Agências de viagens acusam Bruxelas de ceder a lobby das companhias aéreas

[Chavaska]

Como conclusão desta novela da Crise Grega eu diria muito simplesmente que houve um Tempo (demasiado longo) em que o Varoufakis mandou nas politicas de negociação com os credores, sobrepondo-se totalmente ao Tsipras.
E agora, existe um período pós Varoufakis, em que quem manda é o brando do Tsipras.

Apenas estes factos determinaram todo o historial desta história.

[Limonov]

O texto tem um enquadramento que se perde numa simples citação. O autor não ganha nada em espicaçar o povo chamando-lhe besta porque o povo da altura não o lia, mas acho excessivo considerar que se trata de uma ofensa ou um desprezo. Eu sou do povo e não me senti ofendido

Em relação à "vox populi" de que falas, não há políticos com discurso 100% honesto, ser 100% honesto no discurso politico é ser parvo, e ser parvo não dá grande futuro. Temos de ter em consideração que os "bons" oradores tem o hábito de se colocar ao nível da sua plateia, dessa forma a plateia julga que é tão esperta como o orador, e gera-se uma simpatia que pode levar ao voto

Já chega, saudinha, desculpa lá qualquer coisinha e vive la Grèce

Abraço e bom fim de semana,

Limonov




Não é assim que intrepreto aquele texto. O autor parecia irritado com o povo, que não reage contra os governantes como "devia" (na opinião do autor).
É uma questão relacionada com certas argumentações que por vezes ouço a certos (muitos) políticos, que começam assim: "Os portugueses sabem..." ou "Os portugueses não se deixam enganar..." ou outras variações do género, projectando abusivamente a sua opinião individual na opinão colectiva. Isso para mim é logo cartão vermelho oratório, quando alguém se arroga a ser a vox populi...

Mas pronto, isto é OT.

E realmente fui muito lisonjeiro para o BE [/quote]

[nuuuuno]

épah...a ser verdade, para que foi o referendo? isto vai passar na grecia? ou é mais 1 acordo para daki a 1 ano estarmos a ver que nada foi feito? os que votaram NAO, votaram NAO a quê?...os gregos nao vao aceitar este acordo e o tsipras vai car e vamos voltar ao mesmo

[JohnyRobaz]

"9m ago
10:50

So, what has Alexis Tsipras got for five months of deadlock, angst and the lockdown of his banking sector?
Well, he’s managed to get EU officials to take a hard look at Greece’s debt mountain, and consider measures to make them sustainable.
And although debt relief would probably have been discussed eventually, the crisis has “smoked out” the IMF and the US Treasury to demand debt relief for Greece."

Para além disto:

Ian Traynor
✔ ‎@traynorbrussels
#greece but if it works, @atsipras done well - parlayed 5months lifeline into 3-year 53 bn for same concessions #niceone

Veremos o desfecho no domingo e depois logo retiro conclusões próprias, mas continuo a achar a política europeia ganhou com a atitude política de Tsipras.

[JohnyRobaz]

http://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/uniao_europeia/zona_euro/detalhe/tsipras_cede_nas_pensoes_e_no_iva_mas_nao_nas_despesas_militares.html

" Nas despesas militares, Atenas propõe, porém, cortes de 100 milhões de euros neste ano e de 200 milhões no seguinte, quando a troika quer poupanças de 400 milhões. "

OXI, oxi, oxi..... perdão Tsipras, tsipras, tsipras

A ser verdade (teoria do zig-zag), Johny + jc, parabéns pela defesa acérrima do syriza

será que vieram pedir explicações cá ao nosso burgo sobre submarinos e pandur

O Povo é que mais ordena

Com tanto smile e bocas para o ar ainda não percebi o que tencionas transmitir... Os cortes na defesa que tanto achavas impossível com um ministro de extrema-direita na defesa aí estão. Não são o que a troika queria? Pois não, mas nem tudo tem que ser como a troika quer..

