parece estarem em causa os atributos do sistema, as condições de exercício do poder e de autoridade.
Será que esta crise endémica da democracia, nos obriga, como é de tradição, a esperar a evolução de outros, para então, apressadamente reformar?
A dissociação, cada vez mais presente, entre os que competem pelo poder e os que dele desdenham, vai-nos conduzir aonde?
Quando em antena aberta, se ouve alguém afirmar (e trata-se de um raciocínio expresso recorrentemente) que os políticos deviam ganhar o equivalente ao salário mínimo, para saberem o que custa a vida, isto significa o quê?
Como bem expressam os filósofos atrás citados, a democracia tende a ser um sistema sem obrigações nem sanções, o que conduz, se não se arrepiar caminho, à anomia social.
O exercício responsável, da liberdade e do poder em democracia, têm de ser actos de masoquismo?
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