Caldeirão da Bolsa

Novo artigo: "Governo morto, mercado vivo"

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Visitante » 3/12/2004 16:40

Sondagem: Sampaio deve reavaliar Governo
03-11-2004 07:57


54 por cento dos inquiridos dizem que a manutenção do Executivo deve ser repensada




O Presidente da República, Jorge Sampaio, deve reavaliar a continuidade do Governo, segundo o Barómetro DN/TSF hoje publicado.

À pergunta sobre se Jorge Sampaio deve ou não repensar a manutenção do Executivo liderado por Santana Lopes 54 por cento dos inquiridos no Barómetro Marktest para o DN e TSF respondeu afirmativamente, enquanto para 33 por cento o Presidente da República deve manter o Governo.

Do lado dos que defendem a intervenção de Jorge Sampaio estão 42 por cento de eleitores do PSD, pouco menos que os que advogam a continuação do Executivo (50 por cento).

A sondagem foi realizada pela Marktest para o DN e TSF entre 19 e 21 de Outubro, com entrevistas telefónicas junto de um universo de 813 pessoas, sendo o erro de amostragem de cerca de 3,44 por cento e o intervalo de confiança de 95 por cento.
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por Visitante » 3/12/2004 16:38

Mota Amaral não foi informado por «esquecimento»
Mota Amaral admitiu, esta sexta-feira, que Jorge Sampaio não o informou sobre a dissolução do Parlamento por «puro esquecimento». Ainda assim, o Presidente da Assembleia da República sublinhou que não está magoado com o chefe de Estado, até porque são «velhos amigos».

( 13:44 / 03 de Dezembro 04 )




O presidente da Assembleia da República, Mota Amaral, admitiu hoje que o Chefe de Estado não o informou sobre a dissolução do Parlamento por esquecimento.

«Não o fez por puro esquecimento, coisa que é perfeitamente admissível», sublinhou Mota Amaral, após uma audiência com Jorge Sampaio, no Palácio de Belém.

Apesar de não ter sido informado sobre a dissolução da Assembleia, Mota Amaral telefonou a Jorge Sampaio logo que soube da notícia, segundo adiantou o próprio.

Fonte do Palácio de Belém afirmou que, durante o encontro de hoje, Jorge Sampaio terá assumido «um lapso» perante Mota Amaral, ao não lhe ter telefonado para comunicar a decisão de dissolver o Parlamento e convocar eleições legislativas antecipadas.

Mota Amaral garantiu, contudo, que não está magoado com a
atitude do Presidente - de quem é «velho amigo» - , até porque «os esquecimentos acontecem».

Interrupção dos trabalhos «está ultrapassada»

Mota Amaral afirmou ainda que a sua proposta de interromper de imediato os trabalhos parlamentares «está absolutamente ultrapassada».

«Essa questão foi ultrapassada porque a conferência de líderes decidiu, de forma unânime, que os trabalhos parlamentares deviam prosseguir até à publicação do decreto de dissolução do Parlamento», frisou Mota Amaral
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por Visitante » 3/12/2004 16:37

PORTUGAL Sexta, 3 de Dezembro de 2004 15:40 h










• GOVERNO
Santana critica decisão de Sampaio
O primeiro-ministro garantiu, esta sexta-feira, que o Orçamento de Estado para 2005 será aprovado na próxima semana, mas criticou a decisão - «sem precedentes» - de Jorge Sampaio pelo facto de ter anunciado a dissolução do Parlamento sem explicar os motivos.

( 14:46 / 03 de Dezembro 04 )




«Compreendo que as pessoas estejam feridas. Não tem precedentes que o Parlamento seja dissolvido sem que se saiba porquê», afirmou Santana Lopes, no final de uma reunião conjunta com os deputados da maioria PSD/CDS-PP.

Santana Lopes sublinhou que o Presidente da República «não dissolveu o Parlamento, mas anunciou a sua dissolução sem comunicar ao Presidente da Assembleia da República, aos partidos e sem convocar o Conselho de Estado».

«É um facto sem precedentes que tem consequências», reiterou Santana, avisando que «no tempo de combate», ou seja, durante a campanha eleitoral, estes temas serão desenvolvidos.

Na reunião, que foi aberta pelo ministro das Finanças, Bagão Félix, a intervenção de Santana Lopes foi longamente aplaudida de pé pelas bancadas da maioria.

