Crise Grega
Re: Crise Grega
Se a Grécia optar por uma atitude de ruptura será que vamos assistir a um déjà vu?
Lembro a Argentina...
"Uma das conseqüências do calote foi a drástica redução na entrada de investimento externo . "
"A Argentina era um país que tinha imensas perspectivas no início dos anos 1900. Grande quantidade de investimento estrangeiro foi aplicado no país neste período. Em 1913, a renda per capita da Argentina só ficava atrás da de Austrália, Estados Unidos , Inglaterra e Canadá. Quem passeia em Buenos Aires pode observar pelos prédios no centro da cidade, a lembrança deste período fausto.
A prosperidade começou a ser destruída pelo populismo desenfreado de Juan Domingo Perón. Perón desintegrou as reservas de ouro do país com a corrupção e a compra de apoio político. Aumentou o intervencionismo estatal em um nível médio e reprimiu a iniciativa privada com intervenções e taxas.
Os governos populares da Argentina encontraram sustentação política na depauperação das massas , que passaram a depender de favores oficiais para sobreviver, além de subsídio nos transportes , carne a preços tabelados e distribuição de cargos em troca de votos(...).
Infelizmente, o legado de Perón foi encarnado por Néstor e Cristina Kirchner. Quando ele assumiu o poder em 2003, o gasto público girava em torno de 30% do PIB. Hoje beira os 50%.
Para pagar esta conta, uma grande jogada foi nacionalizar o sistema de previdência privada do país e apropriar-se de seus ativos, em 2008. Depois, o governo começou a usar as reservas do Banco Central para cobrir os custos da máquina pública. As reservas caíram de US$ 52 bilhões em 2011, para US$ 29 bilhões em 2014. Para arcar com as despesas, outra opção tem sido a impressão de papel-moeda que inevitavelmente gera inflação, que vai chegar a 41% em 2014. O governo não tem planos de reduzir os gastos. Tudo é culpa do Brasil e dos credores que querem receber o que emprestaram ao governo argentino."
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"Impossibilitada de obter financiamento no mercado internacional , a Argentina só consegue vender títulos para a Venezuela . Desde 2005 a Venezuela já comprou US$ 6,3 bilhões em títulos da dívida Argentina . Porém , a última compra , de US$ 1 bilhão em agosto de 2008 , foi feita a taxas de 15% , consideradas muito altas. Após esta venda , os bônus argentinos caíram entre 11 e 13%
Apesar da emissão de papéis a uma taxa de juros de 15% ao ano – as mais altas historicamente, muito superiores aos 5,3% oferecidos por títulos brasileiros –, a Venezuela desfez-se rapidamente dos títulos no mercado secundário, suscitando dúvidas junto aos investidores quanto à qualidade da dívida."
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"As empresas argentinas deverão ter mais dificuldade de financiarem-se fora do País e aumenta a possibilidade de ocorrerem mais embargos de bens argentinos no exterior.
No dia 2 de outubro de 2012 , a Fragata Libertad, da Marinha argentina , está detida no porto de Tem, em Gana, arresto por determinação da justiça ganesa atendendo ao pedido de um “fundo abutre”, que exige o pagamento de US$ 370 milhões do governo argentino
A corveta Espora, precisou ancorar na Cidade do Cairo, por causa de problemas elétricos quando participava em exercícios militares . A empresa alemã que deveria executar o reparo decidiu não fazer nada até que os argentinos paguem por serviços realizados anteriormente"
"A presidente Cristina Kirchner tem evitado voar no avião presidencial para evitar que ele seja apreendido."
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Lembro a Argentina...
"Uma das conseqüências do calote foi a drástica redução na entrada de investimento externo . "
"A Argentina era um país que tinha imensas perspectivas no início dos anos 1900. Grande quantidade de investimento estrangeiro foi aplicado no país neste período. Em 1913, a renda per capita da Argentina só ficava atrás da de Austrália, Estados Unidos , Inglaterra e Canadá. Quem passeia em Buenos Aires pode observar pelos prédios no centro da cidade, a lembrança deste período fausto.
A prosperidade começou a ser destruída pelo populismo desenfreado de Juan Domingo Perón. Perón desintegrou as reservas de ouro do país com a corrupção e a compra de apoio político. Aumentou o intervencionismo estatal em um nível médio e reprimiu a iniciativa privada com intervenções e taxas.
Os governos populares da Argentina encontraram sustentação política na depauperação das massas , que passaram a depender de favores oficiais para sobreviver, além de subsídio nos transportes , carne a preços tabelados e distribuição de cargos em troca de votos(...).
Infelizmente, o legado de Perón foi encarnado por Néstor e Cristina Kirchner. Quando ele assumiu o poder em 2003, o gasto público girava em torno de 30% do PIB. Hoje beira os 50%.
Para pagar esta conta, uma grande jogada foi nacionalizar o sistema de previdência privada do país e apropriar-se de seus ativos, em 2008. Depois, o governo começou a usar as reservas do Banco Central para cobrir os custos da máquina pública. As reservas caíram de US$ 52 bilhões em 2011, para US$ 29 bilhões em 2014. Para arcar com as despesas, outra opção tem sido a impressão de papel-moeda que inevitavelmente gera inflação, que vai chegar a 41% em 2014. O governo não tem planos de reduzir os gastos. Tudo é culpa do Brasil e dos credores que querem receber o que emprestaram ao governo argentino."
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"Impossibilitada de obter financiamento no mercado internacional , a Argentina só consegue vender títulos para a Venezuela . Desde 2005 a Venezuela já comprou US$ 6,3 bilhões em títulos da dívida Argentina . Porém , a última compra , de US$ 1 bilhão em agosto de 2008 , foi feita a taxas de 15% , consideradas muito altas. Após esta venda , os bônus argentinos caíram entre 11 e 13%
Apesar da emissão de papéis a uma taxa de juros de 15% ao ano – as mais altas historicamente, muito superiores aos 5,3% oferecidos por títulos brasileiros –, a Venezuela desfez-se rapidamente dos títulos no mercado secundário, suscitando dúvidas junto aos investidores quanto à qualidade da dívida."
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"As empresas argentinas deverão ter mais dificuldade de financiarem-se fora do País e aumenta a possibilidade de ocorrerem mais embargos de bens argentinos no exterior.
No dia 2 de outubro de 2012 , a Fragata Libertad, da Marinha argentina , está detida no porto de Tem, em Gana, arresto por determinação da justiça ganesa atendendo ao pedido de um “fundo abutre”, que exige o pagamento de US$ 370 milhões do governo argentino
A corveta Espora, precisou ancorar na Cidade do Cairo, por causa de problemas elétricos quando participava em exercícios militares . A empresa alemã que deveria executar o reparo decidiu não fazer nada até que os argentinos paguem por serviços realizados anteriormente"
"A presidente Cristina Kirchner tem evitado voar no avião presidencial para evitar que ele seja apreendido."
