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Caldeirão da Bolsa

OPA La Caixa sobre BPI vs Fusão BPI - BCP

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: OPA La Caixa sobre BPI vs Fusão BPI - BCP

por Pata-Hari » 7/3/2015 14:57

Qualquer fusão ou compra tem o mesmo problema de necessidade de reestruturação. Os números em termos de excesso de capacidade devem ser equivalentes se for bpi+ novo banco. Este tipo de consolidação nunca é bom para os empregados.
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Re: OPA La Caixa sobre BPI vs Fusão BPI - BCP

por richardj » 7/3/2015 13:54

from do post do pc05 no topico do bcp.

Parece-me haver graves problemas nos balcões e no nº de fucnionarios
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Re: OPA La Caixa sobre BPI vs Fusão BPI - BCP

por ricardmag » 6/3/2015 13:21

Comunicado CaixaBank
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Re: OPA La Caixa sobre BPI vs Fusão BPI - BCP

por ricardmag » 5/3/2015 22:01

:oh: a 2€ vendo tudo...

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Re: OPA La Caixa sobre BPI vs Fusão BPI - BCP

por richardj » 5/3/2015 20:56


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Re: OPA La Caixa sobre BPI vs Fusão BPI - BCP

por Artista Romeno » 5/3/2015 20:54

richardj Escreveu:wait, what :shock: :D

Isabel dos Santos votou contra avaliação que BPI faz da OPA

O representante da empresária angolana na administração do BPI, Mário Leite Silva, votou contra o relatório que rejeita a aceitação da OPA do CaixaBank ao preço actual. O gestor justifica a decisão com “os vícios dos documentos”, como a omissão da estratégia para Angola e Moçambique, disponibilizados pelos catalães. E alerta para os riscos da oferta para os trabalhadores do banco liderado por Fernando Ulrich.

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas ... a_opa.html


a isabel dos santos quer o bfa... o resto é treta
As opiniões expressas baseiam-se essencialmente em análise fundamental, e na relação entre o valor de mercado dos ativos e as suas perspectivas futuras de negocio, como tal traduzem uma interpretação pessoal da realidade,devendo como tal apenas serem consideradas como uma perspetiva meramente informativa sobre os ativos em questão, não se constituindo como sugestões firmes de investimento
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Re: OPA La Caixa sobre BPI vs Fusão BPI - BCP

por richardj » 5/3/2015 20:54

wait, what :shock: :D

Isabel dos Santos votou contra avaliação que BPI faz da OPA

O representante da empresária angolana na administração do BPI, Mário Leite Silva, votou contra o relatório que rejeita a aceitação da OPA do CaixaBank ao preço actual. O gestor justifica a decisão com “os vícios dos documentos”, como a omissão da estratégia para Angola e Moçambique, disponibilizados pelos catalães. E alerta para os riscos da oferta para os trabalhadores do banco liderado por Fernando Ulrich.

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Re: OPA La Caixa sobre BPI vs Fusão BPI - BCP

por Artista Romeno » 5/3/2015 20:40

pata-hari Escreveu:Já há novidades!

http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/FR54118.pdf

1.1. O Conselho de Administração entende que o preço de 1.329 euros por Acção oferecido pelo CaixaBank através da Oferta não reflecte o valor actual do BPI, pelo que não recomenda aos seus accionistas que aceitem aquela Oferta.
1.2. O Conselho de Administração entende que o preço que reflecte o valor actual do BPI se decompõe da seguinte forma:

Actividade doméstica
1.12 euros por Acção

Actividade internacional
0.92 euros por Acção

Total
2.04 euros por Acção


A este total deverá ser adicionado o valor resultante da partilha (50/50) das sinergias anunciadas pelo Oferente, correspondente a 0.22 por Acção.


