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Caldeirão da Bolsa

Fundos à la carte

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Fundos à la carte

por O Alquimista » 13/7/2015 23:45

Why Investing Is So Complicated, and How to Make It Simpler
http://www.nytimes.com/2015/07/12/upsho ... 0002&abg=1

I was afraid that picking only one kind of fund was imprudent. The economists Shlomo Benartzi at U.C.L.A. and Richard Thaler at the University of Chicago refer to the urge to buy many kinds of funds as “naïve diversification.” One fund can be enough if it’s diversified: What feels like one basket is really a great many baskets.

Um exemplo: VO
Anexos
vo.jpg
"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." - Samuel Becket
Pára de dar crédito fácil ao que lês e ouves, escuta o que o preço está a fazer e olha para o que te rodeia. - O Alquimista
 
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 13/7/2015 22:32

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Re: Fundos à la carte

por Ulisses Pereira » 11/7/2015 20:31

Fomos obrigados a apagar os últimos posts, pelo desrespeito total das regras do Caldeirão.

O3, uma vez mais acabas banido do Caldeirão. Sugiro que cries um fórum só para ti para provocares toda a gente à vontade.

Tópico bloqueado por 24 horas.
"Acreditar é possuir antes de ter..."

Ulisses Pereira

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Re: Fundos à la carte

por O3 » 11/7/2015 2:20

O3 Escreveu:
Amigo bucks,
O que eu precisava era que tu acertasses na previsão do mercado chinês para os próximos 1-3 meses, pois eu nos últimos 3 meses já saí e reentrei 4 vezes na China, sendo que as últimas mudanças foi ter reentrado há 1 semana, pensando eu que podia haver um rebound no mercado acionista chinês depois de um período prolongado de uma forte correção, só que, com a ajuda da Grécia, em vez de haver um ressalto houve sim um louco afundanço devido a um louco sell-off, e então eu resgatei na 3ª feira passada e hoje reentrei novamente mas com mais dinheiro e amanhã vou assinar a duplicação da conta margem do empréstimo, com um custo total anual inferior a 3%, pois pode ser que à 2ª acerte dado que a China tomou medidas contra o shortar malicioso e proibiu aos investidores qualificados, com uma detenção acionista de >= 5%, de poderem venderem as ações detidas nos próximos 6 meses, de suspender temporariamente da negociação bolsista uma grande quantidades de empresas das 2 bolsas continentais (A shares) que estavam de algum modo com manipulação bolsista ou com negociação anormal, para além de outras medidas que as entidades chinesas implementaram para contrariar o sell-off de pânico irracional, e desse modo desviei cerca de 50% do dinheiro que tenho num outro fundo para reentrar hoje na China e espero reforçar amanhã ou 2ª feira com a 2ª alavancagem desde que acerte à 2ª na previsão de rebound da China, pois acredito que este fim-de-semana se solucione o problema pendente da Grécia com um 3º resgate, uma vez que um não acordo iria causar mais estragos na Europa e contaminar as ações dos EUA e globais, sendo que a Alemanha, como o principal credor, seria o país mais prejudicado com um não acordo.

A brincadeira da manipulação indireta dos mercados, com a ajuda da Grécia, tem limites e estou convencido que esse limite pode ser neste fim-de semana, dado que o recente sell-off intenso chinês assustou os grandes investidores e até os manipuladores dos mercados com as recentes medidas chinesas anti-manipulação. Se me enganar pela 2ª vez na China, que se lixe ... pelo menos tentei responder ... e a 2ª alavancagem vai para outro lado.
Um abraço.


Eu quando reentrei na China na 4ª feira da semana passada até ao resgate na passada 3ª feira, levei em 4 dias úteis cerca de 15% de perdas num FI e após o rebound, nestes últimos 2 dias, esse mesmo FI já teve ganhos de 10.69%, com 6.70% no 1º dia e 3.99% no 2º dia, o que vem ao encontro ao que tenho dito sempre: é na 1ª fase de um upside continuado ou de um bull market que, normalmente, se obtêm a maior percentagem de retornos, ou dito de outra maneira: é nos primeiros troços da curva dos retornos do upside que a inclinação dessa curva tende mais para uma reta com uma maior inclinação. E uma das vezes que disse isso, um tal user Artista designou tal afirmação minha como crap ... ele há cada artista empertigado! ... basta ver, por exemplo, se não foi na 1ª fase do upside/bull market da Índia, a seguir à eleição do Modi em 2014, que os retornos foram mais acentuados por unidade de tempo.

Foi tendo em conta esta normal constatação nos mercados que eu ontem rentrei na China e hoje reforcei de modo a que passei a estar investido no dobro do dinheiro que estava antes com as perdas de cerca de 15% em 4 dias úteis, pelo que se a minha aposta de rebuond estiver certa, a solução para rapidamente poder anular essas perdas, é reentrar o mais cedo possível e com o maior capital possivel. E como o reforço da minha conta margem de alavancagem só vai estar disponível na próxima 2ª ou 3ª feira, pois hoje não foi possível, então nessa altura, possivelmente, irei reforçar novamente a China, no caso do meu pressuposto de rebound estiver correto, podendo então a China ficar com um peso na minha carteira da ordem dos 70%, o que envolve um grande risco potencial, mas que eu, racionalmente, estou disposto a correr para tentar captar a possível 1ª fase dos retornos do possível rebound continuado.