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Re: Crise Grega
Perspectiva de quem viveu in loco a situação de incumprimento da Argentina. Entrevista em 18/07/2011
"O antigo ministro da Economia argentino mostra os paralelos com a crise actual. Sair do euro não é solução-
Muitos defendem que a Grécia deve deixar o euro como a Argentina deixou o dólar em 2002. Nesta coluna, Domingo Cavallo - que era o ministro das Finanças da Argentina no pico da crise - defende que sair do euro seria errado. A recuperação do crescimento da Argentina após ter depreciado o peso deveu-se a desenvolvimentos exógenos nos preços globais das commodities - e não à desvalorização do peso. Ele também sugere passos para uma reestruturação ordenada da dívida Grega.
Os acidentes acontecem
Infelizmente, surgiram rumores que o FMI não entregaria a tranche que tinha sido orçamentada para Novembro. Os receios foram ainda mais alimentados por declarações da equipa do FMI que estava a trabalhar no Mecanismo de Reestruturação da Dívida Soberana. Eles sugeriram que um país a passar por um processo de reestruturação da dívida tinha de impor controlos de capital adiar a fuga do mesmo. Em conjunto, estes geraram receios que provocaram a quarta corrida contra os bancos locais.
Como nem os bancos nem o Banco Central tinham a liquidez em dólares para financiar os levantamentos, foram impostos controlos cambiais. Foi a isto que se chamou "corralito", implementado a 1 de Dezembro como a única forma de impor controlo cambial numa economia dolarizada.
O círculo da profecia auto-realizável fechou-se quando o FMI - cujos próprios funcionários tinham feito declarações imprudentes sobre controlos de capital apenas alguns dias antes - usaram a imposição dos controlos cambiais para anunciar que não devia ser esperada nenhuma entrega pois o programa argentino tinha sido suspenso.
Caos político e incumprimento desordenado
Nesse momento, os eventos precipitaram-se de uma forma caótica. A oposição argentina usou a inquietação social que foi agravada pelo "corralito" para promover tumultos que forçaram a demissão do Presidente. Durante uma semana de caos político um Presidente interino declarou formalmente incumprimento da dívida que não tinha sido reestruturada.
Depois o antigo Governador de Buenos Aires que tinha perdido as eleições presidenciais em 1999 foi nomeado Presidente pelo Congresso. O novo Presidente cortou a ligação peso/dólar, forçando todos os contratos assinados em dólares a serem transformadas em pesos 1-para-1, e permitindo que o peso flutuasse. O valor em dólares do peso - que tinha estado associado 1 para 1 com o dólar durante uma década - caiu para 4 para 1 em apenas alguns meses.
Os devedores ficaram muito contentes pois as suas dívidas em dólares foram reduzidas para um quarto. Mas os depositantes perderam três quartos da sua riqueza financeira. A inflação subiu para 40 % em 2002 e ainda está em cerca de 25 % ao ano em 2011, apesar do valor real do peso ter regressado ao nível de 2001. A desvalorização reduziu todos os salários e pensões em termos reais para um terço do seu nível pré-crise.
A desvalorização também agravou a recessão. O PIB caiu mais 5% em apenas um semestre e o desemprego saltou para 24% comparativamente aos 18% de final de 2001.
O crescimento recomeça devido a factores externos, não a desvalorização
O crescimento recomeçou e o desemprego começou a abrandar em 2003. Mas isto não aconteceu devido à desvalorização. Os factores chave foram a depreciação do dólar e a boa sorte nos preços das commodities. O preço da soja - que é um preço definido nos mercados internacionais - subiu de menos de 120 dólares a tonelada em 2001 para mais de 500 dólares a tonelada no final da década. É absolutamente errado e enganador atribuir o rápido crescimento da Argentina durante os últimos 8 anos à "pesoficação" e desvalorização de 2002.
O que a Grécia devia fazer agora
A Grécia devia, o mais rápido possível, tentar fazer o que a Argentina tentou em Novembro de 2001. Mas deve fazer isto com compromissos claros por parte da Europa e FMI de que o "Processo Grego de Reestruturação Ordenada da Dívida" não será interrompido a meio caminho. As decisões como aquela que o FMI adoptou na Argentina em Dezembro de 2001 devem ser excluídas a priori.
A forma mais fácil de realizar uma reestruturação grega será a de oferecer um swap entre as dívidas gregas não oficiais com aquelas valorizadas à taxa de mercado do dia anterior ao anúncio da reestruturação. Isto permitiria que a Grécia e a Europa capturassem o corte da dívida que os mercados já concederam. A perda para os detentores de títulos não será maior do que aquela que já está reflectida no valor de mercado dos títulos gregos.
Para permitir que os bancos continuem com o procedimento actual de atrasar o registo das suas perdas, as autoridades reguladoras podiam autorizar a amortização dessas perdas em vários anos. A situação não seria diferente do que é hoje, em que as instituições financeiras não estão a reflectir o valor de mercado das carteiras de títulos nas suas folhas de balanço.
Os títulos europeus que a Grécia usará para efectuar a operação de recompra em massa devem ser emprestados à Grécia pelo Fundo de Estabilização Europeia que teria como garantia bens gregos que estão disponíveis para privatização. Mas a venda dos activos deve ser realizada num ritmo gradual adequado para evitar vendas urgentes.
A Grécia deve manter o compromisso de introduzir todas as reformas fiscais e estruturais necessárias para recuperar a competitividade e crescimento renovado. Mas será muito mais fácil encontrar apoio político e económico depois do excesso da dívida desaparecer. Ninguém poderá afirmar que as medidas de austeridade têm o único objectivo de cumprir as exigências dos credores e o argumento de que a Grécia tem de seguir a maneira argentina de acabar com a sua dívida abandonando o euro tornar-se-á obsoleto.
As autoridades gregas e europeias devem estar preparadas para financiar os bancos que sofrerão inevitavelmente corridas aos seus depósitos enquanto a Grécia realiza o seu programa de reestruturação da dívida. Se os depositantes recearem que a instituição que empresta em último recurso pode finalmente abandonar esses bancos, a corrida será difícil de parar e isso poderá por si só precipitar o colapso não só da Grécia mas de muitos bancos gregos e europeus com efeitos de contágio grave noutras economias europeias.
A Grécia no reflexo argentino: a saída do euro não é a solução
Quando se olha para a Grécia através do reflexo argentino todas estas recomendações e passos preventivos tornam-se transparentes como a água. O reflexo argentino não projecta a imagem enganadora que alguns economistas estão a sugerir. Com certeza, não encoraja a Grécia a resolver a sua crise abandonando o euro como a Argentina abandonou o dólar em Janeiro de 2002.
http://www.dinheirovivo.pt/Imprimir.asp ... id=3914298
http://www.dinheirovivo.pt/Imprimir.asp ... id=3911655
http://www.dinheirovivo.pt/Imprimir.asp ... id=3913051
"O antigo ministro da Economia argentino mostra os paralelos com a crise actual. Sair do euro não é solução-
Muitos defendem que a Grécia deve deixar o euro como a Argentina deixou o dólar em 2002. Nesta coluna, Domingo Cavallo - que era o ministro das Finanças da Argentina no pico da crise - defende que sair do euro seria errado. A recuperação do crescimento da Argentina após ter depreciado o peso deveu-se a desenvolvimentos exógenos nos preços globais das commodities - e não à desvalorização do peso. Ele também sugere passos para uma reestruturação ordenada da dívida Grega.