[Jtx]

" Os restaurantes passarão a cobrar IVA de 23%, em vez dos actuais 13%, sendo esta a taxa aplicada também aos transportes e tratamento de esgotos. Os hotéis passam de uma taxa de 6,5% para 13%. "

Até agora eram só mordomias. Vida boa!
E por que raio não metem o Iva a 23% nos hotéis?.
Ah já sei. É para captar turismo.
E nós??

O nosso é 6%..
Mas as medidas para a Grecia para portugal não têm de ser iguais...

Nos levamos um corte grande, já os gregos tem vindo a levar cortes atras de cortes, mas os gregos também tinham e viviam bem melhor que nós, e talvez ainda tenham mais que nós, a nível de direitos salários e pensões!

Qualquer corte é mau, eu vejo os cortes da seguinte forma genérica " um português em media que tinha poder de 1000 ficou com 800 é, os gregos perderem de 1500 para 100! "

[zecatreca_1]

" Os restaurantes passarão a cobrar IVA de 23%, em vez dos actuais 13%, sendo esta a taxa aplicada também aos transportes e tratamento de esgotos. Os hotéis passam de uma taxa de 6,5% para 13%. "

Até agora eram só mordomias. Vida boa!
E por que raio não metem o Iva a 23% nos hotéis?.
Ah já sei. É para captar turismo.
E nós??

[richardj]

http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... mento.html

ai está o lavar da face.

Concluindo, pareceu-me que as "negociações duras" foram contraproducentes para a grecia. Dizem também os especialistas em negociações que quando tens a mão mais fraca não deves seguir esse caminho. Senão vejamos:

-> No final os gregos vão ter mais austeridade do que inicialmente acordado.

-> Eventualmente com um discurso menos incendiário e mais pragmático, teria sido possível inspirar confiança no EU e ter medidas "mais simpáticas" numa negociação mais consensual.

-> Esta opção das negociações duras, levaram a 5 meses em que a economia grega, que até tinha fechado 2014 positiva depois de 5 anos de recessão, se fossem.

-> O superavit de 1% foi-se.

-> As reservas monetárias dos hospitais, escolas e camaras foi-se.

-> Devido à estratégia seguida, em ordem para ter mais "força negocial", foi feito um referendo, que poderia ter sido feito muito bem 1 mes antes.

-> Como esse referendo foi feito já para dos prazos num movimento de "empurrar com a barriga para a frente", a grecia entrou em defaul ao fmi, o que poderia ter sido evitado. Este evento, é mau para a confiança dos investidores/ credores da grecia. Um pais que precisa urgentemente de capital e investimento não se pode dar ao luxo de fazer isto.

-> Em consequência disto, e também das chamadas "negociações duras", os gregos, desde janeiro, levantaram mais de 30 mil milhões dos bancos, um movimento que já vinha de trás, mas que se acentuou, conforme apresentado em anexo. Este facto conduziu à necessidade de controlo de capitais na grecia, que já dura 2 semanas e tem impactos brutais ao nível económico e social. Este evento poderia ter sido evitado se a grecia tivesse chegado mais cedo a um acordo, e não andado a discutir durante 1 mês como é que se devia chamar a troika. É também responsabilidade do governo a incapacidade de transmitir confiança no povo no seu sistema bancário. Note-se que foram os gregos que rebentaram com o seu próprio sistema. Estavam a contar com o BCE ad eternum mas isso não existe, e depois do default ao fmi e 90 mil milhões fornecidos, a brincadeira parou.


Assim, concluindo, os gregos demoraram 5 anos para conseguir chegar ao superavit e ao "crescimento" da economia (depois de muitas quedas sim, mas é necessário o ajustamento das contas para poder ter um crescimento sustentável, que não seja baseado em economia de divida para consumo.

