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Caldeirão da Bolsa

Dúvida - produto do BCP

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Dúvida - produto do BCP

por Pata-Hari » 7/6/2016 16:39

fui informado que o banco não tinha de momento liquidez para pagar o valor investido
?! acho isto muito estranho e improvável.
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Re: Dúvida - produto do BCP

por NM_2 » 7/6/2016 0:34

Epah sejam serios e construtivos e digam o nome dos produtos....
 
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Re: Dúvida - produto do BCP

por Bukowski » 6/6/2016 21:38

MEL1980 Escreveu:Caro Bukowski,
já lhe respondi a algo do género noutro tópico que o Sr. "Puxou".
O conteúdo da mensagem é do mesmo género. Ou o Sr é um aldrabão ou o é o seu gestor de conta. Se o Sr. não o for, aconselho vivamente a apresentar reclamação formal do seu gestor de conta. Fala de liquidez para pagar rendimentos de aplicações!!! Renovar nas mesmas condições por dois anos!!! Nem pense hoje se quiser um seguro de capitalização a taxa é zero, só recebe participação nos resultados!!! Remuneração não garantida, mas "certa", tem um U.Link 10 anos, remuneração 1,5%.

De que produto se trata? é o citado noutro tópico? Enfim.
Mais uma vez, se não for aldrabão e precisar de ajuda envie uma mensagem pessoal.
MC


Já lhe respondi por mensagem privada MC.
 
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Re: Dúvida - produto do BCP

por MEL1980 » 6/6/2016 21:20

Caro Bukowski,
já lhe respondi a algo do género noutro tópico que o Sr. "Puxou".
O conteúdo da mensagem é do mesmo género. Ou o Sr é um aldrabão ou o é o seu gestor de conta. Se o Sr. não o for, aconselho vivamente a apresentar reclamação formal do seu gestor de conta. Fala de liquidez para pagar rendimentos de aplicações!!! Renovar nas mesmas condições por dois anos!!! Nem pense hoje se quiser um seguro de capitalização a taxa é zero, só recebe participação nos resultados!!! Remuneração não garantida, mas "certa", tem um U.Link 10 anos, remuneração 1,5%.

De que produto se trata? é o citado noutro tópico? Enfim.
Mais uma vez, se não for aldrabão e precisar de ajuda envie uma mensagem pessoal.
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Re: Dúvida - produto do BCP

por Bukowski » 6/6/2016 20:34

Boa noite,

Tenho algum dinheiro investido neste tipo de produto no BCP, os juros têm sempre sido pagos dentro dos prazos estabelecidos, e a maturidade do produto está agendada para o mês que vem.

Hoje tive uma reunião com o meu gestor de conta, onde fui informado que o banco não tinha de momento liquidez para pagar o valor investido, e como solução / alternativa foi-me proposto prolongar o prazo de subscrição desta aplicação por mais dois anos.
Durante esses dois anos os juros vão continuar a ser pagos semestralmente e à taxa actual.

Alguém passou, ou está a passar pelo mesmo tipo de situação?
 
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por LTCM » 22/4/2011 20:50

Do estudo realizado resultam ainda outras conclusões. Em primeiro lugar, os produtos financeiros complexos analisados são na sua maioria bastante exóticos e, consequentemente, a distribuição de pagamentos entre diferentes possíveis estados da natureza (cenários) é difícil de apreender pelos investidores, mesmo os mais sofisticados ou com maiores conhecimentos em matérias de natureza financeira. Por outro lado, a maioria destes produtos apresenta uma forte assimetria no retorno final para o investidor.

No caso dos produtos de capital garantido, por exemplo, existe uma forte assimetria nas probabilidades de ocorrência dos vários cenários, que se pode atribuir ao facto de estar concentrada uma forte probabilidade de ocorrência no cenário de não ser pago qualquer retorno ou apenas o retorno mínimo consagrado na ficha técnica do produto.

No entanto, estes produtos evidenciam, em regra, a rendibilidade máxima que o produto permite alcançar, descurando o facto de que com uma elevada probabilidade apenas será paga a remuneração mínima.