Os acidentes acontecem
Infelizmente, surgiram rumores que o FMI não entregaria a tranche que tinha sido orçamentada para Novembro. Os receios foram ainda mais alimentados por declarações da equipa do FMI que estava a trabalhar no Mecanismo de Reestruturação da Dívida Soberana. Eles sugeriram que um país a passar por um processo de reestruturação da dívida tinha de impor controlos de capital adiar a fuga do mesmo. Em conjunto, estes geraram receios que provocaram a quarta corrida contra os bancos locais.
Como nem os bancos nem o Banco Central tinham a liquidez em dólares para financiar os levantamentos, foram impostos controlos cambiais. Foi a isto que se chamou "corralito", implementado a 1 de Dezembro como a única forma de impor controlo cambial numa economia dolarizada.
O círculo da profecia auto-realizável fechou-se quando o FMI - cujos próprios funcionários tinham feito declarações imprudentes sobre controlos de capital apenas alguns dias antes - usaram a imposição dos controlos cambiais para anunciar que não devia ser esperada nenhuma entrega pois o programa argentino tinha sido suspenso.
Caos político e incumprimento desordenado
Nesse momento, os eventos precipitaram-se de uma forma caótica. A oposição argentina usou a inquietação social que foi agravada pelo "corralito" para promover tumultos que forçaram a demissão do Presidente. Durante uma semana de caos político um Presidente interino declarou formalmente incumprimento da dívida que não tinha sido reestruturada.
Depois o antigo Governador de Buenos Aires que tinha perdido as eleições presidenciais em 1999 foi nomeado Presidente pelo Congresso. O novo Presidente cortou a ligação peso/dólar, forçando todos os contratos assinados em dólares a serem transformadas em pesos 1-para-1, e permitindo que o peso flutuasse. O valor em dólares do peso - que tinha estado associado 1 para 1 com o dólar durante uma década - caiu para 4 para 1 em apenas alguns meses.
Os devedores ficaram muito contentes pois as suas dívidas em dólares foram reduzidas para um quarto. Mas os depositantes perderam três quartos da sua riqueza financeira. A inflação subiu para 40 % em 2002 e ainda está em cerca de 25 % ao ano em 2011, apesar do valor real do peso ter regressado ao nível de 2001. A desvalorização reduziu todos os salários e pensões em termos reais para um terço do seu nível pré-crise.
A desvalorização também agravou a recessão. O PIB caiu mais 5% em apenas um semestre e o desemprego saltou para 24% comparativamente aos 18% de final de 2001.
O crescimento recomeça devido a factores externos, não a desvalorização
O crescimento recomeçou e o desemprego começou a abrandar em 2003. Mas isto não aconteceu devido à desvalorização. Os factores chave foram a depreciação do dólar e a boa sorte nos preços das commodities. O preço da soja - que é um preço definido nos mercados internacionais - subiu de menos de 120 dólares a tonelada em 2001 para mais de 500 dólares a tonelada no final da década. É absolutamente errado e enganador atribuir o rápido crescimento da Argentina durante os últimos 8 anos à "pesoficação" e desvalorização de 2002.
O que a Grécia devia fazer agora
A Grécia devia, o mais rápido possível, tentar fazer o que a Argentina tentou em Novembro de 2001. Mas deve fazer isto com compromissos claros por parte da Europa e FMI de que o "Processo Grego de Reestruturação Ordenada da Dívida" não será interrompido a meio caminho. As decisões como aquela que o FMI adoptou na Argentina em Dezembro de 2001 devem ser excluídas a priori.
A forma mais fácil de realizar uma reestruturação grega será a de oferecer um swap entre as dívidas gregas não oficiais com aquelas valorizadas à taxa de mercado do dia anterior ao anúncio da reestruturação. Isto permitiria que a Grécia e a Europa capturassem o corte da dívida que os mercados já concederam. A perda para os detentores de títulos não será maior do que aquela que já está reflectida no valor de mercado dos títulos gregos.
Para permitir que os bancos continuem com o procedimento actual de atrasar o registo das suas perdas, as autoridades reguladoras podiam autorizar a amortização dessas perdas em vários anos. A situação não seria diferente do que é hoje, em que as instituições financeiras não estão a reflectir o valor de mercado das carteiras de títulos nas suas folhas de balanço.
Os títulos europeus que a Grécia usará para efectuar a operação de recompra em massa devem ser emprestados à Grécia pelo Fundo de Estabilização Europeia que teria como garantia bens gregos que estão disponíveis para privatização. Mas a venda dos activos deve ser realizada num ritmo gradual adequado para evitar vendas urgentes.
A Grécia deve manter o compromisso de introduzir todas as reformas fiscais e estruturais necessárias para recuperar a competitividade e crescimento renovado. Mas será muito mais fácil encontrar apoio político e económico depois do excesso da dívida desaparecer. Ninguém poderá afirmar que as medidas de austeridade têm o único objectivo de cumprir as exigências dos credores e o argumento de que a Grécia tem de seguir a maneira argentina de acabar com a sua dívida abandonando o euro tornar-se-á obsoleto.
As autoridades gregas e europeias devem estar preparadas para financiar os bancos que sofrerão inevitavelmente corridas aos seus depósitos enquanto a Grécia realiza o seu programa de reestruturação da dívida. Se os depositantes recearem que a instituição que empresta em último recurso pode finalmente abandonar esses bancos, a corrida será difícil de parar e isso poderá por si só precipitar o colapso não só da Grécia mas de muitos bancos gregos e europeus com efeitos de contágio grave noutras economias europeias.
A Grécia no reflexo argentino: a saída do euro não é a solução
Quando se olha para a Grécia através do reflexo argentino todas estas recomendações e passos preventivos tornam-se transparentes como a água. O reflexo argentino não projecta a imagem enganadora que alguns economistas estão a sugerir. Com certeza, não encoraja a Grécia a resolver a sua crise abandonando o euro como a Argentina abandonou o dólar em Janeiro de 2002.
http://www.dinheirovivo.pt/Imprimir.asp ... id=3914298
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Editado pela última vez por Braguista em 2/7/2015 19:02, num total de 1 vez.
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Re: Crise Grega
atomez Escreveu:Ó Johny, a tua opinião, ou a minha ou até mesmo a deste país todo, Portugal, que é que julgas que contam para o funcionamento do FMI????
Zero.