[soso]

http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... tares.html

" Nas despesas militares, Atenas propõe, porém, cortes de 100 milhões de euros neste ano e de 200 milhões no seguinte, quando a troika quer poupanças de 400 milhões. "

OXI, oxi, oxi..... perdão Tsipras, tsipras, tsipras

A ser verdade (teoria do zig-zag), Johny + jc, parabéns pela defesa acérrima do syriza

será que vieram pedir explicações cá ao nosso burgo sobre submarinos e pandur

O Povo é que mais ordena

[JohnyRobaz]

Mas melhor do que ter razão (há por aí 2 ou 3 foristas meus "amigos" que devem estar com um melão ), é ganhar dinheiro com isso .

Pois, há quem se esforce por acrescentar algo a este fórum.... e a referência era bastante precisa (qt à lenga-lenga demagógica, vou começar a fazer scroll) .

Ainda não percebi o que estás a "festejar" nem em que é que tens razão (suponho que essa do melão era para mim e para o jcgold, mas nem directo sabes ser).
Não sei o que é que tu acrescentas mais que os outros a este fórum, mas vá, de facto para ti atacares os outros deve ser um enorme acrescento.
Quanto a ganhar dinheiro com isto, foi bom para quem como eu, abriu anteontem e fechou hoje de manhã, já deu para sacar algum, mas poderá dar para sacar mais (ou não..). Cada um com a sua estratégia.

[Optimiza]

O Acordo Grego este domingo reabre perspectivas não só para a retoma da economia Grega como para o Bull Market na eurozona.

Os níveis de austeridade passados, e agora reforçados, vão contudo ser mitigados não só pela envolvente macro como pelo QE do BCE que deverá passar a poder intervir sobre as bonds gregas (graças às cedências em toda a linha pelo Syriza)
http://www.tovima.gr/en/article/?aid=721094 (artigo do site que "descobri" graças a este tópico e ao Raposo tavares)

Austeridade na Grécia vs Portugal.jpg (42.78 KiB) Visualizado 4942 vezes

Se isto correr bem, o ìndice grego torna-se a Fénix da Europa, quando reabrir na próxima semana - vejam para já, o impacto do hipotético renascimento nos ADR's NYSE.

NBG 22% de subida ontem nos ADRs.png (38.9 KiB) Visualizado 4942 vezes

[fff]

Surpreendeu-me esta atitude dos radicais de esquerda que não aceitavam nada e tudo era intransponivel.

A demagogia e muito bonita mas não poe comida na mesa.

Parece-me que com o TSIPRAS a entregar tudo ( ate mais do que era pedido 8B para 13B) , a europa vai ter dificuldade em recusar e deixar o pais na miseria, politicamente seria indefensavel .

Enquanto andavam a brincar e fazer joguinhos era facil não aceitar nada pela parte da UE, assim é mais complicado politicamente.

Se existir acordo deixam de existir obstaculos a uma recuperação dos indices ate um nivel superior.

Ontem e hoje já fiz algumas entradas mas com uma pequena parte do capital. Se o acordo se concretizar ainda se devem fazer boas mais-valias, senão activa-se o stop-loss.

EDIT : O Djosselblom afirma que amanhã pode já haver uma decisão no eurogrupo relativamente á grecia e como se afirma que a França terá ajudado a construir a proposta , o panorama começa a ficar mais positivo. Vamos ver se se concretiza no fim de semana

[Dr Tretas]

Desprezar o povo só porque evidencia sem rodeios a maneira como este é tratado por quem tem o poder? É melhor não matar o arauto, penso eu.

Não é assim que intrepreto aquele texto. O autor parecia irritado com o povo, que não reage contra os governantes como "devia" (na opinião do autor).
É uma questão relacionada com certas argumentações que por vezes ouço a certos (muitos) políticos, que começam assim: "Os portugueses sabem..." ou "Os portugueses não se deixam enganar..." ou outras variações do género, projectando abusivamente a sua opinião individual na opinão colectiva. Isso para mim é logo cartão vermelho oratório, quando alguém se arroga a ser a vox populi...

Mas pronto, isto é OT.

