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Caldeirão da Bolsa

Novo Banco

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Novo Banco

por ricardmag » 4/12/2014 13:03

Comunicado do Banco de Portugal sobre a avaliação independente realizada aos ativos, passivos, elementos extrapatrimoniais e ativos sob gestão transferidos para o Novo Banco, S.A. na sequência da aplicação de medida de resolução ao Banco Espírito Santo,SA
press_release_nb_pwc20141204.pdf
(191.18 KiB) Transferido 125 Vezes

NOVO BANCO, S.A. informa sobre negociações tendentes à celebração de um contrato de compra e venda da totalidade do capital social do Banco Espírito Santo de Investimento S.A.
FR53127.pdf
(184.2 KiB) Transferido 96 Vezes
"Quando a música acaba, apagam-se as luzes." The Door's
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Re: Novo Banco

por O Estóico Ocioso » 2/11/2014 3:04

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Re: Novo Banco

por O Estóico Ocioso » 13/10/2014 16:25

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Re: Novo Banco

por +Valias » 22/9/2014 10:22

O Estóico Ocioso Escreveu:O que acontece se o Novo Banco for vendido com prejuízo?
FILIPE ALVES

Na semana passada, numa intervenção em que disse, entre outras coisas, que apoia a 100% as medidas tomadas pelo Banco de Portugal (BdP) no caso BES, o primeiro-ministro referiu que "os bancos concorrentes são accionistas do Novo Banco e não podem ter essa interrogação nos seus balanços".
Passos Coelho queria com isto dizer que os bancos, enquanto contribuintes forçados do Fundo de Resolução (FR), têm o direito de exigir uma venda rápida do Novo Banco, já que terão de cobrir o diferencial entre o valor da venda e os 4,9 milhões de euros que o Estado injectou na instituição, por via do FR.
Num país onde o que os poderosos dizem parece ter mais valor do que as palavras vertidas na lei, a frase do primeiro-ministro passou despercebida. Porém, quem conhece a diferença entre "accionista" e "contribuinte" não pode deixar de franzir o sobrolho.
Porque o termo "accionista" implica dois pressupostos básicos: a propriedade de algo e a existência de um determinado empreendimento com fins lucrativos. Ambos não se aplicam neste caso, não só porque o FR não tem fins lucrativos, mas sobretudo porque os bancos não são donos desta entidade, que é do Estado. E, não sendo donos do Fundo, também não são proprietários do Novo Banco. Os bancos são contribuintes do FR, tal como, por exemplo, os comuns cidadãos e empresas contribuem para a Segurança Social. Os dinheiros do FR são públicos e a capitalização do Novo Banco deverá agravar o défice do Estado no equivalente a 2,9 pontos percentuais do PIB. E o empréstimo de 700 milhões que os bancos fizeram ao FR será contabilizado como dívida pública. Ou seja, dívida de todos nós.
Neste âmbito, o papel dos bancos é garantirem que o FR - leia-se, o Estado - receberá de volta o montante que injectou, cobrindo eventuais prejuízos. O Governo, o BdP e a gestão do FR devem auscultar os bancos e ser sensíveis às suas reivindicações, dado que estes, enquanto contribuintes do Fundo, assumem o risco do Novo Banco; mas as autoridades não podem esquecer que o Estado tem interesses a defender, ao contrário do que sugere um Passos Coelho que busca a reeleição e foge do BES como o diabo da cruz.
E que acontecerá se, como tudo indica, o Novo Banco for vendido por menos de 4,9 mil milhões de euros?
Suponhamos que alguém o compra por 1,5 mil milhões. Quem cobre o prejuízo de 3,4 mil milhões? Os bancos portugueses têm capacidade para pagarem a pronto um valor dessa grandeza?
Provavelmente não. O que obrigará ao pagamento faseado do valor em falta, ao longo de vários anos, transformando uma medida de resolução de curto-prazo num novo empréstimo do Estado ao conjunto do sector bancário. Sem que, desta vez, o Estado possa cobrar juros de 9% ao ano e ter representantes nas administrações dos bancos, para defender os seus interesses, como sucedeu nas capitalizações do BCP, BPI e Banif, com ‘CoCo bonds', no tempo da ‘troika'. Por outro lado, com perdas dessa grandeza, o risco do BES/Novo Banco contaminará o conjunto do sistema bancário. Como disse Fernando Ulrich, presidente do BPI, os outros bancos não vão à falência, mas "será duro, muito duro".
Somando a isto o elevado risco de litigância (estão a "chover" processos judiciais de investidores que se sentem lesados), tudo indica que o Governo, o Banco de Portugal e as autoridades europeias poderão ter cometido um erro gravíssimo ao optarem pela resolução de um banco com a dimensão do antigo BES. Um aumento de capital subscrito pelo Estado ('CoCo bonds') e por accionistas privados poderia ter sido a melhor opção para todas as partes.
Nos anos vindouros, burocratas de Frankfurt e Bruxelas farão ‘powerpoints' com as "lições" a extrair desta experiência. À nossa custa.
http://economico.sapo.pt/noticias/o-que ... 01963.html


