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Caldeirão da Bolsa

Fundos à la carte

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Fundos à la carte

por Rick Lusitano » 8/7/2015 21:13

Será? :-k

Bloomberg/Jornal de Negócios - Grécia pede novo empréstimo europeu e deixa cair perdão de dívida (08 Julho 2015, 12:33)
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/uniao_europeia/zona_euro/detalhe/grecia_propoe_implementacao_de_reformas_fiscais_e_nas_pensoes_na_proxima_semana_se_ajuda_for_concedida.html
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Re: Fundos à la carte

por O3 » 8/7/2015 20:37

As mais-valias cambiais obtidas nos FI’s em moeda estrangeira não são tributáveis.

Um FI dos EUA em euros vai incorporar a valorização/desvalorização cambial diária do EUR face ao USD, uma vez que a negociação bolsista é sempre feita na moeda local (USD no caso) e diariamente no FI em EUR é feita a conversão cambial de USD para EUR e desse modo é incorporada diariamente nesse FI a valorização/desvalorização cambial, logo não é preciso ter um FI dos EUA em USD para se obterem os ganhos cambiais, verificados no último ano, com a valorização do USD face ao EUR, pois um FI em EUR vai também obter essa valorização cambial.

Só que em termos de fiscalidade não é indiferente ter um FI dos EUA em USD ou EUR, pois no caso de termos mais-valias é tributariamente mais vantajoso ter o FI em USD, uma vez que o que é tributável é a mais-valia da UP entre o resgate e a subscrição do FI, logo como o FI dos EUA em USD não incorpora em si mesmo qualquer valorização cambial mas tão somente a valorização/desvalorização da UP, ao contrário do FI dos EUA em EUR que incorpora diariamente essa valorização cambial para além da valorização/desvalorização da UP, então o FI em USD é mais vantajoso fiscalmente no caso de termos mais-valias da UP, pois só se paga ao Estado 28% sobre estas mais-valias da UP e não sobre as mais-valias cambiais, como vou exemplificar a seguir num caso concreto.

A legislação tributária refere que o cálculo das mais-valias de um FI é feito com base na diferença de cotação da UP entre o resgate e a subscrição do FI, logo para o FI em USD, essa diferença da UP é em USD, e a esta diferença vai-se aplicar a taxa de conversão cambial, em vigor à data do resgate, para se transformarem os dólares em euros e desse modo obtermos as mais-valias em EUR, às quais é aplicada a taxa tributária de 28%, sendo este o valor que vamos pagar ao Estado no ano seguinte em sede de IRS (no caso de termos menos-valias, nesse mesmo ano, estas são deduzidas nas mais-valias, pelo que a taxa de 28% é aplicada ao balanço positivo da diferença entre as mais e as menos-valias).

Vamos a um exemplo concreto: vamos considerar um mesmo FI dos EUA, o FI A em USD e o FI B em EUR, a taxa cambial EUR/USD de 1.20 na subscrição e de 1.05 no resgate, e as cotações da UP do FI A de 4.50 USD na subscrição e de 7.35 USD no resgate. Então, aplicando aquelas taxas cambiais aos valores de cotação da UP do FI A, vamos ter as cotações da UP para o FI B em EUR de 3.75 EUR na subscrição (4.50/1.2) e de 7.00 EUR no resgate (7.35/1.05). Assim, o cálculo das mais-valias e do valor a pagar ao Estado para os casos do FI A e do FI B, é o seguinte:

a) O cálculo das mais-valias do FI A em USD e o valor tributado a pagar ao Estado por cada UP, é o seguinte: 7.35 USD – 4.50 USD = 2.85 USD. Agora vai-se aplicar a taxa cambial EUR/USD em vigor à data do resgate, que neste caso é de 1.05, para transformar aqueles dólares das mais-valias em euros, dando 2.71 EUR de mais-valias (2.85/1.05), e a este valor vai-se aplicar a taxa tributária de 28%, dando o valor de 0.76 EUR a pagar ao Estado por cada UP.

b) O cálculo das mais-valias do FI B em EUR e o valor tributado a pagar ao Estado por cada UP, é o seguinte: 7.00 EUR – 3.75 EUR = 3.25 EUR de mais-valias, que multiplicado por 0.28 (28% da taxa tributária) dá um valor de 0.91 EUR a pagar ao Estado por cada UP. Assim, comparando este valor de 0.91 EUR com o de 0.76 EUR do caso anterior, verificamos que no caso do FI B em EUR vamos pagar ao Estado mais 19.74% que o caso do FI A em USD.