E realmente fui muito lisonjeiro para o BE

[Dom_Quixote]

Os vencidos da vida comparados ao BE? isso queria o BE

[jevang2]

Uma ideia tonta. Imaginemos que por qualquer motivo o governo grego cai ou demite-se. Os motivos podem ser múltiplos (do meu ângulo de visão)!

O Sr Tsipras, possivelmente ficaria sem espaço politico (credibilidade) para se recandidatar a primeiro ministro, e é aqui que pretendia chegar, aparece o Sr Varoufakis que até preferia cortar um braço em vez de assinar o acordo com os mausões europeus.

A ideia tonta é esta, estará o syriza a resguardar Varoufakis para o apresentar como próximo candidato a primeiro ministro? Porque este (Tsipras) está (aparentemente) a fazer o oposto ao proposto nas legislativas e agora no referendo. Ou estou a ver mal?

[Limonov]

O que é que não era bem assim? a época? sim, mas só queria mostrar que andamos metidos na ***** há anos, mais nada.
A tua explicação para não haver ondas é correta, mas termina quando a balança começa a pender para o lado dos que já não tem nada (ou muito pouco) a perder, que no caso da Grécia devem ser mais ou menos 61%...
Desprezar o povo só porque evidencia sem rodeios a maneira como este é tratado por quem tem o poder? É melhor não matar o arauto, penso eu.

Os vencidos da vida comparados ao BE? isso queria o BE

Abraço,

Limonov

PS: Eu gostava de ter um Homem em vez de um cão como Primeiro Ministro, o cão é fiel, mas não aos outros cães.


Só que não era bem assim, passados poucos anos caiu o regime (monarquia). E houve um perdão de dívida pelos credores, a famosa dívida com maturidade de 99 anos (e alguma perpétua!) que só acabou de ser paga recentemente. E segiu-se a 1ª república e as suas mini-revoluções semanais.

Queres que te explique porque é que hoje em dia não há ondas? É simples, apesar de toda a gente se queixar, a verdade é que as pessoas sabem bem que têm muito mais a perder com a instabilidade que seria criada se começassem a mostrar dentes e dar coices (nota-se o desprezo do autor pelo povo, ao compará-lo a bestas de carga - típico de certos intelectuais. Quer-me parecer que os "vencidos da vida" eram o BE da época).[/quote]

[soso]

O executivo de Tsipras deu “luz verde” ao programa de consolidação e de reformas que a troika terá agora de avaliar.
Números não oficiais apontam para 12 mil milhões de austeridade a troco de 50 mil milhões de empréstimos.

Um aperto fortíssimo.

http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... stimo.html

A ser verdade, temos Samaras , perdão.. temos OXI... perdão, temos Tsipras

E daqui a uns tempos, voltamos a 2012 com reestruturações

[Dr Tretas]

Pois é Pata e Quixote, ora vejam lá se não podia ter sido escrito ontem à noite:

Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai;

Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao roubo, donde provem que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro. Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País.

A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.

Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar.

Guerra Junqueiro, in 'Pátria (1896)'

Abraço,

Limonov

Só que não era bem assim, passados poucos anos caiu o regime (monarquia). E houve um perdão de dívida pelos credores, a famosa dívida com maturidade de 99 anos (e alguma perpétua!) que só acabou de ser paga recentemente. E segiu-se a 1ª república e as suas mini-revoluções semanais.

Queres que te explique porque é que hoje em dia não há ondas? É simples, apesar de toda a gente se queixar, a verdade é que as pessoas sabem bem que têm muito mais a perder com a instabilidade que seria criada se começassem a mostrar dentes e dar coices (nota-se o desprezo do autor pelo povo, ao compará-lo a bestas de carga - típico de certos intelectuais. Quer-me parecer que os "vencidos da vida" eram o BE da época).

[soso]

No dia 8 de Julho do presente ano, e na página 135 deste tópico coloquei o seguinte post:

"Artista, já tinha colocado o link; a resposta é fácil, e foi a que o Activo forneceu!

