Empresas do Estado cortam mais de 5 mil milhões à dívida

[BearManBull]

Afinal não foram só 2 oligarcas e as suas famílias que apareceram mortos.

A estranha morte de seis oligarcas russos desde o início de 2022
Só na última semana, num período de 48 horas, dois multimilionários de Moscovo foram encontrados mortos, assim como as suas famílias, em alegados homicídios e suicídios que ficam por explicar.

https://www.publico.pt/2022/04/27/mundo/noticia/estranha-morte-seis-oligarcas-russos-desde-inicio-2022-2004035

Será algum vírus novo?

Vírus sim, novo duvido...


Whistleblower linked to FBI investigation into Trump and Deutsche Bank found dead in LA

[Marco Martins]

Afinal não foram só 2 oligarcas e as suas famílias que apareceram mortos.

A estranha morte de seis oligarcas russos desde o início de 2022
Só na última semana, num período de 48 horas, dois multimilionários de Moscovo foram encontrados mortos, assim como as suas famílias, em alegados homicídios e suicídios que ficam por explicar.

https://www.publico.pt/2022/04/27/mundo/noticia/estranha-morte-seis-oligarcas-russos-desde-inicio-2022-2004035

Será algum vírus novo?

Alguns nem estavam no activo. No entanto o motivo da morte pode ser sempre especulado:
- conhecimento de movimentações ilícitas de dinheiros (que possam envolver Putin)
- venda de segredos para fora do país
- ajustes de contas
- participação e tentativa de contestar ou mesmo mudar o governo e as políticas em curso

A meu ver, um suicídio, pode acontecer com todos... mas por muita depressão que um bilionário tenha, dificilmente mata toda a sua família !!

[MarcoAntonio]

Depois da votação de ontem no congresso...

US to seize and sell Russian oligarchs' property

The White House has proposed giving the government greater power to seize and sell the assets of Russian oligarchs, and transfer their proceeds to Ukraine.

The legislative proposal will be presented to Congress for consideration.

It follows similar legislation recently passed in the US House of Representatives.

But the new White House plans go further, focusing on collaboration between Justice, Treasury, State and Commerce departments.

The measures would make it easier for the US to seize and sell oligarchs' assets, and use the funds "to remediate harms of Russian aggression", the White House said in a statement.

BBC

[MarcoAntonio]

Ukraine: German lawmakers overwhelmingly approve heavy weapons deliveries

Ukraine: German lawmakers overwhelmingly approve heavy weapons deliveries

In a historic move, lawmakers in Germany have given the official green light to send "heavy weapons and complex systems" to Ukraine. But many of them also criticized Chancellor Olaf Scholz for not being in Berlin. The vote comes after the German government paved the way for Gepard air-defense systems to be sent to Ukraine.


Lawmakers in Germany overwhelmingly voted in favor of providing Ukraine with "heavy weapons and complex [weapons] systems" to aid Kyiv as it battles Russia's invasion.

The petition passed on Thursday, with with 586 votes in favor, 100 against, and seven abstentions.

The vote in the lower house of parliament, the Bundestag, represents a historic shift in policy for Germany — after the government held off for weeks on sending heavy equipment.

What weapons will Germany send to Kyiv?

In addition to heavy weapons, such as anti-aircraft systems and armored vehicles, the measure passed by German MPs included provisions for sending heavier equipment to eastern NATO allies as well.

Military aid should continue and accelerate wherever possible, according to the proposal backed by the ruling coalition and the biggest opposition party, the conservative Christian Democrats (CDU).

Germany will also deploy more soldiers to boost NATO presence in eastern Europe, and encourage Russian soldiers to lay down their arms and seek asylum in Germany and the EU.

Additionally, the measure foresees an appeal to China for it to "abandon its acceptance of war" and actively support a truce.

Why did some oppose the deliveries?

The far-right Alternative for Germany (AfD) opposed the initiative, saying that it felt close to a declaration of war.

The motion would prolong the fighting in Ukraine and "could make us party to a nuclear war," said the AfD's most senior Bundestag lawmaker Tino Chrupalla.

