Isabel dos Santos, a portuguesa
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Re: Isabel dos Santos, a portuguesa
Parece-me que a OPA foi lançada sobre a PT SGPS (que tem parte da OI) e não sobre a PT Portugal (que foi vendida à Altice).
The market gives; The market takes.
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Re: Isabel dos Santos, a portuguesa
"E assim Portugal entrega Angola aos angolanos ...." - Discurso do Almirante Leonel Cardoso em Luanda a 10 de novembro de 1975.
Depois de quase 40 anos, continuamos a enterrar a cabeça na areia e a fingir que não se passa nada.
É vergonhoso para um país com quase 900 anos de história.
Pedro
Depois de quase 40 anos, continuamos a enterrar a cabeça na areia e a fingir que não se passa nada.
É vergonhoso para um país com quase 900 anos de história.
Pedro
Re: Isabel dos Santos, a portuguesa
A "empresária", gosto sempre deste nome quando se referem a Isabel dos Santos.
Basicamente dá a cara, tendo pessoas que de facto percebem de lavagem de dinheiro por trás. Poortugal aceita este jogo porque anda de mão estendida. É triste, principalmente para o povo angolano, que gangsters destes lhes roubem os recursos á descarada.
No que toca a Portugal: este investimento é muito giro, no entanto estar dependente deste tipo de malta não é algo lá muito bom... caso haja problemas em Angola, naquela democracia enfeitada quero ver as repercursões aqui...

Basicamente dá a cara, tendo pessoas que de facto percebem de lavagem de dinheiro por trás. Poortugal aceita este jogo porque anda de mão estendida. É triste, principalmente para o povo angolano, que gangsters destes lhes roubem os recursos á descarada.
No que toca a Portugal: este investimento é muito giro, no entanto estar dependente deste tipo de malta não é algo lá muito bom... caso haja problemas em Angola, naquela democracia enfeitada quero ver as repercursões aqui...
Re: Isabel dos Santos, a portuguesa
lfhm83 Escreveu:Mushin Escreveu:Portugal é a único país europeu que aceita o dinheiro angolano. Somos uma máquina de lavar gigante.
Pedro
Não estamos em posição de moralismos nem patriotismos qualquer investimento estrangeiro é uma benece.
Além disso o controlo do estado sobre sectores estratégicos não demonstrou qualquer tipo de resultado positivo nos últimos anos. Alguns dirão, "ah e tal a PT se ainda fosse do estado provavelmente hoje em dia estava numa situação bem melhor." É possível mas provavelmente seria á custa do contribuinte.
Excelente artigo Ulisses, demonstra bem o porquê das acções do BCP não acompanharem o movimento do BPI (pelo menos na mesma dimensão).
Não se trata de moralismos, nem patriotismos, trata-se de aceitar lavagem de dinheiro, que mais nenhum país permite a Angola.
O dinheiro que compra os BCP, ZON, BPI ...... é dinheiro roubado ao povo angolano.
Pedro
Re: Isabel dos Santos, a portuguesa
Até hoje, apesar da minha experiencia de vida de 82 anos, de ter vivido em 5 Paises diferentes e de conhecer meio Mundo (sempre à minha custa como Empresário Independente ou como Colaborador de Empresas Internacionais), não entendi como é possível um Pais soberano, Europeu, como parece querer parecer Portugal, é tão subserviente , servil e colaborante com um dos Paises que tem o regime mais corrupto do Mundo, como é ANGOLA representado no Exterior pela Filha do 2º Presidente mais corrupto (e Bilionário à face da terra, o outro é VLADIMIR PUTIN, da Russia) ! Em setembro de 1992, dirigentes do MPLA criaram formalmente o conglomerado de negócios do partido, a GEFI – Sociedade de Gestão e Participações Financeiras. São membros do Bureau Político do partido, presidentes de empresas públicas, assessores do presidente. A GEFI-S.A., detalha o jornalista Rafael Marques no seu estudo “MPLA – Sociedade Anónima”, tem uma carteira de negócios que inclui a participação em 64 empresas com operações no domínio da hotelaria, indústria, banca, pescas, comunicação social, construção, imobiliária. A sociedade serve para alienar, de forma obscura, património do Estado a favor da GEFI, para benefício financeiro e patrimonial do MPLA. O estudo conclui que esta transferência de património “deve ser entendida no contexto institucional de divisão dos recursos do Estado entre certas figuras, famílias da elite dominante e seus associados nacionais e estrangeiros”.Em setembro desse ano, dirigentes do MPLA criaram formalmente o conglomerado de negócios do partido, a GEFI – Sociedade de Gestão e Participações Financeiras. São membros do Bureau Político do partido, presidentes de empresas públicas, assessores do presidente. A GEFI-S.A., detalha o jornalista Rafael Marques no seu estudo “MPLA – Sociedade Anónima”, tem uma carteira de negócios que inclui a participação em 64 empresas com operações no domínio da hotelaria, indústria, banca, pescas, comunicação social, construção, imobiliária. A sociedade serve para alienar, de forma obscura, património do Estado a favor da GEFI, para benefício financeiro e patrimonial do MPLA. O estudo conclui que esta transferência de património “deve ser entendida no contexto institucional de divisão dos recursos do Estado entre certas figuras, famílias da elite dominante e seus associados nacionais e estrangeiros”.A origem da fortuna, diz a Forbes, é que Isabel dos Santos fica com parte das empresas que querem estabelecer-se em Angola, ou beneficia-se da providencial assinatura do pai numa lei ou decreto. Outro artigo sobre os negócios da filha mais velha do presidente afirma que incluí-em todos os grandes negócios feitos em Angola é, para José Eduardo dos Santos, uma “forma de extrair dinheiro do seu país, enquanto se mantém à distância, de maneira formal”. Desta forma, “se for derrubado, pode reclamar os seus bens, através da sua filha. Se morrer enquanto está no poder, ela mantém o saque na família.”
O segundo filho, por ordem de idade, é José Filomeno dos Santos, “Zenú”, nascido da ligação com Maria Luísa Perdigão Abrantes, a segunda mulher de José Eduardo dos Santos. Zenú foi nomeado para gerir o Fundo Soberano de Angola, dotado de 5.000 milhões de dólares e, como veremos, é apontado como um possível sucessor.
Irmãos de Zenú são Welwitschia José dos Santos, “Tchizé”, e José Eduardo Paulino dos Santos, “Coréon Dú”, que em 2006 usaram o endereço do Palácio Presidencial como residência privada para criar a Semba Comunicação, que hoje gere o segundo canal da Televisão Pública de Angola (TPA 2). A Semba Comunicação recebe mais de 40 milhões de dólares do orçamento da Presidência para a gestão da TPA 2 e outras supostas ações de melhoria da imagem presidencial. Coréon Dú procura também cimentar uma carreira de músico e foi em novembro de 2013 nomeado Vogal no Conselho Superior do Memorial Dr. António Agostinho Neto.