Portanto, nós quando investimos num mercado bolsista estrangeiro de um qualquer país, temos que, para além da expectável valorização da UP do FI, ter em atenção a possível vantagem cambial que teremos se houver valorização da moeda estrangeira face ao EUR no trajeto entre a subscrição e o resgate, bem como a vantagem fiscal se detivermos o FI em moeda estrangeira, no caso de termos mais-valias da UP e do cambio.
Editado pela última vez por O3 em 8/7/2015 22:05, num total de 2 vezes.
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 6/7/2015 21:09

FISCALIDADE: NOVAS REGRAS PARA OS FUNDOS NACIONAIS

DATA DA PUBLICAÇÃO: 06JUL2015

Como estava previsto, os fundos sedeados em Portugal têm novas regras fiscais desde dia 1 de julho. No entanto, a equiparação aos fundos internacionais não foi ainda completa.

No início deste ano, fizemos referência às várias alterações legislativas que iriam atingir o tratamento fiscal dos fundos de investimento (ver análise). Uma das principais mudanças dizia respeito aos fundos sedeados em Portugal, cuja tributação deixaria de incidir diretamente sobre o património do fundo e passaria a ocorrer apenas no momento do resgate. É o que acontece desde 1 de julho. Também levantámos algumas reservas sobre o período de transição, o qual deveria salvaguardar o interesse dos participantes evitando situações de dupla tributação. E tal como prevíamos, dada a complexidade do processo, a Autoridade Tributária (AT) divulgou, em meados de junho, um esclarecimento sobre a matéria.

Taxa liberatória de 28%
De acordo com a AT, a partir deste mês, os ganhos obtidos com o resgate de unidades de participação de fundos sedeados em Portugal serão tributados em 28%. A taxa é liberatória e o imposto será retido na fonte pelo banco depositário. Por outras palavras, não terá se preocupar com as implicações no IRS, exceto se optar pelo englobamento.

Em transição
Dado que até 30 de junho, os fundos ainda retiravam os encargos fiscais do seu próprio património, a entidade que retém o imposto irá fazer um ajuste no cálculo da mais-valia. Ou seja, quando resgatar, o rendimento alvo de imposto pode não ser aquele que corresponde à diferença entre o valor de resgate e o de subscrição. Com efeito, de acordo com a AT, o valor de compra a considerar será o divulgado pelo fundo para 30 de junho de 2015 ou o valor da subscrição efetiva se for mais elevado.

E no futuro
Esta mudança fiscal ainda não removeu todas as diferenças, para o participante, entre os fundos sedeados em Portugal e no estrangeiro. Nestes últimos, não há retenção do imposto na fonte sobre a mais-valia. Uma solução mais trabalhosa, dado que é preciso inscrever na declaração de IRS, mas fiscalmente mais favorável pois permite deduzir menos valias de umas operações às mais-valias de outros resgates.

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Re: Fundos à la carte

por O3 » 6/7/2015 14:36

lucia_né Escreveu:Bom dia!
A estratégia continua a mesma, vai ficar para longo prazo 8-)


E se deixares para o muito longo prazo (> 25 anos), então nos FI's acionistas não vais perder capital, podes é arranjar uma resma de nervos sempre que os mercados têm uma correção mais acentuada ou entram em bear market, mas também um mercado acionista sem nervos não é mercado. É preciso apanhar uns choques térmicos, desde que não seja de azoto líquido como o crash de 2008, para depois melhor se saborear um final de tarde de um sunset party qualquer de um verão quente algarvio, com muito gelado a derreter e bebidas frescas, tal é a energia acumulada durante o dia.
Então se nós gostamos deste swing térmico, temos que também saber lidar com o swing dos mercados, especialmente os passivos, porque os ativos podem sempre utilizar a sua grande arma de controlo de perdas: stop loss. Há também aqueles que são adeptos do stay the course ... mesmo que depois choquem contra um muro de betão. :twisted:
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Re: Fundos à la carte

por lucia_né » 6/7/2015 8:53

Bom dia!
A estratégia continua a mesma, vai ficar para longo prazo 8-)
 
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Re: Fundos à la carte

por Gizzy » 6/7/2015 1:56

lucia_né Escreveu:Iniciei-me neste mundo no inicio deste ano e neste momento, apenas 2 estão positivos, iniciei com 10k e neste momento tenho 9805€. É para longo prazo, mas custa sempre estar a perder dinheiro.