The socialist Left Party was also against the move, pointing to earlier statements by Chancellor Olaf Scholz about how heavy weapons deliveries increase a risk of a nuclear escalation. Scholz, a member of the center-left Social Democrats (SPD), had rejected the idea just days before making a U-turn earlier this week with deliveries of anti-aircraft tanks.

"Every day there is a different course, I can't keep up anymore, and many people in this country feel the same way," the Left Party's Dietmar Bartsch said. The Left Party also said that delivering more weapons would simply make the war last longer.

In response, Nils Schmid, from the ruling SPD party, said weapons' deliveries would help end the war faster by putting Ukraine in a position of strength.

Schmid also said the initiative was following two basic principles, one of Germany not being at war, and the other principle of "Putin must not win this war."

"This is why we support Ukraine with everything we have at our disposal, politically, diplomatically, economically and of course, in a very measured way, militarily," he said.

Scholz under fire for going to Japan

Several lawmakers, including CDU head Friedrich Merz, sharply criticized Scholz for going away on a diplomatic visit to Japan while the Bundestag was debating the conflict in Ukraine. Merz accused the chancellor of "hesitation and timidity."

Scholz took the reins of the German government in December 2021, after his SPD party ousted the conservatives following the political retirement of long-time CDU Chancellor Angela Merkel.

SPD representative Nils Schmid defended Scholz's trip to Tokyo by pointing out Japan's significance as Germany's most important partner in Asia.

But the move is not likely to help Scholz shake the accusations of being indecisive on Ukraine. A new dpa/YouGov poll suggests some 45% of Germans are unhappy with his course in the crisis, compared to 37% who approve of his response to the war.

[Masterchief]

Afinal não foram só 2 oligarcas e as suas famílias que apareceram mortos.

A estranha morte de seis oligarcas russos desde o início de 2022
Só na última semana, num período de 48 horas, dois multimilionários de Moscovo foram encontrados mortos, assim como as suas famílias, em alegados homicídios e suicídios que ficam por explicar.

https://www.publico.pt/2022/04/27/mundo/noticia/estranha-morte-seis-oligarcas-russos-desde-inicio-2022-2004035

Será algum vírus novo?

[Lusitanus]

E a Biolorussia vai-se aguentando enquanto não houverem eleições que mudem o governo...

O governo na Bielorrússia, se mudar e quando mudar, não mudará com eleições, mas sim com sublevação popular ...

[Marco Martins]

https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2022/04/22/japao-sobe-tom-em-disputa-territorial-com-russia.htm

(...)
O Japão reivindicou, pela primeira vez desde 2003, que quatro ilhas ao norte do arquipélago estão "ocupadas ilegalmente" pela Rússia...
(...)

Isto não tem nada de muito especial, dado que a Rússia já se tinha retirado de qualquer processo para discussão sobre os territórios.
A diferença aqui é que o Japão também não quer dar o braço a torcer...

Ou seja, com tudo isto a Rússia está a conseguir provocar e agudizar todas as relações que tem com quem faz fronteiras com ela. Finlândia, Japão, países desde o Báltico até o mar Negro.
Pouco a pouco, a guerra parece estar a querer passar fronteiras (como na Moldávia) ...
E a Biolorussia vai-se aguentando enquanto não houverem eleições que mudem o governo...

[Lusitanus]

Quererem substituir a moeda ucraniana pelo rublo em Kherson é o mesmo que dizer que kherson, à semelhança da Crimeia, fará parte da Federação Russa.

[pepe7]

Vale tudo...

Russos querem substituir moeda ucraniana pelo rublo em Kherson
Vice-presidente da administração local russa disse que as duas moedas poderão circular em paralelo durante um período de transição.

A administração russa que controla a cidade costeira ucraniana de Kherson vai substituir a moeda ucraniana pelo rublo a partir de domingo, 01 de maio, anunciou esta quinta-feira um funcionário russo local.

"A partir de 01 de maio, passaremos à zona do rublo", disse o vice-presidente da administração local russa, Kirill Stremooussov, citado pelas agências francesa AFP e espanhola EFE.