2 euros era o que eu dizia que o bpi valia antes do bce se meter com angola, a meu ver atendendo a essa situação o preço justo é menor, agora é a ver que dá mais :mrgreen:
As opiniões expressas baseiam-se essencialmente em análise fundamental, e na relação entre o valor de mercado dos ativos e as suas perspectivas futuras de negocio, como tal traduzem uma interpretação pessoal da realidade,devendo como tal apenas serem consideradas como uma perspetiva meramente informativa sobre os ativos em questão, não se constituindo como sugestões firmes de investimento
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Re: OPA La Caixa sobre BPI vs Fusão BPI - BCP

por Pata-Hari » 5/3/2015 20:38

Administração do BPI recomenda aos accionistas que não aceitem OPA do Caixabank. Preço justo é 70% superior
05 Março 2015, 19:15 por Nuno Carregueiro | nc@negocios.pt


A administração do BPI "chumbou" o preço oferecido na OPA do Caixabank, referindo que o preço que reflecte o valor actual do BPI é de 2,26 euros, ou seja, 70% acima da contrapartida oferecida pelos espanhóis .
O Conselho de Administração entende que o preço de 1,329 euros oferecido na OPA do Caixabank "não reflecte o valor actual do BPI, pelo que não recomenda aos seus accionistas que aceitem aquela oferta".

A frase consta do relatório produzido pelo Conselho de Administração do BPI, que após uma reunião que iniciou quarta-feira e só hoje foi concluída aprovou por maioira uma posição que "chumba" claramente o preço oferecido pelos maiores accionistas do banco liderado por Fernando Ulrich.

Nas contas efectuadas pela administração do BPI, o preço que reflecte o valor actual do BPI é de 2,26 euros por acção, 70% acima da contrapartida oferecida pelos espanhóis do CaixaBank, que controlam 44,3% do BPI.

A gestão do BPI chega a este valor avaliando em 1,12 euros por acção a actividade doméstica, 0,92 euros por acção a actividade internacional (o que perfaz um total de 2,04 euros por acção) e depois mais 0,22 euros por acção que correspondem a metade das sinergias que o CaixaBank anunciou que poderiam resultar da operação e que o BPI entende que devem ser partilhadas com os accionistas.

(notícia em actualização)
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Re: OPA La Caixa sobre BPI vs Fusão BPI - BCP

por Pata-Hari » 5/3/2015 20:32

Já há novidades!

http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/FR54118.pdf

1.1. O Conselho de Administração entende que o preço de 1.329 euros por Acção oferecido pelo CaixaBank através da Oferta não reflecte o valor actual do BPI, pelo que não recomenda aos seus accionistas que aceitem aquela Oferta.
1.2. O Conselho de Administração entende que o preço que reflecte o valor actual do BPI se decompõe da seguinte forma:

Actividade doméstica
1.12 euros por Acção

Actividade internacional
0.92 euros por Acção

Total
2.04 euros por Acção


A este total deverá ser adicionado o valor resultante da partilha (50/50) das sinergias anunciadas pelo Oferente, correspondente a 0.22 por Acção.
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Re: OPA La Caixa sobre BPI vs Fusão BPI - BCP

por richardj » 4/3/2015 22:02

Amanha há novidades!

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas ... a_opa.html

O meu guess vai para uma jogada nos dois tabuleiros

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Re: OPA La Caixa sobre BPI vs Fusão BPI - BCP

por ricardmag » 4/3/2015 20:14

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Re: OPA La Caixa sobre BPI vs Fusão BPI - BCP

por Xaviermelo » 3/3/2015 22:35

Compra do BPI não está no plano estratégico do CaixaBank para os próximos anos

Os cálculos do CaixaBank para o período 2015-2018 não incluem o sucesso da OPA sobre o BPI. A sua presença no plano é, aliás, discreta. Mas a administração não descarta um eventual aumento de capital se for necessário, dependente do sucesso da operação.
O Banco BPI tem uma intervenção discreta no plano estratégico apresentado pelo CaixaBank para o período 2015-2018. O sucesso da oferta pública de aquisição nem é essencial para as metas apresentadas.

