Neste País somos todos netos...
Vamos tentar discutir política sem entrar em questões partidárias. Os partidos políticos não me merecem respeito. E não é só a mim. Quantas vezes ouvimos dizer a governantes que não querem falar em questões partidárias, nem se querem meter nisso? Se fossem coisa boa não teriam qualquer problema em misturar as coisas. Isto é particularmente grave quando vem de gente que conhece muito bem o funcionamento dos partidos por dentro.
Queria introduzir aqui esta distinção entre partidos e governo. Entendo que devem ser coisas totalmente diferentes, o que infelizmente não tem acontecido por os governos ficarem reféns dos partidos.
Os partidos são um mal necessário que actualmente temos de suportar. São constituídos por confrades que começam a colar cartazes e acabam em deputados ou secretários de estado. Toda a organização obedece a regras rígidas e códigos bem definidos, tendo um único propósito: servir-se a si própria.
Alguém percebe porque temos 220 deputados no parlamento? Tentem fazer o exercício de ir ver as intervenções que cada um faz. O que irão verificar é que a grande maioria está lá para dizer 'muito bem...' e bater palmas, só que para estas funções pode-se arranjar gente melhor e a ganhar muito menos.
Quem está no parlamento não são os melhores, mas aqueles que o partido entende lá colocar. Aqueles que fizeram o carreirismo partidário.
Se quisermos modernizar Portugal temos de ter a coragem de começar por acabar com este sistema eleitoral que coloca na assembleia os mais incompetentes. Temos ainda que constituir Governos o mais independentes dos partidos possível.
O problema de José Sócrates, não está nele próprio, está no facto de ter sido eleito pelo chamado'aparelho' do partido, e que agora lhe vão cobrar muito caro isso, caso venha a constituir Governo. Lá serão os lugares de direcção dos serviços públicos regionais ocupados pelos incompetentes dirigentes distritais do partido, lá aparecerão as cunhas para secretário de estado, etc,etc. Enfim, traduzido numa expressão a que já estamos habituados: 'jobs for the boys'.
Para não acharem que estou a ser parcial, quero dizer que isto passa-se exactamente da mesma forma em todos os grandes partidos que aspiram ao poder. A questão aqui é tentar manter o máximo de tempo os governos em funções, para reduzir ao mínimo este parasitismo que está a sorver grande parte da riqueza gerada no país.
Chega de danças de cadeiras. Chega de partidocracia. É tempo de mudar de castas e dar lugar aos competentes, pois de outro modo continuaremos a ser um país adiado.
Queria introduzir aqui esta distinção entre partidos e governo. Entendo que devem ser coisas totalmente diferentes, o que infelizmente não tem acontecido por os governos ficarem reféns dos partidos.
Os partidos são um mal necessário que actualmente temos de suportar. São constituídos por confrades que começam a colar cartazes e acabam em deputados ou secretários de estado. Toda a organização obedece a regras rígidas e códigos bem definidos, tendo um único propósito: servir-se a si própria.
Alguém percebe porque temos 220 deputados no parlamento? Tentem fazer o exercício de ir ver as intervenções que cada um faz. O que irão verificar é que a grande maioria está lá para dizer 'muito bem...' e bater palmas, só que para estas funções pode-se arranjar gente melhor e a ganhar muito menos.
Quem está no parlamento não são os melhores, mas aqueles que o partido entende lá colocar. Aqueles que fizeram o carreirismo partidário.
Se quisermos modernizar Portugal temos de ter a coragem de começar por acabar com este sistema eleitoral que coloca na assembleia os mais incompetentes. Temos ainda que constituir Governos o mais independentes dos partidos possível.
O problema de José Sócrates, não está nele próprio, está no facto de ter sido eleito pelo chamado'aparelho' do partido, e que agora lhe vão cobrar muito caro isso, caso venha a constituir Governo. Lá serão os lugares de direcção dos serviços públicos regionais ocupados pelos incompetentes dirigentes distritais do partido, lá aparecerão as cunhas para secretário de estado, etc,etc. Enfim, traduzido numa expressão a que já estamos habituados: 'jobs for the boys'.
Para não acharem que estou a ser parcial, quero dizer que isto passa-se exactamente da mesma forma em todos os grandes partidos que aspiram ao poder. A questão aqui é tentar manter o máximo de tempo os governos em funções, para reduzir ao mínimo este parasitismo que está a sorver grande parte da riqueza gerada no país.
Chega de danças de cadeiras. Chega de partidocracia. É tempo de mudar de castas e dar lugar aos competentes, pois de outro modo continuaremos a ser um país adiado.
Cumprimentos,
Touro
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Olhe Valves, processo de vitimização mais nojento que o do Ferro Rodrigues e Paulo Pedroso, desconfio que não haja. Mas...se o sr. não pensa assim, tem todo o direito, afinal vivemos em democracia.
Atenção que nunca me viu aqui a defender esses senhores
Um abraço
Vasco
Atenção que nunca me viu aqui a defender esses senhores
Um abraço
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Aqui no Caldeirão no Longo Prazo estamos todos ricos ... no longuissimo prazo os nossos filhos estarão ainda mais ricos ...
Bem temos aqui um verdadeiro chorrilho de disparates dito pela malta do PSD. Enfim já começou a campanha eleitoral por estas bandas
Um abraço e lastimo que não percebam que o problema é do Cristo ( perdão Pedro Santana Lopes) que em cada uma que se mete arma embrulhada e depois vitimiza -se de uma forma que eu considero nojenta e bafiosa
Cumpts
Vasco
Um abraço e lastimo que não percebam que o problema é do Cristo ( perdão Pedro Santana Lopes) que em cada uma que se mete arma embrulhada e depois vitimiza -se de uma forma que eu considero nojenta e bafiosa
Cumpts
Vasco
Aqui no Caldeirão no Longo Prazo estamos todos ricos ... no longuissimo prazo os nossos filhos estarão ainda mais ricos ...
Re: Re
JAS Escreveu:Achas que se os levarmos ao Jardim Zoológico eles se esquecem da pergunta?
JAS
Parece que o Sócrates já anda a organizar um passeio com todos o netos de Portugal ao ZOO de Lisboa, para "distrair" as crianças portuguesas da vida stressante dos dias de hoje... É importante que eles não liguem a essas coisas.
Cumprimentos
JCS
---Tudo o que for por mim escrito expressa apenas a minha opinião pessoal e não é uma recomendação de investimento de qualquer tipo---
https://twitter.com/JCSTrendTrading
"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
"Price is the aggregation of everyone's expectations"
"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
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Re
pedras11 Escreveu:mas confesso que explicar ao meu neto tamanha maquinação irá ser dificil.
Ainda bem que já somos dois, amanhã seremos mais.
Por este andar ainda vamos ver alguma manifestação de netos à porta do Palácio de Belém...
Achas que se os levarmos ao Jardim Zoológico eles se esquecem da pergunta?
JAS
Então Jorginho posso concluir que usas-te da má fê? Já sabias o género de Primeiro-Ministro a quem davas posse, mas preferis-te esperar pela organização do teu partido? Então é isso? Não achas esse tipo de comportamento indigno? Eu pessoalmente já entendi, mas confesso que explicar ao meu neto tamanha maquinação irá ser dificil.
(continuação)
Pedro Santana Lopes
Advogado. Nasceu em Lisboa a 29 de Junho de 1956. Entre 1965 e 1973 estuda no Liceu Padre António Viera que fez os seus estudos secundários. É um aluno médio. Em 1973 entra para a Faculdade de Direito de Lisboa. Nesta faculdade, em 1975, evidencia-se na luta contra os comunistas, com um grupo de amigos funda o Movimento Independente de Direito (MID). Razões para esta luta encontra-as na Faculdade e em casa: A primeira fora tomada pelo MRPP e a segunda vê-se em graves dificuldades económicas. O pai de Santana Lopes fora saneado, em 1974, da Grundig por um grupo de "comunistas". Em fins de 1976, é eleito presidente das RGA (Reuniões Gerais de alunos), e por essa altura adere ao PSD. Em 1978 ganha a presidência da Associação de Estudantes. É nesta altura que defende publicamente a estratégia de ruptura de Sá Carneiro, com a Constituição de 1976 e os militares de Abril. Por interferência deste é chamado para assessor jurídico de Alvaro Monjardino, no efémero governo de Mota Pinto e Mário Soares. Ganha então uma bolsa de estudo na Alemanha, para uma pós-graduação em Direito Constitucional e Ciência Política, que virá a abandonar no ano seguinte.