Foi preciso 2 meses para chegar a esta conclusão !!!!

O problema é que falam/escrevem muito e fazem poucas contas...é tudo de "empurram", interesses partidários/pessoais à frente dos interesses do estado, para os quais foram eleitos

Falta escrever neste artigo com clareza que 30% das perdas são imputadas aos contribuintes via CGD, que detém 30% do FR.

Quando o Novo Banco for vendido qual será a tanga que o BP/Governo nos vai dar para justificar as perdas da CGD/Contribuintes
 
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Re: Novo Banco

por O Estóico Ocioso » 22/9/2014 1:12

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Re: Novo Banco

por dosina » 19/9/2014 9:07

OBRIGAÇÕES SUBORDINADAS

Sendo estas obrigações, títulos de divida, não deveriam ter passado para o Novo Banco? Porque não passaram?

Sendo estas obrigações, títulos de divida, não deveriam ter prioridade no reembolso em vez de pagarem papel comercial de empresas falidas?
trocaram tudo, passaram a dever o que não deviam e deixaram de pagar o que deviam.

incrível como ninguém dá explicações...são uma cambada de cobardes.
 
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Re: Novo Banco

por O Estóico Ocioso » 19/9/2014 1:22

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Re: Novo Banco

por Artista Romeno » 18/9/2014 23:07

Dialmedia Escreveu:
Artista Romeno Escreveu:
Dialmedia Escreveu:Impressionante como nem há um mês atrás o objectivo era vender até ao final do ano e em bloco. A leviandade com que se alteram os factos e cursos de acção sem a devida responsabilização dos autores é preocupante.

Talvez estas incongruências sirvam para, de uma vez por todas, demonstrar aos cépticos e a quem não tem investimentos no BES os verdadeiros motivos de revolta dos pequenos accionistas.


errado, infelizmente isto só prova é que os senhores eram acionistas de um banco que não valia um chavo :oh: se com 4,9mm em cima ainda é o que se ve.........


Não valia ou AGORA não vale?

Quando o Estado injectou 3.000M€ no BCP, não o dividiu em 2 e destruiu a marca BCP. O BCP até tinha passado por histórias parecidas à do BES: Discórdias e polémicas entre accionistas, administração com processos judiciais, enfim uma novela. Levando à letra o BCP também tinha activos "tóxicos", por exemplo, a sua subsidiária na Grécia. O BCP também teve prejuízos colossais de 10 dígitos (mil milhões). Já viu onde está o BCP hoje? Remodelado, com boa parte da dívida paga e quotas de mercado pouco alteradas.

Mais: Já viu os jornais nacionais (e até mesmo internacionais)? O Novo Banco aparece nas capas de jornais pelos piores motivos: Administrações a renunciar, venda de activos que não lhes pertencem (Tranquilidade), enfim uma trapalhada de acontecimentos que indiciam que todo o processo está a ser levado por um caminho que, a não ser invertido, vai acabar em desgraça. A este ritmo o que pode infelizmente acontecer é o Novo Banco desmoronar-se dentro em breve: Não há novos clientes, os que estão lá estão a saltar fora, os próprios colaboradores comuns estão a abandonar o barco, o "Novo Banco" não tem qualquer historial no mercado, etc... Mas o engraçado é que a culpa disto ainda vai ser atribuída aos pequenos accionistas que foram eles que originaram este buraco todo... ou então não!