De acordo com fonte do gabinete do primeiro-ministro, a reunião decorreu numa clima «muito afectivo» e Santana Lopes ficou emocionado com a forma como foi recebido pelos deputados do PSD e do CDS e com os sinais que recebeu sobre a sua «disponibilidade para a luta».

Quanto ao Orçamento de Estado, o primeiro-ministro confirmou que será debatido e votado na próxima semana.

"Não convenci ninguém, todos juntos chegámos à conclusão que era o melhor para Portugal», afirmou Santana Lopes, lembrando os encontros que teve com o Presidente da República, o Presidente da Assembleia da República e, agora, com os deputados da maioria.
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por MarcoAntonio » 3/12/2004 15:45

O resultado que o JAS referiu parece-me de todo estranho. Eu estive a ouvir a Sic Notícias durante várias horas ontem e não ouvi qualquer referência a qualquer sondagem pelo que não sei sequer qual a pergunta da dita sondagem (detalhe importante) e se apresentaram ficha técnica ou não (portanto, se o resultado é credível ou não).

Por outro lado há a hipótese de o JAS ter percebido ao contrário dado que tudo o que encontro relacionado com este assunto aponta no sentido contrário.

A sondagem do independente apresenta ficha técnica e conclui que 74% concordam com a dissolução e convocação de eleições antecipadas. Além disso apresenta mais uma data de questões e os resultados são coerentes. Não parece haver engano...

A título de curiosidade e como procurava a dita sondagem da Sic (no site não há qq referência) ainda encontrei estas auscultações no site do DN e no site da TSF. Claro está que são auscultações online de validade reduzida e credibilidade questionavel, ainda assim apontam no mesmo sentido e com valores muito identicos:

DN
Sampaio fez bem em dissolver a AR?

Total de votos obtidos: 559
Esta pesquisa de opinião teve início em: 2004-12-02 11:02:07

1: Sim (399 votos - 71 %)
2: Não (160 votos - 28 %)


TSF
A dissolução do Parlamento e a convocação de eleições antecipadas foi uma decisão acertada da parte do Presidente da República?

Sim - 1816 votos (69.9%)

Não - 733 votos (28.2%)


Tendo em conta estes resultados e tudo o que tenho ouvido nos diversos meios de comunicação social (incluindo a participação de cidadãos comuns como por exemplo no Forum TSF terça-feira à noite) só posso concluir uma coisa: a esmagadora maioría dos portugueses (70 a 75%) concordam com a decisão do presidente de dissolver a assembleia da republica e convocar eleições antecipadas.
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Touro » 3/12/2004 13:19

Convém notar que numa sondagem de hoje 66% dos portugueses não concordam com a decisão do Sampaio.


...a esmagadora maioria dos portugueses concorda com a dissolução do Parlamento... , segundo uma sondagem hoje publicada no Independente.


Em que ficamos? :roll:
Cumprimentos,
Touro
 
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por Visitante » 3/12/2004 10:50

Convém notar que numa sondagem de hoje 66% dos portugueses não concordam com a decisão do Sampaio.
Pessoalmente, apesar de também não concordar com ela, acho estranho este resultado pois suponha que fosse ao contrário.



Concordo com Pacheco Pereira quando escreve que Santana e Sócrates são a face da mesma moeda má, mas convém não escamotear os factos:



Sondagem: portugueses concordam com a dissolução
03-12-2004 07:41

Semanário «Independente» revela ainda maioria absoluta do PS se legislativas fossem hoje



O PS teria maioria absoluta se as legislativas fossem agora, a esmagadora maioria dos portugueses concorda com a dissolução do Parlamento e o governo caiu porque Santana Lopes era mau primeiro-ministro, segundo uma sondagem hoje publicada no Independente.

A sondagem, do Instituto de Pesquisa de Opinião e Mercado (IPOM), mostra que metade dos inquiridos considera que Jorge Sampaio deveria ter convocado eleições em Julho e que PSD e CDS se devem apresentar às eleições em separado, enquanto José Sócrates é o líder partidário com mais popularidade.

Se as eleições legislativas se realizassem no domingo, o PS teria um resultado histórico, com 50,7 por cento dos votos, indica a sondagem do Independente, enquanto o PSD teria a situação oposta: com 32,3 por cento, obteria um dos piores resultados dos últimos 20 anos.