No PSD ( I )
Em 1979, quando a AD ganha as eleições, Sá Carneiro convida-o para seu assessor jurídico, para participar na revisão na revisão da Constituição. Em 1980 é eleito pela primeira vez deputado à Assembleia da República, sendo reeleito 1985. Nesta fase torna-se assistente na Faculdade de Direito de Lisboa e um boémio inveterado nas noites lisboetas.Quando o PSD,pela mão de Cavaco Silva ganha as eleições, em 1986, assume a pasta da secretárias de Estado da Presidência do Conselho de Ministros.No ano seguinte encabeça a lista do PSD ao Parlamento Europeu, sendo eleito eurodeputado, o que implicou o abandono do seu cargo no governo.Não fica muito tempo em Bruxelas, regressando a Portugal em 1989. Insinua-se para um cargo governamental no sector das pescas. Cavaco Silva não cede. É nesta fase que se envolve na criação de um grupo na comunicação social, que se revela um desastre económico.
Na Cultura
Cavaco Silva dá-lhe a mão e em 1991, nomeia-o Secretário de Estado da Cultura. Substitui a Teresa Patrício Gouveia que era acusada pelo PSD de estar demasiado comprometida com a Esquerda. Santana Lopes, desenvolve então uma polémica gestão da cultura, pondo fim a tudo o que havia sido criado na sequência do 25 de Abril de 1974, como a Direcção-Geral de Acção Cultural. Jornais como o Público ou o Diário de Notícias acusam-no de inculto e de praticar uma gestão mediática e ruinosa. Pelo meio sucedem-se os casos que alimentam a comunicação social: a "Pala" do estádio do Sporting (que leva à queda da Subsecretária de Estado Maria José Nogueira Pinto); o subsídio à actriz brasileira Tornoli; as aquisições ilegais para o seu gabinete; a censura de uma obra de José Saramago (realizada pelo seu Subsecretário de Estado Sousa Lara); as questões passionais, onde se torna indistinto o público e o privado; etc. Não há memória de nenhum membro do governo ter uma semelhante exposição pública.Em finais de 1994 abandona o governo debaixo de uma enorme pressão por parte da comunicação social, que o transforma no símbolo da incultura do Governo de Cavaco Silva, coroada pelas suas preferências pelo "concerto de violinos de Chopin".
No Sporting
Pela mão de José Roquette é eleito, a 2 de Junho de 1995, presidente do Sporting Clube de Portugal, que nesse mesmo ano ganha a taça de Portugal. Os resultados do Sporting ficaram sempre longe das expectativas e acaba por deixar o Clube a 4 de Abril de 1996. A sua imagem está então pela rua da amargura. Instala-se a ideia que não consegue levar nenhum projecto até ao fim, abandona o barco quando as coisas começam a ficar feias. Não passa de um boémio, hábil na arte da sedução e da palavra fácil.A comunicação social explora amplamente a questão dos lençóis, dos casamentos e des-casamentos com empresárias e ricas herdeiras. Torna-se entretanto comentador desportivo, o que lhe permite nunca sair do palco da política portuguesa.
.
Na Universidade Moderna
Exerce funções de assistente convidado na licenciatura de Direito, e chefia o centro de sondagens fundado por Paulo Portas, líder do CDS-PP. O caso nada tinha de especial, não fosse o facto de nesta Universidade ter ocorrido um dos casos mais graves de corrupção na sociedade portuguesa, e que ainda decorre nos tribunais. No processo constam alegadas ligações dos seus mentores à maçonaria e é frequentemente citado, um dos seus colaboradores directos, o monárquico Sousa Lara. Até que ponto Santana Lopes conhecia o que se passava? Esta é a questão ainda por esclarecer. Ver
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Nas Câmaras Municipais
Marcelo Rebelo de Sousa, então lider do PSD, desafia-o para concorrer às autárquicas de 1997. Escolhe a Câmara Municipal da Figueira da Foz, um bastião do PS. Contra todas as expectativas obtém uma significativa maioria absoluta (60% dos votos expressos). Tinha aqui a sua possibilidade de mudar a sua imagem pública. Ninguém acredita que ficaria muito tempo afastado de Lisboa e das suas festas.A boémia está-lhe na massa do sangue dizia-se. Acaba por ficar 4 anos. A obra que realizou Figueira da Foz, nomeadamente criação de infra-estruturas culturais e de zonas de lazer especialmente destinadas aos mais novos e velhos , passa a constituir um sólido argumento sobre as suas capacidades como gestor público.
Nas eleições autárquicas de 2001, concorre à CML. Contra todas as sondagens é eleito, ainda que seja por apenas 856 votos mais do que o seu adversário, João Soares. A expectativa é grande, não apenas no modo como irá conviver com a "esquerda ", mas sobretudo se irá cumprir um ambicioso programa eleitoral que implica afrontamento dos grupos instalados, nomeadamente o dos especuladores imobiliários. Após o primeiro ano de mandato, Santana Lopes revelava já um total desnorte: as promessas eleitorais foram rapidamente esquecidas. A sua obsessão agora era ser eleito presidente da República ( em 2005) e construir um casino em Lisboa.
Nota: Foi na Igreja de São João de Brito que fez a catequese e ajudou à missa.
...
NO PSD ( II )
A credibilidade de Santana Lopes no PSD e sobretudo no país foi sempre muito pouca. Todos lhe admiravam as suas prestações circenses e pouco mais. Nos congressos de 1995 (Lisboa, Coliseu) e 1996 (Santa Maria da Feira), ainda chegou a ameaçar a ir a votos par disputar a liderança do partido, mas perante a risota geral acabou por desistir. A viragem ocorreu, em 1997, quando conquistou a Câmara Municipal da Figueira da Foz ao PS. A partir daqui muitos passaram a olhar o seu estilo populista como uma óptima receita para conquistar votos e ganhar eleições. A verdade é que Santana Lopes é uma figura errática, hoje diz uma coisa e amanhã outra. Um ano depois deste êxito, incomodado com uma reportagem televisiva que o envolvia em pandegas em boites, alcool e mulheres de vida fácil, dirige-se ao presidente da República para anunciar o abandona da vida política (Novembro de 1998). Ninguém o levou a sério, mas todos se continuaram a divertir com o seu estilo de fazer política. Os orgãos de comunicação social usaram-no, e ele usou-os para se projectar no PSD. No Congresso do PSD, em 2000 (Viseu), concorre contra Durão Barroso e perde, recolhendo 34% dos votos. Santana não desiste e Durão Barroso para o manter controlado, acaba por lhe dar a Vice-Presidência do PSD. Santana não se contenta e começa a colocar na cúpula do partido algumas figuras de proa que o acompanharam na CML. O objectivo é o de tomar posições para atacar na melhor altura.
.
No Terramoto Político
O balanço de dois anos e meio à frente da CML não podia ser pior. E por mais incrível que possa parecer, Santana Lopes, sem nunca ter ganho eleições nacionais, nem sequer nenhum congresso do seu partido, recebe de mão beijada a presidência do PSD e apresenta-se por este facto como o sucessor de Durão Barroso na chefia do governo de Portugal (28 de Junho de 2004). Tudo isto porque este último resolveu abandonar o país, aceitando o convite para presidir à União Europeia. O país ainda mergulhado na euforia do Euro2004, toma consciência da magnitude do problema político em que está mergulhado: o avanço do mais genuíno populismo.
Universidade Moderna
A Universidade Moderna foi criada em 1986, por iniciativa de um grupo de professores que saíra em divergência com a Universidade Livre. O reitor nomeado, o professor catedrático José Júlio Gonçalves, estivera ligado, em 1984, à elaboração da moção da Nova Esperança (um grupo de figuras do PSD, com Marcelo Rebelo de Sousa, Santana Lopes e Durão Barroso), de alternativa ao grupo de Pinto Balsemão e Mota Amaral. Na constituição da cooperativa da universidade, a Dinensino, esteve Nandim de Carvalho,Grão-Mestre da Maçonaria.