Eu faço resgates e subscrições de deslocação de capitais entre diversos FI em simultâneo (faço subscrições a descoberto sem pagar juros), quando um FI perde força ou entra no marasmo relativamente a uma boa oportunidade de entrada noutro FI qualquer, estando assim sempre investido, agora que as menos-valias são dedutíveis nas mais-valias, dificilmente levo perdas, num FI volátil, mais do que 10-15%, que, normalmente, é a minha gama de stop loss e está perfeitamente dentro do controlo razoável de perdas e sem preocupações maiores de preservação do capital. E eu tanto me enervo por captar perdas como deixar de captar ganhos, sendo que sou mais competente nas decisões de stop losses do que nas decisões atempadas de take profits, e às vezes quando resgatamos tardiamente, podemos depois em vez de tomar ganhos, tomar perdas. Mais importante do que tentar perceber certas lógicas de mercados, temporariamente, ilógicos, é seguir a direção da manada quantitativa do grosso dos investidores, porque é essa manada que vai determinar as nossas perdas ou ganhos de curto prazo, sendo secundário, no curto prazo, agir apenas de acordo com os fundamentais dos mercados: a análise e interpretação da linha de preços de um qualquer mercado relativamente ao seu passado e ao possível trajeto futuro, tendo em conta os factores políticos, monetários e os fundamentais, bem como o confronto entre as linhas de preços dos vários mercados acionistas mundiais, é que é base fundamental do nosso sucesso ou insucesso financeiro, no curto prazo.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock

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Re: Fundos à la carte

por O3 » 11/7/2015 0:54

Garfield Escreveu:
Portanto, sem bem entendi, as alterações vão ao encontro do que tinha mencionado. Ou seja, só se pode deduzir perdas se optarmos pelo englobamento e no momento do resgate sempre que há lucro estamos a "levar no corpo" com 28% mesmo que no dia seguinte se resgate um lote com perda.

Só se podem deduzir as perdas se optarmos pelo englobamento do IRS no caso dos FI nacionais, mas se forem FI estrangeiros, essas menos-valias podem ser deduzidas nas mais-valias, as quais serão preenchidas no anexo da categoria G da Declaração do IRS no ano seguinte.

Garfield Escreveu:
A nível de acções é mais vantajoso investir directamente nos titulos do que nos fundos para não ficar sem 28% dos lucros, caso existam, que de outra forma pode ser reinvestido até à altura da liquidação da modelo 3 anual.

O que dizes só é verdade para os FI nacionais mas para os FI estrangeiros a tributação é igual à das ações, pois, nestes últimos FI, tu só vais pagar o saldo entre as mais e menos-valias à taxa de 28% no ano seguinte à liquidação do resgate, ou até um máximo de 5 anos se optares pelo englobamento do IRS, que é uma possibilidade tanto para os FI nacionais como para os FI estrangeiros.
O que acontecia antes para os FI nacionais era de que diariamente eram deduzidos no valor da cotação das UP o custo tributário, por assim dizer, mais o custo global de gestão do FI, e, desse modo, o valor da UP era totalmente liquido (tributação e gestão); e agora esse custo tributário transita para o acto de liquidação do resgate das UP, pelo que agora os valores das cotações diárias das UP são valores brutos tributariamente e apenas líquidos em termos dos custos globais de gestão, tal como acontecia antes, e também acontece agora, nos FI internacionais, pelo que, para mim, agora os FI nacionais só têm desvantagens em relação aos FI internacionais, ao contrário do que acontecia no anterior regime tributário.

Garfield Escreveu:
Os fundos assim só se justificam para valores de investimento mais reduzidos ou muito graduais.

Não entendo o que queres dizer com esta afirmação. Explica melhor o teu raciocínio.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock

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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 10/7/2015 22:22

AVALIAÇÃO A PEDIDO: FUNDO DE AÇÕES INVESCO GREATER CHINA

DATA DA PUBLICAÇÃO: 10JUL2015

“Detenho o fundo de ações Invesco Greater China, indicado na vossa carteira de fundos. Em face do crash da bolsa chinesa qual é a recomendação para o fundo e as perspetivas para o mercado?”

O mercado acionista chinês tem sofrido fortes flutuações, mas apesar da dimensão, a recente queda tem de ser relativizada. Em meados de junho, o índice Shenzhen A, que mede a evolução das ações destinadas aos investidores locais, ou seja, a bolsa dos nacionais chineses, apresentava uma subida de cerca de 190% face ao mesmo mês de 2014! Desde então, a queda da bolsa encolheu os ganhos anuais para “apenas” 89%. Mesmo assim, as autoridades chinesas têm atuado ativamente e recorrido a um conjunto muito amplo, e até inédito, de medidas para tentar conter a queda. Nos últimos dias, a bolsa recuperou mesmo algum terreno.
Mas se observarmos a turbulência nos restantes mercados chineses, o panorama é um pouco diferente do registado na bolsa para os nacionais chineses. No período aproximado de um mês, o índice Shenzhen B perdeu cerca de 17% e o Hang Seng (bolsa de Hong Kong) recuou 4%. Estes índices, nomeadamente o último, são os mais relevantes para os investidores estrangeiros e para a performance dos fundos que aplicam em ações chinesas. Trata-se daqueles que refletem melhor a evolução em bolsa das empresas em que os estrangeiros podem investir.
Assim, por um lado, pode afirmar-se que as cotadas chinesas em Hong Kong têm um risco menor, devido às exigências ao nível da transparência e à maior liquidez. Por outro, não estão naturalmente imunes ao contágio das praças financeiras de Xangai e Shenzhen.
O mercado acionista chinês ainda mantém potencial a longo prazo, mas num contexto de elevadíssima volatilidade, e considerando o acentuado abrandamento económico da China, está agora menos atrativo. Assim, temos aproveitado para encaixar ganhos e reduzir a exposição a esta categoria porque, apesar do recuo recente, o mercado ainda regista uma forte subida.
O fundo de ações Invesco Greater China, que não investe nos títulos destinados exclusivamente a chineses, ainda está entre os recomendados e inserido em algumas das nossas carteiras, mas só para aqueles que estão dispostos a assumir um risco acrescido. Mesmo nesse caso, nunca lhe dedique mais de 5 a 10% da sua carteira. Se excede essa ponderação, resgate.