Finalmente, os três filhos do casamento de José Eduardo dos Santos com Ana Paula dos Santos – Eduane Danilo, Joseana e Eduardo Breno – também já se estrearam no mundo empresarial junto com a mãe, Ana Paula dos Santos, a sociedade anónima Deana Day Spa, dona de um Centro de Beleza e Estética na Marginal de Luanda. Não se sabe de onde veio o dinheiro para este investimento.
Para além da família, “o círculo dos mais endinheirados empresários angolanos é fechado por pessoas muito próximas a José Eduardo dos Santos de entre as quais avultam os generais Kopelipa (ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República), Dino Fragoso (ex-chefe das Comunicações da Presidência da República e atual assessor do chefe da Casa Civil) e Manuel Vicente, o recém nomeado ministro de Estado da Coordenação Económica e Produtiva”, enumera um artigo do Maka Angola.
Revista norte-americana aponta corrupção do regime angolano como a origem da fortuna de Isabel dos Santos. A empresária já veio desmentir.
Em Janeiro, a revista Forbes considerou Isabel dos Santos, a filha mais velha do Presidente angolano José Eduardo dos Santos, como a mulher mais rica de África. Agora, publicou uma investigação em que clarifica a origem da sua fortuna: vem de ficar com uma parte de empresas que querem estabelecer-se em Angola ou da providencial assinatura do pai numa lei ou decreto.
O artigo é assinado por Kerry A. Dolan, uma das coordenadoras da lista anual dos milionários, e pelo jornalista e activista angolano Rafael Marques, que dizem ter falado com muita gente no terreno e consultado muitos documentos. No entanto, Isabel dos Santos e o empresário português Américo Amorim – que se tornou um importante parceiro da filha do Presidente angolano –, entre outros visados directamente, não falaram com os jornalistas.
A empresária veio desmentir as afirmações da Forbes. Em comunicado, o seu gabinete diz que o artigo é obra “um conhecido ativista político que, patrocinado por interesses escondidos, passeia pelo mundo a atacar Angola e os angolanos”, referindo-se a Rafael Marques. “Isabel dos Santos é uma empresária independente e uma investidora privada, representando unicamente os seus próprios interesses”, sublinha o comunicado.
A revista norte-americana diz claramente que a história de Isabel dos Santos, a milionária de 3000 milhões de dólares no país onde 70% dos habitantes vivem com menos de 2 dólares por dia,“é uma rara janela para a mesma trágica narrativa cleptocrática em que ficam presos muitos outros países ricos em recursos naturais”.
José Eduardo dos Santos, de 71 anos, é Presidente de Angola desde 1979, e é o chefe de Estado que governa há mais anos sem ser monarca, sublinha a Forbes. Incluir a sua filha em todos os grandes negócios feitos em Angola é uma “forma de extrair dinheiro do seu país, enquanto se mantém à distância, de maneira formal”, escrevem os jornalistas. “Se for derrubado, pode reclamar os seus bens, através da sua filha. Se morrer enquanto está no poder, ela mantém o saque na família.”
Isabel dos Santos tem 24,5% da Endiama, a empresa concessionária da exploração mineira no Norte do país – criada por decreto presidencial, que exigia a formação de um consórcio com parceiros privados. Os parceiros privados da filha do Presidente, que incluíam negociantes israelitas de diamantes, criaram a Ascorp, registada em Gibraltar. Na sombra, diz a Forbes, citando documentos judiciais britânicos, tinha o negociante de armas russo Arkadi Gaidamak, um antigo conselheiro do Presidente angolano durante a guerra civil de 1992 a 2002.
O escrutínio internacional dedicado aos ‘diamantes de sangue’, explica a revista, aconteceu no mesmo período em que Isabel dos Santos transferiu a sua parte do negócio, que a Forbes classifica como “um poço de dinheiro”, para a mãe, uma cidadã britânica. Tudo continua em casa, sublinha a revista.
Além dos diamantes, também a posse de 25% da Unitel, a primeira operadora de telecomunicações privada em Angola, partiu de um decreto presidencial directamente para a filha mais velha. “Um porta-voz de Isabel dos Santos disse que ela contribuiu com capital pela sua parte da Unitel, mas não especificou a quantia; um ano depois, a Portugal Telecom pagou 12,6 milhões de dólares por outra fatia de 25%”, escreve a revista.
A quota-parte de 25% da Unitel detida por Isabel dos Santos é avaliada por analistas que seguem a actividade da PT, e que foram ouvidos pela Forbes, em mil milhões de euros.
A parceria com Américo Amorim, que abarca as áreas financeira, através do banco BIC, e petrolífera, através da Amorim Energia e dos seus negócios na Galp e com a Sonangol, tem sido um sucesso. A revista lembra o investimento de 500 milhões na portuguesa ZON e explica também como Isabel dos Santos acabou por ficar à frente da cimenteira angolana Nova Cimangola, também através de negócios com Américo Amorim.
Contas feitas, o objectivo do regime é apresentar Isabel dos Santos como uma heroína angolana. Depois de a Forbes a ter declarado uma bilionária, em Janeiro, o Jornal de Angola, “porta-voz do regime, declarava ‘estamos maravilhados por a empresária Isabel dos Santos se ter tornado uma referência do mundo das finanças. Isto é bom para Angola e encher os angolanos de orgulho.’”. Mas não é caso para isso, diz a revista: “Os angolanos deviam ficar envergonhados. Não orgulhosos.”
Filha do presidente angolano José Eduardo dos Santos e da sua primeira esposa, de origem Azerbaijana (ele fingiu que estudou Engenharia Petrolífera em BAKU, Capital da ex Republica Soviética do Azerbeijan, hoje Pais Independente (onde eu tenho um grande amigo TOGRUL AGAEV, sobrinho de um antigo Ministro de Estado, atualmente vivendo em St, Petersburgo, na Russia, Pais que, aliás, eu conheci bem ainda nos uultimos 2 anos de Comunismo (1990 e 1991), por que vivi 10 anos com uma Cidadã Russa !), na altura cidadã soviética e antiga campeã de xadrez , Isabel dos Santos estudou engenharia eléctrica 12 no King's College de Londres.
Casou-se em Luanda, pelo civil, a 20 de Dezembro de 2002, nos jardins do Palácio Presidencial, e no dia seguinte pela Igreja, na Sé Catedral , com o coleccionador de arte, Sindika Dokolo, nacional da República Democrática do Congo , numa cerimónia onde compareceram cerca de 800 convidados em que metade eram familiares dos noivos 15 16 , estando também entre os convidados vários presidentes africanos .
