BCP securitiza € 3,5 biliões. Solvabilidade melhora.
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ACTUALIZAÇÃO
"O Banco Comercial Português anunciou hoje que chegou a acordo para uma operação de securitização de créditos concedidos a empresas, no valor de 3,5 mil milhões de euros. A operação, que o banco de Jardim Gonçalves prevê estar concluída até ao final do ano, vai melhorar os rácios e libertar capital «em montante significativo».
O BCP [Cot] foi o primeiro banco a lançar uma operação de securitização - de crédito à habitação - em Portugal. O valor envolvido nesta operação representa cerca de 6% da carteira de créditos do banco, que ascende a 53,5 mil milhões de euros.
Este «portfolio» de crédito é constituído por um conjunto muito vasto de operações, «cerca de 7 mil», disse o administrador António Rodrigues numa conferência de imprensa.
O responsável acrescentou que esta operação se insere nas três prioridades estratégicas anunciadas no aumento de capital em Dezembro de 2003: a capitalização do banco; o enfoque no mercado doméstico e o enfoque na Polónia e Grécia, como opções de crescimento no exterior.
O BCP diz, em comunicado, que como a operação vai assumir uma forma sintética, a carteira de crédito vai permanecer no balanço do banco, «com cobertura de risco de crédito através de um instrumento derivado – ‘credit default swap’».
Este produto financeiro vai ser contratado com o Kreditanstalt für Wiederaufbau (KfW), banco detido em 20% pelos Estados Federais e em 80% pela República alemã, um controlo que lhe garante a melhor notação de risco pela Standard & Poor’s, de «AAA».
A cobertura do risco de crédito assumida pelo KfW será transferida para o mercado através de vários instrumentos, entre os quais «credit linked notes» no valor aproximado de 200 milhões de euros.
A Merrill Lynch e o Millennium bcp investimento actuam como organizadores e colocadores desta emissão nos mercados nacional e internacional e parte do risco não abrangido pela operação com o KfW será objecto de uma transacção complementar com o Fundo Europeu de Investimento.
Securitização permite melhorar rácios e libertar capital
O total de risco que o banco português reterá será inferior a 2% do montante total da carteira de créditos. Assim, esta operação deverá representar uma subida de 20 pontos base (0,2 pontos percentuais) no rácio de «core capital» e um aumento superior a 50 pontos base no rácio de capital total BIS.
Segundo o BCP, o «core» Tier 1 passa de 5,7% (pró-forma, incluindo a venda da S&P) para 5,9%, enquanto o «total capital» sobe de 13,1% para 13,6%.
Segundo Jardim Gonçalves, presidente do banco, «esta operação (?) é de grande importância para o banco, sendo pioneira em Portugal e contando com contra-partes de elevada qualidade».
Jardim Gonçalves diz ainda que o negócio «libertará capital em montante significativo, prosseguindo assim o objectivo (do banco) de reforço dos seus rácios de solvabilidade».
Procura supera em duas a três vezes a oferta
O banco disse, na referida conferência, que a colocação das várias «tranches» foi um sucesso, com uma taxa de cobertura de cerca de duas a três vezes, em função das fatias em oferta.
A instituição explica que, ao contrário de uma operação de titularização normal, neste caso, o BCP não recebe fundos do KfW nem entrega activos. O que há é um «swap» ou uma troca de riscos de crédito.
Os mesmo activos e os mesmos juros continuam em carteira, mas em caso de incumprimento, este será assumido pelo KfW.
O banco alemão, por seu lado, faz uma espécie de resseguro destes riscos - por exemplo com companhias de seguros - para se cobrir dos riscos que assume e, por outro lado, emite obrigações entre 2 a 5 anos, as «credit-linked notes» no valor de 204,65 milhões de euros que terão como subjacente a qualidade de crédito dos vários empréstimos. Cerca de 90% dessas notas colocadas tem uma notação de risco de «AAA».
