Caldeirão da Bolsa

A cigarra e a formiga

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por valves » 25/11/2004 20:09

Bem por acaso eu sou daqueles que crê naquela grande maxima que diz que Roma e Pavia não se fizeram num dia e que compensa ser formiga ... e dá -me ideia que as cigarras de hoje que são aquelas que trabalham como todos nós mas que nada poupam nem investem vão pagar bem caro essa falta quando no ocaso da vida perceberem que as reformas serão não mais de uma ténue miragem ... aliás já vislumbro quem é que serão os novos pobres do Sec XXI

Um abraço

Vasco
Aqui no Caldeirão no Longo Prazo estamos todos ricos ... no longuissimo prazo os nossos filhos estarão ainda mais ricos ...
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Os tempos mudam

por Visitante » 25/11/2004 15:27

Sim Marafado

A formiga trabalha, trabalha e guarda para o Inverno
A cigarra canta, canta e não se preocupa
Quando chega o inverno e a formiga espera que a cigarra apareça cheia de fome e frio a implorar ajuda.... não, aparece-lhe de casaco de peles e de Mercedes e diz-lhe:
-Formiguinha vou para Paris com o meu amante... queres alguma coisinha??!!!!
Frustrada e desiludida a formiga responde-lhe:
-Ah, vais para Paris... olha diz ao La Fontaine que vá para...... ... . ...... mais as suas fábulas
um abraço
Visitante
 

A cigarra e a formiga

por marafado » 25/11/2004 15:09

A cigarra e a formiga

25/11/2004 14:16

A cigarra e a formiga
O problema é que a economia europeia não dá sinais de abandonar o seu estado anémico, ao contrário do primo americano, cheio de dinamismo.

Os europeus começam a perder a paciência, com as solenes declarações de John Snow a favor do dólar forte e os alertas de Greenspan sobre a necessidade de corrigir o défice. Sendo que as palavras de Jean Claude Trichet sobre a «indesejável» subida do euro também não passam disso. Palavras.

A verdade é que a depreciação do dólar serve os interesses americanos e está a funcionar como medicina apropriada para corrigir o gigantesco défice externo. O euro já se valorizou 50% contra o dólar desde 2001 e não deve ficar por aqui.

Como vai ser se chegar a uma taxa de câmbio de 1,50 dólares, como alguns prevêem? A incipiente retoma europeia pode colapsar. Os sinais que chegam da Alemanha, com a queda das exportações no terceiro trimestre a justificar a desaceleração do crescimento, que se poderá acentuar até ao final do ano, são preocupantes.

Esta história do dólar e do euro faz lembrar a da cigarra e da formiga. Enquanto a Europa geria uma política orçamental restritiva em plena recessão e mantinha uma balança comercial positiva, os Estados Unidos acumularam os seus célebres défices gémeos, do orçamento e da balança de transacções correntes.

Agora que é preciso agir, sob pena de mesmo um país «infalível» como os Estados Unidos entrar em colapso financeiro, é a Europa que é chamada a pagar a crise, para amortecer os desmandos de Washington e dos consumidores norte-americanos. Um sacrifício menor para evitar uma crise de grandes proporções? Talvez. Mas até a paciência de um europeu tem limites.
 
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