BES - A LUTA
Re: BES - A LUTA
Boas,
O que todos já sabíamos dito de uma forma clara...
Horta Osório: "Não faltarão compradores" mas vai haver perdas na venda do Novo Banco
19 Setembro 2014, 10:04 por Maria João Gago | mjgago@negocios.pt
António Horta Osório considera que não se vai vender o Novo Banco pelo valor que foi injectado. "A questão é minimizar a perda", diz. Sobre Stock da Cunha, o presidente do Lloyds, diz que "tem condições para vender o Novo Banco sem conflitos de interesse."
Horta Osório diz que o Novo Banco é uma instituição interessante pela sua quota de mercado e que, por isso, não faltarão compradores, "sobretudo portugueses". O presidente do Lloyds realça que "15% do mercado bancário português", que é a fatia que o Novo Banco tem no mercado nacional – "mais em empresas e menos em particulares" - "é uma quota de mercado interessante."
"Não faltarão compradores [para o Novo Banco], sobretudo portugueses", afirmou numa referência clara ao BPI e ao Santander Totta.
"Ficaria muito surpreendido se não houvesse interessados, mas o objectivo é minimizar a perda porque vai haver uma perda" na venda do Novo Banco, diz. "A questão é minimizar a perda para reduzir o impacto nos outros bancos e nos contribuintes", avisou.
"Stock da Cunha tem condições para vender o Novo Banco sem conflitos de interesse pois tem sempre a opção de voltar para o Lloyds", defende. Horta Osório diz que "a situação [do Novo Banco] é altamente complicada e Stock da Cunha está a fazer um enorme sacrifício pessoal."
O que todos já sabíamos dito de uma forma clara...
Horta Osório: "Não faltarão compradores" mas vai haver perdas na venda do Novo Banco
19 Setembro 2014, 10:04 por Maria João Gago | mjgago@negocios.pt
António Horta Osório considera que não se vai vender o Novo Banco pelo valor que foi injectado. "A questão é minimizar a perda", diz. Sobre Stock da Cunha, o presidente do Lloyds, diz que "tem condições para vender o Novo Banco sem conflitos de interesse."
Horta Osório diz que o Novo Banco é uma instituição interessante pela sua quota de mercado e que, por isso, não faltarão compradores, "sobretudo portugueses". O presidente do Lloyds realça que "15% do mercado bancário português", que é a fatia que o Novo Banco tem no mercado nacional – "mais em empresas e menos em particulares" - "é uma quota de mercado interessante."
"Não faltarão compradores [para o Novo Banco], sobretudo portugueses", afirmou numa referência clara ao BPI e ao Santander Totta.
"Ficaria muito surpreendido se não houvesse interessados, mas o objectivo é minimizar a perda porque vai haver uma perda" na venda do Novo Banco, diz. "A questão é minimizar a perda para reduzir o impacto nos outros bancos e nos contribuintes", avisou.
"Stock da Cunha tem condições para vender o Novo Banco sem conflitos de interesse pois tem sempre a opção de voltar para o Lloyds", defende. Horta Osório diz que "a situação [do Novo Banco] é altamente complicada e Stock da Cunha está a fazer um enorme sacrifício pessoal."
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Re: BES - A LUTA
OBRIGAÇÕES SUBORDINADAS
Sendo estas obrigações, títulos de divida, não deveriam ter passado para o Novo Banco? Porque não passaram?
Sendo estas obrigações, títulos de divida, não deveriam ter prioridade no reembolso em vez de pagarem papel comercial de empresas falidas?
trocaram tudo, passaram a dever o que não deviam e deixaram de pagar o que deviam.
incrível como ninguém dá explicações...são uma cambada de cobardes.
Sendo estas obrigações, títulos de divida, não deveriam ter passado para o Novo Banco? Porque não passaram?
Sendo estas obrigações, títulos de divida, não deveriam ter prioridade no reembolso em vez de pagarem papel comercial de empresas falidas?
trocaram tudo, passaram a dever o que não deviam e deixaram de pagar o que deviam.
incrível como ninguém dá explicações...são uma cambada de cobardes.
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Re: BES - A LUTA
LionH Escreveu:O filme continua e no fim quem vai pagar é o contribuinte .
Continua e agrava-se a cada hora. Pelos negócios que não existem e pelos erros e burrices que estão a fazer.
Mas só os doidos é que acreditaram nesta gente quando diziam que ia sair de borla... estavas nesse lote?
Melhor: até diziam que podia dar algum lucro. Só gente louca.
Em resumo; vai sair caro pelo buraco que havia, pelo buraco que a cada dia que passa é maior porque o banco está paralisado e os clientes e negócios fogem a sete-pés e pelas indeminizações que os tribunais irão decretar.
Vai contando aí com um dinheirinho teu para impostos para pagar a incompetência desta gente.
Cumprimentos,
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Re: BES - A LUTA
O filme continua e no fim quem vai pagar é o contribuinte .
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
Lion_Heart
Re: BES - A LUTA
Empresas/Finanças17:49
Grupo Espírito Santo exige encaixe da venda da Tranquilidade
PEDRO LATOEIRO
pedro.latoeiro@economico.pt
17:49
Grupo Espírito Santo exige encaixe da venda da Tranquilidade
Espírito Santo Financial Group (ESFG) admite recorrer aos tribunais se verba conseguida com venda da Tranquilidade ficar no Novo Banco. E alega que a Zurich Insurance manifestou a intenção de comprar a seguradora por um montante superior ao oferecido pela Apollo.
"O ESFG considera uma vez mais que o proprietário da Tranquilidade é a sua subsidiária Partran, apesar das alegações do Novo Banco, que o ESFG considera infundadas do ponto de vista legal", refere a ‘holding' do Grupo Espírito Santo (GES) em comunicado.
O grupo deixa claro que avançará para os tribunais se o encaixe da venda da Tranquilidade ficar no Novo Banco, instituição criada para isolar os activos considerados saudáveis do antigo BES.
Sem divulgar qualquer número, o Novo Banco anunciou esta terça-feira a venda da Tranquilidade à Apollo, alegando que o grupo norte-americano apresentou "a melhor proposta". Algo que o ESFG também contesta porque, alega, o grupo suíço Zurich Insurance estava disponível para pagar mais.
Numa carta "dirigida ao ESFG e transmitida ao Novo Banco e ao Instituto de Seguros de Portugal, o Zurich Insurance Group não só expressou o seu interesse em adquirir a Tranquilidade, mas também anunciou a sua intenção de oferecer um preço mais atractivo do que o sugerido pela Apollo", lê-se no mesmo comunicado.
O ESFG era o maior accionista do BES antes do colapso do banco. É uma das ‘holdings' dos GES em regime de gestão controlada no Luxemburgo.
Grupo Espírito Santo exige encaixe da venda da Tranquilidade
PEDRO LATOEIRO
pedro.latoeiro@economico.pt
17:49
Grupo Espírito Santo exige encaixe da venda da Tranquilidade
Espírito Santo Financial Group (ESFG) admite recorrer aos tribunais se verba conseguida com venda da Tranquilidade ficar no Novo Banco. E alega que a Zurich Insurance manifestou a intenção de comprar a seguradora por um montante superior ao oferecido pela Apollo.
"O ESFG considera uma vez mais que o proprietário da Tranquilidade é a sua subsidiária Partran, apesar das alegações do Novo Banco, que o ESFG considera infundadas do ponto de vista legal", refere a ‘holding' do Grupo Espírito Santo (GES) em comunicado.
O grupo deixa claro que avançará para os tribunais se o encaixe da venda da Tranquilidade ficar no Novo Banco, instituição criada para isolar os activos considerados saudáveis do antigo BES.
Sem divulgar qualquer número, o Novo Banco anunciou esta terça-feira a venda da Tranquilidade à Apollo, alegando que o grupo norte-americano apresentou "a melhor proposta". Algo que o ESFG também contesta porque, alega, o grupo suíço Zurich Insurance estava disponível para pagar mais.
Numa carta "dirigida ao ESFG e transmitida ao Novo Banco e ao Instituto de Seguros de Portugal, o Zurich Insurance Group não só expressou o seu interesse em adquirir a Tranquilidade, mas também anunciou a sua intenção de oferecer um preço mais atractivo do que o sugerido pela Apollo", lê-se no mesmo comunicado.
O ESFG era o maior accionista do BES antes do colapso do banco. É uma das ‘holdings' dos GES em regime de gestão controlada no Luxemburgo.
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Re: BES - A LUTA
Boas,
Alguém conhece algum trabalhador do Novo Banco S.A.?
Setembro 17th, 2014
A medida de resolução do Banco de Portugal, de 3 de agosto, determinou que “todos os trabalhadores e prestadores de serviços do BES são transferidos para o Novo Banco S.A.”
Chegou-nos a notícia de que não só não foi feita nenhuma “transferência” como, provavelmente, o não será, de forma a que o Novo Banco seja alienado sem pessoal.
De outro lado, chegou-nos também a informação de que não foram entregues os descontos devidos à Segurança Social.
Uma jornalista, que tentou confirmar esta informação, recebeu a resposta de que se trata de informação confidencial.
Porque esta matéria é da maior importância para as ações judiciais que estamos a preparar, ficamos gratos a todos os que nos possam esclarecer sobre este assunto.
Alguém conhece algum trabalhador do Novo Banco S.A.?
Setembro 17th, 2014
A medida de resolução do Banco de Portugal, de 3 de agosto, determinou que “todos os trabalhadores e prestadores de serviços do BES são transferidos para o Novo Banco S.A.”
Chegou-nos a notícia de que não só não foi feita nenhuma “transferência” como, provavelmente, o não será, de forma a que o Novo Banco seja alienado sem pessoal.
De outro lado, chegou-nos também a informação de que não foram entregues os descontos devidos à Segurança Social.