"O plano está feito sem contar com esta aquisição, mas comprometemo-nos, perante os investidores, a cumpri-lo mesmo que a OPA tenha sucesso", disse Gonzalo Gortázar (na foto) na apresentação do Dia dos Investidores que se realizou esta terça-feira, 3 de Março, em Londres, segundo cita o El Economista.

Entretanto, ficou uma dúvida sobre o que poderá ser feito pelo grupo catalão se houver uma forte aceitação da oferta – o que dependerá sempre da accionista Santoro, de Isabel dos Santos. Questionado sobre a necessidade de fazer um aumento de capital para suportar o custo da oferta, em que propõe 1,329 euros por acção, o CEO afirmou que tudo "dependerá da percentagem" de sucesso. Tendo 44% do capital, o CaixaBank propõe-se a adquirir a totalidade do capital, sendo que a operação tem sucesso desde que ascenda aos 50% (mas, para isso, é necessário desblindar os estatutos, já que, neste momento, tem os votos limitados a 20%, daí a necessidade do apoio da empresária angolana).

Esta terça-feira, com o anúncio de uma eventual proposta de fusão entre BCP e BPI, os títulos dispararam e fecharam nos 1,438 euros, 11% acima do preço da oferta, o que mostra que os investidores acreditam que ou a fusão ou a OPA não ficará por aqui. Aliás, já se sabe que Isabel dos Santos considera que este preço "não reflecte" o valor do banco.

No plano estratégico do banco detido pelo La Caixa, o BPI é referido poucas vezes. Há uma nota que diz que os objectivos de rentabilidade para o quadriénio "são válidos se a oferta pelo BPI tiver sucesso".

Especificamente sobre a operação, das 120 páginas, apenas uma é dedicada a este "passo natural" que é a OPA, dado o "conhecimento profundo do BPI e de Portugal" que o grupo catalão diz ter "desde 1995". Sobre as sinergias, o banco reitera que podem ser de 130 milhões por ano em 2017. "Captura de sinergias consideráveis para acelerar a recuperação da eficiência e da rentabilidade do BPI em Portugal", é o título.

Com o objectivo de "liderar a digitalização da banca", o grupo financeiro assume-se como líder em Espanha. O Santander e o BBVA são de maior dimensão a nível global, tendo em conta a presença internacional de ambos. O CaixaBank avisa que, nestes três anos, quer ter uma "perspectiva global".


Único comentário à notícia do Jornal de Negócios:

Eles já tinham avisado: "O jogo agora começou". Pois foi! Começou também a contra-informação. Bom para o BPI, Isabel dos Santos e BCP.
 
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Re: OPA La Caixa sobre BPI vs Fusão BPI - BCP

por Artista Romeno » 3/3/2015 22:21

pata-hari Escreveu:
Artista Romeno Escreveu:
richardj Escreveu:Outras questões:

Não existe um grande conflito na rede de balcões do BPI e do BCP? De que forma se pode resolver esse problema?

Ambos os bancos estão em processo de reestruturação dos recursos humanos. Como é que vai ser?


A meu ver isto é uma jogada inteligente na teoria e tosca na prática :mrgreen:

inteligente precisamente pela sobreposição dos balcões permitir encerramentos massivos de alguns 300 ou 400 e portanto um corte de custos gigante ainda por cima sem chegar aos serviços centrais onde a sangria seria louca também

Mas questiono é esta uma sugestão meio desesperada ou algo estruturado, quem incorpora quem, quem fica com a gestão qual é o racio de troca, porque nao foi tentada esta fusão antes :wall: a OPA da PT está bem fresca ainda ou a pseudo opa que nem tinha sido bem registada....
a meu ver IS está a fazer bluff para conseguir o bfa ao melhor preço possivel ponto final


Bem, e se comprar o NB isso é diferente...? sendo que o NB é um universo desconhecido e caro enquanto o BCP é um universo conhecido e mais barato. Just saying. Simplesmente não vejo a ideia como sendo uma possibilidade tola ou desprovida de valor.