O Bloco de Esquerda subiria de quinta para terceira força política do país, com 6,9 por cento, à frente do PCP, que desceria para os 6,6 por cento, enquanto o CDS teria 3,5 por cento.

De acordo com o Independente, 77,7 por cento dos entrevistados consideram que José Sócrates vai ganhar as próximas eleições legislativas e apenas 6,4 por cento arrisca uma vitória de Santana Lopes.

Em termos de popularidade, o líder socialista surge em primeiro lugar, com 37,7 por cento, à frente de Santana Lopes (23,9), Francisco Louçã (10,0), Paulo Portas (9,2), Manuel Monteiro (2,9) e Jerónimo de Sousa, o novo líder do PCP (1,0).

Quase três quartos dos entrevistados (74,2 por cento) concordam com a decisão do presidente da República de dissolver a Assembleia da República, mas para 19,2 por cento tratou-se de uma decisão errada, enquanto 6,6 por cento afirma não ter opinião.

Mas a convocação de eleições deveria ter sido feita em Julho, quando Durão Barroso saiu do governo para ir para Bruxelas, na opinião de 50,2 por cento dos entrevistados, enquanto 43,8 por cento acha que Jorge Sampaio fez bem com convidar Santana Lopes para chefiar o governo, assunto em que 6,1 por cento diz não saber ou não responde.

O PSD e do CDS devem apresentar listas separadas nas eleições, na opinião de 58,1 por cento dos inquiridos pelo IPOM, enquanto 19,9 por cento defende uma coligação pré-eleitoral, uma percentagem inferior aos que não sabem ou não respondem (21,9 por cento).

A actuação do governo nos seus quatro meses de duração foi muito má para 46,2 por cento dos entrevistados, medíocre para 23,5 por cento, razoável para 23,4 por cento, boa para 2,4 por cento e muito boa para apenas 0,2 por cento.

Para 35,3 por cento dos inquiridos o governo caiu porque Santana Lopes era mau primeiro-ministro, enquanto 15,4 por cento acha que havia problemas na coligação.

A pressão da comunicação social desde o caso Marcelo Rebelo de Sousa/TVI foi responsável pela queda do governo para 17,1 por cento, 16,8 por cento não responde ou sabe, 8,0 por cento acha que se deveu à saída de Henrique Chaves e 7,4 por cento considera que Jorge Sampaio quis entregar o poder ao PS.

A sondagem do IPOM hoje publicada pelo Independente foi realizada no dia 01 de Dezembro a 578 pessoas, com um erro de amostragem de mais ou menos 4,2 pontos percentuais para um nível de confiança de 95,5 por cento.


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JAS! Deixe-me fazer-lhe uma pergunta.

por Visitante » 3/12/2004 3:15

Também é um dos "boys"?
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por marafado » 3/12/2004 2:35

Penso que já ouvi declarações do António Mexia a dizer que as portagens nas scuts já não vão avançar a partir do momento que o parlamento vai ser dissolvido.

As portagens nas scuts já não vão fazer parte do orçamento.

Um abraço
 
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Re: Maioria estável a governar???? PREC???

por JAS » 3/12/2004 2:25

Anonymous Escreveu:PREC? Ainda não acertou as contas com o passado?

Eu já, o País é que não...

JAS

JAS Escreveu:É que repara uma coisa: a decisão do PR não foi a de por este governo na rua.

A decisão do PR foi a de chamar o povo a manifestar-se.

A decisão do PR não foi pôr o governo na rua pois acho que nem sequer tem poderes para demitir um PM.
Só tem poderes para o convidar a formar governo...

A primeira decisão do Presidente foi dissolver a AR ou melhor foi começar as diligências para vir a fazer isso.
É uma decisão perfeitamente subjectiva.

Fê-lo de uma forma bizarra.
Soubemos disso pela boca do PM, continuamos a não saber quais as razões pela boca do PR e também ficámos a saber que a 2ª figura do Estado ficou a saber pela TV pois nem sequer foi informado...

Só depois destas broncas todas do nosso PR é que existirá a decisão de consultar o povo.

------------------
valves Escreveu:mas que estabilidade é que pode haver quando o Presidente avisou logo no inicio da tomada de posse do novo governo que uma das condições para que este governo tivesse pernas para andar era continuar apresentar um orçamento restritivo que continuasse de forma séria o combate ao défice.