Surgiram rumores de que para o casamento se teria gasto só em talheres e similares, cerca de um milhão de dólares que Isabel dos Santos teria mandado reparar a Sé Catedral de Luanda e que à festa de casamento teria comparecido mais de dois mil convidados , ou ainda de que o total de custos do casamento teria sido de cerca de quatro milhões de dólares e que, além de terem ido buscar no dia um coro à Bélgica de propósito para o casamento, teriam também sido fretados dois aviões que transportaram o catering directamente da França , no entanto, nenhuma destas noticias foi confirmada.
Começou as suas actividades na capital de Angola, Luanda, no início de 1990, e trabalhou na qualidade de engenheira gestora de projecto, na empresa Urbana 2000, pertencente ao grupo Jembas , que ganhou o contrato para a limpeza e desinfestação da cidade. Na bem conhecida Ilha de Luanda, abriu em 1997, aos 24 anos, o Miami Beach Club , um dos primeiros clubes da noite na capital. Os negócios de Isabel dos Santos cresceram rapidamente, participando em várias holdings e adquirindo propriedades e participações de empresas em Angola e no estrangeiro, nomeadamente em Portugal . Em 2012, ao ser perguntada sobre sua actividade profissional, Isabel dos Santos disse durante uma entrevista a um jornalista britânico em Londres que "trabalha sete dias por semana" .
A partir de 2008 Isabel dos Santos expande as suas áreas de negócio para sectores tais como o da hotelaria, petróleo, diamantes, bancos e telecomunicações. Com a empresa angolana Condis, Isabel dos Santos fechou um acordo de parceira em Abril de 2011 com a portuguesa Sonae para o desenvolvimento conjunto de uma operação de exploração da actividade de retalho em Angola sob a insígnia Continente . É investidora na Ciminvest SA, uma companhia que detém participação na companhia angolana de cimento Nova Cimangola e é presidente da Cruz Vermelha de Angola .
Investimentos em Portugal
Em Portugal, detém importantes participações, nomeadamente através da Santoro Finance no Banco Português de Investimento e Banco BIC Português, que adquiriu o Banco Português de Negócios , e a cujo Conselho de Administração pertence, com autorização do Banco de Portugal , bem como noutras empresas, nomeadamente a Galp Energia e a ZON Multimédia (actualmente denominada NOS) , através da Unitel International Holdings BV e Kento Holding .
No dia 14 de Abril 2011 a empresa portuguesa Sonae assinou um acordo de parceria com a empresa angolana Condis, detida pela empresária Isabel dos Santos e Sindika Dokolo, para a introdução de actividades em retalho e abertura de Hipermercados sob a insígnia Continente , como já referido anteriormente. Os investimentos de Isabel dos Santos em Portugal em companhias cotadas estão sujeitas a supervisão oficial da CMVM . Em Novembro de 2012 passou a integrar, com funções não executivas, o conselho de administração da ZON (agora NOS) . Em Dezembro 2012 tornou público convite para fusão da mesma com a Sonaecom sob o nome ZOPT .
Oito meses depois, e após a luz verde da Autoridade da Concorrência, a fusão das duas empresas foi formalizada a 27 de Agosto 2013, com a transferência para a ZOPT, a sociedade-veículo criada para avançar com a operação e que passa a deter mais de 50% do capital do novo grupo, das acções que Isabel dos Santos e a Sonaecom detêm, respectivamente, na ZON e na Optimus. Houve um aumento em espécie do capital social da ZOPT de 50 para 716 milhões de euros, a Sonaecom subscreveu 358 milhões de acções da sociedade, através da entrega de 81,8% do capital da Optimus. Já a empresária angolana, através das holdings Kento e Unitel International, subscreveu exactamente o mesmo número de acções da ZOPT, entregando 28,8% do capital da ZON. Com esta transferência das participações detidas na Optimus e na Zon, a Sonaecom e Isabel dos Santos passaram a deter mais de 50% do capital da empresa resultante da fusão: a Zon Optimus SGPS. Nesta altura foi anunciada uma estratégia para a nova empresa com uma visão multimercados49 .
Em meados de 2012, os investimentos de Isabel dos Santos em Portugal ultrapassavam os 1,4 mil milhões de euros
O ponto de partida foi, no entanto, a criação da Unitel. O desenvolvimento de um sistema de walkie-talkie abriu caminho à incursão nas telecomunicações e, após um processo de licitação justo, criou a maior operadora móvel de Angola, em parceria com a Portugal Telecom, a Sonangol e a Vidatel . Através da Unitel Internacional, uma plataforma de investimento da Unitel onde a Portugal Telecom não tem presença, adquiriu a operadora T+, em Cabo Verde e obteve a licença para constituir a segunda operadora de telecomunicações em São Tomé e Príncipe . No âmbito deste investimento anunciou, numa visita a São Tomé e Príncipe, que a Unitel vai investir na formação tecnológica no país e apostar na criação de emprego . Numa entrevista durante o New York Forum Africa, que se realizou em Junho de 2013, em Libreville, no Gabão, Isabel dos Santos referiu que o futuro das Telecomunicações em África não passa pelos telemóveis, mas sim pela conectividade, capaz de ligar o continente africano, independentemente do país .
O notável crescimento da empresária angolana no sector das comunicações em Portugal, levou-a a chegar ao 4º lugar na lista dos "Mais Poderosos" do Jornal de Negócios . Isabel dos Santos tem, nos últimos anos, reforçado a sua posição em vários sectores de actividade, nomeadamente em Portugal. Este ano a empresária consolidou os seus negócios, expandiu-se no mundo lusófono , e teve um papel fundamental na fusão da ZON Optimus, criando a NOS . Segundo alguns editoriais, as suas recentes operações podem levar a um domínio em algumas áreas dos meios de comunicação, mas Isabel dos Santos tem referido não ter qualquer interesse nos media nem de Angola nem de Portugal . Ao que parece Isabel dos Santos prossegue uma estratégia clara na economia portuguesa. Entre os anos 2009 e 2012 a sua quota aumentou exponencialmente . Os sectores que mais chamam a atenção são a comunicação e o sistema financeiro. Ambas as actividades são também as prioridades de investimento nas próprias empresas de Isabel dos Santos, em Angola e no estrangeiro, nomeadamente em Portugal. As posições que Isabel dos Santos tem em empresas cotadas na bolsa de Lisboa valem mais de 1,7 mil milhões de euros .,
“Isabel dos Santos investe em Portugal há anos, e tem participações que são geridas de forma profissional, com a indicação de gestores profissionais, com o perfil que se exige a empresas cotadas e mercados desenvolvidos. É o caso da NOS e do BPI, por exemplo, e não há notícia, em nenhuma das empresas, de problemas com a accionista Isabel dos Santos. Pelo contrário, porque não só investe, como abre mercados às empresas onde tem capital.