Adicionalmente, constatou-se que os cenários de elevadas rendibilidades tinham uma probabilidade de ocorrência bastante reduzida. No caso dos produtos em que não existe garantia de capital, torna-se ainda mais difícil para o investidor compreender a estrutura dos respectivos pagamentos, dada a não linearidade desses pagamentos e o número e tipo de activos subjacentes geralmente envolvidos.

O risco destes produtos é superior em virtude da não garantia de capital, o que significa que, nestes produtos, a transparência dos respectivos cenários de rendibilidades deve ser reforçada.

Por último, os resultados do estudo permitem concluir que os produtos financeiros complexos analisados apresentam em geral rendibilidades esperadas inferiores às dos depósitos tradicionais.


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***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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por Champignon » 22/4/2011 20:38

Esse tipo de produtos podem ser montados com baixo, médio ou alto risco. Podem incluir tudo, sendo o mais comum obrigações. Essa catalogação bem como a composição detalhada, terá que estar, tal como a Pata disse, no prospecto completo do produto. Tens que pedir junto do banco, que eles (com mais ou menos relutância) são obrigados a dar.

Que eu saiba, até agora, eles pagaram sempre na totalidade todos os produtos. Mas é apenas uma política comercial, que pode findar a qualquer altura.

Quanto à transparência destes produtos para com o cliente (ou falta dela neste caso) por parte do BCP, estamos de acordo.
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por Storgoff » 21/4/2011 20:20

Desculpem a repetição mas faltava um paragrafo no meu post


Obrigado Champignon pelos comentários.

A minha intervenção tinha exactamente o objectivo de criticarem a minha tese.

Normalmente este tipo de produtos em que se pretende dar logo à cabeça um valor de rendibilidade anual fixa só é possivel tendo como base instrumentos como obrigações.
O facto de eu afirmar que o produto renda certa é constituido por 100% obrigações do BCP resulta de uma dedução que eu faço tendo em conta essencialmente o q ja tinha sido afirmado por si neste tópico em conjugação com a informação por escrito q me foi enviada pela Ocidental vida.

Na carta q a Ocidental me enviou é dito o seguinte:

"Informamos que o Fundo autónomo relativo ao presente Unit Linked tem uma política fixa de investimento em 100% risco BCP, desde o seu incio em 20-11-2002, não existindo planos para alterar a politca até à sua maturidade em 2012"


De qualquer forma voltei a insitir junto da Ocidental para que me seja enviada informação objectiva sobre quais os activos financeiros em q o fundo esta investido.

Desde já pq o valor de mercado das apólices neste momento é apenas cerca de 60% do valor nominal, o que me está a deixar muito preocupado e portanto, preciso de saber exactamente em que terrenos me estou a mover.

Se o fundo, por exemplo, estiver exposto ao mercado accionista, sera caso para dizer que é praticamente impossível recuperar os 40 % até ao final de 2012.

Se estivermos a falar apenas de exposição ao mercado obrigacionista nacional, percebe-se a forte desvalorização mas a questão do valor de mercado não é relevante para quem ficar até à maturidade do produto, partindo do principio que essa data coincide com o vencimento das obrigações e o(s) emitente(s) não preguem nehuma partida.

Espero bem que o produto esteja investido de acordo com este ultimo cenario, caso contrário, estou metido em maus lençois.

Até ao momento este produto p mim tem sido uma autentica Black Box. Não faço a minima ideia do q esta la dentro.
O gestor de conta no BCP não so não me consegue esclarecer sobre a constituição do produto como foi mudando o discurso ao longo dos anos.
No ínicio era tudo garantido ( Juros + capital), ultimamente mudou .
Segundo ele n ta garantido mas o histórico demonstra q nunca houve situações de receber menos q o valor nominal na maturidade.
Junto da Ocidental a porta de entrada é um call center. Fala se com umas pessoas q quase parecem automatos e que só sabem responder a coisas obvias. Este tipo de esclarecimentos dizem que tera de ser um departamento sediado no Porto a responder por escrito.
Ficamos assim num perfeito limbo em q so nos resta ter fé.