Créditos às PMEs consumia capital à taxa de 8%
A administração do BCP diz que esta operação vai permitir substituir 3,5 mil milhões de euros de crédito que consumiam capital regulamentar à taxa de 8% por outra que consome zero em capital, devido à notação de risco nula, o que permite libertar capital em 280 milhões de euros (8% aplicados ao montante total de créditos).
Mas o BCP vai reter parte do risco não libertando, para o efeito, estes 280 milhões de euros.
Em termos de custos, o banco diz que será na ordem dos 7 a 8 milhões de euros em margem bruta, com o impacto no lucro liquido menor do que este valor.
As acções do BCP fecharam a subir 0,53% para os 1,91 euros."
Cumprimentos
JCS
O BCP [Cot] foi o primeiro banco a lançar uma operação de securitização - de crédito à habitação - em Portugal. O valor envolvido nesta operação representa cerca de 6% da carteira de créditos do banco, que ascende a 53,5 mil milhões de euros.
Este «portfolio» de crédito é constituído por um conjunto muito vasto de operações, «cerca de 7 mil», disse o administrador António Rodrigues numa conferência de imprensa.
O responsável acrescentou que esta operação se insere nas três prioridades estratégicas anunciadas no aumento de capital em Dezembro de 2003: a capitalização do banco; o enfoque no mercado doméstico e o enfoque na Polónia e Grécia, como opções de crescimento no exterior.
O BCP diz, em comunicado, que como a operação vai assumir uma forma sintética, a carteira de crédito vai permanecer no balanço do banco, «com cobertura de risco de crédito através de um instrumento derivado – ‘credit default swap’».
Este produto financeiro vai ser contratado com o Kreditanstalt für Wiederaufbau (KfW), banco detido em 20% pelos Estados Federais e em 80% pela República alemã, um controlo que lhe garante a melhor notação de risco pela Standard & Poor’s, de «AAA».
A cobertura do risco de crédito assumida pelo KfW será transferida para o mercado através de vários instrumentos, entre os quais «credit linked notes» no valor aproximado de 200 milhões de euros.
A Merrill Lynch e o Millennium bcp investimento actuam como organizadores e colocadores desta emissão nos mercados nacional e internacional e parte do risco não abrangido pela operação com o KfW será objecto de uma transacção complementar com o Fundo Europeu de Investimento.
Securitização permite melhorar rácios e libertar capital
O total de risco que o banco português reterá será inferior a 2% do montante total da carteira de créditos. Assim, esta operação deverá representar uma subida de 20 pontos base (0,2 pontos percentuais) no rácio de «core capital» e um aumento superior a 50 pontos base no rácio de capital total BIS.
Segundo o BCP, o «core» Tier 1 passa de 5,7% (pró-forma, incluindo a venda da S&P) para 5,9%, enquanto o «total capital» sobe de 13,1% para 13,6%.
Segundo Jardim Gonçalves, presidente do banco, «esta operação (?) é de grande importância para o banco, sendo pioneira em Portugal e contando com contra-partes de elevada qualidade».
Jardim Gonçalves diz ainda que o negócio «libertará capital em montante significativo, prosseguindo assim o objectivo (do banco) de reforço dos seus rácios de solvabilidade».
Procura supera em duas a três vezes a oferta
O banco disse, na referida conferência, que a colocação das várias «tranches» foi um sucesso, com uma taxa de cobertura de cerca de duas a três vezes, em função das fatias em oferta.
A instituição explica que, ao contrário de uma operação de titularização normal, neste caso, o BCP não recebe fundos do KfW nem entrega activos. O que há é um «swap» ou uma troca de riscos de crédito.
Os mesmo activos e os mesmos juros continuam em carteira, mas em caso de incumprimento, este será assumido pelo KfW.
O banco alemão, por seu lado, faz uma espécie de resseguro destes riscos - por exemplo com companhias de seguros - para se cobrir dos riscos que assume e, por outro lado, emite obrigações entre 2 a 5 anos, as «credit-linked notes» no valor de 204,65 milhões de euros que terão como subjacente a qualidade de crédito dos vários empréstimos. Cerca de 90% dessas notas colocadas tem uma notação de risco de «AAA».