Ambos os bancos bcp ou novo banco tem um balanço pior que o bpi, mas duvido que esta fusão seja possivel sem o agreement do la caixa diria que na primeira rodada IS jogou bem, mas uma fusão é algo complexo :!: é um jogo em que IS ganha sempre foi portanto aquilo que na teoria dos jogos se chama uma estratégia dominante, pois ganhou peso negocial, agora o meu ponto é que fazer uma fusão destas não é facil, duvido que o caixabank queira uma fusão onde nao terá grande peso e é nisso que IS joga no facto do la caixa ir acenar com o bfa em boas condições, e penso que o terá
pensando mas e a fusão tem possibilidades de ir para a frente, tem se IS convençer o la caixa, mas os catalães não são tolos e querem o controlo, penso que o banco fundido teria também que fazer um AC e é por isso que fica mais complicado, dito isto o la caixa aceita mas desde que nesse AC fique com uma posição forte no banco fundido, leia-se em termos de % e da gestão do mesmo
p.s atenção que este jogo pode nao sair sequer da estaca 0 :!:
As opiniões expressas baseiam-se essencialmente em análise fundamental, e na relação entre o valor de mercado dos ativos e as suas perspectivas futuras de negocio, como tal traduzem uma interpretação pessoal da realidade,devendo como tal apenas serem consideradas como uma perspetiva meramente informativa sobre os ativos em questão, não se constituindo como sugestões firmes de investimento
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Re: OPA La Caixa sobre BPI vs Fusão BPI - BCP

por Pata-Hari » 3/3/2015 22:01

Artista Romeno Escreveu:
richardj Escreveu:Outras questões:

Não existe um grande conflito na rede de balcões do BPI e do BCP? De que forma se pode resolver esse problema?

Ambos os bancos estão em processo de reestruturação dos recursos humanos. Como é que vai ser?


A meu ver isto é uma jogada inteligente na teoria e tosca na prática :mrgreen:

inteligente precisamente pela sobreposição dos balcões permitir encerramentos massivos de alguns 300 ou 400 e portanto um corte de custos gigante ainda por cima sem chegar aos serviços centrais onde a sangria seria louca também

Mas questiono é esta uma sugestão meio desesperada ou algo estruturado, quem incorpora quem, quem fica com a gestão qual é o racio de troca, porque nao foi tentada esta fusão antes :wall: a OPA da PT está bem fresca ainda ou a pseudo opa que nem tinha sido bem registada....
a meu ver IS está a fazer bluff para conseguir o bfa ao melhor preço possivel ponto final


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Re: OPA La Caixa sobre BPI vs Fusão BPI - BCP

por SunFarmJP » 3/3/2015 21:05

Sites do Grupo BPI em baixo... Sinais da fusão? Já estarão a migrar os serviços para um novo e único domínio :-k
 
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Re: OPA La Caixa sobre BPI vs Fusão BPI - BCP

por richardj » 3/3/2015 21:02

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas ... m_bcp.html

Ao que parece a coisa ainda está muito no inicio. Nem há uma proposta de valores de troca de acções....

Neste momento parece tudo bloqueado, nem a OPA consegue ganhar nem a fusão pode ser feita sem que o La caixa aceite. Será tudo fogo de artificio para ver se anima as cotadas?