Uma jornalista, que tentou confirmar esta informação, recebeu a resposta de que se trata de informação confidencial.
Porque esta matéria é da maior importância para as ações judiciais que estamos a preparar, ficamos gratos a todos os que nos possam esclarecer sobre este assunto.
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Re: BES - A LUTA
Dubai impõe restrições a unidade do Espírito Santo por estar com "solvência seriamente comprometida"
18 Setembro 2014, 09:18 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt
O regulador da banca do Dubai impôs restrições de actividade ao ES Bankers, pertença do ESFG, depois de o suíço Banque Privée da Suíça, também do Grupo Espírito Santo, ter falhado pagamentos. As operações e solvências da unidade estão "seriamente comprometidos". O presidente, Ricardo Salgado, perdeu o estatuto de "adequado" para ser banqueiro.
Impedida de receber e de pagar depósitos e obrigada a manter e preservar os seus activos. É sob estas restrições que, a partir desta quinta-feira 18 de Setembro, se encontra o ES Bankers, a unidade do Grupo Espírito Santo no Dubai. Isto porque o banco está com a solvência "seriamente comprometida".
A Autoridade dos Serviços Financeiros do Dubai (DFSA, na sigla inglesa) explica, num comunicado publicado no site oficial, que a "imposição da restrição foi considerada necessária devido à incapacidade do banco do Grupo Espírito Santo sedeado na Suíça, o Banque Privée Espírito Santo, de honrar compromissos contratuais com o ES Bankers Dubai e de reembolsar os depósitos devidos ao ES Bankers Dubai no normal curso dos negócios".
De acordo com a mesma fonte, o facto de o banco suíço – que a autoridade do Dubai faz questão de frisar que é presidido por José Manuel Espírito Santo – ter falhado os seus comprometidos "comprometeu seriamente as operações e a solvência do ES Bankers Dubai".
O organismo de regulação do Dubai já tinha tomado alguns passos devido "ao rápido desenvolvimento das dificuldades financeiras do Grupo Espírito Santo nos últimos meses". Uma das acções foi a impossibilidade de se transferirem activos do ES Bankers para outras sociedades do grupo, além de ter sido colocado um gestor a actuar em substituição do conselho de administração do banco com efeitos a partir de 11 de Agosto.
De acordo com o site do ES Bankers, Ricardo Salgado era o presidente do conselho de administração do banco, sendo que Pasha Bakhtiar era o presidente da comissão executiva (CEO). Contudo, Salgado está suspenso dado que, segundo o regulador do Dubai, "já não é uma pessoa adequada" para ser um administrador de um banco. Não foi possível obter uma reacção do antigo presidente do BES.
A unidade do Dubai era uma operação de gestão de patrimónios e de fortunas, sendo detido pelo Espírito Santo Financial Group, a empresa através da qual o grupo tinha posições no Banco Espírito Santo e nos bancos fora da União Europeia (Panamá, Dubai e Suíça). O ESFG tem 95% do seu capital, sendo que o restante 5% está distribuído por "outros accionistas", que não são identificados no site da instituição financeira.
O ESFG solicitou para ficar, com base no regime legislativo do Luxemburgo, sob protecção de credores, a chamada "gestion contrôlée". A unidade do Panamá foi alvo de uma intervenção por parte do regulador, havendo notícias de que foi utilizada para financiar empresas do Grupo Espírito Santo, e, na Suíça, o Banque Privée está a ser investigado.
18 Setembro 2014, 09:18 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt
O regulador da banca do Dubai impôs restrições de actividade ao ES Bankers, pertença do ESFG, depois de o suíço Banque Privée da Suíça, também do Grupo Espírito Santo, ter falhado pagamentos. As operações e solvências da unidade estão "seriamente comprometidos". O presidente, Ricardo Salgado, perdeu o estatuto de "adequado" para ser banqueiro.
Impedida de receber e de pagar depósitos e obrigada a manter e preservar os seus activos. É sob estas restrições que, a partir desta quinta-feira 18 de Setembro, se encontra o ES Bankers, a unidade do Grupo Espírito Santo no Dubai. Isto porque o banco está com a solvência "seriamente comprometida".
A Autoridade dos Serviços Financeiros do Dubai (DFSA, na sigla inglesa) explica, num comunicado publicado no site oficial, que a "imposição da restrição foi considerada necessária devido à incapacidade do banco do Grupo Espírito Santo sedeado na Suíça, o Banque Privée Espírito Santo, de honrar compromissos contratuais com o ES Bankers Dubai e de reembolsar os depósitos devidos ao ES Bankers Dubai no normal curso dos negócios".
De acordo com a mesma fonte, o facto de o banco suíço – que a autoridade do Dubai faz questão de frisar que é presidido por José Manuel Espírito Santo – ter falhado os seus comprometidos "comprometeu seriamente as operações e a solvência do ES Bankers Dubai".
O organismo de regulação do Dubai já tinha tomado alguns passos devido "ao rápido desenvolvimento das dificuldades financeiras do Grupo Espírito Santo nos últimos meses". Uma das acções foi a impossibilidade de se transferirem activos do ES Bankers para outras sociedades do grupo, além de ter sido colocado um gestor a actuar em substituição do conselho de administração do banco com efeitos a partir de 11 de Agosto.
De acordo com o site do ES Bankers, Ricardo Salgado era o presidente do conselho de administração do banco, sendo que Pasha Bakhtiar era o presidente da comissão executiva (CEO). Contudo, Salgado está suspenso dado que, segundo o regulador do Dubai, "já não é uma pessoa adequada" para ser um administrador de um banco. Não foi possível obter uma reacção do antigo presidente do BES.
A unidade do Dubai era uma operação de gestão de patrimónios e de fortunas, sendo detido pelo Espírito Santo Financial Group, a empresa através da qual o grupo tinha posições no Banco Espírito Santo e nos bancos fora da União Europeia (Panamá, Dubai e Suíça). O ESFG tem 95% do seu capital, sendo que o restante 5% está distribuído por "outros accionistas", que não são identificados no site da instituição financeira.
O ESFG solicitou para ficar, com base no regime legislativo do Luxemburgo, sob protecção de credores, a chamada "gestion contrôlée". A unidade do Panamá foi alvo de uma intervenção por parte do regulador, havendo notícias de que foi utilizada para financiar empresas do Grupo Espírito Santo, e, na Suíça, o Banque Privée está a ser investigado.
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Re: BES - A LUTA
Boas,
Desculpem ahahahah...esta é boa.Veio ele de tão longe ,pago a peso de ouro para isto.É preciso é ter lata.
Stock da Cunha: “Temos de voltar a captar clientes e a crescer em depósitos e créditos”
18 Setembro 2014, 12:18 por Maria João Gago | mjgago@negocios.pt
O presidente do Novo Banco diz que o mandato da nova gestão é “voltar a captar clientes e a crescer em volume de depósitos e créditos de bom risco”. Numa mensagem aos colaboradores, Stock da Cunha diz que o seu mandato “não” passa pela “discussão permanente sobre o modelo ou a data de venda”.
"Temos de voltar a captar clientes e a crescer em volume de depósitos e créditos de bom risco. Este é o nosso mandato – e não a discussão permanente sobre o modelo ou a data de venda", garante Eduardo Stock da Cunha, presidente do Novo Banco, numa mensagem aos colaboradores da instituição disponibilizada na manhã desta quinta-feira, 18 de Setembro, e a que o Negócios teve acesso.
"O nosso mandato é claro: estamos aqui para recuperar e criar valor para a nossa instituição e assegurar que voltamos a ocupar a posição de liderança que o mercado nos reconhece", sublinha o banqueiro que assumiu funções esta quarta-feira. Stock da Cunha não esconde que "os desafios e as dificuldades existentes não desaparecerão de um dia para o outro". Por isso, desafia os colaboradores do Novo Banco a "‘arregaçar as mangas’" e não ficar ‘de braços cruzados’", já que essa "é a única forma de assegurar o futuro deste banco e dos seus colaboradores".
O gestor, que segundo o Banco de Portugal tem a missão de vender o Novo Banco no mais curto prazo exequível, aproveita ainda para deixar elogios aos trabalhadores da instituição. "O projecto do Novo Banco assenta na melhor equipa de banca em Portugal. Sei bem do que falo, sobretudo quando, tendo trabalhado na concorrência, me recordo da multiplicidade de clientes e operações perdidas para este banco. Foi convosco que o banco se tornou líder nos principais segmentos de atividade e uma referência na inovação e qualidade de serviço".
(Notícia actualizada às 12h25)
Desculpem ahahahah...esta é boa.Veio ele de tão longe ,pago a peso de ouro para isto.É preciso é ter lata.
Stock da Cunha: “Temos de voltar a captar clientes e a crescer em depósitos e créditos”
18 Setembro 2014, 12:18 por Maria João Gago | mjgago@negocios.pt
O presidente do Novo Banco diz que o mandato da nova gestão é “voltar a captar clientes e a crescer em volume de depósitos e créditos de bom risco”. Numa mensagem aos colaboradores, Stock da Cunha diz que o seu mandato “não” passa pela “discussão permanente sobre o modelo ou a data de venda”.
"Temos de voltar a captar clientes e a crescer em volume de depósitos e créditos de bom risco. Este é o nosso mandato – e não a discussão permanente sobre o modelo ou a data de venda", garante Eduardo Stock da Cunha, presidente do Novo Banco, numa mensagem aos colaboradores da instituição disponibilizada na manhã desta quinta-feira, 18 de Setembro, e a que o Negócios teve acesso.
