Novo artigo: "Governo morto, mercado vivo"
À distância em que estou e seguindo as coisas apenas por conversas com amigos, e-mails e notícias na internet penso que a decisão do PR é acertada.
Os acontecimentos do último fdsemana (a demissão de um amigo e companheiro de longa data do PSL e a não apresentação do substituto para poder ir a um casamento - na minha opinião ele anida n deveria ter o substituto) fizeram com q eu esteja de acordo com a decisão tomada pelo PR.
A questão do Orçamento de Estado é bastante complicada. Se por um lado a aprovação deste orçamento parece ilógica (já que o actual governo será alterado e dificilmente será de novo re-eleito - não só pelo desgaste de imagem do PSL e do PP como pela diminuição do peso do PP verificado nas últimas eleições) por outro o lado o congelamento das contas públicas até Junho (sim 6 meses) através de duodécimos implica consequências bastante graves para o país.
Gostava de saber o que o PS queria. Será que preferia ter um orçamento (penso que seria a melhor situação para o país) ou viver de duodécimos até Junho...
Um situação complexa em que o resultado será sempre um... a descrença na vida política portuguesa.
Um abraço
Nunofaustino
Os acontecimentos do último fdsemana (a demissão de um amigo e companheiro de longa data do PSL e a não apresentação do substituto para poder ir a um casamento - na minha opinião ele anida n deveria ter o substituto) fizeram com q eu esteja de acordo com a decisão tomada pelo PR.
A questão do Orçamento de Estado é bastante complicada. Se por um lado a aprovação deste orçamento parece ilógica (já que o actual governo será alterado e dificilmente será de novo re-eleito - não só pelo desgaste de imagem do PSL e do PP como pela diminuição do peso do PP verificado nas últimas eleições) por outro o lado o congelamento das contas públicas até Junho (sim 6 meses) através de duodécimos implica consequências bastante graves para o país.
Gostava de saber o que o PS queria. Será que preferia ter um orçamento (penso que seria a melhor situação para o país) ou viver de duodécimos até Junho...
Um situação complexa em que o resultado será sempre um... a descrença na vida política portuguesa.
Um abraço
Nunofaustino
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
Eu posso-lhe dizer que faço parte desses 66%. Não porque tenho qualquer cor partidária(sou apartidário), mas sim por ser um democrata. Se uma maioria foi eleita democraticamente para governar por um prazo de 4 anos, então porquê terminar ao fim de dois? Concordava sim, em casos de extrema gravidade, como constantes greves gerais, grandes manifestações sociais, que não me parece ser o caso. Parece-me mais um assalto ao poder, a ver vamos se...não lhes sai o tiro pela colatra. Disto tudo tiro uma conclusão: A constituição tem que ser revista.
Re
MarcoAntonio Escreveu:Ora, em primeiro lugar convém recordar que o governo que vencer as eleições, seja de que partido for, terá a possibilidade de rever o OE e de lhe fazer as correcções que entender. E ainda irá certamente a tempo de o fazer em tempo relativamente útil (com uns 3/4 do ano por decorrer).
Não será bem assim porque as eleições, na melhor das hipóteses, só poderão ser em Março.
Um novo Governo só toma posse 30 dias depois ou coisa parecida.
(isto se houver uma maioria clara...)
Teremos a aprovação do seu Programa na AR.
(que será rápida apenas se houver uma maioria absoluta)
E só depois a discussão e aprovação de um novo OE.
Ou seja, na melhor das hipóteses, temos orçamento em Junho.
Mas até podemos ter este orçamento até ao fim do ano se das eleições resultar um governo de minoria e uma enorme confusão...
Convém notar que numa sondagem de hoje 66% dos portugueses não concordam com a decisão do Sampaio.
Pessoalmente, apesar de também não concordar com ela, acho estranho este resultado pois suponha que fosse ao contrário.
JAS
Já agora acrescento esta linha: na terça-feira à noite das maiores críticas à situação política criada que eu ouvi num período de duas horas que estive a ouvir a TSF foi precisamente o regime de duodécimos e o que isso arrastaría (nomeadamente na intervenção do Sergio Figueiredo, director do Jornal de Negocios e em mais uma ou duas intervenções).
Ora, se esse é o maior problema, então é um problema que pode ser perfeitamente contornado. Aprova-se o OE e logo se vê. Quem vier ou o mantém ou altera (tem poderes e legitimidade para o fazer).
Ora, se esse é o maior problema, então é um problema que pode ser perfeitamente contornado. Aprova-se o OE e logo se vê. Quem vier ou o mantém ou altera (tem poderes e legitimidade para o fazer).
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Ulisses Pereira Escreveu:
“Não quero comentar a decisão do Dr. Jorge Sampaio, mas não posso deixar passar em claro o facto de protelar a dissolução da A.R. de forma a viabilizar a aprovação do Orçamento de Estado. Esta decisão é de uma incoerência gritante, pois se o Presidente da República acha que o Governo não tem condições para permanecer à frente dos destinos do país, como pode dar-lhe o poder de definir o orçamento que vai vigorar nos próximos tempos?”
Bem, eu por acaso não concordo. E só me vou manifestar porque considero que esta não é uma questão de ordem político-partidária mas de ordem práctica (se fosse uma questão político-partidária nem me pronunciaría).
Ora, em primeiro lugar convém recordar que o governo que vencer as eleições, seja de que partido for, terá a possibilidade de rever o OE e de lhe fazer as correcções que entender. E ainda irá certamente a tempo de o fazer em tempo relativamente útil (com uns 3/4 do ano por decorrer).
O Durão Barroso, quando sucedeu ao Guterres fê-lo, convém recordar. Herdou um orçamento que não era o dele e quem o realizou não o chegou a colocar em práctica.