As duas moedas, hryvnia e rublo, poderão circular em paralelo durante um período de transição que poderá durar quatro meses, disse Stremooussov à televisão Rossiya-24, segundo a agência russa Ria Novosti.

"Depois disso, mudaremos completamente para pagamentos em rublo", acrescentou.

A administração russa de Kherson foi criada após a tomada da cidade portuária do sul da Ucrânia pelas tropas de Moscovo, reclamada em 03 de março.

Situada próxima da Crimeia anexada por Moscovo em 2014, Kherson é a primeira e até agora única grande cidade ucraniana sob controlo total dos russos desde que invadiram a Ucrânia, em 24 de fevereiro.

A Ucrânia acusa a Rússia de querer organizar um referendo sobre a independência na região de Kherson, tal como na região vizinha de Zaporijia, onde está localizada a central nuclear com o mesmo nome.

Um referendo semelhante foi feito na região do Donbass em 2014, quando os separatistas pró-russos, apoiados por Moscovo, assumiram o controlo parcial daquela região do leste da Ucrânia.

Os separatistas proclamaram então as "repúblicas populares" de Donetsk e Lugansk, que Moscovo reconheceu como independentes pouco antes de lançar a invasão de 24 de fevereiro.

"Não haverá República Popular de Kherson. Se alguém quiser uma nova anexação, sanções mais poderosas atingirão a Rússia", disse o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em 22 de abril.

O Ministério da Defesa russo afirma ter levado a "vida pacífica" de volta a Kherson, mas têm ocorrido na cidade manifestações contra a Rússia e contra o referendo, de acordo com 'sites' ucranianos de meios de comunicação que mostram fotografias e vídeos.

Cerca de 300.000 pessoas viviam em Kherson antes da guerra. Desconhece-se o número de baixas civis e militares provocadas pela guerra na Ucrânia, que entrou esta quinta-feira no 64.º dia.
https://www.tsf.pt/mundo/russos-querem-substituir-moeda-ucraniana-pelo-rublo-em-kherson-14806676.html?utm_source=push&utm_medium=mas&utm_term=14806676

[BearManBull]

A taxa de aprovação de Putin passou de 83 para 82% (completo aqui).

Os russos gostam de Putin. Provavelmente numas eleições completamente livres Putin ganhava à mesma.


Tenho estado a ver o documentário do ultimo Czar Nikolai. Nesses tempos existia um descontentamento real e os russos quando não estão contentes são capazes de lançar ofensivas agressivas contra as forças de poder. Fizeram-no nesses tempos em que a probabilidade de apanhar com uma bala era incomparavelmente maior do que na actualidade.

Curiosamente a Russia desses tempo andou numa guerra com o Japão (não fazia ideia), tal como na actualidade foi um desastre completo, mas foi insuficiente para derrubar o Czar. A Ucrânia não existia como território independente e era parte do império russo, tal como praticamente tudo da ex-URSS. Apesar de toda esta dimensão e grandeza foram incapazes de ganhar a guerra... Nos dias de hoje Putin parece que anda a tentar repetir a historia.

[BearManBull]

Russia's tanks in Ukraine have a 'jack-in-the-box' design flaw.


The problem relates to how the tanks' ammunition is stored. Unlike modern Western tanks, Russian ones carry multiple shells within their turrets. This makes them highly vulnerable as even an indirect hit can start a chain reaction that explodes their entire ammunition store of up to 40 shells.

The resulting shockwave can be enough to blast the tank's turret as high as a two-story building, as can be seen in a recent video on social media.



"Any successful hit ... quickly ignites the ammo causing a massive explosion, and the turret is literally blown off."

The flaw means the tank's crew -- usually two men in the turret and a third driving -- are sitting ducks, said Nicholas Drummond, a defense industry analyst specializing in land warfare and a former British Army officer.
"If you don't get out within the first second, you're toast."

@CNN

Russia's tanks in Ukraine have a 'jack-in-the-box' design flaw.

[MarcoAntonio]

Ao contrário de ti acho que os russos estão a realizar ações no sentido de ligar a Crimeia à Transnístria, tomando Odessa. Estão ainda longe de alcançar tal objetivo mas estão a persegui-lo.