Fidelity FPS Moderate Growth A-Acc-EUR -4,89%
MFS® Meridian Glbl Total Return A1 EUR -1,49%
Nordea-1 Stable Return E EUR -2,15%
Invesco Pan European High Income E Acc -3,68%
Invesco Balanced-Risk Alloc E -1,73 %
NB Global Bond -2,79%
Eurizon EasyFund Eq Cnsmr Staples LTE R -3,24%
UBS (Lux) EF Infrastructure (EUR) P +2,46%
BGF World Healthscience E2 (EUR) +4,95%


Eu diria que o melhor mesmo é perceber exatamente qual é a estratégia a seguir! Se de facto se trata de uma carteira de longo prazo, não se vai estar a mexer ao fim de 6 meses :)
Costumo ser bastante simplista nestas matérias:
- longo prazo, na minha perspetiva, são NO MÍNIMO 10 anos.

Se de facto é para se estar permanentemente preocupado com perda de capital em 6 meses, mais vale adotar um comportamento mais ativo na gestão da carteira...
É que assim ainda se está a dar armas ao O3 quando ele pergunta porque é que a malta com perspetiva a longo prazo se preocupa com as variações a curto... :P

(Já agora, para que não pense que estou a falar de "barriga cheia", também eu tenho uma carteira de longo prazo que neste momento perde +- 3 %. Ainda assim, a mesma foi construída a pensar na reforma; podem entretanto vir as dez pragas do Egito que a única coisa que lhe vou fazer vão ser ajustes anuais às alocações por tipo de ativos).
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Re: Fundos à la carte

por rp28592 » 6/7/2015 1:11

lucia_né Escreveu:Iniciei-me neste mundo no inicio deste ano e neste momento, apenas 2 estão positivos, iniciei com 10k e neste momento tenho 9805€. É para longo prazo, mas custa sempre estar a perder dinheiro.

Fidelity FPS Moderate Growth A-Acc-EUR -4,89%
MFS® Meridian Glbl Total Return A1 EUR -1,49%
Nordea-1 Stable Return E EUR -2,15%
Invesco Pan European High Income E Acc -3,68%
Invesco Balanced-Risk Alloc E -1,73 %
NB Global Bond -2,79%
Eurizon EasyFund Eq Cnsmr Staples LTE R -3,24%
UBS (Lux) EF Infrastructure (EUR) P +2,46%
BGF World Healthscience E2 (EUR) +4,95%
Isso não é nada. Eu sempre tive razoáveis rendimentos em Fundos aconselhados pelos "PFA's" e iniciei-me à cerca de 4/5 meses por "conta própria" e levo para já -4,7%. O que vale é que resgatei no mês passado a carteira feita pelo meu "PFA" e rendeu 14,1% YTD.

É uma questão de pensarmos pela nossa cabeça e traçar o nosso "Stop Loss" mental. Tenho aprendido muito neste Fórum e com outras pessoas do meio, e às vezes estar a -4,7% num investimento não quer exactamente dizer que saíste a perder 4,7% (por acaso até é), mas é uma questão de perceberes se faz sentido manter esse investimento ou se as perdas vão se acumular no Médio Prazo. Mas para já isto é tudo muito incerto. :D
 
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Re: Fundos à la carte

por lucia_né » 6/7/2015 0:03

Iniciei-me neste mundo no inicio deste ano e neste momento, apenas 2 estão positivos, iniciei com 10k e neste momento tenho 9805€. É para longo prazo, mas custa sempre estar a perder dinheiro.

Fidelity FPS Moderate Growth A-Acc-EUR -4,89%
MFS® Meridian Glbl Total Return A1 EUR -1,49%
Nordea-1 Stable Return E EUR -2,15%
Invesco Pan European High Income E Acc -3,68%
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NB Global Bond -2,79%
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Re: Fundos à la carte

por pcm1979 » 5/7/2015 22:55

lucia_né Escreveu:E agora, vai td afundar?
É de resgatar td?


Talvez aplicar algum neste ETF, para variar: LYXOR ETF EURO STOXX 50DAILY DOUBLESHORT
 
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 5/7/2015 22:37

lucia_né Escreveu:E agora, vai td afundar?
É de resgatar td?