Um Projecto Global de Poder
A maioria dos analistas, apontam os anos de 1997 e 1998 como aqueles onde os seus dirigentes desenvolveram de uma forma sistemática uma estratégia que tinha em vista o controlo político do país, usando para tal os enormes recursos financeiros desta Universidade. Recorde-se que o número dos seus alunos que em 1989, pouco mais eram que 800, mas em 1997 ultrapassavam os dez mil em Lisboa, Porto, Setúbal e Beja.
Esta estratégia assentava nas seguintes acções:
1.Contratação de figuras públicas para cargos na Universidade. Estas personalidades eram presenteadas com faustosas benesses (vencimentos desproporcionados das funções que desempenhavam ou trabalhos que realizavam, viagens, carros de luxo, cartões de crédito para despesas ilimitadas, etc).Entre os presenteados destacam-se o arquitecto Troufa Real, Rui Gomes da Silva (do PSD), António Sousa Lara (Vice-Reitor da Universidade), Paulo Portas (primeiro director e responsável pela criação de um centro de sondagens, em 1997) e Pedro Santana Lopes (segundo director do citado centro). Para além destes, diversas outras figuras públicas eram convidadas para docentes ou simplesmente para realizarem trabalhos para a Universidade, sendo remunerados segundo os mesmos faustosos princípios. O tráfico de influências entre o poder político e a Universidade acabou por se banalizar.
2.Ligação à Maçonaria. Os dirigentes desta Universidade não se limitaram a financiar a Maçonaria, mas interferem no seu funcionamento através de grupos organizados. Um dos protagonistas desta acção foi José Braga Gonçalves, filho do reitor e secretário-geral-adjunto da Moderna, que se encontra actualmente sob prisão.
3.Controlo dos meios de comunicação. Esta acção envolvia não apenas a participação no capital de empresas de comunicação social, mas na realização de dispendiosas campanhas publicitárias e a promoção de operações grande impacto mediático.
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Pedro Santana Lopes
Advogado. Nasceu em Lisboa a 29 de Junho de 1956. Entre 1965 e 1973 estuda no Liceu Padre António Viera que fez os seus estudos secundários. É um aluno médio. Em 1973 entra para a Faculdade de Direito de Lisboa. Nesta faculdade, em 1975, evidencia-se na luta contra os comunistas, com um grupo de amigos funda o Movimento Independente de Direito (MID). Razões para esta luta encontra-as na Faculdade e em casa: A primeira fora tomada pelo MRPP e a segunda vê-se em graves dificuldades económicas. O pai de Santana Lopes fora saneado, em 1974, da Grundig por um grupo de "comunistas". Em fins de 1976, é eleito presidente das RGA (Reuniões Gerais de alunos), e por essa altura adere ao PSD. Em 1978 ganha a presidência da Associação de Estudantes. É nesta altura que defende publicamente a estratégia de ruptura de Sá Carneiro, com a Constituição de 1976 e os militares de Abril. Por interferência deste é chamado para assessor jurídico de Alvaro Monjardino, no efémero governo de Mota Pinto e Mário Soares. Ganha então uma bolsa de estudo na Alemanha, para uma pós-graduação em Direito Constitucional e Ciência Política, que virá a abandonar no ano seguinte.
No PSD ( I )
Em 1979, quando a AD ganha as eleições, Sá Carneiro convida-o para seu assessor jurídico, para participar na revisão na revisão da Constituição. Em 1980 é eleito pela primeira vez deputado à Assembleia da República, sendo reeleito 1985. Nesta fase torna-se assistente na Faculdade de Direito de Lisboa e um boémio inveterado nas noites lisboetas.Quando o PSD,pela mão de Cavaco Silva ganha as eleições, em 1986, assume a pasta da secretárias de Estado da Presidência do Conselho de Ministros.No ano seguinte encabeça a lista do PSD ao Parlamento Europeu, sendo eleito eurodeputado, o que implicou o abandono do seu cargo no governo.Não fica muito tempo em Bruxelas, regressando a Portugal em 1989. Insinua-se para um cargo governamental no sector das pescas. Cavaco Silva não cede. É nesta fase que se envolve na criação de um grupo na comunicação social, que se revela um desastre económico.
Na Cultura
Cavaco Silva dá-lhe a mão e em 1991, nomeia-o Secretário de Estado da Cultura. Substitui a Teresa Patrício Gouveia que era acusada pelo PSD de estar demasiado comprometida com a Esquerda. Santana Lopes, desenvolve então uma polémica gestão da cultura, pondo fim a tudo o que havia sido criado na sequência do 25 de Abril de 1974, como a Direcção-Geral de Acção Cultural. Jornais como o Público ou o Diário de Notícias acusam-no de inculto e de praticar uma gestão mediática e ruinosa. Pelo meio sucedem-se os casos que alimentam a comunicação social: a "Pala" do estádio do Sporting (que leva à queda da Subsecretária de Estado Maria José Nogueira Pinto); o subsídio à actriz brasileira Tornoli; as aquisições ilegais para o seu gabinete; a censura de uma obra de José Saramago (realizada pelo seu Subsecretário de Estado Sousa Lara); as questões passionais, onde se torna indistinto o público e o privado; etc. Não há memória de nenhum membro do governo ter uma semelhante exposição pública.Em finais de 1994 abandona o governo debaixo de uma enorme pressão por parte da comunicação social, que o transforma no símbolo da incultura do Governo de Cavaco Silva, coroada pelas suas preferências pelo "concerto de violinos de Chopin".
No Sporting
Pela mão de José Roquette é eleito, a 2 de Junho de 1995, presidente do Sporting Clube de Portugal, que nesse mesmo ano ganha a taça de Portugal. Os resultados do Sporting ficaram sempre longe das expectativas e acaba por deixar o Clube a 4 de Abril de 1996. A sua imagem está então pela rua da amargura. Instala-se a ideia que não consegue levar nenhum projecto até ao fim, abandona o barco quando as coisas começam a ficar feias. Não passa de um boémio, hábil na arte da sedução e da palavra fácil.A comunicação social explora amplamente a questão dos lençóis, dos casamentos e des-casamentos com empresárias e ricas herdeiras. Torna-se entretanto comentador desportivo, o que lhe permite nunca sair do palco da política portuguesa.
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Na Universidade Moderna
Exerce funções de assistente convidado na licenciatura de Direito, e chefia o centro de sondagens fundado por Paulo Portas, líder do CDS-PP. O caso nada tinha de especial, não fosse o facto de nesta Universidade ter ocorrido um dos casos mais graves de corrupção na sociedade portuguesa, e que ainda decorre nos tribunais. No processo constam alegadas ligações dos seus mentores à maçonaria e é frequentemente citado, um dos seus colaboradores directos, o monárquico Sousa Lara. Até que ponto Santana Lopes conhecia o que se passava? Esta é a questão ainda por esclarecer. Ver
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Nas Câmaras Municipais
Marcelo Rebelo de Sousa, então lider do PSD, desafia-o para concorrer às autárquicas de 1997. Escolhe a Câmara Municipal da Figueira da Foz, um bastião do PS. Contra todas as expectativas obtém uma significativa maioria absoluta (60% dos votos expressos). Tinha aqui a sua possibilidade de mudar a sua imagem pública. Ninguém acredita que ficaria muito tempo afastado de Lisboa e das suas festas.A boémia está-lhe na massa do sangue dizia-se. Acaba por ficar 4 anos. A obra que realizou Figueira da Foz, nomeadamente criação de infra-estruturas culturais e de zonas de lazer especialmente destinadas aos mais novos e velhos , passa a constituir um sólido argumento sobre as suas capacidades como gestor público.