Se a razão é o OE, que é mau, não sei porque querem todos vê-lo aprovado...
Verdade, verdadinha, estão todos a pensar é nos aumentos dos funcionários públicos e nos seus 700.000 votos.
Além disso ao PS também convém... Assim consegue que sejam aprovadas medidas que acha correctas mas que são impopulares.
Nomeadamente a das portagens nas SCUT's que se traduz numa enorme factura para as gerações vindouras.

Mas eu continuo à espera de ver os rapazes do Alberto João, que não precisam de andar a caçar votos, estragarem a festa.

JAS
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Maioria estável a governar???? PREC???

por Visitante » 3/12/2004 1:51

Não sejamos ingénuos... Por muitas broncas que este governo tenha dado nestes 4 meses a verdade é que existia uma maioria estavel a governar.
...
Eles já não têm constituições com vestígios de PREC

E as broncas também são governo?
...
PREC? Ainda não acertou as contas com o passado?
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por Touro » 2/12/2004 22:32

Este 'post'já se desviou muito do seu objecto inicial, que era apreciar a influência da queda do governo na Bolsa.

De qualquer das maneiras não resisto a apresentar a minha opinião sobre a decisão do P.R.

Eu também sou daqueles que acham que a decisão foi errada. Temos que atender que ele não demitiu o P.M., ele dissolveu uma assembleia com maioria parlamentar, eleita democraticamente e de forma tão legítima como o P.R, e que tem funcionado de forma irrepreensível. Alguém se lembra de instabilidades provocadas pela maioria? Já não podemos dizer o mesmo da assembleia dos tempos 'limianos' que, reconhecidamente instável causando danos ao país, este mesmo presidente deixou funcionar.

O problema de Portugal continua a ser sempre o mesmo: excesso de gente que manda e muito poucos a trabalhar. Não podemos esquecer que este presidente da república já foi presidente de uma câmara municipal, aliado com o partido comunista. Teve, portanto, funções executivas e não consta que tenha sido dos melhores presidentes da capital.

É surpreendente a forma como à medida que os políticos envelhecem são endeusados e é esquecido tudo o que fizeram (ou não fizeram) quando tinham funções executivas.

Devo dizer que concordo com quase tudo o que o actual P.R. diz nos seus discursos, e partilho da sua quase indignação relativamente a muitos assuntos do país mas, como todos nós sabemos, palavras leva-as o vento...
Cumprimentos,
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por valves » 2/12/2004 21:49

Quanto ao que o colega "Valves" disse: da demissão de um ministro, das festas a que o Santana vai,eu retiro o seguinte: quando no futuro um qualquer ministro se demitir em discordância com o governo

A questão não é a demissão o que é singular e nunca visto é 4 dias depois de tomar posse um ministro arrasar o governo e o primeiro ministro

um qualquer primeiro ministro for visto numa festa, avise-me que certamente irão haver eleições

A questão não é a festa a questão é ele ter -se baldadado a cerimonias de estado importantes como a tomada de posse de secretarios de estado ou recepções oficiais com o primeiro ministro para ir para a festas.
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Excelente alfinetadela pedras 11...

por BonVivant » 2/12/2004 21:34

como a memória é curta para certas pessoas !!!

Cumprimentos
 
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por pedras11 » 2/12/2004 21:24

"dar a voz ao povo". Por essa não esperava eu. Então o povo já não votou á cerca de dois anos? Não elegeu esta maioria? Que eu saiba, num país democrático as eleições para a assembleia da República são de 4em 4 anos. Quanto ao que o colega "Valves" disse: da demissão de um ministro, das festas a que o Santana vai,eu retiro o seguinte: quando no futuro um qualquer ministro se demitir em discordância com o governo, ou um qualquer primeiro ministro for visto numa festa, avise-me que certamente irão haver eleições. Parabéns Jas pela sua não ingenuidade e sustento-a relembrando o seguinte: Quando Guterres se demitiu referiu que não tinha condições para continuar por considerar que iria governar num PANTANO POLITICO, mas o Sr. PR nessa altura perante o PANTANO aconselhou Guterres a governar. Pura incoerência já referenciada por um ilustre moderador.
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por valves » 2/12/2004 21:19

Marco Antonio disse :

Em nome ainda da estabilidade poderá vir a aprovar o orçamento de estado (afinal, não é garantido que a próxima maioría seja outra que não a actual, portanto o OE só sería alterado se fosse necessário depois de um novo governo entrar em funções).