Ahah eu nunca disse que julgava, apenas sou um gajo que gosta de discutir política, acho que isso enriquece as pessoas

mas pronto, fora isso, ainda acredito que o Barack pense como eu e puxe uns cordelinhos :

“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
“Nothing good ever comes of love. What comes of love is always something better” , Roberto Bolaño
"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
“Nothing good ever comes of love. What comes of love is always something better” , Roberto Bolaño
"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
Re: Crise Grega
Ó Johny, a tua opinião, ou a minha ou até mesmo a deste país todo, Portugal, que é que julgas que contam para o funcionamento do FMI????
Zero.
Zero.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
Niccolò Machiavelli
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Re: Crise Grega
PepeLegal Escreveu:JohnyRobaz Escreveu:É uma questão de opinião, sim. Não são esses juros que asseguram o capital caso outra nação precise de ajuda, isso é não ter noção dos números... E a questão é: se acho ou não correcto que o FMI aumente o capital à custa de uma ajuda a um país em dificuldades. E eu não acho correcto. Isso do programa de juros a 0% para países extremamente pobres, é como que a oferta do FMI em relação aos seus serviços. Acho bem, acho nobre. E a Grécia entrou em incumprimento porque não se chegou a acordo. Não foi por vontade de não pagar.
Ok...eu já devia saber que vale de muito pouco discutir estas matérias com ideólogos. Mas honestamente até achei que serias mais aberto à compreensão desta situação.
São, efectivamente (também) estes juros que asseguram o capital caso existam outras nações que precisem de ajuda. Consoante as situações até podem ser suficientes e sua única parte. Tens noção que há países que precisam de empréstimos de "apenas" 5 ou 10 mil milhões ou menos ? Nem todos necessitam do nível de empréstimos da Grécia por exemplo...
Mas, de acordo. Se é essa a tua opinião fazes bem em tê-la e defende-la, mesma que na prática existam razões para ela não fazer muito sentido.
Eu compreendo o teu ponto de vista, mas sendo assim e considerando que todos os empréstimos são pagos, o FMI vai aumentando o seu capital com os empréstimos que faz, ou seja, funciona como um banco a ter lucros com a desgraça de quem precisa dele, em vez de fundo de apoio sem fins lucrativos, que é o que eu acho que deve ser o FMI. Que deve ser auto-sustentável, claro, para isso servem esses 0,9%. Até admito um ajuste para cobrir os custos operacionais dos apoios a juro de 0% a países extremamente pobres. Mas aumentar os juros de forma a aumentar o capital, acho mal. Não houve ainda problemas de capitalização do FMI portanto não vejo necessidade de arrecadar esses trocos que são os juros para o FMI, mas que são uma fatia importante para os países que os pagam.
“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
“Nothing good ever comes of love. What comes of love is always something better” , Roberto Bolaño
"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
“Nothing good ever comes of love. What comes of love is always something better” , Roberto Bolaño
"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
Re: Crise Grega
JohnyRobaz Escreveu:Olha os "radicais extremistas" afinal têm razão... Ou nem com quem lhes emprestou dinheiro e para já "está a arder" a admitir isso, aqui a malta abre os olhos?
2m ago
16:00
IMF - Greece needs an extra €50bn and large scale debt relief
Just days ahead of the Greek referendum, the International Monetary Fund has said the struggling country needs €50bn of extra funds over the next three years. It also requires large scale debt relief to create “a breathing space” and stabilise the economy. Larry Elliott and Phillip Inman write:
With three days to go before a knife-edge referendum, the IMF revealed a deep split with Europe as it warned that Greece’s debts were “unsustainable”.
Fund officials said they would not be prepared to put a proposal for a third Greek bail out package to the Washington-based organisation’s board unless it included both a commitment to economic reform and debt relief.
According to the IMF, Greece should have a 20-year grace period before making any debt repayments and that final payments should not take place until 2055.
The IMF’s analysis will be seized upon by Alexis Tsipras, the Greek prime minister, who has been insisting that he will only agree to tough new austerity measure if Greece is granted debt relief.
Certo.. mas percebes que este "alívio da dívida" que o FMI refere diz respeito a um período de carência de 20 anos sobre a actual dívida, certo ? Não é um "perdão de dívida", que é algo bastante diferente...
O que este periodo de carência irá permitir é aliviar o serviço que o Estado grego tem que pagar com a divida. O alívio do serviço da dívida é algo que pode (e na minha opinião, deve) ser permitido à Grécia (assim como foi permitido em diferente grau a Portugal também).
Re: Crise Grega
JohnyRobaz Escreveu:É uma questão de opinião, sim. Não são esses juros que asseguram o capital caso outra nação precise de ajuda, isso é não ter noção dos números... E a questão é: se acho ou não correcto que o FMI aumente o capital à custa de uma ajuda a um país em dificuldades. E eu não acho correcto. Isso do programa de juros a 0% para países extremamente pobres, é como que a oferta do FMI em relação aos seus serviços. Acho bem, acho nobre. E a Grécia entrou em incumprimento porque não se chegou a acordo. Não foi por vontade de não pagar.
Ok...eu já devia saber que vale de muito pouco discutir estas matérias com ideólogos. Mas honestamente até achei que serias mais aberto à compreensão desta situação.
São, efectivamente (também) estes juros que asseguram o capital caso existam outras nações que precisem de ajuda. Consoante as situações até podem ser suficientes e sua única parte. Tens noção que há países que precisam de empréstimos de "apenas" 5 ou 10 mil milhões ou menos ? Nem todos necessitam do nível de empréstimos da Grécia por exemplo...
Mas, de acordo. Se é essa a tua opinião fazes bem em tê-la e defende-la, mesma que na prática existam razões para ela não fazer muito sentido.
Re: Crise Grega
Olha os "radicais extremistas" afinal têm razão... Ou nem com quem lhes emprestou dinheiro e para já "está a arder" a admitir isso, aqui a malta abre os olhos?
2m ago
16:00
IMF - Greece needs an extra €50bn and large scale debt relief
Just days ahead of the Greek referendum, the International Monetary Fund has said the struggling country needs €50bn of extra funds over the next three years. It also requires large scale debt relief to create “a breathing space” and stabilise the economy. Larry Elliott and Phillip Inman write:
With three days to go before a knife-edge referendum, the IMF revealed a deep split with Europe as it warned that Greece’s debts were “unsustainable”.
Fund officials said they would not be prepared to put a proposal for a third Greek bail out package to the Washington-based organisation’s board unless it included both a commitment to economic reform and debt relief.
According to the IMF, Greece should have a 20-year grace period before making any debt repayments and that final payments should not take place until 2055.
The IMF’s analysis will be seized upon by Alexis Tsipras, the Greek prime minister, who has been insisting that he will only agree to tough new austerity measure if Greece is granted debt relief.