Esta medida do PR é quanto muito uma forma de contornar o regime de duodécimos.
Depois, convém relembrar que existe a possibilidade de ganhar «o mesmo governo» (ou a mesma maioría).
Portanto, o que temos é o seguinte: evita-se o regime de duodécimos e não se congelam algumas coisas mais prementes.
Se entrar um governo de «cor» diferente, provavelmente fará as alterações ao OE que bem entender e com muito do ano por decorrer.
Se ganhar o mesmo governo, ou o mantém ou o altera muito pouco.
Houve inclusivamente um ano recente em que o OE foi alterado duas vezes durante o decorrer do ano.
Portanto, o que está aqui em causa é ter um orçamento que poderá (ou não) vir a ser alterado - o que não é nada de mais nem nada de novo - ou não ter orçamento nenhum e recorrer ao regime de duodecimos com sérias limitações em determinados pontos.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Olá,
Ulisses quero dar-te os parabéns pelo que escreveste e em especial por este parágrafo.
“Não quero comentar a decisão do Dr. Jorge Sampaio, mas não posso deixar passar em claro o facto de protelar a dissolução da A.R. de forma a viabilizar a aprovação do Orçamento de Estado. Esta decisão é de uma incoerência gritante, pois se o Presidente da República acha que o Governo não tem condições para permanecer à frente dos destinos do país, como pode dar-lhe o poder de definir o orçamento que vai vigorar nos próximos tempos?”
Tiveste a coragem de dizer o que pensas fugindo ao “lugar comum” do politicamente correcto em que a nossa sociedade vive mergulhada.
Talvez por causa disto, hoje não tiveste tantas “palmas” como é habitual quando colocas aqui colocas os teus textos.
Um abraço
António Pedro
Ulisses quero dar-te os parabéns pelo que escreveste e em especial por este parágrafo.
“Não quero comentar a decisão do Dr. Jorge Sampaio, mas não posso deixar passar em claro o facto de protelar a dissolução da A.R. de forma a viabilizar a aprovação do Orçamento de Estado. Esta decisão é de uma incoerência gritante, pois se o Presidente da República acha que o Governo não tem condições para permanecer à frente dos destinos do país, como pode dar-lhe o poder de definir o orçamento que vai vigorar nos próximos tempos?”
Tiveste a coragem de dizer o que pensas fugindo ao “lugar comum” do politicamente correcto em que a nossa sociedade vive mergulhada.
Talvez por causa disto, hoje não tiveste tantas “palmas” como é habitual quando colocas aqui colocas os teus textos.
Um abraço
António Pedro
Caracterizo o comportamento de ontem da nossa Bolsa como uma reacção emocional à notícia da dissolução da Assembleia da República. Aliás, o comportamento ao longo do dia de ontem prova isso mesmo, e até admito a hipótese dessa reacção ter sido provocada.
Considero ainda que, tirando a efeito emocional momentâneo, a não influência destas notícias internas no mercado deve ser encarada como normal.
Foi assim com a demissão de Guterres, foi assim com a mudança de governo em Espanha, foi assim com o abandono de Durão Barroso, e irá ser naturalmente assim com a queda deste governo.
E isto é assim porque estamos a falar de mercados globais, onde estão cotadas empresas globalizadas. A acresecentar a isto temos o facto de na União Europeia as políticas serem definidas a nível europeu, deixando uma pequena margem de manobra aos governos internos. De facto, o único instrumento que os governos têm é o orçamento, mas mesmo aqui as restrições são muitas devido, por exemplo, ao controlo do défice.
Isto leva a que os mercados sejam insensíveis às questões políticas internas dos países membros, por os seus efeitos na economia serem diminutos. A meu ver o que poderia influenciar de forma decisiva os mercados europeus era uma crise política a nível da Europa.
Considero ainda que, tirando a efeito emocional momentâneo, a não influência destas notícias internas no mercado deve ser encarada como normal.
Foi assim com a demissão de Guterres, foi assim com a mudança de governo em Espanha, foi assim com o abandono de Durão Barroso, e irá ser naturalmente assim com a queda deste governo.
E isto é assim porque estamos a falar de mercados globais, onde estão cotadas empresas globalizadas. A acresecentar a isto temos o facto de na União Europeia as políticas serem definidas a nível europeu, deixando uma pequena margem de manobra aos governos internos. De facto, o único instrumento que os governos têm é o orçamento, mas mesmo aqui as restrições são muitas devido, por exemplo, ao controlo do défice.
Isto leva a que os mercados sejam insensíveis às questões políticas internas dos países membros, por os seus efeitos na economia serem diminutos. A meu ver o que poderia influenciar de forma decisiva os mercados europeus era uma crise política a nível da Europa.
Cumprimentos,
Touro
Touro
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- Registado: 5/11/2002 14:09
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Muito bem, eu acrescentaria o seguinte:
Em termos de comportamento popular aqui nunca se passa nada, porquê?. Porque tanto faz este como aquele, já ninguem acredita na eficiencia dos governos, e a vida continua calmamente no seu rumo.
Os politicos mais capazes estam todos bem encaichados e agora não hà muito onde escolher.
QUEM DERA A MUITOS PAÍSES TER UM POVO COMO O NOSSO, BEM MERECIA OUTRO RUMO.
Em termos de comportamento popular aqui nunca se passa nada, porquê?. Porque tanto faz este como aquele, já ninguem acredita na eficiencia dos governos, e a vida continua calmamente no seu rumo.
Os politicos mais capazes estam todos bem encaichados e agora não hà muito onde escolher.
QUEM DERA A MUITOS PAÍSES TER UM POVO COMO O NOSSO, BEM MERECIA OUTRO RUMO.
-
HM
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Ulisses
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