Ao contrário, como assim?

[Lusitanus]

Que não saibas o que Putin pretende é compreensível, mas Putin sabe, ele sabe o que quer, (...)

Lusitanus, isto vinha na sequência do teu post. O meu querer (o "querer" no meu texto) é no sentido de querer e achar que consegue concretizar. Pois querer, ele até pode querer que seja verão todo o ano. Uma coisa é querer, outra é conseguir. E certamente o Putin não quer coisas por querer, quer atingir determinados objectivos e tem de ponderar em que medida são atingíveis (neste ou naquele prazo). É nesse sentido que estou a falar.

Ao contrário de ti acho que os russos estão a realizar ações no sentido de ligar a Crimeia à Transnístria, tomando Odessa. Estão ainda longe de alcançar tal objetivo mas estão a persegui-lo.

[MarcoAntonio]

Que não saibas o que Putin pretende é compreensível, mas Putin sabe, ele sabe o que quer, (...)

Lusitanus, isto vinha na sequência do teu post. O meu querer (o "querer" no meu texto) é no sentido de querer e achar que consegue concretizar. Pois querer, ele até pode querer que seja verão todo o ano. Uma coisa é querer, outra é conseguir. E certamente o Putin não quer coisas por querer, quer atingir determinados objectivos e tem de ponderar em que medida são atingíveis (neste ou naquele prazo). É nesse sentido que estou a falar.

[Lusitanus]

Pessoalmente, não sei o que o Putin quer neste momento nem tão pouco o prazo temporal (pode querer algo até ao dia 9 de Maio, uma espécie de acordo que deixe as coisas meio congeladas mas que lhe permita declarar vitória para já; e depois ter outros planos para o futuro a médio/longo-prazo).

Que não saibas o que Putin pretende é compreensível, mas Putin sabe, ele sabe o que quer, e uma das coisas que quer é ligar a Crimeia à Transnístria, tomando Odessa e cortando, desse modo, o acesso da Ucrânia ao Mar Negro. Se o vai conseguir é o que veremos. Eu, claro, gostaria que não conseguisse esse intento ...

[MarcoAntonio]

Actualização da opinião dos russos face às instituições e politicos, segundo o Levada Center:



Índices de confiança (Putin, Mishustin, Shoigu e Lavrov, por esta ordem).

A taxa de aprovação de Putin passou de 83 para 82% (completo aqui).



Os valores baixaram um pouco em relação ao mês passado:

Press release completa aqui, para já só versão em russo:

https://www.levada.ru/2022/03/30/odobrenie-institutov-rejtingi-partij-i-politikov/

[MarcoAntonio]

Já faltou mais para os oligarcas russos começarem a financiar a defesa militar e ajuda humanitária da Ucrânia:

The House passes a mostly symbolic bill urging Biden to sell seized Russian yachts to fund more Ukraine aid.

WASHINGTON — The House on Wednesday overwhelmingly passed a mostly symbolic bill urging President Biden to sell the frozen luxury assets of Russian oligarchs hit with sanctions and use the funds to provide additional military and humanitarian aid to Ukraine.

The legislation is nonbinding, but its 417-to-8 passage reflected a bipartisan desire on Capitol Hill for the president to take a more aggressive posture as the United States and European allies grapple with what to do with Russian assets seized in response to Moscow’s invasion of Ukraine.

NYT

[NirSup]