2m ago
16:00
IMF - Greece needs an extra €50bn and large scale debt relief
Just days ahead of the Greek referendum, the International Monetary Fund has said the struggling country needs €50bn of extra funds over the next three years. It also requires large scale debt relief to create “a breathing space” and stabilise the economy. Larry Elliott and Phillip Inman write:
With three days to go before a knife-edge referendum, the IMF revealed a deep split with Europe as it warned that Greece’s debts were “unsustainable”.
Fund officials said they would not be prepared to put a proposal for a third Greek bail out package to the Washington-based organisation’s board unless it included both a commitment to economic reform and debt relief.
According to the IMF, Greece should have a 20-year grace period before making any debt repayments and that final payments should not take place until 2055.
The IMF’s analysis will be seized upon by Alexis Tsipras, the Greek prime minister, who has been insisting that he will only agree to tough new austerity measure if Greece is granted debt relief.
“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
“Nothing good ever comes of love. What comes of love is always something better” , Roberto Bolaño
"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
“Nothing good ever comes of love. What comes of love is always something better” , Roberto Bolaño
"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
Re: Crise Grega
Se os gregos não derem garantias credíveis de que tomarão medidas capazes de tornarem as finanças públicas gregas sustentáveis e de promoverem o crescimento económico da Grécia, para poderem reembolsar os seus credores estes não deverão emprestar-lhes nem mais um cêntimo!!!
Se os gregos não perceberem isto, ao votarem no referendo, deverão sair da Zona Euro, governarem-se como puderem e se quiserem continuar a viver de dinheiro emprestado deverão fazer peditório onde entenderem; duvido que sejam bem sucedidos nesse peditório, depois de terem pregado o "calote" e de mostrarem que querem enormes somas de dinheiro emprestado.
Os gregos pregando o calote não se livram de serem devedores porque a dívida de um Estado para outro só se extingue se for paga ou perdoada, não caduca!!!
Nem toda a Europa faz parte da Zona Euro e esta existe na mesma.
Não faz sentido dramatizar a possível saída da Grécia da Zona Euro. A Zona Euro já foi menor do que é e não faz sentido pensar-se que só pode haver movimento de entrada e não de saída da Zona Euro.
Um clube não acaba porque um sócio se desfilia dele.
A Grécia se sair da Zona Euro passará por enormes dificuldades e terá que aplicar a austeridade que tem recusado, e, estou certo, não ficará melhor do que se permanecesse membro da Zona Euro.
Esta saída, caso ocorra, desincentivaria outro movimento de saída e, no meu entender, reforçaria, mesmo, a Zona Euro, pois vincaria os limites de conduta no seio da Zona Euro.
A Zona Euro não poderá sobreviver sem regras e sem o respeito por elas.
Um sócio não pode ter a presunção nem a arrogância de pretender a alteração das regras do clube, com as quais todos os outros sócios estão de acordo e pretendem conviver.
Se os gregos não perceberem isto, ao votarem no referendo, deverão sair da Zona Euro, governarem-se como puderem e se quiserem continuar a viver de dinheiro emprestado deverão fazer peditório onde entenderem; duvido que sejam bem sucedidos nesse peditório, depois de terem pregado o "calote" e de mostrarem que querem enormes somas de dinheiro emprestado.
Os gregos pregando o calote não se livram de serem devedores porque a dívida de um Estado para outro só se extingue se for paga ou perdoada, não caduca!!!

Nem toda a Europa faz parte da Zona Euro e esta existe na mesma.
Não faz sentido dramatizar a possível saída da Grécia da Zona Euro. A Zona Euro já foi menor do que é e não faz sentido pensar-se que só pode haver movimento de entrada e não de saída da Zona Euro.
Um clube não acaba porque um sócio se desfilia dele.
A Grécia se sair da Zona Euro passará por enormes dificuldades e terá que aplicar a austeridade que tem recusado, e, estou certo, não ficará melhor do que se permanecesse membro da Zona Euro.
Esta saída, caso ocorra, desincentivaria outro movimento de saída e, no meu entender, reforçaria, mesmo, a Zona Euro, pois vincaria os limites de conduta no seio da Zona Euro.
A Zona Euro não poderá sobreviver sem regras e sem o respeito por elas.
Um sócio não pode ter a presunção nem a arrogância de pretender a alteração das regras do clube, com as quais todos os outros sócios estão de acordo e pretendem conviver.
Re: Crise Grega
JohnyRobaz Escreveu:Dom_Quixote Escreveu:"O Syriza alimenta-se de caos" - OK
"Recorde-se que o Syriza saltou de 4,6% para 36,3% devido ao estado de emergência em que vive a Grécia há anos." - OK
Porque é que o Syriza é poder?
Quem são os culpados do Syriza ser poder?
Querem que o Syriza saia do poder! Para colocar no poder quem? Os responsáveis por o Syriza ser poder?![]()
Tudo isto é muito mais profundo do que a esmagadora maioria das opiniões reflecte... abordagens superficiais a dizer mal do agora sem se preocupar como chegou a Grécia ao agora. Já há vários anos podiam e deviam ter começado a dizer mal...
O que eu gostava mesmo é que os gregos nunca tivessem chegado a este agora...
Essa é a real questão, esse é o real problema. É que a Europa quer manter tudo como está, politicamente, mas quer austeridade nos mais fracos e austeridade que não resolveu nada (devia ter sido feita de forma menos brusca, acompanhada por medidas de crescimento). A questão é que agora culpam o Syriza (partido que, nos seus valores base de partido, não defendo), pelos erros dos governos do centro que deram cabo dum país ao longo destes anos todos. É o bode expiatório. O que o Syriza quer é salvar o país de outra forma, e não deixam. Até podem estar errados, mas porque se julga logo à partida as alternativas a algo que já vimos que não resulta? Porque convém aos poderes europeus que tudo fique na mesma. E é isso que preocupa, porque os povos mais pobres não vão aceitar ficar na mesma por muito tempo. E se não os deixam mudar politicamente, vão começar a procurar outras maneiras e isso pode resultar em algo muito feio.
Essa tolerância que estás a ter e a pedir para com o Syriza eu tive-a e pedi-a... em janeiro. Era tempo de dar uma oportunidade a ideias novas que nos dissessem qual é afinal a alternativa à austeridade.
Essa empatia perdi-a totalmente devido às mensagens que foram passando para todos nós:
-Incapacidade de criarem aliados até mesmo com os governos de partidos de esquerda
-As medidas que iam lançando como aceitáveis pelo Eurogrupo (onde como alguém já disse, capazes de serem implementadas pelo PSD/CDS), não eram mais que as chamadas medidas de "austeridade" (aumento de IVA, cortes em pensões, aumento de IRC (esta é a de esquerda))
-Incapacidade de chegarem a acordo, porque essas eram as medidas que o Eurogrupo queria ouvir, não as que eles defendem que se devem implementar. As que eles querem são: não pagámos
-E finalmente... Implementaram mesmo o não pagámos. Deixar que um país desenvolvido chegue ao estado em que chegou não pode ser de alguém que queira aceitar negociações, mas sim de alguém que quer uma ruptura. Se o povo grego não abrir os olhos esta semana, vai ter essa ruptura. Se o NÃO vencer quer dizer que não foi um acaso o que aconteceu em Janeiro, é mesmo algo que os gregos querem e vão ter. Se para o bem ou para mal, logo veremos.