Enquanto isto se passa à frente dos nossos olhos, prefere-se criticar os pequenos accionistas de não assumirem o risco de investir em acções, quando os mesmos apenas se basearam em informação que dispunham que era pública e que confiavam como sendo verdadeira e completa, para isso é que servem os supervisores, auditores, reguladores. Quando estes falham é normal que se exijam responsabilidades. O Governador do Banco de Portugal, sentindo-se enganado por lhe ter passado tanta fraude sem este detectar (por sua incompetência pois a sua função serve para detectar e evitar isso mesmo), como acto de vingança decidiu destruir a marca BES e atribuir a culpa aos accionistas com o objectivo de atingir a família ES, acabando por atingir centenas de milhares de outros investidores e cidadãos.

Gostava de ver qual será a reacção de quem critica os pequenos accionistas se, caso venha a acontecer, o Novo Banco seja vendido por um preço muito inferior à injecção de capital. Se os bancos do Fundo de Resolução recusarem cobrir a diferença por gestão danosa deste processo por parte do Bdp/Governo, o Estado chega-se à frente e vai ao bolso de todos nós. Se os bancos assumirem a diferença, um problema que estava concentrado ao BES/GES contamina toda a banca nacional, fenomenal não é?

Para terminar: Ainda ninguém reparou que, com tanto indício de fraude e violações de regulamentos internos e externos, o Ricardo Salgado e restante administração continuem fora das grades, porque será? A família Espírito Santo e companhia, que durante o ano eram notícias de topo diariamente, de repente desapareceram do mapa, porque será? Mesmo estando de fora, isto não vos preocupa minimamente?


:arrow: O NOVO BANCO SERÁ VENDIDO POR MENOS!
:arrow: o processo não foi bem gerido
mas virem dizer que o bes não tinha sarilhos......ou que não havia outra alternativa, é obvio que aquela era a unica alternativa, e deviam ter sido 6mm a 6,5mm, dirá
então mas e sem papel comercial não dava :?:
R: não, o bes foi uma cubaia, mas o bcp tinha filiais internacionais fortes, e tem e o bes não tem, e isso muda tudo, o bcp sem angola moçambique e polonia já estava arrumado à muito... tais os prejuizos que apresentaria sucessivamente sem essas operações ( os que apresentou não foram poucos diga-se). mas comeria tanto capital.... que nao havia muito a fazer...
As opiniões expressas baseiam-se essencialmente em análise fundamental, e na relação entre o valor de mercado dos ativos e as suas perspectivas futuras de negocio, como tal traduzem uma interpretação pessoal da realidade,devendo como tal apenas serem consideradas como uma perspetiva meramente informativa sobre os ativos em questão, não se constituindo como sugestões firmes de investimento
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Re: Novo Banco

por Santa Maria » 18/9/2014 23:04

:clap: :clap: :clap:
 
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Re: Novo Banco

por Dialmedia » 18/9/2014 22:59

Artista Romeno Escreveu:
Dialmedia Escreveu:Impressionante como nem há um mês atrás o objectivo era vender até ao final do ano e em bloco. A leviandade com que se alteram os factos e cursos de acção sem a devida responsabilização dos autores é preocupante.

Talvez estas incongruências sirvam para, de uma vez por todas, demonstrar aos cépticos e a quem não tem investimentos no BES os verdadeiros motivos de revolta dos pequenos accionistas.


errado, infelizmente isto só prova é que os senhores eram acionistas de um banco que não valia um chavo :oh: se com 4,9mm em cima ainda é o que se ve.........


Não valia ou AGORA não vale?

Quando o Estado injectou 3.000M€ no BCP, não o dividiu em 2 e destruiu a marca BCP. O BCP até tinha passado por histórias parecidas à do BES: Discórdias e polémicas entre accionistas, administração com processos judiciais, enfim uma novela. Levando à letra o BCP também tinha activos "tóxicos", por exemplo, a sua subsidiária na Grécia. O BCP também teve prejuízos colossais de 10 dígitos (mil milhões). Já viu onde está o BCP hoje? Remodelado, com boa parte da dívida paga e quotas de mercado pouco alteradas.