Nas eleições autárquicas de 2001, concorre à CML. Contra todas as sondagens é eleito, ainda que seja por apenas 856 votos mais do que o seu adversário, João Soares. A expectativa é grande, não apenas no modo como irá conviver com a "esquerda ", mas sobretudo se irá cumprir um ambicioso programa eleitoral que implica afrontamento dos grupos instalados, nomeadamente o dos especuladores imobiliários. Após o primeiro ano de mandato, Santana Lopes revelava já um total desnorte: as promessas eleitorais foram rapidamente esquecidas. A sua obsessão agora era ser eleito presidente da República ( em 2005) e construir um casino em Lisboa.
Nota: Foi na Igreja de São João de Brito que fez a catequese e ajudou à missa.
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NO PSD ( II )
A credibilidade de Santana Lopes no PSD e sobretudo no país foi sempre muito pouca. Todos lhe admiravam as suas prestações circenses e pouco mais. Nos congressos de 1995 (Lisboa, Coliseu) e 1996 (Santa Maria da Feira), ainda chegou a ameaçar a ir a votos par disputar a liderança do partido, mas perante a risota geral acabou por desistir. A viragem ocorreu, em 1997, quando conquistou a Câmara Municipal da Figueira da Foz ao PS. A partir daqui muitos passaram a olhar o seu estilo populista como uma óptima receita para conquistar votos e ganhar eleições. A verdade é que Santana Lopes é uma figura errática, hoje diz uma coisa e amanhã outra. Um ano depois deste êxito, incomodado com uma reportagem televisiva que o envolvia em pandegas em boites, alcool e mulheres de vida fácil, dirige-se ao presidente da República para anunciar o abandona da vida política (Novembro de 1998). Ninguém o levou a sério, mas todos se continuaram a divertir com o seu estilo de fazer política. Os orgãos de comunicação social usaram-no, e ele usou-os para se projectar no PSD. No Congresso do PSD, em 2000 (Viseu), concorre contra Durão Barroso e perde, recolhendo 34% dos votos. Santana não desiste e Durão Barroso para o manter controlado, acaba por lhe dar a Vice-Presidência do PSD. Santana não se contenta e começa a colocar na cúpula do partido algumas figuras de proa que o acompanharam na CML. O objectivo é o de tomar posições para atacar na melhor altura.
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No Terramoto Político
O balanço de dois anos e meio à frente da CML não podia ser pior. E por mais incrível que possa parecer, Santana Lopes, sem nunca ter ganho eleições nacionais, nem sequer nenhum congresso do seu partido, recebe de mão beijada a presidência do PSD e apresenta-se por este facto como o sucessor de Durão Barroso na chefia do governo de Portugal (28 de Junho de 2004). Tudo isto porque este último resolveu abandonar o país, aceitando o convite para presidir à União Europeia. O país ainda mergulhado na euforia do Euro2004, toma consciência da magnitude do problema político em que está mergulhado: o avanço do mais genuíno populismo.
Universidade Moderna
A Universidade Moderna foi criada em 1986, por iniciativa de um grupo de professores que saíra em divergência com a Universidade Livre. O reitor nomeado, o professor catedrático José Júlio Gonçalves, estivera ligado, em 1984, à elaboração da moção da Nova Esperança (um grupo de figuras do PSD, com Marcelo Rebelo de Sousa, Santana Lopes e Durão Barroso), de alternativa ao grupo de Pinto Balsemão e Mota Amaral. Na constituição da cooperativa da universidade, a Dinensino, esteve Nandim de Carvalho,Grão-Mestre da Maçonaria.
Um Projecto Global de Poder
A maioria dos analistas, apontam os anos de 1997 e 1998 como aqueles onde os seus dirigentes desenvolveram de uma forma sistemática uma estratégia que tinha em vista o controlo político do país, usando para tal os enormes recursos financeiros desta Universidade. Recorde-se que o número dos seus alunos que em 1989, pouco mais eram que 800, mas em 1997 ultrapassavam os dez mil em Lisboa, Porto, Setúbal e Beja.
Esta estratégia assentava nas seguintes acções:
1.Contratação de figuras públicas para cargos na Universidade. Estas personalidades eram presenteadas com faustosas benesses (vencimentos desproporcionados das funções que desempenhavam ou trabalhos que realizavam, viagens, carros de luxo, cartões de crédito para despesas ilimitadas, etc).Entre os presenteados destacam-se o arquitecto Troufa Real, Rui Gomes da Silva (do PSD), António Sousa Lara (Vice-Reitor da Universidade), Paulo Portas (primeiro director e responsável pela criação de um centro de sondagens, em 1997) e Pedro Santana Lopes (segundo director do citado centro). Para além destes, diversas outras figuras públicas eram convidadas para docentes ou simplesmente para realizarem trabalhos para a Universidade, sendo remunerados segundo os mesmos faustosos princípios. O tráfico de influências entre o poder político e a Universidade acabou por se banalizar.
2.Ligação à Maçonaria. Os dirigentes desta Universidade não se limitaram a financiar a Maçonaria, mas interferem no seu funcionamento através de grupos organizados. Um dos protagonistas desta acção foi José Braga Gonçalves, filho do reitor e secretário-geral-adjunto da Moderna, que se encontra actualmente sob prisão.
3.Controlo dos meios de comunicação. Esta acção envolvia não apenas a participação no capital de empresas de comunicação social, mas na realização de dispendiosas campanhas publicitárias e a promoção de operações grande impacto mediático.
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jorginho
Re: ...
Só quero saber o "Porquê?" e nada mais.
E não se trata de cegueira. Eu quero é ouvir o PR explicar.
Como não quero que passes mais uma noite de insonias, a pensar na explicação que vais ter que dar ao teu neto na 3ª feira, aqui vai....
Sempre achei que o Santana Lopes tinha sido uma pessima escolha, por parte do PSD, na sucessão do Durão Barroso, pois o seu passado, que infelizmente vou ter que te recordar, era razão essencial para não o indigitar, mas na altura não existiam razões constitucionais que exigissem eleições antecipadas.
Embora os meus amigos do PS vissem a dissolução do Parlamento como unica solução, tal não foi a minha visão, e a determinada altura pensei o seguinte.
Que hipotese terá o PS de vencer as proximas eleicções caso dissolva o Parlamento, contra o politico mais mediatico?
Sabes melhor que eu NENHUMAS, por conseguinte achei que o melhor era dar-lhe algum tempo de governação, sabendo eu que o terreno onde ele se sente mais á vontade(mídia), seria o campo ideal para o ele se atolar, como veio a acontecer, e deste modo a maioria dos portugueses que seriam contra mim em Julho, passariam a meu favor, depois das enumeras peripecias(noutros post já referidos) que todos os dias visualizavamos nas aberturas dos Telejornais.
Agoa se me permites vou-te recordar algumas coisas do passado do Senhor Santana Lopes, e vais constatar que tudo o que passou agora, já se passou anteriormente, e iria continuar no futuro, levando-nos de arrasto com ele para a lama, por isso mais uma vez te digo, que pelo teu, e todos os netos deste País resolvi acabar com esta "quinta de Celebridades" que pelos vistos vai continuar em campanha eleitoral, mas quanto mais ele falar a partir de agora mais se vai enterrar, penso que poderá ser uma lição para ele e muitos outros politicos que grassam no nosso País.
Quem é DRº Santana Lopes?
Santana Lopes: Um Político Pós-Moderno
Há anos que acompanhamos o percurso deste político, e sempre nos espantou a sua capacidade pós-moderna de transformar a política em espectáculo, tendo entre os seus mais fieis espectadores e apoiantes as vítimas da sua política. Santana é desde há muito a encarnação viva de Cálicles, a célebre personagem do Górgias de Platão. Ou se quisermos, numa versão mais moderna, um concorrente por direito próprio ao "Big Brother", onde a vida pública e o privada se confundem num mesmo espectáculo. O caso é tanto mais de espantar quando na sua juventude nada o fazia prever, sobretudo a quem conheceu e privou com o "Paralítico" alcunha pela qual era conhecido no Liceu Padre António Vieira) e catequista da Igreja de S. João de Brito.