Politicamente anti-Costa (o golpista): Já Fomos Resgatados?
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Re: Crise Grega
ativo Escreveu:Estou convicto que Alex Tsipras, após ter ganho as últimas gregas, encarou a negociação, com os credores da Grécia, como um jogo de póquer, que o seu governo iria jogar. Para ganhar esse jogo, tratou de contratar, para ministro das Finanças, um grande jogador, sabedor da Teoria dos Jogos: Yanis Varoufakis.
Alex Tsipras, ainda não governou a Grécia, até agora, andou apenas a jogar. Tal como os problemas financeiros de uma pessoa não se solucionam numa mesa de jogo, também a resolução dos problemas de um país endividado não se resolvem jogando póquer com os seus credores.
Alex Tsipras, não percebeu que numa negociação com credores, dos quais se depende para obter financiamento, há muito pouca margem para jogar.
Alex Tsipras, revelou-se um estadista anão, irresponsável.
O Syriza como o BE o PCP e etc não tem como objectivo Governar pois as suas teorias não são aplicáveis a realidade a não ser pela força das armas. o Tsipras pela sua forma de agir demonstra isso mesmo, ou seja esta sempre a encontrar maneira de não se comprometer com nada e não fazer nada!
Ja agora alguém me explica o que é uma politica patriotica de esquerda? E a maneira de pyongyang ou de habana?
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
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Re: Crise Grega
Dom_Quixote Escreveu:"O Syriza alimenta-se de caos" - OK
"Recorde-se que o Syriza saltou de 4,6% para 36,3% devido ao estado de emergência em que vive a Grécia há anos." - OK
Porque é que o Syriza é poder?
Quem são os culpados do Syriza ser poder?
Querem que o Syriza saia do poder! Para colocar no poder quem? Os responsáveis por o Syriza ser poder?![]()
Tudo isto é muito mais profundo do que a esmagadora maioria das opiniões reflecte... abordagens superficiais a dizer mal do agora sem se preocupar como chegou a Grécia ao agora. Já há vários anos podiam e deviam ter começado a dizer mal...
O que eu gostava mesmo é que os gregos nunca tivessem chegado a este agora...
Essa é a real questão, esse é o real problema. É que a Europa quer manter tudo como está, politicamente, mas quer austeridade nos mais fracos e austeridade que não resolveu nada (devia ter sido feita de forma menos brusca, acompanhada por medidas de crescimento). A questão é que agora culpam o Syriza (partido que, nos seus valores base de partido, não defendo), pelos erros dos governos do centro que deram cabo dum país ao longo destes anos todos. É o bode expiatório. O que o Syriza quer é salvar o país de outra forma, e não deixam. Até podem estar errados, mas porque se julga logo à partida as alternativas a algo que já vimos que não resulta? Porque convém aos poderes europeus que tudo fique na mesma. E é isso que preocupa, porque os povos mais pobres não vão aceitar ficar na mesma por muito tempo. E se não os deixam mudar politicamente, vão começar a procurar outras maneiras e isso pode resultar em algo muito feio.
“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
“Nothing good ever comes of love. What comes of love is always something better” , Roberto Bolaño
"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
“Nothing good ever comes of love. What comes of love is always something better” , Roberto Bolaño
"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
Re: Crise Grega
PepeLegal Escreveu:JohnyRobaz Escreveu:PepeLegal, é a tua opinião. Para mim o FMI não tem que ter reforço dos capitais próprios com as ajudas que faz. Acho imoral, mas cada um na sua. Para mim, pelos teus valores, esses 2,7% de juros não deviam existir, simplesmente.
Não é uma questão de opinião.
Estás apenas a ver a situação do ponto de vista da Grécia. Existem vários países no Mundo que precisam de ajuda e alguns até frequentemente. Se o FMI não cobrar juros (mas necessariamente baixos) para reforçar e ajudar a manter os seus capitais em níveis capazes de ajudar outros países em dificuldade teria que constantemente estar a pedir reforços de capital a todos os seus membros e a exigir mais destes, muitos em situações também de dificuldade.
Para além disso, há ainda a considerar o risco de o país mesmo assim entrar em INCUMPRIMENTO (como aconteceu neste momento com a Grécia) e o FMI não ver nenhum do valor emprestado.
O FMI tem um programa de juro a 0% para uma conjunto de países. Mas é uma medida muito particular e que apenas pode ser aplicada em países muito pobres como alguns países africanos.
É fácil ter uma "opinião" contrária sobre tudo, mas é também importante que se tenha o máximo de informação sobre a situação para se perceber o "porquê" de as coisas serem da forma que são, normalmente existem razões para serem assim...
É uma questão de opinião, sim. Não são esses juros que asseguram o capital caso outra nação precise de ajuda, isso é não ter noção dos números... E a questão é: se acho ou não correcto que o FMI aumente o capital à custa de uma ajuda a um país em dificuldades. E eu não acho correcto. Isso do programa de juros a 0% para países extremamente pobres, é como que a oferta do FMI em relação aos seus serviços. Acho bem, acho nobre. E a Grécia entrou em incumprimento porque não se chegou a acordo. Não foi por vontade de não pagar.
“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
“Nothing good ever comes of love. What comes of love is always something better” , Roberto Bolaño
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Re: Crise Grega
JohnyRobaz Escreveu:PepeLegal, é a tua opinião. Para mim o FMI não tem que ter reforço dos capitais próprios com as ajudas que faz. Acho imoral, mas cada um na sua. Para mim, pelos teus valores, esses 2,7% de juros não deviam existir, simplesmente.
Não é uma questão de opinião.
Estás apenas a ver a situação do ponto de vista da Grécia. Existem vários países no Mundo que precisam de ajuda e alguns até frequentemente. Se o FMI não cobrar juros (mas necessariamente baixos) para reforçar e ajudar a manter os seus capitais em níveis capazes de ajudar outros países em dificuldade teria que constantemente estar a pedir reforços de capital a todos os seus membros e a exigir mais destes, muitos em situações também de dificuldade.
Para além disso, há ainda a considerar o risco de o país mesmo assim entrar em INCUMPRIMENTO (como aconteceu neste momento com a Grécia) e o FMI não ver nenhum do valor emprestado.
O FMI tem um programa de juro a 0% para uma conjunto de países. Mas é uma medida muito particular e que apenas pode ser aplicada em países muito pobres como alguns países africanos.
É fácil ter uma "opinião" contrária sobre tudo, mas é também importante que se tenha o máximo de informação sobre a situação para se perceber o "porquê" de as coisas serem da forma que são, normalmente existem razões para serem assim...