Mais: Já viu os jornais nacionais (e até mesmo internacionais)? O Novo Banco aparece nas capas de jornais pelos piores motivos: Administrações a renunciar, venda de activos que não lhes pertencem (Tranquilidade), enfim uma trapalhada de acontecimentos que indiciam que todo o processo está a ser levado por um caminho que, a não ser invertido, vai acabar em desgraça. A este ritmo o que pode infelizmente acontecer é o Novo Banco desmoronar-se dentro em breve: Não há novos clientes, os que estão lá estão a saltar fora, os próprios colaboradores comuns estão a abandonar o barco, o "Novo Banco" não tem qualquer historial no mercado, etc... Mas o engraçado é que a culpa disto ainda vai ser atribuída aos pequenos accionistas que foram eles que originaram este buraco todo... ou então não!

Enquanto isto se passa à frente dos nossos olhos, prefere-se criticar os pequenos accionistas de não assumirem o risco de investir em acções, quando os mesmos apenas se basearam em informação que dispunham que era pública e que confiavam como sendo verdadeira e completa, para isso é que servem os supervisores, auditores, reguladores. Quando estes falham é normal que se exijam responsabilidades. O Governador do Banco de Portugal, sentindo-se enganado por lhe ter passado tanta fraude sem este detectar (por sua incompetência pois a sua função serve para detectar e evitar isso mesmo), como acto de vingança decidiu destruir a marca BES e atribuir a culpa aos accionistas com o objectivo de atingir a família ES, acabando por atingir centenas de milhares de outros investidores e cidadãos.

Gostava de ver qual será a reacção de quem critica os pequenos accionistas se, caso venha a acontecer, o Novo Banco seja vendido por um preço muito inferior à injecção de capital. Se os bancos do Fundo de Resolução recusarem cobrir a diferença por gestão danosa deste processo por parte do Bdp/Governo, o Estado chega-se à frente e vai ao bolso de todos nós. Se os bancos assumirem a diferença, um problema que estava concentrado ao BES/GES contamina toda a banca nacional, fenomenal não é?

Para terminar: Ainda ninguém reparou que, com tanto indício de fraude e violações de regulamentos internos e externos, o Ricardo Salgado e restante administração continuem fora das grades, porque será? A família Espírito Santo e companhia, que durante o ano eram notícias de topo diariamente, de repente desapareceram do mapa, porque será? Mesmo estando de fora, isto não vos preocupa minimamente?
 
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Re: Novo Banco

por +Valias » 18/9/2014 16:03

Além da destruição de valor que está a ocorrer diáriamente no Novo Banco, ontem vi na SicNoticias o Pedro Santos Guerreiro a comentar mais um possivel buraco no Novo Banco, relacionado com a sobreavaliação dos ativos imobiliários em montantes brutais.

Já agora, alguem me sabe dizer qual é valor total dos ativos tóxicos do BES,SA?
 
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Re: Novo Banco

por O Estóico Ocioso » 18/9/2014 14:18

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Re: Novo Banco

por Artista Romeno » 18/9/2014 9:16

Dialmedia Escreveu:Impressionante como nem há um mês atrás o objectivo era vender até ao final do ano e em bloco. A leviandade com que se alteram os factos e cursos de acção sem a devida responsabilização dos autores é preocupante.

Talvez estas incongruências sirvam para, de uma vez por todas, demonstrar aos cépticos e a quem não tem investimentos no BES os verdadeiros motivos de revolta dos pequenos accionistas.


errado, infelizmente isto só prova é que os senhores eram acionistas de um banco que não valia um chavo :oh: se com 4,9mm em cima ainda é o que se ve.........
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Re: Novo Banco

por Dialmedia » 18/9/2014 9:09

Impressionante como nem há um mês atrás o objectivo era vender até ao final do ano e em bloco. A leviandade com que se alteram os factos e cursos de acção sem a devida responsabilização dos autores é preocupante.

Talvez estas incongruências sirvam para, de uma vez por todas, demonstrar aos cépticos e a quem não tem investimentos no BES os verdadeiros motivos de revolta dos pequenos accionistas.
 