Enfim lamenta-se que reguladores como a CMVM e Banco de Portugal tenham permitido a comercialização destes produtos sem exigir ao BCP a disponibilização de documentação aos subscritores que permitisse esclarecer tudo isto.
Alias penso q com os fundos convencionais as coisas já eram diferentes.
O que vale é q pelo menos dps da crise financeira mundial lá soaram as campainhas e parece que a CMVM e o Banco de Portugal se puseram em campo para por fim a este a tipo de situações nos novos produtos.


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por Pata-Hari » 21/4/2011 20:12

Bem, mas existe certamente uma ficha técnica. E eles já disseram que é risco BCP, certo?
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por Storgoff » 21/4/2011 20:02

Obrigado Champignon pelos comentários.

A minha intervenção tinha exactamente o objectivo de criticarem a minha tese.

Normalmente este tipo de produtos em que se pretende dar logo à cabeça um valor de rendibilidade anual fixa só é possivel tendo como base instrumentos como obrigações.
O facto de eu afirmar que o produto renda certa é constituido por 100% obrigações do BCP resulta de uma dedução que eu faço tendo em conta essencialmente o q ja tinha sido afirmado por si neste tópico em conjugação com a informação por escrito q me foi enviada pela Ocidental vida.

Na carta q a Ocidental me enviou é dito o seguinte:

"Informamos que o Fundo autónomo relativo ao presente Unit Linked tem uma política fixa de investimento em 100% risco BCP, desde o seu incio em 20-11-2002, não existindo planos para alterar a politca até à sua maturidade em 2012"


De qualquer forma voltei a insitir junto da Ocidental para que me seja enviada informação objectiva sobre quais os activos financeiros em q o fundo esta investido.

Desde já pq o valor de mercado das apólices neste momento é apenas cerca de 60% do valor nominal, o que me está a deixar muito preocupado e portanto, preciso de saber exactamente em que terrenos me estou a mover.


Se estivermos a falar apenas de exposição ao mercado obrigacionista nacional, percebe-se a forte desvalorização mas a questão do valor de mercado não é relevante para quem ficar até à maturidade do produto, partindo do principio que essa data coincide com o vencimento das obrigações e o(s) emitente(s) não preguem nehuma partida.

Espero bem que o produto esteja investido de acordo com este ultimo cenario, caso contrário, estou metido em maus lençois.

Até ao momento este produto p mim tem sido uma autentica Black Box. Não faço a minima ideia do q esta la dentro.
O gestor de conta no BCP não so não me consegue esclarecer sobre a constituição do produto como foi mudando o discurso ao longo dos anos.
No ínicio era tudo garantido ( Juros + capital), ultimamente mudou .
Segundo ele n ta garantido mas o histórico demonstra q nunca houve situações de receber menos q o valor nominal na maturidade.
Junto da Ocidental a porta de entrada é um call center. Fala se com umas pessoas q quase parecem automatos e que só sabem responder a coisas obvias. Este tipo de esclarecimentos dizem que tera de ser um departamento sediado no Porto a responder por escrito.
Ficamos assim num perfeito limbo em q so nos resta ter fé.

Enfim lamenta-se que reguladores como a CMVM e Banco de Portugal tenham permitido a comercialização destes produtos sem exigir ao BCP a disponibilização de documentação aos subscritores que permitisse esclarecer tudo isto. Alias penso q com os fundos convencionais as coisas já eram diferentes.
O que vale é q pelo menos dps da crise financeira mundial lá soaram as campainhas e parece q a CMVM e o Banco de Portugal se puseram em campo para por fim a este a tipo de situações nos novos produtos.


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por Champignon » 20/4/2011 23:37

Storgoff fizeste uma boa síntese do produto, embora haja aqui algumas coisas com que não posso concordar.

Cada emissão deste produto tem associado normalmente um "cabaz" de obrigações, embora não tenham que ser necessariamente emissões do BCP. Normalmente até nem o são. Por isso, falar apenas em risco BCP não é tão linear como isso. Os produtos podem ter outras obrigações de outros emitentes associadas (como o caso do produto que está no inicio do tópico), que podem estar obviamente sujeitas a risco de crédito. No entanto, caso isso aconteça, e como a Pata bem referiu, a perda pode ser assumida pelo banco (não passando para o cliente), por uma questão comercial.