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Re: OPA La Caixa sobre BPI vs Fusão BPI - BCP

por Lion_Heart » 3/3/2015 18:19

O que a Isabel parece querer é controlar a Banca Portuguesa sem gastar um tostão , será para lavar mais algum? é que depois do BES as coisas complicaram...
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

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Re: OPA La Caixa sobre BPI vs Fusão BPI - BCP

por ricardmag » 3/3/2015 18:13

Nove anos depois bcp e bpi voltam a discutir união

Economico Escreveu:Depois de, entre 2006 e 2007, ter chumbado a OPA do BCP e ter falhado uma fusão amigável, o conselho de administração do BPI volta amanhã a discutir uma união com o seu histórico rival.

Quase nove anos depois de Paulo Teixeira Pinto ter surpreendido com o lançamento de oferta pública de aquisição (OPA) sobre o BPI9.04%, a 13 de Março de 2006, a empresária angolana Isabel dos Santos retoma a intenção de unir as duas instituições e criar o maior banco privado português. Esta é assim a terceira vez em apenas uma década que a operação está em cima da mesa, dado que o BPI propôs, depois de ter chumbado a proposta do BCP2.4% de sete euros por acção, uma fusão amigável que também não se concretizou.
Desenrola-se assim, ao mesmo tempo, o futuro dos três maiores bancos privados portugueses: o Novo Banco (antigo BES) deverá ser vendido no primeiro semestre; o BCP poderá juntar-se ao BPI que, por sua vez, pode também passar a ser controlado pelo seu maior accionista, o grupo catalão CaixaBank; o BPI é ao mesmo tempo um dos 15 candidatos à compra do Novo Banco. O piscar de olho de Isabel dos Santos ao BCP, que tem como maior accionista um outro grupo angolano, a Sonangol, foi, justamente, a resposta a essa tentativa do CaixaBank, lançada há 15 dias, de conquistar o controlo do BPI por 1,329 euros por acção.
A palavra não é, desta vez, apenas dos accionistas. Por ter pedido ajuda estatal em 2012, qualquer aquisição pelo BCP está dependente da aprovação formal de Bruxelas e também do Governo português. Além disso, o quadro regulatório mudou bastante desde 2007, com o Banco Central Europeu (BCE) a assumir, a partir de 4 de Novembro, os poderes de supervisor único na zona euro.

As propostas

Em cima da mesa, por enquanto, ainda há apenas uma oferta. O CaixaBank propõe 1,329 euros por cada acção do BPI e sujeita a eficácia dessa oferta a conseguir a maioria mínima dos direitos de voto e a desblindagem dos estatutos, hoje vedados a 20%. Mas esse preço foi hoje completamente ultrapassado - os títulos do BPI estão a negociar nos 1,48 euros, ou seja, há investidores disponíveis para comprar papéis a um preço superior em 10% à contrapartida catalã, uma aposta clara em, pelo menos, uma revisão em alta da oferta.
Do lado de Isabel dos Santos há, apenas e por enquanto, uma intenção de negociar. "A SANTORO tem mantido conversações com vários stakeholders do Millennium BCP, incluindo accionistas de referência e, em termos ainda preliminares, com a própria equipa de gestão, sendo nossa convicção que existe abertura para se iniciar um processo de diálogo aprofundado pelas equipas de gestão direccionado à consolidação entre os dois Bancos", lê-se na carta ontem enviada pela SANTORO aos maiores accionistas dos dois bancos.
Na primeira e única reacção ao assunto, após a CMVM ter suspendido às 13h, por uma hora, a negociação das acções, o BCP disse estar disponível para analisar uma fusão "havendo interesse do BPI".

Interesses opostos?