Que é isso? :D
Esquecem-se que em 2008 a Europa não tinha quaisquer mecanismos perante a crise... Nenhuns mesmo...
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Re: Fundos à la carte

por lucia_né » 5/7/2015 22:31

E agora, vai td afundar?
É de resgatar td?
 
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 5/7/2015 22:07

Daemoon Escreveu:Vamos ver se é agora que o file paga o almoço :roll: por agora s´´o tenho pena de não ter reforçado os fundos em USD :wall:


Ainda reforcei o UBS US Growth... E entrei com pequena dose no Millennium Acções Portugal. :roll:
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Re: Fundos à la carte

por Daemoon » 5/7/2015 21:39

Vamos ver se é agora que o file paga o almoço :roll: por agora s´´o tenho pena de não ter reforçado os fundos em USD :wall:
 
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Re: Fundos à la carte

por Daemoon » 4/7/2015 12:10

richardj Escreveu:Riky achas que o euro está a ser mantido "artificialmente" baixo? Com os QE? Com a balança comercial positiva na europa. Há quem diga que o norte está a dar a mão ao sul ao manter um euro mais fraco por forma a fomentar as exportações desses países.

Este artigo passou um pouco ao lado quando saiu, mas basicamente apesar de a alemanha trabalhar bem com o euro-dollar nos 1,30 para o sul isso é muito forte.

http://www.dnoticias.pt/actualidade/eco ... es-como-po



Artificial sempre foi a maioria dos mercados, durante anos pelas terras do Tio Sam os vários QE fizeram com que os mercados subissem exponencialmente, no entanto o QE foi retirado e o que aconteceu? umas quedas nos primeiros tempos quase residuais, o S&P só não está em máximos por causa da Grécia.

Depois virá a questão dos juros do FED, vai ser igual, primeiros tempos umas quedazinhas e depois tudo a recuperar, o mesmo se vai passar por cá, não acredito que alguém esteja a perder dinheiro Year To Date, mesmo assim devido ao envenenamento de noticias somos "forçados" a ficar nervosos, até o Rick ficou nervoso :P :P

Vi há pouco um gráfico do VG em que está expresso a diferença entre quem mantém as suas posições e quem retira e volta a colocar sempre que há quedas e subidas, de facto é essa a experiência que tenho ao longo dos anos, Rick há quanto tempo saíste desses fundos? e só voltas a entrar em Setembro? era giro veres depois o quanto "perdeste" ou "ganhaste" com essa tua decisão.
 
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Re: Fundos à la carte

por richardj » 4/7/2015 11:35

Riky achas que o euro está a ser mantido "artificialmente" baixo? Com os QE? Com a balança comercial positiva na europa. Há quem diga que o norte está a dar a mão ao sul ao manter um euro mais fraco por forma a fomentar as exportações desses países.

Este artigo passou um pouco ao lado quando saiu, mas basicamente apesar de a alemanha trabalhar bem com o euro-dollar nos 1,30 para o sul isso é muito forte.

http://www.dnoticias.pt/actualidade/eco ... es-como-po

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Re: Fundos à la carte

por Daemoon » 4/7/2015 11:10

Vais portanto ter o capital a desvalorizar 0,003% por dia...são decisões :lol:

Estavas á espera de ganhar dinheiro no AXA 5-7? esse fundo é uma alternativa a fundos de mercado monetário, são fundos para dar 4% ao ano.
 
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Re: Fundos à la carte

por Rick Lusitano » 4/7/2015 1:07

Daemoon Escreveu:Atenção que não quis criticar o Rick, até porque ele próprio disse que anda sem tempo, e provavelmente não teve tempo para estudar devidamente o novo regime, mas ainda bem que só falou nisto depois, porque se tivesse falado antes poderia ter havido aqui uma espécie de influência para outros investidores com uma informação errada.


Daemoon, podes me criticar á vontade, não sou nenhuma virgem vestal. 8-)

Apesar de ter pouco tempo, na minha lista de prioridades encontra-se a continua leitura e auto-formação. Para isso, tive que abdicar de participar no tópico, mas não participando, não significa que não continue a ler este tópico ou outros tópicos de meu interesse do fórum.

Relembro o meu post sobre a minha decisão sobre o NB OE e NB RP:

Rick Lusitano (New) Escreveu:Eu resgatei o NB OE e NB RP, principalmente para receber as mais-valias liquidas (fundos domiciliados em Portugal). Para não haver confusões sobre a fiscalidade a tributar á saída após o 30/Junho, ou seja, não vir a pagar impostos sobre os lucros que já tinha antes de entrar em vigor a nova legislação. Secundariamente, a turbulência das obrigações europeias, e um possível contagio do aumento das taxas de juro nos EUA, ajudou a dar força ao resgate.