Mas o banco não deixa de estar salvaguardado caso o não queira fazer.
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por Storgoff » 20/4/2011 20:55

Champignon Escreveu:Ponto 1- É capital garantido apenas verbalmente, ou seja, não tem capital garantido. É um pouco como no BPP, corre sempre tudo bem ....até ao dia que corre mal. Até agora nunca correu mal e os clientes sempre foram reembolsados pelo valor nominal, mas ninguém sabe o futuro.

Esse produto tem Risco de crédito do Banco Comercial Português S.A., da Mota Engil Ambiente e Serviços
SGPS, Mota Engil SGPS SA, Europa & C Kraft Viana SA, PROCME SA e CME SA. Esta é a realidade. Caso haja perda o banco DIZ que assume, mas como não está escrito, está salvaguardado. O contrário se passa com o cliente. E estas empresas estão longe de ser a republica Alemã ou Americana, se é que me entendes!

Ponto 2 -O que recebes é isento de impostos. Por ser um produto a 10 anos tem uma carga fiscal mais reduzida, e os rendimentos que te pagam são de facto líquidos.

Ponto 3- O endosso é feito pelo valor nominal, ou seja, o montante inicial.

Perante este cenário, a decisão parte de cada um. Eu dispenso.
:mrgreen:



Em 2002 subscrevi também um produto da Ocidental Vida – Renda certa 2002 2ªserie.

No BCP foi me dito que era um produto que pagava juros trimestrais a uma taxa liquida anual de 4% e na maturidade do produto ( 10 anos ) recebia o capital investido
Na altura a minha cultura financeira era um pouco limitada e tomei aquilo como uma verdade.
Há uns 3 anos a esta parte comecei a analisar os extractos do produto que me eram enviados anualmente e fiquei um bocado incrédulo com o vi, o que me levou a investigar melhor o tema.
Constatei o seguinte:


1- O produto em que estava investido afinal eram apólices de seguro Unit Linked com o valor nominal de 10 000€ cada

2- Os pagamentos trimestrais eram meros resgates programados de UPs que perfaziam o equivalente a 1% do valor nominal da apolice ( Não são propriamente juros) e como tal o nº de UPs ia diminuindo ao longo do tempo.

3- O valor de mercado das UP´s remanescentes nesta altura são cerca de 6000€ , ou seja, uma perda potencial de 40% ( para um produto de rendimento- baixo risco- algo não esta bem)


4- Nas condições gerais do produto fica claro que o produto não é de capital garantido. Sendo que a qualquer momento o seu valor corresponde ao produto do nº de UPs remanescentes pela respectiva cotação ( mesmo na maturidade)

5- Apesar de já ter insistido junto da Ocidental, ainda não tive uma resposta cabal sobre quais são os activos financeiros em que este produto está investido. Apenas recebi uma carta deles onde era dito que o produto tinha uma politica de investimento em 100% risco BCP




Ora, tendo em conta o que afirma o Champignon sou levado a concluir o seguinte ( Peço que me corrijam se estiver errado)

Se eles afirmam que é 100% risco BCP, deduz-se que o produto estará investido a 100% em obrigações BCP e portanto o risco do produto é o risco normal de investir em obrigações ( desvalorização em mercado secundário ou risco de default na maturidade).

Desta premissa decorre o seguinte:

O pagamento de uma renda de 4% ao ano terá sido determinado com base no cupão que as obrigações pagam deduzido dos impostos, custos e comissões de gestão.

A desvalorização neste momento de 40% em relação ao valor nominal reflecte a forte desvalorização em mercado secundário da cotação das obrigações da republica e pior ainda dos bancos nacionais( As machadas das agencias de rating fazem se sentir).