Unitel International Holdings, (baseado em Amesterdão, alteração da denominação de Kento e Jadeium sociedade veículo para os investimentos de Isabel dos Santos no sector das telecomunicações) Santoro Finance (baseado em Lisboa, sociedade veículo do investimento de Isabel dos Santos no Banco BPI, onde detém 19,34% do capital) Esperanza (baseado em Amesterdão, energia, óleo, etc.) Condis (baseado em Luanda, negócio de retalho).Zopt é uma "holding" que integra a Sonae e Isabel dos Santos. É accionista da Nos.Controvérsiassta ! Segundo a revista Forbes, num artigo assinado pela jornalista norte-americana Kerry Dolan, e pelo activista político e também jornalista Rafael Marques de Morais, a fortuna de Isabel dos Santos advém do poder e influência de seu pai, presidente de Angola desde 1979 os autores que as empr norte-americana Kerry Dolan, e pelo activista político e também jornalista Rafael Marques de Morais, a fortuna de Isabel dos Santos advém do poder e influência de seu pai, presidente de Angola desde 1979 . Especulam os autores que as empresas de Isabel dos Santos receberiam recursos de multinacionais que pretendam estabelecer-se em Angola a fim de conseguir decisões favoráveis da Presidência angolana . Isabel dos Santos desmentiu as acusações . Tais acusações são corroboradas pelo ex-primeiro-ministro de Angola, Marcolino Moco , crítico assumido de José Eduardo dos Santos, presidente do seu país, e com quem Marcolino trabalhou lado a lado durante vários anos . A mesma reportagem da Forbes alega que a fortuna da filha é um "esquema infalível" do presidente José Eduardo dos Santos para não perder seu património, visto que a maior parte dos bens encontra-se fora de Angola . Numa entrevista dada em 2013 ao jornal britânico Financial Times, Isabel dos Santos desmistificou estas ideias , afirmando: "Faço negócios e não faço política. Tive sentido para os negócios desde muito nova . Imagino que seja muito difícil distinguir o pai da filha. Penso que essa dificuldade advém de estar a fazer as minhas coisas e o meu pai ser uma figura política africana muito forte há tantos ano!.
A recente afirmação de Isabel dos Santos, ao Financial Times, segundo a qual despertou para a vida empresarial aos seis anos, como vendedora de ovos, tornou-se já uma lenda popular.
Com o trabalho infantil da venda de ovos, Isabel dos Santos procurou justificar a origem da sua fortuna, que a alcandorou à lista dos bilionários e ao título da primeira mulher e a mais jovem bilionária Africana pela Forbes. A revista avaliou o património de Isabel dos Santos em dois biliões de dólares.
Em Angola, é conhecimento público que a riqueza de Isabel dos Santos se deve a actos de nepotismo, suborno e corrupção do seu pai, o presidente José Eduardo dos Santos, no poder há 33 anos.
O modelo de distribuição da negócios e da riqueza nacional pela sua família, há muitos anos que tem a assinatura formal do próprio presidente.
Já lá vão os anos de pudor presidencial! A 17 de Março de 2001, a primeira-dama Ana Paula dos Santos escreveu ao Secretário Executivo para a Venda de Imóveis, a solicitar o trespasse, a seu favor, de uma fracção de um edifício na Rua Kwame Nkrumah, no Bairro Alvalade. Fê-lo na qualidade de simples funcionária do Comité Miss Angola e usou o fax desta instituição, na realidade uma empreitada sua, para enviar o documento.
Com a vitória militar de Fevereiro de 2002, José Eduardo dos Santos passou a ser mais aberto no seu envolvimento pessoal em actos que desonram o cargo de presidente da República e demonstram total falta de respeito para com a sociedade angolana.
A 6 de Setembro de 2002, o jurista Valter Virgílio Rodrigues registou a empresa ZE Designs Importação e Exportação, Limitada, na qualidade de “mandatário de José Eduardo dos Santos, casado, natural e residente em Luanda, no Futungo de Belas, Presidência da República, representante legal do seu filho menor, José Eduardo Paulino dos Santos, de 17 anos de idade (…)”. A então conservadora Isabel Tormenta dos Santos, que procedeu ao registo desta empresa, assim como de mais de uma centena e meia pertencentes à família presidencial, assim como a Manuel Vicente e ao general Kopelipa, faz hoje parte do executivo de Dos Santos, com o título de Secretária de Estado da Justiça. É para guardar segredo.
José Paulino dos Santos “Coréon Dú”, outros dos filhos do presidente, começou a sua carreira empresarial pela mão do pai. Tendo atingido a maioridade, Coréon Dú usou o endereço do Palácio Presidencial, em 2006, como residência privada para criar a Semba Comunicação, juntamente com a irmã Tchizé dos Santos, que hoje gere o segundo canal da Televisão Púplica de Angola (TPA 2). A Semba Comunicação recebe mais de 40 milhões de dólares do orçamento da Presidência para a gestão da TPA 2 e outras supostas acções de melhoria da imagem presidencial.
Na época da ditadura marxista-leninista, Isabel dos Santos aprendeu com o socialismo esquemático da mãe azerbaijana, Tatiana Kukanova. A livre iniciativa económica, o capitalismo, era crime. O Dúdú-Faz-Tudo, como também é conhecido José Paulino dos Santos, aprendeu já com o capitalismo selvagem do pai.
Por sua vez, os três filhos do casamento de José Eduardo dos Santos com Ana Paula dos Santos – Eduane Danilo, Joseana e Eduardo Breno – tiveram também um início de carreira empresarial em nada lendária. A 11 de Julho de 2007, Ana Paula dos Santos criou, com a irmã Artemísia e os três filhos, a sociedade anónima Deana Day Spa. A empresa criou, com o mesmo nome, o Centro de Beleza e Estética, à Marginal de Luanda.
O centro tem a seguinte estrutura societária: Ana Paula Cristóvão de Lemos dos Santos (49 porcento), Artemísia Cristóvão de Lemos (25 porcento), Eduane Danilo Lemos dos Santos (15 porcento), Joseana Lemos dos Santos (7 porcento), e Eduardo Breno Lemos dos Santos (4 porcento). Certamente, não foi com o salário de funcionária do Miss Angola, nem como as ajudas de custo, como primeira-dama, que Ana Paula dos Santos obteve milhões de dólares para investir no Deana Day Spa. Foi o presidente a contribuir com o seu salário pela participação dos então filhos menores? Nunca ganhou formalmente o suficiente para amealhar milhões de dólares. A seu tempo, essas questões terão de ter respostas claras em foro judicial.