Jogada de Mestre

A Polónia estava a tomar medidas para prescindir do gás russo, mesmo antes do início da guerra na Ucrânia. E foi dos países que mais pressionou os restantes países europeus a fechar a torneira ao gás russo.
Tinha intenção de fechar totalmente a torneira ao gás russo até ao fim do corrente ano, quando expirava o contrato de fornecimento de gás com a Gazprom. Não era sua intenção renovar o contrato.
O gás russo será substituído por importações da Noruega através do oleoduto do Báltico. Também está a expandir a capacidade do seu terminal de GNL, em Swinoujscie, que é abastecido de GNL pelos EUA e pelo Catar.
Diz a Polónia que irá recorrer às vias legais ao seu alcance para reclamar uma indemnização legal (legal compensation) pela quebra do contrato pela Gazprom (incumprimento injustificado das cláusulas legais acordadas entre ambas as partes, de forma unilateral, pela Gazprom).
Dirão alguns: tudo bem, mas qual o tribunal que irá obrigar a Gasprom a pagar esta indemnização?
Em primeiro lugar é altamente provável existirem dívidas pendentes na conta-corrente do fornecimento de gás à Polónia pela Gazprom. Que não irão ser pagas, obviamente. E depois, há centenas de milhares de milhões de dólares e de euros da Rússia congelados em banco europeus e americanos.
Pode demorar anos, mas o dinheirinho um dia cá virá chegar, pensam os polacos. E a Polónia irá pedir à Russia uma indemnização milionária à conta da chantagem feita pela Rússia. Grande jogada!
By Nirvana

[MarcoAntonio]

Em particular, na Moldávia, as coisas têm-se agitado nos últimos dias, por causas digamos incertas. É possível que a Putin esteja à procura de uma "cheap win". Se ele se virar mesmo para ali, a Moldávia não tem meios para se defender e também não existe nem momentum nem condições para o ocidente ir em auxílio da Moldávia. Se está nos planos do Putin ou não, não arrisco. Os russos já fazem por que fique tudo bastante nebuloso.

Shots fired at village housing ammunition depot in Moldovan breakaway region

Shots were fired from Ukraine towards a village in the Moldovan breakaway region of Transnistria, according to the interior ministry of the unrecognised region.

In a statement, the ministry claimed that several drones had been detected flying over the village of Cobasna and they had come from Ukraine.

It said shots were later fired towards the border village from Ukrainian territory.

The interior ministry gave no further details, but said nobody had been hurt.

Transnistria's interior ministry cited "experts" as saying that Cobasna held the biggest ammunition depot in Europe.

It comes as Vadim Krasnoselsky, the self-styled president of the region, said tonight that reports he had announced a general mobilisation and prevented men of military age from leaving the region were "absurd lies" thought up by provocateurs.

"I officially declare that the leadership of the republic has not taken such decisions," he said in an online post.

On Wednesday, Ukrainian deputy defence minister Hanna Malyar accused Russia of being ready to use Transnistria as a bridgehead to move on Ukraine or the rest of Moldova.

Sky News

Não descarto, note-se bem, que a agitação esteja a ser causada pelos ucranianos. Francamente não sei, também.

[MarcoAntonio]

Mas uma coisa é a vontade, outra a capacidade de a concretizar.

Naturalmente. Estou convencido que a Rússia está agora no plano B ou C. Se calhar nem Putin sabe bem o que quer neste momento (uma vez que o que queria inicialmente, não conseguiu). Pessoalmente, não sei o que o Putin quer neste momento nem tão pouco o prazo temporal (pode querer algo até ao dia 9 de Maio, uma espécie de acordo que deixe as coisas meio congeladas mas que lhe permita declarar vitória para já; e depois ter outros planos para o futuro a médio/longo-prazo).

[Lusitanus]

Para mim é evidente a vontade de a Rússia ligar a Crimeia à Transnístria, tomando Odessa, e também é evidente que essa vontade não surgiu agora: existe desde o início da invasão russa da Ucrânia. Não foi agora que Putin, tendo chegado onde chegou, pensou: "Já agora, e se ligássemos a Crimeia à Transnístria?". já há muito tempo que ele tem essa vontade. Já há muito que isso foi "sonhado" no Kremlin.
Mas uma coisa é a vontade, outra a capacidade de a concretizar.