Considerando que a maturidade do produto corresponde à maturidade das obrigações, quem ficar até ao fim no produto apenas fica sujeito ao risco de default do emitente.
Caso contrário, fazendo um resgate antecipado o fundo terá de vender obrigações no mercado para satisfazer o pedido do cliente e como tal sujeita-se ao que o mercado esta disposto a pagar nesse momento.
O desconto que o mercado esta a pedir é brutal.

O valor das UPs é sempre um valor líquido tal como em qualquer fundo de investimento ( já foi tudo deduzido incluindo os impostos).
Neste caso o fundo tem uma tributação bonificada.
Se houver alteração de fiscalidade durante a vida do produto esta será automaticamente reflectida na cotação da UP.
Se a fiscalidade se agravar isso ira penalizar a remuneração que o fundo previu no inicio e portanto na maturidade o cliente já não recebera o capital investido na totalidade.

Como a UP reflecte a bonificação fiscal máxima aplicada ao período de 10 anos quem antecipar o resgate fica sujeito ao acerto do imposto.

Quanto ao endosso parece-me uma forma boa de contornar a fiscalidade, permitindo entrar e sair do produto beneficiando da bonificação fiscal máxima sem estar preso pelos 10 anos ( ao contrário do resgate aqui a apólice continua a existir e como tal não há nenhum evento fiscal) .

Não havendo um evento de crédito ou alterações fiscais, será espectável que na maturidade se recebe a ultima renda + valor nominal da apólice + eventuais migalhas que possam ter sobrado dos cupões pagos pelas obrigações ao longo dos 10 anos.


Cumprimentos a todos



 
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por Pata-Hari » 18/3/2011 22:08

Assumir a perda seria um acto comercial, ou seja, dependeria da boa vontade do banco dado que estão salvaguardados.

Quanto à fiscalidade, a lei permite a redução máxima a partir de oito anos e um dia. Claro está que se o produto estiver feito por 10 anos, se aplica a regra. Mas a extensão dos 8 para os 10 já não é por uma razão fiscal, será por outra razão qualquer que pode nem ser nenhuma para além de "apeteceu-me" (mas terá provavelmente a ver com a gestão da liquidez da instituição, é o que faz sentido).
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por Champignon » 18/3/2011 15:17

Esse produto tem Risco de crédito do Banco Comercial Português S.A., da Mota Engil Ambiente e Serviços
SGPS, Mota Engil SGPS SA, Europa & C Kraft Viana SA, PROCME SA e CME SA


Se houver evento de crédito dentro de uma destas instituições, duvido que o banco assuma a responsabilidade. Pelo menos está salvaguardado de forma escrita nesse sentido. Agora se assume a perda ou se a passa para o cliente,não sei. Daí ser complicado dizer que o produto tem obrigatoriamente retorno garantido, se a própria instituição o tiver.
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por MatildeSerrano » 18/3/2011 13:21

Dito de uma maneira simples:
O produto tem retorno garantido.
A instituição é que não.
 
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por Champignon » 18/3/2011 12:13

Esqueci-me de dizer, mas quem assume a alteração de fiscalidade é o cliente e não o banco. Isto porque a taxa é indicativa (eles gostam de se salvaguardar, claro está :twisted:).
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por Champignon » 18/3/2011 3:39

Pata-Hari Escreveu:Champingnon, bolas, bem descrito. Ao detalhe do risco dentro do produto :shock:

Na fiscalidade penso que o que estão a fazer é baseado no seguinte: A fiscalidade dos seguros é reduzida (aos 5 e ainda mais ) aos 8 anos. E só é reduzida nessa altura.... O cálculo deve estar feito para os oito anos. Se forem pagando "juros", estão efectivamente a fazer um resgate de capital, isento. No fim, sobra o valor capitalizado e líquido do imposto devido nos 8 anos. Não sei como é que resolvem a questão das possíveis alterações da fiscalidade....! o banco deve ter que assumir isso.