Lembrar-te-às com certeza, de quando, fruto da irresponsabilidade de 6 anos de governação do 44, já era uma inevitabilidade, Portugal necessitar de ajuda externa, ainda andava o 44 atrás dos bancos para comprarem desmesuradamente dívida pública.... e tínha-os quase todos na mão : CGD (Vara), BCP, BES.. só o BPI é que ia mandando uns bitaites....

É tudo a mesma tralha ."



Notícias de hoje :

http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... rques.html

O que é que tem a ver com a Grécia?

Foi por estas e por outras, tiradas a papel químico, que ambos os países foram intervencionados

Mas melhor do que ter razão (há por aí 2 ou 3 foristas meus "amigos" que devem estar com um melão ), é ganhar dinheiro com isso .

Pois, há quem se esforce por acrescentar algo a este fórum.... e a referência era bastante precisa (qt à lenga-lenga demagógica, vou começar a fazer scroll) .

[Limonov]

Pois é Pata e Quixote, ora vejam lá se não podia ter sido escrito ontem à noite:

Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai;

Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao roubo, donde provem que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro. Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País.

A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.

Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar.

Guerra Junqueiro, in 'Pátria (1896)'

Abraço,

Limonov

[Dr Tretas]

Estas propostas parecem-me demasiado vagas para serem aceitáveis pelos países da UE. Quanto ao que diz o Schäulbe, sobre os contribuintes europeus não poderem entrar num haircut, isso implica que a dívida externa irá ser considerada senior relativamente à detida internamente (se bem que seja pouca). Ou seja, as poupanças dos gregos nos bancos é que teriam que financiar o haircut, via bail-in: haircut da dívida detida pelos bancos gregos => falência dos bancos gregos => bail-in com dinheiro dos depósitos.
Uma coisa destas certamente será inaceitável para os gregos. Logos, com bases negociais inaceitáveis para ambas as partes, não vai haver acordo nenhum. Como sempre...

[soso]

Pata, a ser verdade, que esta rapaziada é mestre no zig-zag, é muito, mas muito mais à frente

"....Tsipras cede nas pensões e no IVA mas não nas despesas militares..."

de onde é que já ouvi conversas semelhantes..... submarinos, pandur....

Tsipras, és um bom samaritano e defensor do povo oprimido

a ser verdade, volto a frizar

http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... tares.html

[Dom_Quixote]

Já viram o draft das propostas? sou só eu, estarei a ver mal ou nós continuamos com impostos mais altos em quase tudo?

Não, não deves estar a ver mal. Como sabes os excepcionalmente bem comportados recebem prémios. O nosso é: esmifrados até ao tutano!

[Pata-Hari]

Já viram o draft das propostas? sou só eu, estarei a ver mal ou nós continuamos com impostos mais altos em quase tudo?

Tsipras cede nas pensões e no IVA mas não nas despesas militares
10 Julho 2015, 00:52 por Eva Gaspar | egaspar@negocios.pt, Alexandra Machado | amachado@negocios.pt

A proposta enviada a Bruxelas ainda é vaga na linguagem, mas oferece cedências nas pensões e nas taxas do IVA, incluindo a possibilidade de abolição progressiva da redução aplicada nas ilhas. Já nas despesas militares, Atenas quer metade dos cortes exigidos pela troika. Em troca deste pacote de austeridade, pede "pelo menos" 53,5 mil milhões de euros de novos empréstimos aos parceiros do euro.
O pacote de austeridade proposto pelo governo grego à Zona Euro contempla medidas mais duras do que as anteriormente propostas por Alexis Tsipras e mais em linha com o acordo sugerido pela troika que foi chumbado pelos gregos em referendo.