Esmiuçando-o, mesmo conhecendo as alterações á fiscalidade dos fundos nacionais e estrangeiros, (tal como falei no tópico, no inicio deste ano), adoptei uma postura defensiva em relação á fiscalidade, a sua compreensão por parte da AT, como pelo intermediário financeiro. Como acredito que a AT/Estado Português, não são confiáveis, preferi jogar pelo seguro. E devido ao aumento da volatilidade nas obrigações da Zona Euro, nomeadamente as Bunds, sai de todos fundos de obrigações EUR, para além dos 2 fundos do NB, saí por exemplo, dos fundos da AXA Euro, 5-7, 7-10, 10LT, Nordea Euro Covered, DWS Euro Corporate. Também antes da subida brutal das Bunds, sentia-me desconfortável com o facto das obrigações EUR, estarem muito esticadas, o disparar das Bunds, deu-me o sinal de alerta, e saí das obrigações EUR. Com o aproximar do aumentar das taxas de juro nos EUA, temia um possível contágio ás restantes obrigações, um pouco como aconteceu no Verão de 2013. E foi a decisão mais acertada, pois saí destes fundos, com mais valias, se tivesse permanecido até hoje, estaria com fundos negativos, ou muito perto disso.


PS: Também saí da China, há cerca de 15 dias. E não faço intenção de voltar a entrar. Shanghai, perdeu cerca 30%, nas ultimas 2 semanas. Todos nós sabemos, o esticado que a China ficou, com uma valorização superior a 100% num espaço de 1 ano, era perfeitamente natural, uma correcção, o rebentar da bolha especulativa. Também tem havido alguma instabilidade político-social em Hong-Kong, ultimamente. Poderá ter existido alguma manipulação do mercado accionista Chinês, um mercado em desenvolvimento e um alvo apetecível para ataques especulativos. :-k
Até Setembro, estou em modo stand-by, fico no lado de fora, a ver os jogos, a Grécia, EURUSD, os EUA/Fed, China. Ou seja, não entro em fundos para o curto prazo. Há alturas que mais vale estar quieto, em cash, e controlar a vontade de estar sempre dentro.

O mais bizarro desta silly season, é com a crise da Grécia, seria expectável que o EUR, desvalorizasse, mas tem sido o oposto. Na semana, em que se previa um quase acordo, entre a troika e a Grécia, o EUR, desvalorizou-se, como foi por água abaixo, este acordo, o EUR voltou a valorizar-se. :wall:

Não acredito que tenha sido o comprar de EUR por parte do SNB (banco central Suíço), que tenha feito valorizar o EUR, com algum significado.
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Re: Fundos à la carte

por Daemoon » 3/7/2015 19:31

Atenção que não quis criticar o Rick, até porque ele próprio disse que anda sem tempo, e provavelmente não teve tempo para estudar devidamente o novo regime, mas ainda bem que só falou nisto depois, porque se tivesse falado antes poderia ter havido aqui uma espécie de influência para outros investidores com uma informação errada.
 
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 3/7/2015 19:23

Daemoon Escreveu:Quero exactamente dizer o que disse, a tributação só é feita a partir de 1 de Julho, só conta a mais valia existente a partir de 1 de Julho, logo não existe efeito retroactivo, basta ler a entrevista no Jornal de Negócios do Presidente da APFIPP, aliás, este regime já estava a ser equacionado por noticias anteriores, pelo que não entendo quem anda a resgatar fundos Portugueses antes do dia 30 de Junho, e até fico surpreendido como isto foi um critério por parte do Rick :wall: :wall:


Também não mexi em nada. A partir do dia 1 Julho é que incide com o novo regime (porque já incidiu até antes dessa data com o regime anterior).
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Re: Fundos à la carte

por Daemoon » 3/7/2015 18:13

Quero exactamente dizer o que disse, a tributação só é feita a partir de 1 de Julho, só conta a mais valia existente a partir de 1 de Julho, logo não existe efeito retroactivo, basta ler a entrevista no Jornal de Negócios do Presidente da APFIPP, aliás, este regime já estava a ser equacionado por noticias anteriores, pelo que não entendo quem anda a resgatar fundos Portugueses antes do dia 30 de Junho, e até fico surpreendido como isto foi um critério por parte do Rick :wall: :wall:
 