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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 10/7/2015 22:17

CARTEIRAS DE FUNDOS: MENOS CHINA, MAIS BRASIL

DATA DA PUBLICAÇÃO: 10JUL2015

Dado o aumento de risco das ações chinesas optámos por reduzir a nossa exposição a esse mercado nas carteiras de fundos Proteste Investe.


Com todas as classes de ativos a desvalorizar em junho, um cenário particularmente atípico, nem uma boa diversificação impediu perdas nas carteiras recomendadas. Os recuos excederam 3%, mais precisamente -3,2% (defensiva), -3,5% (neutra) e -3,6% (agressiva). Uma evolução desta magnitude não se registava desde junho de 2013, mesmo em meses desfavoráveis para as bolsas.
Naturalmente, este desempenho negativo pode preocupar alguns investidores, mas evidencia uma realidade incontornável do investimento em bolsa: os momentos de queda são inevitáveis. Apesar da proteção oferecida por uma criteriosa escolha de fundos e pela diversificação, replicar o investimento sugerido pelas nossas carteiras implica que está disposto a aceitar risco.
A nossa expectativa é que, num longo período de tempo, os ganhos compensem claramente os momentos de perda. Por exemplo, nos últimos dez anos a carteira neutra registou um ganho médio anual de 6,2% nos, ou seja, inclui o período sombrio da grave crise financeira global. E, apesar da queda de junho, as carteiras ainda apresentam ganhos superiores a 14% nos últimos 12 meses.

Rentabilidade anualizada das carteiras a 10 anos

1 ano
3 anos
5 anos
10 anos
Carteira defensiva
14.3
10.5
7.5
6.1
Carteira neutra
15.9
12.5
8.3
6.2
Carteira agressiva
15.4
13.2
8.1
6.4

Ajuste: menos China, mais Brasil
Dado o aumento de risco das ações chinesas optámos por reduzir a nossa exposição a esse mercado. Na carteira a neutra a 10 anos, o peso desta categoria passa de 10% para 5% e introduzimos 5% de ações brasileiras. A mesma alteração foi realizada na carteira agressiva a 5 anos. Por fim, na neutra a 5 anos, a China também sai, mas dá lugar aos fundos dedicados às empresas nacionais. A repartição das restantes carteiras permanece, para já, inalterada. Pode consultar todas as carteiras.

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Re: Fundos à la carte

por bogos » 10/7/2015 20:11

VirtuaGod Escreveu:
bogos Escreveu:Se sei que há manipulação então porque vou para lá? :wall: :wall: :wall:

Como sabes invisto para o médio/longo prazo onde esta "manipulação" não afecta muito.

No curto prazo poderia especular pela mesma razão que qualquer pessoa está no mercado, expectativa de ganhar $. Isso levaria a muitas dúvidas, do género, num mercado "manipulado" será mais complicado ou mais simples de saber o caminho de curto prazo? Se acho mais simples até é um mercado que gosto por exemplo.

Eu pessoalmente e se fizesse trading o que eu queria era volatilidade e "manipulação" que desse origem a essa volatilidade, ainda por cima porque as políticas dos países são sempre de "manipulação" para parar um Bear Market. Nunca vi um banco central a tentar parar uma bolha, vejo constantemente bancos centrais a tentar parar quedas.

A única questão não é apenas o que o banco central chinês está a fazer para parar esta queda. A questão deverá ser tb onde estava o Banco Central Chinês quando o índice accionista subiu mais de 100% em 12 meses :?


Boa tarde
VirtuaGod

Se calhar é mesmo a forma como me coloco no mercado, que vejo mesmo como inútil o tentar perceber o mecanismo da manipulação, de quem a potencialmente a pode praticar.

De facto para mim é mais importante olhar para um número, montar uns indicadores e aí vai disto.
Mas o que eu vejo aqui nos fóruns (e não exclusivo aqui ou em Portugal), é uma mania de culpar o mercado quando ele vai contra a nossa posição ou vontade. O mercado é transparente. O mercado é oferta procura e preço.

Sabemos perfeitamente que no mercado há investidores pequenos, médios e grande e super-ginates.

Ora tendo todos os dados identificados, o que é a manipulação?

Acredito que muitos até possam achar esta ideia estúpida e idiota, mas eu não sou daqueles que anda à caça às bruxas. Eu sou daqueles que prefere encontrar os desaires não no mercado, mas em mim mesmo.

Cumprimentos
Um dos efeitos do medo é perturbar os sentidos e fazer que as coisas não pareçam o que são.
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No outro lado de cada medo está a liberdade.
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Re: Fundos à la carte

por VirtuaGod » 10/7/2015 18:04

bogos Escreveu:Se sei que há manipulação então porque vou para lá? :wall: :wall: :wall:

Como sabes invisto para o médio/longo prazo onde esta "manipulação" não afecta muito.

No curto prazo poderia especular pela mesma razão que qualquer pessoa está no mercado, expectativa de ganhar $. Isso levaria a muitas dúvidas, do género, num mercado "manipulado" será mais complicado ou mais simples de saber o caminho de curto prazo? Se acho mais simples até é um mercado que gosto por exemplo.

Eu pessoalmente e se fizesse trading o que eu queria era volatilidade e "manipulação" que desse origem a essa volatilidade, ainda por cima porque as políticas dos países são sempre de "manipulação" para parar um Bear Market. Nunca vi um banco central a tentar parar uma bolha, vejo constantemente bancos centrais a tentar parar quedas.