Resolvem de uma forma fácil. No final do prazo faz-se o acerto, ou seja, a última "renda" leva esse acerto de fiscalidade. Quanto ao resto é exactamente como tu disseste, tirando que em vez de 8 são 10 anos.
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por Pata-Hari » 17/3/2011 21:21

Champingnon, bolas, bem descrito. Ao detalhe do risco dentro do produto :shock:

Na fiscalidade penso que o que estão a fazer é baseado no seguinte: A fiscalidade dos seguros é reduzida (aos 5 e ainda mais ) aos 8 anos. E só é reduzida nessa altura.... O cálculo deve estar feito para os oito anos. Se forem pagando "juros", estão efectivamente a fazer um resgate de capital, isento. No fim, sobra o valor capitalizado e líquido do imposto devido nos 8 anos. Não sei como é que resolvem a questão das possíveis alterações da fiscalidade....! o banco deve ter que assumir isso.
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por Nunooo » 17/3/2011 17:22

Trisquel Escreveu:
Nunooo Escreveu:O "produto" em causa é um unit linked.

quanto ao ponto 1 o capital é garantido mas apenas com base na confiança que tens no banco. Ja subscrevo este tipo de produto ha mais de 10 anos e nunca tive qualquer problema. Sempre foram pagos os juros e na maturidade sempre foi entregue o capital total. Penso que no prospecto nao pode dizer que o capital é garantido pq se assim fosse o banco teria que fazer provisionar esse valor.

quanto ao ponto 2 nao tens que pagar impostos pois o banco já retem o imposto que terias que pagar. Se tiveres que levantar parte do dinheiro e nao o fizeres por endosso nesse caso a tributação já será diferente (a vantagem dos UL reside exactamente no facto de ter uma tributação mais baixa se ficares com ele até à maturidade - normalmente são 8 anos)

Ponto 3- se fizeres por endosso vais reaver os 10.000. A titulo de exemplo posso dizer-te que ainda a semana passada endossei uma apolice no valor de 50.000 euros (fiz o pedido e passado 3 dias a apolice estava endossada).

PS. na sou expert no assunto, apenas te transmiti a minha experiencia com os ULinked do BCP.


O que eu aconselho é quando se fizer compras deste produto seja feito com valores pequenos mesmo que o montante seja elevado, ex: 100.000,00 = 20x5.000,00, qual a vantagem?

A vantagem é em termos de endosso é mais fácil endossar parcelas de 5.000,00 que 100.000,00


Ola Trisquel

Depende do valor da apolice. Tenho apolices de valor nominal de 1.000 Euros e outras de 50.000 Euros.

Concordo contigo que quanto mais baixo for o valor da apolice mais facil se torna endossa-la. No entanto, como ja disse atrás, a semana passada endossei UMA apolice de valor nominal 50.000 euros no espaço de 3 dias.
acho que o que tambem determina e muito a maior facilidade / dificuldade em endossar a apolice é a taxa de juro que lhe está associada. Com uma taxa liquida de 5% (a pagar juros trimestralmente), nesta altura, nao me parece ser dificil endossa-la.

um abraço
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por Trisquel » 17/3/2011 17:12

Nunooo Escreveu:O "produto" em causa é um unit linked.

quanto ao ponto 1 o capital é garantido mas apenas com base na confiança que tens no banco. Ja subscrevo este tipo de produto ha mais de 10 anos e nunca tive qualquer problema. Sempre foram pagos os juros e na maturidade sempre foi entregue o capital total. Penso que no prospecto nao pode dizer que o capital é garantido pq se assim fosse o banco teria que fazer provisionar esse valor.

quanto ao ponto 2 nao tens que pagar impostos pois o banco já retem o imposto que terias que pagar. Se tiveres que levantar parte do dinheiro e nao o fizeres por endosso nesse caso a tributação já será diferente (a vantagem dos UL reside exactamente no facto de ter uma tributação mais baixa se ficares com ele até à maturidade - normalmente são 8 anos)

Ponto 3- se fizeres por endosso vais reaver os 10.000. A titulo de exemplo posso dizer-te que ainda a semana passada endossei uma apolice no valor de 50.000 euros (fiz o pedido e passado 3 dias a apolice estava endossada).

PS. na sou expert no assunto, apenas te transmiti a minha experiencia com os ULinked do BCP.