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Re: Novo Banco

por O Estóico Ocioso » 18/9/2014 1:55

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Re: Novo Banco

por Texano Bill » 18/9/2014 1:16

Novo Banco.... aos retalhos! :?

Eduardo Stock da Cunha prepara venda do Novo Banco em parcelas
18/09/2014 | 00:00 | Dinheiro Vivo

Eduardo Stock da Cunha assumiu ontem a liderança do Novo Banco com uma missão clara: vender o mais rapidamente possível e ao melhor preço. Uma tarefa que se acredita apenas ser possível através da venda em parcelas. Segundo o Dinheiro Vivo apurou junto de fontes do sector, e até entre alguns dos interessados, a venda do Novo Banco em partes é apontada como o cenário mais provável.

Atualmente, o BNP Paribas - assessor financeiro contratado pelo Banco de Portugal para vender o Novo Banco - está a preparar um mapeamento do mercado e dos interessados para depois definir os detalhes e modelo de venda. O Dinheiro Vivo sabe que, por uma questão de acelerar o processo e aumentar as probabilidades de sucesso, as conversações do BNP Paribas com os interessados são determinantes para o fecho do modelo de venda: parcelas, em bloco ou faseado. Tudo aponta para que a venda em partes acabe por ser o caminho. O Dinheiro Vivo sabe que há interessados na banca de particulares, nas empresas e ainda na banca de investimento.

Idealmente pretende-se que o caderno de encargos esteja pronto antes do Orçamento do Estado (15 de Outubro). "O caderno deverá já definir um caminho provável para o modelo de venda, ou seja, dar diretrizes aos interessados de como poderão apresentar as suas propostas", adiantou fonte próxima do processo.

Também a escolha de Stock da Cunha é vista, no mercado, como uma indicação de que a venda será feita em partes.
Além dos bancos já apontados como interessados - BPI, Santander, BBVA e Sabadell - o novo CEO tem ainda nos planos reforçar contacto junto de playeres internacionais, numa tentativa de maximizar o encaixe da operação.

A urgência de vender o Novo Banco foi também admitida esta semana pelo próprio primeiro-ministro. "Quanto mais tempo decorrer até à sua alienação, mais riscos serão enfrentados", afirmou Pedro Passos Coelho. "É para vender nas melhores condições possíveis para minimizar a incerteza", acrescentou.

No mercado ninguém acredita que o Novo Banco possa ser vendido em bloco pelos 4,9 mil milhões de euros que o Fundo de Resolução injetou no banco. A própria Comissão Europeia admitiu a venda em parcelas. "Os ativos não precisam de ser vendidos em bloco a uma entidade", podendo ser tomada a opção de vender "em separado a várias entidades", adiantou fonte oficial de Bruxelas, à Lusa.

http://www.dinheirovivo.pt/Mercados/Ban ... id=4130542
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Re: Novo Banco

por Santa Maria » 17/9/2014 18:28

moppie

Quem se demite não é indemnizado, normalmente é indemnizado quem é demitido.
 
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Re: Novo Banco

por O Estóico Ocioso » 17/9/2014 17:58

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Re: Novo Banco

por Pata-Hari » 17/9/2014 17:32

Bem, o pessoal ora se queixa que uns não têm experiência de banca ora se queixa e desconfia de quem vem da banca. Organizem essas ideias....
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Re: Novo Banco

por O Estóico Ocioso » 17/9/2014 17:23

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Re: Novo Banco

por moppie85 » 17/9/2014 17:05

normalmente quem se demite, leva indemnizações...
 
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Re: Novo Banco

por Santa Maria » 17/9/2014 16:25

Novo Banco: demitiu-se o resto da equipa de Vítor Bento
Renúncia acontece no dia em que tomou posse o novo conselho de administração

Por: tvi24 / Diana Catarino | há 26 minutos


A equipa que fazia parte da administração de Vítor Bento, no Novo Banco, apresentou a demissão esta quarta-feira.