"O nosso mandato é claro: estamos aqui para recuperar e criar valor para a nossa instituição e assegurar que voltamos a ocupar a posição de liderança que o mercado nos reconhece", sublinha o banqueiro que assumiu funções esta quarta-feira. Stock da Cunha não esconde que "os desafios e as dificuldades existentes não desaparecerão de um dia para o outro". Por isso, desafia os colaboradores do Novo Banco a "‘arregaçar as mangas’" e não ficar ‘de braços cruzados’", já que essa "é a única forma de assegurar o futuro deste banco e dos seus colaboradores".
O gestor, que segundo o Banco de Portugal tem a missão de vender o Novo Banco no mais curto prazo exequível, aproveita ainda para deixar elogios aos trabalhadores da instituição. "O projecto do Novo Banco assenta na melhor equipa de banca em Portugal. Sei bem do que falo, sobretudo quando, tendo trabalhado na concorrência, me recordo da multiplicidade de clientes e operações perdidas para este banco. Foi convosco que o banco se tornou líder nos principais segmentos de atividade e uma referência na inovação e qualidade de serviço".
(Notícia actualizada às 12h25)
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Re: BES - A LUTA
Leonardo Mathias critica analistas nos casos BES e PT
17 Setembro 2014, 22:10 por André Cabrita-Mendes | andremendes@negocios.pt
O trabalho dos analistas financeiros é essencial para a saúde financeira das empresas, mas os sinais de alarme no BES e na PT deviam ter soado há mais tempo, o que acabou por não acontecer, apontou o secretário de Estado Adjunto e da Economia.
Alguns dos problemas nas contas do Banco Espírito Santo e da Portugal Telecom poderiam ter sido detectados mais cedo. Esta visão é defendida pelo secretário de Estado Adjunto e da Economia, Leonardo Mathias, que considera que os analistas financeiros não fizeram o seu trabalho de casa nestes casos.
"Analistas, investidores: estavam, ou não estavam, a acompanhar e a avaliar de forma adequada as mudanças e os riscos associados a esta emissão [aumento de capital do BES em Junho]?", questionou o governante na terça-feira, ao início da noite, durante a celebração dos 30 anos da Associação Portuguesa de Analistas Financeiros (APAF).
O SECRETÁRIO DE ESTADO DEU O EXEMPLO DAS RECOMENDAÇÕES DOS ANALISTAS NA ALTURA DO AUMENTO DE CAPITAL : "BES: SEIS COMPRAR, NOVE MANTER, DOIS VENDER. OU SEJA, QUINZE ANALISTAS ACHAVAM QUE SE PODIA MANTER OU COMPRAR. E EM 10 DE JULHO, SETE COMPRAR, SETE MANTER E UM ÚNICO ANALISTA DIZIA QUE SE DEVIA VENDER". PARA LEONARDO MATHIAS, O "RISCO NÃO PODE SER DISTRIBUÍDO A PESSOAS QUE NÃO SABEM INTERPRETAR A DIMENSÃO E O SIGNIFICADO DESSE MESMO RISCO", OU SEJA, OS PEQUENOS ACCIONISTAS.
O governante também analisou o relatório de contas de 2013 da Portugal Telecom e julga que "há alguns sinais que eventualmente poderiam ter levantado questões muito sérias para um analista financeiro em reunião com o CFO".
O encontro também contou com a participação do "chairman" do BPI, Artur Santos Silva, que não poupou críticas à relação BES-PT. "O que se passou entre a PT, o Banco Espírito Santo e o Grupo Espírito Santo é deplorável, é lamentável", afirmou.
Outra crítica a estes casos chegou pela voz de Carlos Tavares, presidente da CMVM. "Se nós olharmos para as grandes empresas, quase todas elas tiveram casos que não contribuíram para a credibilidade do mercado, quer por força de falhas no governo societário, quer por força de menor respeito por accionistas minoritários", considera.
Já Miguel Cadilhe focou-se nos pequenos accionistas do banco e considerou que estes "tiveram um tratamento miserável" na solução encontrada, defendendo que deveriam ter sido "salvaguardados". No entanto, ainda há espaço para corrigir esta situação, se o Novo Banco comprasse as "acções do BES aos pequenos accionistas".
Seis mandamentos: O que devem os bancos fazer?
O que é que pode ser feito para evitar a repetição do caso BES? Artur Santos Silva avançou com quatro mandamentos que considera fundamentais para o sector da banca. Já Miguel Cadilhe acrescentou outros dois. Ficam registados para memória futura.
1. Começando por olhar para a relação entre o BES e a PT - e a compra de quase 900 milhões de euros de dívida da Rioforte -, o "chairman" do BPI declara que "não pode haver relações de crédito com accionistas de referência. Os bancos devem estar proibidos de conceder crédito a accionistas de referência".
2. No segundo mandamento, Artur Santos Silva debruçou-se novamente nas relações do governo societário e defende que os bancos devem ser proibidos de "colocar instrumentos de dívida e acções de accionistas de referência".
3. Para restaurar a confiança na banca nacional é também preciso proibir as instituições de "colocar instrumentos de mercado de capital do próprio emissor, o banco. Se tem um bom produto ele será colocado por outros intermediários financeiros e não por ele próprio"
4. Artur Santos Silva dedicou especial atenção ao quarto mandamento. "Se um banco tem filiais, todo o relacionamento financeiro - a tragédia que é Angola e o financiamento a Angola do BES -, esse tipo de operações tem que ser estreitamente acompanhado. Um relacionamento do banco mãe com outras filiais tem que estreitamente acompanhado pelos supervisores e tem que haver regras muito claras até onde pode ir o apoio financeiro que se concede a essas instituições", defendeu.
5. Miguel Cadilhe também quis deixar dois mandamentos para os bancos e empresas cotadas, escritos na pedra. "O CFO [administrador financeiro] nas cotadas devia ter um limite ao número de mandatos. Numa sociedade, o CFO é tão importante, e tão susceptível de perder a sua independência, que é melhor para ele que ao fim de dois mandatos não possa continuar. O facto de saber que tem um tempo limitado evita muita coisa".
6. O sexto mandamento é a necessidade de proceder a mudanças na "forma de remunerar os ROC e os auditores externos, ou ambos" para não dependerem de quem os contrata, disse Miguel Cadilhe. "As cotadas pagariam uma contribuição à CMVM, que depois contrataria estes profissionais. Não haveria qualquer dependência remuneratória desses profissionais relativamente à empresa submetida aos exames".
17 Setembro 2014, 22:10 por André Cabrita-Mendes | andremendes@negocios.pt
O trabalho dos analistas financeiros é essencial para a saúde financeira das empresas, mas os sinais de alarme no BES e na PT deviam ter soado há mais tempo, o que acabou por não acontecer, apontou o secretário de Estado Adjunto e da Economia.
Alguns dos problemas nas contas do Banco Espírito Santo e da Portugal Telecom poderiam ter sido detectados mais cedo. Esta visão é defendida pelo secretário de Estado Adjunto e da Economia, Leonardo Mathias, que considera que os analistas financeiros não fizeram o seu trabalho de casa nestes casos.
"Analistas, investidores: estavam, ou não estavam, a acompanhar e a avaliar de forma adequada as mudanças e os riscos associados a esta emissão [aumento de capital do BES em Junho]?", questionou o governante na terça-feira, ao início da noite, durante a celebração dos 30 anos da Associação Portuguesa de Analistas Financeiros (APAF).
O SECRETÁRIO DE ESTADO DEU O EXEMPLO DAS RECOMENDAÇÕES DOS ANALISTAS NA ALTURA DO AUMENTO DE CAPITAL : "BES: SEIS COMPRAR, NOVE MANTER, DOIS VENDER. OU SEJA, QUINZE ANALISTAS ACHAVAM QUE SE PODIA MANTER OU COMPRAR. E EM 10 DE JULHO, SETE COMPRAR, SETE MANTER E UM ÚNICO ANALISTA DIZIA QUE SE DEVIA VENDER". PARA LEONARDO MATHIAS, O "RISCO NÃO PODE SER DISTRIBUÍDO A PESSOAS QUE NÃO SABEM INTERPRETAR A DIMENSÃO E O SIGNIFICADO DESSE MESMO RISCO", OU SEJA, OS PEQUENOS ACCIONISTAS.
O governante também analisou o relatório de contas de 2013 da Portugal Telecom e julga que "há alguns sinais que eventualmente poderiam ter levantado questões muito sérias para um analista financeiro em reunião com o CFO".
O encontro também contou com a participação do "chairman" do BPI, Artur Santos Silva, que não poupou críticas à relação BES-PT. "O que se passou entre a PT, o Banco Espírito Santo e o Grupo Espírito Santo é deplorável, é lamentável", afirmou.
Outra crítica a estes casos chegou pela voz de Carlos Tavares, presidente da CMVM. "Se nós olharmos para as grandes empresas, quase todas elas tiveram casos que não contribuíram para a credibilidade do mercado, quer por força de falhas no governo societário, quer por força de menor respeito por accionistas minoritários", considera.
Já Miguel Cadilhe focou-se nos pequenos accionistas do banco e considerou que estes "tiveram um tratamento miserável" na solução encontrada, defendendo que deveriam ter sido "salvaguardados". No entanto, ainda há espaço para corrigir esta situação, se o Novo Banco comprasse as "acções do BES aos pequenos accionistas".
Seis mandamentos: O que devem os bancos fazer?
O que é que pode ser feito para evitar a repetição do caso BES? Artur Santos Silva avançou com quatro mandamentos que considera fundamentais para o sector da banca. Já Miguel Cadilhe acrescentou outros dois. Ficam registados para memória futura.
1. Começando por olhar para a relação entre o BES e a PT - e a compra de quase 900 milhões de euros de dívida da Rioforte -, o "chairman" do BPI declara que "não pode haver relações de crédito com accionistas de referência. Os bancos devem estar proibidos de conceder crédito a accionistas de referência".