Esta expressão do BCP - "havendo interesse do BPI" - é o reconhecimento de que Isabel dos Santos e CaixaBank estão a jogar em campos opostos sendo que, sozinho, nenhum dos dois conseguirá concretizar as suas intenções actuais.
Isto porque, do lado do CaixaBank, sem o ‘sim' dos 18,6% de Isabel dos Santos não será possível desblindar os estatutos em assembleia-geral. Ao mesmo tempo, a fusão com o BCP precisa de 75% dos votos em reunião de accionistas convocada para o efeito, algo que sem o CaixaBank não é possível.
Isabel dos Santos opõe-se à OPA do BPI por três razões: por subavaliar o banco, por não haver partilha de sinergia entre todos os accionistas e pela integração da instituição numa estrutura ibérica poder minar a independência da gestão.
"Enquanto a OPA anunciada pelo CaixaBank pressupõe uma integração ibérica, legítima à luz dos interesses de quem a faz mas afastada dos interesses do sistema financeiro português (...) o nosso objectivo é a criação do maior banco privado com sede em Portugal e que terá presenças de referência em Angola e Moçambique e, também, na Polónia", disse um porta-voz de Isabel dos Santos.

As reacções

Já com o conhecimento da carta de Isabel dos Santos, Isidre Fainé, ‘chairman' do CaixaBank, que tem 44,1% do BPI, disse esta manhã, citado pela agência Lusa, que "o jogo ainda agora começou" e que "durante um jogo há momentos que a uns parece uma coisa e a outros o contrário". Inicialmente, a oferta catalã parecia merecer a concordância da alemã Allianz, que controla 8% do BPI.
Em tom igualmente amplo, a comissária europeia da Concorrência destacou em Bruxelas que o BCP não está impedido de fazer aquisições, prometendo olhar com "muita atenção" para uma eventual intenção de fusão com o BPI.
Já o Governo português, em resposta a questões do Económico, declarou "ser prematuro" pronunciar-se nesta altura, garantindo contudo estar a acompanhar "todos os desenvolvimentos" do processo.
O conselho de administração do BPI, por seu turno, limitou-se a dar conhecimento da carta da SANTORO. Amanhã há contudo reunião para discutir a OPA do CaixaBank, sendo pouco provável que os accionistas de referência se pronunciem até lá. Contactada, fonte oficial do BPI recusou fazer qualquer comentário.
Do lado dos accionistas de referência do BCP apenas Joe Berardo, que detém um pouco mais de 2% do capital, falou para admitir sentir-se "confuso" com a actual situação, e manifestando dúvidas que uma fusão possa acontecer em plena OPA.

Limitações

Existem quatro factores que prometem dificultar o nascimento do Millennium BPI. Em primeiro lugar, as ajudas de Estado pedidas pelo BCP exigiram um programa de reestruturação aceite em Bruxelas que é claramente anti-expansionista.
Devido a essas ajudas de Estado, uma fusão com o BPI depende formalmente de uma autorização do Ministério das Finanças. Algo que seria equacionado numa altura em que, apesar dos sinais públicos de algum reatamento, as relações entre Lisboa e Luanda estão muito longe de um nível de excelência. Até porque um dos factores que acelerou o colapso do Grupo Espírito Santo foi, precisamente, o buraco nas contas do BESA.
Depois, a operação terá de ter a aprovação do Banco Central Europeu e, nos últimos tempos, há sinais de alguma renitência da autoridade monetária em relação a Angola, que foi excluída da lista de países com uma regulamentação e supervisão financeiras equivalentes na União Europeia. Mesmo a nível nacional, a Sonangol nunca foi autorizada pelo Banco de Portugal a elevar para mais de 20% a sua posição no BCP.
Por último, a OPA do CaixaBank tem como pressuposto que "não ocorreu nem ocorrerá" qualquer decisão no sentido de "dissolver, transformar, fundir ou cindir a Sociedade Visada" desde o anúncio preliminar.