Re: Crise Grega
Dom_Quixote Escreveu:"O Syriza alimenta-se de caos" - OK
"Recorde-se que o Syriza saltou de 4,6% para 36,3% devido ao estado de emergência em que vive a Grécia há anos." - OK
Porque é que o Syriza é poder?
Quem são os culpados do Syriza ser poder?
Querem que o Syriza saia do poder! Para colocar no poder quem? Os responsáveis por o Syriza ser poder?![]()
Tudo isto é muito mais profundo do que a esmagadora maioria das opiniões reflecte... abordagens superficiais a dizer mal do agora sem se preocupar como chegou a Grécia ao agora. Já há vários anos podiam e deviam ter começado a dizer mal...
O que eu gostava mesmo é que os gregos nunca tivessem chegado a este agora...
Presumo que a pergunta passou despercebida...
Até já perguntei ao meu pileca se gostava da pergunta e a resposta foi pronta:
- Anexos
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"É de sábios mudar de opinião" - Miguel de Cervantes
"A verdade é o preço" - bogos in Caldeirão de Bolsa
"A verdade é o preço" - bogos in Caldeirão de Bolsa
Re: Crise Grega
A classe política grega, (tal como a classe política aqui do rectângulo) está cheia de inimputáveis.
Ex primeiros ministros preocupados com o 'não' são pelo menos dois! Quem lê o que dizem fica na dúvida se serão os mesmos indivíduos que atiraram os gregos para as mãos de uma coligação improvável de ex-estalinistas, anarco-sindicalistas, trotskistas, protofascistas e o que mais houver.
A acompanhar: http://www.theguardian.com/business/live/2015/jul/02/greek-debt-crisis-athens-creditors-referendum-yes-no-live
Ex primeiros ministros preocupados com o 'não' são pelo menos dois! Quem lê o que dizem fica na dúvida se serão os mesmos indivíduos que atiraram os gregos para as mãos de uma coligação improvável de ex-estalinistas, anarco-sindicalistas, trotskistas, protofascistas e o que mais houver.
A acompanhar: http://www.theguardian.com/business/live/2015/jul/02/greek-debt-crisis-athens-creditors-referendum-yes-no-live
"Se um homem tiver realmente muita fé, pode dar-se ao luxo de ser céptico."
in: Citações e Pensamentos, Friedrich Nietzsche
in: Citações e Pensamentos, Friedrich Nietzsche
Re: Crise Grega
PepeLegal, é a tua opinião. Para mim o FMI não tem que ter reforço dos capitais próprios com as ajudas que faz. Acho imoral, mas cada um na sua. Para mim, pelos teus valores, esses 2,7% de juros não deviam existir, simplesmente.
soso, trata-se de uma aliança apenas estratégica para ter o parlamento, a maioria do governo é o syriza, um partido pró-imigração, totalmente contrário aos nazis que falas. Mas enfim, não vou continuar a discussão, se para ti a Europa está bem, incluindo esses países do norte como França, Dinamarca, UK, que cada vez mais têm a extrema-direita a crescer, mas que para ti seguem um rumo harmonioso, tudo bem. São visões. E eu condeno nazis em qualquer governo, mas a discussão em relação à Grécia não passa por aí. Para por um país que sofreu a maior austeridade de sempre sem ter estado em guerra, e onde querem aplicar mais austeridade ainda. Aí sim, torna-se perigoso, pois o ser humano com fome e sem tecto, não pensa com racionalidade. Mas para vocês, isso não importa, o que importa é os gregos pagarem a todo o custo.
soso, trata-se de uma aliança apenas estratégica para ter o parlamento, a maioria do governo é o syriza, um partido pró-imigração, totalmente contrário aos nazis que falas. Mas enfim, não vou continuar a discussão, se para ti a Europa está bem, incluindo esses países do norte como França, Dinamarca, UK, que cada vez mais têm a extrema-direita a crescer, mas que para ti seguem um rumo harmonioso, tudo bem. São visões. E eu condeno nazis em qualquer governo, mas a discussão em relação à Grécia não passa por aí. Para por um país que sofreu a maior austeridade de sempre sem ter estado em guerra, e onde querem aplicar mais austeridade ainda. Aí sim, torna-se perigoso, pois o ser humano com fome e sem tecto, não pensa com racionalidade. Mas para vocês, isso não importa, o que importa é os gregos pagarem a todo o custo.
“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
“Nothing good ever comes of love. What comes of love is always something better” , Roberto Bolaño
"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
“Nothing good ever comes of love. What comes of love is always something better” , Roberto Bolaño
"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
Re: Crise Grega
híbrido Escreveu:E quanto vale Sócrates?
Fala-se em 20 milhões...

"É de sábios mudar de opinião" - Miguel de Cervantes
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Re: Crise Grega
JohnyRobaz Escreveu:Concordo com isso tudo, e concordo que existam juros, que não seja gratuito, mas na minha opinião deviam ser apenas simbólicos. E volto a dizer, a Grécia meteu la dinheiro antes de pedir empréstimo, até se pode dizer que antes disso era o FMI que devia dinheiro à Grécia, se querem entrar por esse caminho. Mas enfim, já que é assim tudo tão fácil, porque há estas contradições? --> http://expresso.sapo.pt/economia/2015-0 ... s-europeus
JohnyRobaz,
Os juros servem para por um lado pagarem os próprios custos da existência da entidade e por outro para criarem reservas que permitam ajudar outros países que tenham necessidade. Sem os juros, o IMF teria que cada vez que ajuda um país ter que pedir a cada um dos seus membros o financiamento necessário. Isso, na prática, teria bastantes problemas e não funcionaria. Mesmo assim, já existe um conjunto de suplementos que os membros são obrigados a injectar no IMF de forma regular para manter os níveis de recursos em níveis que possam servir.
E sim, as taxas que o FMI cobra são bastante reduzidas. Para teres uma ideia concreta da situação, o IMF cobrou um juro real efectivo de 3,6% à Grécia (desde 2010). Podes facilmente ver qual é a taxa de juro que os mercados pediam à Grécia em 2010 e que inclusive pedem agora.
Relembro que a Grécia tem sempre a possibilidade de pedir financiamento no mercado normal, sem exigência de nenhuma medida, apenas pagando o juro com que o mercado avalia o seu risco.
O FMI recebeu (ou devia ter recebido) de juros até ao momento da Grécia 2.5 mil milhões (sendo que devido a não ter pago esta última tranche, este valor na verdade ficou em apenas 900 milhões).
Já agora, o FMI necessitaria de um juro de 0.9% para cobrir os seus custos com a intervenção na Grécia, o que significa que são alocados os restantes 2.7% para o reforço dos recursos próprios.
A notica que colocas não tem contradição. Tem apenas um conjunto de medidas que o IMF defende que devem existir (faz parte do "receita" normal) e do outro lado a UE que não está disposta a aceitar isso neste momento.