2. No segundo mandamento, Artur Santos Silva debruçou-se novamente nas relações do governo societário e defende que os bancos devem ser proibidos de "colocar instrumentos de dívida e acções de accionistas de referência".
3. Para restaurar a confiança na banca nacional é também preciso proibir as instituições de "colocar instrumentos de mercado de capital do próprio emissor, o banco. Se tem um bom produto ele será colocado por outros intermediários financeiros e não por ele próprio"
4. Artur Santos Silva dedicou especial atenção ao quarto mandamento. "Se um banco tem filiais, todo o relacionamento financeiro - a tragédia que é Angola e o financiamento a Angola do BES -, esse tipo de operações tem que ser estreitamente acompanhado. Um relacionamento do banco mãe com outras filiais tem que estreitamente acompanhado pelos supervisores e tem que haver regras muito claras até onde pode ir o apoio financeiro que se concede a essas instituições", defendeu.
5. Miguel Cadilhe também quis deixar dois mandamentos para os bancos e empresas cotadas, escritos na pedra. "O CFO [administrador financeiro] nas cotadas devia ter um limite ao número de mandatos. Numa sociedade, o CFO é tão importante, e tão susceptível de perder a sua independência, que é melhor para ele que ao fim de dois mandatos não possa continuar. O facto de saber que tem um tempo limitado evita muita coisa".
6. O sexto mandamento é a necessidade de proceder a mudanças na "forma de remunerar os ROC e os auditores externos, ou ambos" para não dependerem de quem os contrata, disse Miguel Cadilhe. "As cotadas pagariam uma contribuição à CMVM, que depois contrataria estes profissionais. Não haveria qualquer dependência remuneratória desses profissionais relativamente à empresa submetida aos exames".
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Re: BES - A LUTA
Boas,
Iniciou-se igualmente uma coordenação internacional de todos os pequenos accionistas do antigo BES.
http://www.internationalvictimsbes.info/
A este ritmo os vários movimentos serão mais celéres a apresentar a sua causa do que o banco a ser vendido.
BN
Garfield
Iniciou-se igualmente uma coordenação internacional de todos os pequenos accionistas do antigo BES.
http://www.internationalvictimsbes.info/
A este ritmo os vários movimentos serão mais celéres a apresentar a sua causa do que o banco a ser vendido.
BN
Garfield
Re: BES - A LUTA
Boas,
Apenas para divulgação :
https://www.facebook.com/pequenosaccionistasbes?fref=ts
BN
Garfield
Apenas para divulgação :
https://www.facebook.com/pequenosaccionistasbes?fref=ts
Movimento de Pequenos Accionistas do BES Escreveu:Vimos por este meio convocar todos os membros do Movimento de Pequenos Accionistas do BES para se reunirem em Assembleia Geral, que terá lugar em Lisboa, no dia 18 de Outubro de 2014, com a seguinte ordem de trabalhos:
1. Informações;
2. Apresentação, apreciação e aprovação dos Estatutos da Associação de Pequenos Accionistas do BES;
3. Apresentação, apreciação e deliberação sobre a sociedade de advogados a contratar;
4. Apresentação, apreciação e deliberação acerca da estratégia jurídica a seguir;
5. Eleição dos órgãos sociais da Associação;
6. Tomada de Posse;
7. Outros assuntos.
Mais se informa que, por razões logísticas (e de contenção de custos), o local e hora da reunião ainda não se encontram definidos. Isto porque, dependendo do número estimado de participantes, poderemos ter que alugar um espaço com menor ou maior capacidade. Como tal, de forma a podermos antecipar com a maior brevidade possível a reserva (e anúncio) do local da reunião, solicitamos a todos que nos enviem uma mensagem (em resposta a esta publicação), ou um e-mail (para apa.bes2014@gmail.com), a confirmarem a vossa presença.
Com os melhores cumprimentos,
Movimento de Pequenos Accionistas do BES
BN
Garfield
Re: BES - A LUTA
Boas,
OBRIGACIONISTAS da TRANQUILIDADE
Um conjunto de investidores deverá entregar hoje em tribunal uma providência cautelar para bloquear o processo de venda, depois de ontem o Novo Banco ter comunicado ter chegado a acordo com o grupo norte-americano.
Um conjunto de obrigacionistas avançou hoje em tribunal com uma providência cautelar destinada a tentar bloquear a venda da Tranquilidade aos norte-americanos da Apollo. A informação, avançada inicialmente pela agência Lusa, foi entretanto confirmada num comunicado já emitido pela Associação de Investidores e Analistas Técnicos do Mercado de Capitais (ATM), que tem estado envolvida neste dossier.
A ATM recorda que no início do mês um conjunto de obrigacionistas avançou com um processo pedindo a declaração da nulidade do penhor sobre as acções da Tranquilidade, até agora nas mãos da ESFG, a favor do Novo Banco. Mas que, face à evolução do processo de venda aos americanos da Apollo, e "perante um justo e fundado receio que quando o processo principal termine, com a delonga normal do processo judicial em curso, a decisão que vier a ser proferida já não venha a tempo", foi decidido avançar "na data de hoje um procedimento cautelar não especificado" para evitar "danos irreparáveis ou pelo menos muito dificilmente reparáveis", se a venda à Apollo entretanto se concretizar.
Contactado pelo Económico, o presidente da ATM, Octávio Viana, defende que "não se pode aceitar uma acção que é ilegal" e que portanto os obrigacionistas que avançaram com a providência cautelar querem travar a venda, já que existe um fundado receio de que se não se travar a operação os danos são irreparáveis". O mesmo responsável especifica serem seis os obrigacionistas autores da providência cautelar, a que poderão depois juntar-se outros, e que agora caberá ao juiz avaliar.
Ontem, o Novo Banco confirmou, em comunicado, ter chegado a acordo com a Apollo Management "para a venda das acções da Companhia de Seguros Tranquilidade". Para tal, será exercido, no momento da venda, o penhor financeiro das acções da Tranquilidade.
"As referidas acções foram dadas em penhor financeiro ao Novo Banco para cobertura de um crédito concedido à Espírito Santo Financial Group", recorda o comunicado de ontem. Utilizando uma possibilidade prevista na lei, as acções da Tranquilidade não chegarão a entrar no balanço do Novo Banco, sendo transferida a sua propriedade, descontado o encaixe que ficará para a instituição financeira e que deve superar os 50 milhões.
Isto confirmando-se, tal como o Económico já avançou, que a venda será feita por cerca de 215 milhões de euros, estando previsto que aproximadamente 150 milhões se destinem a capitalizar a Tranquilidade.
Accionistas e obrigacionistas têm contestado fortemente o penhor das acções da companhia. Ainda assim, recentemente a ESFG, que detinha a Tranquilidade via Partran, ter-se-á comprometido com o Novo Banco a não avançar com qualquer acção judicial para travar a venda, mantendo, no entanto, a defesa de que o encaixe da mesma deverá ir para o grupo e não para o banco.
Prosseguindo normalmente o processo para a venda da Tranquilidade à Apollo, estima-se que a venda possa estar concluída no prazo de um a dois meses. "A transmissão das acções da Tranquilidade está sujeita à verificação de um conjunto de condições, incluindo as autorizações regulatórias necessárias à transacção", dizia ontem também o comunicado do Novo Banco.
O Económico tentou já também obter um comentário por parte do Novo Banco.
[Notícia actualizada às 16h para clarificar que a acção judicial partiu de credores da ESFG]
OBRIGACIONISTAS da TRANQUILIDADE
Um conjunto de investidores deverá entregar hoje em tribunal uma providência cautelar para bloquear o processo de venda, depois de ontem o Novo Banco ter comunicado ter chegado a acordo com o grupo norte-americano.
Um conjunto de obrigacionistas avançou hoje em tribunal com uma providência cautelar destinada a tentar bloquear a venda da Tranquilidade aos norte-americanos da Apollo. A informação, avançada inicialmente pela agência Lusa, foi entretanto confirmada num comunicado já emitido pela Associação de Investidores e Analistas Técnicos do Mercado de Capitais (ATM), que tem estado envolvida neste dossier.
A ATM recorda que no início do mês um conjunto de obrigacionistas avançou com um processo pedindo a declaração da nulidade do penhor sobre as acções da Tranquilidade, até agora nas mãos da ESFG, a favor do Novo Banco. Mas que, face à evolução do processo de venda aos americanos da Apollo, e "perante um justo e fundado receio que quando o processo principal termine, com a delonga normal do processo judicial em curso, a decisão que vier a ser proferida já não venha a tempo", foi decidido avançar "na data de hoje um procedimento cautelar não especificado" para evitar "danos irreparáveis ou pelo menos muito dificilmente reparáveis", se a venda à Apollo entretanto se concretizar.
Contactado pelo Económico, o presidente da ATM, Octávio Viana, defende que "não se pode aceitar uma acção que é ilegal" e que portanto os obrigacionistas que avançaram com a providência cautelar querem travar a venda, já que existe um fundado receio de que se não se travar a operação os danos são irreparáveis". O mesmo responsável especifica serem seis os obrigacionistas autores da providência cautelar, a que poderão depois juntar-se outros, e que agora caberá ao juiz avaliar.
Ontem, o Novo Banco confirmou, em comunicado, ter chegado a acordo com a Apollo Management "para a venda das acções da Companhia de Seguros Tranquilidade". Para tal, será exercido, no momento da venda, o penhor financeiro das acções da Tranquilidade.
"As referidas acções foram dadas em penhor financeiro ao Novo Banco para cobertura de um crédito concedido à Espírito Santo Financial Group", recorda o comunicado de ontem. Utilizando uma possibilidade prevista na lei, as acções da Tranquilidade não chegarão a entrar no balanço do Novo Banco, sendo transferida a sua propriedade, descontado o encaixe que ficará para a instituição financeira e que deve superar os 50 milhões.