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Re: Fundos à la carte

por ATLAS_ » 3/7/2015 13:41

Daemoon Escreveu:
Rick Lusitano (New) Escreveu:Eu resgatei o NB OE e NB RP, principalmente para receber as mais-valias liquidas (fundos domiciliados em Portugal). Para não haver confusões sobre a fiscalidade a tributar á saída após o 30/Junho, ou seja, não vir a pagar impostos sobre os lucros que já tinha antes de entrar em vigor a nova legislação. Secundariamente, a turbulência das obrigações europeias, e um possível contagio do aumento das taxas de juro nos EUA, ajudou a dar força ao resgate.



A tributação não tem efeitos retroactivos.


O que queres dizer com isto?

Para ser mais claro...

Exemplo: o António, em 2012, subscreveu up's de um determinado fundo de investimento. Em 01/08/2015 resgata a totalidade das Up's com mais valias de 35%. Até 30/06/2015, as up's valorizaram 30%. E de 01/07/2015 a 01/08/2015 valorizaram 5%.

O António paga imposto sobre as mais valias de 35%? Ou só de 5% (que corresponde à valorização das up's após 30/06/2015)?
 
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Re: Fundos à la carte

por Daemoon » 3/7/2015 8:55

Rick Lusitano (New) Escreveu:Eu resgatei o NB OE e NB RP, principalmente para receber as mais-valias liquidas (fundos domiciliados em Portugal). Para não haver confusões sobre a fiscalidade a tributar á saída após o 30/Junho, ou seja, não vir a pagar impostos sobre os lucros que já tinha antes de entrar em vigor a nova legislação. Secundariamente, a turbulência das obrigações europeias, e um possível contagio do aumento das taxas de juro nos EUA, ajudou a dar força ao resgate.



A tributação não tem efeitos retroactivos.
 
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Re: Fundos à la carte

por Rick Lusitano » 2/7/2015 23:56

Lá vai o BCE sugar mais liquidez nas obrigações da Zona Euro. Dentro de algum tempo, os mercados, deixam de ter obrigações governamentais da ZE, quasi-governamentais, covered bonds, ABS. What's next? :-k


Jornal de Negócios - BCE passa a comprar dívida da ENMC e Infraestruturas de Portugal (02 Julho 2015, 10:42)
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 2/7/2015 22:11

QUESTÃO DO INVESTIDOR: IMPACTO DA GRÉCIA NOS INVESTIMENTOS

DATA DA PUBLICAÇÃO: 29JUN2015

“Qual o impacto que a situação da Grécia pode ter nos meus investimentos?”

O debate em torno da Grécia está a gerar paixões pouco habituais nestas matérias. No entanto, a preocupação de muitos investidores nacionais é bem mais prática: “É boa altura para iniciar ou reforçar aplicações em bolsa? Devo vender todos os investimentos antes de um colapso da Grécia?”
A resposta, como em situações anteriores, é idêntica. Momentos de alta volatilidade são pouco adequados para tomar decisões importantes de investimento pois o pânico e a euforia são maus conselheiros.
Em termos estritamente económicos, o peso da Grécia é demasiado reduzido para impactar na zona euro, seja qual for o desfecho das negociações. No curto prazo, a Europa tem os instrumentos e a vontade política para impedir o contágio a outros países. A confirmá-lo está o facto do diferencial dos juros da dívida das restantes economias periféricas permanecer baixo face à Alemanha.
É certo que, receosas da incerteza, as bolsas deverão continuar bastante voláteis, mas um verdadeiro crash surge sempre do inesperado, algo que uma saída da Grécia deixou há muito de ser. Nunca um país saiu do euro, mas não há razões objetivas para fazer ajustes bruscos à sua estratégia de investimento, assumindo que já possui uma carteira bem diversificada.
No caso do investimento direto em ações, tenha também em conta:
- É muito cedo para comprar ações só porque estão em queda acentuada, especialmente porque os mercados continuarão voláteis;
- Aproveite para vender as ações caras que ainda tem em carteira porque terão tendência para cair mais do que a média.


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Re: Fundos à la carte

por Rick Lusitano » 2/7/2015 21:31

Também tenho preferido aumentar o meu parco conhecimento financeiro. Recentemente, comecei a ler este livro:

Ferreira, Domingos - Finanças Tóxicas e Crises Financeiras.jpg
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