A questão da dívida e do seu perdão é mal discutida e é usada de forma demagógica, porque o que realmente importa não é quanto deve no total a Grécia, é sim quanto tem que pagar por ano devido a essa divida (o chamado "serviço da dívida"). E no caso da Grécia, o serviço da dívida é já razoavelmente baixo (em 2014 foi de 4.3% do PIB).
A reduzir alguma coisa, será sempre mais interessante reduzir o valor do serviço de divida com aumento de maturidades, redução de juros ou períodos de carência.
Re: Crise Grega
Estou convicto que Alex Tsipras, após ter ganho as últimas gregas, encarou a negociação, com os credores da Grécia, como um jogo de póquer, que o seu governo iria jogar. Para ganhar esse jogo, tratou de contratar, para ministro das Finanças, um grande jogador, sabedor da Teoria dos Jogos: Yanis Varoufakis.
Alex Tsipras, ainda não governou a Grécia, até agora, andou apenas a jogar. Tal como os problemas financeiros de uma família não se solucionam numa mesa de jogo, também os problemas de um país endividado não se resolvem jogando póquer com os seus credores.
Alex Tsipras, não percebeu que numa negociação com credores, dos quais se depende para obter financiamento, há muito pouca margem para jogar.
Alex Tsipras, revelou-se um estadista anão, irresponsável.
Alex Tsipras, ainda não governou a Grécia, até agora, andou apenas a jogar. Tal como os problemas financeiros de uma família não se solucionam numa mesa de jogo, também os problemas de um país endividado não se resolvem jogando póquer com os seus credores.
Alex Tsipras, não percebeu que numa negociação com credores, dos quais se depende para obter financiamento, há muito pouca margem para jogar.
Alex Tsipras, revelou-se um estadista anão, irresponsável.
Editado pela última vez por Ativo em 2/7/2015 16:24, num total de 2 vezes.
Re: Crise Grega
Johny.... é demais!
- esse partido na Dinamarca, no Parlamento Europeu pertenceria a que família
- à mesma dos gregos independentes
Que estão aliados com o siriza
Porque é que os defensores do siriza, criticam qq tea party, mas não os ouço criticar o tsipras que levou para o governo NAZIS
algum dia andaste na tropa? De certeza que não.....
Vou-te ensinar a táctica dos radicais- embora a realidade e muitos filmes dá para tirar a conclusão -
os radicais de sinais opostos nunca se eliminam directamente, primeiro eliminam os moderados, e depois fazem a sua guerra suja!!!!
Não achas estranho e totalmente contra natura esta aliança? não há sininhos a tocar na tua cabeça, com esta estratégia?
Vou almoçar e para mim chega, pois alertei sempre para este cenário errante, proporcionado por quem passa a vida a correr para Moscovo, sabendo da guerra suja na Ucrânia.
Ou também és ingénuo e acreditas que os independentistas são locais, que fazem recuar o um exército soberano e bem treinado
Já agora, qual a solidariedade do siriza+ NAZI para com o povo Ucraniano?
Faz-me um favor: vai à net e coloca aqui um dos muitos discursos do Kammenos, anti imigração, ok?
Depois pondera..... espera aí... este gajo é governante
, quem foi o despudorado que o convidou
Façam este exercício, saem da caixa
e do discurso dos coitadinhos, pois este trio (tsipras + varou + kammenos) não augura nada de bom

- esse partido na Dinamarca, no Parlamento Europeu pertenceria a que família




- à mesma dos gregos independentes








Porque é que os defensores do siriza, criticam qq tea party, mas não os ouço criticar o tsipras que levou para o governo NAZIS




algum dia andaste na tropa? De certeza que não.....
Vou-te ensinar a táctica dos radicais- embora a realidade e muitos filmes dá para tirar a conclusão -
os radicais de sinais opostos nunca se eliminam directamente, primeiro eliminam os moderados, e depois fazem a sua guerra suja!!!!
Não achas estranho e totalmente contra natura esta aliança? não há sininhos a tocar na tua cabeça, com esta estratégia?
Vou almoçar e para mim chega, pois alertei sempre para este cenário errante, proporcionado por quem passa a vida a correr para Moscovo, sabendo da guerra suja na Ucrânia.
Ou também és ingénuo e acreditas que os independentistas são locais, que fazem recuar o um exército soberano e bem treinado





Já agora, qual a solidariedade do siriza+ NAZI para com o povo Ucraniano?
Faz-me um favor: vai à net e coloca aqui um dos muitos discursos do Kammenos, anti imigração, ok?
Depois pondera..... espera aí... este gajo é governante








Façam este exercício, saem da caixa





1886 – Estátua da Liberdade; oferecida pelos Franceses como aniversário do 1º século de independência dos EUA
A estátua era um símbolo da democracia e das leis
A estátua era um símbolo da democracia e das leis
Re: Crise Grega
Pois soso, a parte do norte da Europa ignoraste não é? Quanta harmonia...
jtx, o que eu vi foi um partido que não concorda com o caminho que se seguiu, e foi eleito por isso. Para negociar outro caminho com os credores. E levaram a negociação a sério. Não digo que tenham sido os políticos mais diplomáticos que existem, falta alguma experiencia, isso é tudo verdade. Mas não são nenhuns demónios. Apresentaram medidas concretas, económicas, e foram transparentes.
Essas teorias da conspiração de que eles estão a fazer teatro, é apenas conversa fiada de quem defende que a política da Europa se deve manter como está, em que "não há alternativa" (discurso muito democrático sem dúvida, e nada extremo, e que resulta ou na abstenção de voto da maioria da população, ou no voto em extremos). Não defendo esse caminho, e anda tanta gente preocupada com o Syriza que até agora ainda não apresentou na de extremo na minha opinião, quando na Hungria constroem muros e no norte da Europa temos partidos nazis a chegar cada vez mais perto do poder. Sim, esses sim, são nazis.
jtx, o que eu vi foi um partido que não concorda com o caminho que se seguiu, e foi eleito por isso. Para negociar outro caminho com os credores. E levaram a negociação a sério. Não digo que tenham sido os políticos mais diplomáticos que existem, falta alguma experiencia, isso é tudo verdade. Mas não são nenhuns demónios. Apresentaram medidas concretas, económicas, e foram transparentes.
Essas teorias da conspiração de que eles estão a fazer teatro, é apenas conversa fiada de quem defende que a política da Europa se deve manter como está, em que "não há alternativa" (discurso muito democrático sem dúvida, e nada extremo, e que resulta ou na abstenção de voto da maioria da população, ou no voto em extremos). Não defendo esse caminho, e anda tanta gente preocupada com o Syriza que até agora ainda não apresentou na de extremo na minha opinião, quando na Hungria constroem muros e no norte da Europa temos partidos nazis a chegar cada vez mais perto do poder. Sim, esses sim, são nazis.
“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
“Nothing good ever comes of love. What comes of love is always something better” , Roberto Bolaño
"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
“Nothing good ever comes of love. What comes of love is always something better” , Roberto Bolaño
"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
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