Isto confirmando-se, tal como o Económico já avançou, que a venda será feita por cerca de 215 milhões de euros, estando previsto que aproximadamente 150 milhões se destinem a capitalizar a Tranquilidade.
Accionistas e obrigacionistas têm contestado fortemente o penhor das acções da companhia. Ainda assim, recentemente a ESFG, que detinha a Tranquilidade via Partran, ter-se-á comprometido com o Novo Banco a não avançar com qualquer acção judicial para travar a venda, mantendo, no entanto, a defesa de que o encaixe da mesma deverá ir para o grupo e não para o banco.
Prosseguindo normalmente o processo para a venda da Tranquilidade à Apollo, estima-se que a venda possa estar concluída no prazo de um a dois meses. "A transmissão das acções da Tranquilidade está sujeita à verificação de um conjunto de condições, incluindo as autorizações regulatórias necessárias à transacção", dizia ontem também o comunicado do Novo Banco.
O Económico tentou já também obter um comentário por parte do Novo Banco.
[Notícia actualizada às 16h para clarificar que a acção judicial partiu de credores da ESFG]
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Re: BES - A LUTA
Boas,
Mais umas indemnizações...
Novo Banco: demitiu-se o resto da equipa de Vítor Bento
Renúncia acontece no dia em que tomou posse o novo conselho de administração
Por: tvi24 / Diana Catarino | há 26 minutos
A equipa que fazia parte da administração de Vítor Bento, no Novo Banco, apresentou a demissão esta quarta-feira.
Em comunicado enviado à Comissão de Mercado e Valores Mobiliários, o Novo Banco informa que «os Senhores Dr. Jorge Martins, Dr. João Freixa, Dr. João Mello Franco e Eng. Miguel Rio-Tinto tomaram a iniciativa de hoje apresentar o pedido de renúncia aos cargos de membros do conselho de administração deste Banco».
A renúncia acontece no mesmo dia em que entrou em funções o novo conselho de administração do banco, composto pelo presidente Eduardo Stock da Cunha, Jorge Freire Cardoso, Vítor Fernandes e José João Guilherme.
Foi no sábado que Vítor Bento, José Honório e João Moreira Rato confirmaram , em comunicado, que durante a semana tinham apresentado ao Fundo de Resolução e ao Banco de Portugal a intenção de renunciar aos cargos.
Esta terça-feira foram aprovadas as audições da ministra das Finanças e do Governador do Banco de Portugal, que irão ao Parlamento explicar a demissão da equipa de Vítor Bento.
Mais umas indemnizações...
Novo Banco: demitiu-se o resto da equipa de Vítor Bento
Renúncia acontece no dia em que tomou posse o novo conselho de administração
Por: tvi24 / Diana Catarino | há 26 minutos
A equipa que fazia parte da administração de Vítor Bento, no Novo Banco, apresentou a demissão esta quarta-feira.
Em comunicado enviado à Comissão de Mercado e Valores Mobiliários, o Novo Banco informa que «os Senhores Dr. Jorge Martins, Dr. João Freixa, Dr. João Mello Franco e Eng. Miguel Rio-Tinto tomaram a iniciativa de hoje apresentar o pedido de renúncia aos cargos de membros do conselho de administração deste Banco».
A renúncia acontece no mesmo dia em que entrou em funções o novo conselho de administração do banco, composto pelo presidente Eduardo Stock da Cunha, Jorge Freire Cardoso, Vítor Fernandes e José João Guilherme.
Foi no sábado que Vítor Bento, José Honório e João Moreira Rato confirmaram , em comunicado, que durante a semana tinham apresentado ao Fundo de Resolução e ao Banco de Portugal a intenção de renunciar aos cargos.
Esta terça-feira foram aprovadas as audições da ministra das Finanças e do Governador do Banco de Portugal, que irão ao Parlamento explicar a demissão da equipa de Vítor Bento.
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Re: BES - A LUTA
Os eventuais lesados do BES que queiram dar o seu testemunho para a rubrica Grande Reporter da Visão podem contactar o jornalista João Dias Miguel, através do email jmiguel@visão.impresa.pt, sendo esta uma oportunidade de mostrar como a resolução do BES afectou muitas vidas.
Os profetas do mercado enchem os novos ouvidos, mas nunca encherão as nossas carteiras - Warren Buffett
Os patos voam em bando.
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Re: BES - A LUTA
Boas,
O assunto continua vivo e as hipoteses em cima da mesa.... As eleições podem fazer milagres acontecer.
BN
Garfield
O assunto continua vivo e as hipoteses em cima da mesa.... As eleições podem fazer milagres acontecer.
Negocios.pt Escreveu:Apesar de esta ser uma "falha grave", o economista considera que ainda há espaço para corrigir a situação. "Há uma hipótese de solução, que era o Novo Banco comprar as acções do BES aos pequenos accionistas", apontou o antigo ministro das Finanças
Miguel Cadilhe considera que os "pequenos accionistas do BES tiveram um tratamento miserável" na solução encontrada para o banco. "Foi a pior solução. Os pequenos accionistas vão a um aumento de capital e a seguir ficam completamente expropriados", disse o antigo ministro das Finanças ao Negócios à margem da celebração dos 30 anos da Associação Portuguesa de Analistas Financeiros (APAF).
"A solução aqui falhou. Os pequenos accionistas deviam ter sido salvaguardados, no que é, aliás, é tradição em Portugal de proteger os aforradores, sejam depositantes, sejam titulares de fundos de investimento", observou.
No entanto, apesar de considerar esta uma "falha grave", ainda há espaço para corrigir a situação. "Considero ainda recuperável, e há uma hipótese de solução que era o Novo Banco comprar as acções do BES aos pequenos accionistas".
"Afinal de contas, o dinheiro do aumento do capital social - que os pequenos accionistas subscreveram - onde é que está? Esse dinheiro está no Novo Banco", apontou o economista.
Para Miguel Cadilhe esta situação é uma "injustiça" e atinge "em cheio o próprio bom nome do mercado de capitais, porque há anos que andamos a tentar tratar bem os pequenos accionistas. As próprias privatizações tratam bem os pequenos accionistas, no meu tempo como ministro das Finanças falou-se de capitalismo popular e depois dá-se esta machadada".
O antigo ministro das Finanças rejeita que os pequenos accionistas tenham de estar informados ao mesmo nível de grandes accionistas. "A própria capacidade de entender, de ler a informação, do pequeno accionista, não é comparável à capacidade de um grande accionista ou de um investidor institucional", considera.
"Não podemos tratar de modo igual situações que são perfeitamente desiguais e que, alias, a tradição tem consagrado como desiguais", defendeu Miguel Cadilhe.
BN
Garfield
Re: BES - A LUTA
arcia Pereira defende nacionalização de todo o universo Espírito Santo
16 Setembro 2014, 23:25 por Lusa
O dirigente do PCTP-MRPP António Garcia Pereira defendeu a nacionalização de todo o universo do antigo Grupo Espírito Santo, "sem o pagamento de um cêntimo", como a melhor solução para trabalhadores e contribuintes.
Em declarações à agência Lusa, Garcia Pereira exortou os trabalhadores do Grupo Espírito Santo (GES) a elegerem uma comissão que assuma o controlo dos activos do grupo impedindo a sua venda: "É isso que os trabalhadores devem fazer: não sai nada daqui".
O dirigente do PCTP-MRPP condenou a actuação do poder político e da supervisão bancária neste caso, qualificando de "ilegal e inconstitucional" a solução adoptada para o Banco Espírito Santo BES que o dividiu num banco "bom" e noutro "mau".
Por outro lado, acusou o Ministério Público de não agir em tempo útil e considerou que "deve ser investigado o que é que leva, por exemplo, o Ministério Público a só muito recentemente anunciar - e essas coisas não se anunciam, fazem-se - a constituição de uma equipa de investigação relativamente a situações que já se conhecem".
Garcia Pereira falou à agência Lusa a propósito de um comício do PCTP-MRPP marcado para hoje à noite sobre "o BES, o actual Governo e o Presidente da República", na Voz do Operário, em Lisboa. "É uma manifestação de luta contra uma situação de enorme gravidade e de enormes consequências, desde logo para os trabalhadores do GES", disse.
"A solução, neste caso, só pode ser a nacionalização de todas as empresas do GES e do BES, sem pagamento de um cêntimo, porque se trata de um grupo e de um banco que estão falidos, com a paragem imediata de todas as operações de venda do que no activo ainda tem algum valor, e a eleição pelos trabalhadores de uma comissão central de trabalhadores que exerça o controlo sobre estas empresas", defendeu.
Garcia Pereira insurgiu-se contra a venda da companhia de seguros Tranquilidade, "que nem sequer pertence ao BES, pertence a outra empresa do grupo, e está a ser vendida por tuta e meia" e da Espírito Santo Saúde: "Impõe-se parar imediatamente com esta venda ao desbarato".
Segundo o dirigente do PCTP-MRPP e advogado, a nacionalização do GES não traria encargos para os contribuintes: "Não, não. A solução que estou aqui a referir não tem nada a ver com aquela solução que foi adoptada no caso do Banco Português de Negócios (BPN)".
"No caso do BPN o que se nacionalizou foi o buraco", enquanto na solução proposta para este caso "os trabalhadores deitam o controlo aos bens, aos activos das empresas do GES e impedem que eles sejam delapidados - e naturalmente exigem, em conformidade, que os responsáveis por esta situação sejam implacavelmente perseguidos", argumentou.
Garcia Pereira afirmou que não tem visto nenhum partido com representação parlamentar denunciar nem apontar soluções para evitar que os contribuintes tenham de "TAPAR MAIS UM BURACO QUE SE AVALIA NESTE MOMENTO JÁ EM QUALQUER COISA COMO 25 MIL MILHÕES DE EUROS".