A última proposta grega ainda continua muito vaga, com várias intenções de reforma a serem explicitadas sem calendário nem quantificação precisos, designadamente quanto ao fim dos privilégios fiscais dos armadores. Mas em vários pontos oferece convergência face ao que era pedido pelos credores. É o caso dos cortes nas despesas com pensões e do agravamento das taxas de IVA, com Atenas a admitir agora a abolição progressiva (a começar em Outubro deste ano com vista a ser concluída no final de 2016) da redução de 30% das taxas de imposto aplicadas nas ilhas. A abolição deste desconto do IVA nas ilhas vem acompanhada de alguns "mas": as mais remotas ficam isentas, e o agravamento fiscal nas demais fica dependente de medidas que possam compensar esse efeito junto da população local. Os restaurantes passarão a cobrar IVA de 23%, em vez dos actuais 13%, sendo esta a taxa aplicada também aos transportes e tratamento de esgotos. Os hotéis passam de uma taxa de 6,5% para 13%. Na taxa mínima de 6% ficam medicamentos, livros e teatro. Tudo em linha com o já proposto pela troika.

Também a taxa de IRC surge com um aumento menos acentuado - de 26% para 28% em 2016, como era aceite pela troika, mas Atenas admite um agravamento para 29% se a receita fiscal derrapar, circunstância que poderá levar também a um aumento das taxas de imposto sobre as famílias (de 11% para 15% para rendimentos inferiores a 12 mil euros, e de 33% para 35% para rendimentos superiores).

Nas despesas militares, Atenas propõe, porém, cortes de 100 milhões de euros neste ano e de 200 milhões no seguinte, quando a troika quer poupanças de 400 milhões.

Nas pensões, as novas propostas de Atenas também se aproximam das dos credores, antecipando em três anos, para 2022, a conclusão do processo de aumento da idade legal da reforma para os 67 anos. O governo grego promete iniciar desde já esse processo, legislando nesse sentido ainda neste mês, com o objectivo de poupar em 2015 o equivalente a até 0,5% do PIB em pensões, valor que sobe para 1% em 2016. De novo em linha com o exigido pela troika, preve-se que as contribuições dos pensionistas para o sistema de saúde subam de 4% para 6% "em média", e que também as pensões complementares fiquem sujeitas a esses descontos.

Quanto à função pública, prevê-se a criação de um quadro de mobilidade no último trimestre deste ano. A massa salarial terá de ser reduzida até 2019 (não se quantifica), tendo salários e efectivos de ser ajustados a essa meta. Com data surge a redução dos suplementos salariais: Janeiro de 2016.

Ao invés dos privilégios fiscais dos armadores, que se escreve deverem ser abolidos mas sem referir quando, o documento diz que em 2017 será iniciado o processo de eliminação dos benefícios aos agricultores. Em 2016, terminarão os subsídios ao gasóleo agrícola.

Nas privatizações, o governo de Tsipras admite avançar com todas as que estão em curso e as que estão previstas, e não mexer nos respectivos cadernos de encargo. Admitem agora também avançar com a privatização da rede eléctrica (ADMIE), como pretende a troika, mas acrescentam que poderão apresentar uma alternativa "com resultados equivalentes em termos de concorrência" até Outubro deste ano.

Em troca deste pacote de austeridade, Atenas pede "pelo menos" 53,5 mil milhões de euros de novos empréstimos aos parceiros do euro. Mantém o compromisso de apresentar excedentes orçamentais primários (receitas superiores às despesas, excluindo o serviço da dívida) equivalentes a 1%, 2%, 3% e 3,5% do PIB para os anos compreendidos entre 2015 e 2018. Entre subida de impostos e cortes nas despesas, este pacote de austeridade rondará os 12 mil milhões de euros, segundo avança a imprensa grega. "É o pacote de austeridade mais punitivo que alguma vez um governo teve de implementar durante os cinco anos de crise económica na Grécia", escreve a correspondente do The Guardian.

O que se segue?

Este pacote terá agora de ser avaliado pela troika, antes de ser – ou não – aprovado no sábado pelo Eurogrupo e confirmado no domingo pelos líderes do euro, de modo a travar o cenário de saída do euro.