[NirSup]

Jogada de Mestre

A Polónia estava a tomar medidas para prescindir do gás russo, mesmo antes do início da guerra na Ucrânia. E foi dos países que mais pressionou os restantes países europeus a fechar a torneira ao gás russo.
Tinha intenção de fechar totalmente a torneira ao gás russo até ao fim do corrente ano, quando expirava o contrato de fornecimento de gás com a Gazprom. Não era sua intenção renovar o contrato.
O gás russo será substituído por importações da Noruega através do oleoduto do Báltico. Também está a expandir a capacidade do seu terminal de GNL, em Swinoujscie, o que é abastecido de GNL pelos EUA e pelo Catar.
Diz a Polónia que irá recorrer às vias legais ao seu alcance para reclamar uma indemnização legal (legal compensation) pela quebra do contrato pela Gazprom (incumprimento injustificado das cláusulas legais acordadas entre ambas as partes, de forma unilateral, pela Gazprom).
Dirão alguns: tudo bem, mas qual o tribunal que irá obrigar a Gasprom a pagar esta indemnização?
Em primeiro lugar é altamente provável existirem dívidas pendentes na conta-corrente do fornecimento de gás à Polónia pela Gazprom. Que não irão ser pagos, obviamente. E depois, há centenas de milhares de milhões de dólares e de euros da Rússia congelados em banco europeus e americanos.
Pode demorar anos, mas o dinheirinho um dia cá virá chegar, pensam os polacos. E a Polónia irá pedir à Russia uma indemnização milionária à conta da chantagem feita pela Rússia. Grande jogada!
By Nirvana

[MarcoAntonio]

O que foi noticiado foi que a ponte permitia a ligação de Odessa à Roménia. Sendo assim permitiria também o abastecimento alimentar e militar de Odessa a partir da Roménia.

E permite efectivamente. Mas é mais do que isso. A ponte não liga directamente à Roménia mas a toda a região ucraniana que fica a sul da Moldávia (que assim fica presa fácil da Rússia). Odessa é acessível pelo norte, via linhas interiores (e a Ucrânia continua a ter ligação com a Roménia, via fronteira a norte).

[MarcoAntonio]

Sobre o ainda incerto plano de evacuação de Mariupol:

We're working on Mariupol steelworks evacuation plan - UN chief

We've been reporting on the situation at the Azovstal steel works in Mariupol, where hundreds of injured soldiers and civilians are reportedly trapped inside and running out of supplies.

Much of Mariupol has been destroyed, and the Azovstal plant - a maze of tunnels and workshops - is the last part of the port city not under Russian control. Taking the entire Sea of Azov port is one of Moscow's key aims.

Speaking earlier to Portuguese media, UN Secretary General Antonio Guterres said work was continuing on a plan to evacuate hundreds of civilians from the steel plant.

"This is a very complicated operation," said Guterres, who has this evening arrived in Ukraine after meeting Vladimir Putin in Moscow yesterday. "Putin agreed in principle and it was agreed that the details would be discussed in the meetings that are currently taking place," he said.

"This operation is particularly delicate, because we are not dealing with people who are in their homes, or in public places to be evacuated, but people who are, let's say, inside a bunker in truly dramatic conditions," he said. "Our aim was to do this operation on Friday but naturally, the conditions must be in place for us to do that."

BBC

[Lusitanus]

O persistente ataque russo a Mykolaiv e a destruição recentei de uma ponte que ligava Odessa à Roménia, isolando, desse modo, mais Odessa, evidencia, no meu entender, a vontade russa de tomar Odessa e, assim, ligar a Crimeia à Transnístria.

A ponte não liga propriamente à Roménia mas ao "quase enclave" ucraniano a sul da Moldávia. A região praticamente não tem forças ucranianas ai estacionadas, tanto quanto eu sei, e pouco ou nada pode fazer por Odessa (com ou sem ponte). Aliás, sem ponte a Rússia perde um possível eixo de ataque a Odessa.

Se a Rússia quiser tomar esse território, a Moldávia fica extremamente fragilizada (note-se que a Moldávia tem um porto "interior", acessível via o Danúbio, cujo acesso depende em parte do controlo dessa região).



A tomada desse território permite à Rússia reforçar mais facilmente também as forças estacionadas na região separatista da Transnistria e esse é o objectivo aparente (o que depois pode ser utilizado ou para tomar a Moldávia ou criar mais um eixo de invasão à Ucrânia ou até, quem sabe, as duas coisas).

O que foi noticiado foi que a ponte permitia a ligação de Odessa à Roménia. Sendo assim permitiria também o abastecimento alimentar e militar de Odessa a partir da Roménia.