Créditos às PMEs consumia capital à taxa de 8%
A administração do BCP diz que esta operação vai permitir substituir 3,5 mil milhões de euros de crédito que consumiam capital regulamentar à taxa de 8% por outra que consome zero em capital, devido à notação de risco nula, o que permite libertar capital em 280 milhões de euros (8% aplicados ao montante total de créditos).
Mas o BCP vai reter parte do risco não libertando, para o efeito, estes 280 milhões de euros.
Em termos de custos, o banco diz que será na ordem dos 7 a 8 milhões de euros em margem bruta, com o impacto no lucro liquido menor do que este valor.
As acções do BCP fecharam a subir 0,53% para os 1,91 euros."
Cumprimentos
JCS
---Tudo o que for por mim escrito expressa apenas a minha opinião pessoal e não é uma recomendação de investimento de qualquer tipo---
https://twitter.com/JCSTrendTrading
"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
"Price is the aggregation of everyone's expectations"
"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
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BCP securitiza € 3,5 biliões. Solvabilidade melhora.
Liberta capital e melhora rácios
BCP faz securitização de créditos no valor de 3,5 mil milhões
"O Banco Comercial Português anunciou hoje que finalizou uma operação de securitização de créditos concedidos a empresas, no valor de 3,5 mil milhões de euros. A operação, que o banco de Jardim Gonçalves prevê estar concluída até ao final do ano, vai melhorar os rácios e libertar capital «em montante significativo».
--------------------------------------------------------------------------------
Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt
O Banco Comercial Português anunciou hoje que finalizou uma operação de securitização de créditos concedidos a empresas, no valor de 3,5 mil milhões de euros. A operação, que o banco de Jardim Gonçalves prevê estar concluída até ao final do ano, vai melhorar os rácios e libertar capital «em montante significativo».
Num comunicado o BCP diz que, como a operação vai assumir uma forma sintética, a carteira de crédito vai permanecer no balanço do banco, «com cobertura de risco de crédito através de um instrumento derivado – ‘credit default swap’».
Assim, apesar de securitizar o crédito concedido a empresas, o banco de Jardim Gonçalves vai continuar a contar com esse crédito nas suas contas
Este produto financeiro vai ser contratado com o Kreditanstalt für Wiederaufbau (KfW), banco detido pelo Estado alemão e que beneficia da sua garantia. O KfW promove este tipo de operação ao abrigo do seu programa PROMISE.
O banco português diz que esta operação tem a denominação Promise Caravela e é a primeira do género a ser realizada em Portugal e a primeira efectuada pelo banco estatla alemão fora da Alemanha e da Áustria.
Segundo a mesma fonte a cobertura do risco de crédito assumida pelo KfW será transferida para o mercado através de vários instrumentos, entre os quais «credit linked notes» no valor aproximado de 200 milhões de euros.
A Merrill Lynch e o Millennium bcp investimento actuam como organizadores e
colocadores desta emissão nos mercados nacional e internacional e parte do risco não abrangido pela operação com o KfW será objecto de uma transacção complementar com o Fundo Europeu de Investimento.
Securitização permite melhorar rácios e libertar capital
Segundo as previsões do BCP, o total de risco que o banco português reterá será inferior a 2% do montante total da carteira de créditos. Assim, esta operação deverá representar uma subida de 20 pontos base (0,2 pontos percentuais) no rácio de «core capital» e um aumento superior a 50 pontos base no rácio de capital total BIS.
No final de Setembro deste ano o rácio de «core capital» do BCP estava nos 7,2%, enquanto o rácio de solvabilidade BIS se situava nos 12,2%. O facto de o banco ter deteriorado os seus rácios em 2003 «obrigou-o» a realizar um aumento de capital.
«Esta operação possibilitará uma utilização mais eficiente do capital afecto ao financiamento de empresas portuguesas de pequena e média dimensão, uma parte importante do ‘franchise’ doméstico do banco», refere o BCP.