Repara a estabilidade não está posta em causa pela não aprovação deste orçamento pelo menos é essa a minha convicção no resto estou plenamente de acordo contigo :)
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por MarcoAntonio » 2/12/2004 21:07

Ulisses Pereira Escreveu:Marco, acho que no meu artigo explique bem porque considero que o Dr. Jorge Sampaio, o PSD, o PP e o PS estão na onda de hipocrisia habitual na política portuguesa ao fazerem força para que o Orçamento entre em vigor.


Ulisses, para que fique bem claro, para mim tanto se me dá ser governado pelo PSD como pelo PS porque para mim eles são basicamente iguais. Na oposição acusam-se mutuamente das mesmas coisas que practicam uma vez colocados no poleiro...

No entanto, relativamente ao PR, a minha opinião é bastante diferente e entendo que ele está a ser coerente, dentro do possível. Não são situações fáceis de gerir e ele será sempre criticado decida uma coisa ou outra...

Deu, há 4 meses atrás, continuidade ao governo da maioría em nome da estabilidade. Em nome da estabilidade dissolveu esse mesmo governo passado 4 meses. Em nome ainda da estabilidade poderá vir a aprovar o orçamento de estado (afinal, não é garantido que a próxima maioría seja outra que não a actual, portanto o OE só sería alterado se fosse necessário depois de um novo governo entrar em funções).

É que repara uma coisa: a decisão do PR não foi a de por este governo na rua.

A decisão do PR foi a de chamar o povo a manifestar-se.

Ulisses Pereira Escreveu:...é de uma incoerência tremenda dizer que um Governo não pode continuar a governar...


Mas aí é que está, não é essa a leitura que eu retiro da decisão do PR. A leitura que eu retiro é a de uma chamada do povo para se manifestar. E é ele, povo, que vai dizer se este governo pode ou não continuar...

Ele esteve acima dos partidos há 4 meses atrás quando tomou uma determinada decisão e, entendo, continuo hoje a proceder acima dos partidos. É claro que qq decisão que se tome nesta altura não é perfeita/ideal e dará sempre azo a críticas.
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por valves » 2/12/2004 20:58

Aproveito para referir que não faz sentido que o proximo governo eleito fique condicionado por um Orçamento de estado do qual não é responsavel o que faz todo o sentido é que o anterior continue a vigorar por duodecimos que não é papão nenhum pelo contrario é muito melhor já que o anterior Orçamento não contempla os desvarios despesistas deste que está em vias de aprovação aliás aprovar um Orçamento exclusivamente para permitir aumentos salariais na função publica é uma idiotice
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por Ulisses Pereira » 2/12/2004 20:50

Marco, acho que no meu artigo explique bem porque considero que o Dr. Jorge Sampaio, o PSD, o PP e o PS estão na onda de hipocrisia habitual na política portuguesa ao fazerem força para que o Orçamento entre em vigor. Todos o fazem para ficarem bem vistos aos olhos da opinião pública.

Já expliquei porque acho que o regime de duodécimos não é nenhum bicho papão. Já expliquei porque entendo que é de uma incoerência tremenda dizer que um Governo não pode continuar a governar mas pode fazer aprovar o mais poderoso instrumento de política económica. Não vale a pena argumentar mais por isso aqui termino a minha participação nesta série de posts.

Um abraço,
Ulisses
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por valves » 2/12/2004 20:46

JAS disse

Não sejamos ingénuos... Por muitas broncas que este governo tenha dado nestes 4 meses a verdade é que existia uma maioria estavel a governar.
Eu não conheço nenhum país europeu onde se tenha dissolvido um parlamento onde há uma maioria.
Mas também não admiria... Eles já não têm constituições com vestígios de PREC.


mas que estabilidade é que existe quando passado 4 dias de um ministro tomar posse já esta a criticar e a por em causa idoneidade e seriedade do P. ministro do governo a que faz parte ; mais que estabilidade é que pode haver quando o Presidente avisou logo no inicio da tomada de posse do novo governo que uma das condições para que este governo tivesse pernas para andar era continuar apresentar um orçamento restritivo que continuasse de forma séria o combate ao défice. Mais que estabilidade é que este governo quer dar quando manda calar pelos tipos da TVI/Media Capital o Marcelo rebelo de sousa caso não saibas a liberdade de expressão é um dos fundamentos de estabilidade do nosso sistema democratico. Que sustentabilidade é que este governo quer dar quando o primeiro ministro adia a tomada de posse de secretarios de estado para ir para a farra - ( casamento ) que estabilidade é que este governo quer transmitir quando o Primeiro ministro se balda a cerimonias de estado para ir á moda Lisboa ... JAS a politica não é uma brincadeira de crianças nem meninos imaturos a politica é um assunto sério !