No seu entender, este é o caso de "um banco que foi levado à falência por uma quadrilha de ladrões relativamente aos quais ainda ninguém, a começar pelos supervisores e acabar no Ministério Público, tomou uma única medida". "Nenhum destes indivíduos foi constituído arguido, nem foram adoptadas medidas cautelares para salvaguardar os dinheiros que porventura existam, para acautelar os documentos comprovativos das ilicitudes que foram cometidos", apontou.
16 Setembro 2014, 23:25 por Lusa
O dirigente do PCTP-MRPP António Garcia Pereira defendeu a nacionalização de todo o universo do antigo Grupo Espírito Santo, "sem o pagamento de um cêntimo", como a melhor solução para trabalhadores e contribuintes.
Em declarações à agência Lusa, Garcia Pereira exortou os trabalhadores do Grupo Espírito Santo (GES) a elegerem uma comissão que assuma o controlo dos activos do grupo impedindo a sua venda: "É isso que os trabalhadores devem fazer: não sai nada daqui".
O dirigente do PCTP-MRPP condenou a actuação do poder político e da supervisão bancária neste caso, qualificando de "ilegal e inconstitucional" a solução adoptada para o Banco Espírito Santo BES que o dividiu num banco "bom" e noutro "mau".
Por outro lado, acusou o Ministério Público de não agir em tempo útil e considerou que "deve ser investigado o que é que leva, por exemplo, o Ministério Público a só muito recentemente anunciar - e essas coisas não se anunciam, fazem-se - a constituição de uma equipa de investigação relativamente a situações que já se conhecem".
Garcia Pereira falou à agência Lusa a propósito de um comício do PCTP-MRPP marcado para hoje à noite sobre "o BES, o actual Governo e o Presidente da República", na Voz do Operário, em Lisboa. "É uma manifestação de luta contra uma situação de enorme gravidade e de enormes consequências, desde logo para os trabalhadores do GES", disse.
"A solução, neste caso, só pode ser a nacionalização de todas as empresas do GES e do BES, sem pagamento de um cêntimo, porque se trata de um grupo e de um banco que estão falidos, com a paragem imediata de todas as operações de venda do que no activo ainda tem algum valor, e a eleição pelos trabalhadores de uma comissão central de trabalhadores que exerça o controlo sobre estas empresas", defendeu.
Garcia Pereira insurgiu-se contra a venda da companhia de seguros Tranquilidade, "que nem sequer pertence ao BES, pertence a outra empresa do grupo, e está a ser vendida por tuta e meia" e da Espírito Santo Saúde: "Impõe-se parar imediatamente com esta venda ao desbarato".
Segundo o dirigente do PCTP-MRPP e advogado, a nacionalização do GES não traria encargos para os contribuintes: "Não, não. A solução que estou aqui a referir não tem nada a ver com aquela solução que foi adoptada no caso do Banco Português de Negócios (BPN)".
"No caso do BPN o que se nacionalizou foi o buraco", enquanto na solução proposta para este caso "os trabalhadores deitam o controlo aos bens, aos activos das empresas do GES e impedem que eles sejam delapidados - e naturalmente exigem, em conformidade, que os responsáveis por esta situação sejam implacavelmente perseguidos", argumentou.
Garcia Pereira afirmou que não tem visto nenhum partido com representação parlamentar denunciar nem apontar soluções para evitar que os contribuintes tenham de "TAPAR MAIS UM BURACO QUE SE AVALIA NESTE MOMENTO JÁ EM QUALQUER COISA COMO 25 MIL MILHÕES DE EUROS".
No seu entender, este é o caso de "um banco que foi levado à falência por uma quadrilha de ladrões relativamente aos quais ainda ninguém, a começar pelos supervisores e acabar no Ministério Público, tomou uma única medida". "Nenhum destes indivíduos foi constituído arguido, nem foram adoptadas medidas cautelares para salvaguardar os dinheiros que porventura existam, para acautelar os documentos comprovativos das ilicitudes que foram cometidos", apontou.
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Re: BES - A LUTA
Novo Banco vende Tranquilidade a fundo norte-americano
Fundo Apollo deverá pagar 44 milhões de euros e injectar 150 milhões na seguradora. 16-09-2014 20:17
O Novo Banco chegou a acordo para vender a companhia de seguros Tranquilidade ao fundo de investimento norte-americano Apollo.
A equipa de Vítor Bento explica, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que chegou a acordo com a Apollo, que apresentou a melhor proposta.
A nota publicada no site da CMVM avança ainda que o negócio está a ser acompanhado pelo Instituto de Seguros de Portugal.
Quando a transacção estiver concluída, permitirá a implementação do plano de financiamento e recuperação da companhia de seguros, aprovado por este regulador.
O Novo Banco não avança os valores da venda da Tranquilidade, mas o “Jornal de Negócios” refere que a Apollo vai pagar 44 milhões de euros e compromete-se ainda a injectar 150 milhões na seguradora.
Fundo Apollo deverá pagar 44 milhões de euros e injectar 150 milhões na seguradora. 16-09-2014 20:17
O Novo Banco chegou a acordo para vender a companhia de seguros Tranquilidade ao fundo de investimento norte-americano Apollo.
A equipa de Vítor Bento explica, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que chegou a acordo com a Apollo, que apresentou a melhor proposta.
A nota publicada no site da CMVM avança ainda que o negócio está a ser acompanhado pelo Instituto de Seguros de Portugal.
Quando a transacção estiver concluída, permitirá a implementação do plano de financiamento e recuperação da companhia de seguros, aprovado por este regulador.
O Novo Banco não avança os valores da venda da Tranquilidade, mas o “Jornal de Negócios” refere que a Apollo vai pagar 44 milhões de euros e compromete-se ainda a injectar 150 milhões na seguradora.
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Re: BES - A LUTA
Passos exige cautela aos ministros no caso BES
Consequências da crise do banco foram abordadas quinta-feira, no último Conselho de Ministros. Dois dias antes, Vítor Bento tinha apresentado a demissão.
Bernardo Ferrão e Filipe Santos Costa, com Luísa Meireles |
18:00 Segunda feira, 15 de setembro de 2014
Passos exige cautela aos ministros no caso BES
FOTO MIGUEL A. LOPES / LUSA
O impacto da crise do BES no último ano da legislatura foi discutido na reunião do Conselho de Ministros de quinta-feira passada, e o tom foi de apreensão, apurou o Expresso. O próprio Passos Coelho referiu a necessidade de tratar o assunto com grande cautela. Podendo parecer um facto normal, dada a dimensão que o caso BES atingiu, não o é: desde o início, o dossiê Espírito Santo tem ficado sempre à margem do Conselho de Ministros. Esta foi, segundo garantem as nossas fontes, a primeira vez que o assunto foi abordado diretamente naquela reunião.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/passos-exige-ca ... z3DUbBNAER
Consequências da crise do banco foram abordadas quinta-feira, no último Conselho de Ministros. Dois dias antes, Vítor Bento tinha apresentado a demissão.
Bernardo Ferrão e Filipe Santos Costa, com Luísa Meireles |
18:00 Segunda feira, 15 de setembro de 2014
Passos exige cautela aos ministros no caso BES
FOTO MIGUEL A. LOPES / LUSA
O impacto da crise do BES no último ano da legislatura foi discutido na reunião do Conselho de Ministros de quinta-feira passada, e o tom foi de apreensão, apurou o Expresso. O próprio Passos Coelho referiu a necessidade de tratar o assunto com grande cautela. Podendo parecer um facto normal, dada a dimensão que o caso BES atingiu, não o é: desde o início, o dossiê Espírito Santo tem ficado sempre à margem do Conselho de Ministros. Esta foi, segundo garantem as nossas fontes, a primeira vez que o assunto foi abordado diretamente naquela reunião.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/passos-exige-ca ... z3DUbBNAER
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Re: BES - A LUTA
Boas,
BANCO NOVO
Espírito Santo em Miami sob investigação de várias autoridades norte-americanas
16 Setembro 2014, 16:00 por Jornal de Negócios | jng@negocios.pt
O Espírito Santo Bank, Miami está em processo de venda, fusão ou reorganização. Neste momento, continua sob o olhar atento das autoridades norte-americanas, que aí continuam a fazer investigações.
A unidade do Banco Espírito Santo de Miami, Florida, encontra-se sob investigação levada a cabo por várias entidades norte-americanas. O regulador do mercado de capitais (SEC), o organismo do Senado que assegura a confiança no mercado financeiro (FDIC), o regulador da banca da Florida e ainda uma organização de auto-regulação de Wall Street são os organismos que estão a levar a cabo tais investigações, de acordo com um artigo do norte-americano Wall Street Journal publicado esta terça-feira, 16 de Setembro.
O jornal norte-americano, que refere várias fontes da banca sem as identificar, sublinha que a questão central nestas investigações está relacionada com as ligações e negócios de Miami com a sucursal dos Espírito Santo no Panamá. Em Julho, a unidade do Espírito Santo Financial Group no Panamá passou a ser controlada pelo regulador do país, que invocou a necessidade de impedir a sua insolvência.
O presidente do banco de Miami, G. Frederick Reinhardt, disse ao Wall Street Journal ter relatado às autoridades todas as transacções com a unidade de Panamá, no ano passado, altura em que as descobriu. Na semana passada, o Financial Times noticiou que o Banco Espírito Santo utilizou a unidade do Panamá para financiar a Espírito Santo International, uma estrutura de topo do Grupo Espírito Santo.