A única questão não é apenas o que o banco central chinês está a fazer para parar esta queda. A questão deverá ser tb onde estava o Banco Central Chinês quando o índice accionista subiu mais de 100% em 12 meses :?
Artigos e estudos: Página repositório dos meus estudos e análises que vou fazendo. Regularmente actualizada. É costume pelo menos mais um estudo por semana. Inclui a análise e acompanhamento das carteiras 4 e 8Fundos.
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Re: Fundos à la carte

por VirtuaGod » 10/7/2015 17:55

O3 Escreveu:Ou seja, são medidas correspondentes a uma “boa manipulação” do mercado (tal como há a boa volatilidade e a má volatilidade), pois visam defender esse mesmo mercado, independentemente de serem alteradas as regras de jogo a meio do campeonato, por forma a salvaguardar os interesses dos jogadores do retalho. Eu prefiro, e sinto-me mais protegido, estar do lado desta “boa manipulação” dos mercados por parte do regulador da bolsa e das entidades chinesas

O erro foi da minha parte. Assumi que acharias que toda a manipulação seria negativa. Posso assumir então que toda a manipulação para "aguentar" o mercado, uma vez que toma cuidado "[d]os interesses dos jogadores do retalho", será "boa manipulação"?

E se eu for um especulador 10 vezes alavancado long e as políticas tb me protegeram sou "bom especulador"? Sou apenas "colateral" de uma política para um bem maior?

O3 Escreveu:são medidas que tentam travar o afundanço das acções no bear market, cujo mergulho já ultrapassou a SMA 200, tentando assim travar o sell-off de pânico irracional

Posso-te questionar qual a racionalidade por detrás de uma subida de 150% nos 12 meses que antecederam as quedas?

Eu honestamente, e sabes de antemão que discordando contigo, algo que como dizes é mútuo, não invalida querer perceber como pensas.

Obr
Editado pela última vez por VirtuaGod em 10/7/2015 18:16, num total de 5 vezes.
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Re: Fundos à la carte

por O3 » 10/7/2015 17:05

VirtuaGod Escreveu:
O3 Escreveu:A brincadeira da manipulação indireta dos mercados, com a ajuda da Grécia, tem limites e estou convencido que esse limite pode ser neste fim-de semana, dado que o recente sell-off intenso chinês assustou os grandes investidores e até os manipuladores dos mercados com as recentes medidas chinesas anti-manipulação.

Eu prometo-me constantemente não falar mais contigo mas dou comigo a ler certas coisas que fico tão :shock: que acabo de novo por cair na tentação :!:

Estás a dizer que fechar o mercado a novos IPOs, proibir a venda (não o short) de acções por parte de investidores qualificados, e o Estado comprar directamente milhões de dólares em acções são "medidas chinesas anti-manipulação" (para além de já terem intervido via correctores)?

Isto não é tentativa de manipulação? Ou se forem medidas que fazem descer são "manipulação" e se forem medidas que fazem subir são "medidas anti-manipulação"?


VG,
O meu sentimento contigo é mútuo: preciso tanto de falar contigo para ganhar dinheiro como as moscas precisam de vinagre. Tu advogas um investimento passivo-conservador de longo prazo e eu sou adepto de um investimento/especulação bastante ativo de curto prazo, em que tento tirar partido do efeito memória de arrasto da volatilidade, do efeito momentum, do efeito manada, do swing de ciclo e contra-ciclo entre os vários mercados acionistas mundiais e do efeito do fenómeno da reversão para a média, pelo que as teorias conservadoras de baixo risco e de longo prazo, que defendes, interessam-me pouco para a minha tática de investimento/especulação de curto prazo, pois essas teorias são desconformes com a possibilidade teórica de otimização dos retornos de curto prazo.

Tu defendes a continuidade do investimento de acordo com uma estratégia definida para o longo prazo e eu como sei que a otimização máxima possivel dos retornos no longo prazo só é possivel à custa da otimização dos prazos parcelares de curto prazo, adoto uma gestão mais do tipo top-down do que uma gestão bottom-up, pelo que me preocupo em tentar distinguir as diversas fases das várias "estações meteorológicas" e assim tentar distinguir entre o inverno, primavera, verão e o outono, e, consequentemente, tentar coadonar o meu investimento/especulação a essas diderentes fases dos mercados acionistas, não me importando em incorrer num sobrerisco para tentar captar um sobreretorno. É claro que, por vezes, podem existir paradoxos das anomalias das teorias CAPM e sharpeana, em que a adoção de uma menor volatilidade pode implicar mais retornos, mas as ocorrências desse paradoxo têm muito mais relevância num horizonte temporal de médio-longo prazo que no curto prazo, pois isto de ter, ao mesmo tempo, sol na eira (altos retornos) e chuva no nabal (baixa volatilidade), não acontece durante muitos dias no curto prazo.

Vamos agora à tua crítica. Eu quando falo em medidas chinesas anti-manipulação, quero dizer que essas medidas estão a serem tomadas no sentido de protegerem a grande massa investidora do retalho que é a maioria dos compradores das A shares continentais, pelo que suspender IPOs, condicionar fortemente o short de acções, suspender cerca de 40% da negociação bolsista continental das A shares, proibir a venda de acções dos investidores qualificados (com um peso >= 5%), são medidas que tentam travar o afundanço das acções no bear market, cujo mergulho já ultrapassou a SMA 200, tentando assim travar o sell-off de pânico irracional, e, desse modo defendem essencialmente os investidores do retalho que detêm acções e FIs existentes.
Ou seja, são medidas correspondentes a uma “boa manipulação” do mercado (tal como há a boa volatilidade e a má volatilidade), pois visam defender esse mesmo mercado, independentemente de serem alteradas as regras de jogo a meio do campeonato, por forma a salvaguardar os interesses dos jogadores do retalho. Eu prefiro, e sinto-me mais protegido, estar do lado desta “boa manipulação” dos mercados por parte do regulador da bolsa e das entidades chinesas, do que estar do lado dos grandes investidores especuladores num mercado totalmente livre sem qualquer manipulação (na prática há sempre manipulação quantitativa), porque também aqui as pessoas não estão todas na mesma situação de igualdade, pois só existe verdadeiramente na vida uma situação igualitária: um eleitor, um voto (com o mesmo peso qualitativo), visto que, à partida, este tipo de jogo favorece sempre quem tem mais dinheiro, podendo-se chegar ao cúmulo de meia dúzia de grandes investidores poderem condicionar e manipular um mercado teoricamente livre (na prática nunca é 100% livre) especialmente um mercado de baixo volume de negociação e de baixa liquidez, através de apostas concentradas de compra ou de venda, podendo assim definir o trajeto de ultra-curto prazo desse mesmo mercado.
Portanto, tu se acreditas num mercado accionista 100% livre, tal como esse user bogos que caiu de para-quedas não sei de onde, tenho que vos chamar líricos, e eu quando quero ouvir lírica vou à ópera.