Um abraço

Vasco
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por MarcoAntonio » 2/12/2004 20:44

Ulisses Pereira Escreveu:Em política, não basta ser firme. Há que ser coerente. E o que me parece é que o Dr. Jorge Sampaio está agora a tentar aproximar-se daqueles que se afastaram dele quando ele decidiu dar posse a este Governo há 4 meses atrás.


Ulisses, desculpa mas isso não faz sentido: então o PR aproxima-se aprovando o OE da «cor» contrária?

Eu francamente entendo que esta questão não tem nada que ver com questões partidárias mas sim com questões prácticas.

E, se fosse como referes, o PR não ía aprovar o OE de estado da maioría PSD+PP que tão criticado foi por aqueles que referes de quem ele agora se quer aproximar. É um contracenso.

Além disso, quem está a dizer que tem condições para aprovar o OE é o PSD e o PP (basta ver as notícias de hoje, estão a fazer força para que o PR o aprove). No entanto este ainda não garantiu que o aprovaría...

Se o aprovar, conforme é o desejo do PSD e do PP, eu entendo perfeitamente a decisão. Afinal, o PSD e o PP podem ganhar as eleições. Se não ganharem, quem vier atrás que o altere, como já ocorreu no passado noutras situações.
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por arocha » 2/12/2004 20:42

Sem pretender entrar por caminhos que não domino integralmente, mas parece-me que um "budget" de Estado não se vê só pelo lado da despesa...mas também pela receita....e aí meus amigos....digam o que disserem, está um orçamento muito razoável,no plano teórico, desde que seja cumprido...ora parece que peca por um grande optimismo. Mas,... mais vale um orçamento que o regime de duodécimos, que esse sim deixaria o país paralisado pelo lado da ddespesa e pelo lado da receita.
 
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Re: Re

por JAS » 2/12/2004 20:39

MarcoAntonio Escreveu:Onde se pode encontrar essa sondagem, JAS?

Deram à tarde na SICNotícias, devem repetir de hora a hora como de costume...

Um abraço,
JAS
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por Ulisses Pereira » 2/12/2004 20:37

Mas não há problemas em que até à tomada de posse do próximo Governo vigorem os duodécimos. No fundo, os duodécimos são a continuação do Orçamento anterior. Sem eles, temos um novo Orçamento. Claro que não tendo um novo Orçamento as novas medidas não podem entrar em vigor, mas essa é mesmo a minha questão: Qual a moral de se deixar entrar em vigor as novas medidas (e novas políticas) quando se entende que o Governo não tem condições para prosseguir?

Os duodécimos não são um bicho papão.

Em política, não basta ser firme. Há que ser coerente. E o que me parece é que o Dr. Jorge Sampaio está agora a tentar aproximar-se daqueles que se afastaram dele quando ele decidiu dar posse a este Governo há 4 meses atrás.

Um abraço,
Ulisses
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Re

por JAS » 2/12/2004 20:35

nunofaustino Escreveu:Os acontecimentos do último fdsemana (a demissão de um amigo e companheiro de longa data do PSL e a não apresentação do substituto para poder ir a um casamento - na minha opinião ele anida n deveria ter o substituto) fizeram com q eu esteja de acordo com a decisão tomada pelo PR.

Demissões intempestivas de ministros e de secretários de estado já houve muitas e nunca deram origens a dissolução...

Não apresentação do nome de um Ministro dos Desportos não dá qualquer crise no País apesar se sermos muito amantes do futebol!

Não sejamos ingénuos... Por muitas broncas que este governo tenha dado nestes 4 meses a verdade é que existia uma maioria estavel a governar.
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Um abraço,
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Re: Re

por MarcoAntonio » 2/12/2004 20:34

JAS Escreveu:Convém notar que numa sondagem de hoje 66% dos portugueses não concordam com a decisão do Sampaio.


Onde se pode encontrar essa sondagem, JAS?
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