O segundo filho, por ordem de idade, é José Filomeno dos Santos, “Zenú”, nascido da ligação com Maria Luísa Perdigão Abrantes, a segunda mulher de José Eduardo dos Santos. Zenú foi nomeado para gerir o Fundo Soberano de Angola, dotado de 5.000 milhões de dólares e, como veremos, é apontado como um possível sucessor.
Irmãos de Zenú são Welwitschia José dos Santos, “Tchizé”, e José Eduardo Paulino dos Santos, “Coréon Dú”, que em 2006 usaram o endereço do Palácio Presidencial como residência privada para criar a Semba Comunicação, que hoje gere o segundo canal da Televisão Pública de Angola (TPA 2). A Semba Comunicação recebe mais de 40 milhões de dólares do orçamento da Presidência para a gestão da TPA 2 e outras supostas ações de melhoria da imagem presidencial. Coréon Dú procura também cimentar uma carreira de músico e foi em novembro de 2013 nomeado Vogal no Conselho Superior do Memorial Dr. António Agostinho Neto.
Finalmente, os três filhos do casamento de José Eduardo dos Santos com Ana Paula dos Santos – Eduane Danilo, Joseana e Eduardo Breno – também já se estrearam no mundo empresarial junto com a mãe, Ana Paula dos Santos, a sociedade anónima Deana Day Spa, dona de um Centro de Beleza e Estética na Marginal de Luanda. Não se sabe de onde veio o dinheiro para este investimento.
Para além da família, “o círculo dos mais endinheirados empresários angolanos é fechado por pessoas muito próximas a José Eduardo dos Santos de entre as quais avultam os generais Kopelipa (ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República), Dino Fragoso (ex-chefe das Comunicações da Presidência da República e atual assessor do chefe da Casa Civil) e Manuel Vicente, o recém nomeado ministro de Estado da Coordenação Económica e Produtiva”, enumera um artigo do Maka Angola.
Revista norte-americana aponta corrupção do regime angolano como a origem da fortuna de Isabel dos Santos. A empresária já veio desmentir.
Em Janeiro, a revista Forbes considerou Isabel dos Santos, a filha mais velha do Presidente angolano José Eduardo dos Santos, como a mulher mais rica de África. Agora, publicou uma investigação em que clarifica a origem da sua fortuna: vem de ficar com uma parte de empresas que querem estabelecer-se em Angola ou da providencial assinatura do pai numa lei ou decreto.
O artigo é assinado por Kerry A. Dolan, uma das coordenadoras da lista anual dos milionários, e pelo jornalista e activista angolano Rafael Marques, que dizem ter falado com muita gente no terreno e consultado muitos documentos. No entanto, Isabel dos Santos e o empresário português Américo Amorim – que se tornou um importante parceiro da filha do Presidente angolano –, entre outros visados directamente, não falaram com os jornalistas.
A empresária veio desmentir as afirmações da Forbes. Em comunicado, o seu gabinete diz que o artigo é obra “um conhecido ativista político que, patrocinado por interesses escondidos, passeia pelo mundo a atacar Angola e os angolanos”, referindo-se a Rafael Marques. “Isabel dos Santos é uma empresária independente e uma investidora privada, representando unicamente os seus próprios interesses”, sublinha o comunicado.
A revista norte-americana diz claramente que a história de Isabel dos Santos, a milionária de 3000 milhões de dólares no país onde 70% dos habitantes vivem com menos de 2 dólares por dia,“é uma rara janela para a mesma trágica narrativa cleptocrática em que ficam presos muitos outros países ricos em recursos naturais”.
José Eduardo dos Santos, de 71 anos, é Presidente de Angola desde 1979, e é o chefe de Estado que governa há mais anos sem ser monarca, sublinha a Forbes. Incluir a sua filha em todos os grandes negócios feitos em Angola é uma “forma de extrair dinheiro do seu país, enquanto se mantém à distância, de maneira formal”, escrevem os jornalistas. “Se for derrubado, pode reclamar os seus bens, através da sua filha. Se morrer enquanto está no poder, ela mantém o saque na família.”
Isabel dos Santos tem 24,5% da Endiama, a empresa concessionária da exploração mineira no Norte do país – criada por decreto presidencial, que exigia a formação de um consórcio com parceiros privados. Os parceiros privados da filha do Presidente, que incluíam negociantes israelitas de diamantes, criaram a Ascorp, registada em Gibraltar. Na sombra, diz a Forbes, citando documentos judiciais britânicos, tinha o negociante de armas russo Arkadi Gaidamak, um antigo conselheiro do Presidente angolano durante a guerra civil de 1992 a 2002.
O escrutínio internacional dedicado aos ‘diamantes de sangue’, explica a revista, aconteceu no mesmo período em que Isabel dos Santos transferiu a sua parte do negócio, que a Forbes classifica como “um poço de dinheiro”, para a mãe, uma cidadã britânica. Tudo continua em casa, sublinha a revista.
Além dos diamantes, também a posse de 25% da Unitel, a primeira operadora de telecomunicações privada em Angola, partiu de um decreto presidencial directamente para a filha mais velha. “Um porta-voz de Isabel dos Santos disse que ela contribuiu com capital pela sua parte da Unitel, mas não especificou a quantia; um ano depois, a Portugal Telecom pagou 12,6 milhões de dólares por outra fatia de 25%”, escreve a revista.
A quota-parte de 25% da Unitel detida por Isabel dos Santos é avaliada por analistas que seguem a actividade da PT, e que foram ouvidos pela Forbes, em mil milhões de euros.
A parceria com Américo Amorim, que abarca as áreas financeira, através do banco BIC, e petrolífera, através da Amorim Energia e dos seus negócios na Galp e com a Sonangol, tem sido um sucesso. A revista lembra o investimento de 500 milhões na portuguesa ZON e explica também como Isabel dos Santos acabou por ficar à frente da cimenteira angolana Nova Cimangola, também através de negócios com Américo Amorim.
Contas feitas, o objectivo do regime é apresentar Isabel dos Santos como uma heroína angolana. Depois de a Forbes a ter declarado uma bilionária, em Janeiro, o Jornal de Angola, “porta-voz do regime, declarava ‘estamos maravilhados por a empresária Isabel dos Santos se ter tornado uma referência do mundo das finanças. Isto é bom para Angola e encher os angolanos de orgulho.’”. Mas não é caso para isso, diz a revista: “Os angolanos deviam ficar envergonhados. Não orgulhosos.”