Os investidores

No mercado, contudo, a reacção dos investidores foi positiva. O BCP fechou a sessão a apreciar 2,4% para valer 8,5 cêntimos por acção. Trata-se da cotação mais elevada desde Novembro de 2014. A par da forte pressão compradora registou-se um forte volume de negociação, com quase 730 milhões de papéis trocados.
No mesmo sentido, o BPI subiu 9% para 1,483 euros, um máximo de Dezembro de 2014. Trocaram de mãos quase 10 milhões de títulos.
Juntos, BCP e BPI valem hoje 6,7 mil milhões de euros. Em 2007 Paulo Teixeira Pintos considerava que 10 mil milhões de euros eram a "linha da vida" para o BCP.
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Re: OPA La Caixa sobre BPI vs Fusão BPI - BCP

por trend=friend » 3/3/2015 15:40

Uma curiosidade que acompanha a "memória do preço" neste caso. A relação de forças entre os dois Bancos foi durante muito tempo encarada como sendo de 2:1.

A essa luz, o BCP está um pouco valorizado as we speak: 4,68Bi vs 2,13Bi
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Re: OPA La Caixa sobre BPI vs Fusão BPI - BCP

por Bernie Madoff » 3/3/2015 15:28

ricardmag Escreveu:Não percebo nada disto, a negociação já voltou.
Já foram esclarecidas todas as duvidas da CMVM? Onde estão os esclarecimentos?

CMVM Escreveu:03 de Março de 2015

O Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) deliberou o levantamento da suspensão da negociação das ações do Banco BPI, S.A., e do Banco Comercial Português, S.A., por terem cessado os motivos que justificaram a suspensão.
O Conselho de Administração


Para mim fica claro no primeiro ponto da carta que a IS querer mais dinheiro pelo BPI, tudo o resto é texto.
Pegue nesse dinheiro e junte-se à Sonangol depois no BCP se quiser.
Experience taught me a few things. One is to listen to your gut, no matter how good something sounds on paper. The second is that you're generally better off sticking with what you know. And the third is that sometimes your best investments are the ones you don't make.
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Re: OPA La Caixa sobre BPI vs Fusão BPI - BCP

por ricardmag » 3/3/2015 15:07

Não percebo nada disto, a negociação já voltou.
Já foram esclarecidas todas as duvidas da CMVM? Onde estão os esclarecimentos?

CMVM Escreveu:03 de Março de 2015

O Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) deliberou o levantamento da suspensão da negociação das ações do Banco BPI, S.A., e do Banco Comercial Português, S.A., por terem cessado os motivos que justificaram a suspensão.
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Re: OPA La Caixa sobre BPI vs Fusão BPI - BCP

por ricardmag » 3/3/2015 15:04

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Re: OPA La Caixa sobre BPI vs Fusão BPI - BCP

por Artista Romeno » 3/3/2015 12:57

richardj Escreveu:Outras questões:

Não existe um grande conflito na rede de balcões do BPI e do BCP? De que forma se pode resolver esse problema?

Ambos os bancos estão em processo de reestruturação dos recursos humanos. Como é que vai ser?


A meu ver isto é uma jogada inteligente na teoria e tosca na prática :mrgreen:

inteligente precisamente pela sobreposição dos balcões permitir encerramentos massivos de alguns 300 ou 400 e portanto um corte de custos gigante ainda por cima sem chegar aos serviços centrais onde a sangria seria louca também

Mas questiono é esta uma sugestão meio desesperada ou algo estruturado, quem incorpora quem, quem fica com a gestão qual é o racio de troca, porque nao foi tentada esta fusão antes :wall: a OPA da PT está bem fresca ainda ou a pseudo opa que nem tinha sido bem registada....
a meu ver IS está a fazer bluff para conseguir o bfa ao melhor preço possivel ponto final
As opiniões expressas baseiam-se essencialmente em análise fundamental, e na relação entre o valor de mercado dos ativos e as suas perspectivas futuras de negocio, como tal traduzem uma interpretação pessoal da realidade,devendo como tal apenas serem consideradas como uma perspetiva meramente informativa sobre os ativos em questão, não se constituindo como sugestões firmes de investimento
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Re: OPA La Caixa sobre BPI vs Fusão BPI - BCP

por ricardmag » 3/3/2015 12:26

CaixaBank desvaloriza posição de Isabel dos Santos e diz que "jogo ainda agora começou"

Publico Escreveu:O presidente do CaixaBank, maior accionista do BPI, desvalorizou a notícia de que Isabel dos Santos pretende "travar" a OPA que o banco catalão pretende lançar sobre o resto do capital do banco português, afirmando que "o jogo ainda agora começou".