"O banco do Panamá ligado aos Espírito Santo existia quase exclusivamente para adquirir dívida emitida pela ESI e as suas subsidiárias Rioforte e Espírito Santo Irmãos, de acordo com um relatório dos administradores do ES Bank", escreveu o diário britânico na sua edição electrónica de quinta-feira, 11 de Setembro. E será esse mais um ponto da investigação da unidade da Florida, hoje noticiada pelo Wall Street Journal. Cerca de 96% dos clientes do banco do Panamá eram personalidades ou entidades ligadas ao Grupo Espírito Santo.
Segundo o jornal, que cita os responsáveis da banca, a forma como os gestores de fortunas do banco de Miami conduziram os negócios com os clientes da unidade do Panamá terão violado as regras internas do banco de Miami. Podem, até, ter quebrado leis estaduais da Florida. O antigo presidente Jorge Leite Espírito Santo Silva é um dos nomes na gestão referidos pela investigação do jornal norte-americano.
Esta não é a primeira investigação referida pela imprensa norte-americana. Os supervisores norte-americanos já tinham estado no BES Miami em Julho. Já na altura se indicava que poderia estar relacionada com as operações feitas com a unidade no Panamá.
Segundo dados do WSJ, o banco opera no arranha-céu em Miami, gerindo fortunas e aplicações no imobiliário norte-americano. Em Junho, havia activos avaliados em 751 milhões de dólares (565 milhões de euros), tendo-se obtido lucros de 943 mil dólares (728 mil euros) no primeiro semestre.
O BES, actualmente um veículo financeiro que ficou com os activos tóxicos do anterior banco, tem a intenção de vender a unidade de Miami. Segundo um comunicado que já enviou à CMVM, "contratou a empresa FIG FIG Partners LLC como consultora financeira no âmbito da avaliação e estruturação de potencial transacção para alienação, fusão ou reorganização do Espirito Santo Bank, Miami, Florida".
BANCO NOVO
Espírito Santo em Miami sob investigação de várias autoridades norte-americanas
16 Setembro 2014, 16:00 por Jornal de Negócios | jng@negocios.pt
O Espírito Santo Bank, Miami está em processo de venda, fusão ou reorganização. Neste momento, continua sob o olhar atento das autoridades norte-americanas, que aí continuam a fazer investigações.
A unidade do Banco Espírito Santo de Miami, Florida, encontra-se sob investigação levada a cabo por várias entidades norte-americanas. O regulador do mercado de capitais (SEC), o organismo do Senado que assegura a confiança no mercado financeiro (FDIC), o regulador da banca da Florida e ainda uma organização de auto-regulação de Wall Street são os organismos que estão a levar a cabo tais investigações, de acordo com um artigo do norte-americano Wall Street Journal publicado esta terça-feira, 16 de Setembro.
O jornal norte-americano, que refere várias fontes da banca sem as identificar, sublinha que a questão central nestas investigações está relacionada com as ligações e negócios de Miami com a sucursal dos Espírito Santo no Panamá. Em Julho, a unidade do Espírito Santo Financial Group no Panamá passou a ser controlada pelo regulador do país, que invocou a necessidade de impedir a sua insolvência.
O presidente do banco de Miami, G. Frederick Reinhardt, disse ao Wall Street Journal ter relatado às autoridades todas as transacções com a unidade de Panamá, no ano passado, altura em que as descobriu. Na semana passada, o Financial Times noticiou que o Banco Espírito Santo utilizou a unidade do Panamá para financiar a Espírito Santo International, uma estrutura de topo do Grupo Espírito Santo.
"O banco do Panamá ligado aos Espírito Santo existia quase exclusivamente para adquirir dívida emitida pela ESI e as suas subsidiárias Rioforte e Espírito Santo Irmãos, de acordo com um relatório dos administradores do ES Bank", escreveu o diário britânico na sua edição electrónica de quinta-feira, 11 de Setembro. E será esse mais um ponto da investigação da unidade da Florida, hoje noticiada pelo Wall Street Journal. Cerca de 96% dos clientes do banco do Panamá eram personalidades ou entidades ligadas ao Grupo Espírito Santo.
Segundo o jornal, que cita os responsáveis da banca, a forma como os gestores de fortunas do banco de Miami conduziram os negócios com os clientes da unidade do Panamá terão violado as regras internas do banco de Miami. Podem, até, ter quebrado leis estaduais da Florida. O antigo presidente Jorge Leite Espírito Santo Silva é um dos nomes na gestão referidos pela investigação do jornal norte-americano.
Esta não é a primeira investigação referida pela imprensa norte-americana. Os supervisores norte-americanos já tinham estado no BES Miami em Julho. Já na altura se indicava que poderia estar relacionada com as operações feitas com a unidade no Panamá.
Segundo dados do WSJ, o banco opera no arranha-céu em Miami, gerindo fortunas e aplicações no imobiliário norte-americano. Em Junho, havia activos avaliados em 751 milhões de dólares (565 milhões de euros), tendo-se obtido lucros de 943 mil dólares (728 mil euros) no primeiro semestre.
O BES, actualmente um veículo financeiro que ficou com os activos tóxicos do anterior banco, tem a intenção de vender a unidade de Miami. Segundo um comunicado que já enviou à CMVM, "contratou a empresa FIG FIG Partners LLC como consultora financeira no âmbito da avaliação e estruturação de potencial transacção para alienação, fusão ou reorganização do Espirito Santo Bank, Miami, Florida".
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Re: BES - A LUTA
Boas,
Vítor Bento deverá receber reforma de mais de 5 mil euros
REUTERS
Vítor Bento deverá receber uma reforma de mais de 5 mil euros do Banco de Portugal.
O pedido de aposentação entrou ainda antes de Vitor Bento aceitar o convite para gerir a crise do BES e o Novo Banco. Dois meses depois.. o economista de 60 anos deverá sair com uma pensão de topo de carreira do Banco central.. para a qual descontou mais de 30 anos.
Quando assumiu a liderança do BES, Vitor Bento desvinculou-se da presidência da SIBS e renunciou ao Conselho de Estado.. onde agora poderá regressar se o Presidente cavaco Silva o voltar a chamar.
Vítor Bento deverá receber reforma de mais de 5 mil euros
REUTERS
Vítor Bento deverá receber uma reforma de mais de 5 mil euros do Banco de Portugal.
O pedido de aposentação entrou ainda antes de Vitor Bento aceitar o convite para gerir a crise do BES e o Novo Banco. Dois meses depois.. o economista de 60 anos deverá sair com uma pensão de topo de carreira do Banco central.. para a qual descontou mais de 30 anos.
Quando assumiu a liderança do BES, Vitor Bento desvinculou-se da presidência da SIBS e renunciou ao Conselho de Estado.. onde agora poderá regressar se o Presidente cavaco Silva o voltar a chamar.
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Re: BES - A LUTA
Terramoto no BES já está a abalar as empresas
PME já começam a sentir restrições ao financiamento e as ondas de choque atravessam o Atlântico. Multinacionais inspeccionam filiais portuguesas para assegurar que não tinham aplicações financeiras no banco. 15-09-2014 16:28 por João Carlos Malta
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SAIBA MAIS
Passos Coelho: venda do Novo Banco "não tem nada a ver com eleições"
Marcelo esperava que administração do Novo Banco aguentasse mais tempo
O fim do BES, o aparecimento do Novo Banco e a turbulência na gestão dos dois primeiros meses está a deixar as pequenas e médias empresas (PME) nacionais receosas. À Renascença, vários empresários deram exemplos concretos de maiores barreiras ao financiamento.
A redução do valor ("plafond") das contas caucionadas e a incerteza na obtenção de financiamento para apresentar garantias bancárias são as maiores perturbações para as empresas.
A venda desta instituição coloca também um ponto de interrogação sobre o efeito sistémico na banca que resultará da venda da instituição financeira, no caso de perdas para o fundo de resolução bancário.
"É duvidoso que o Governo consiga vender o banco de maneira a recuperar os valores todos que lá foram colocados. Nesse aspecto, é preocupante porque, se a venda não ocorrer pelos valores que lá foram colocados, parte é assumido pelos outros bancos", diagnostica o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes.
"Se os outros bancos tiverem de assumir essas perdas tenderão a subir os seus custos e os seus serviços. Isso é mau para a economia", avisa Vieira Lopes.
O Estado injectou 4,4 mil milhões de euros de um total de 4,9 mil milhões de euros, através do fundo de resolução, no capital do Novo Banco.
Perigo duplo
Na construção, o presidente da Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP), Ricardo Pedrosa Gomes, diz que o perigo para o sector do que vier a acontecer com o Novo Banco é duplo.
"Temos receio. Não o escondemos. E no nosso caso concreto, esse receio até é redobrado. O BES era um banco muito activo no sector e temo o que venha ser a nova realidade bancária do Novo Banco", define Pedrosa Gomes.
"Tememos que haja uma atitude menos proactiva para com o sector", resume o líder associativo.
A auscultação que a FEPICOP fez às empresas do sector com mais ligações ao ex-BES indica que são as PME as mais afectadas por esta situação. "Nas grandes empresas continua tudo normal", assegura.
O líder da rede de bijuteria Parfois, Sérgio Marques, tem relações comerciais com o BES. Diz que esta situação está a causar apreensão. Não só pelo que se está a passar no banco, em que ainda não identifica mudanças concretas, mas sobretudo pelo que poderá resultar de uma má venda.
"Pode criar uma situação de contágio, uma vez que este é um problema em que todo o sistema bancário está envolvido", explica.
Menos dinheiro, mais imprevisibilidade
A queda da família Espírito Santo e os dois meses de Vítor Bento à frente da instituição que resultou da parte "boa" do BES trouxeram já alguma instabilidade às empresas, com especial incidência para as PME.
À Renascença, tanto Vieira Lopes como Pedrosa Gomes contaram episódios que estão a perturbar o normal relacionamento das PME com o Novo Banco.