SEC
Após um brilhante percurso, cheio de altos e muitos baixos, Santana Lopes floresceu para a grande opinião publica no princípio dos anos 90. Enquanto era Secretário de Estado da Cultura (1991-1995), de pouco serviu a imprensa (Diário de Notícias, Público, Expresso) e até o Tribunal de Contas denunciar a forma sistemática como utilizava os dinheiros públicos à margem de todos os procedimentos legais. De pouco serviu igualmente mostrarem a confusão que reinava na SEC e a forma como era delapidado o erário público em acções mediáticas sem qualquer repercussão para a melhoria das infra-estruturas culturais do país. Santana Lopes sabia melhor que ninguém que a sua avaliação como Secretário de Estado da Cultura, não seria feita por estes desperdícios, nem pela monumental ignorância que dava mostras atribuindo, por exemplo, a Chopin concertos que este jamais compôs.
A sua avaliação pública seria feita em função da sua capacidade de se sair bem das embrulhadas em que se metia, que derrubariam qualquer outro político mas não a ele. Certa imprensa dava particular atenção às suas novas conquistas amorosas, outras às benesses que a si mesmo se atribuía nos exercício dos diversos cargos no Estado, outras ainda às confusões que gerava entre política e futebol. Pelo meio contabilizava-se uma choruda reforma que passou a receber da Assembleia da República, continuando no entanto, a exercer a actividade política. Quanto mais escandalos provocava maior era o fascínio que gerava na opinião pública: até onde iria a sua capacidade de sobrevivência no espectáculo que continuamente produzia.
Figueira da Foz
Depois da cultura, seguiu-se o futebol, e depois deste, a Câmara Municipal da Figueira da Foz. Quando decidiu candidatar-se à presidência do município, os proprietários do Casino, hotéis, restaurantes, cafés, pastelarias, discotecas acreditaram que lhes tinha saído a sorte grande. Há muito que esta antiga estância balnear, se ressentia da falta de animação nocturna. A maioria dos habitantes sonhou que com Santana Lopes iria voltar o antigo esplendor da época estival. A verdade é que a cidade por algum tempo voltou a ser notícia na comunicação social.
O problema é que o magro orçamento da câmara, não permitiam, como se escreveu, manter a intensa vida social e familiar do seu presidente. Trabalhando a 200 km de casa, Santana Lopes não teve outro remédio senão passar a administrar o município nos intervalos de comentários desportivos na televisão e nos jornais, onde auferia proventos mais substânciais. Os municípes da Figueira da Foz contentavam-se facilmente com um presidente em "part time", Santana é que não se conformava. Sabemos aqora que para além da reforma que recebia de "deputado aposentado", queria receber também por inteiro o ordenado de Presidente do Município em acumulação com outras actividades que exercia em Lisboa, nomeadamente a de responsável pelo Centro de Sondagens, criado pelo seu amigo Paulo Portas, na Universidade Moderna. A lei não permitia tais acumulações de vencimentos sem reduções. Farto de tanta incompreensão acabou por rumar para Lisboa, com a Figueira no coração e muita mágoa na carteira. O caso prossegue em tribunal, dado que o ex-autarca da Figueira não se conforma com as limitações da Lei.
Lisboa
Em Dezembro de 2001, averba uma importante vitória ao destronar João Soares da CML. Durante a campanha eleitoral promete acabar com o regabofe que se havia instalado na autarquia, tornando Lisboa Feliz. Os lisboetas estavam por tudo, queriam era mudar de presidente e acabar com a bandalhice. Quase um ano depois das eleições autárquicas, respiram de felicidade por todos os poros:
Automóveis e condutores foram postos em ordem.
A especulação imobiliária foi irradicada.
Os serviços camarários foram reorganizados e são agora um modelo de eficácia, eficiência e transparência.
Os vastos equipamentos culturais da CML funcionam com pessoal motivado e com brio profissional, desenvolvendo uma actividade cultural que faz inveja a qualquer outra capital europeia.
Todos os bairros possuem parques municipais desportivos equipados com piscinas e outros equipamentos indispensáveis à pratica desportiva dos municipes.
Os espaços verdes da cidade foram recuperados e por todo o lado surgem novos jardins.
O que restavam dos bairros de barracas e casas abarracadas terminou conforme estava previsto. Os bairros históricos começaram a ser finalmente recuperados num ritmo nunca visto.
O lixo e as enormes lixeiras que por todo o lado eram visíveis desapareceram da cidade.
A população que vive em bairros degradados na periferia voltou a morar cidade.
Andando pelas ruas salta à vista a profunda diferença com a anterior presidência. No meio deste imenso trabalho, Santana Lopes, ainda teve tempo de anunciar um grandioso projecto a reanimação do Parque Mayer: a abertura de um Casino.
Revelando a sua enorme capacidade de trabalho, tudo isto e muito mais que não se disse, foi realizado nos intervalos da sua principal actividade: comentador político e desportivo, e objecto predilecto das revistas de salas de espera de clinicas, cabeleireiras, etc.
A obra seria imensa para um qualquer político, mas não para Santana Lopes. Ele sabe que a avaliação sua acção, não será feita pelas promessas que não cumpriu, mas pela forma como conseguiu ou não livrar-se dos problemas domésticos que carrega. A julgar pela comunicação social a família e as ex-mulheres não lhe dão tréguas. Mal acabara de ser eleito, por exemplo, já um dos seus filhos estava a agredir a Polícia da capital. A imprensa continua a casa-lo e descasa-lo vezes sem conta.
Para estar à altura desta elevada pressão social, não há dinheiro que chegue. Esse é seu verdadeiro problema, não a cidade. Mas é aqui que aos olhos do comum dos cidadãos se joga o seu êxito. "Como conseguirá ele safar-se de mais esta ou aquela bronca?". "Será que também é chamado a depor em Tribunal ? "Estas parecem ser as questões que interessam verdadeiramente aos lisboetas sobre a actuação do presidente do seu município.
O prestigiado semanário Expresso, entre Janeiro de 2002 e Junho de 2004 dedicou-se pacientemente a enumerar as fontes de rendimento deste político aposentado da política. Umas são inerentes ao cargo político que exerce ou exerceu (reformas), outras resultam da sua fértil imaginação, outras ainda de "extras" que vai fazendo um pouco por todo o lado. A avaliar pela multiplicidade que actividade que exercem em simultâneo, temos que concluir que a Presidência da CML não é, pelos vistos, tão absorvente como se diz, ou então estamos perante um político com excepcionais qualidades de produtividade. Um exemplo para um país que se debate com problemas neste domínio.
Santana, por exemplo, para além do ordenado como presidente da CML, acumula ainda por inteiro o vencimento de administrador da Parque Expo, cargo para o qual se nomeou a si mesmo. Resta saber quantos mais cargos na CML até ao final do mandato, irá ainda se nomear a si próprio, acumulando os respectivos vencimentos. Um exemplo da actuação de Santana Lopes: Em 2002 chegou ao ponto de afastar uma funcionária da CML por a mesma se ter atrasado em dar-lhe um cartão de crédito ilimitado para pagar todas as suas despesas pessoais, nomeadamente uma viagem a Paris para assistir a um torneio de ténis, etc.(noticia avançada pelo Expresso e confirmada por várias fontes ).
Santana Lopes não opera sózinho nesta vilanagem, faz-se acompanhar por uma corte de amigos e muitas amigas. Não foi pois com surpresa, que a escandalosa acumulação de vencimentos começa-se logo após as eleições a alastrar-se pelos seus mais directos ou longínquos apoios. Os primeiros a serem referenciados, ainda em 2002, recorde-se foram o então vice-presidente da CML Carmona Rodrigues e o vereador Pedro Pinto, que repartiram entre si chorudos ordenados de administradores em empresas municipais.
Realista quanto basta, Santana Lopes percebeu que a CML não era o local ideal para resolver todas as suas necessidades no futuro, pelo que em ainda em 2002 anuncia um novo projecto político do mais alto folgo: a Presidência da República. No caso de ser eleito, espera, segundo alguns comentadores, não apenas acumular uma nova reforma, mas sobretudo encontrar criados e um local para festas de arromba. Criadagem não falta no Palácio de Belém, e depois com o Casino no Parque Mayer, a vida em Lisboa deixará de ter a presente monotonia que o começa a desesperar.
