Petróleo sob pressão após ataque dos EUA ao Irão

[atomez]

O mundo e a sociedade estão a ser reescritos em código de software

http://www.businessweek.com/videos/2014-11-14/andreessen-horowitzs-evans-on-mobile-technology

[BSMB]

Boa Tarde Ulisses,

Obrigado pela tua resposta.

Concordo contigo que a este preço jamais haverá sucesso da oferta.

Mas mesmo por razões comerciais não consigo vislumbrar algo que justifique o teatro de uma OPA simulada...para ganhar um ou dois meses de (?).....para mim um ato destes frustado desta maneira fazia com que a minha opinião sobre a Isabel dos Santos caisse 100%! Pois é um erro de creche....infantil.

Se a oferta de triple play ou quadruple play que vem no futuro da Altice ou outro tem preços muito abaixo daquilo que era o preço presente de mercado oferecido pelas operadoras em Portugal, não vejo como 1 ou 2 meses evitem o seu acerto por razões concorrenciais de mercado no futuro....as margens encolhem, pronto! Mas adiar o inevitável por 1 ou 2 meses....não me parece plausível.

Na minha ignorância, tenho acreditado que se por 1,2-2MM a Isabel tem acesso a deter 30% da PT-SGPS, ou seja, acesso à OI + TIM (e resolve a Unitel, etc...), parece-me um bom negocio em termos futuros...

Fala-se por outro lado, que os brasileiros da OI até podem aceitar o preço, pois em Angola estes (os brasileiros) têm interesses no petroleo e não querem causar incómodo empresarial (no seu todo)....

Aquilo que também me está a causar muita estranheza é o silencio dos outros accionistas da PT SGPS...parece que somente a OI é que é accionista da PT SGPS....não percebo.

[Ulisses Pereira]

Olá BSMB. Obrigado pelas tuas questões.

Acredito que Isabel dos Santos conseguirá justificar o preço. Podemos sempre fazer contas, argumentar com isto ou com aquilo. O que não acredito é que tenha sucesso no mercado.

Creio que o ganhar tempo tem mais a ver com o preparar-se com o que aí vem. Não é uma questão de ganhar clientes neste período mas sim de se preparar em termos comerciais para o que aí vem.

Abraço,
Ulisses

[BSMB]

Boa Tarde Ulisses,

Desculpa a minha inexperiência nestes assuntos, mas apesar de concordar em grande parte do teu artigo, tenho algumas dúvidas que agradecia comentário:

- Como já foi comunicado pela Isabel dos Santos a mesma irá justificar à CMVM o preço apresentado de 1,35 €, ficando dependente a sua aceitação pela CMVM. Pode ser que tenha um surpresa....ou não!;
- Se a OPA da Isabel dos Santos é fictícia, ou para ganhar tempo como mencionas, e se a mesma quando fôr ao mercado fôr chumbada, pela questão do preço por exemplo, em quanto está a mesma (Isabel dos Santos) a ganhar em 1 mês que dura este momento (entre oferta e chumbo da OPA)? Mais assinaturas na NOS? Não creio que uns milhares de contratos de insatisfeitos da PT por passarem para a NOS seja motivo para esta oferta...

Para mais a Isabel dos Santos está a deitar por terra a objecções da OI à OPA....

Nota: Tenho PT SGPS.

Obrigado desde já.

[Lion_Heart]

Atomez acho que estas a confundir arvores com a floresta. E verdade que vender telefones sempre deu grandes margens lucro as operadoras , mas isso continua e cada vez mais, alias a meu ver quanto mais "caro" for o pvp de um smartphone mais as operadoras ganham.
A grande margem lucro das operadoras sempre foi vender chamadas de cêntimos (quase 0 , dividido por milhões de clientes ) por min. por valores que chegavam quase a 1€ , pacotes de net por igual valor e de cabo por valor absurdos (estamos num Pais onde a tdt foi entregue a PT) , onde a TDT não existe e foi tudo desviado e fidelizado para a meo e nos.

Estamos num País de fidelizados por anos e anos a pacotes que a valores reais poderiam custar 10-15€ e pagamos 50€ ou mais.

ps. deixo aqui um exemplo de tdt na província Pontevedra http://www.tdt1.com/canales-pontevedra/

[Lion_Heart]

...

[atomez]

Há uma outra grande ilusão -- que a PT pode, de algum modo, voltar a ser o que era antes, uma empresa de telecomunicações portuguesa operando em Portugal e arredores. Se o alguém o fizesse, seja o estado por via de uma nacionalização ou adquirida por algum grupo privado nacional, a PT estaria condenada a desaparecer.