Isidre Fainé falava na apresentação do plano estratégico do banco catalão para o quadriénio 2015-2018, na tarde de segunda-feira, uma sessão cujo conteúdo ficou embargado até às 8h desta terça-feira.

À mesma hora em que o CaixaBank apresentava o seu plano estratégico, o Expresso avançou a notícia de que a empresária Isabel dos Santos (accionista do BPI através da Santoro), queria "travar" a intenção de OPA dos catalães, propondo aos accionistas do BPI uma fusão com o BCP.

Questionado pela Lusa sobre se esta posição significa que um acordo entre o CaixaBank e a Santoro está mais longe, Isidre Fainé, disse que não, porque "o jogo ainda agora começou". "Não creio que essa notícia signifique isso [que um acordo está mais longe]. Acabámos de iniciar o jogo e durante um jogo há momentos que a uns parece uma coisa e a outros o contrário. Há essa notícia, mas eu tenho um input diferente desse", respondeu o presidente do banco catalão, que detém 44,1% do BPI.

Fainé disse ainda que "há que esperar que a OPA corra o tempo que tem de ser". "Serão os factos a mostrar o que realmente vai acontecer", sublinhou.

Por outro lado, o administrador-executivo do CaixaBank, Gonzalo Gortázar, admitiu que, a concretizar-se com êxito a OPA sobre o BPI, o banco catalão poderá ter fazer um aumento de capital. "Entre as medidas para o BPI, obviamente que uma ampliação de capital é uma das possibilidades, dependendo do resultado da oferta", admitiu.

Isidre Fainé acrescentou que o banco comprometeu-se a ter um rácio Fully Loaded Common Equity Tier 1 nos 11% após a concretização da OPA e que pretende manter essa ideia. "Faremos uma ampliação de capital quando for conveniente fazê-lo. Já dissemos que temos de ter um Common Equity Tier 1 nos 11% e essa continua a ser a nossa ideia. Sempre que convenha vamos fazê-lo", disse.

No passado dia 17 de Fevereiro o CaixaBank anunciou a intenção de lançar uma OPA sobre os 55,9% do capital do BPI que ainda não detém, mas enumerando duas condições: conseguir pelo menos 50,01% do banco português e obter o desbloqueio dos direitos de voto no BPI, que lhe estão limitados a 20%, iniciativa para a qual precisa do apoio da empresária angolana, que detém 18%.

Ou seja, o banco catalão ofereceu 1,329 euros por cada acção do BPI para obter pelo menos mais 5,9% do capital do banco português, mas tem de conseguir três quatros dos votos (75%) na assembleia-geral de accionistas do BPI a favor da desblindagem dos estatutos. Nessa votação, o CaixaBank ainda votará com 20% dos votos.

Gonzalo Gortazar reafirmou, no encontro com os jornalistas, que o banco catalão pretende que o BPI se mantenha como marca própria, cotado em bolsa em Lisboa, caso a OPA que lançou sobre o banco português avance com êxito.

O plano estratégico 2015-2018 do banco catalão prevê obter uma rentabilidade entre 12 e 14% (actualmente é de 3,4%) e uma contenção de custos capaz de colocar o rácio de eficiência abaixo dos 45%.

O plano, que visa colocar o banco catalão como "líder em confiança e rentabilidade", assenta em cinco pilares estratégicos: focar o negócio no cliente (qualidade de serviço e reputação), gerir activamente o capital, liderar a digitalização da banca, formar e manter a equipa e conseguir uma rentabilidade recorrente acima do custo do capital.
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