No pedido de empréstimo feito na véspera aos europeus, o novo ministro grego das Finanças, Euclid Tsakalotos, havia prometido legislar já na próxima semana sobre impostos e pensões, dando um passo sem o qual não haverá nenhum tipo de transferência ou garantia da Zona Euro que permita à Grécia honrar os 3,5 mil milhões que deve ao BCE até 20 de Julho, enquanto se concluem as negociações – necessariamente mais demoradas – em torno de um terceiro resgate. E sem repor alguma normalidade com o BCE, os bancos gregos continuarão fechados e o país asfixiado. Segundo as novas previsões de Atenas, citadas por alguma imprensa local, em vez de crescer a economia grega encolherá neste ano 3%.

Empréstimo exige corte na dívida: quem perde?

Tal como o FMI, também as regras do Mecanismo Europeu de Estabilidade exigem que, antes de qualquer empréstimo, se assegure que a dívida do país permanecerá sustentável – ou seja, que há o mínimo de garantias de que será devolvido. Na sequência do pedido grego, essa análise está a ser efectuada pela Comissão Europeia, juntamente com o FMI e BCE.

O ministro alemão das Finanças disse ontem que concorda com Christine Lagarde, directora-geral do FMI. Em face da degradação das condições económicas e financeiras do país, a dívida pública grega precisa de ser cortada para ser sustentável, mas não à custa dos contribuintes europeus, advertiu Wolfgang Schäuble. Falando em Frankfurt ao lado de Michel Sapin, ministro francês das Finanças, numa conferência organizada pelo Bundesbank, Schäuble respondeu que "para que a dívida grega seja sustentável é preciso cortá-la. O FMI está correcto ao dizê-lo". Mas, acrescentou, "não pode haver cortes na dívida oficial [perdão de empréstimos concedidos pelos Estados e garantidos pelos seus contribuintes]".

Mesmo a possibilidade de um novo alargamento dos calendários de amortização da dívida grega "é muito pequena", acrescentou. Ao longo da sua intervenção, o ministro referiu-se ao princípio do "bail-in". Aplicado a Estados, esse princípio poderia passar por um imposto extraordinário sobre a riqueza destinado a abater a dívida do próprio país.

O que foi já feito para aliviar a dívida grega?

A Grécia obteve em 2012 o maior perdão de que há registo, depois de bancos e casas de investimento terem aceite um corte ("hair-cut") de 53,5% no valor nominal dos títulos de dívida que lhes haviam sido vendidos pelo Estado grego.

Os Estados do euro, que emprestaram o essencial dos fundos desde 2010, nunca aceitaram, porém, perdoar dívida em termos nominais, e já ontem Angela Merkel voltou a rejeitar essa hipótese, que é também frontalmente recusada pela generalidade dos países do euro, em particular pelos três do Báltico, Eslováquia e Finlândia.

Já por duas vezes, porém, os parceiros do euro aliviariam as condições de reembolso dos cerca de 200 mil milhões de euros emprestados a Atenas desde 2010 e, em Novembro de 2012, admitiram voltar a fazê-lo uma vez mais se os governos gregos cumprissem os programas de ajustamento acordados – o que deixou agora de ser o caso.

Neste momento, as taxas de juro cobradas à Grécia são praticamente iguais ao preço a que os fundos de resgate do euro (que têm rating máximo) conseguem captar financiamento nos mercados, tendo sido decretado um prazo de carência de dez anos para o pagamento de juros (a Grécia só começará a pagar o primeiro euro aos europeus a partir de 2022), ao mesmo tempo que os prazos de maturidade dos empréstimos foram prolongados para uma média que ronda 30 anos. Trata-se de condições mais favoráveis do que as aplicadas aos demais resgatados do euro, entre os quais Portugal.

(notícia actualizada às 2h00)

[zecatreca_1]

A bolsa grega abre hoje?

Se correr bem, só na segunda feira.