Segundo Jardim Gonçalves, presidente do banco, «esta operação de securitização sintética de 3,5 mil milhões de euros é de grande importância para o banco, sendo pioneira em Portugal e contando com contra-partes de elevada qualidade».
Citado no mesmo comunicado Jardim Gonçalves diz que esta operação «libertará capital em montante significativo, prosseguindo assim o objectivo de reforço dos seus rácios de solvabilidade».
As acções do BCP fecharam a subir 0,53% para os 1,91 euros."
Estão a ser dados importantes passos no sentido certo na gestão do grupo. Estou a gostar...
Cumprimentos
JCS
BCP faz securitização de créditos no valor de 3,5 mil milhões
"O Banco Comercial Português anunciou hoje que finalizou uma operação de securitização de créditos concedidos a empresas, no valor de 3,5 mil milhões de euros. A operação, que o banco de Jardim Gonçalves prevê estar concluída até ao final do ano, vai melhorar os rácios e libertar capital «em montante significativo».
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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt
O Banco Comercial Português anunciou hoje que finalizou uma operação de securitização de créditos concedidos a empresas, no valor de 3,5 mil milhões de euros. A operação, que o banco de Jardim Gonçalves prevê estar concluída até ao final do ano, vai melhorar os rácios e libertar capital «em montante significativo».
Num comunicado o BCP diz que, como a operação vai assumir uma forma sintética, a carteira de crédito vai permanecer no balanço do banco, «com cobertura de risco de crédito através de um instrumento derivado – ‘credit default swap’».
Assim, apesar de securitizar o crédito concedido a empresas, o banco de Jardim Gonçalves vai continuar a contar com esse crédito nas suas contas
Este produto financeiro vai ser contratado com o Kreditanstalt für Wiederaufbau (KfW), banco detido pelo Estado alemão e que beneficia da sua garantia. O KfW promove este tipo de operação ao abrigo do seu programa PROMISE.
O banco português diz que esta operação tem a denominação Promise Caravela e é a primeira do género a ser realizada em Portugal e a primeira efectuada pelo banco estatla alemão fora da Alemanha e da Áustria.
Segundo a mesma fonte a cobertura do risco de crédito assumida pelo KfW será transferida para o mercado através de vários instrumentos, entre os quais «credit linked notes» no valor aproximado de 200 milhões de euros.
A Merrill Lynch e o Millennium bcp investimento actuam como organizadores e
colocadores desta emissão nos mercados nacional e internacional e parte do risco não abrangido pela operação com o KfW será objecto de uma transacção complementar com o Fundo Europeu de Investimento.
Securitização permite melhorar rácios e libertar capital
Segundo as previsões do BCP, o total de risco que o banco português reterá será inferior a 2% do montante total da carteira de créditos. Assim, esta operação deverá representar uma subida de 20 pontos base (0,2 pontos percentuais) no rácio de «core capital» e um aumento superior a 50 pontos base no rácio de capital total BIS.
No final de Setembro deste ano o rácio de «core capital» do BCP estava nos 7,2%, enquanto o rácio de solvabilidade BIS se situava nos 12,2%. O facto de o banco ter deteriorado os seus rácios em 2003 «obrigou-o» a realizar um aumento de capital.
«Esta operação possibilitará uma utilização mais eficiente do capital afecto ao financiamento de empresas portuguesas de pequena e média dimensão, uma parte importante do ‘franchise’ doméstico do banco», refere o BCP.
Segundo Jardim Gonçalves, presidente do banco, «esta operação de securitização sintética de 3,5 mil milhões de euros é de grande importância para o banco, sendo pioneira em Portugal e contando com contra-partes de elevada qualidade».
Citado no mesmo comunicado Jardim Gonçalves diz que esta operação «libertará capital em montante significativo, prosseguindo assim o objectivo de reforço dos seus rácios de solvabilidade».
As acções do BCP fecharam a subir 0,53% para os 1,91 euros."
Estão a ser dados importantes passos no sentido certo na gestão do grupo. Estou a gostar...
Cumprimentos
JCS
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"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
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