Filha do presidente angolano José Eduardo dos Santos e da sua primeira esposa, de origem Azerbaijana (ele fingiu que estudou Engenharia Petrolífera em BAKU, Capital da ex Republica Soviética do Azerbeijan, hoje Pais Independente (onde eu tenho um grande amigo TOGRUL AGAEV, sobrinho de um antigo Ministro de Estado, atualmente vivendo em St, Petersburgo, na Russia, Pais que, aliás, eu conheci bem ainda nos uultimos 2 anos de Comunismo (1990 e 1991), por que vivi 10 anos com uma Cidadã Russa !), na altura cidadã soviética e antiga campeã de xadrez , Isabel dos Santos estudou engenharia eléctrica 12 no King's College de Londres.
Casou-se em Luanda, pelo civil, a 20 de Dezembro de 2002, nos jardins do Palácio Presidencial, e no dia seguinte pela Igreja, na Sé Catedral , com o coleccionador de arte, Sindika Dokolo, nacional da República Democrática do Congo , numa cerimónia onde compareceram cerca de 800 convidados em que metade eram familiares dos noivos 15 16 , estando também entre os convidados vários presidentes africanos .
Surgiram rumores de que para o casamento se teria gasto só em talheres e similares, cerca de um milhão de dólares que Isabel dos Santos teria mandado reparar a Sé Catedral de Luanda e que à festa de casamento teria comparecido mais de dois mil convidados , ou ainda de que o total de custos do casamento teria sido de cerca de quatro milhões de dólares e que, além de terem ido buscar no dia um coro à Bélgica de propósito para o casamento, teriam também sido fretados dois aviões que transportaram o catering directamente da França , no entanto, nenhuma destas noticias foi confirmada.
Começou as suas actividades na capital de Angola, Luanda, no início de 1990, e trabalhou na qualidade de engenheira gestora de projecto, na empresa Urbana 2000, pertencente ao grupo Jembas , que ganhou o contrato para a limpeza e desinfestação da cidade. Na bem conhecida Ilha de Luanda, abriu em 1997, aos 24 anos, o Miami Beach Club , um dos primeiros clubes da noite na capital. Os negócios de Isabel dos Santos cresceram rapidamente, participando em várias holdings e adquirindo propriedades e participações de empresas em Angola e no estrangeiro, nomeadamente em Portugal . Em 2012, ao ser perguntada sobre sua actividade profissional, Isabel dos Santos disse durante uma entrevista a um jornalista britânico em Londres que "trabalha sete dias por semana" .
A partir de 2008 Isabel dos Santos expande as suas áreas de negócio para sectores tais como o da hotelaria, petróleo, diamantes, bancos e telecomunicações. Com a empresa angolana Condis, Isabel dos Santos fechou um acordo de parceira em Abril de 2011 com a portuguesa Sonae para o desenvolvimento conjunto de uma operação de exploração da actividade de retalho em Angola sob a insígnia Continente . É investidora na Ciminvest SA, uma companhia que detém participação na companhia angolana de cimento Nova Cimangola e é presidente da Cruz Vermelha de Angola .
Investimentos em Portugal
Em Portugal, detém importantes participações, nomeadamente através da Santoro Finance no Banco Português de Investimento e Banco BIC Português, que adquiriu o Banco Português de Negócios , e a cujo Conselho de Administração pertence, com autorização do Banco de Portugal , bem como noutras empresas, nomeadamente a Galp Energia e a ZON Multimédia (actualmente denominada NOS) , através da Unitel International Holdings BV e Kento Holding .
No dia 14 de Abril 2011 a empresa portuguesa Sonae assinou um acordo de parceria com a empresa angolana Condis, detida pela empresária Isabel dos Santos e Sindika Dokolo, para a introdução de actividades em retalho e abertura de Hipermercados sob a insígnia Continente , como já referido anteriormente. Os investimentos de Isabel dos Santos em Portugal em companhias cotadas estão sujeitas a supervisão oficial da CMVM . Em Novembro de 2012 passou a integrar, com funções não executivas, o conselho de administração da ZON (agora NOS) . Em Dezembro 2012 tornou público convite para fusão da mesma com a Sonaecom sob o nome ZOPT .
Oito meses depois, e após a luz verde da Autoridade da Concorrência, a fusão das duas empresas foi formalizada a 27 de Agosto 2013, com a transferência para a ZOPT, a sociedade-veículo criada para avançar com a operação e que passa a deter mais de 50% do capital do novo grupo, das acções que Isabel dos Santos e a Sonaecom detêm, respectivamente, na ZON e na Optimus. Houve um aumento em espécie do capital social da ZOPT de 50 para 716 milhões de euros, a Sonaecom subscreveu 358 milhões de acções da sociedade, através da entrega de 81,8% do capital da Optimus. Já a empresária angolana, através das holdings Kento e Unitel International, subscreveu exactamente o mesmo número de acções da ZOPT, entregando 28,8% do capital da ZON. Com esta transferência das participações detidas na Optimus e na Zon, a Sonaecom e Isabel dos Santos passaram a deter mais de 50% do capital da empresa resultante da fusão: a Zon Optimus SGPS. Nesta altura foi anunciada uma estratégia para a nova empresa com uma visão multimercados49 .
Em meados de 2012, os investimentos de Isabel dos Santos em Portugal ultrapassavam os 1,4 mil milhões de euros
O ponto de partida foi, no entanto, a criação da Unitel. O desenvolvimento de um sistema de walkie-talkie abriu caminho à incursão nas telecomunicações e, após um processo de licitação justo, criou a maior operadora móvel de Angola, em parceria com a Portugal Telecom, a Sonangol e a Vidatel . Através da Unitel Internacional, uma plataforma de investimento da Unitel onde a Portugal Telecom não tem presença, adquiriu a operadora T+, em Cabo Verde e obteve a licença para constituir a segunda operadora de telecomunicações em São Tomé e Príncipe . No âmbito deste investimento anunciou, numa visita a São Tomé e Príncipe, que a Unitel vai investir na formação tecnológica no país e apostar na criação de emprego . Numa entrevista durante o New York Forum Africa, que se realizou em Junho de 2013, em Libreville, no Gabão, Isabel dos Santos referiu que o futuro das Telecomunicações em África não passa pelos telemóveis, mas sim pela conectividade, capaz de ligar o continente africano, independentemente do país .