Os anos de 2002, 2003 e 2004 ficarão par a história da idade de Lisboa, como aqueles em que a gestão municipal atingiu o seu grau zero. Muito pouca obra, mas muitíssima propaganda. A CML gastou rios de dinheiro a fazer promessas que não cumpriu, a anunciar projectos que logo depois abandonou, e sobretudo a promover a figura do seu presidente. Apesar desta acção de propagandística, nas eleições europeias de 12 de Junho de 2004, a coligação que governa a cidade sofreu um duro revés nas urnas, recolhendo apenas 1 terço dos votos.
Espero ter ajudado a compreender a minha decisão, que NUNCA foi contra o PSD
cumprimentos
.
-
jorginho
Re: ...
andrade Escreveu:"O maior cego não é aquele que não vê mas sim aquele que não quer ver"
Acho que ainda não percebeste o que eu escrevi.
Lê outra vez...
Eu estou-me nas tintas para os partidos e tanto se me faz que haja um governo do PSD ou do PS.
Prezo a estabilidade e acho que constitucionalmente nem sequer há um motivo plausível para se dissolver o Parlamento.
A dissolução, que acarreta uma paragem do país por 3 ou 4 meses, só deve ser tomada em casos extremamaente graves e não pela "côr dos olhos do primeiro-ministro"...
Só quero saber o "Porquê?" e nada mais.
E não se trata de cegueira. Eu quero é ouvir o PR explicar.
JAS
...
Amigos, não pretendo ofender ninguém. Apenas referir um ditado muito utilizado pelo povo português:
"O maior cego não é aquele que não vê mas sim aquele que não quer ver"
Já agora... o fanatismo (ou a defesa de cargos/tachos) está a despromver a inteligência...e assim, não vamos lá...
1 abraço
andrade
"O maior cego não é aquele que não vê mas sim aquele que não quer ver"
Já agora... o fanatismo (ou a defesa de cargos/tachos) está a despromver a inteligência...e assim, não vamos lá...
1 abraço
andrade
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Re
JAS Escreveu:Como sabes sou uma pessoa muito ocupada, mas como o prometido é devido, e neste momento estou mais preocupado com o teu e os outros netos, não quero que fiques embaraçado na 3ª feira quando o teu neto te visitar, sendo assim aproveito para te deixar 3 artigos para lhe lêres, pois tenho a certeza que apesar da sua tenra idade, ele vai começar a compreender a minha decisão, coisa que nunca compreenderás, mas eu percebo porquê.
Já li os 3 artigos mas afinal são 4.
Eu bem digo que tu não és muito bom em matemática...
- O primeiro refere-se à "Confiança dos Consumidores Portugueses" que cai pelo 4º mês consecutivo(ou seja desde a tua decisão anterior...)
- O segundo refere-se a "Dados do Emprego" que diminuíram 2,3% na indústria . Não sei se reparaste mas todos os índices estão estáveis, até têm crescido ao longo do ano e a grande influência nrgativa provém dos "Bens de Investimento". É por causa so "Investimento" que convinha termos estabilidade...
- O terceiro refere-se ao "volume de negócios na indústria" que também diminuiu em Outubro. Eles explicam o facto por ter havido menos horas de trabalho, ou seja feriados a mais... Será que o próximo governo nos vai tirar os feriados?
- O quarto refere-se a uma transcrição, feita pelo Sócrates, do Economist Intelligence Unit (EIU). Como está em inglês ele não deve ter percebido bem que também lá diz "Apesar de afirmar que "não são claras" quais as políticas económicas a serem seguidas por um Governo socialista, a EIU aposta que o mais provável é uma continuação do impulso reformista de Durão Barroso, especialmente na Administração Pública". Eu também acho que "não são claras" mas tanto me faz um ou outro. Mas quanto mais tempo ficarmos sem governo mais teremos que apertar o cinto e isso já não me agrada nada...
Mas voltemos ao que interessa.
Se estes fossem motivos para dissolver Parlamentos não haveria governos que durassem 15 dias em nenhum país do mundo.
Quando houvesse uma recessão ficávamos sempre o dito e, logo por azar, seria na altura em que mais precisávamos de o ter...
Mas o que eu vejo é que nas restantes democracias da Europa nunca caíu nenhum governo que fosse suportado por uma maioria parlamentar.
Eles lá ligam mais aos votos e menos às sondagens...
Jorginho Escreveu:PS - olha que afinal as tuas fontes enganaram-te, quanto á percentagem de portugueses que concordam com a minha decisão
Qual decisão?
Estou a ver que tu estás mesmo baralhado e já começo a ficar preocupado com isso.
Até agora não passaste da "intenção" pois ainda vais ouvir primeiro os Partidos e depois o Conselho de Estado.
Já te esqueceste que os convocaste para 5ª e para 6ª feira?
O meu neto perguntou "porque dissolveste?" porque ele coitadinho é pequenino e ainda não leu a Constituição...
Mas a pergunta correcta é "porque iniciaste o processo de dissolução?"
Portanto, meu caro Jorginho, trata de arranjar um motivo plausível que convença o meu neto.
Basta um.
Mas, por favor, depressinha por causa do jantar de 3ª feira!
Um abraço,
JAS
P.S.- A minha vizinha de baixo, que deves conhecer pois é uma intelectual de esquerda da velha guarda, contou-me que a neta dela, de 6 anos e que é tão perspicaz como a Avó, ontem também fez uma pergunta engraçada:
- O Santana vai continuar em primeiro ministro até às eleições?
Jorginho, se souberes a resposta, agradecia que ma mandasses juntamente com a outra.
...
Tricha
compras-me o clio de 13 anos por 4999???Sim ou não???
Pelos vistos não está interessado nesta excelente oportunidade.
compras-me o clio de 13 anos por 4999???Sim ou não???
Pelos vistos não está interessado nesta excelente oportunidade.
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tricha maluka Escreveu:No maior pais do mundo em Outubro o preço da gasolina ao consumidor aumentou 27%
Na China?
tricha maluka Escreveu:Os camaradas que se cagam para a justiça vao ter uma grande surpresa no proximo fim de semana quando forem divulgadas sondagens a que estou tendo acesso.
As duas ultimas sondagens, publicadas no Independente e no Expresso, indicam maioria absoluta ou muito próximo disso, a favor do PS, qual foi o cataclismo que aconteceu entretanto?
tricha maluka Escreveu:O povo nao foi tao analfabeto, quando eles aguardavam
Tens razão, o povo não é tão analfabeto, contudo, é infelizmente muito ignorante.
"Don't try to buy at the bottom and sell at the top. It can't be done except by liars." - Bernard Baruch
No maior pais do mundo em Outubro o preço da gasolina ao consumidor aumentou 27% , felizmente que em Portugal ate diminuiu 0.01.
Os camaradas que se cagam para a justiça vao ter uma grande surpresa no proximo fim de semana quando forem divulgadas sondagens a que estou tendo acesso.
O povo nao foi tao analfabeto, quando eles aguardavam
Os camaradas que se cagam para a justiça vao ter uma grande surpresa no proximo fim de semana quando forem divulgadas sondagens a que estou tendo acesso.
O povo nao foi tao analfabeto, quando eles aguardavam
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tricha maluka
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"Terá sido o ar de desafogo que este orçamento apresentou que levou ha dissoluçao da assembleia da republica?
Quanto ha 1ª pergunta , depois de tanta contestaçao pela transferencia dos fundos de pensoes , os socialistas invejaram tais receitas extraordinarias , levando-os a sonhar em governar com tal orçamento."
Santa ignorância.....e mais uma vez...tanto fanatismo...invejar uma coisa que ninguém quer!!!!!!!!!!
Por acaso está interessado em comprar o meu carro (clio) com quase 13 anos de idade por 5000€? e que tal outro carro que tenho na incubadora (no mecânico) com problemas muito graves????
Se a sua resposta for afirmativa, até faço um desconto de 1€....ou seja, fica em 4999€...Não me diga que não é um valor interessante....