Segundo o presidente da CCP, o "BES [Novo Banco] está a perder depósitos e vai ter tendência a ser mais restritivo num conjunto de condições a dar a estas empresas".
"Tem havido um ou outro indício de que de facto o BES [Novo Banco] não quer deixar de trabalhar com essas empresas, mas quer baixar as responsabilidades", acrescenta. Foi veiculado pela imprensa que ter-se-á registado o levantamento de 10 mil milhões de euros em depósitos nos últimos meses.
De seguida, Vieira Lopes é mais concreto. "As empresas têm descobertos bancários [conta caucionada]. O que se está a verificar é que quando termina um prazo de renovação há tendência a baixar o valor", explica.
"Isso causa alguma preocupação. Se uma empresa precisa de ter um descoberto bancário [autorização para trabalhar com o dinheiro de um banco até determinado valor] de 50 mil euros e, ao invés desse valor, passa a ter 30 ou 40 mil, isso tem impacto na economia”, pormenoriza.
Na construção, Pedrosa Gomes coloca a ênfase nas garantias bancárias, um instrumento fundamental para uma empresa reunir condições para ir a concurso.
"Nesses casos, aconteceram alguns atrasos. Há mais perguntas e dificuldades em conseguir essas garantias. O que nos explicaram tinha alguma lógica: que há sempre uma mudança de procedimentos quando há uma nova administração. Neste aspecto tivemos alguma perturbação no que era o dia-a-dia no que era a relação com o banco", revela.
Este era um procedimento que antes tinha uma data previsível de resposta, duas ou três semanas. Deixou de ter. Com que consequências? "Há dificuldade em uma empresa apresentar-se a concurso ou em dar seguimento aos projectos que tem em mão."
Ondas de choque chegaram ao Canadá
O caso BES teve repercussão colossal na comunicação social e nas instituições internacionais, mas também nas empresas. Especificamente em multinacionais.
A Fibope, unidade portuguesa especialista em película aderente que pertence à Intertape, diz que as ondas de choque chegaram ao Canadá.
"O impacto foi de tal ordem que tivemos de justificar e provar à Intertape que não tínhamos qualquer aplicação em papel comercial. Se tivéssemos, teríamos de ter retirado imediatamente", explica o administrador da Fibope, Eduardo Sousa.
Na Frezite, unidade metalúrgica da Trofa, o presidente José Manuel Fernandes indica que agora a exposição ao BES é muito reduzida porque a estratégia nos últimos tempos do grupo foi de alterar os investimentos.
"Fomos abordados por outros bancos com melhores condições e mudámos", diz o empresário. Em relação à gestão corrente de contas afirma que não sentiu "nenhuma dificuldade".
Dificuldade nos pagamentos
No campo da publicidade e média, a Nova Expressão, liderada por Pedro Baltazar, diz que, apesar de não ter relações comerciais com a ex-BES, já sente o efeito "directo sobre alguns clientes e fornecedores que têm apresentado dificuldade nos pagamentos".
"Começa a haver alguns desequilíbrios", afirma.
PME já começam a sentir restrições ao financiamento e as ondas de choque atravessam o Atlântico. Multinacionais inspeccionam filiais portuguesas para assegurar que não tinham aplicações financeiras no banco. 15-09-2014 16:28 por João Carlos Malta
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O fim do BES, o aparecimento do Novo Banco e a turbulência na gestão dos dois primeiros meses está a deixar as pequenas e médias empresas (PME) nacionais receosas. À Renascença, vários empresários deram exemplos concretos de maiores barreiras ao financiamento.
A redução do valor ("plafond") das contas caucionadas e a incerteza na obtenção de financiamento para apresentar garantias bancárias são as maiores perturbações para as empresas.
A venda desta instituição coloca também um ponto de interrogação sobre o efeito sistémico na banca que resultará da venda da instituição financeira, no caso de perdas para o fundo de resolução bancário.
"É duvidoso que o Governo consiga vender o banco de maneira a recuperar os valores todos que lá foram colocados. Nesse aspecto, é preocupante porque, se a venda não ocorrer pelos valores que lá foram colocados, parte é assumido pelos outros bancos", diagnostica o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes.
"Se os outros bancos tiverem de assumir essas perdas tenderão a subir os seus custos e os seus serviços. Isso é mau para a economia", avisa Vieira Lopes.
O Estado injectou 4,4 mil milhões de euros de um total de 4,9 mil milhões de euros, através do fundo de resolução, no capital do Novo Banco.
Perigo duplo
Na construção, o presidente da Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP), Ricardo Pedrosa Gomes, diz que o perigo para o sector do que vier a acontecer com o Novo Banco é duplo.
"Temos receio. Não o escondemos. E no nosso caso concreto, esse receio até é redobrado. O BES era um banco muito activo no sector e temo o que venha ser a nova realidade bancária do Novo Banco", define Pedrosa Gomes.
"Tememos que haja uma atitude menos proactiva para com o sector", resume o líder associativo.
A auscultação que a FEPICOP fez às empresas do sector com mais ligações ao ex-BES indica que são as PME as mais afectadas por esta situação. "Nas grandes empresas continua tudo normal", assegura.
O líder da rede de bijuteria Parfois, Sérgio Marques, tem relações comerciais com o BES. Diz que esta situação está a causar apreensão. Não só pelo que se está a passar no banco, em que ainda não identifica mudanças concretas, mas sobretudo pelo que poderá resultar de uma má venda.
"Pode criar uma situação de contágio, uma vez que este é um problema em que todo o sistema bancário está envolvido", explica.
Menos dinheiro, mais imprevisibilidade
A queda da família Espírito Santo e os dois meses de Vítor Bento à frente da instituição que resultou da parte "boa" do BES trouxeram já alguma instabilidade às empresas, com especial incidência para as PME.
À Renascença, tanto Vieira Lopes como Pedrosa Gomes contaram episódios que estão a perturbar o normal relacionamento das PME com o Novo Banco.
Segundo o presidente da CCP, o "BES [Novo Banco] está a perder depósitos e vai ter tendência a ser mais restritivo num conjunto de condições a dar a estas empresas".
"Tem havido um ou outro indício de que de facto o BES [Novo Banco] não quer deixar de trabalhar com essas empresas, mas quer baixar as responsabilidades", acrescenta. Foi veiculado pela imprensa que ter-se-á registado o levantamento de 10 mil milhões de euros em depósitos nos últimos meses.
De seguida, Vieira Lopes é mais concreto. "As empresas têm descobertos bancários [conta caucionada]. O que se está a verificar é que quando termina um prazo de renovação há tendência a baixar o valor", explica.
"Isso causa alguma preocupação. Se uma empresa precisa de ter um descoberto bancário [autorização para trabalhar com o dinheiro de um banco até determinado valor] de 50 mil euros e, ao invés desse valor, passa a ter 30 ou 40 mil, isso tem impacto na economia”, pormenoriza.
Na construção, Pedrosa Gomes coloca a ênfase nas garantias bancárias, um instrumento fundamental para uma empresa reunir condições para ir a concurso.
"Nesses casos, aconteceram alguns atrasos. Há mais perguntas e dificuldades em conseguir essas garantias. O que nos explicaram tinha alguma lógica: que há sempre uma mudança de procedimentos quando há uma nova administração. Neste aspecto tivemos alguma perturbação no que era o dia-a-dia no que era a relação com o banco", revela.
Este era um procedimento que antes tinha uma data previsível de resposta, duas ou três semanas. Deixou de ter. Com que consequências? "Há dificuldade em uma empresa apresentar-se a concurso ou em dar seguimento aos projectos que tem em mão."
Ondas de choque chegaram ao Canadá
O caso BES teve repercussão colossal na comunicação social e nas instituições internacionais, mas também nas empresas. Especificamente em multinacionais.
A Fibope, unidade portuguesa especialista em película aderente que pertence à Intertape, diz que as ondas de choque chegaram ao Canadá.
"O impacto foi de tal ordem que tivemos de justificar e provar à Intertape que não tínhamos qualquer aplicação em papel comercial. Se tivéssemos, teríamos de ter retirado imediatamente", explica o administrador da Fibope, Eduardo Sousa.
Na Frezite, unidade metalúrgica da Trofa, o presidente José Manuel Fernandes indica que agora a exposição ao BES é muito reduzida porque a estratégia nos últimos tempos do grupo foi de alterar os investimentos.
"Fomos abordados por outros bancos com melhores condições e mudámos", diz o empresário. Em relação à gestão corrente de contas afirma que não sentiu "nenhuma dificuldade".
Dificuldade nos pagamentos
No campo da publicidade e média, a Nova Expressão, liderada por Pedro Baltazar, diz que, apesar de não ter relações comerciais com a ex-BES, já sente o efeito "directo sobre alguns clientes e fornecedores que têm apresentado dificuldade nos pagamentos".
"Começa a haver alguns desequilíbrios", afirma.
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Re: BES - A LUTA
Agecanonix, não sei se percebi bem a questão. Qual o risco de falência?
Abraço,
Ulisses
Abraço,
Ulisses
Re: BES - A LUTA
Ulisses Pereira Escreveu:Se quiserem falar de Bolsa, tudo bem. Se querem falar de outras coisas, apagaremos todos os posts.
Abraço,
Ulisses
bom dia Ulisses
aproveitando, a deixa, gostaria de sua opinião sobre o Banco BEST (75%ex-BES+ 25% SAXO) !?
qual o perigo, desta entidade bancária, em vistos, dos titulares !?
razão, eu trabalho, com o BEST, em Investimentos, Acções. Obrigações e Estruturados !
Antecipadamente grato
Além deste também tenho conta MG, +- controlada!

Re: BES - A LUTA
Se quiserem falar de Bolsa, tudo bem. Se querem falar de outras coisas, apagaremos todos os posts.
Abraço,
Ulisses
Abraço,
Ulisses
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