O notável crescimento da empresária angolana no sector das comunicações em Portugal, levou-a a chegar ao 4º lugar na lista dos "Mais Poderosos" do Jornal de Negócios . Isabel dos Santos tem, nos últimos anos, reforçado a sua posição em vários sectores de actividade, nomeadamente em Portugal. Este ano a empresária consolidou os seus negócios, expandiu-se no mundo lusófono , e teve um papel fundamental na fusão da ZON Optimus, criando a NOS . Segundo alguns editoriais, as suas recentes operações podem levar a um domínio em algumas áreas dos meios de comunicação, mas Isabel dos Santos tem referido não ter qualquer interesse nos media nem de Angola nem de Portugal . Ao que parece Isabel dos Santos prossegue uma estratégia clara na economia portuguesa. Entre os anos 2009 e 2012 a sua quota aumentou exponencialmente . Os sectores que mais chamam a atenção são a comunicação e o sistema financeiro. Ambas as actividades são também as prioridades de investimento nas próprias empresas de Isabel dos Santos, em Angola e no estrangeiro, nomeadamente em Portugal. As posições que Isabel dos Santos tem em empresas cotadas na bolsa de Lisboa valem mais de 1,7 mil milhões de euros .,
“Isabel dos Santos investe em Portugal há anos, e tem participações que são geridas de forma profissional, com a indicação de gestores profissionais, com o perfil que se exige a empresas cotadas e mercados desenvolvidos. É o caso da NOS e do BPI, por exemplo, e não há notícia, em nenhuma das empresas, de problemas com a accionista Isabel dos Santos. Pelo contrário, porque não só investe, como abre mercados às empresas onde tem capital.
Unitel International Holdings, (baseado em Amesterdão, alteração da denominação de Kento e Jadeium sociedade veículo para os investimentos de Isabel dos Santos no sector das telecomunicações) Santoro Finance (baseado em Lisboa, sociedade veículo do investimento de Isabel dos Santos no Banco BPI, onde detém 19,34% do capital) Esperanza (baseado em Amesterdão, energia, óleo, etc.) Condis (baseado em Luanda, negócio de retalho).Zopt é uma "holding" que integra a Sonae e Isabel dos Santos. É accionista da Nos.Controvérsiassta ! Segundo a revista Forbes, num artigo assinado pela jornalista norte-americana Kerry Dolan, e pelo activista político e também jornalista Rafael Marques de Morais, a fortuna de Isabel dos Santos advém do poder e influência de seu pai, presidente de Angola desde 1979 os autores que as empr norte-americana Kerry Dolan, e pelo activista político e também jornalista Rafael Marques de Morais, a fortuna de Isabel dos Santos advém do poder e influência de seu pai, presidente de Angola desde 1979 . Especulam os autores que as empresas de Isabel dos Santos receberiam recursos de multinacionais que pretendam estabelecer-se em Angola a fim de conseguir decisões favoráveis da Presidência angolana . Isabel dos Santos desmentiu as acusações . Tais acusações são corroboradas pelo ex-primeiro-ministro de Angola, Marcolino Moco , crítico assumido de José Eduardo dos Santos, presidente do seu país, e com quem Marcolino trabalhou lado a lado durante vários anos . A mesma reportagem da Forbes alega que a fortuna da filha é um "esquema infalível" do presidente José Eduardo dos Santos para não perder seu património, visto que a maior parte dos bens encontra-se fora de Angola . Numa entrevista dada em 2013 ao jornal britânico Financial Times, Isabel dos Santos desmistificou estas ideias , afirmando: "Faço negócios e não faço política. Tive sentido para os negócios desde muito nova . Imagino que seja muito difícil distinguir o pai da filha. Penso que essa dificuldade advém de estar a fazer as minhas coisas e o meu pai ser uma figura política africana muito forte há tantos ano!.
A recente afirmação de Isabel dos Santos, ao Financial Times, segundo a qual despertou para a vida empresarial aos seis anos, como vendedora de ovos, tornou-se já uma lenda popular.
Com o trabalho infantil da venda de ovos, Isabel dos Santos procurou justificar a origem da sua fortuna, que a alcandorou à lista dos bilionários e ao título da primeira mulher e a mais jovem bilionária Africana pela Forbes. A revista avaliou o património de Isabel dos Santos em dois biliões de dólares.
Em Angola, é conhecimento público que a riqueza de Isabel dos Santos se deve a actos de nepotismo, suborno e corrupção do seu pai, o presidente José Eduardo dos Santos, no poder há 33 anos.
O modelo de distribuição da negócios e da riqueza nacional pela sua família, há muitos anos que tem a assinatura formal do próprio presidente.
Já lá vão os anos de pudor presidencial! A 17 de Março de 2001, a primeira-dama Ana Paula dos Santos escreveu ao Secretário Executivo para a Venda de Imóveis, a solicitar o trespasse, a seu favor, de uma fracção de um edifício na Rua Kwame Nkrumah, no Bairro Alvalade. Fê-lo na qualidade de simples funcionária do Comité Miss Angola e usou o fax desta instituição, na realidade uma empreitada sua, para enviar o documento.
Com a vitória militar de Fevereiro de 2002, José Eduardo dos Santos passou a ser mais aberto no seu envolvimento pessoal em actos que desonram o cargo de presidente da República e demonstram total falta de respeito para com a sociedade angolana.
A 6 de Setembro de 2002, o jurista Valter Virgílio Rodrigues registou a empresa ZE Designs Importação e Exportação, Limitada, na qualidade de “mandatário de José Eduardo dos Santos, casado, natural e residente em Luanda, no Futungo de Belas, Presidência da República, representante legal do seu filho menor, José Eduardo Paulino dos Santos, de 17 anos de idade (…)”. A então conservadora Isabel Tormenta dos Santos, que procedeu ao registo desta empresa, assim como de mais de uma centena e meia pertencentes à família presidencial, assim como a Manuel Vicente e ao general Kopelipa, faz hoje parte do executivo de Dos Santos, com o título de Secretária de Estado da Justiça. É para guardar segredo.
José Paulino dos Santos “Coréon Dú”, outros dos filhos do presidente, começou a sua carreira empresarial pela mão do pai. Tendo atingido a maioridade, Coréon Dú usou o endereço do Palácio Presidencial, em 2006, como residência privada para criar a Semba Comunicação, juntamente com a irmã Tchizé dos Santos, que hoje gere o segundo canal da Televisão Púplica de Angola (TPA 2). A Semba Comunicação recebe mais de 40 milhões de dólares do orçamento da Presidência para a gestão da TPA 2 e outras supostas acções de melhoria da imagem presidencial.
Na época da ditadura marxista-leninista, Isabel dos Santos aprendeu com o socialismo esquemático da mãe azerbaijana, Tatiana Kukanova. A livre iniciativa económica, o capitalismo, era crime. O Dúdú-Faz-Tudo, como também é conhecido José Paulino dos Santos, aprendeu já com o capitalismo selvagem do pai.