1 abraço
andrade
Quanto ha 1ª pergunta , depois de tanta contestaçao pela transferencia dos fundos de pensoes , os socialistas invejaram tais receitas extraordinarias , levando-os a sonhar em governar com tal orçamento."
Santa ignorância.....e mais uma vez...tanto fanatismo...invejar uma coisa que ninguém quer!!!!!!!!!!
Por acaso está interessado em comprar o meu carro (clio) com quase 13 anos de idade por 5000€? e que tal outro carro que tenho na incubadora (no mecânico) com problemas muito graves????
Se a sua resposta for afirmativa, até faço um desconto de 1€....ou seja, fica em 4999€...Não me diga que não é um valor interessante....
1 abraço
andrade
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Re: Neste País somos todos netos...
jorginho Escreveu:Quanto ao teu querido neto, não te preocupes, foi a pensar em muitos netos deste País que tomei esta decisão, e na proxima semana em principio já saberás o porquê.
Só na próxima semana?
Mas o que queres que eu diga ao miúdo quando cá vier jantar na 3ª feira?
Dizer-lhe aquilo que eu penso ser a verdade não pode ser! Não o quero traumatizar!
Ele até poderia pensar que tinha acontecido o mesmo ao Avô...
Como sabes sou uma pessoa muito ocupada, mas como o prometido é devido, e neste momento estou mais preocupado com o teu e os outros netos, não quero que fiques embaraçado na 3ª feira quando o teu neto te visitar,, sendo assim aproveito para te deixar 3 artigos para lhe lêres, pois tenho a certeza que apesar da sua tenra idade, ele vai começar a compreender a minha decisão, coisa que nunca compreenderás, mas eu percebo porquê.
Em queda desde início de Governo de Santana
Confiança dos consumidores portugueses recua pelo quarto mês consecutivo
A confiança dos consumidores portugueses desceu em Novembro, pelo quarto mês consecutivo, tendo assim apresentado uma trajectória negativa desde a tomada de posse do actual Governo de Santana Lopes. O indicador de clima, que mede a confiança dos empresários, estabilizou o mês passado.
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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt
A confiança dos consumidores portugueses desceu em Novembro, pelo quarto mês consecutivo, tendo assim apresentado uma trajectória negativa desde a tomada de posse do actual Governo de Santana Lopes. O indicador de clima, que mede a confiança dos empresários, estabilizou o mês passado.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, o índice que mede a confiança dos consumidores portugueses desceu em Novembro para os 34,7 pontos negativos, tendo apresentado uma trajectória descendente desde os 31,8 pontos registados em Agosto.
A tomada de posse do actual Executivo foi a 17 de Julho, pelo que em todos os meses completos de governação de Santana Lopes registou-se uma queda na confiança dos consumidores portugueses.
O presidente da República vai dissolver o Parlamento e convocar novas eleições, pelo que este passará a ser um Governo de gestão corrente – quando o Parlamento for oficialmente dissolvido – até Fevereiro. Os resultados do inquérito do INE ainda não incluem esta informação.
O INE afirma que a queda de Novembro no índice foi particularmente influenciada, «pela degradação das perspectivas sobre a evolução do desemprego e sobre a situação económica do país, ambas tendo como referencial os próximos 12 meses».
Já as indicações referentes à realização de poupança nos próximos doze meses «estabilizaram, mantendo-se próximas do mínimo histórico registado em Setembro passado». O INE acrescenta que «a generalidade dos indicadores recolhidos juntos dos consumidores registou uma evolução desfavorável em Novembro, prolongando os movimentos dos últimos meses».
Subida nos serviços e construção compensa queda na indústria e comércio
Segundo o INE, o indicador de clima - agrupa os índices de confiança na indústria transformadora, construção, comércio e serviços – estabilizou em Novembro nos 0,1 pontos negativos, depois de ter apresentado quedas entre Agosto e Outubro.
Na indústria transformadora o indicador de confiança agravou-se pelo terceiro mês consecutivo, o que representa a interrupção mais longa da tendência ascendente que se iniciou em Junho de 2003. O índice desceu de 7,3 para 9 pontos negativos.
Segundo o INE a evolução negativa observada em Novembro resultou do comportamento negativo nas expectativas sobre a procura global, que se agravaram fortemente «e as opiniões sobre a evolução da produção prevista voltaram a ser ligeiramente mais pessimistas».
Já na construção e obras públicas o índice de confiança subiu de 44,8 para 44,7 pontos negativos, compensando a queda registada no mês anterior. O INE recorda que este indicador tem apresentado uma lenta recuperação desde Maio de 2003 e «o entrave a uma recuperação mais rápida nos últimos meses tem resultado do agravamento das perspectivas de emprego em todos os tipos de obra».
No comércio a deterioração da confiança dos empresários repetiu a queda de Outubro, com o índice a descer 4,6 para 5,7 pontos negativos. «Esta evolução justifica-se tanto pela interrupção do perfil ascendente das perspectivas de evolução da actividade nos próximos três meses, como pelo prolongamento das indicações desfavoráveis sobre a actividade recente da empresa», refere o INE.
Por fim, no sector dos serviços, o índice de confiança interrompeu a evolução negativa que vinha registando desde Junho do corrente ano, com todas as suas componentes a apresentar um comportamento favorável.
«Além das recuperações dos indicadores sobre a actividade corrente da empresa e sobre a carteira de encomendas (incluídas no indicador), registou-se uma evolução positiva, em termos homólogos, das apreciações relativas ao volume de vendas», refere o INE.
Emprego na indústria diminui 2,3% em Outubro
O emprego na indústria diminuiu 2,3% em Outubro, face a igual período do ano anterior, tendo o volume de trabalho deslizado 9% no sector, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística, acrescentando que as remunerações apresentaram uma variação homóloga negativa de 0,4%.
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Ana Filipa Rego
arego@mediafin.pt
O emprego na indústria diminuiu 2,3% em Outubro, face a igual período do ano anterior, tendo o volume de trabalho deslizado 9% no sector, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística, acrescentando que as remunerações apresentaram uma variação homóloga negativa de 0,4%.
Segundo a mesma fonte, em relação ao emprego, com excepção do agrupamento de «Bens de Investimento» – que registou uma quebra de 3,8% (mais intensa em 0,9 pontos percentuais pontos percentuais face a Setembro) – todos os restantes agrupamentos «tiveram comportamentos relativamente estáveis em relação ao mês homólogo».
Face ao mês anterior, o emprego diminuiu 0,3% «tal como já acontecera em Setembro. A variação média nos últimos 12 meses «manteve-se negativa» – diminuindo 3,1% em termos homólogos – «mantendo-se a lenta recuperação» iniciada em Janeiro deste ano, refere o comunicado.
Horas trabalhadas caem 9% e remunerações diminuem 0,4% na indústria
As horas trabalhadas caíram 9% em termos homólogos influenciadas pelo menor número de dias úteis do mês de Outubro de 2004. O agrupamento que apresentou uma variação negativa mais intensa foi o de «Energia», com uma redução de 15,7%. Face ao mês anterior o volume de trabalho na indústria registou um decréscimo de 1,3%, tendo também a variação média nos últimos 12 meses sofrido uma quebra de 0,3 pontos percentuais face à observada em Setembro com uma redução de 3,1%.
As remunerações efectivamente pagas na indústria apresentaram uma redução de 0,4% em Outubro face a igual mês de 2003, tendo o agrupamento de «Energia», com uma diminuição de 12,4%, registado, pelo terceiro mês consecutivo, «a variação homóloga negativa de maior intensidade, ainda que a quebra tenha sido menos acentuada do que no mês anterior», explica a mesma fonte acrescentando que todos os restantes agrupamentos apresentaram variações homólogas inferiores às registadas em Setembro.
Em relação ao mês anterior as remunerações deslizaram 0,2%, o que representa uma variação de mais 3,6 pontos percentuais face a Setembro. A variação média nos últimos 12 meses
Volume de negócios na indústria portuguesa cai 2,4% em Outubro
O volume de negócio na indústria portuguesa caiu 2,4% em Outubro, face ao mesmo período do ano passado, devido à quebra de vendas de 5,6% para o mercado interno. As vendas para o mercado externo cresceram 4%, o que corresponde a um abrandamento face ao mês anterior, altura em que avançou 8%.