Em comunicado enviado à Comissão de Mercado e Valores Mobiliários, o Novo Banco informa que «os Senhores Dr. Jorge Martins, Dr. João Freixa, Dr. João Mello Franco e Eng. Miguel Rio-Tinto tomaram a iniciativa de hoje apresentar o pedido de renúncia aos cargos de membros do conselho de administração deste Banco».

A renúncia acontece no mesmo dia em que entrou em funções o novo conselho de administração do banco, composto pelo presidente Eduardo Stock da Cunha, Jorge Freire Cardoso, Vítor Fernandes e José João Guilherme.

Foi no sábado que Vítor Bento, José Honório e João Moreira Rato confirmaram , em comunicado, que durante a semana tinham apresentado ao Fundo de Resolução e ao Banco de Portugal a intenção de renunciar aos cargos.

Esta terça-feira foram aprovadas as audições da ministra das Finanças e do Governador do Banco de Portugal, que irão ao Parlamento explicar a demissão da equipa de Vítor Bento.

Mais umas indemnizações...
 
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Re: Novo Banco

por Santa Maria » 16/9/2014 21:04

Carlos Tavares: "Casos nas grandes empresas não contribuíram para a credibilidade do mercado"
16 Setembro 2014, 19:51 por André Cabrita-Mendes | andremendes@negocios.pt
O presidente do regulador de mercado português, a CMVM, considera que "alguns casos" em grandes empresas nacionais não ajudam a dar credibilidade ao mercado de capitais.
"O mercado sempre foi pequeno mas tem vindo a tornar-se cada vez mais pequeno. Por diversas razões, em alguns casos também fruto de alguns casos que ocorreram com as grandes capitalizações bolsistas", apontou Carlos Tavares durante a celebração dos 30 anos da Associação Portuguesa de Analistas Financeiros (APAF).

"Se nós olharmos para as grandes capitalizações, as grandes empresas, quase todas elas, infelizmente, tiveram casos que não contribuíram, de facto, para a credibilidade do mercado, quer por força de falhas no governo societário, quer por força de menor respeito por accionistas minoritários", considerou o presidente da CMVM, que não apontou exemplos.

Várias empresas do PSI-20 têm estado em destaque nos últimos meses, como o BES, que foi resgatado pelo Estado no início de Agosto; o colapso da casa-mãe do BES, o GES; ou a compra de papel comercial da Rioforte pela Portugal Telecom, que culminou na saída de Henrique Granadeiro da liderança da empresa.

No entanto, Carlos Tavares defende que "apesar destes problemas, Portugal necessita criticamente de um mercado de capitais mais desenvolvido. As empresas não precisam de mais crédito, precisam de mais capital, precisam de melhor acesso ao mercado de capitais".

"As empresas estão excessivamente alavancadas, têm as taxas de endividamento mais altas da Europa e por isso precisam, essencialmente, de acesso a instrumentos de capitalização mais do que o aumento do seu endividamento. É o próprio Estado que precisa para fazer as suas capitalizações", apontou Carlos Tavares. "Ser accionista, ser obrigacionista é tão digno como ser depositante", defendeu.
 
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Re: Novo Banco

por Flecha1966 » 16/9/2014 18:12

dozens Escreveu:Eu acho que o ideal era arranjar um grupo de investidores institucionais forte que pagasse para ficar com 50,1% do capital (teriam que dar pelo menos 2,5 mm€). O resto era dispersar na bolsa para tentar obter o máximo de capital possível (ou seja os outros 2,5 mm€).

Vamos esperar pelos números a ver como está o balanço.


E esses investidores Institucionais ficariam com uma " COISA" sem marca? sim porque o BES era uma marca forte com prestigio e que fizeram o favor de desvalorizar.
 
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Re: Novo Banco

por Flecha1966 » 16/9/2014 18:11

dozens Escreveu:Eu acho que o ideal era arranjar um grupo de investidores institucionais forte que pagasse para ficar com 50,1% do capital (teriam que dar pelo menos 2,5 mm€). O resto era dispersar na bolsa para tentar obter o máximo de capital possível (ou seja os outros 2,5 mm€).

Vamos esperar pelos números a ver como está o balanço.


E esses investidores Institucionais ficariam com uma " COISA" sem marca? sim porque o BES era uma marca forte com prestigio e que fizeram o favor de desvalorizar.
 
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