Por sua vez, os três filhos do casamento de José Eduardo dos Santos com Ana Paula dos Santos – Eduane Danilo, Joseana e Eduardo Breno – tiveram também um início de carreira empresarial em nada lendária. A 11 de Julho de 2007, Ana Paula dos Santos criou, com a irmã Artemísia e os três filhos, a sociedade anónima Deana Day Spa. A empresa criou, com o mesmo nome, o Centro de Beleza e Estética, à Marginal de Luanda.
O centro tem a seguinte estrutura societária: Ana Paula Cristóvão de Lemos dos Santos (49 porcento), Artemísia Cristóvão de Lemos (25 porcento), Eduane Danilo Lemos dos Santos (15 porcento), Joseana Lemos dos Santos (7 porcento), e Eduardo Breno Lemos dos Santos (4 porcento). Certamente, não foi com o salário de funcionária do Miss Angola, nem como as ajudas de custo, como primeira-dama, que Ana Paula dos Santos obteve milhões de dólares para investir no Deana Day Spa. Foi o presidente a contribuir com o seu salário pela participação dos então filhos menores? Nunca ganhou formalmente o suficiente para amealhar milhões de dólares. A seu tempo, essas questões terão de ter respostas claras em foro judicial.
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Re: Isabel dos Santos, a portuguesa
A maior benesse da Isabelinha é não ser pretuguesa... 

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Re: Isabel dos Santos, a portuguesa
Artista Romeno Escreveu:porque motivo é uma benece? quantos postos de trabalho criou Isabel dos Santos em Portugal
E faz ela muito bem. Por cá considera-se que reformas estruturais é diminuir salários 4 anos depois continua tudo igual, só um maluco abre uma nova empresa em Portugal
World debt clock:
http://www.usdebtclock.org/world-debt-clock.html
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Re: Isabel dos Santos, a portuguesa
lfhm83 Escreveu:Mushin Escreveu:Portugal é a único país europeu que aceita o dinheiro angolano. Somos uma máquina de lavar gigante.
Pedro
Não estamos em posição de moralismos nem patriotismos qualquer investimento estrangeiro é uma benece.
Além disso o controlo do estado sobre sectores estratégicos não demonstrou qualquer tipo de resultado positivo nos últimos anos. Alguns dirão, "ah e tal a PT se ainda fosse do estado provavelmente hoje em dia estava numa situação bem melhor." É possível mas provavelmente seria á custa do contribuinte.
Excelente artigo Ulisses, demonstra bem o porquê das acções do BCP não acompanharem o movimento do BPI (pelo menos na mesma dimensão).
porque motivo é uma benece? quantos postos de trabalho criou Isabel dos Santos em Portugal


As opiniões expressas baseiam-se essencialmente em análise fundamental, e na relação entre o valor de mercado dos ativos e as suas perspectivas futuras de negocio, como tal traduzem uma interpretação pessoal da realidade,devendo como tal apenas serem consideradas como uma perspetiva meramente informativa sobre os ativos em questão, não se constituindo como sugestões firmes de investimento
Re: Isabel dos Santos, a portuguesa
Mushin Escreveu:Portugal é a único país europeu que aceita o dinheiro angolano. Somos uma máquina de lavar gigante.
Pedro
Não estamos em posição de moralismos nem patriotismos qualquer investimento estrangeiro é uma benece.
Além disso o controlo do estado sobre sectores estratégicos não demonstrou qualquer tipo de resultado positivo nos últimos anos. Alguns dirão, "ah e tal a PT se ainda fosse do estado provavelmente hoje em dia estava numa situação bem melhor." É possível mas provavelmente seria á custa do contribuinte.
Excelente artigo Ulisses, demonstra bem o porquê das acções do BCP não acompanharem o movimento do BPI (pelo menos na mesma dimensão).
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
― Leon C. Megginson
Re: Isabel dos Santos, a portuguesa
Portugal é a único país europeu que aceita o dinheiro angolano. Somos uma máquina de lavar gigante.
Pedro
Pedro
Re: Isabel dos Santos, a portuguesa
"Provavelmente não será coincidência que, nos últimos meses, escasseiem os artigos de opinião em que se contestava o domínio angolano nas principais empresas nacionais. Isabel dos Santos tem feito um extraordinário trabalho de imagem para ultrapassar essa opinião pública. E, quando acena a bandeira de Portugal para defender alguns negócios, não está apenas a querer ganhar dinheiro. Está a querer vestir a camisola portuguesa. E está a consegui-lo.
Para ser perfeito, só falta cantar o hino."
Olá Ulisses, vou aproveitar a tua boleia para despejar um peso que levo dentro.
Peço já desculpa se abuso do teu artigo e certamente não tens culpa nenhuma dos meus estados de alma.
Antes que me chamem já coisas feias, devo dizer que não tenho nada contra os Angolanos como povo. Seria ótimo que os primeiros a arriscar na economia portuguesa após crise fossem os empresários do Brasil até Timor.
Se alguém poderia ter razões para se sentir inibido perante o passado histórico seriam eles e não nós.
Mas por alguma razão a generalidade da comunicação social portuguesa fala destes negócios dos empresários angolanos como se fossem "normais". Ou seja, analisam-se todos os pontos de vista sistematicamente sem referir o elefante da sala. Será que não está esse elefante confortavelmente instalado em algumas redações?!
Então já está decidido que a influência reguladora do quarto poder da nossa democracia só se aplica aos poderes internos?! Alguém quer fazer crer que acha normal a origem daquelas fortunas à custa da exploração dos recursos naturais dum país que ocupa o lugar que ocupa do ranking do desenvolvimento humano (149º) ?! E da corrupção, já agora (161º de entre 174).
Num país, Portugal, que já sofre o que sofre pelas cumplicidades obscenas entre as elites políticas e económicas, os analistas não se perguntam todos os dias sobre o que fazem por cá as elites Angolanas? Se tão interessadas estão em expandir para a Europa através de Portugal, porque escolhem precisamente bancos e órgãos de comunicação, que toda a gente sabe que nos dias de hoje não dão para mandar cantar um ceguinho?
Alguém está interessado em substituír o Espírito Santo pelo espírito "Santos", como dono disto tudo?!
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Isabel dos Santos, a portuguesa
Foi hoje publicado o meu novo artigo intitulado "Isabel dos Santos, a portuguesa":
http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/colunistas/ulisses_pereira/detalhe/isabel_dos_santos_a_portuguesa.html
Abraço,
Ulisses
http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/colunistas/ulisses_pereira/detalhe/isabel_dos_santos_a_portuguesa.html
Abraço,
Ulisses
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