É que o mundo mudou e parece que muito boa gente não deu por isso. Há 8 anos deu-se a tentativa de OPA por parte da Sonae à PT, lembram-se? Pois também se devem lembrar que nessa altura ainda nem havia smartfones!

Em 2007 a Apple lançou o iPhone e isso mudou por completo as regras do jogo. É que até aí os telefones, telemóveis, equipamentos de dados, eram na sua grande maioria fornecidos pelos próprios operadores que ganhavam aí boas margens. Os fabricantes da altura, Nokia, Motorola, Ericsson, etc. produziam os telemoveis de acordo com os interesses e especificações dos operadores, não do público em geral. Com o iPhone o Steve Jobs conseguiu impõr outras regras aos operadores com um produto orientado ao consumidor final, e a partir daí apareceram todos os outros smartphones a fazer o mesmo, em especial o Android. A partir desse momento o consumidor final é que passou a escolher o modelo que quer e cada vez mais o operador que quer.

O mercado de telecomunicações tornou-se do tipo commodity, tecnologia acessível a todos, fraca diferenciação, volumes muito grandes com margens reduzidíssimas. Quem quiser competir e sobreviver tem de ter presença a nível mundial, já nem sequer o nível europeu chega.

Nesta altura quem ganha dinheiro com as telecomunicações são a Apple e a Samsung, e esta última cada vez menos...

A PT para sobreviver só integrada num grande grupo mundial como uma filial portuguesa do dito.

[ROADSTER 1]

Concordo com o Ulisses quando diz que prefere ver a PT longe da OI dados os riscos que o projecto CorpCo acarreta. Já não posso estar de acordo quando afirma que a Aquisição da PT Portugal por Fundos de Investimento sem "Know-How" em telecomunicações ou pela Altice, cujo "track record" no sector é ainda muito curto, seria uma boa solução.
Depois de a empresa ter sido delapidada por uma clique de accionistas e gestores a soldo, teremos de nos contentar com o mal menor e esse, para mim, não passa por parcerias com brasileiros, nem por pseudo aquisições por angolanos, mas pela compra da operação da PT Portugal por parte de um grande "player" internacional com capacidade financeira e expertise em telecomunicações.
A minha aposta vai para a Telefónica, já que os remédios exigidos pelos Reguladores inviabilizarão uma hipotética oferta da Vodafone.

Abraço.

[jevang2]

agora sim, COMEÇO a concordar contigo, alteraste para 25% corpco que já está mais próximo da realidade ...

penso que admites que aquela parcela dos 25%, uma coisa é um valor X, outra coisa é ter esse mesmo valor superior em "X" + 7,075 mil milhoes de euros + 25% unitel

[MestreZandinga]

Jevang2,

Fazendo fé que a divida da Rio Forte nunca será paga - só um louco acha que virá dali 1€ que seja!

Fazendo fé que a opção de compra dos 10% não será activada - dado que nunca entrará o dinheiro da Rio Forte.

Temos:

PT antes = 25% Oi + 100% PT + 25% Unitel

PT depois = 25% CorpCo

O Ulisses acertou em cheio no titulo do artigo. Esta "arte" de retirar valor à carteira dos accionistas da PT é autentico ilusionismo!



.

[jevang2]

MestreZandinga,

Os 25% da Oi antes da fusão tinha um valor teórico inferior aos atuais 25%, uma vez que atualmente a oi tem incorporados os 100% da PT Portugal, bem como o aumento de capital em cash efetuado pela oi "antiga".

Significa pois que esses 25% da oi valem teoricamente mais que os 25% antes da fusão.

bons negócios!

[MestreZandinga]

Realmente o nome é bem escolhido...

PT antes = 25% Oi + 100% PT + 25% Unitel

PT depois = 25% Oi + Divida incobrável + opção de compra 10% Oi

[pvg80713]

gostei Ulisses. Desmistifica muita coisa sobre a PT... e sobre a PT SGPS e sobre a PT Portugal, ou seja uma menos a Unitel mais a dívida da Rioforte............. ou a segunda menos a terceira mais a primeira.... ou.....

tens que escrever ainda mais um artigo....

[Ulisses Pereira]

Foi hoje publicado o meu novo artigo intitulado "As ilusões da PT":

http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/colunistas/ulisses_pereira/detalhe/as_ilusoes_da_pt.html

Abraço,
Ulisses