VG, não venhas para cima de mim com um ar professoral, como sempre vens, que eu nunca te vou escolher para meu professor, pois tenho as bases teóricas necessárias e suficientes para entender, ou vir a entender, qualquer coisa que escrevas sobre mercados accionistas, para além de teres um perfil de investidor muito diferente do meu, pelo que tento ler aquilo que tu escreves, mas isso de algum modo, até à data, provocou uma qualquer alteração no meu raciocínio teórico.

Tu defendes uma estratégia de investimento accionista de longo prazo, estratégia essa que se for de muito longo prazo não precisa, à partida, de ser defendida, porque teoricamente é uma estratégia que vai ser sempre vencedora, porque não se perderá dinheiro, mediana ou não, mas nunca vai ser a melhor estratégia possível de optimização dos retornos, porque esta só será possível através do somatório de estratégias de optimização parcelar de curto prazo, à custa de tentar maximizar os ganhos nos upsides, à custa essencialmente da utilização da “boa volatilidade”, bem como tentar mitigar as perdas nos downsides, à custa da adoção de táticas de baixa volatilidade, de controlo de perdas (stop loss) e de preservação do capital.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock

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Re: Fundos à la carte

por Garfield » 10/7/2015 16:37

O3 Escreveu:Garfield, para poderes passar de um nivel felino de gato para um nivel de leão tributário :lol: , vou apresentar o meu contributo.


Boas,

Desde já agradeço o tempo dispendido a elaborar o esclarecimento bastante pormenorizado.
Portanto, sem bem entendi, as alterações vão ao encontro do que tinha mencionado. Ou seja, só se pode deduzir perdas se optarmos pelo englobamento e no momento do resgate sempre que há lucro estamos a "levar no corpo" com 28% mesmo que no dia seguinte se resgate um lote com perda.
Já não me lembrava era do aumento do prazo de reporte de perdas de 2 para 5 anos. Esse é um aspecto positivo.
Agora a retenção na fonte e o facto de só ser aplicada a fundos nacionais é de facto peculiar e a meu ver vai gerar muita confusão nos investidores.
A nível de acções é mais vantajoso investir directamente nos titulos do que nos fundos para não ficar sem 28% dos lucros, caso existam, que de outra forma pode ser reinvestido até à altura da liquidação da modelo 3 anual.
Os fundos assim só se justificam para valores de investimento mais reduzidos ou muito graduais.

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Re: Fundos à la carte

por bogos » 10/7/2015 13:42

VirtuaGod Escreveu:
O3 Escreveu:A brincadeira da manipulação indireta dos mercados, com a ajuda da Grécia, tem limites e estou convencido que esse limite pode ser neste fim-de semana, dado que o recente sell-off intenso chinês assustou os grandes investidores e até os manipuladores dos mercados com as recentes medidas chinesas anti-manipulação.

Eu prometo-me constantemente não falar mais contigo mas dou comigo a ler certas coisas que fico tão :shock: que acabo de novo por cair na tentação :!:

Estás a dizer que fechar o mercado a novos IPOs, proibir a venda (não o short) de acções por parte de investidores qualificados, e o Estado comprar directamente milhões de dólares em acções são "medidas chinesas anti-manipulação" (para além de já terem intervido via correctores)?

Isto não é tentativa de manipulação? Ou se forem medidas que fazem descer são "manipulação" e se forem medidas que fazem subir são "medidas anti-manipulação"?


Boa tarde
VirtuaGod

Eu considero que andar a perder tempo nos mercados a perceber, ou tentar perceber, se há manipulação, ou anti-manipulação é um exercício acima de tudo estúpido, pois à partida o mercado é um sistema perfeito, contendo dentro toda a qualidade de investidores que dele façam parte.

Ora se eu entendo que o mercado está a ser manipulado, para que me vou eu lá meter? Se entendo que os manipuladores fazem o que querem dele e me posso magoar forte e feio, porque me vou lá eu meter???? :wall: :wall: :wall:

A Isto chama-se masoquismo. Mas depois de interiosisado o masoiquismo lá decido entrar, e então direi.....espero que esteja é do lado dos manipuladores com a minha posição, porque se assim não fôr está o caldo entornado e eles são os culpados.

Este tipo de pensamento é SURRELAL E RIDÍCULO...... :pray:

Desculpem a intromissão, mas não me entra na cabeça. Se sei que há manipulação então porque vou para lá? :wall: :wall: :wall:

Cumprimentos
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Re: Fundos à la carte

por VirtuaGod » 10/7/2015 12:39

O3 Escreveu:A brincadeira da manipulação indireta dos mercados, com a ajuda da Grécia, tem limites e estou convencido que esse limite pode ser neste fim-de semana, dado que o recente sell-off intenso chinês assustou os grandes investidores e até os manipuladores dos mercados com as recentes medidas chinesas anti-manipulação.

Eu prometo-me constantemente não falar mais contigo mas dou comigo a ler certas coisas que fico tão :shock: que acabo de novo por cair na tentação :!:

Estás a dizer que fechar o mercado a novos IPOs, proibir a venda (não o short) de acções por parte de investidores qualificados, e o Estado comprar directamente milhões de dólares em acções são "medidas chinesas anti-manipulação" (para além de já terem intervido via correctores)?