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Sara Antunes
saraantunes@mediafin.pt
O volume de negócio na indústria portuguesa caiu 2,4% em Outubro, face ao mesmo período do ano passado, devido à quebra de vendas de 5,6% para o mercado interno. As vendas para o mercado externo cresceram 4%, o que corresponde a um abrandamento face ao mês anterior, altura em que avançou 8%.
Em termos homólogos, o volume de negócios da Indústria caiu 2,4% no mês de Outubro, em parte influenciado por menos dias úteis, de acordo com dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O agrupamento de «Consumo Total» e de «Bens Intermédios» contribuíram para a queda, com variações negativas de 7,2% e 4,7%, respectivamente. A contrariar, o agrupamento de «Energia» ganhou 28,4%.
Face ao mês anterior, o índice de volume de negócios diminuiu 2,8%. A variação média nos últimos 12 meses manteve-se estável em Outubro com uma subida de 3,3%.
Em relação ao mercado nacional a variação foi negativa em 5,6%, influenciada por todos os grandes agrupamentos com a excepção do de «Energias». Os «Bens de Consumo Total» e «Bens Intermédios» recuaram 7,8% e 10,2%, respectivamente.
A variação média nos últimos 12 meses foi de 3%, recuando 0,3 pontos percentuais quando comparada com o mês anterior.
No mercado externo o volume de negócios cresceu 4% em Outubro face ao mesmo período do ano passado, o que representa uma desaceleração de 4 pontos percentuais, segundo o INE. Excluindo o agrupamento de «Bens de Consumo Total» todos os restantes apresentaram variações positivas.
A variação média dos últimos 12 meses foi de 4%, mais 0,6 pontos percentuais do que em Setembro.
The Economist antevê Sócrates como próximo primeiro-ministro
Santana Lopes conseguiu em cinco meses perder toda a credibilidade conquistada pelo Governo da coligação PSD/PP e, agora, o resultado mais provável nas eleições de Fevereiro é a vitória, talvez com maioria absoluta, do partido Socialista. A análise é da Economist Intelligence Unit (EIU), que não poupa críticas à actuação do actual primeiro-ministro.
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Jornal de Negócios Online
negocios@mediafin.pt
Santana Lopes conseguiu em cinco meses perder toda a credibilidade conquistada pelo Governo da coligação PSD/PP e, agora, o resultado mais provável nas eleições de Fevereiro é a vitória, talvez com maioria absoluta, do partido Socialista. A análise é da Economist Intelligence Unit (EIU), que não poupa críticas à actuação do actual primeiro-ministro.
"O nível de desconfiança em Santana Lopes, apesar do respeito geral pelas políticas do PSD, significam que nós acreditamos que o vencedor mais provável das eleições será o PS", afirma o relatório.
Apesar de afirmar que "não são claras" quais as políticas económicas a serem seguidas por um Governo socialista, a EIU aposta que o mais provável é uma continuação do impulso reformista de Durão Barroso, especialmente na Administração Pública.
PS - olha que afinal as tuas fontes enganaram-te, quanto á percentagem de portugueses que concordam com a minha decisão
cumprimentos
-
jorginho
Oh Tricha maluka tira o cavalinho da chuva e não sonhes muito pois é quase certo que vamos ter uma alternância política por muitos e muitos anos. Vem uns e gastam, vem outros e tentam poupar e assim sucessivamente. Por um lado os mãos largas se não são destronados pelo voto acabam por desistir antes quando o mal já é insustentável por outro lado os média não dão paz aos economistas de cartola e estes acabam os seus dias a dizer "deixem-me trabalhar". Trite sina a nossa.
2 perguntas e 2 respostas
Terá sido o ar de desafogo que este orçamento apresentou que levou ha dissoluçao da assembleia da republica?
Terá o presidente decidido entregar o poder aos camaradas socialistas?
Quanto ha 1ª pergunta , depois de tanta contestaçao pela transferencia dos fundos de pensoes , os socialistas invejaram tais receitas extraordinarias , levando-os a sonhar em governar com tal orçamento.
Quanto ha 2ª pergunta , a resposta é obvia, pois so nao o fez em Julho, por o lider dos camaradas de entao estar cagando para a justiça, aguardando o sr presidente por um que numca manisfestasse tal actitude.
Presentemente , sonham em juntar o util ao agradavel.
Disponho ja de uma sondagem em que PSD e PS já estao em situaçao de empate tecnico.
Terá o presidente decidido entregar o poder aos camaradas socialistas?
Quanto ha 1ª pergunta , depois de tanta contestaçao pela transferencia dos fundos de pensoes , os socialistas invejaram tais receitas extraordinarias , levando-os a sonhar em governar com tal orçamento.
Quanto ha 2ª pergunta , a resposta é obvia, pois so nao o fez em Julho, por o lider dos camaradas de entao estar cagando para a justiça, aguardando o sr presidente por um que numca manisfestasse tal actitude.
Presentemente , sonham em juntar o util ao agradavel.
Disponho ja de uma sondagem em que PSD e PS já estao em situaçao de empate tecnico.
-
Tricha maluka
Pergunta dum cidadão aqui neste fórum num outro tópico e que aparentemente será o protótipo de questões do cidadão comum português: “Quem votará num partido coligado que defendeu...blá, blá, blá”
Resposta: Num país democrático como Portugal com cidadãos maioritariamente mais preocupados com o bem próprio e imediato do que com o bem de todos e com o futuro, tudo é possível e até está em aberto a hipótese de uma situação económica catastrófica idêntica á que se vive num outro país que tem cidadãos muito parecidos em tudo com a mentalidade do povo português que é a Argentina. Já se terão interrogado essas pessoas das verdadeiras razões que levaram o Sr. Eng. António Guterres a abandonar um governo a 2 anos do fim do seu mandato. É tudo uma questão de números. A política das mãos largas e do agrada a todos para caçar votos tornasse insustentável ao fim de alguns anos. Nenhum país pode continuar sistematicamente a gastar mais do que produz a não ser num caso excepcional como o dos USA mas até esses hoje estão com graves problemas. Enfim o cidadão comum português continua, e pelos vistos continuará por muitos anos, a dar tiros nos pés. Triste sina a nossa.
Resposta: Num país democrático como Portugal com cidadãos maioritariamente mais preocupados com o bem próprio e imediato do que com o bem de todos e com o futuro, tudo é possível e até está em aberto a hipótese de uma situação económica catastrófica idêntica á que se vive num outro país que tem cidadãos muito parecidos em tudo com a mentalidade do povo português que é a Argentina. Já se terão interrogado essas pessoas das verdadeiras razões que levaram o Sr. Eng. António Guterres a abandonar um governo a 2 anos do fim do seu mandato. É tudo uma questão de números. A política das mãos largas e do agrada a todos para caçar votos tornasse insustentável ao fim de alguns anos. Nenhum país pode continuar sistematicamente a gastar mais do que produz a não ser num caso excepcional como o dos USA mas até esses hoje estão com graves problemas. Enfim o cidadão comum português continua, e pelos vistos continuará por muitos anos, a dar tiros nos pés. Triste sina a nossa.
Recomendo
Escrevi aqui um post recomendando um artigo de V.P.Valente. Das duas uma: ou não entrou ou foi apagado. Para perceber melhor que se está a passar na vida política portuguesa é importante fazer essa leitura, portanto volto a recomendar.
ahah, outra diferença importante e bem importante, ja me esquecia:
- poderá governar para 4 anos em vez de 2
nao precisa de pensar em medidas eleitoralistas tao cedo e mais nomes podem aceitar as pastas porque tem mais tempo para trabalhar...
mesmo que ganhe o mesmo, amigo, as condicoes sao diferentes
e vai ver se nao e' isso mesmo que o santana vai dizer agora na campanha!
- poderá governar para 4 anos em vez de 2
nao precisa de pensar em medidas eleitoralistas tao cedo e mais nomes podem aceitar as pastas porque tem mais tempo para trabalhar...
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