O que eu aconselho é quando se fizer compras deste produto seja feito com valores pequenos mesmo que o montante seja elevado, ex: 100.000,00 = 20x5.000,00, qual a vantagem?

A vantagem é em termos de endosso é mais fácil endossar parcelas de 5.000,00 que 100.000,00
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Trisquel

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por Nunooo » 17/3/2011 16:17

O "produto" em causa é um unit linked.

quanto ao ponto 1 o capital é garantido mas apenas com base na confiança que tens no banco. Ja subscrevo este tipo de produto ha mais de 10 anos e nunca tive qualquer problema. Sempre foram pagos os juros e na maturidade sempre foi entregue o capital total. Penso que no prospecto nao pode dizer que o capital é garantido pq se assim fosse o banco teria que fazer provisionar esse valor.

quanto ao ponto 2 nao tens que pagar impostos pois o banco já retem o imposto que terias que pagar. Se tiveres que levantar parte do dinheiro e nao o fizeres por endosso nesse caso a tributação já será diferente (a vantagem dos UL reside exactamente no facto de ter uma tributação mais baixa se ficares com ele até à maturidade - normalmente são 8 anos)

Ponto 3- se fizeres por endosso vais reaver os 10.000. A titulo de exemplo posso dizer-te que ainda a semana passada endossei uma apolice no valor de 50.000 euros (fiz o pedido e passado 3 dias a apolice estava endossada).

PS. na sou expert no assunto, apenas te transmiti a minha experiencia com os ULinked do BCP.
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por Champignon » 17/3/2011 16:09

Ponto 1- É capital garantido apenas verbalmente, ou seja, não tem capital garantido. É um pouco como no BPP, corre sempre tudo bem ....até ao dia que corre mal. Até agora nunca correu mal e os clientes sempre foram reembolsados pelo valor nominal, mas ninguém sabe o futuro.

Esse produto tem Risco de crédito do Banco Comercial Português S.A., da Mota Engil Ambiente e Serviços
SGPS, Mota Engil SGPS SA, Europa & C Kraft Viana SA, PROCME SA e CME SA. Esta é a realidade. Caso haja perda o banco DIZ que assume, mas como não está escrito, está salvaguardado. O contrário se passa com o cliente. E estas empresas estão longe de ser a republica Alemã ou Americana, se é que me entendes!

Ponto 2 -O que recebes é isento de impostos. Por ser um produto a 10 anos tem uma carga fiscal mais reduzida, e os rendimentos que te pagam são de facto líquidos.

Ponto 3- O endosso é feito pelo valor nominal, ou seja, o montante inicial.

Perante este cenário, a decisão parte de cada um. Eu dispenso.
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Dúvida - produto do BCP

por shanti57 » 17/3/2011 12:59

Estou a pensar em fazer um investimento no seguinte produto do BCP -> Ocidental Vida Renda Certa Especial 2011

Estive numa agência do BCP mas tenho algumas dúvidas que gostaria de esclarecer aqui.

Ponto1 - Capital Garantido
Na agência disseram-me, que o retorno é garantido mas no folheto do producto diz que não tem retorno garantido.
Mais um caso de publicidade enganosa? Estarei a ler alguma coisa mal?

Ponto2 - Impostos
Na agência disseram-me que tem rendimento de 5% Liquido e que de certeza que não é preciso pagar impostos.
Isto é mesmo assim? Não terei que pagar impostos depois ao fim do ano qndo pago o IRS?
E se necessitar de levantar parte do dinheiro antes do final da maturidade do producto, terei neste caso
de pagar impostos?

Ponto3 - Endosso
Foi-me informado que se precisar de reaver o dinheiro será feito por Endosso. Neste caso um pequeno exemplo. Se tiver
investido 10.000E no momento em q reaver o dinheiro as minhas UP apenas valerem 6.000E, vou neste caso reaver
10.000 ou 6.000 euros?
Sei que o BCP já teve mais produtos deste, qual é a vossa experiência no caso de reaver o dinheiro? conseguem endossar
pelo msm valor do investimento?

Obrigado
 
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