Isto não é tentativa de manipulação? Ou se forem medidas que fazem descer são "manipulação" e se forem medidas que fazem subir são "medidas anti-manipulação"?
Artigos e estudos: Página repositório dos meus estudos e análises que vou fazendo. Regularmente actualizada. É costume pelo menos mais um estudo por semana. Inclui a análise e acompanhamento das carteiras 4 e 8Fundos.
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Re: Fundos à la carte

por O3 » 10/7/2015 12:13

Garfield Escreveu:Boas,

Numa primeira leitura sobre as alterações fiscais dos fundos de investimento e analisando apenas os movimentos posteriores a 1 de Julho parece estar assegurado que apenas são tributados os ganhos, embora com a aplicação de uma retenção na fonte de 28%. Ou seja o imposto fica logo do lado do Estado.

Mas a meu ver colocam-se agora algumas dúvidas que não vi ainda esclarecidas em nenhum artigo da comunicação social nem na Circular 6/2015 da própria AT :

o apuramento dos ganhos a tributar terão de ser calculados numa perspectiva de FIFO para que possa ser aplicada a respectiva retenção mas então e se eu no mesmo ano movimentar o mesmo fundo, ou até fundos diferentes, tendo ganhos numa ocasião e perdas noutra, como iremos "compensar" os ganhos com as perdas?
será no anexo G da Modelo 3 com obrigatoriedade de optar pelo englobamento?
e no caso de fundos diferentes confirma-se que se poderá reportar as perdas de outros fundos para os 2 anos seguintes desde que se solicite o englobamento?

Espero que possa ocorrer um debate aprofundador das alterações fiscais para que nenhum de nós seja apanhado desprevenido ou prejudicado fiscalmente por desconhecimento das novas regras e do entendimento das mesmas por parte da AT.

BN
Garfield


Garfield, para poderes passar de um nivel felino de gato para um nivel de leão tributário :lol: , vou apresentar o meu contributo:

De acordo com o novo regime fiscal em vigor desde 1 de Janeiro de 2015, e para os fundos de investimento (FI) estrangeiros, os rendimentos obtidos a partir daquela data, decorrentes do resgate ou liquidação desses FI estrangeiros, passam a qualificar-se, em sede de IRS, como mais-valias ou menos- valias (de acordo com o regime fiscal anterior, em vigor até 31 de Dezembro de 2014, estes rendimentos eram enquadrados e sujeitos a tributação enquanto rendimentos de capitais – Categoria E do IRS), concorrendo para o saldo anual entre as mais e as menos-valias, o qual, se positivo, se encontra sujeito a tributação à taxa especial de 28%, sem prejuízo do seu englobamento por opção dos titulares, sujeitos passivos de IRS, residentes em território português.

Caso o saldo anual entre as mais e as menos-valias seja positivo, e a opção pelo englobamento seja exercida, a taxa de tributação efectiva depende do escalão de tributação a que o titular dos rendimentos se encontre sujeito. Caso o saldo anual entre as mais e as menos-valias seja negativo, a opção pelo englobamento permite a dedução desse saldo aos saldos positivos que sejam apurados nos 5 anos seguintes com rendimentos da mesma natureza (de acordo com o regime fiscal anterior, em vigor até 31 de Dezembro de 2014, a possibilidade de dedução encontrava-se apenas disponível nos 2 anos seguintes).

A principal alteração do novo regime fiscal sobre os FI diz respeito à classificação dos rendimentos provenientes do resgate de unidades de participação (UP) dos FI, sendo que os mesmos passam a ser integrados no âmbito da categoria G (mais-valias), deixando de estar incluídos no âmbito da categoria E (rendimentos de capitais). Os principais objetivos desta alteração fiscal são, por um lado, ajustar a classificação de tais rendimentos à natureza dos mesmos e, por outro lado, permitir que os resultados negativos (as menos-valias), apurados pelos investidores aquando do resgate de UP dos FI, passem a ser dedutíveis nos resultados positivos (as mais-valias) provenientes de resgates de UP de um qualquer FI estrangeiro e não de um FI nacional, dado que para nestes últimos é feita a retenção na fonte com a taxa liberatória de 28%, aquando do resgate das UP dos FI nacionais, pelo que estes resultados dos resgates dos FI nacionais não têm que ser declarados em sede de IRS no ano seguinte, ao contrário dos FI estangeiros, mas têm contudo um contra muito grave que é o facto das menos-valias não serem dedutíveis nas mais-valias, a menos que se opte pelo englobamento do IRS, sendo esta a grande desvantagem dos FI nacionais relativamente aos FI estrangeiros.

Quanto aos rendimentos distribuídos por FI (semelhantes aos dividendos pagos por sociedades), tais rendimentos continuam a ser classificados, como no regime fiscal anterior, em rendimentos da categoria E (rendimentos de capitais), e o saldo entre as mais e as menos-valias (nos FI estrangeiros) é para ser preenchido no anexo da categoria G (mais-valias) da Declaração do IRS no ano seguinte.

O Dec. Lei nº 7/2015 de 13 de janeiro relativo aos FI nacionais, que entrou em vigor no passado dia 1 de julho, veio criar uma situação sui generis, pois introduz um tratamento fiscal nos resgates dos FI nacionais diferente dos FI internacionais, ao impôr uma obrigatoriedade da retenção na fonte, no momento do resgate dos FI nacionais, dos possíveis resultados positivos (sem prejuízo destes poderem ser classificados como mais-valias). Salvo opção por englobamento, esta situação fará com que as valias dos resgates de FI nacionais não possam ser compensadas com as valias de outras classes de ativos à semelhança do que acontece nos FI internacionais.

A reforma do IRS veio definir uma reestruturação das normas de incidência das categorias E e G, passando a ser tributados como mais-valias os rendimentos obtidos com o resgate de UP, podendo ser compensadas com as valias de outras classes de ativos. No entanto, tendo em atenção o disposto no referido Dec. Lei nº 7/2015 de 13 de janeiro, não existe uma total equiparação das valias obtidas no resgate de FI nacionais com outros valores mobiliários como são as ações, as obrigações dos FI internacionais.
Uma possivel razão para esta decisão, poderá ser a necessidade de manutenção dos níveis de receita fiscal do Estado Português, que serão imediatos aquando da retenção na fonte com a taxa liberatória de 28%, e, desse modo, a receita fiscal não será desfasada no tempo para o ano seguinte ou até para um máximo de 5 anos, caso haja trânsito das menos-valias poderem ser dedutíveis nas mais-valias até aos 5 anos seguintes, no caso de se optar pelo englobamento do IRS.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock

Em vez de seguires o mercado, faz com que ele te siga a ti. - BedRock
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 10/7/2015 8:53

O3 Escreveu:
bucks Escreveu:http://economico.sapo.pt/noticias/espanha-e-a-economia-desenvolvida-que-mais-brilha-em-2015_223266.html

O que dizia eu em relação aos ibéricos? Já falava nisto à pelo menos 2 anos... Arriba!!! E como previa acima da Itália.

:D :D :D


Amigo bucks,
O que eu precisava era que tu acertasses na previsão do mercado chinês para os próximos 1-3 meses, pois eu nos últimos 3 meses já saí e reentrei 4 vezes na China, sendo que as últimas mudanças foi ter reentrado há 1 semana, pensando eu que podia haver um rebound no mercado acionista chinês depois de um período prolongado de uma forte correção, só que, com a ajuda da Grécia, em vez de haver um ressalto houve sim um louco afundanço devido a um louco sell-off, e então eu resgatei na 3ª feira passada e hoje reentrei novamente mas com mais dinheiro e amanhã vou assinar a duplicação da conta margem do empréstimo, com um custo total anual inferior a 3%, pois pode ser que à 2ª acerte dado que a China tomou medidas contra o shortar malicioso e proibiu aos investidores qualificados, com uma detenção acionista de >= 5%, de poderem venderem as ações detidas nos próximos 6 meses, de suspender temporariamente da negociação bolsista uma grande quantidades de empresas das 2 bolsas continentais (A shares) que estavam de algum modo com manipulação bolsista ou com negociação anormal, para além de outras medidas que as entidades chinesas implementaram para contrariar o sell-off de pânico irracional, e desse modo desviei cerca de 50% do dinheiro que tenho num outro fundo para reentrar hoje na China e espero reforçar amanhã ou 2ª feira com a 2ª alavancagem desde que acerte à 2ª na previsão de rebound da China, pois acredito que este fim-de-semana se solucione o problema pendente da Grécia com um 3º resgate, uma vez que um não acordo iria causar mais estragos na Europa e contaminar as ações dos EUA e globais, sendo que a Alemanha, como o principal credor, seria o país mais prejudicado com um não acordo.

A brincadeira da manipulação indireta dos mercados, com a ajuda da Grécia, tem limites e estou convencido que esse limite pode ser neste fim-de semana, dado que o recente sell-off intenso chinês assustou os grandes investidores e até os manipuladores dos mercados com as recentes medidas chinesas anti-manipulação. Se me enganar pela 2ª vez na China, que se lixe ... pelo menos tentei responder ... e a 2ª alavancagem vai para outro lado.

Um abraço.


Pode ser que com maior regulação pelo Estado Chinês corra melhor, pois a China se cai, nem quero pensar...
Mas penso que com o tempo essa regulamentação aumentará, até estabilizar. É algo muito recente numa bolsa recente por assim dizer...
Mas continuo a afirmar, se a Europa crescer (que terá de acontecer) será a Espanha a crescer a meu ver, com maior intensidade...
É uma ideia pessoal...
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Re: Fundos à la carte

por O3 » 10/7/2015 0:19

bucks Escreveu:http://economico.sapo.pt/noticias/espanha-e-a-economia-desenvolvida-que-mais-brilha-em-2015_223266.html

O que dizia eu em relação aos ibéricos? Já falava nisto à pelo menos 2 anos... Arriba!!! E como previa acima da Itália.

:D :D :D


Amigo bucks,
O que eu precisava era que tu acertasses na previsão do mercado chinês para os próximos 1-3 meses, pois eu nos últimos 3 meses já saí e reentrei 4 vezes na China, sendo que as últimas mudanças foi ter reentrado há 1 semana, pensando eu que podia haver um rebound no mercado acionista chinês depois de um período prolongado de uma forte correção, só que, com a ajuda da Grécia, em vez de haver um ressalto houve sim um louco afundanço devido a um louco sell-off, e então eu resgatei na 3ª feira passada e hoje reentrei novamente mas com mais dinheiro e amanhã vou assinar a duplicação da conta margem do empréstimo, com um custo total anual inferior a 3%, pois pode ser que à 2ª acerte dado que a China tomou medidas contra o shortar malicioso e proibiu aos investidores qualificados, com uma detenção acionista de >= 5%, de poderem venderem as ações detidas nos próximos 6 meses, de suspender temporariamente da negociação bolsista uma grande quantidades de empresas das 2 bolsas continentais (A shares) que estavam de algum modo com manipulação bolsista ou com negociação anormal, para além de outras medidas que as entidades chinesas implementaram para contrariar o sell-off de pânico irracional, e desse modo desviei cerca de 50% do dinheiro que tenho num outro fundo para reentrar hoje na China e espero reforçar amanhã ou 2ª feira com a 2ª alavancagem desde que acerte à 2ª na previsão de rebound da China, pois acredito que este fim-de-semana se solucione o problema pendente da Grécia com um 3º resgate, uma vez que um não acordo iria causar mais estragos na Europa e contaminar as ações dos EUA e globais, sendo que a Alemanha, como o principal credor, seria o país mais prejudicado com um não acordo.

A brincadeira da manipulação indireta dos mercados, com a ajuda da Grécia, tem limites e estou convencido que esse limite pode ser neste fim-de semana, dado que o recente sell-off intenso chinês assustou os grandes investidores e até os manipuladores dos mercados com as recentes medidas chinesas anti-manipulação. Se me enganar pela 2ª vez na China, que se lixe ... pelo menos tentei responder ... e a 2ª alavancagem vai para outro lado.

Um abraço.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock

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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 9/7/2015 18:47

http://economico.sapo.pt/noticias/espan ... 23266.html

O que dizia eu em relação aos ibéricos? Já falava nisto à pelo menos 2 anos... Arriba!!! E como previa acima da Itália.

:D :D :D
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Re: Fundos à la carte

por Garfield » 9/7/2015 16:18

Boas

Tentando contribuir de forma positiva publico aqui a referida Circular 6/2015 da AT com o seu entendimento das novas regras fiscas no investimento em fundos :

http://info.portaldasfinancas.gov.pt/NR/rdonlyres/2891A2DE-0ABE-4535-942B-C75C99981287/0/Circular_6_2015.pdf

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Re: Fundos à la carte

por Garfield » 9/7/2015 16:09

Boas,

Numa primeira leitura sobre as alterações fiscais dos fundos de investimento e analisando apenas os movimentos posteriores a 1 de Julho parece estar assegurado que apenas são tributados os ganhos, embora com a aplicação de uma retenção na fonte de 28%. Ou seja o imposto fica logo do lado do Estado.

Mas a meu ver colocam-se agora algumas dúvidas que não vi ainda esclarecidas em nenhum artigo da comunicação social nem na Circular 6/2015 da própria AT :

o apuramento dos ganhos a tributar terão de ser calculados numa perspectiva de FIFO para que possa ser aplicada a respectiva retenção mas então e se eu no mesmo ano movimentar o mesmo fundo, ou até fundos diferentes, tendo ganhos numa ocasião e perdas noutra, como iremos "compensar" os ganhos com as perdas?
será no anexo G da Modelo 3 com obrigatoriedade de optar pelo englobamento?
e no caso de fundos diferentes confirma-se que se poderá reportar as perdas de outros fundos para os 2 anos seguintes desde que se solicite o englobamento?

Espero que possa ocorrer um debate aprofundador das alterações fiscais para que nenhum de nós seja apanhado desprevenido ou prejudicado fiscalmente por desconhecimento das novas regras e do entendimento das mesmas por parte da AT.


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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 9/7/2015 8:59

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Re: Fundos à la carte

por rp28592 » 8/7/2015 23:38

Rick Lusitano (New) Escreveu:
bucks Escreveu:O Greater China tinha 20% YTD, ontem 13% e hoje desceu aos 8%. E ainda se preocupam com a Grécia, uma formiga... Vejam como abanou o Mundo e fecharam as bolsas americanas por umas horas (de falha técnica, será)... :roll: :!:

http://www.jornaldenegocios.pt/mercados ... grega.html


Sempre atento. :wink:

E de acrescentar que o site do Wall Street Journal e da United Airlines ficaram em baixo também. Com a agravante de dezenas de voos da United que ficaram parados em terra até se resolver a "falha técnica". Por cada minuto de chão paga-se milhares de USD.

Mas não foi um acto deliberado de terceiros, segundo as autoridades dos EUA. :-k Se for, também não iriam relevar que estes sistemas informáticos vitais para a economia dos EUA, são vulneráveis a ataques. :twisted:
Se há uma coisa que eu aprendi até hoje em termos de sistemas informáticos com interligação ao "Mundo Exterior" é que tudo é vulnerável, basta descobrir a "vulnerabilidade"... :roll:

Se o homem faz, o homem consegue "desfazer"/entrar...
 
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 8/7/2015 22:47

Rick Lusitano (New) Escreveu:
bucks Escreveu:O Greater China tinha 20% YTD, ontem 13% e hoje desceu aos 8%. E ainda se preocupam com a Grécia, uma formiga... Vejam como abanou o Mundo e fecharam as bolsas americanas por umas horas (de falha técnica, será)... :roll: :!:

http://www.jornaldenegocios.pt/mercados ... grega.html


Sempre atento. :wink:

E de acrescentar que o site do Wall Street Journal e da United Airlines ficaram em baixo também. Com a agravante de dezenas de voos da United que ficaram parados em terra até se resolver a "falha técnica". Por cada minuto de chão paga-se milhares de USD.

Mas não foi um acto deliberado de terceiros, segundo as autoridades dos EUA. :-k Se for, também não iriam relevar que estes sistemas informáticos vitais para a economia dos EUA, são vulneráveis a ataques. :twist

Agora a minha versão conspiratória, não seria digamos a FED ou outra entidade (por detrás dela), a deitarem abaixo as bolsas dos EUA como falha técnica para deter uma eventual bolha chinesa? Uma completa guerra financeira... :-k
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Re: Fundos à la carte

por Rick Lusitano » 8/7/2015 22:27

bucks Escreveu:O Greater China tinha 20% YTD, ontem 13% e hoje desceu aos 8%. E ainda se preocupam com a Grécia, uma formiga... Vejam como abanou o Mundo e fecharam as bolsas americanas por umas horas (de falha técnica, será)... :roll: :!:

http://www.jornaldenegocios.pt/mercados ... grega.html


Sempre atento. :wink:

E de acrescentar que o site do Wall Street Journal e da United Airlines ficaram em baixo também. Com a agravante de dezenas de voos da United que ficaram parados em terra até se resolver a "falha técnica". Por cada minuto de chão paga-se milhares de USD.

Mas não foi um acto deliberado de terceiros, segundo as autoridades dos EUA. :-k Se for, também não iriam relevar que estes sistemas informáticos vitais para a economia dos EUA, são vulneráveis a ataques. :twisted:
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 8/7/2015 22:15

O Greater China tinha 20% YTD, ontem 13% e hoje desceu aos 8%. E ainda se preocupam com a Grécia, uma formiga... Vejam como abanou o Mundo e fecharam as bolsas americanas por umas horas (de falha técnica, será)... :roll: :!:

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